TIC NA PRÁTICA DOCENTE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NO ENSINO FUNDAMENTAL.

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202501232215


Rafaelly Maysa Balbino Rodrigues1
João Paulo Rodrigues de Carvalho2


RESUMO

O presente artigo tem o objetivo de constatar e analisar os desafios e as possibilidades das Tecnologias da informação e comunicação (TICs) na prática pedagógica. A pesquisa foi elaborada através de duas vertentes: Revisão bibliográfica e estudo de caso, este último foi elaborado um questionário com 14 perguntas aplicado a 10 professores dos anos iniciais e finais do ensino fundamental na escola municipal Diá Azevedo localizado no município de Bom Jesus, Rio Grande do Norte. As questões foram elaboradas de forma mista, incluindo perguntas abertas e fechadas, buscando captar percepções e experiências dos docentes. Os resultados revelaram que os principais desafios enfrentados estão relacionados a falta de infra estrutura e a falta de formações específicas que preparam os professores para integrar as TICs em suas práticas pedagógicas. Apesar dos desafios os entrevistados reconhecem a importância do uso das tecnologias de informação e comunicação para o enriquecimento do ensino, principalmente na promoção de metodologias mais dinâmicas e atrativas para os alunos. Infere-se destacar que embora existam barreiras significativas, o uso apropriado das TICs pode transformar positivamente o ensino público, desde que sejam feitas melhorias na infraestrutura e oferecidas capacitações contínuas aos educadores. 

Palavras-chave: barreiras, metodologias. infraestrutura. capacitações.

ABSTRACT

The aim of this article is to identify and analyse the challenges and possibilities of information and communication technologies (ICTs) in teaching practice. The research was carried out in two ways: A bibliographical review and a case study, the latter of which involved a questionnaire with 14 questions applied to 10 teachers from the initial and final years of primary school at the Diá Azevedo municipal school located in the municipality of Bom Jesus, Rio Grande do Norte. The questions were mixed, including open and closed questions, seeking to capture teachers’ perceptions and experiences. The results revealed that the main challenges faced are related to the lack of infrastructure and the lack of specific training to prepare teachers to integrate ICTs into their teaching practices. Despite the challenges, the interviewees recognise the importance of using information and communication technologies to enrich teaching, especially in promoting methodologies that are more dynamic and attractive to students. It is worth noting that although there are significant barriers, the appropriate use of ICTs can positively transform public education, as long as improvements are made to the infrastructure and continuous training is offered to educators. 

Keywords: barriers, methodologies. infrastructure. training.

1. INTRODUÇÃO

 A tecnologia tem se tornado um elemento cada vez mais essencial na sociedade moderna, ocupando um papel indispensável em nosso cotidiano. Entre os setores que mais dependem de sua aplicação, destaca-se a educação, que se beneficia amplamente de suas ferramentas e recursos.

A pandemia de COVID-19 acelerou ainda mais o uso das tecnologias na educação. Educadores e estudantes tiveram que adaptar rapidamente suas formas de ensino e aprendizagem, e desde então, a utilização dessas ferramentas só tem aumentado. Muitas atividades que antes dependiam exclusivamente de métodos tradicionais, como o uso de livros didáticos, cadernos e aulas presenciais, passaram a incorporar, ou até mesmo a ser substituídas por recursos digitais, ensino online e modalidades de ensino remoto. 

Segundo Moran (2015, p .9) atualmente, as tecnologias digitais são diversas, acessíveis e velozes oportunizando o conhecimento em qualquer momento, espaço e de diversas formas. 

Contudo, o que realmente importa não são os aplicativos em si, mas sim estarem nas mãos de educadores, gestores e estudantes com uma mentalidade aberta e criativa, capazes de inspirar, encantar e alimentar sonhos.

Assim, é visto que muitos alunos, sendo tão rápidos em abraçar a cultura digital, absorvem ansiosamente novas ferramentas e recursos à sua disposição por meio da tecnologia, enquanto uma grande proporção de professores, especialmente aqueles em escolas públicas no país, estão um tanto ossificados e temerosos de tentar se atualizar com essa questão específica em relação a técnicas e competências.

O ensino tradicional, portanto, obviamente foi alterado ao longo do tempo cada vez mais e complementado com recursos digitais que se tornaram essenciais para a educação, para que esta possa ser uma experiência educacional mais dinâmica e flexível que atenda às demandas individuais de cada aluno, ofertando conhecimento adequado, e a aprendizagem também ensina como atualizar os saberes de acordo com o nível de aprendizado e absorção.

Nessa situação, não se pode ignorar ou se livrar desses recursos tecnológicos, pois a globalização possibilitou que a tecnologia se incorpore cada vez mais em nossa cultura e aqueles que não a conhecem estão sempre “atrás”. Além disso, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são de grande importância em diferentes setores e, em alguns setores como o setor educacional, o papel que desempenham é de imenso valor. Elas agem como facilitadoras do processo de ensino-aprendizagem que injeta novos métodos e estratégias pedagógicas no meio da educação. 

Outrossim, ajuda a melhorar o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos alunos, acomodando os novos métodos de ensino que respondem e se ajustam de acordo com as necessidades e o ritmo de cada aluno. No entanto, deve ser explicitado que eles nunca devem suplantar o trabalho do docente. Apesar das inúmeras vantagens, o uso das tecnologias na educação parece carregado de diversos desafios. Assim, a motivação pessoal para a realização desta pesquisa foi baseada na pergunta: “Quais as principais dificuldades e possibilidades do uso das TICs no processo de ensino e aprendizagem por professores?” 

Para potencializar a pesquisa, buscamos explorar o tema por meio de um estudo de caso implementado por meio de questionários junto ao corpo docente da escola pública Diá Azevedo, em Bom Jesus/RN. Para tanto, buscamos identificar e analisar os desafios e as possibilidades do uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) na prática docente, destacando suas contribuições e barreiras.

Os objetivos específicos definidos para responder a essas questões foram: Debater sobre o papel do educador no contexto da era digital e elencar possibilidades e problemas da inserção das tecnologias na prática de ensino e aprendizagem. Esses objetivos nos ajudarão a refletir sobre a adequação de nossas práticas pedagógicas no contexto da era digital e enxergar as potencialidades que ela tem para potencializar o ensino e a aprendizagem. 

A pesquisa foi fundamentada por meio de estudos bibliográficos e um estudo de caso enquadrado em um questionário aplicado em uma escola da rede municipal.

2. TECNOLOGIA: CONCEITO, ORIGEM E EVOLUÇÃO

Existem diversas definições do que seria tecnologia. De acordo com Houaiss et al. (2009, p. 245), a tecnologia pode ser subdividida em três maneiras distintas:1) como a ciência que investiga métodos e a evolução no ambiente digital e industrial; 2)como um conjunto de metodologias aplicadas a um domínio específico; e 3) como a teoria das técnicas, meios, normas ou contextos da ação humana.

Já de acordo com o autor Longo (1984, p. 10), “tecnologia é o conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos empregados na produção e comercialização de bens e serviços”. Em contrapartida, Blanco e Silva (1993, p. 50) menciona que “a tecnologia estuda, de forma profunda e seguindo uma ordem sistemática, como encontrar os meios de atingir um objetivo final, a partir de princípios verdadeiros e de experiências seguras”.

De acordo com Moran (2015, p. 26), isso define a tecnologia como um conjunto de ferramentas que expandem as capacidades humanas — às vezes comunicação ou colaboração. O conteúdo pode ser produzido, compartilhado e acessado de forma muito rápida e eficaz por meio da tecnologia; ajuda muito no aprendizado pessoal e na construção do conhecimento coletivo. Além disso, por vários outros meios, a tecnologia é capaz de oferecer muitos recursos que podem compartilhar informações e discutir e debater informações em vários formatos e contextos, relevantes para os diferentes tipos de indivíduos e organizações.

Assim como o marxista francês, Bernard-Henri Lévy também vê a tecnologia como um conjunto de procedimentos e instrumentos criados pela humanidade para a transformação da natureza e para tornar os processos mais eficientes (1999, p. 17). Isso deixa claro que a tecnologia existe não apenas na aplicação do conhecimento científico, mas também em problemas cotidianos e na melhoria dos padrões de vida por meio de “gadgets”, como muitas pessoas a definem. Por esta definição, ‘tecnologia’ na educação implica que se refere a algo mais do que meros dispositivos instrucionais – é um facilitador de novas formas de aprendizagem por meio das quais o processo de ensino e aprendizagem pode ser mais interativo e significativo para professores e alunos.

Porém muito antes a tecnologia existiu, desde o início dos tempos ela esteve presente só que antes não conseguimos saber o seu conceito. De acordo com Gayubas (2023) a revolução industrial foi um processo histórico de mudanças na economia e na sociedade, especialmente com relação ao trabalho, que foram introduzidos. Começando no final do século XVIII na Inglaterra, a Revolução Industrial trouxe novas tecnologias que mudaram severamente a produção e as condições de vida dos trabalhadores, uma das invenções mais importantes foi o motor a vapor e as máquinas têxteis. Estes acontecimentos trouxeram mudanças cruciais, como aumento da produtividade, consolidação do capitalismo e o surgimento da nova classe trabalhadora, o proletariado.

Castells (1999, p. 58) argumenta que a Revolução Industrial permitiu a implantação de novas tecnologias e melhores condições de produção, mas causou uma divisão social que criou enormes disparidades, uma vez que o trabalhador se tornou apenas uma engrenagem na estrutura de produção e não uma pessoa com direitos e dignidade específicas.

No entanto, a industrialização também gerou uma série de efeitos nocivos, como o consumismo exacerbado e a exploração de trabalhadores, que enfrentavam longas jornadas em fábricas insalubres. Muitas pessoas, incluindo crianças, foram forçadas a trabalhar nessas condições, sem qualquer proteção trabalhista. Essa exploração deu origem a lutas pelos próprios trabalhadores, que buscavam melhores condições de trabalho e de vida, como o movimento sindical (Trade Unions).

Ainda retomando sobre o conceito de tecnologia, segundo Lévy (1999, p. 17) a definição é descrita como um conjunto de técnicas e instrumentos que o homem inventa para transformar a natureza e o trabalho em processos otimizados por ela. Assim, a tecnologia não está preocupada exclusivamente em fazer engenhocas sozinha, mas em usar o conhecimento científico para abordar questões e melhorar o padrão de vida. Para a educação, isso sugere ver a tecnologia não simplesmente como implementos instrucionais, mas como mediadores para novas modalidades de aprendizagem, novas formas de interação entre professores e alunos para um engajamento mais dinâmico e significativo.

É assim que Moran e Lévy dizem que a tecnologia cria inteligência coletiva por comunicação e interação e expande as possibilidades de ensino e aprendizagem, desde que seja apropriada e faça parte dos processos pedagógicos. Isso substancia ainda mais o fato de que a tecnologia tem que ser aceita no cenário educacional não como um fator de aprimoramento, mas como uma transformação de práticas tradicionais.

3. O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

De acordo com Klein et al. (2020, p. 282), a educação está intrinsecamente ligada às tecnologias, pois o sistema educacional reflete os acontecimentos da sociedade e, por consequência, está alinhado ao mundo globalizado. Além disso, destacam que as tecnologias na educação funcionam como ferramentas que podem facilitar a aprendizagem dos estudantes, sendo uma forma de expandir o acesso à informação tanto para alunos quanto para professores

Nos últimos anos, observou-se uma grande proliferação da tecnologia na educação, que, como resultado, se tornou uma parte essencial do processo de ensino. De fato, como citado por Kenski (2003, p. 15), as tecnologias digitais oferecem novas oportunidades para a educação, permitindo um tipo de ensino mais dinâmico e interativo. O autor afirma que as tecnologias não apenas complementam as metodologias tradicionais, mas também abrem espaço para novos métodos pedagógicos, mais centrados no aluno. Kenski (2003) destaca ainda que a introdução dessas ferramentas no ambiente de aprendizagem deve ser cuidadosamente planejada, para que as habilidades tecnológicas tanto de alunos quanto de professores sejam devidamente consideradas.

De acordo com Castells (1999, p. 68), tudo isso é complementado pela visão sobre a exigência de transformação nas metodologias de ensino, pois em uma aldeia global a sociedade da informação que é galvanizada com tecnologias, é essencial preparar os alunos para um mundo onde eles exigirão alfabetização digital. Se usadas apropriadamente, as ferramentas tecnológicas trazem melhor aprendizado e maior independência do aluno na criação de seu conhecimento. No entanto, o próprio Castells é cético sobre esse assunto. Ele argumenta que o mero acesso à tecnologia não pode oferecer educação de qualidade. O contexto pedagógico apropriado é necessário para que os alunos possam realmente aproveitar ao máximo o potencial oferecido por essas ferramentas.

Ainda relatando sobre a inclusão da tecnologia na vida escolar cotidiana, Moran (2013, p. 121) chama a atenção para a inclusão de tecnologias, alegando que ela deve ser vista como uma ferramenta para fins educacionais, mas não como um fim em si mesma. Para ele, por meio da tecnologia, será possível redesenhar o ensino tradicional para refletir as realidades dos alunos e do mundo atual. Moran reiterou que haveria novos desafios, como a forma como as escolas prepararam seus professores para a tecnologia e criaram uma atmosfera no qual os alunos interagem facilmente com o conteúdo. Ele postula que a educação é uma adaptação à mudança contínua e tecnológica — a criação de uma cultura de aprendizagem ao longo da vida.

Nesse sentido, Almeida (2020, p. 45) sem dúvida percebe o potencial e as limitações da tecnologia sobre o ensino por meio do ensino a distância. Deve-se notar que a tecnologia é aplicada em uma situação em que a tecnologia só permite que a interrupção seja temporária, ou seja, garantindo que o ensino continue em primeiro lugar. Dessa forma, agravam-se os problemas existentes em torno da desigualdade relacionada ao acesso à internet e à alfabetização digital para o acesso dos professores à aprendizagem. Assim, há esperança em que Almeida (2020) estipule que este período de ensino remoto possa fornecer um ímpeto para repensar o papel da tecnologia e fazer mudanças substanciais nas práticas pedagógicas para um futuro mais sustentável.

Em vista disso, é evidente a importância do uso das tecnologias no contexto educacional. Assim, as TICs na educação podem ser uma ótima forma de contribuir para o ensino e aprendizagem dos alunos. Essas tecnologias podem ocasionar tanto vantagens como desvantagens, dependendo da forma como será abordada. Entretanto é preciso uma boa apropriação destas ferramentas para que possa ser trabalhada com êxito. 

Segundo Barros et al. (2011, p. 8):

“No espaço escolar, a utilização e integração cada vez maior das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), em geral, coloca novos desafios pedagógicos e obriga à redefinição dos papeis dos diferentes parceiros no processo educativo. Neste sentido, as TIC podem ser encaradas como um reforço aos métodos tradicionais de ensino ou como uma forma de renovação das oportunidades de aprendizagem. O que se discute aqui é exatamente a integração das tecnologias no currículo escolar, enquanto potenciadoras de novas possibilidades de êxito no processo de ensino e aprendizagem. São disto exemplo, os recursos educacionais abertos com diversos tipos e formatos de materiais de ensino que estão surgindo e permitindo que os utilizadores possam (re)construir e partilhar conhecimento” (Barros et al., 2011, p. 8).

Portanto, neste sentido não basta apenas aplicar as TICs na educação é necessário utilizá-la de maneira significativa e intencional, para isso o professor deve apropriar-se dessas ferramentas de forma inovadora e criativa. 

4. A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DAS TICS NO ENSINO

O mundo contemporâneo é marcado por diversas transformações e inovações. Estas transformações estão expandidas em todos os âmbitos da sociedade, inclusive no contexto escolar.

Sancho e Hernández (2006, p. 20 e 21) discorre:

“[…] tende-se a se pensar que as tecnologias digitais de informação e comunicação fazem surgir novos paradigmas ou perspectivas educacionais e ajuda a explicar por que praticamente todas as perspectivas sobre o ensino e a aprendizagem podem argumentar que encontra no computador um aliado de valor inestimável.” (Sancho, 2006, p. 20 e 21).

Sob essa perspectiva, pode-se dizer que, bem integradas a esse ambiente, as TICs ampliam os modos de interação entre professores e alunos para compartilhar conhecimento e construir o ambiente de forma mais dinâmica.De acordo com Moran(2015) uma aplicação intencional dessas ferramentas torna a informação mais acessível, fornece mais independência para os alunos e desperta a criatividade para um pensamento mais crítico. Assim, as TICs podem tanto adicionar aos velhos paradigmas quanto provocar uma boa transformação em como a aprendizagem ocorre, ajustando-se às novas necessidades educacionais, ao mesmo tempo em que preparam os alunos para os desafios de amanhã.

Entretanto, no contexto escolar é amplamente visível que os alunos que são os supostos nativos digitais possuem mais habilidade ao manusear as ferramentas tecnológicas do que os próprios docentes. Esses conflitos entre professores e discentes implica em buscar alternativas mais eficientes para melhor aproveitar os recursos existentes e potencializar as práticas de ensino e aprendizagem (Benedito; Filho, 2020, p. 61).

Neste sentido,a  aplicação de tecnologias em processos educacionais deve seguir um processo de mediação de significado. Já foi observado que as tecnologias não devem apenas surgir constantemente como acompanhamentos aos métodos tradicionais de ensino, mas também funcionar como meios de reformular e desenvolver ainda mais a prática pedagógica em uma interação mais dinâmica e diversificada entre os constituintes envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem (Coutinho, 2011, p. 45). 

O acesso e a adoção de tecnologias digitais também precisarão de algum período para aprender e experimentar, o que frequentemente traz insegurança entre os educadores. Mas, tais obstáculos podem ser facilmente superados com estratégias adequadas de treinamento contínuo e suporte institucional pelo qual os professores podem entender o potencial disso e a partir disso aplicar meios pedagógicos eficazes. No entanto, ainda há resistências, especialmente quando se trata de professores que não acham fácil mesclar essas tecnologias com suas modalidades de ensino. Isso é apoiado por Bianchini (2011), que identifica a falta de treinamento suficiente e o medo de que as tecnologias possam invadir o planejamento e a organização da sala de aula como alguns dos desafios. 

Além disso, o processo de se tornar digital exige aprendizado e experiência em si, criando um fator de insegurança entre os educadores. No entanto, a ação sobre essas barreiras pode ser organizada por meio de estratégias de treinamento contínuo e suporte institucional que ajudariam o professor a entender o potencial das tecnologias e aplicações pedagógicas úteis. Sobre essa questão da interação, deve-se considerar também que “o computador atua como um objeto transicional, mediando relações que são, em última instância, de pessoa para pessoa” (PONTE, 1986, p. 118).

Portanto, levar em conta a mídia digital e a tecnologia significa dentro da estratégia de ensino e aprendizagem permitir que a educação não apenas se adapte a algo novo, mas a transforme em uma prática interativa mais inclusiva que corresponda às necessidades do século XXI. Isso inclui ensino híbrido, gamificação e plataformas de colaboração como tecnologias que podem impulsionar a instrução e dar aos alunos experiências de aprendizagem mais enriquecedoras com maior engajamento, motivação e obtenção de melhoria na comunicação entre estudantes e docentes.

Outro desafio que se percebe segundo (Tardiff, 2008, p.  143) é que o modelo das instituições escolares foi “elaborado na época da sociedade industrial, ele segue o seu caminho como se nada houvesse e parece ter muita dificuldade de integrar as mudanças em curso” dessa maneira podemos ver que as práticas curriculares se mantêm enraizadas e solidificadas historicamente sofrendo dificuldades em ocorrer mudanças.

Ainda nesta abordagem segundo Oliveira e Silva (2016, n.p) apud Melo e Lucena (2021, n.p) existem também uma série de reclamações por parte dos professores tradicionais, tais como: Desassistência de amparo pedagógico, excesso de informações para os discentes, incerteza das informações que tem na internet, não dominam o uso das tecnologias de informação, pouca infraestrutura e poucos computadores.

Portanto quando se trata da realidade:

“A formação contínua ainda que sejam complementados na melhor das hipóteses, por algum tipo de acompanhamento, ainda que estejam inseridos em um projeto de formação coletiva no âmbito de um estabelecimento escolar ou de uma rede ampliada,  esses  dispositivos  restringe-se,  na  maioria  das  vezes,  a  algumas  sessões de formação, concentradas em três ou quatro dias, ou seis a oito jornadas parciais durante o ano escolar, e visam, quase que exclusivamente, à adoção por parte dos professores de modelos didáticos pontuais e precisos que, ou não correspondem nem às suas prioridades ou exigiria um esforço, sustentado para evitar a mera “colagem” sobre práticas preexistentes (Perrenoud; Thurler, 2002, p. 90).”

Neste contexto, percebe-se que essas formações não são suficientes, pois são restritas a poucas sessões. A formação continuada, portanto, representa um dos grandes desafios a ser enfrentado, especialmente considerando que a educação pública brasileira conta com aproximadamente 2 milhões de professores, um número expressivo. No entanto, um ponto positivo a ser destacado é que “pesquisas têm mostrado que docentes que promovem atividades criativas e instigantes, desenvolvendo projetos com seus alunos, costumam alcançar um maior grau de envolvimento com eles” (Educação a distância e formação de professores, 2007, p. 31).

5. METODOLOGIA

A metodologia adotada na pesquisa baseou-se em duas vertentes principais: revisão bibliográfica e estudo de campo. A revisão bibliográfica forneceu o embasamento teórico necessário para alcançar os objetivos da pesquisa, enquanto o estudo de campo permitiu a coleta de dados, sustentando e direcionando a investigação.

A pesquisa de campo foi fundamental para responder às questões levantadas, abordando métodos científicos, conceituais e teóricos, e estimulando uma análise crítica do tema estudado. Além disso, a pesquisa também utilizou métodos quantitativos, os quais possibilitaram a quantificação do problema e a compreensão de sua dimensão.

Em termos de instrumentos, foi aplicado um questionário aos professores das séries do Ensino Fundamental, cujas respostas foram analisadas para fornecer dados relevantes à pesquisa.

Participaram da pesquisa 10 professores das séries do ensino fundamental tanto correspondentes às séries iniciais quanto às séries finais. Na pesquisa foi elaborado um questionário feito no google forms com 14 perguntas tanto respostas abertas quanto respostas de múltiplas escolhas.

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em relação a distribuição de gênero dos docentes na pesquisa, 70% eram do sexo feminino e apenas 30%, ou seja, 3 eram do sexo masculino (Figura 1).

Figura 1: Distribuição de Gênero dos docentes 

Fonte: Dados da pesquisa (2024).

No que tange a idade a maior parte dos entrevistados eram docentes da faixa etária de 35 a 45 anos (40%), em segundo lugar a faixa etária correspondente foi de 46 a 54 anos (30%), já 20% corresponde aos professores de 26 aos 34 anos, e finalizando os 10% faixa etária correspondente a um público de 18 a 25 anos. (Figura 2).

Figura 2: Faixa Etária de idade dos docentes.

Fonte: Dados da pesquisa (2024)

Em relação à escolarização 80% tinham especialização, 10% somente graduação, 10% mestrado e nenhum professor com doutorado. (Figura 3)

Figura 3: Grau de escolaridade dos docentes.

Fonte: Dados da pesquisa (2024).

Com respeito ao tempo de experiência na área da docência 30% tem experiência de 1 a 5 anos, outros 30% têm experiência de 16 a 25 anos, 20% de 11 a 15 anos e outros 20% de 6 a 10 anos (Figura 4).

Figura 4: Tempo de experiência dos docentes.

Fonte: Dados da pesquisa (2024).

Em relação a utilização das tecnologias na prática pedagógica 70% relataram que utilizam de vez em quando; 20% raramente e somente 10% utilizam sempre.

Quanto à participação em cursos de capacitação ou aperfeiçoamento sobre a temática, 40% nunca participaram de nenhum curso, outros 40% participam só de vez em quando e 20% já participaram, mas em situações raras. Outro ponto que mais chamou atenção na pesquisa foi que nenhum professor participou de curso de formação dentro da escola relacionada às tecnologias na educação, pois a escola nunca ofertou (Figura 5).

Figura 5: Participação em algum curso de capacitação sobre a temática 

Fonte: Dados da pesquisa (2024).

Um ponto positivo a mencionar é que 90% consideram importante o uso das TICs na prática pedagógica, somente 1 ficou indeciso marcando a opção “talvez”. Acerca de computadores, a escola apresenta 1(um) laboratório de informática com 10 computadores aproximadamente. Metade dos entrevistados nunca ministraram suas aulas neste laboratório.

Além disso, foi realizado perguntas a respeito das tecnologias que são utilizadas na prática pedagógica dos professores. Por unanimidade todos já utilizaram retroprojetor (100%), televisão (80%), games educativos (10%), testes ou simulados onlines (20%), sala virtual de reunião (20%), outros recursos não mencionados corresponderam a 50%, enquanto tablets não foi marcado no questionário por nenhum docente. (Figura 6).

Figura 6: As TICs que já são utilizadas pelos professores para o ensino.

Fonte: Dados da pesquisa (2024).

Também foi perguntado 3 perguntas abertas para os docentes no questionário. No primeiro questionamento foi indagado se os mesmos consideram importante aplicar as TICs na sala de aula, somente 8 responderam que sim, dois não responderam nada. Dos 8 que responderam todos disseram que acham as TICs importante para as práticas de ensino, pois as aulas se tornam mais dinâmica e interativas essas foi uma das respostas dos entrevistados, outra resposta que considerei interessante foi que um professor relatou que dependendo da forma como se utiliza as TICs ela pode se tornar atrativa, ou não.

Outro questionamento foi se eles apresentam dificuldade em utilizar as TICs. Também somente 8 responderam esta pergunta e destes somente 2 disseram que não tinham nenhuma dificuldade. Os seis professores que relataram que tinham dificuldade, ou seja, a maioria dos entrevistados disseram que a maior dificuldade é em manuseá-las, outra dificuldade mencionada seria em acompanhar a evolução tecnológica, já que muda tudo muito rápido, devido que estas ferramentas ou recursos digitais vem se alterando ao decorrer do tempo.

E finalizando os questionamentos foi perguntado aos professores quais os desafios e as possibilidades de utilizar as tecnologias de informação e comunicação na educação. Em relação aos desafios foi abordado resumidamente que as dificuldades são: A desigualdade social já que vivemos em um país com muita desigualdade e muitos estudantes não têm acesso a essas ferramentas com frequência e nem as próprias escolas, principalmente as públicas não disponibilizam recursos suficientes, outro desafio é a falta de infraestrutura das escola em oferecer estes recursos e nem sequer formação apropriada para os professores, outra dificuldade seria em acompanhar os avanços já que são muitos, com isso muitos professores não têm tempo suficiente de estarem se capacitando e até mesmo alguns apresentam   resistência em desejar se aperfeiçoar. Estas ideias estão de acordo com o pensamento de Silva(2024) relatando  que embora essas tecnologias estejam se tornando cada vez mais presente no dia a dia da população , sua implementação nas escola exige um planejamento cauteloso  e uma abordagem estratégica diferenciadas, pois as escolas precisam superar seus desafios como a falta de infraestrutura apropriada, a necessidade de formação de docentes e o ajuste de currículo para anexar essas tecnologias de forma satisfatória.

Enquanto nas possibilidades relatadas foram abordadas que na sala de aula estes recursos podem ser utilizados para desenvolver projetos, realizar aulas síncronas, fornecer referências para pesquisas, compartilhar arquivos e entregar tarefas. Em consonância com estas possibilidades Moran, Masetto e Behrens(2013, p.36 apud LIMA e ARAÚJO,2021) ressaltam que os professores podem usufruir dos recursos tecnológicos nas instituições  educacionais, principalmente a internet, para pesquisas, comunicação de alunos entre si e alunos com professores, para associações entre grupos dentro e fora da turma, para a publicação de páginas web, blogs, vídeos, para a participação em redes sociais e entre muitas outras facilidades.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido ao mundo globalizado e a era digital que estamos vivenciando conclui-se que na prática docente o uso das tecnologias de comunicação e informação (TICs) torna-se bastante essencial na prática pedagógica, assim exigindo muito que os professores e os estudantes estejam inseridos neste contexto atual, além do mais averiguamos através de pesquisas bibliográficas e questionamentos que a utilização das tecnologias promove muitos benefícios tais como, por exemplo: deixa a aula mais atrativa e dinâmica gerando mais engajamento por parte dos alunos se for bem utilizado, inserir os alunos no contexto atual, entre outras vantagens ,ou seja, promove uma série de possibilidades.

Nesta pesquisa buscou-se identificar como os docentes das séries do ensino fundamental de uma escola específica faz o uso das TICs na sala de aula. Por meio de um questionário com perguntas de múltiplas escolhas e descritivas concluímos que a escola ainda tem muito o que avançar em relação à era digital. Percebemos que alguns professores apresentam dificuldades em utilizar essas tecnologias e que a escola não disponibiliza de cursos de formação para a devida utilização dessas práticas.

Um ponto positivo a mencionar é que por mais que tenham desafios em razão da falta de infraestrutura e a própria dificuldade em utilizar algumas ferramentas por causa da escassez de formação, existem professores que não deixam de pesquisar e de participar de cursos onlines que promovem aperfeiçoamento. Além disso, na pesquisa a maior parte dos professores consideram importante o uso dessas ferramentas para o ensino e aprendizagem.

Sendo assim, a temática abordada apresenta uma gama de desafios e possibilidades muito amplas com sugestões de um melhor estudo de caso que auxiliem na pesquisa de políticas públicas e práticas pedagógicas que possam dar continuidade ao assunto.

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1Acadêmica do curso de especialização Informática da educação – Polo Apicum Açu Maranhão no Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão/IFMA.
2Orientador Docente voluntário do curso de especialização em Informática da Educação no Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão/IFMA. Mestre em História do Brasil. Formado em História e Pedagogia. Possui pós-graduação em Gestão, Supervisão e Docência do Ensino Superior.