REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202505291012
Ueudison Alves Guimarães
Gislene Coelho Dias Costa
Nazaré Apparecida Vilhena Aguiar
Simone Lopes de Oliveira
Vaneska Maria de Melo Silva
Maria da Conceição de Araújo
Marriete da Silva Cruz
Leidiane Aparecida dos Santos
RESUMO
Este artigo exibe importantes apontamentos colhidos por meio de uma pesquisa de caráter bibliográfico acerca do ABA – Método de Análise do Comportamento Aplicado. Tal Método tem sido aclamado como um dos métodos mais prósperos, voltados para o tratamento de sujeitos autistas. Para edificar tal discussão neste artigo, serão citadas citações de autores consagrados como B.F. Skinner (1958), Ivar Lovaas (1987), Mello (2001) e outros, os quais darão embasamento à edificação deste artigo. Quando se fala acerca da inclusão de crianças que apresentam necessidades educacionais especiais em escolas da rede regular de ensino, compreende-se que esta é uma tema-ática controversa, especialmente quando se fala e lembra que, dentre tais educandos existem aqueles alunos com TEA ou Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), um distúrbio que envolve o neurodesenvolvimento assinalado por dificuldades que enredam a comunicação oral, a interação social e que também exibem mostras de movimentos repetitivos e ainda estereotipados. Desta forma, neste artigo, será exibida uma ponderação que contará com o histórico do método ABA, buscando mostrar os seus aportes no método de aprendizagem de estudantes autistas, como também os seus resultados na Educação. Para tanto, será edificada uma abordagem, discutindo o que se pode ser feito no método de ensino para estudantes autistas ao passo que se trabalha com o método ABA.
Palavras-chave: ABA. Educação Especial. Aprendizagem. Autismo.
ABSTRACT
This article displays important notes collected through bibliographical research on ABA – Applied Behavior Analysis Method. This method has been acclaimed as one of the most successful methods aimed at treating autistic subjects. To build this discussion in this article, quotes from renowned authors such as B.F. Skinner (1958), Ivar Lovaas (1987), Mello (2001) and others will be cited, which will provide a basis for the construction of this article. When talking about the inclusion of children who have special educational needs in schools in the regular education network, it is understood that this is a controversial topic, especially when talking and remembering that, among such students there are those students with ASD or Autism Spectrum Disorder (ASD), a disorder involving neurodevelopment marked by difficulties involving oral communication, social interaction and which also exhibits signs of repetitive and even stereotyped movements. Therefore, in this article, a consideration will be presented that will include the history of the ABA method, seeking to show its contributions to the learning method of autistic students, as well as its results in Education. To this end, an approach will be developed, discussing what can be done in the teaching method for autistic students while working with the ABA method.
Keywords: ABA. Special education. Learning. Autism.
1. INTRODUÇÃO
Imagine uma pessoa que quer ter seus amigos, contudo não sabe como principiar uma conversa, mesmo sendo capaz de permanecer horas conversando acerca de seu tema predileto. Imagine uma pessoa cuja vida se mostra completamente fundamentada pela rotina e que qualquer tipo de mudança a incomoda, fazendo-a repetidamente ansiosa, fracassada e, muitas vezes, deprimida.
Com isso, imagine ainda que tal pessoa sempre seja interpretada de forma errada, chamada de estranha e até mesmo de grosseira, apenas por exibir dificuldades para compreender tanto os sentimentos quanto as maneiras de pensar dos outros, especialmente porque não interpretam claramente todas as expressões faciais ou mesmo as expressões que envolvem a linguagem corporal dos seres humanos. Essas são as pessoas que têm TEA – Transtorno de Espectro Autista.
Os indivíduos com autismo são igualmente iguais a qualquer outro indivíduo e, na maioria das vezes, são inteligentes demais. Contudo, exibem um transtorno que envolve o desenvolvimento neurológico que atrapalha na maneira do indivíduo se comunicar e se relacionar às demais, sendo uma síndrome que tem múltiplas características, fazendo com que cada indivíduo seja afetado de maneira dessemelhante.
A ABA – Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis) se mostra como uma abordagem da Psicologia, comumente usada para a abrangência do comportamento, sendo ainda largamente aproveitada no acolhimento a indivíduos com desenvolvimento anormal, como os transtornos agressivos que envolvem o desenvolvimento do sujeito autista.
Desta forma, este estudo tem como desígnios exibir determinados feitios proeminentes do mundo dos autistas, como também abeirar-se da probabilidade do autista ter condições de se relacionar com toda a sociedade que o cerca e ainda ter potencialidade para estudar e aprender com o aporte da abordagem ABA.
Este artigo também buscará levar uma melhor apreensão acerca do Autismo aos possíveis profissionais da Educação que venham lê-lo, levando ao conhecimento destes práticas empregadas no método de ensino e de aprendizagem do autista, principalmente por meio do método ABA, o qual será pesquisado neste artigo, buscando-se práticas desse método que podem fazer a diferença no trabalho voltado aos autistas.
Com esse panorama em mente, este artigo dissertará acerca do Autismo, como também acerca do método ABA, o qual é usado durante as intervenções comportamentais voltadas para o tratamento dos sintomas que envolvem o Autismo.
2. METODOLOGIA
Este estudo foi edificado por meio de uma pesquisa bibliográfica com uma abordagem qualitativa, embasada em diversos autores que exploram o tema da Aquisição da Linguagem. O propósito é construir um referencial teórico abrangente sobre a Aquisição da Linguagem, com a intenção de desenvolver uma investigação teórico-prática que englobe diferentes concepções relacionadas a esse processo.
Segundo Silva e Menezes (2005), a pesquisa qualitativa é caracterizada pela compreensão da relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, estabelecendo um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, que não pode ser quantificado em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são elementos fundamentais nesse tipo de pesquisa.
Dentro dessa perspectiva, a pesquisa busca adotar um olhar crítico e flexível, visando fornecer acepções teóricas que orientem pais e educadores sobre a maneira de lidar com crianças que, por vezes, devido à falta de estímulo, podem apresentar ou enfrentar limitações educacionais, fala-se aqui das crianças autistas.
Nesse contexto, a pesquisa bibliográfica adotada neste estudo, conforme Boccato (2006, p. 266), visa não apenas a resolução de um problema por meio de referenciais teóricos, mas também a análise e discussão das diversas contribuições científicas.
Este método proporciona subsídios fundamentais para o conhecimento aprofundado do tema pesquisado, revelando como foi abordado, sob que enfoque e/ou perspectivas na literatura científica.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 O autismo
O autismo é um transtorno neuropsiquiátrico que afeta o desenvolvimento das habilidades sociais, de comunicação e comportamentais. Caracterizado por padrões repetitivos de comportamento, interesses restritos e dificuldades na interação social, o espectro autista abrange uma ampla variedade de sintomas e níveis de gravidade.
Crianças com autismo podem apresentar desafios na comunicação verbal e não verbal, demonstrando dificuldades em compreender e expressar emoções. Além disso, muitos indivíduos autistas têm preferências marcantes por rotinas e padrões específicos, resistindo a mudanças.
É importante destacar a diversidade no espectro autista, pois cada pessoa afetada pode manifestar características únicas. Alguns indivíduos com autismo possuem habilidades extraordinárias em áreas específicas, como matemática ou música, enquanto enfrentam desafios significativos em outras áreas.
Assim, se entende que o Autismo se configura como sendo uma disfunção cerebral, por meio da qual nem o comportamento social, nem a competência de comunicação, como também a capacidade de raciocínio não consegue se desenvolver normalmente, afetando a absorção sensorial, fazendo com que os autistas tenham uma super-reação a determinadas percepções como (odores, sons, vistas, e muitas outras) e uma sub-reação a outras.
Os agravos do autismo promovem uma gama de linhas comportamentais incomuns e os seus sintomas, que geralmente nascem antes dos três anos, podem se mostrar alterados de uma criança para outra.
Para Mello (2007, p.16):
Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação (MELLO, 2007, p. 16).
O Autismo é encarado como sendo uma síndrome assinalada por desordens qualitativas e quantitativas de comunicação, intercâmbio social e uso da imaginação e os seus sintomas nascem nos primeiros três anos de vida do sujeito. Praticamente 60 a 65% dos autistas possuem retardo mental e de 15 a 30% têm convulsões.
Hoje, o autismo é nomeado como “síndrome do espectro autista” tendo em vista que seu quadro clínico se mostra bem variável. Há autistas que apresentam alto coeficiente de desenvolvimento intelectual e de sociabilidade, contudo, há outros que exibem um padrão mais rigoroso que abarca tanto o retardo mental quanto a insociabilidade.
A criança autista pode estudar em uma turma com múltiplas crianças, sem ao menos brincar com elas. Muitas se mostram claramente contra a variação de rotina. Há relatos que mostram inclusive autistas que não conseguem sequer reconhecer o trajeto para a escola, pois seus pais mudaram o trajeto e de outros que se negavam ir para a escola, pois sua camiseta estava com a cor mudada.
Nunes (2008, p.75) afiança que:
Eles não mantêm o contato visual, usam as pessoas como ferramenta para conseguirem o que querem. Apresentam risos e movimentos inapropriados, modo e comportamento arredio, giram objetos de forma bizarra e peculiar, não demonstram medo de perigos reais, agem como se fossem surdos e resistem ao contato físico (NUNES, 2008, p.75).
O autismo é um transtorno que não tem cura e o seu tratamento precisa submergir uma equipe de caráter multidisciplinar, tendo como desígnio aperfeiçoar a qualidade de vida do autista por meio do controle dos sintomas de cunho comportamental e de toda subordinação do sujeito à vida social, acatando as suas barreiras.
Tendo-se em vista as múltiplas dúvidas acerca de sua causa há múltiplas sugestões de tratamento. Nos EUA, existe uma Lei que dispõe o método que envolve a terapia ABA como sendo uma maneira mais decidida para o tratamento de indivíduos com autismo.
Presentemente, os tratamentos frequentemente abraçados envolvem o tratamento farmacológico, por meio do qual há a prescrição medicamentosa, que age acerca dos sintomas e ainda há a intervenção psicológica, fundamentada na ABA – Análise Aplicada do Comportamento, que tem acarretado decorrências surpreendentes. Todo método trabalhado, buscando-se amparar a aprendizagem dos autistas tem uma grande importância, o que não se mostra diferente com o método ABA.
Assim, para que haja um bom trabalho envolvendo o método ABA, deve-se preocupar com a generalização do aprendizado, observando sempre que, à medida que o autista prospera, ele, aos poucos, torna-se capaz para “aprender incidentalmente”, ou seja, capacitado para assimilar as linguagens ou ainda os conceitos ou desenvolturas que para ele são ensinadas.
3.2 O método ABA e o autismo
O Método ABA, ou Análise do Comportamento Aplicada, é uma abordagem terapêutica baseada em princípios da psicologia do comportamento. Desenvolvido inicialmente para crianças com transtornos do espectro autista (TEA), o método ABA é agora aplicado em uma variedade de contextos e para diferentes faixas etárias.
Essa abordagem foca na compreensão e modificação do comportamento humano por meio da observação e análise. No contexto do autismo, o Método ABA visa promover o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas e adaptativas, enquanto reduz comportamentos problemáticos.
Uma característica distintiva do Método ABA é a ênfase na individualização do tratamento. Cada programa é adaptado às necessidades específicas do indivíduo, identificando objetivos claros e mensuráveis. Intervenções intensivas e estruturadas são projetadas para reforçar comportamentos desejados e extinguir comportamentos indesejados.
A análise do comportamento é realizada por meio da coleta de dados sistemáticos, permitindo uma avaliação contínua do progresso. Reforços positivos, como recompensas, são frequentemente utilizados para fortalecer comportamentos desejados, enquanto estratégias de extinção e intervenções corretivas são aplicadas para reduzir comportamentos desafiadores.
O Método ABA não se limita ao ambiente clínico; ele pode ser incorporado em ambientes naturais, como em casa ou na escola. Além disso, o envolvimento da família e a colaboração com outros profissionais são aspectos-chave do sucesso dessa abordagem.
Embora o Método ABA tenha sido inicialmente desenvolvido para crianças com autismo, sua aplicação tem se expandido para auxiliar pessoas com uma variedade de desafios comportamentais e de desenvolvimento. A abordagem centrada no indivíduo e a ênfase na evidência científica são princípios que fundamentam o Método ABA, buscando melhorar a qualidade de vida e promover a autonomia das pessoas atendidas.
Por meio do Método ABA se torna bem mais fácil de aprender, sendo um método acessível a mais indivíduos, tendo um custo barato. Tal método foi criado por uma mãe sendo destinado para pais, terapeutas, assistentes educacionais, docentes, acompanhantes, babás, avós e qualquer indivíduo que queira ter a chance de fazer diferença no dia a dia de um autista.
Esse método foi delineado para acolher às indulgências de dois dessemelhantes grupos de indivíduos:
- famílias ou docentes que não têm acesso a um profissional psicólogo especializado em ABA, pois não tem condições de pagar por tal serviço ou ainda porque não quer aguardar para iniciar o trabalho;
- famílias e docentes que estão administrando um programa por meio do método ABA e necessitam de um caminho diligente e mais em conta para habilitar novos docentes.
Mello (2001, p.115) mostra que:
O Método ABA submerge um ensino intensivo e individualizado das desenvolturas imprescindíveis para que o sujeito consiga alcançar a sua independência e a ter uma melhor qualidade de vida. Dentre as desenvolturas instruídas estão comportamentos sociais, como por exemplo por meio do contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos, tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal (MELLO, 2001, p.115).
A diminuição de comportamentos negativos como as agressões, autolesões, violências verbais, e escapadas são parte do tratamento comportamental, tendo em vista que tais comportamentos intervêm tanto no desenvolvimento quanto na integração do sujeito diagnosticado como autista.
4. DISCUSSÕES
As conveniências para a aprendizagem passam a ser repetidas diversas vezes, até que o autista comprove a desenvoltura sem erro em múltiplas atmosferas e circunstâncias. A capital característica que envolve o Método ABA é o emprego de decorrências que se mostram favoráveis ou positivas – reforçadoras. Primeiramente, essas decorrências são extrínsecas, como por exemplo com a oferta de um brinquedo ou mesmo uma atividade que chame a atenção do autista.
Para Amy (2001, p.24):
Para ensinar crianças com autismo, ABA é usado como base para instruções intensivas e estruturadas em situação de um-para-um. Embora ABA seja um termo “guarda-chuva” que englobe muitas aplicações, as pessoas usam o termo “ABA” como abreviação, para referir-se apenas à metodologia de ensino para crianças com autismo (AMY, 2001, p.24).
Um trabalho que envolve o Método ABA geralmente se principia em casa, ainda quando a criança se mostra bem pequena. Assim, a intervenção que se revela precoce se torna extremamente importante, o que não afirma que crianças maiores ou mesmo adultos não tenham o mesmo resultado.
O tratamento ABA principia por meio da concretização de uma avaliação abarcante das desenvolturas já evidenciadas pelo autista, envolvendo os seus comportamentos impróprios e a sua envergadura para aprender.
O destaque da avaliação no método ABA está na exposição de como os subsídios do ambiente se evidenciam pertinentes aos comportamentos expostos pelo autista, tal procedimento é conhecido como análise funcional.
Em seguida, há a edificação de um plano de trabalho por meio do qual se determinam desígnios e tempo determinado para que haja os seus cumprimentos. Por meio desse plano, acontece um tratamento apropriado. Todo o método terapêutico é detalhadamente registrado, admitindo que seja sempre que preciso analisado e que seja feito o rearranjo de circunstâncias problemáticas em tempo apto.
Para Mello (2001, p.14):
ABA é um tratamento comportamental indutivo, tem por objetivo ensinar a criança habilidades, por etapas, que ela não possui. Cada habilidade é ensinada, em geral, em plano individual, de maneira associada a uma indicação ou instrução, levando a criança autista a trabalhar de forma positiva (MELLO, 2001, p.14).
O primeiro psicólogo a trabalhar por meio dos princípios da ABA e DTT para instruir crianças com Autismo foi Ivar Lovaas no ano de 1987. Devido a isso, muitos ainda chamam o ABA de “método Lovaas”, referindo-se à Educação de crianças autistas. É importante lembrar que, mesmo o termo “DTT” ser volta e meia usado como sinônimo de “ABA”, ambas devem ser apreendidas como sendo termos diferentes.
O Método ABA, por seu lado, se mostra como sendo um método bem mais aberto, envolvendo múltiplos padrões de intervenções, de táticas de ensino e manobro comportamental. J
Já o DTT é um método que permanece dentro da área de abrangência da ABA. No ano de 1987, Lovaas publicou as decorrências de um estudo que fez há longo prazo acerca do tratamento de mudança comportamental em pequenas crianças autistas.
Para Lovaas (2002, p.11),” parte do sucesso da terapia ABA está ligada à sua compreensão do autismo não como uma doença ou um problema a ser corrigido, mas como um conjunto de comportamentos que podem ser desenvolvidos por meio de procedimentos de ensino especiais”.
Esta abrangência, de acordo com Lovaas (2003, p.125), “permitiria ao profissional focar mais prontamente nas características particulares e necessidades específicas de aprendizagem dos indivíduos e aperfeiçoar habilidades adequadas já existentes”.
Um outro fator registrado como sendo o responsável pelas decorrências positivas do método ABA incide no episódio de os seus artifícios de intervenção se mostrarem fundamentados por proeminências científicas aglomeradas e aproveitadas com semelhante porcentagem de sucesso em sujeitos peculiares e especiais.
É importante lembrar que, fora todo o conhecimento lançado acerca do Autismo, mesmo com muitas limitações, os gestos positivos pertinentes ao empenho particular do autista, a resignação e, especialmente, o amor são deveras importantes no dia a dia do sujeito autista.
5. CONCLUSÃO
Por meio da leitura deste artigo, compreende-se um pouco mais acerca do Autismo, como também acerca do método ABA, o qual é usado, buscando-se fazer uma intervenção de caráter comportamental necessária para o tratamento dos sintomas do Autismo. Avalia-se os aportes de Lovaas, Skinner, dentre outros, como sendo indispensáveis para o trabalho por meio do método ABA, com o desígnio de amparar indivíduos com TEA.
Mesmo que o Autismo não tenha cura, compreende-se que há tratamentos que ajudam claramente aos pacientes, colaborando com um maior desenvolvimento no quadro de aprendizagem. A ABA, por exemplo, é uma maneira confirmada e muito diligente de ensinar os indivíduos com TEA -Transtornos do Espectro do Autismo.
A ABA é uma abordagem da Psicologia comportamental, ou seja, voltada para o “behaviorismo”, a qual foi adaptada, se tornando um processo empregado para compreender ou estudar as afinidades funcionais entre o comportamento do sujeito e o seu contexto em caráter ambiental.
Assim, a ABA emprega tais elementos para delinear intervenções, procurando a melhora do bem-estar social do sujeito com TEA, sendo um método compreensivo, estruturado e ininterrupto que envolve a reaprendizagem.
A ABA se mostra como sendo hoje uma das terapias mais trabalhadas para amparar o indivíduo autista a driblar sua dificuldade para se comunicar, como também a ajudá-lo a amortizar comportamentos que são indesejáveis.
O processo do método ABA é fundamentado em atuação e recompensa, ou seja, o sujeito faz o que é solicitado e ganha um brinde, que pode ser um belo brinquedo, o poder assistir um desenho especial na TV ou qualquer coisa que lhe interesse.
Torna-se imprescindível que os profissionais que trabalhem com o autista, como por exemplo seus educadores, psicopedagogos, neuropsicopedagogos e outros extrapolem as metodologias e alarguem coeficientes de afabilidade para que suas intervenções demonstrem doçura e transmitam aos autistas a imagem de que existe um verdadeiro empenho pessoal neles.
Para interceder o método que envolve a aprendizagem, involuntariamente da opção do método, os profissionais e os familiares necessitam dar mostras de afabilidade aos indivíduos autistas, pois tais mostras colaboram muito para remanejar as energias familiares.
Não se pode esquecer jamais que a ABA e o amor jamais podem faltar no dia a dia do autista. Assim, bem mais relevante do que o amparo que a família aufere, se mostra a percepção de ser querido e apreciado pelos demais sujeitos da sociedade, o que leva o Autista a se sentir parte dessa sociedade.
6. REFERÊNCIAS
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BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. São Paulo, São Paulo, SP, v. 18, n. 3, 2006.
LOVAAS, O. I. – Behavioral treatment and normal education and intellectual functioning in young autistic children. Journal of Consulting and Clinical Psychology, v. 55, n.1, American Psychological Association, 1987.
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MELLO, Ana Maria S. Ros. Autismo: guia prático. 2ª ed. São Paulo, Corde, 2001.
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NUNES, Daniella Carla Santos. O pedagogo na educação da criança autista. Publicado em 07 de fevereiro de 2008.
SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4. ed. rev. atual. Florianópolis, SC: UFSC, 2005.