Autores:
Thais Paulino Travaglia Bregadioli3
Adgildo dos Santos Pereira2
Guilherme Ciccone de Almeida4
Márcio Meira Brandão1
1 Graduação em Enfermagem, Especialização em Urgência e Emergência. Pós-graduanda em Atendimento Pré-Hospitalar de Urgência e Emergência pela Verbo Educacional.
2 Graduação em Fisioterapia, Mestrado em Bioengenharia e Licenciatura em Ciências Biológicas.
3 Graduação em Fisioterapia, Pós-Graduado em Ortopedia e Traumatologia.
4 Graduação em Fisioterapia. Pós-Graduação em Treinamento Esportivo. Mestrado em Administração.
RESUMO
INTRODUÇÃO: Situações de emergência sempre ocorreram em escolas, ter pessoas treinadas que frequentam esses ambientes para agir frente a uma emergência traz segurança e tranquilidade tanto aos funcionários quanto aos pais e responsáveis dos alunos, além de ser obrigatória em estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil, através da legislação brasileira. Este artigo analisa a existência de similaridade nos treinamentos de primeiros socorros em escolas. OBJETIVO: Comparar diversos trabalhos realizados no tema treinamento de primeiros socorros em escolas e analisar se há um padrão seguido foi a proposta desse estudo. MÉTODOS: Através de uma revisão da literatura, a partir das produções científicas contidas na base de dados Bireme, PubMed, Scielo, sites de consulta pública como Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Cardiologia, publicados entre 2005 e 2021, no idioma português, usando os descritores primeiros socorros, primeiros socorros em escolas, treinamentos de primeiros socorros em escolas, realizou uma busca do tema do estudo a nível nacional. RESULTADOS: Constatou a similaridade do item aplicação de questionário e avaliação antes e após o treinamento, para medir o efeito do aprendizado. CONCLUSÃO: Concluiu que há carência de um modelo padronizado de treinamento de primeiros socorros entre os autores.
Palavras-chave: Primeiros Socorros; Escolas; Treinamento.
INTRODUÇÃO
Os primeiros socorros são os procedimentos e técnicas realizadas imediatamente em uma pessoa vítima de algum agravo, com a finalidade de manter a vida, até que tenha o atendimento dos profissionais da área da saúde ou a equipe de emergência chegue ao local. Qualquer pessoa pode realizar os primeiros socorros, seja leigo ou profissional da área da saúde. Entretanto, todos que forem fazê-lo, devem ter a ciência de como realizar esses procedimentos e técnicas de forma correta, não causando prejuízos ou danos adicionais a essa pessoa. (FILHO, 2015).
Lacerda et al. (2014), relata que pessoas com pouco conhecimento de primeiros socorros geralmente nada fazem no momento em que passam por uma situação de emergência, até que sejam pressionados a isso.
Para que a educação em saúde seja capaz de melhorar as condições de bem-estar da população, é necessário fazer uso de estratégias de ensino voltadas para a realidade local. Para tanto, o profissional enfermeiro deve ir ao encontro dessas necessidades, oferecendo ferramentas de acordo com a realidade. (CABRAL, 2015).
O Ministério da Saúde, através da Portaria Nº 737 de 16/05/01, incentiva iniciativas que envolvam a formação e a informação da população sobre a prevenção de acidentes e os primeiros cuidados a serem tomados em situações de emergência, visando um prognóstico mais favorável às vítimas. Isto favorece e estimula os profissionais de saúde a elaborarem processos educativos em diversos ambientes não assistenciais (BRASIL, 2005).
A Lei nº 13.722, de 4 de outubro de 2018, conhecida também como Lei Lucas, torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil, sendo que o não cumprimento das disposições desta Lei implicará a imposição de penalidades pela autoridade administrativa, como multa, aplicada em dobro em caso de reincidência ou, em caso de nova reincidência, a cassação do alvará de funcionamento ou da autorização concedida pelo órgão de educação. (BRASIL, 2018).
Para que haja o reconhecimento precoce da inconsciência, momento em que a pessoa necessita de ajuda, é recomendado a avaliação de sinais de circulação ou de vida, ou seja, respiração normal, tosse ou movimentos como resposta às ventilações, com a finalidade de não atrasar o início das manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) e a chegada da equipe de emergência no local. Leigos, devidamente treinados e capacitados, podem iniciar o primeiro atendimento precocemente, no ambiente extra-hospitalar, cuja atuação é fundamental no reconhecimento da parada cardiorrespiratória (PCR), na taxa de aumento das chances de sobrevida e na redução de possíveis sequelas das vítimas (PÉRGOLA, 2009).
As chances de sobrevivência após uma PCR ocorrida fora do ambiente hospitalar aumentam com a possibilidade da realização da reanimação cardiopulmonar por espectadores, onde a pessoa que está mais próxima realizou esse atendimento. No Brasil, são mais de 1100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos por doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, essas representam a principal causa de mortes causa súbita. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2021).
A situação de emergência de parada cardiopulmonar pode ocorrer em qualquer momento e em qualquer local. Para aumentar as taxas de sobrevida da pessoa vítima desse agravo é necessário o rápido reconhecimento, acionamento do serviço de emergência e iniciar as manobras básicas de reanimação cardiopulmonar (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2016).
Ensinar primeiros socorros nas escolas significa contribuir para que seja adquirido autonomia para saber identificar rapidamente a situação de emergência e utilizar de práticas e procedimentos eficazes. O profissional que atua na escola deve ser capaz de adotar mudanças em seus comportamentos, práticas e atitudes diante de uma emergência, e não ter ações de passividade. A expectativa é que a pessoa, ao saber o que pode e o que deve fazer em uma situação de urgência ou emergência, haja com segurança, contribuindo para a preservação da vida e não causando mais danos a pessoa vítima de algum agravo (TINOCO, 2013).
O profissional que atua como instrutor de primeiros socorros deve estar apto para a realização desse curso, tendo em vista sua capacitação, conhecimento, habilidades práticas e habilidades para o ensino (BRASIL, 2018) .
Segundo Leite et al. (2013), no ambiente escolar, os acidentes constituem preocupação constante, sendo necessário que os professores e funcionários que estão próximos as crianças saibam como fazer prevenção, agir frente a possíveis situações de emergência, bem como realizar os primeiros socorros básico, evitando assim, as complicações decorrentes de procedimentos inadequados, sem fundamentação técnico/científica, o que poderá proporcionar a melhor evolução e prognóstico dessa vítima de algum agravo.
O objetivo desta revisão é comparar diversos trabalhos realizados no tema treinamento de primeiros socorros em escolas e observa se há um padrão seguido nesses treinamentos.
MÉTODOLOGIA
Trata-se de uma revisão da literatura, a partir das produções científicas contidas na base de dados Bireme, PubMed, Scielo, sites de consulta pública como Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Cardiologia, publicados entre 2005 e 2021, no idioma português, usando os descritores primeiros socorros, primeiros socorros em escolas, treinamentos de primeiros socorros em escolas.
A coleta de dados foi realizada em dois momentos: O primeiro foi de janeiro a fevereiro de 2021 com seleção de artigos e leitura dos materiais sobre o objetivo destes artigos. O segundo momento foi de março a maio do mesmo ano, que objetivou a construção dos resultados, discussão e conclusão, utilizando os artigos que contemplam o tema, disponíveis nos bancos de dados científicos. Logo a seguir, foi realizada uma leitura exploratória e seletiva pois, por meio desta, tem-se uma visão global da obra, bem como da sua utilidade para a pesquisa. Nesta dimensão, foi gerado um arcabouço de dados correlacionados, mediante objetividade e clareza do assunto.
RESULTADOS
Foram analisados os artigos citados a seguir, de acordo com os objetivos que esse trabalho procurava.
Fioruc et al. (2008), fizeram um estudo quantitativo, exploratório e descritivo em quatro escolas de ensino fundamental, onde 63 funcionários participaram sendo que, entre eles, estavam professores e funcionários da escola. Foi aplicado questionário pré e pós treinamento. Nesse estudo não foi informado a capacitação dos instrutores, carga horária utilizada, a metodologia utilizada e se houve prática e quais materiais foram utilizados nessa prática.
Nesse estudo, buscou-se realizar um modelo para aplicar o treinamento de primeiros socorros, que foi feito com quarenta e cinco alunos de escola pública, com faixa etária entre 13 e 15 anos. Os eleitos para o estudo foram selecionados através de disponibilidade, tempo e sorteio, utilizado grupo experimental e grupo controle. Nesse modelo, utilizou-se uma pré-avaliação e avaliação após o treinamento, carga horária total de quatro horas divididas em quatro semanas, sessenta minutos cada treinamento, sendo 15 minutos de teoria e 45 minutos de atividades práticas. Os instrutores eram educadores físicos especialistas em primeiros socorros e não informado o tipo de material utilizado na prática (DEL VECCHIO, 2010).
Leite et al. (2013), abordaram o conteúdo em quatro encontros de duas horas cada, os instrutores foram os alunos do curso de graduação em enfermagem. Quinze professores participaram desse treinamento, sendo que um momento foi de teoria e outra prática. Não houve nesse estudo, informações sobre os tipos de materiais utilizados nesse treinamento.
Tinoco et al. (2014), fizeram um estudo quantitativo, exploratório descritivo realizado em escola municipal de ensino fundamental, onde 36 alunos com idade entre 13 e 19 anos foram entrevistados. Nesse estudo, foi aplicado um questionário com 20 questões sobre noções de primeiros socorros. Nesse estudo, não houve treinamento ou qualquer orientação sobre primeiros socorros.
Souza (2013), realizou um estudo com alunos do 8º ao 9º ano em escola pública, onde foram feitas três aulas em um dia com horário duplo e a outra, com horário simples. Foi aplicado um questionário antes dessas aulas e um questionário após as aulas. O método utilizado foi através de teoria, demonstração, perguntas e respostas, bem como simulação de situações de primeiros socorros. A instrutora desse treinamento foi uma professora de ciências naturais. Foi utilizado nesse estudo, materiais que os próprios alunos fizeram para realizar as aulas.
Mileski (2013), optou por realizar um treinamento de primeiros socorros feito com 30 alunos dos 5º, 6º e 7º anos do ensino fundamental de uma Instituição privada, onde foi realizada aula expositiva com materiais confeccionados pelos próprios alunos. Nesse treinamento, foi elaborado material para leitura pelo instrutor de profissão Bombeiro Militar, esse treinamento foi realizado em conjunto com um profissional Bombeiro Militar e uma Enfermeira, não houve informações sobre a carga horária utilizada, aplicação de pré e pós teste.
Outro estudo, esse observacional, foi realizado com quarenta alunos voluntários do ensino médio de uma escola pública. O método utilizado foi aplicação de questionário antes do treinamento. As atividades foram feitas através de palestras educativas, quis, dinâmicas, práticas em primeiros socorros, expositores, sendo utilizado também, manequins de simulação. Nesse estudo não foi informado a carga horária desse treinamento. Os instrutores eram acadêmicos dos cursos de enfermagem, odontologia e medicina em parceria com militares do Corpo de Bombeiros do município (RANDOW et al. 2017).
Chaves et al. (2017), optaram por um estudo experimental com 114 alunos de escola estadual, que estavam cursando ensino médio/profissional. A metodologia utilizada foi 15 minutos de teoria e 15 minutos de prática de reanimação cardiopulmonar, sendo o instrutor um enfermeiro. Não foi descrito se houve aplicação de questionário e materiais utilizados.
Silva et al. (2017), realizaram um relato de experiência em escola Municipal de ensino infantil, onde dez professores tiveram treinamento teórico sobre primeiros socorros. Não houve, nesse estudo, informações sobre pré e pós teste, carga horária, ou formação dos instrutores.
Santana et al. (2020), realizaram um estudo experimental com estudantes do ensino médio de escola pública, sendo que 67 eram voluntários do 8º ano com idade entre 12 e 17 anos. Aplicado capacitação em primeiros socorros, a metodologia utilizada foi teórica e prática, sendo realizadas em 15 encontros de 60 minutos cada em sala de aula, com intervalos de uma semana cada. Foi feito aplicação de testes antes e depois do treinamento, utilizado na prática materiais confeccionados artesanalmente. Não foi informado nesse estudo, o nível de capacitação do ????? ou dos instrutores.
Na figura 1 a seguir, descreve o tipo de características dos participantes, entre as pessoas que ficam presentes nas escolas durante o período das aulas.
Figura 1 – Caracterização dos participantes por estudo.
Fonte: elaborado pela autora.
Entre os dez artigos que foram analisados no estudo, foi observado que na grande maioria (sete dos dez), a preocupação sobre o treinamento de primeiros socorros foi voltada aos alunos. Em um dos artigos analisados, não houve treinamento e sim, somente, aplicação de questionário. O estudo tem incluso alguns artigos com data desde 2008, onde ainda não era exigido por lei, o treinamento de primeiros socorros em escolas, regulamentado pela Lei nº 13.722, de 4 de outubro de 2018, conhecida também como Lei Lucas, que torna obrigatório a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil (BRASIL, 2018).
Na figura 2, observa-se se houve ou não aplicação de questionário para medir se os alunos obtiveram algum efeito em relação ao treinamento de primeiros socorros em escolas.
Figura 2 – Aplicação de questionário.
Fonte: elaborado pela autora.
Em relação a aplicação de questionários para avaliação de desempenho das pessoas que participaram do treinamento, foi observado que não houve padrão pois, em quatro foram aplicados questionários pré e pós treinamento, em quatro não foi informado se foi aplicado o questionário e em outros dois, foi informado que aplicaram um questionário somente. Sendo assim, não há como avaliar se houve realmente mudanças em relação ao nível de aprendizado dessas pessoas que passaram pelo treinamento.
A figura a seguir, mostra o tipo de metodologia utilizada pelo instrutor do treinamento de primeiros socorros em escolas.
Figura 3 – Metodologia utilizada pelo instrutor do treinamento.
Fonte: elaborado pela autora.
Foi observado que em relação ao método utilizado entre utilização de teoria os quais tivemos descrição entre eles de explanação, slides, vídeos, e demonstração de técnicas utilizadas em primeiros socorros além da realização da prática com as pessoas que participaram do treinamento foi a mais empregada em todos os artigos analisados.
Na figura 4 a seguir, está descrito quais os materiais foram utilizados nos treinamentos de primeiros socorros em escolas.
Figura 4 – Materiais utilizados nos treinamentos.
Fonte: elaborado pela autora.
Em relação aos quesitos materiais utilizados, a grande maioria não informou quais materiais foram utilizados nesses treinamentos. Somente um fez uso de manequim de simulação realística. Nos demais, foram utilizados materiais confeccionados pelos próprios alunos, feitos artesanalmente. Dessa forma, não havendo um padrão de uso de materiais utilizados, sendo que todo treinamento poderia ser feito um check list desses materiais e tendo um norte sobre custos sobre os materiais através dessa lista e dessa forma padronizar os treinamentos.
Na figura 5 a seguir, mostra-se a relação da variação entre a carga horária que foi utilizada nos treinamentos de primeiros socorros em escolas, descritos nos estudos.
Figura 5 – Carga horária do treinamento em primeiros socorros em escolas.
Fonte: elaborado pela autora.
A carga horária não teve um padrão seguido, ocorrendo uma variação entre trinta minutos e quinze horas. Metade dos artigos analisados não especificou a carga horária, sendo que em um dos trabalhos foi observado somente a aplicação de questionário.
Na figura 6 a seguir, registra-se a relação entre a quantidade de pessoas que participaram dos estudos.
Figura 6 – Quantificação dos participantes.
Fonte: elaborado pela autora.
A quantidade de pessoas que passou pelo treinamento de primeiros socorros teve variação entre grupos de 10 a 114 pessoas, sendo que um trabalho não informou a quantidade de pessoas.
Este trabalho buscou procurar um padrão em treinamento de primeiros socorros em escolas, visto que todos abordam a importância do tema.
DISCUSSÃO
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2021) aponta o suporte básico de vida (SBV) como o principal tratamento imediato para uma parada cardíaca e evidencia que, por ser prático e eficiente, qualquer pessoa, sendo ela leiga ou profissional da saúde, consegue realizar as manobras básicas através de orientações e treinamento prévio.
Randow et al.(2017) propõe que os conhecimentos das técnicas de primeiros socorros não devem ficar somente presas aos profissionais da saúde que estão relacionados com a situação, mas abranger toda a sociedade.
Segundo Pergola (2009), é importante que o professor tenha uma qualificação em primeiros socorros para que, em uma situação de emergência com os alunos, esse seja capaz de manter a vida e prevenir sequelas.
Fioruc et al. (2008), mostraram a importância de realizar o treinamento de primeiros socorros com adultos, sendo que os escolhidos foram funcionários entre eles professores e funcionários da escola, por serem os profissionais que permanece diretamente com os alunos da escola. Para medir se houve realmente retenção do conteúdo foi realizado pré e pós testes, além da metodologia utilizada com teoria e prática.
Santana et al. (2020), seguiram com os estudos voltados a educação em primeiros socorros para adolescentes, seguindo a linha de aplicação de pré e pós testes para medir a retenção do conteúdo, utilizado carga horária mais extensa, metodologia utilizada sendo teoria e prática.
Chaves et al. (2017), utilizaram metodologia teoria/prática sobre tema suporte básico de vida com alunos, com carga horária de 30 minutos. Não consta a informação se houve avaliação para medir resultados de retenção e aprendizado do conteúdo abordado.
Com o treinamento de primeiros socorros em escolas, regulamentado pela Lei nº 13.722, de 4 de outubro de 2018, conhecida também como Lei Lucas, torna-se obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. Observa-se no texto dessa lei, que não é abordado a exigência do treinamento de primeiros socorros aos alunos, já que o público-alvo são os professores e funcionários, contemplando a faixa etária dos adultos. (BRASIL, 2018).
Avaliando o gráfico constante na figura 1, foi observado que a grande maioria do público-alvo dos estudos foram os estudantes. Já em relação ao gráfico constante na figura 2, percebemos que uma ferramenta para medir se houve retenção do conteúdo abordado foi a utilização de questionários, grande parte sendo feito através de pré e pós teste, independente se a pessoa do estudo tenha sido aluno, professor ou funcionário da escola.
Na avaliação dos gráficos obtidos a partir dos dados coletados nesse trabalho, foi observado que no gráfico constante na figura 3, que a metodologia utilizada, realizar o treinamento parte teoria, parte prática foi a mais utilizada, independente da faixa etária. Avaliando o gráfico constante na figura na 4, em relação aos tipos de materiais utilizados de acordo metodologia escolhida em relação a parte prática, a grande maioria não informou qual tipo de materiais foram utilizados, não permitindo achar semelhanças nesse quesito do presente trabalho. Em relação a carga horária, descrito no gráfico constante na figura na 5, há variação entre carga horária, não tendo semelhanças entre os trabalhos, em relação a esse item. Já no gráfico constante na figura na 6, podemos observar que independente do objeto de estudo tenha sido de alunos, professores e funcionários, houve grande variação entre a quantidade de pessoas treinadas em primeiros socorros. Não foi informado em nenhum trabalho, a programação do treinamento e nem a lista e quantidade dos materiais utilizados.
CONCLUSÃO
Foi possível concluir nesse estudo, que não houve consenso entre os artigos selecionados para os temas abordados tais como carga horária de treinamento, idade dos participantes e materiais usados. Não sendo possível portanto, afirmar ter um modelo padronizado de treinamento de primeiros socorros entre os autores. Porém, é possível afirmar que faz parte de qualquer treinamento, a aplicação de questionário e avaliação antes e após o treinamento, para medir o efeito do aprendizado.
REFERÊNCIAS
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Manual do profissional Suporte Avançado de Vida Cardiovascular. Orora Visual, LLC, 3210 Innovative Way, Mesquite, Texas, EUA, 2016.
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