OS REFLEXOS DA PANDEMIA DA COVID-19 PARA O DESENVOLVIMENTO DO SETOR DE TURISMO: UMA ANÁLISE NO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ (MS)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7688663


Janaína Faria Rodrigues
Roosiley dos Santos Souza


RESUMO 

A pandemia gerou um surto sanitário e uma crise econômica sem precedentes em escala mundial, sendo o setor do turismo um dos mais afetados. Este é um estudo que possui como objetivo geral analisar os reflexos da Pandemia COVID-19 para o desenvolvimento da atividade de turismo em Corumbá (MS) na perspectiva: poder público e o setor. Diante deste cenário, pretende-se apresentar as principais consequências e dificuldades detectadas para o setor, bem como levantar as ações elaboradas sob a ótica do setor público e privado e apresentar potencialidades que possam fomentar a atividade no município. Para tanto, a pesquisa é de natureza qualitativa, com caráter descritivo e exploratório. A coleta de dados foi feito com os representantes do setor público – Gerente de Políticas de Turismo da Fundação de Turismo do Pantanal (FUNDTUR/ Pantanal), Agência Municipal Portuária (AGEMP), classe representativa do setor – Associação Corumbaense das Empresas de Turismo (ACERT) e com representantes do setor privado dentro da cadeia produtiva da área de Pesca Esportiva do município, foi utilizado roteiros de entrevistas semiestruturadas e, em relação a análise de resultados, possui a técnica de análise por categorias, apresentando as dificuldades e potencialidades do setor.

PALAVRAS-CHAVE: Pandemia Covid – 19; Setor do Turismo; Poder Público; Setor Privado; Corumbá (MS)

INTRODUÇÃO

O ano de 2020 foi um ano atípico em todas as áreas devido a pandemia de Covid-19.

De acordo com o artigo publicado pela Porto Business School (2020) “A pandemia de Covid19 gerou um surto sanitário e uma crise econômica sem precedentes à escala mundial”.

A Covid-19 é uma doença respiratória infecciosa provocada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Em função da doença, vários países tomaram medidas restritivas, determinando o confinamento da população, paralisando serviços considerados não essenciais e fechando as fronteiras para tentar conter o avanço e o aumento da Pandemia.

Entre as atividades mais afetadas está o setor de Turismo, conforme o estudo divulgado pelo Conselho Mundial das Viagens e Turismo (World Travel & Tourism Council – WTTC), o setor calculou perda de 75 milhões de empregos em todo o mundo, com prejuízos que podem chegar a US$ 2,1 trilhões, tendo o Brasil incluso no grupo de países que serão mais afetados pela crise.

Em Corumbá (MS), que é considerado um destino turístico conhecido como Pantanal, os impactos ocasionados pela pandemia não foram diferentes, e para compreender os impactos na região, a pretensão do estudo em pauta é responder a seguinte pergunta da pesquisa – Como foi o reflexo da pandemia de Covid-19 para o desenvolvimento da atividade de turismo em Corumbá (MS)? – o presente estudo buscou as respostas na perspectiva do poder público – Fundação de Turismo do Pantanal e Agência Municipal Portuária e do setor privado – empreendimentos diretos da atividade do Turismo em Corumbá (MS) – O turismo de Pesca Esportiva.

O estudo possui como objetivo geral analisar os reflexos da Pandemia COVID-19 para o desenvolvimento da atividade de  turismo em Corumbá (MS) na perspectiva: poder público e o setor privado e, como objetivos específicos: 1) Apresentar as principais implicações detectadas para o setor de turismo diante da pandemia de Covid 19; 2) Elencar as principais dificuldades impostas para o setor em âmbito local; 3) Analisar, sob a ótica do setor público e privado, ações elaboradas para o desenvolvimento do turismo local; 4) apresentar principais potencialidades para fomentar a atividade. 

Dessa forma, a proposta se torna relevante devido à atualidade do assunto e o grande impacto e repercussão a nível mundial. Com diversos setores de atividades econômicas sendo atingidas, é válido realizar estudos que abordam os impactos que essa crise causou e como estão sendo tratados, nesse caso, pelo setor de turismo que é uma das principais atividades econômicas no município de Corumbá (MS), locus de desenvolvimento da pesquisa, considerado como destino turístico Pantanal – dentre as 9 regiões turísticas do estado do Mato Grosso do Sul (FUNDTUR, 2019).

1. REVISÃO DE LITERATURA

1.1 A Pandemia e seus reflexos no desenvolvimento do Turismo no Mundo

O ramo do turismo tem sido considerado um dos mais relevantes para a economia mundial, quando comparado a muitas indústrias de manufaturas e outros serviços, em termos de vendas, geração de emprego e receitas (MENDONÇA, 2006). Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), as atividades consideradas turísticas são as viagens de negócios, visitas a amigos e familiares, viagens por motivações de estudos, religião, saúde, eventos esportivos, conferencias e exposições, além das tradicionais viagens de férias. (OMT, 2006)

Em 2019 o estudo da OMT, revelou o décimo ano consecutivo de crescimento do Turismo global, onde todas as regiões tiveram um aumento nas chegadas internacionais, registrando 1,5 bilhão de turistas internacionais, um crescimento de 4%, com 54 milhões de chegadas a mais que em 2018.

Beni (2011) aponta que o turismo, mais do que outros setores dentro do segmento de serviços, apresenta grande fragilidade a toda alteração condicional. Mecca e Gedoz (2020) acrescentam que é um nicho de mercado retrátil às oscilações da economia e às variações cambiais, flutuações sazonais da demanda, riscos geológicos, crises no transporte rodoviário, aéreo, convulsões sociais, instabilidade política, terrorismo, riscos epidêmicos e pandêmicos que comprometam a saúde pública, a exemplo da pandemia do novo Coronavírus. (MECCA, GEDOZ; 2020, p. 3)

Por outro lado, a participação do turismo no PIB de vários países vem crescendo de forma acelerada e contribuindo na geração de empregos. Nos países em desenvolvimento, a atividade turística poderá representar até 40% do PIB (BENI, 2011).

Apesar das boas perspectivas para o turismo no início do ano de 2020, com expectativa de crescimento em várias atividades, o mundo se depara com a Pandemia de covid-19, uma doença respiratória infecciosa provocada pelo novo coronavírus, que gerou paralisação das operações turísticas no mês de março e mudou o futuro desse importante setor econômico mundial. O mercado de viagens é um dos setores mais afetados pela crise, pois a política de isolamento consequente das medidas de controle ao contágio pelo Covid-19 afeta diretamente o desempenho econômico do setor.

De acordo com dados da OMT, a pandemia de covid-19 causou uma queda de 22% no volume de turistas internacionais durante o primeiro trimestre de 2020. Por regiões, as chegadas caíram 35% no primeiro semestre na Ásia e no Pacífico, 20% no Caribe, 19% na Europa, 19% na América do Sul, 13% na África, 13% na América do Norte e 11% na Oceania. (OMT, 2020)

1.2 Turismo no Brasil

No Brasil o turismo é uma atividade fortemente geradora de empregos em todas as faixas de renda. Segundo o IBGE, o setor representa 3,71% do PIB, e sua dinâmica é composta por diferentes atividades que serão diferentemente impactadas nessa crise.

Segundo Rabahy (2020), o Brasil apresenta condições particulares de suporte do crescimento de seu turismo a partir do fortalecimento do mercado interno. O turismo internacional acaba se beneficiando da estrutura desenvolvida e sustentada pelo turismo doméstico, mesmo não sendo o foco principal para o desenvolvimento da atividade no país. Dado o tamanho de seu território e a disponibilidade de uma ampla diversidade de atrativos e de belezas naturais, é consequência natural a enorme potencialidade que o Brasil apresenta para atender uma maior parcela do mercado mundial do turismo. (RABAHY, 2020)

Em 2019, o número de desembarques nacionais nos aeroportos do país cresceu 1,8% em relação ao mesmo período de 2018. Foram 97,1 milhões de passageiros viajando no Brasil no ano passado, quase 2 milhões a mais que o registrado em 2018 (95,5 milhões), de acordo com dados do relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). No mesmo ano o Ministério do Turismo adotou políticas visando fortalecer a oferta turística nacional, como o Programa Investe Turismo, que contempla 158 municípios em 30 rotas turísticas de todo o Brasil; o Plano de Desenvolvimento Turístico, que realiza diagnósticos para alavancar o desenvolvimento local de diversos destinos nacionais; as obras de infraestrutura em todas as regiões do país. (MINISTÉRIO DO TURISMO – 2019)

1.3 Turismo no Estado de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul nasceu da divisão do estado do Mato Grosso no dia 11 de outubro de 1977. Localizado na região Centro-Oeste do Brasil juntamente com Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal faz divisa com cinco estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Paraná,Goiás, Mato Grosso; faz fronteira ao sul com o Paraguai e a Bolívia, sendo banhado pelo sistema dos rios Paraná e Paraguai e seus afluentes. De acordo com a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FUNDTUR-MS/2015) O estado do Mato Grosso do Sul foi dividido em 9 regiões turísticas segundo o Programa de Regionalização do Turismo, programa estruturante do Ministério do Turismo, que trabalha a convergência e a interação de todas as ações desempenhadas pelo MTur com estados e municípios brasileiros.

O Pantanal, uma das maiores planícies de sedimentação e a maior planície inundável do mundo, têm aproximadamente 140 mil km², com 65% do seu território no estado de Mato Grosso do Sul, e foi reconhecido pela UNESCO, no ano 2000, como Reserva da Biosfera, por ser uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais da Terra. (FUNDAÇÃO DE TURISMO DE MATO GROSSO DO SUL; OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE MATOGROSSO DO SUL, 2015)

1.4 Turismo em Corumbá (MS)

Corumbá é considerado um dos principais núcleos de atração turística de Mato Grosso do Sul, além dos seus atrativos e das paisagens naturais, possui o acervo do Patrimônio Histórico Cultural e outros aspectos do turismo que movimentam diversos setores da economia, e ainda oferece grandes oportunidades para a geração de emprego e renda e promove a abertura de novos empreendimentos comerciais. (SOUZA, 2006)

A atividade turística não é independente, ela necessita da contribuição de outras atividades para efetuar mudanças necessárias que fomentem o desenvolvimento local. Além de movimentar direta e indiretamente a economia, seja por meio da relação entre o turista e os produtos e serviços consumidos gerando um fluxo de recursos financeiros; seja pelos investimentos em infraestrutura turística, na criação ou renovação da oferta turística (BARBOSA, 2005). Andrade (1995) destaca a especificidade dessa oferta turística, visto que o produto turístico não permite estoque ou reserva, seus recursos são estáveis e consumidos no próprio local receptor, ou seja, para se desfrutar dos bens tangíveis e intangíveis dispostos pelo turismo, é necessário ocorrer o deslocamento do turista para o local ofertante do atrativo. Corumbá é uma cidade reconhecida por sua riqueza natural, uma vez que 60% do bioma Pantanal encontra-se em seu território, o que a caracteriza como a Capital do Pantanal. Essa condição é propícia para diversos tipos de turismo tais como o Ecoturismo, o ecológico, o esportivo, de aventura e a pesca.

No ano de 2019, a prefeitura Municipal de Corumbá, por meio da Fundação de Turismo do Pantanal, elaborou o Plano Municipal de Turismo em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul (SEBRAE/MS) e com participação ativa do trade regional, que foi validado pelo Conselho Municipal de Turismo e, no dia 22 de junho de 2020, foi sancionada a Lei nº 2.727 que aprovou o Plano. O planejamento possui o “objetivo de direcionar as ações para o desenvolvimento do turismo na Capital do Pantanal, orientando o poder público e o mercado para as tendências estratégicas apontadas” (CORUMBÁ, 2020, p. 5)

O reconhecimento do Pantanal como Patrimônio Nacional pela Constituição Federal, bem como os títulos de Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), caracterizam o território de Corumbá como excepcional, fato que conduz a análise territorial para o cumprimento dos requisitos não só do mercado turístico, mas os requisitos das populações locais e da humanidade. Neste cenário, o reposicionamento das empresas de pesca esportiva, assim como a busca pelo fortalecimento do ecoturismo são planejados nesse documento como instrumentos da integração da Rota Pantanal Bonito e Serra da Bodoquena.

Por meio de sessões plenárias, o Plano Municipal de Turismo de Corumbá foi criado definindo ações para os Eixos: Oferta e Demanda Turística; Infraestrutura Turística; Promoção e Apoio à Comercialização; e Gestão do Destino e do Plano Municipal de Turismo.

1.5 Turismo de pesca

Em 1998 o turismo de pesca começou a ser admitido como segmento turístico ao ter a atenção do governo através das políticas de gestão. Este segmento se faz pela ligação da pesca e o lazer, como aponta o Ministério do Turismo:

A construção do marco conceitual de Turismo de Pesca ora apresentado fundamenta-se nos movimentos turísticos que ocorrem em territórios específicos (em razão da presença de espécimes singulares), em relação ao perfil do turista de pesca. Tal perfil é definido pela motivação desse turista, a qual determina a evolução da atividade de pesca como opção de lazer, caracterizando-a pelo usufruto dos recursos naturais de forma sustentável, de acordo com as peculiaridades das duas atividades – pesca e turismo -, e com as legislações que as regem (BRASIL, 2015, p. 27).

O turismo de pesca surgiu na Região de Corumbá no final dos anos 60, a partir da constituição de um período em que o turismo conseguiu grande importância na condição de utilidade econômica e agente transformador do espaço regional. De acordo com Paixão (2005, p. 127) “os pesqueiros ‘Passo do Lontra’ e ‘Paraíso dos Dourados’, na zona rural de Corumbá são as “primeiras impressões do turismo na paisagem regional”, e que somente no início da década de 70 surgiu a primeira empresa especializada em trazer turistas para pesca no Pantanal comandada por Orozimbo Decenzo que construiu o primeiro barco hotel, o Cabexi I. As décadas de 1980 e 1990 foram de consolidação do turismo de pesca em Corumbá. Várias empresas ligadas ou não a hotéis da cidade construíram barcos hotéis para levar turistas para pesca no Pantanal. (PAIXÃO, 2005)

A grande quantidade de espécies pesqueiras fez da região de Corumbá um ícone da pesca esportiva, além da facilidade na conquista dos exemplares pelos pescadores. De acordo com a análise de captura do pescado da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2001, p. 20), em 1998 mais de 441.916 kg de peixe foram retirados dos rios em Corumbá e desse total, 84,6% são credenciados aos turistas de pesca.

Lopes (2009, p.18) define o turismo de pesca esportiva como “atividade de pesca sem fins lucrativos, praticada somente pelo prazer de pescar, fundamentada pelo lazer, recreação e turismo. Tem como princípio a filosofia do pesque e solte, sendo a soltura dos peixes a prática que mais a caracteriza”. No turismo de pesca este efeito se concretiza pelas atividades turísticas através da operação e agenciamento para o pescador, como o transporte, hospedagem, alimentação, recepção, recreação e entretenimento, eventos e atividades complementares (BRASIL, 2015).

Machado e Costa (2017) dizem que a atuação do turismo de pesca em Corumbá engloba muitos empreendimentos, desde a chegada pelo envolvimento dos meios de transporte, as agências que oferecem pacotes de pesca nos cruzeiros fluviais, hotéis pesqueiros que comercializam uma cesta de produtos e serviços como hospedagem, alimentação, aluguel do barco, motor e o guia de pesca (ou piloteiro), lojas específicas de produtos para a prática do esporte, comércio de bebidas, entre tantos outros.

2. METODOLOGIA

A presente pesquisa foi de natureza qualitativa, a qual, segundo Gil (1999), permite a investigação das questões relacionadas ao caso em estudo e suas relações, pela evidencia do contato direto com a situação estudada, preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. Dessa forma, essa pesquisa torna-se qualitativa, pois busca responder quais os foram os impactos da Pandemia Covid-19 na atividade turística em Corumbá (MS), levando em consideração o olhar do poder público, representado pela Fundação de Turismo do Pantanal, e do setor privado, representado por empresas da área do Turismo.

Quanto aos objetivos, é de caráter descritivo e exploratório, pois tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses que possam ser exploradas em estudos posteriores (GIL, 1999). Já Triviños (1987) diz que a pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade.

Também se classifica como estudo de casos múltiplos que, para Triviños (1987, p.136), não existe “[…] necessidade de perseguir objetivos de natureza comparativa, o pesquisador pode ter a possibilidade de estudar dois ou mais sujeitos, organizações etc.”. Esses estudos pretendem analisar um objeto de estudo de maneira particular, mesmo que, futuramente, tenham sido observadas semelhanças com outros casos.

Em relação às técnicas para a realização da coleta de dados, foi feita por meio de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e entrevistas com o Gerente de Políticas de Turismo da Fundação de Turismo do Pantanal (FUNDTUR/ Pantanal), Gerente de Gestão Portuária da Agência Municipal Portuária (AGEMP), Associação Corumbaense das Empresas de Turismo (ACERT) e com 05 representantes de empresas relacionadas ao turismo no Município. A pesquisa bibliográfica foi realizada a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites (FONSECA, 2002). Em relação à pesquisa documental o autor ressalta que utiliza fontes mais diversificadas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios e documentos oficiais. E para Gil (1999), a entrevista é uma das técnicas de coleta de dados mais utilizadas nas pesquisas sociais, é uma técnica bastante  adequada  para conseguir informações acerca  do que as pessoas sabem, acreditam, esperam e desejam, assim como suas razões para as respostas.

Após a realização da coleta de dados foi utilizada a técnica de análise por categorias.

Para Minayo (org.1994, p.70):

“A palavra categoria, em geral, se refere a um conceito que abrange elementos ou aspectos com características comuns ou que se relacionam entre si. […] As categorias são empregadas para se estabelecer classificações. Nesse sentido, trabalhar com elas significa agrupar elementos, ideias ou expressões em torno de um conceito capaz de abranger tudo isso. […] As categorias podem ser estabelecidas […] a partir da coleta de dados, são mais especificas e mais concretas. ”

De acordo com Souza (2006, p.25) apud Franco (2003, p.59), diz que: […] um conjunto de categorias satisfatórias deve possuir as seguintes qualidades: a exclusão mútua, a pertinência, a objetividade e a fidedignidade e a produtividade.

Souza (2006, p.25) ainda diz que: Ao tratar sobre as qualidades usadas nas análises por categoria, […] estas devem refletir as intenções da investigação mesmo quando submetidas a várias análises e ser capaz de orientar-nos para uma prática crítica, construtiva e transformadora.

A análise dos dados, em seus aspectos de analisar as dificuldades ou potencialidades, se deu à luz de Souza (2006), que considerou as Dificuldades como fraquezas e Potencialidades como contribuições que vierem por cooperação e/ou intermediação de agentes externos.

3. ANÁLISE E RESULTADOS

Este capítulo abrange as análises realizadas das entrevistas apresentadas no capítulo anterior, contendo duas subdivisões direcionadas para as discussões acerca dos dados coletados, sendo uma voltada para abordar as observações feitas do item 6.1., e a outra do item 6.2, especialmente no que diz respeito aos objetivos da pesquisa: apresentar as principais implicações detectadas para o setor de turismo diante da pandemia de Covid 19; elencar as principais dificuldades impostas para o setor em âmbito local; analisar, sob a ótica do setor público e privado, ações elaboradas para o desenvolvimento do turismo local; e, por fim, apresentar as principais potencialidades para fomentar a atividade.

3.1 Poder Público

A partir das entrevistas com o Gerente de Políticas de Turismo da FUNDTUR/ Pantanal e com a Gerente de Gestão Portuária da AGEMP foi possível verificar algumas percepções sobre os reflexos da Pandemia de Covid 19 para a atividade turística e, consequentemente, para o trabalho de ambos.

Quando a Organização Mundial da Saúde decretou, em 11 de março de 2020, estado de Pandemia em função do aumento no número de casos de Covid-19 e sua propagação global, o mundo e a economia pararam, gerando crises sociais, de saúde e econômicos. Os países tomaram medidas restritivas, como o confinamento da população, parada de serviços não essenciais e fechamento das fronteiras para tentar conter o aumento. E não foi diferente no município de Corumbá.

De acordo com os dados coletados, as principais implicações que a Pandemia trouxe para o setor de Turismo em Corumbá, segundo a ótica da Gestão Pública Municipal, ocorreu primeiramente no fato de terem que lidar com algo totalmente novo com a paralisação das atividades, somando-se ao medo por parte, não só dos turistas, mas dos trabalhadores. Pode se perceber também alterações na comunicação, que passaram a ser inicialmente online, e posteriormente por meio de reuniões presenciais, mas com um número limitado de participantes devido ao decreto de isolamento social e imposições de biossegurança. No começo da Pandemia, como já foi dito, as atividades pararam e atualmente hotéis, pousadas, barco hotéis voltaram a funcionar, com número restrito de público e com o cumprimento das normas de biossegurança. Outra implicação foi em relação ao Plano Municipal de Turismo, criado em 2019 e aprovado em 2020, que trazia ações para serem efetivadas objetivando a fomentação do turismo local e que, em virtude da Pandemia, algumas ações previstas no Plano foram canceladas.

Como dificuldades identificadas podemos destacar o desconhecimento do vírus no início, que impactou a economia em grande parte dos setores, e também os relatos sobre a carência de informações a respeito do turismo local, o que complicou a gestão durante a Pandemia. Outra dificuldade levantada foi em relação ao transporte, principalmente quanto ao transporte aéreo que, além da paralisação das companhias aéreas no período, ainda foi mencionada o alto preço cobrado das passagens para os voos. E ainda consideramos o fato da diminuição da mão de obra e do próprio cliente como dificuldade enfrentada.

Se tratando das ações ou práticas implementadas na Pandemia, segundo a fala dos entrevistados foi mencionado o Plano de Contingenciamento e Biossegurança para a retomada das atividades de Turismo nos municípios de Corumbá e Ladário a bordo de embarcações de Passageiros e Esporte e Recreio. Tivemos acesso a esse documento que traz as principais medidas e recomendações gerais e específicas aos servidores e trabalhadores portuários e de embarcações, bem como os procedimentos detalhados que devem ser seguidos para embarque de passageiros. Com o intuito de promover ações unificadas e imediatas em relação à pandemia e reafirmar os empenhos para amenizar o impacto econômico neste segmento importante, foram levantadas e apresentadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e ANVISA soluções ao setor para a manutenção da atividade de forma segura e, assim, geração e manutenção de emprego e renda nos municípios. A ANVISA ressalta nesse Plano que viagens não essenciais não são recomendadas, porém a preservação de emprego e renda também é fundamental para sobreviver à pandemia, assim torna-se necessária a manutenção e a garantia da segurança sanitária sobre a atividade, objetivando tanto a proteção da saúde dos trabalhadores, como dos viajantes e da população em geral. No Plano contém a informação que a avaliação da reabertura e manutenção da atividade será realizada e monitorada pela vigilância sanitária com suporte em evidências científicas e em análises sobre as informações estratégicas em saúde, principalmente relacionadas à taxa de ocupação de leitos na regional Corumbá.

Outra ação realizada, também estabelecida no Plano de Contingenciamento foi a intensificação da vigilância de casos suspeitos da Covid-19 nos portos e embarcações para viajantes, trabalhadores nos portos e tripulantes com orientação imediata quanto ao isolamento e retorno aos órgãos de vigilância epidemiológica, conforme vínculo de transmissão local ou comunitária.

Também foi mencionado e apontado como uma prática implementada para o desenvolvimento do turismo local o Plano Municipal de Turismo que tem como objetivo direcionar as ações para o desenvolvimento do turismo na Capital do Pantanal, orientando o poder público e o mercado para as tendências estratégicas apontadas. Apesar de algumas ações que estavam previstas no Plano ficarem impossibilitadas de serem efetivadas, ele ainda serviu como uma direção para auxiliar o prosseguimento do turismo, com o foco no turismo de pesca, porém com potencialidades para outros segmentos turísticos, como o turismo histórico cultural, ecoturismo, esporte de aventura e outras modalidades.

Como Potencialidades identificamos nas respostas que a Pandemia provocou um olhar mais focado na venda para o mercado interno, com algumas campanhas nessa perspectiva, e isso também foi percebido em algumas reuniões dos respondentes com os empresários do setor, além de projetos voltados para a necessidade de melhorias na infraestrutura portuária da região, por meio da parceria entre a AGEMP e a gestão pública vigente (não foram mencionados nas entrevistas quais são as campanhas e os projetos). Existe uma perspectiva promissora para ocorrer melhorias na infraestrutura do prédio onde está localizada a Agência Portuária, para a mesma continuar seu trabalho trazendo um olhar positivo para o município, com um local apropriado para o embarque e desembarque de passageiros que se utilizam do turismo de pesca e turismo contemplativo na região, bem como organizar as atividades, colocar em prática as leis e normas regulamentadoras que amparam a atividade com segurança portuária.

Do mesmo modo a paralisação também trouxe para os empresários, de acordo com o parecer dos entrevistados, uma reflexão para considerarem a utilização das redes sociais e os sites como ferramentas importantes para o negócio, incluindo a facilidade para venda dos serviços prestados.

O quadro 1 traz uma síntese das análises e percepções que foram possíveis identificar nas falas dos entrevistados que representaram o Poder Público na presente pesquisa, sendo dividido em quatro categorias baseadas nos objetivos estabelecidos inicialmente, são elas: Implicações, Dificuldades, Ações para o desenvolvimento da atividade turística e Potencialidades.

Quadro 1 : Análises e Percepções apresentadas por categorias (Poder Público)

Fonte: Dados da Pesquisa

3.2 Setor Privado

Após as leituras, observações e comparações efetuadas das 5 entrevistas obtidas no âmbito do setor privado, foi possível identificar algumas falas importantes que ajudaram a responder a pergunta de pesquisa e os objetivos inicialmente estabelecidos, essas análises serão expostas a seguir.

Primeiramente, quanto as implicações, podemos verificar a existência de dois pontos em comum em todas as entrevistas, primeiro a paralisação de suas atividades e depois a redução na jornada de trabalho, resultado dos decretos e normas implementadas para conter o aumento do contágio da doença. Isso gerou a diminuição do faturamento, falta de capital, busca pela

tentativa de minimizar ao máximo os gastos fixos, como por exemplo, com as manutenções das embarcações, tudo isso segundo a fala dos entrevistados. Também é importante destacar a demissão dos funcionários, onde 3 dos 5 entrevistados relataram que tiveram que reduzir o quadro de funcionários, e 1 deles com a demissão total do quadro de funcionários. As 2 empresas que conseguiram manter seus colaboradores, foi por meio da suspensão temporária dos contratos e depois redução da jornada de trabalho.

Quanto ao relacionamento com os steakholders (clientes, fornecedores, parceiros, etc.) eles relataram que utilizaram as redes sociais, whatsapp e e-mails para realizar os contatos, onde as empresas que já utilizavam, foi intensificado o uso, e as que não utilizavam, passaram a fazer uso das mesmas como importantes ferramentas de trabalho. Um entrevistado afirmou que foi cancelado todo e qualquer serviço, incluindo com os fornecedores, e outro disse que ficou impossibilitado de honrar com os compromissos já firmados com esses fornecedores. Sobre os clientes, foi possível identificar que a maioria reagiu de forma positiva e colaborativa com a impossibilidade de realizar os serviços previamente adquiridos, pois estavam cientes das consequências da pandemia de modo geral. O esforço por parte de ambas as empresas foi em tentar remarcar esses pacotes, tento um bom retorno dos seus clientes onde, muitos, foram flexíveis compreendendo o atual cenário e aceitando as remarcações. E houve poucos casos que foi necessário o ressarcimento.

Se tratando das implicações que a Pandemia trouxe para a comunicação entre o poder público e as empresas, tivemos um resultado diferente da percepção anterior, quando estavam sendo realizadas as análises das entrevistas com o poder público. No caso do setor privado ficou evidente que na comunicação entre eles há dificuldades, dentre os entrevistados um não soube relatar como ocorre essa comunicação, e outro apenas se limitou a alegar que simplesmente não está ocorrendo. Já outros respondentes relatam que a comunicação é escassa, acontece por meio das redes sociais e TV, além da comunicação verbal quando se trata do poder público local, também por meio da ACERT e pela disponibilização de um site da Prefeitura Municipal de Corumbá para propaganda, pela Fundação de Turismo do Pantanal para divulgação das empresas, pelo Governo Federal foi liberado um Empréstimo pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte(PRONAMPE), mas poucas empresas conseguiram, segundo os respondentes.

Agora vamos tratar acerca das dificuldades identificadas de acordo com os relatos dos entrevistados. Eles retornaram a mencionar a redução dos clientes e o impedimento de exercer as atividades, o que teve uma queda significativa no faturamento, porém os custos não foram diminuídos igualmente. Também trouxeram novamente como grande dificuldade o fato de não conseguirem ter acesso as linhas de crédito cedidas pelo Governo Federal. Outro ponto foi que o público alvo dessa atividade que, em boa parte, é composto por pessoas com mais de 60 anos e mais vulneráveis à infecção pelo Sars-Cov2. E, por fim, a logística, declarando que o município fica muito distante dos grandes centros e com a pandemia, os meios de transporte aéreos e terrestres foram suspensos, assim como a fronteira fechada impossibilitando e dificultando a vinda de turistas.

Durante a pandemia, foram implementadas algumas ações e medidas para o desenvolvimento da atividade turística na região. Os entrevistados relataram que cumpriram com as medidas de biossegurança previstas pelos protocolos sanitários após a liberação (com restrições) da retomada das atividades como, por exemplo, aferir temperatura no embarque, higienizar o barco e todas as bagagens e alimentos que entrarem no barco, material de EPI pra toda tripulação, proteção de acrílico na linha de servir e alguns apartamentos vagos para que sejam usados caso algum cliente apresentar sintomas. Também houve a realização de treinamento para os funcionários, e foi possível verificar que as empresas, no período de paralisação, optaram por concentrar suas atividades no marketing e na ação comercial, através das redes sociais ativas e seus consultores comerciais.

Quanto ao futuro e Potencialidades das atividades, algumas análises e observações puderam ser feitas. A maioria dos respondentes disse que estão otimistas, apesar de todos os desafios enfrentados até agora, e os que ainda estão por vir. Notou-se uma tendência a continuarem utilizando as redes sociais como importantíssima ferramenta de trabalho, focando no marketing já para os próximos anos. Ocorreu de alguns entrevistados contarem que estão com a agenda de 2021 quase completos, outros relataram que pretendem ampliar a capacidade das embarcações. Além de que irão continuar seguindo o protocolo de Contingencia e Biossegurança exigidos pela ANVISA, mesmo no período pós Pandemia.

Com as entrevistas realizadas pode-se identificar que as empresas estão esperançosas, mesmo passando por esse período difícil, onde limites foram testados e algumas medidas drásticas foram tomadas, como por exemplos as demissões, ainda sim existe um otimismo e perspectivas de melhorias para as mesmas.

O quadro 2 traz uma síntese das análises e percepções que foram possíveis identificar nas falas dos 5 entrevistados que representaram o Setor Privado na presente pesquisa, sendo dividido em quatro categorias baseadas nos objetivos estabelecidos inicialmente, são elas: Implicações, Dificuldades, Ações para o desenvolvimento da atividade turística e Potencialidades.

Quadro 2 : Análises e Percepções apresentadas por categorias (Setor Privado)

Fonte: Dados da Pesquisa

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Existiam boas perspectivas para o turismo no início do ano de 2020, com expectativa de crescimento em várias atividades, porém o mundo se depara com a Pandemia de covid-19, uma doença respiratória infecciosa provocada pelo novo coronavírus, que gerou paralisação das operações turísticas no mês de março e mudou o futuro desse importante setor econômico mundial. O mercado de viagens é um dos setores mais afetados pela crise, pois a política de isolamento consequente das medidas de controle ao contágio pelo Covid-19 afetam diretamente o desempenho econômico do setor.

Esse estudo buscou trazer analises de como essa Pandemia afetou o município de Corumbá, tendo duas vertentes de pesquisa: o olhar do Poder Público e o olhar do Setor Privado. Analises estas que se dividiriam em categorias (Implicações, Dificuldades, Ações Desenvolvidas e Potencialidades), para buscar responder os objetivos definidos para o cumprimento da pesquisa: apresentar as principais implicações detectadas para o setor de turismo diante da pandemia de Covid 19; elencar as principais dificuldades impostas para o setor em âmbito local; analisar, sob a ótica do setor público e privado, ações elaboradas para o desenvolvimento do turismo local; e, por fim, apresentar as principais potencialidades para fomentar a atividade.

Pelas próprias condições que a Pandemia nos trouxe, obtivemos poucas unidades de respondentes, dois representantes do Poder Público e apenas cinco representantes do setor privado. Porém, apesar das dificuldades encontradas para a efetivação desse trabalho, acreditamos que foi possível alcançar os objetivos propostos inicialmente, não com tanta fidelidade, pois só conseguimos a participação de uma pequena parcela das organizações do setor turístico presentes na cidade.

As principais implicações detectadas, das duas vertentes, foram a paralisação das atividades, redução de horário de trabalho, cancelamento de atividades já previstas e as imposições das normas de Biossegurança. Quanto as dificuldades, foram apontadas principalmente a necessidade de redução da grade de funcionários, a falta de faturamento (pois continuam possuindo os gastos fixos), e a dificuldade em conseguir acesso as linhas de credito concedidas pelo Governo Federal. Se tratando das ações, o que a maioria adotou foi o incentivo aos clientes a não cancelarem os pacotes já adquiridos, mas sim remarcarem as viagens, além de fortalecerem o uso das redes sociais como ferramenta de trabalho. Já sobre as Potencialidades identificadas, podemos destacar a intenção de vendas voltadas para o mercado interno, busca por melhoria nas embarcações, e um olhar mais voltado para o marketing digital.

Outro ponto interessante nessa pesquisa foi a contradição verificada entre o olhar do poder público e do setor privado quanto a comunicação entre eles. Por um lado o setor público diz que há uma comunicação eficaz por meio de reuniões, já as empresas alegam que essa comunicação é escassa, quase inexistente.

E, por fim, esse trabalho também busca estimular a realização de novas pesquisas científicas sobre o tema abordado, como sugestão deixamos a ideia de aplicar a mesma metodologia de pesquisa, ou com algumas adaptações, e efetuar o mesmo raciocínio da presente pesquisa em outros municípios, e posteriormente comparar os resultados, além de contribuir como fonte de informação para estudantes, empresários do setor, e outras pessoas interessadas que atuem na área da Administração ou do Turismo.

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