GRAFT ON TOMATO IN PROTECTED CULTIVATION
PORTAINJERTO EN EL TOMATE EN CULTIVO PROTEGIDO
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202511302250
Gabriel Hideto Magalhães Iwai1
Eduardo Henrique Baltrusch de Gois2
RESUMO:
O objetivo deste estudo é analisar a utilização do portal enxerto no tomate em cultivo protegido, estratégia de manejo da murcha bacteriana. trata-se de uma revisão integrativa. Buscamos estudos em SciELO, periódicos CAPES e google scholar, entre 2010 e 2025, em português, inglês e espanhol; Incluímos textos com fc em porta enxerto e excluímos duplicatas e itens fora do tema; Os achados foram organizadas em adaptação de genótipos, custos de mudas enxertada e a aceitação por produtores. Na literatura apresentada evidências atualizadas que auxiliam no planejamento de cultivo protegido do tomate.
Palavras-chaves: bactéria histopatológicas; cultivo protegido, porta enxerto; resistência; tomateiro
ABSTRACT:
The objective of this study is to analyze the use of grafting rootstock in tomato under protected cultivation as a strategy for managing bacterial wilt. This is an integrative review. We searched for studies in SciELO, CAPES journals, and Google Scholar, between 2010 and 2025, in Portuguese, English, and Spanish; we included texts with research on grafted rootstock and excluded duplicates and items off-topic. The findings were organized into genotype adaptation, costs of grafted seedlings, and acceptance by producers. The presented literature provides updated evidence that aids in planning protected tomato cultivation.
Keywords: histopathological bacteria; protected culture, grafted rootstock; resistance; tomato plant
RESUMEN:
El objetivo de este estudio es analizar la utilización del portal injerto en el tomate en cultivo protegido, como estrategia de manejo de la marchitez bacteriana. Se trata de una revisión integrativa. Buscamos estudios en SciELO, revistas de CAPES y Google Scholar, entre 2010 y 2025, en portugués, inglés y español; Incluimos textos con FC en portainjerto y excluimos duplicados y artículos fuera del tema; Los hallazgos se organizaron en adaptación de genotipos, costos de plántulas injertadas y aceptación por parte de los productores. En la literatura presentada se muestran evidencias actualizadas que ayudan en la planificación del cultivo protegido del tomate.
Palabras Claves: bactérias histopatológicas; cultivo protegido, injerto de portal; resistência; tomate
1. INTRODUÇÃO:
Este estudo aborda o uso do porta enxerto no cultivo da cultura do tomate em ambiente protegido, com foco em resistência à murcha bacteriana – Ralstonia solanacearum, em redes que utilizam plataforma educacionais no período de 2010- 2025. A temática é relevante porque o tomate é uma das hortaliças mais cultivadas no mundo e no brasil, especialmente em contextos que a doença representa um dos principais fatores limitantes da produção do tomate em ótimo estado para comercialização.
O estudo se justifica pela necessidade de alternativas sustentáveis ao uso de defensivos químicos, produtos biológicos e o porta enxerto. Espera-se reduzir perdas de produtividade, aumentar a longevidade econômica e o cultivo em ambiente protegido.
Historicamente, a murcha bacteriana tem sido de difícil controle, devido a resistência do patogeno e sua constante permanência no solo. Ao longo do tempo, a técnica de enxertia reconduziu um novo manejo com medidas preventivas que se iniciou no Japão e depois em outros países que são produtores de hortaliças, em especial a cultura do tomate.
No cenário atual, são frequentes diversos híbridos de porta enxertos resistentes a essa doença, observam-se variações conforme a eficiente em diferente condição do solo, clima e estrutura de cultivo protegido.
Apesar dos avanços, o entendimento da aplicabilidade prática da enxertia permanece pouco explorada no Brasil, o que dificulta o combate à doença no tomateiro tanto em ambiente aberto quanto protegido onde a pressão da doença é mais elevada.
Pergunta de revisão: Quais evidências a literatura apresenta sobre o uso de porta enxerto na resistência à murcha bacteriana em tomateiro de cultivo em ambiente protegido? Objetivo geral : analisar as evidências disponíveis na literatura sobre a utilização de porta enxertos no manejo da murcha bacteriana em tomateiro em cultivo protegido.
Trata-se de uma revisão integrativa, cobrindo 2010-2025, em portugues, inglês e espanhol com busca em bases como scielo, Periódicos CAPES e google scholar. O artigo apresenta referencial teórico, métodos da revisão, resultado e discussão e considerações finais, com um quadro de evidências para apoiar decisões técnicas no cultivo do tomate de porta enxertos no manejo da murcha bacteriana – Ralstonia solanacearum em tomateiro sob cultivo protegido.
2. REFERENCIAL TEÓRICO:
2.1 Conceito centrais:
Porta enxerto é uma técnica agrícola, que consiste na união entre duas plantas, sendo uma delas, denominada porta enxerto ou portador do sistema radicular e outra o cavaleiro que é a parte aérea com característica comerciais realizando uma resistência na molécula da planta, essa prática, em especial na cultura do tomate – Solanum lycopergenos conferir resistência a patógenos de solo murcha bacteriana – Ralstonia solanacearum, porque irá melhorar a longevidade produtiva da planta.
A murcha bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum é entendida como uma das doenças mais severas em regiões tropicais e subtropicais, provocando o bloqueio dos vasos condutores e levando o sintomas de murcha irreversível, necrose e morte de planta. E um ambiente protegido a persistência da bactéria do solo e a alta viabilidade dificultam o controle convencional.
O Cultivo protegido, é entendido como uso de estufas ou túneis, procuram mais controle do ambiente de produção e permite intensificação dos ciclos produtivos. Contudo, esse sistema também favorece condições de alta umidade e temperatura, que podem aumentar a pressão da doença, reforçando a importância de estratégias como enxertia.
2.2 Diretrizes e documentos essenciais:
No Brasil, instituições como a EMBRAPA hortaliças destacam a enxertia como prática promissora no manejo e integração da murcha bacteriana, principalmente em sistemas intensivos e de alto valor agregado, como os cultivos protegidos. Documentos térmicos do Ministério da Agricultura (MAPA) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) também apontam que o uso de porta enxerto resistentes é uma das alternativas mais eficazes e ambientalmente seguras para reduzir perdas causadas por patógenos de solo.
Essas diretrizes reforçam que a enxertia não deve ser vista como solução isolada, mas integrada a outras práticas de manejo, como a rotação de culturas, a solarização do solo e uso de mudas sadias. Nesse contexto, os porta enxertos funcionam como uma barreira fisiológica contra o patógeno, ampliando a durabilidade e a produtividade do cultivo.
2.3 Estado da arte no recorte:
A literatura nacional e internacional tem demonstrado que o uso de porta enxerto no tomateiro é eficaz na redução da incidência da murcha bacteriana e na manutenção da produtividade em ambientes protegidos. Pesquisa recente aponta que híbridos específicos de porta enxertos apresentam maior resistência a R. solanacearum, prolongando o ciclo produtivo e reproduzindo a necessidade de replantio.
Além da resistência, observa-se impacto positivo na qualidade dos frutos e na estabilidade da produção ,especialmente em sistemas de cultivo intensivo . Contudo, a literatura também descreve variações nos resultados, influenciadas por fatores como o tipo de híbrido utilizado, as condições de solo, o manejo da irrigação e a pressão do patógeno.
Outro ponto recorrente é o custo da muda enxertada que embora mais elevada que a muda convencional, pode ser compensado pela redução das perdas e pela maior produtividade em longo prazo. Ainda mais, a adoção em larga escala por produtores brasileiros é limitada, sobretudo em pequenas propriedades, devido à necessidade de mão de obra especializada e investimento inicial.
2.4 Síntese integradora:
Em síntese, a literatura converge na ideia de que os porta-enxertos representam uma estratégia eficiente para reduzir os impostos da murcha bacteriana no tomateiro cultivado em ambiente protegido, contribuindo para maior segurança fitossanitária e estabilidade produtiva. Por outro lado, persistem variação relacionada à adaptação de genótipo às diferentes regiões de cultivo no Brasil, bem como desafios econômicos e de manejo prático.
Diante desse panorama, este estudo adota três categorias de análise que guardam a discussão:
C1- Resistência à murcha bacteriana: efeito direto dos porta enxerto no controle da doença;
C2 – Produtividade e qualidade influência do enxerto no rendimento e nas característica comercial dos frutos;
C3 – Custos e limitações: barreiras econômicas e operacionais que dificultam a adoção da técnica.
3. MATERIAIS E MÉTODOS:
3.1 Tipos de revisão e protocolo:
Esta é uma revisão integrativa, voltada a mapear e analisar sobre o uso de porta-enxertos no manejo da murcha bacteriana – Ralstonia solanacearum em tomateiro de cultivo protegido. Não houve registro de protocolo em plataforma aberta.
3.2 fontes de informação:
Consultaram-se bases bibliográficas e outras fontes da literatura: SCIELO, Periódicos CAPES, Google acadêmico, biblioteca Digital de tese e Dissertações (BDTD) repositório de tese/Dissertação: buscas foram realizadas em junho – setembro de 2025.
3.3 Estratégia de busca:
As buscas utilizam palavras-chave simples combinando porta enxerto no tomate em cultivo protegido em estratégia de manejo contra a murcha bacteriana , com aspas para expressões e poucos operadores. Consultaram-se bases bibliográficas como SCIELO, Periódicos CAPES e google scholar. Aplicaram-se os filtros 2010-2025 e em português, espanhol e inglês, preservando clássicos anteriores apenas quando indispensáveis. Strings básicos:
PT: “tomate” – “porta enxerto” – “enxerto”
EN: “tomato” – “grafting” – “rootstock”
ES: “tomate” – “portainjertos” – “injerto”
3.4 Critérios de inclusão e exclusão:
Inclusão estudo que trata do uso de porta enxerto no manejo do tomate contra a murcha bacteriana, revisados por partes, tese, dissertação e documentos técnicos pertinentes, disponibilidade do texto completo. Exclusão: Duplicada, literatura opinativa sem evidência, contextos fora do âmbito definido, materiais sem aderência a pergunta da revisão.
3.5 Processo de seleção:
Realizou- se triagem em leitura de título, leitura de resumo, leitura de texto completo, registrado-se motivos de exclusão que foram registrados em planilhas próprias.
3.6 Extração de dados:
Os dados foram organizados em planilha com autor/ano, objetivo, método, contexto/ nível, principais achados, licitações.
3.7 Métodos da síntese:
Empregou-se sintese temáticos analitica, com condificação inicial e agrupamento em 3 categoria:
C1: Resistência à murcha bacteriana;
C2: Produtividade e qualidade;
C3: Custos e limitações.
3.8 quadros de síntese dos estudos incluindo:
Quadro 1: Estudos incluídos e principais achados
| Autor/Ano | Objetivo | Método/Tipo | Contexto/Nível | Achados Principais |
| Santana (2021) | Avaliar diferentes porta enxertos em tomateiros | Experimental | Cultivo protegido, UFRB | Porta-enxertos híbridos reduziram em até 80% a incidência da murcha bacteriana, mantendo produtividade estável |
| Melo et al. (2019) | Testar resistência de porta enxertos comerciais | Experimental | Estufa agrícola, Brasil | Redução da doença e maior durabilidade do cultivo; diferenças entre híbridos |
| Santos et al. (2021 | Revisar estratégias de enxertia em solanáceas | Revisão | Literatura científica | Enxertia como alternativa sustentável; limitações no custo da muda |
4. RESULTADO E DISCUSSÃO
4.1 Caracterização do corpus
Foram incluídos vários estudos (não quantificados explicitamente) publicados na década de 1.980 – 2.022, com maior concentração em décadas mais recentes 2.000 – 2.015. Predominaram abordagens experimentais com uso de porta-enxertos e também revisões bibliográficas, publicados em periódicos científicos, livros, manuais técnicos e relatórios institucionais.
Tabela 1 – Distribuição dos estudos por ano


Tabela 2 – Tipos de fontes/periódicos

4.2 Categorias Temáticas
A síntese foi organizada em:
C1 – Resistência à murcha bacteriana
A utilização de porta-enxertos em tomateiros tem mostrado uma alternativa mais eficiente no controle da murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum). Essa técnica permite associar a parte aérea de plantas a sistemas radiculares mais resistentes, proporcionando maior tolerância ao patógeno. Estudos relatam que solos com alta infestação, o porta-enxerto garante a redução de perdas e possibilitando o cultivo em áreas anteriormente inviáveis. A resistência observada decorre da barreira física e fisiologia oferecida pelo porta-enxerto, além da indução de mecanismos de defesa que limita o avanço da bactéria.
C2 – Produtividade e qualidade
Promove ganhos significativos na produtividade, pesquisas indicam aumentos de 30% a 50% na produção, com frutos de maior calibre e uniformidade em relação aos cultivos convencionais. O vigor do sistema radicular e a maior eficiência na absorção de água e nutrientes favorecem o crescimento e o enchimento dos frutos resultando em rendimentos e qualidades superiores. Entretanto, a técnica altera as características, como a textura e o teor de sólidos solúveis, caso haja incompatibilidade entre enxerto e porta-enxerto.
C3 – Custos e limitações
Apesar de muitas vantagens, a técnica de enxertia apresenta muitas limitações econômicas e operacionais, o principal fator é o custo elevado das mudas enxertadas, que exigem sementes hídricas e mão de obra especializada para essa operação. Para pequenos produtores, essa prática pode ser inviável sem apoio técnico ou acesso a viveiros especializados, embora o investimento seja compensado pelo aumento da produtividade em áreas afetadas. Além disso, a resistência conferida não é absoluta variando conforme as condições ambientais e as cepas da bactéria, o que reforça a necessidade de manejo integrado e escolha criteriosa do porta-enxerto.
4.3 Quadro de síntese
Quadro 1 – Estudos incluídos e principais achados
| Autor/Ano | Objetivo | Método/Tipo | Contexto/Nível | Achados Principais |
| Santana (2021) | Avaliar diferentes porta enxertos em tomateiros | Experimental | Cultivo protegido, UFRB | Porta-enxertos híbridos reduziram em até 80% a incidência da murcha bacteriana, mantendo produtividade estável |
| Melo et al. (2019) | Testar resistência de porta enxertos comerciais | Experimental | Estufa agrícola, Brasil | Redução da doença e maior durabilidade do cultivo; diferenças entre híbridos |
| Santos et al. (2021 | Revisar estratégias de enxertia em solanáceas | Revisão | Literatura científica | Enxertia como alternativa sustentável; limitações no custo da muda |
4.4 Discussão integradora
Os achados convergem em que a técnica de enxertia em tomateiros é eficiente para o controle da murcha bacteriana e pode aumentar a produtividade e divergem ao impacto da técnica na qualidade dos frutos, havendo variações no sabor, textura e composição química, possivelmente por diferenças nos porta-enxertos, condições ambientais e compatibilidade entre enxerto e copa. Persistem na durabilidade da resistência em diferentes cepas de Ralstonia solanacearum e a viabilidade econômica da técnica em pequenas propriedades, indicando a necessidade de novos experimentos ao longo prazo e análise de custo benefício regionalizadas. Implicações: fortalecimento da extensão rural, capacitação técnica de produtores e diretrizes públicas que incentivam o uso sustentável da enxertia em programas de manejo integrado de doenças no tomateiro.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
P1 – Síntese do propósito e do escopo
Este artigo teve por objetivos analisar a utilização da técnica de porta-enxerto em tomateiros como alternativa de controle a murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum), considerando a produção agrícola brasileira, especialmente em ambientes que possuem histórico de doenças do solo e o período de 1.980 a 2.022. A revisão de literatura permitiu organizar as evidências sobre a eficiência agronômica, os ganhos de produtividade e as limitações financeiras perante a essa técnica, oferecendo um panorama atualizado para o manejo integrado de doenças e melhorar a produção do tomate no Brasil.
P2 – Principais achados por categorias (C1 – resistência à murcha bacteriana)
No que se refere a C1 – resistência à murcha bacteriana, observou-se que os padrões de eficiência da enxertia como medida de controle biológico e físico da bactéria Ralstonia solanacearum. Em geral, essa técnica mostrou resultados consistentes na redução da doença e na manutenção do vigor das plantas, ainda que condições como o tipo do solo, tipo da cepa e a compatibilidade entre o enxerto e o porta-enxerto influencie os resultados. Destaca-se que a resistência é favorecida pela combinação de genótipos de tomateiro com espécies do gênero Solanum.
P3 – Principais achados por categorias (C2 – produtividade e qualidade)
Quanto à C2 – produtividade e qualidade, os estudos apontam que a técnica do porta-enxerto contribui para o aumento do rendimento e a estabilidade produtiva especialmente em áreas afetadas por doenças do solo. Esse conjunto sugere que as plantas enxertadas apresentaram maior absorção de nutrientes, crescimento vegetativo e calibre de frutos, embora as condições ambientais e a escolha inadequada do porta-enxerto possam gerar alterações na qualidade sensorial e química dos frutos.
P4 – Principais achados por categorias (C3 – custos e limitações)
Em C3 – custos e limitações, emergem barreiras econômicas e técnicas para adoção generalizada da enxertia, tais como o custos das mudas, a necessidade de mão de obra especializada e o aumento das áreas infectadas. Tais fatores limitam a efetividade das ações em reduzir a eficácia da técnica, exigindo manejo integrado e acompanhamento técnico contínuo e ajudam a explicar variações observadas nos estudos.
P5 – Convergências, divergências e interpretação
Os achados convergem em técnicas de enxertia em tomateiros representa uma alternativa agronomicamente eficiente e sustentável para o controle da murcha bacteriana, indicando a consolidação dessa prática como estratégia de manejo integrado de doenças do solo e de fortalecimento da produção agrícola nacional; divergem em impactos enxertia na qualidade dos frutos e na viabilidade econômica da adoção por pequenos produtores, possivelmente por diferentes metodologias, variação nas espécies de porta-enxerto utilizadas, condições ambientais e escalas de produção analisadas. Em termos interpretativos, os resultados reforçam o papel da inovação técnica no manejo sustentável das culturas, mas também evidenciam a necessidade de políticas agrícolas e capacitação técnica que ampliem acesso a tecnologia de enxertia, aproximando o conhecimento científico das práticas no campo.
P6 – Implicações práticas e para a formação/políticas
Do ponto de vista aplicado, os resultados informam técnicas agrícolas, pesquisadores e gestores de produção sobre critérios e rotinas recomendadas para o uso de porta-enxertos no manejo da murcha bacteriana, reforçando a importância de selecionar combinações compatíveis entre enxerto e porta-enxerto, adequadas às condições de solo e clima. Para a formação docente, sugerem a competência voltadas a identificação de patógeno de solo, escolha racional de materiais genéticos e aplicação de métodos sustentáveis de cultivo, utilizando recursos e instrumentos de capacitação; para políticas e documentos institucionais, indicam diretrizes voltadas à difusão tecnologia de enxertia, incentivos econômicos para pequenos produtores e registro de protocolos técnicos que assegurem a rastreabilidade e eficiência das práticas adotadas.
P7 – Contribuições, limitações e transferibilidade
Como contribuição, este estudo sistematiza evidências científicas e práticas agronômicas sobre uso de porta-enxertos em tomateiros como estratégias de manejo sustentável da murcha bacteriana, oferecendo um guia de referências técnica alinhado às pesquisas de melhoramento genético e sanidade vegetal. As principais limitações decorrem de escopo temporal da revisão, restrita a publicações entre 1.980 e 2.022 e da heterogeneidade metodológica dos estudos analisados; a transferibilidade dos achados é condicionada a realidade agrícola de cada região , sendo mais viável em propriedades com suporte técnico em pequenas produções familiares ou em contextos de baixa infraestrutura agrícola.
P8 – Agenda de pesquisa e fecho
Persistem lacunas relacionadas a durabilidade da resistência conferida pelos porta enxertos, como a influência de diferentes genótipos e condições edafoclimáticas na eficácia do controle da murcha bacteriana, indicando a necessidade de uma agenda de pesquisa que amplie os experimentos de campo, teste novas combinações de enxertos e porta enxertos e avalie os impactos econômicos da técnica em distintos contextos produtivos. “Os achados convergem em que a enxertia é uma alternativa eficiente e sustentável de manejo da murcha bacteriana, divergem quanto a sua aplicabilidade econômica para pequenos produtores e aos efeitos sobre a qualidade dos frutos em função das condições e dos métodos utilizados. Recomenda-se o fortalecimento de políticas de incentivo e de programas de extensão rural, além do desenvolvimento de linhas de investigação voltadas à seleção de porta-enxertos nacionais e a avaliações e apoio de manejo sustentável na tomaticultura brasileira.”
6. REFERÊNCIAS
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1Aluno da Faculdade Cristo Rei
2Professor da Faculdade Cristo Rei
