CIDADES CRIATIVAS E ECODESENVOLVIMENTO: A RIDE JUAZEIRO/BA E PETROLINA/PE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8001738


Me. Lidiany Cavalcante de Oliveira;
Dra. Anna Christina Freire Barbosa;
Dra. Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco.


RESUMO: Pretende-se, neste artigo, demonstrar as relações entre cidades criativas e ecodesenvolvimento. Na verdade, trata-se de perceber de que forma as soluções inovadoras para questões de desenvolvimento econômico precisam levar em conta, também, a conservação do meio ambiente. A pesquisa que originou este trabalho é de ordem bibliográfica, onde fez-se o levantamento de artigos científicos produzidos nos últimos 2 anos que destacaram a importância das cidades criativas como espaços de gestão adequada de recursos naturais. Ao fim, faz-se uma breve descrição das potencialidades da RIDE Juazeiro/BA e Petrolina/PE enquanto cidades criativas promotoras de ecodesenvolvimento.

PALAVRAS-CHAVE: Ecodesenvolvimento, Cidades Criativas, Meio ambiente.

ABSTRACT: The purpose of this article is to demonstrate the relationship between creative cities and ecodevelopment. In fact, it is about understanding how innovative solutions to economic development issues need to take into account the preservation of the environment. The research that originated this work is bibliographic. It surveyed the scientific articles produced in the last two years that highlighted the importance of creative cities as spaces for the adequate management of natural resources. At the end, a brief description of the potentiality of the RIDE Juazeiro/BA and Petrolina/PE as creative cities promoters of ecodevelopment was made.

KEY-WORDS: Ecodevelopment; Criative Cities; Environment.

INTRODUÇÃO

O presente artigo discorre acerca do potencial da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE) do polo Juazeiro/BA e Petrolina/PE para o desenvolvimento e o ecodesenvolvimento regional, sendo uma das características cruciais das cidades criativas.

Todavia, para que se possa determinar o potencial necessário para denominar uma cidade de criativa, deve-se, em primeiro lugar, destacar o que é o ecodesenvolvimento. Na verdade, ele representa uma alternativa ao desenvolvimento econômico tradicional, uma vez que este, se caracteriza apenas pela lógica, isto é:

Uma crítica recorrente não só da corrente de pensamento aqui tratada, como também por parte de outras correntes heterodoxas, é a de que, em sua busca pela objetividade, a teoria econômica padrão teria limitado o domínio da investigação apenas àqueles aspectos da realidade que são passíveis de serem formalmente modelados (FERNANDEZ, 2011, p. 115).

Quando se trata, apenas de destacar os elementos mensuráveis, não se tem espaço para uma discussão mais profunda acerca do impacto do desenvolvimento econômico no meio ambiente. Por esta razão, é de grande importância que se resgate o conceito de ecodesenvolvimento. Este pretende que ocorra certa inversão na compreensão da economia propriamente. Ao invés de percebê-la, apenas, como um processo de trocas ou de maximização dos ganhos pessoais, passa-se a identificá-la como provisão social.

Isto significa dizer que, quando se fala em ecodesenvolvimento, promove-se uma inversão dos pressupostos metodológicos da economia, isto porque, a ideia de desenvolvimento econômico tradicional, pretende que a pergunta-guia do pesquisador seja: “como maximizar os ganhos a partir do que a natureza dispõe?”. Entretanto, com o viés do ecodesenvolvimento, esta pergunta se inverte, ficando: “como garantir a utilização sustentável daquilo que a natureza dispõe e, posteriormente, maximizar-se os ganhos?” (FERNÁNDEZ, 2011).

A autora resgata a definição de economia presente em Aristóteles, com o fim de mostrar como o ecodesenvolvimento acaba sendo resgate da mesma, afirmando que:

Em sua célebre distinção entre economia (oikonomia, em grego) e crematística, ele identifica a primeira com a provisão dos bens para o sustento do homem, da casa e da polis, enquanto à crematística é delegado o estudo da formação dos preços no mercado (FERNÁNDEZ, 2011, p. 116).

Deste modo, caberia, então, ao ser humano perceber a economia não como uma ciência submissa ao mercado, mas, sim, como uma espécie de método pelo qual os mesmos se organizam e distribuem, entre si, os meios necessários para a sua manutenção.

Ao se tratar de ecodesenvolvimento é referência obrigatória o trabalho de Ignacy Sachs (1993). Este autor considera ao menos cinco dimensões de sustentabilidade, a saber:

  • A social, isto é, que pretende que o desenvolvimento econômico esteja aliado à manutenção de uma sociedade boa. Tal sociedade se caracterizaria pela distribuição igualitária de recursos sem estimular a criação de abismos entre classes sociais.
  • A econômica, ou seja, o crescimento da economia pelo manejo adequado dos recursos disponíveis não se ocupando, apenas, de fomentar o mercado ou de enriquecer as empresas.
  • A ecológica, ou a gestão adequada dos recursos naturais, evitando combustíveis fósseis, por exemplo, que causam um impacto destrutivo no meioambiente.
  • A espacial, que diz respeito à promoção de uma configuração do espaço mais equilibrado quanto à tensão do rural e do urbano.
  • E, por fim, mas não menos importante, a cultural, ou seja, a que se relaciona às estruturas ideológicas da população, que precisa despertar para a importância do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o meio-ambiente.

Assim, se a economia é a forma como a polis (ou cidade),trata das suas provisões para a manutenção da sua sobrevivência, é necessário, então, que as cidades se tornem criativas, isto é, sejam capazes de, por meios às vezes inusitados, mas sempre inovadores, gerir os recursos ambientais que possuem (JESUS, 2017).

Além disso, o que mais se pode dizer acerca das cidades criativas? Uma cidade criativa, seguindo as diretrizes da UNESCO (2021), pode ser definida como o lugar em que, por meio de atividades culturais, articuladas à preocupação financeira, pode-se promover o desenvolvimento social e econômico.

Maia (2021) complementa esta visão, afirmando que as cidades criativas costumam ocupar-se da geração (e preservação) de empregos por meio do estímulo às atividades culturais, com a intenção de atrair investidores comprometidos com o modelo econômico da sustentabilidade.

MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia empregada na realização deste artigo é a revisão bibliográfica. Pretendeu-se demonstrar a relação entre a cidade criativa e o ecodesenvolvimento conforme descrito na literatura do último ano, isto é, ao longo de 2022.

A pesquisa bibliográfica tem por propósito o de se coletar, de forma secundária, dados a partir de contribuições culturais ou mesmo científicas que já tenham, em algum momento, sido realizadas (OLIVEIRA, 2011).

Trata-se, então, de um trabalho de leitura. Isto não quer dizer, porém, que esta seja feita de forma superficial. Muito pelo contrário: a pesquisa bibliográfica se caracteriza pela leitura cuidado de pesquisas já realizadas por outros autores acerca do assunto em questão (LAKATOS; MARCONI, 2001).

Ela começa, justamente, pela escolha responsável de tais autores. Isto quer dizer que não se pode, com o intuito de produzir conhecimento, selecionar obras de referência (sejam artigos científicos ou livros) que não tenham sido produzidos a partir dos critérios de rigor científico (Ibidem, 2001).

A leitura responsável, portanto, é um momento fundamental da pesquisa bibliográfica que, conforme Lakatos e Marconi (2001), diz respeito à produção bibliográfica que se tornou pública em algum momento e que compreende entre jornais, revistas, livros, monografias, teses, dissertações, entre outros.

Assim, para a realização da presente pesquisa, fez-se a busca, no Google Acadêmico, portal de referência enquanto repositório de artigos científicos e estudos, a partir dos descritores “Cidades Criativas” e “Ecodesenvolvimento”. A seguir refinou-se a busca para o os artigos produzidos apenas em 2021 e 2022 e descobriu-se um total de 3, que são os seguintes:

Quadro 1 – Artigos científicos produzidos em 2022 que relacionam a temática do Ecodesenvolvimento e das Cidades Criativas

TÍTULOAUTORPALAVRASCHAVEPERIÓDICO
Fazenda urbana como prática da economia criativa: uma experiência inovadora no contexto da cidadeNascimento et al.Empreendedo- rismo; Sustentabilidade; Agricultura urbana.Revista de Gestão da UNILASALLE
O Papel Das Cidades No Século XXI: Secretarias Do Clima Na Mitigação Das Consequências Do AntropocenoSantos et al.Antropoceno, Sustentabilidade, Agenda Urbana, Cidades.XI Encontro de Estudos Organizacionais da ANPAD
Economia criativa, cultura e desenvolvimento sustentávelTrovão et al.Acesso à cultura, Economia Criativa, Desenvolvimento sustentável, Transformação social.Revista de Direito, Economia e Desenvolvimento Sustentável.

Os critérios de inclusão foram os artigos escritos em língua portuguesa e publicados ao longo nos anos de 2021 e 2022. Os critérios de exclusão foram artigos publicados em outros idiomas ou, ainda, teses e dissertações.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após o levantamento bibliográfico dos artigos publicados em 2021 e 2022 que tratassem da relação entre cidades criativas e o ecodesenvolvimento, chegouse a estas três pesquisas.

A primeira delas, a de Nascimento et al. (2021), publicada na Revista de Gestão da UNILASALLE, que abordou esta questão a partir de um estudo de caso: o da construção de uma fazenda urbana, instalada em um shopping na cidade de Belo Horizonte/MG.

Primeiramente, os autores destacam que a cidade de Belo Horizonte está entre as cidades criativas da UNESCO desde 2019, por seu aspecto gastronômico. Ressalta-se que, então, os autores passam a estabelecer uma descrição, baseada na literatura, do que seriam cidades criativas.

Na verdade, primeiramente, eles resgatam o conceito de “Economia Criativa”, que apareceu na Austrália no ano de 1994. A ideia do governo australiano era a de discutir saídas criativas para crises econômicas, afirmando-se que a população do país constituía uma Creative Nation. Daí em diante, tal conceito passou a Inglaterra quando, no governo de Tony Blair, que procurava uma forma de garantir a solução para os problemas econômicos ingleses.

Daí em diante, não tardou para que os demais países desenvolvidos do mundo adotassem esta ideia: a de que soluções inovadoras, baseadas em atividades culturais, poderiam constituir-se em fontes de renda. Nascimento et al. (2021), afirmam que, em 2007, os ativos criativos movimentaram cerca de 407 bilhões de dólares.

Quando se rastreia o surgimento do termo “Economia criativa” que vai desembocar nas cidades criativas, vê-se, por exemplo, que a influência britânica sobre este movimento se deu com a invenção das indústrias culturais que, nas palavras de Maia (2021, p. 28), “são àquelas indústrias que combinam a criação, produção e comercialização de conteúdos que são naturalmente culturais”. Nascimento et al. (2021) e, também Maia (2021), afirmam que há, pelo menos, dois outros pilares que contribuem para o que se pode chamar de Economia Criativa: a democratização da cultura e o respeito à diversidade. Por fim, discorrem Nascimento et al (2021, p. 03), que a economia criativa:

se origina da habilidade e talentos individuais e que, quando empregados de forma estratégica potencializam a criação de renda e empregos gerando e explorando a propriedade intelectual. A criatividade pode ser usada para geração de empregos, a partir de produtos inovadores e desenvolvimento da economia, destacando a sustentabilidade para a parcela da sociedade, historicamente segregada do crescimento.

Posteriormente, os autores tratam da questão das inovações, com a intenção de destacar de que forma estas se dão dentro da economia criativa. Assim, pode-se apontar ao menos quatro dimensões de tais inovações, a saber:

  • A primeira dimensão ou a inovação de produto, qual seja, a que se refere às transformações nas coisas.
  • A segunda dimensão ou a inovação do processo, isto é, a que diz respeito às mudanças na forma como se fazem as coisas ou, ainda, como estas são oferecidas às pessoas.
  • A terceira dimensão ou a inovação de posição, ou seja, transformações no contexto aos quais as coisas pertencem.
  • A quarta dimensão ou a inovação de paradigma, que se refere às mudanças nos modelos mentais que originam as próprias coisas.

Nascimento et al. (2021), informam, ainda, que as inovações podem ser incrementais ou radicais. No caso das primeiras, são as transformações graduais, enquanto as segundas são as que ocorrem de forma brusca. Os autores destacam toda uma seção para apontar a importância de se produzir o ecodesenvolvimento. Além disso, os mesmos focam sobretudo na questão do estímulo ao consumo de produtos orgânicos, informando que o desenvolvimento sustentável preconiza que ocorram transformações estruturais na mente dos indivíduos e, também, na própria compreensão de economia, o que já se destacou neste artigo.

Após a descrição do seu experimento, os autores concluíram que:

entende-se que apesar dos negócios inovadores do setor da economia criativa apresentarem grande interesse público, gerar atenção midiática e curiosidade das pessoas daquele segmento de mercado, eles não têm, ainda, impacto transformador como pretendem ter (NASCIMENTO et al., 2021, p. 14).

No segundo artigo, de autoria de Santos et al. (2022), publicado como contribuição ao XI Encontro de Estudos Organizacionais da ANPAD, os autores afirmam que seu propósito é de informar de que maneira as cidades criativas podem contribuir, em última instância, para a preservação da humanidade por meio do ecodesenvolvimento, sobretudo quanto às secretarias do clima delas. Em um primeiro momento, Santos et al. (2022) apontam que se vive, em dias atuais, aquilo que se pode chamar de Antropoceno, isto é, uma espécie de idade geológica da terra que corresponde à atuação dos seres humanos no planeta e que tem transformado a paisagem dele desde a aparição do homo sapiens.

O Antropoceno, então, deve ser compreendido como um ponto de inflexão na história da Terra, sobretudo a partir de 1945, quando as mudanças climáticas têm sido cada vez mais severas, certamente por causa da atuação dos seres humanos.

Neste contexto lamentável é que as cidades criativas podem surgir como solução ou, ainda, como forma de minimizar os impactos humanos sobre a Terra, uma vez que:

(…) as cidades não podem mais esperar: é preciso uma movimentação urgente dos governantes e da população; o equilíbrio que tanto se debateu nas Conferências na década de 90 precisa ser colocado em prática nas cidades de hoje e de amanhã. Soma-se que as resistências (ou interesses) são fortes contra as mudanças necessárias, em especial no meio urbano e em países em desenvolvimento e periféricos (SANTOS et al, 2022, p. 05).

Por isso, há que se apontar para a necessidade de as cidades criativas promover o debate sobre os impactos humanos sobre a Terra e, também, soluções e estímulo ao ecodesenvolvimento, por meio do trabalho com Secretarias do Clima. Os autores dão, como exemplo, o trabalho desenvolvido na Secretaria do Clima da cidade de Niterói/RJ. Nesta, todas as decisões dão-se em função da consciência de uma estrutura climática fundamental que envolve todo o globo.

Além disso, a gestão “combate às mudanças climáticas”, além de ser uma “gestão do conhecimento, formação e comunicação, de instrumentos para governança, de emissões e de acordos e pactos nacionais e internacionais (SANTOS et al, p. 07).

Por último, o artigo de Trovão et al. (2022), publicado na Revista de Direito, Economia e Desenvolvimento Sustentável, onde os autores apontam o potencial que o Brasil possui no que diz respeito à ecodesenvolvimento urbano por meio do trabalho de cidades criativas.

Primeiramente, os autores dedicam algumas páginas a explicar o conceito de Economia Criativa, e em seguida destacam que é fundamental que a tecnologia esteja aliada às cidades que pretendem ser criativas. Esta dimensão tecnológica, que não apareceu nos outros dois artigos (ao menos não com a ênfase com que aparece neste último), não pode ser deixada de lado (TROVÃO et al., 2022). Trovão et al. (2022) apontam que a tecnologia pode ser responsável pela reinvenção de todo um contexto econômico urbano. Assim, se uma cidade determinada decide passar a investir em formas inovadoras, de ordem cultural, de produzir riqueza, precisa investir em tecnologia com a intenção de promover estas transformações.

Posteriormente, os autores destacam também os avanços na legislação que podem estimular o surgimento de cidades criativas no Brasil. Para eles, há, sim, grande potencial de ecodesenvolvimento no país.

Para que se chegue ao mesmo, pode-se adotar o caminho do estímulo à cultura que “é uma atividade criadora, e que tem forte intimidade com qualquer classe social, potencial de geração de emprego e circulação de riquezas, além de ser vetor de desenvolvimento social” (TROVÃO et al., 2022, p. 13).

Ao se fazer uma releitura destes artigos à luz de uma pesquisa já desenvolvida pela autora e que resultou em sua dissertação de mestrado e na redação de um E-book (OLIVEIRA; PACHECO, 2022), vê-se que a cidade Petrolina, por exemplo, que pertence à RIDE Petrolina/PE e Juazeiro/BA, e que tem a pretensão de se candidatar ao Programa de Cidades Criativas da UNESCO, desenvolve muitas atividades que dizem respeito ao ecodesenvolvimento, isto é, que tem baixo impacto ambiental e que partem da cultura.

É o caso, por exemplo, do bodódromo, um espaço importantíssimo como expressão da gastronomia nordestina. Trata-se, em última instância, de um grande pólo de atividades alimentares. Recentemente revitalizado, pois conta com cerca de 22 anos de idade, o espaço é frequentado por milhares de pessoas todos os anos.

Além disso, há, ainda o enoturismo, isto é, o espaço turístico voltado para a degustação de vinhos. Este tem crescido na região do Vale do Rio São Francisco, já que depende da adaptação do plantio de uva na região do Semiárido, o que confere um sabor diferenciado ao vinho produzido neste local.

Portanto, as cidades criativas, que lançam mão de atividades culturais com a intenção de produzir ativos, acabam contribuindo para o ecodesenvolvimento, já que se constituem em uma alternativa ao desenvolvimento econômico tradicional, calcado na maximização dos lucros individuais sem a preocupação com o meio ambiente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se dizer, ao fim, que as cidades criativas, como se viu, podem contribuir para o ecodesenvolvimento, já que uma das características das primeiras é, justamente, sua capacidade de organizar e gerir negócios que envolvam sobretudo aspectos culturais.

Os ativos culturais não são, em geral, grandes poluentes. Tampouco destroem o meio ambiente. São, isto sim, uma forma interessante de se agregar valor ao espaço urbano sem modificar, de forma drástica, a paisagem natural. Além disso, deve-se ter em mente, que cada vez mais pesquisas destacam a necessidade de se produzir desenvolvimento econômico sem se agredir o meio-ambiente. Dentro do contexto destas pesquisas, é que o presente trabalho foi realizado. Já que se percebeu, a partir da pesquisa desenvolvida na dissertação de mestrado da autora do presente artigo, que as cidades da RIDE Petrolina/PE e Juazeiro/Ba possuem um grande potencial para se candidatar ao Programa de Cidades Criativas da UNESCO, decidiu-se determinar que tais cidades podem promover o ecodesenvolvimento, uma tendência contemporânea dentro da Economia que não pode ser deixada de lado e tem crescido dia a dia.

REFERÊNCIAS

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OLIVEIRA, Lidiany Cavalcante de; PACHECO, Clecia Simone Gonçalves Rosa. Economia e cidades criativas: uma análise dos potenciais da RIDE/ BA e Petrolina. João Pessoa: Periodicojs Editora, 2022.

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SANTOS, Ana Paula Silva dos. O Papel Das Cidades No Século XXI: Secretarias Do Clima Na Mitigação Das Consequências Do Antropoceno. XI Encontro de Estudos Organizacionais da ANPAD. EnEO, 2022. Disponível em: http://anpad.com.br/uploads/articles/117/approved/8196e8d0f9ee7dfdfc7e11dbbfa30d77.pdf Acesso em 22 de nov. 2022.

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