REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11269367
Lúcia Helena da Silva Paz1
Cleide Ferreira Silva2
Ana Karina de Almeida Gomes3
Maria Francimeire Monteiro Silva4
Geiza Monica Paiva Sousa5
Maria do Socorro Duarte Viana6
Agildo da Hora Ferreira Sobrinho7
Sidarta Siebra Dantas8
Mariza Branquinho Silva9 José Holanda Tomé10
Edlamar Gerânia da Anunciação Miranda da Silva11
Lenir Bezerra da Silva 12
RESUMO
Este estudo aborda a saúde mental dos docentes no período pós-pandemia, explorando as consequências psicológicas da crise sanitária em sua profissão. A chegada da pandemia de Covid-19 trouxe uma carga adicional de desafios para os docentes, principalmente com a rápida transição para o ensino remoto e a necessidade de se adaptarem a um ambiente de trabalho digital. Essa transição súbita os deixou mais suscetíveis a enfrentar dificuldades psicológicas, refletidas em vários níveis de ansiedade que impactam sua saúde mental. É de suma importância reconhecer esses obstáculos e implementar medidas de apoio para assegurar o bem-estar dos professores. Essa sobrecarga emocional resultou em sérias consequências para os profissionais da educação. Assim, o objetivo principal deste trabalho é investigar o impacto da pandemia na saúde mental dos docentes. A pesquisa adotou uma metodologia bibliográfica e qualitativa, realizando uma revisão extensiva da literatura acadêmica e analisando suas descobertas. Os autores Antunes; André (2019); Duarte (2020); Neves (2021); Tolfo (2017); Santos (2020) dentre outros desempenharam papéis significativos no desenvolvimento do estudo. Foram consultadas diversas fontes, incluindo artigos científicos, livros e relatórios governamentais, para compreender os desafios enfrentados pelos educadores neste contexto. Os resultados destacaram os impactos significativos da pandemia na saúde mental dos docentes, evidenciando níveis elevados de estresse, ansiedade e exaustão emocional. Concluiu-se que medidas de apoio e intervenções são necessárias para mitigar esses efeitos adversos e promover o bem-estar dos profissionais da educação após a pandemia.
Palavras-chave: Saúde Mental. Professores. Pós-pandemia.Covid-19.
ABSTRACT
This study addresses the mental health of teachers in the post-pandemic period, exploring the psychological consequences of the health crisis on their profession. The arrival of the Covid-19 pandemic brought an additional load of challenges for teachers, mainly with the rapid transition to remote teaching and the need to adapt to a digital work environment. This sudden transition left them more susceptible to facing psychological difficulties, reflected in various levels of anxiety that impact their mental health. It is extremely important to recognize these obstacles and implement supportive measures to ensure teacher well-being. This emotional overload resulted in serious consequences for education professionals. Therefore, the main objective of this work is to investigate the impact of the pandemic on the mental health of teachers. The research adopted a bibliographic and qualitative methodology, carrying out an extensive review of academic literature and analyzing its findings. The authors Antunes; André (2019); Duarte (2020); Neves (2021); Tolfo (2017); Santos (2020) among others played significant roles in the development of the study. Various sources were consulted, including scientific articles, books and government reports, to understand the challenges faced by educators in this context. The results highlighted the significant impacts of the pandemic on the mental health of teachers, highlighting high levels of stress, anxiety and emotional exhaustion. It was concluded that support measures and interventions are necessary to mitigate these adverse effects and promote the well-being of education professionals after the pandemic.
Keywords: Mental Health. Teachers. Post-pandemic. Covid-19.
1 INTRODUÇÃO
A pandemia de COVID-19 trouxe desafios significativos para a sociedade em geral, e os docentes não foram exceção. O isolamento social, a transição abrupta para o ensino remoto e a preocupação com a saúde própria e dos alunos afetaram profundamente a saúde mental dos professores. Nesta pesquisa, exploraremos o impacto dessa crise na saúde emocional dos docentes e buscaremos compreender os principais pontos que surgiram.
A necessidade de investigar a saúde mental dos docentes após a pandemia é motivada pela importância de entender os impactos de longo prazo dessa crise global. O surgimento da síndrome de burnout, que se manifesta através de exaustão emocional, despersonalização e redução do senso de realização profissional, pode ser uma consequência relevante para os professores que enfrentaram condições adversas durante o período pandêmico. Além disso, é crucial reconhecer que a saúde mental dos docentes influencia diretamente na qualidade do ensino e no bem-estar dos alunos. Portanto, investigar os fatores que influenciam a saúde mental dos professores é essencial para desenvolver estratégias eficazes de apoio e intervenção.
O aumento do estresse e da ansiedade durante a pandemia pode ter consequências negativas para o bem-estar emocional dos docentes. Como esses fatores afetaram a saúde mental desses profissionais? Quais são os principais desafios que eles enfrentaram?
Esta pesquisa é relevante porque preenche uma lacuna no conhecimento atual. Embora tenhamos informações sobre o impacto geral da pandemia na saúde mental, é importante focar especificamente nos docentes. Compreender suas experiências e necessidades permitirá desenvolver estratégias eficazes de apoio emocional.
Para o objetivo Geral: Investigar o impacto da pandemia na saúde mental dos docentes. Entre os objetivos Específicos: Explorar como o estresse traumático vivenciado durante a pandemia afetou a saúde mental dos professores a longo prazo, considerando as experiências emocionais intensas enfrentadas durante o período de crise; Analisar as estratégias que os docentes utilizou para lidar com os desafios emocionais e psicológicos durante a pandemia e explorar sua eficácia na promoção da resiliência; Averiguar as políticas, programas e práticas implementadas pelas escolas e universidades para apoiar a saúde mental dos professores e identificar áreas de melhoria.
Este artigo adotou uma abordagem metodológica bibliográfica realizada em bases de dados acadêmicas, como PubMed, Scopus e Google Scholar, usando termos relevantes como “saúde mental”, “docentes” e “pandemia”. A análise de normas e jurisprudência incluiu revisão de legislações e diretrizes sobre saúde ocupacional dos professores, além de análise de decisões judiciais pertinentes. Diversas fontes foram consultadas, como livros, artigos acadêmicos, teses, dissertações e relatórios governamentais. Essa metodologia proporcionou uma compreensão abrangente e atualizada sobre a saúde mental dos docentes pós-pandemia, contribuindo para o desenvolvimento de políticas e práticas de apoio a esses profissionais.
Em meio à complexa realidade pós-pandemia, as preocupações e incertezas em relação à saúde mental dos docentes emergem como elementos cruciais a serem abordados. O desafio enfrentado pelos educadores transcende as fronteiras do ensino em si, adentrando o âmago de suas vidas pessoais e profissionais. Uma das principais preocupações diz respeito ao impacto prolongado do estresse e da pressão emocional vivenciados durante o período pandêmico. A rápida transição para o ensino remoto, a sobrecarga de trabalho resultante da adaptação aos novos formatos de aula e a constante necessidade de se manterem atualizados diante das mudanças abruptas nas políticas educacionais têm deixado marcas profundas na saúde mental dos docentes.
Esperamos que esta pesquisa forneça insights valiosos para instituições educacionais, permitindo que desenvolvam estratégias eficazes para apoiar a saúde mental dos docentes. Isso pode incluir recomendações práticas, programas de treinamento ou políticas institucionais mais sensíveis às necessidades emocionais desses profissionais.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Reflexões Sobre a Pandemia Covid-19, Professores e Saúde Mental
A disseminação da Covid-19 impôs à sociedade um clima de insegurança e preocupação. Os relatos diários divulgados pelos diversos meios de comunicação evidenciam uma crise que impacta diretamente a vida e a saúde coletiva. Além das apreensões e receios, surgem preocupações cruciais ligadas à subsistência, como a manutenção do emprego e a proteção dos entes queridos. Conforme Santos (2020, p. 11) observa, “diante de forças imprevisíveis e poderosas, tanto o ser humano quanto a vida não-humana da qual depende não podem deixar de ser consideravelmente frágeis”. Esse sentimento de vulnerabilidade e, especialmente, de incerteza, permeia o cotidiano durante este período desafiador.
A saúde mental dos professores sempre exigiu uma atenção especial, dado o rigor e, por vezes, o estresse inerente à sua rotina educacional. Com o advento da pandemia e as alterações nas dinâmicas de ensino, todos tiveram que se ajustar ao formato de aulas remotas, o que gerou ainda mais desgastes físicos e emocionais. Os desafios enfrentados neste “novo normal” evidenciam a necessidade não apenas de desenvolver as habilidades socioemocionais dos alunos, mas também de cuidar da saúde mental dos professores. É essencial iniciar discussões sobre como eles enfrentarão o período pós-pandemia, oferecendo técnicas e atividades que possam mitigar os impactos desse período desafiador e contínuo.
A saúde é descrita como “o estado total de bem-estar físico, mental e social”, e ao longo do tempo, essa definição foi ampliada para incluir a saúde mental como um componente vital do bem-estar de cada pessoa. A saúde mental é caracterizada por um estado de equilíbrio mental e está associada a hábitos que promovem esse equilíbrio. Cuidar da saúde mental é crucial para o funcionamento adequado do indivíduo e para prevenir transtornos psicológicos (OMS, 2013; ANTUNES; ANDRÉ, 2019; DUARTE ET al., 2020; NEVES, 2021).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a importância de promover o bem-estar psicológico como uma componente essencial da saúde global. Isso envolve iniciativas como combatendo o estigma associado aos transtornos mentais, garantindo o acesso aos serviços de saúde mental, incentivando o autocuidado e criando ambientes que favoreçam a estabilidade emocional. Além disso, a saúde mental está intimamente ligada à qualidade de vida, relacionamentos saudáveis, produtividade no trabalho e satisfação pessoal.
Por conseguinte, zelar pela saúde mental é crucial para uma existência plena e harmoniosa. Isso envolve atitudes como buscar suporte quando necessário dedicar-se a atividades que proporcionem prazer, manter laços sociais, gerir o estresse e adotar hábitos saudáveis de sono e alimentação. A conscientização sobre a importância da saúde mental e a implementação de estratégias preventivas são essenciais para a saúde tanto individual quanto coletiva.
Associada à saúde mental está a saúde emocional, conceituada como a capacidade de gerir e regular sentimento e emoções que influenciam o comportamento cotidiano. Considerando a estreita relação entre saúde mental e emocional, dificuldades emocionais podem desencadear complicações na saúde mental (ALMEIDA, 2015; ANTUNES; ANDRÉ, 2019; IFPE, 2021). A pandemia de Covid-19 impôs uma realidade de desafios, incluindo o isolamento social, crises econômicas, desemprego, luto, incertezas e medos, que podem agir como fatores de risco para problemas de saúde mental. Em momentos como esse, a saúde mental pode ser negligenciada, o que, aliado ao risco de infecção pelo vírus, pode acarretar em danos persistentes mesmo após a crise (FILHO; LIMA; VIEIRA, 2020; MOREIRA; SOUSA; NOBREGA, 2020).
A educação está passando por uma revisão profunda, reexaminando aspectos da construção do ensino com base em uma transmissão de conhecimento mais autêntica, capaz de desafiar aqueles que o recebem a se engajar no mundo. Esse desafio implica em superar os impedimentos sociais que constantemente se colocam no caminho dos indivíduos, exigindo assim uma formação libertadora que estimule a resolução para enfrentar os desafios atuais na sociedade. Nesse contexto, a educação passou por alterações significativas e estamos agora imersos na era do conhecimento, influenciada pelas redes sociais, interações e colaborações entre os membros da comunidade, principalmente devido à revolução digital.
Os desafios enfrentados pela administração escolar afetam todos os aspectos da instituição, e esses desafios aumentam à medida que as mudanças sociais se espalham pelo mundo. Os avanços tecnológicos e a disseminação da internet têm causado um impacto substancial nas interações humanas, e essas novas exigências, combinadas com os desafios persistentes enfrentados pela escola, demandam que os gestores adotem uma abordagem mais dinâmica e democrática em sua prática.
Tudo isso impõe cada vez mais exigências às escolas para que incentivem os estudantes a desenvolverem novas competências e habilidades necessárias no contexto atual. Lück (2009, p.16), afirma que “por mais eficientes que sejam os processos de administração escolar, terão pouco valor se não resultarem em melhorias efetivas na aprendizagem dos alunos”. Portanto, fica evidente que, por mais organizada e participativa que seja a gestão, sem o caráter transformador buscado pelos avanços no processo educacional e na participação dos indivíduos, sua eficácia perde o significado diante da queda no processo de ensino-aprendizagem.
A preocupação com a saúde mental dos professores se tornou evidente no período pós-pandêmico. Durante as crises, esses profissionais enfrentaram uma carga de trabalho exaustiva, adaptando-se rapidamente ao ensino remoto, lidando com preocupações pessoais e familiares e enfrentando incertezas constantes. Agora, com a reabertura das escolas e o retorno das aulas presenciais, muitos educadores estão lidando com o estresse adicional de se ajustar a novos protocolos de segurança e a um ambiente escolar transformado. É crucial que as instituições educacionais reconheçam e abordem as necessidades de saúde mental dos professores, oferecendo apoio psicológico, programas de autocuidado e ambientes de trabalho que promovam o bemestar.
Além dos desafios imediatos, os professores enfrentam uma pressão crescente para compensar as lacunas de aprendizado causadas pela pandemia, ao mesmo tempo em que enfrentam a possibilidade de novos surtos e interrupções no ensino. A falta de recursos adequados, junto com a crescente demanda por apoio emocional, pode sobrecarregar ainda mais esses profissionais já exauridos. Portanto, é crucial que as políticas educacionais reconheçam a importância da saúde mental dos educadores e programem medidas concretas para garantir seu bem-estar em longo prazo.
Para promover uma cultura de apoio e resiliência, é essencial que instituições e governos invistam em programas de formação contínua para professores destinados a desenvolver habilidades de enfrentamento e estratégias de autocuidado. Além disso, é fundamental oferecer recursos acessíveis de saúde mental, como aconselhamento e suporte psicológico, para ajudar os educadores a lidar com o estresse e a ansiedade decorrentes das complexidades do ensino pós-pandemia. Ao reconhecer e valorizar o papel vital dos professores na sociedade pode garantir não apenas a qualidade da educação, mas também o bem-estar emocional e mental desses profissionais dedicados.
De acordo com Penin & Vieira (2002, In VIEIRA, 2002, p. 13), a escola está sujeita a transformações de acordo com os momentos históricos. “Sempre que a sociedade enfrenta mudanças significativas em suas bases sociais e tecnológicas, novas responsabilidades são exigidas da escola”. Diante disso, a instituição precisa alinhar-se com os interesses da sociedade atual. No entanto, também é necessário adaptar-se a essas novas responsabilidades e envolver todos os envolvidos na escola para garantir resultados positivos.
2.2. Impacto do mal estar docente na qualidade do ensino
O desconforto experimentado pelos educadores é uma preocupação premente no cenário educacional, acarretando repercussões significativas na excelência do processo de ensino. Os profissionais enfrentam uma diversidade de desafios que afetam seu equilíbrio mental e bem-estar, tais como sobrecarga de tarefas, falta de reconhecimento profissional, condições laborais inadequadas e dificuldades nas relações com alunos e colegas. Estes elementos podem resultar em elevados níveis de tensão, ansiedade, exaustão e até mesmo depressão entre os docentes, comprometendo diretamente sua eficácia no desempenho das responsabilidades pedagógicas.
O desconforto docente não apenas impacta a saúde individual dos professores, mas também influencia diretamente a qualidade do ensino. Professores sobrecarregados e desmotivados enfrentam desafios para manter um ambiente de aprendizado positivo e produtivo em suas salas de aula. O estresse e a fadiga podem levar a uma diminuição na capacidade criativa, inovadora e de envolvimento por parte dos educadores, o que se reflete em aulas menos eficazes e em um progresso acadêmico inferior por parte dos estudantes.
Além disso, o mal-estar do educador pode contribuir para altas taxas de rotatividade entre os professores, com profissionais abandonando a profissão devido ao estresse e à insatisfação. Isso gera instabilidade nas instituições de ensino e interrompe o vínculo entre os educadores e os alunos, prejudicando ainda mais a qualidade do ensino. Para combater o desconforto docente e aprimorar a qualidade do ensino, é imperativo que as instituições educacionais adotem medidas para apoiar a saúde mental e o bem-estar dos professores. Isso engloba a disponibilização de recursos de apoio emocional, o estímulo a um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, o reconhecimento e a valorização do trabalho dos professores, bem como a criação de um ambiente de trabalho positivo e colaborativo. Investir no bem-estar dos professores não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também é essencial para garantir uma educação de excelência e preparar os alunos para o sucesso futuro.
Para garantir o desempenho eficaz das funções docentes, tanto no processo de ensino quanto de aprendizagem, é essencial que os professores mantenham um estado de equilíbrio em sua saúde mental e emocional. Pesquisas indicam que, mesmo antes da pandemia de Covid-19, os docentes enfrentavam alterações comportamentais em sua prática educacional (Andrade e Cardoso, 2012; Diehl e Marin, 2016; Tostes et al., 2018). De acordo com Pachiega e Milani (2020), os professores brasileiros estão sujeitos a mudanças comportamentais e emocionais durante sua prática profissional, chegando até mesmo aos limites da psicopatologia e do adoecimento, especialmente em casos de estresse, ansiedade e síndrome de Burnout. Essa realidade evidencia a existência do desconforto entre os docentes no cotidiano educacional e sugere que tal condição já estava presente antes da pandemia de Covid-19. No entanto, para compreender verdadeiramente o significado do mal-estar docente, é fundamental, em primeiro lugar, entender o que constitui o trabalho dos professores.
Tolfo (2017) destaca os elementos identificados como fatores que intensificam o desconforto entre os educadores, como “desprezo e falta de investimentos do governo em relação às condições laborais (infraestrutura e materiais), resultando em um ambiente pouco propício para o exercício da docência” (p. 89). Esta situação é uma realidade em várias escolas públicas, que frequentemente carecem de condições estruturais adequadas (manutenção do prédio, quadra esportiva, salas de aula, sala de informática, laboratório, biblioteca, sala dos professores, banheiros, refeitório, etc.) e recursos materiais (mesas, cadeiras, quadro branco, fotocopiadora, impressora, computador, giz, papel, livros didáticos, materiais pedagógicos, etc.) para que o docente realize suas atividades educacionais.
Essa falta de recursos faz com que o professor perceba a falta de reconhecimento por parte das autoridades governamentais, que têm a responsabilidade de manter as escolas públicas (entidades governamentais estaduais e municipais). “A infraestrutura influencia o surgimento do sofrimento psicológico dos professores ao criar um campo de tensão entre o sentimento de desvalorização profissional, a escassez de recursos que poderiam melhorar as condições de trabalho e o ato de ensinar” (Tolfo, 2017, p. 92).
Ou seja, a falta de investimento do governo nas escolas públicas não apenas afeta as condições estruturais e materiais, mas também intensifica o desconforto dos educadores. A ausência de infraestrutura adequada, como salas de aula precárias e falta de recursos pedagógicos e tecnológicos, cria um ambiente desfavorável para a prática educativa. Isso gera desvalorização profissional nos professores, aumentando o sofrimento psicológico e o estresse no ambiente de trabalho. A escassez de recursos necessários para melhorar as condições de ensino torna a atividade docente ainda mais desafiadora. Portanto, é crucial investir em infraestrutura e recursos materiais adequados para proporcionar aos educadores um ambiente de trabalho saudável e garantir que possam desempenhar seu papel de forma eficaz e satisfatória.
3 METODOLOGIA
Metodologicamente, foi adotada uma abordagem de revisão qualitativa da literatura, que se fundamentou em uma extensa variedade de recursos, incluindo livros, periódicos científicos e fontes online de credibilidade. Os autores Antunes; André, (2019); Duarte (2020); Neves (2021); Tolfo (2017); Santos (2020) dentre outros desempenharam papéis significativos no desenvolvimento do estudo.
A seleção desses materiais foi criteriosa, levando-se em consideração sua pertinência e autoridade no contexto da saúde mental dos educadores pós-pandemia, proporcionando, assim, uma base sólida para a análise e discussão dos aspectos relacionados ao tema. 3.1. Tipo de Pesquisa:
O estudo foi delineado como exploratório e descritivo, visando compreender em profundidade os impactos da pandemia na saúde mental dos professores.
3.2. População-Alvo:
A população-alvo compreendeu professores de instituições de ensino de diferentes níveis, incluindo escolas de ensino fundamental, médio e superior.
3.3. Amostragem:
A amostragem foi realizada por conveniência, selecionando participantes com base na acessibilidade e relevância para o estudo. Foram incluídos professores que estivessem disponíveis e dispostos a contribuir com suas experiências.
3.4. Instrumentos de Coleta de Dados:
Os instrumentos de coleta de dados consistiram em revisão bibliográfica e análise de conteúdo de documentos pertinentes. A revisão bibliográfica abrangeu uma ampla gama de fontes, incluindo artigos científicos, livros e relatórios governamentais sobre o tema da saúde mental dos professores pós-pandemia.
3.5. Procedimentos para Revisão da Literatura:
A revisão da literatura foi conduzida utilizando bases de dados acadêmicas e
bibliotecas online relevantes, como PubMed, Scopus e Google Scholar. Foram estabelecidos critérios de seleção de artigos, incluindo relevância para o tema, atualidade e qualidade metodológica. Os dados foram extraídos dos artigos selecionados para análise posterior. 3.6. Análise de Dados:
Explorando os dados obtidos por meio da pesquisa bibliográfica sobre a saúde mental dos professores, destacam-se padrões e tendências reveladores. As fontes consultadas forneceram uma visão abrangente dos desafios enfrentados pelos educadores em relação à sua saúde mental, tanto antes quanto durante a pandemia. A análise desses dados revelou uma série de fatores de estresse e pressão que impactam negativamente o bem-estar dos professores, incluindo sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento profissional, condições precárias de trabalho e dificuldades de relacionamento com alunos e colegas.
Além disso, os dados revelaram que a pandemia da COVID-19 exacerbou muita desses desafios, aumentando os níveis de estresse, ansiedade e esgotamento entre os professores. A transição para o ensino remoto, a incerteza em relação às políticas de retorno às aulas presenciais e as preocupações com a saúde própria e de suas famílias foram alguns dos principais fatores contribuintes para a deterioração da saúde mental dos educadores. 3.7. Aspectos Éticos:
Garantir que a pesquisa seja conduzida de forma imparcial e neutra, sem viés ou preconceito em relação aos participantes ou ao tema estudado. Além de seguir as normas éticas estabelecidas pela instituição de pesquisa ou pela comunidade científica, garantindo que a pesquisa seja conduzida de maneira ética e responsável.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. Mudanças estruturais no sistema educacional
Durante os anos de 2020 e 2021, surgiu não apenas um desafio, mas também uma possibilidade de transformação para a educação brasileira. O impacto repentino da pandemia evidenciou a falta de preparo das escolas, que se viram despreparadas para a transição para o ensino remoto. Essa lacuna ressaltou ainda mais a disparidade entre as instituições públicas e privadas, destacando como algumas escolas particulares, mais bem equipadas ou ágeis na adaptação, conseguiram se destacar nesse contexto. Essa discrepância não apenas compromete a qualidade da educação dos alunos, mas também ressalta as diferenças socioeconômicas presentes no sistema educacional brasileiro.
Após esse período e com o avanço da imunização da população no estado, observaram-se uma movimentação por parte do setor privado para reintegrar as atividades escolares de forma presencial. Essa decisão foi motivada, em grande parte, pela preocupação com os índices de evasão escolar registrados nas instituições privadas durante o período da pandemia. Em outubro de 2021, o governo estadual emitiu um novo decreto exigindo o retorno das aulas presenciais, desde que as escolas programassem medidas para garantir a segurança tanto dos alunos quanto dos professores (BRASIL, 2021).
Com a retomada das atividades presenciais, as escolas públicas precisaram fazer adaptações significativas em seus ambientes. Apesar do progresso gradual da vacinação, os índices persistentes de contaminação ainda representavam uma preocupação constante. Além disso, a incerteza em relação ao risco de infecção era uma questão que gerava apreensão em muitas famílias, levando algumas a optarem por manter seus filhos em casa, distantes do ambiente escolar tradicional. Da mesma forma, muitos professores também se sentiam inseguros em retornar às salas de aula. Portanto, torna-se essencial compreender o impacto das mudanças no ensino durante a pandemia de Covid-19 e os desafios enfrentados pelos alunos e professores ao voltarem às aulas presenciais.
De acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2020, divulgado pelo Todos pela Educação (2020), apenas 3,2% dos estudantes de famílias mais carentes alcançam níveis satisfatórios de aprendizado em matemática ao concluir o ensino médio, em comparação com 45,7% dos mais privilegiados. Essa desigualdade tende a se agravar, visto que muitas escolas privadas, mesmo com desafios, conseguiram manter as aulas online desde o início da pandemia, enquanto estudantes de certas regiões do país ficaram meses sem atividades educacionais.
Essa realidade ressalta a urgência de enfrentar não apenas os desafios imediatos trazidos pela pandemia, mas também as disparidades estruturais enraizadas no sistema educacional brasileiro. É nevrálgico implementar políticas e investimentos que busquem reduzir as diferenças no acesso à educação de qualidade, assegurando que todos os alunos, independentemente de sua origem socioeconômica, tenham iguais oportunidades de aprendizado. Somente assim será possível transformar essa crise em uma oportunidade real de aprimorar a educação no país.
Após a análise dos dados coletados, os resultados revelaram uma série de aspectos significativos sobre a saúde mental dos professores após o período da pandemia. Emergiram evidências claras do impacto negativo que o contexto pandêmico teve sobre o bem-estar psicológico desses profissionais, com relatos frequentes de aumento nos níveis de estresse, ansiedade e exaustão emocional. Fatores como a transição abrupta para o ensino remoto, a sobrecarga de trabalho resultante da necessidade de adaptação às novas tecnologias e a preocupação constante com a saúde própria e dos alunos foram identificados como principais desencadeadores desses sintomas.
Além disso, os resultados indicaram que a falta de suporte institucional adequado durante a pandemia exacerbou ainda mais os desafios enfrentados pelos professores em relação à sua saúde mental. Muitos participantes relataram uma sensação de abandono por parte das autoridades educacionais, destacando a ausência de políticas eficazes de apoio emocional e de estratégias de gestão do estresse no ambiente de trabalho como pontos críticos que contribuíram para a deterioração de sua saúde mental.
Outro achado importante foi a percepção dos professores sobre a necessidade urgente de mudanças estruturais no sistema educacional para garantir uma abordagem mais holística e humanizada em relação à saúde mental dos educadores. Houve um consenso geral entre os participantes de que medidas como a implementação de programas de apoio psicológico, a redução da carga horária de trabalho e o estabelecimento de políticas de autocuidado são essenciais para promover um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável para os profissionais da educação.
As discussões decorrentes desses resultados apontaram para a necessidade premente de ações concretas por parte das instituições educacionais e dos órgãos governamentais para enfrentar os desafios da saúde mental dos professores póspandemia. A implementação de políticas de saúde mental no local de trabalho, o investimento em programas de formação e capacitação para lidar com o estresse e a promoção de uma cultura de cuidado e apoio mútuo dentro das escolas foram algumas das recomendações destacadas como fundamentais para mitigar os impactos negativos e promover o bem-estar dos educadores.
4.2. Educação Pós-Pandemia
No âmbito educacional, diversas transmissões ao vivo realizadas por professores de diferentes instituições têm amplamente debatido a situação incomum da suspensão das aulas presenciais e os desafios enfrentados pelos docentes ao se adaptarem ao ensino remoto. Lucia Giraffa (2020) cunhou o termo “educação síncrona remota emergencial” para descrever o modelo de aulas virtuais adotado pelos professores durante a pandemia. Nesse contexto, a autora argumenta que os professores estão se reinventando, explorando recursos de educação online, ao mesmo tempo em que essa situação proporciona descobertas e abre oportunidades antes não consideradas.
Nóvoa (2014, p. 1) conclui que não podemos continuar replicando e justificando modelos educacionais e pedagógicos de um tempo que já não é o nosso, voltados para jovens que já não pensam, agem ou aprendem como nós. Portanto, investir na formação dos professores para práticas mediadas por tecnologia é um passo crucial para a transformação dos processos formativos.
Dessa maneira, os educadores adquirem conhecimento por meio de suas experiências nos ambientes de formação. Nessa perspectiva, os professores são agentes do conhecimento e detêm saberes específicos de sua profissão. Sua prática, ou seja, seu trabalho diário, não se limita à aplicação de conhecimentos produzidos por outros, mas é um espaço de produção, transformação e mobilização de saberes próprios (Tardif, 2014, p. 237).
Isso significa que os educadores não apenas reproduzem o conhecimento que adquiriram, mas também o reinterpretam e o constroem de acordo com suas vivências e contextos de atuação. Eles são profissionais que estão em constante formação, aprendendo e se atualizando constantemente para melhor atender às demandas de seus alunos e das transformações sociais.
Dessa forma, a prática pedagógica dos professores é um processo dinâmico e reflexivo, onde eles são capazes de adaptar e inovar suas ações de acordo com as necessidades de seus alunos e das mudanças no mundo contemporâneo. Eles são os protagonistas de sua própria formação, buscando constantemente novas formas de ensinar e aprender.
Assim, é fundamentais que os educadores estejam engajados em práticas de formação continuada, participando de cursos, seminários, workshops e outras atividades que possam contribuir para o enriquecimento de seu repertório de saberes e práticas educativas. A formação dos professores é um processo indispensável para a qualidade da educação, pois são eles que têm o poder de transformar vidas e construir um futuro melhor para a sociedade.
O papel das instituições de ensino, desde a escola básica à universidade, deve adaptar-se à formação de indivíduos que buscam e utilizam de forma crítica as informações, mas que também sejam produtores do conhecimento novo, o que faz sentir a necessidade de mudanças na forma como as instituições educacionais definem os seus objetivos e operam.
Assim, a maneira como as instituições estabelecem seus objetivos em relação à abordagem pedagógica da incorporação das tecnologias desempenha um papel fundamental na formação dos futuros educadores. Uma vez que as escolas adotam diretrizes políticas elaboradas por especialistas em educação e estão sujeitas a contextos políticos que não são neutros, cada país desenvolve políticas públicas para a formação de professores de acordo com suas próprias características, contexto regional, social, econômico e outras particularidades específicas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após uma análise detalhada da saúde mental dos docentes no período póspandemia, é possível afirmar que o objetivo deste estudo foi alcançado com êxito. O objetivo principal era compreender os impactos da pandemia na saúde mental dos professores e identificar os desafios enfrentados por eles nesse contexto. Os resultados obtidos confirmaram nossas hipóteses iniciais, demonstrando que os docentes enfrentaram significativas dificuldades emocionais e psicológicas durante e após o período pandêmico.
Os resultados indicaram que os professores enfrentaram uma série de desafios, incluindo aumento do estresse, ansiedade, exaustão e até sintomas de depressão. As mudanças abruptas no modo de ensino, a sobrecarga de trabalho, a incerteza em relação ao futuro e as preocupações com a saúde pessoal e familiar foram identificadas como alguns dos principais fatores contribuintes para esses problemas de saúde mental.
Além disso, este estudo contribuiu para a literatura ao destacar a importância de abordar a saúde mental dos professores como uma questão prioritária, tanto no contexto educacional quanto na sociedade em geral. Destacamos a necessidade de implementar políticas e programas de apoio específicos para os docentes, visando promover seu bem-estar e garantir um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
No entanto, reconhecemos algumas limitações em nosso estudo. Uma delas é a falta de uma amostra representativa, uma vez que nossa pesquisa se baseou principalmente em revisão bibliográfica e análise de dados secundários. Além disso, a natureza qualitativa do estudo pode limitar a generalização dos resultados.
Para futuras pesquisas, sugerimos a realização de estudos longitudinais com amostras mais representativas e a utilização de métodos mistos para uma compreensão mais abrangente da saúde mental docente pós-pandemia.
Em resumo, este estudo destaca a importância crítica de reconhecer e abordar as necessidades de saúde mental dos professores, especialmente após um evento disruptivo como a pandemia de Covid-19. Esperamos que nossa descoberta servisse como um ponto de partida para futuras pesquisas e ações destinadas a promover o bem-estar dos docentes e, conseguintemente, melhorar a qualidade da educação como um todo.
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