OS EFEITOS DA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA NA MODERNIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PARÁ

THE EFFECTS OF THE USE OF TECHNOLOGY IN THE MODERNIZATION OF THE MILITARY POLICE OF PARÁ

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11507942


Charles Felix da Silva[1]
Francisco Cilomar Freitas Veigas[2]
Felipe Gomes da Conceição[3]
Marcos Antônio dos Santos Lima[4]


Resumo

Como instituição responsável pela segurança pública, a polícia militar desempenha um papel fundamental na proteção da população e na manutenção da ordem social. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um estudo sobre os efeitos da utilização da tecnologia na modernização da polícia militar do Estado do Pará. A metodologia utilizada no estudo foi uma revisão de literatura, no qual foram baseados em livros e artigos científicos de diversas áreas referentes ao tema. Como resultados observou-se que a incorporação de ferramentas tecnológicas avançadas, como sistemas de monitoramento por câmeras, softwares de gestão de ocorrências e dispositivos móveis para comunicação, tem transformado a maneira como a PM paraense atua no combate ao crime e na proteção dos cidadãos. Como conclusão ressalta-se, que a modernização tecnológica da Polícia Militar do Pará tem mostrado ser uma estratégia valiosa para enfrentar os desafios contemporâneos da segurança pública. Ao adotar e integrar novas tecnologias, a PM paraense está mais bem equipada para proteger e servir a população, promovendo um ambiente mais seguro e preparado para responder às necessidades de uma sociedade em constante transformação.

Palavras-chave: Polícia Militar. Tecnologia. Segurança Pública.

1 INTRODUÇÃO

A modernização das forças de segurança pública é uma necessidade cada vez mais urgente em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos. No estado do Pará, por exemplo, a Polícia Militar ao longo dos anos tem adotado diversas ferramentas tecnológicas para aprimorar suas operações, com efeitos notáveis na eficiência, transparência e eficácia de suas atividades (SOARES, 2024).

Uma das áreas mais beneficiadas pela tecnologia é a capacidade de resposta da Polícia Militar. Com a implementação de sistemas de monitoramento por câmeras, os centros de controle e comando podem acompanhar em tempo real o que acontece em áreas críticas, permitindo uma mobilização rápida e direcionada das unidades policiais. O uso de drones também tem sido uma inovação crucial, fornecendo uma visão aérea detalhada e segura de operações e áreas de difícil acesso (CABANAS, 2020).

Outra frente de modernização é a análise de dados. Softwares avançados permitem a coleta e a análise de grandes volumes de informações, identificando padrões de criminalidade e auxiliando na previsão de ocorrências. Essas ferramentas são essenciais para o planejamento estratégico, permitindo que a Polícia Militar aloque recursos de forma mais eficiente e desenvolva operações preventivas mais eficazes (COGO, 2023).

A comunicação entre os agentes de segurança é fundamental para o sucesso das operações. A introdução de dispositivos móveis seguros e redes de comunicação criptografadas melhorou significativamente a coordenação das ações policiais, isso não apenas aumenta a segurança dos policiais, mas também melhora a eficácia das operações, garantindo que as informações cruciais sejam compartilhadas rapidamente e de forma confiável (DEVI; FRYER, 2020).

A tecnologia também tem desempenhado um papel vital na promoção da transparência e accountability dentro da corporação. O uso de câmeras corporais, por exemplo, registra as interações entre policiais e cidadãos, proporcionando uma documentação precisa das operações e das abordagens, esses registros são valiosos tanto para a avaliação de procedimentos quanto para a proteção dos direitos dos cidadãos, ajudando a construir uma relação de confiança entre a polícia e a comunidade (FREITAS, 2023).

Apesar dos inúmeros benefícios, a modernização tecnológica traz desafios significativos. A capacitação contínua dos policiais é crucial para garantir que eles estejam preparados para utilizar as novas ferramentas de maneira eficaz e segura, o que implica em investimentos constantes em treinamento e atualização de conhecimentos. Além disso, a infraestrutura tecnológica deve ser mantida e atualizada, exigindo recursos financeiros e logísticos substanciais (FERREIRA et al., 2020).

A utilização da tecnologia na modernização da Polícia Militar do Estado do Pará tem produzido efeitos profundos e positivos. As melhorias na capacidade de resposta, na análise de dados, na comunicação e na transparência são evidentes, refletindo-se em uma maior eficiência e eficácia das operações de segurança pública.

No entanto, para que esses avanços sejam sustentáveis, é imprescindível um compromisso contínuo com a capacitação dos policiais e a manutenção da infraestrutura tecnológica. Assim, a Polícia Militar do Pará estará cada vez mais preparada para enfrentar os desafios contemporâneos e proteger a sociedade com eficiência e responsabilidade (EILBERG et al., 2021).

Diante disso, o trabalho possui a seguinte problemática: de que forma a inserção da tecnologia tem contribuído para modernização do trabalho do polícia militar do Estado do Pará?

Assim, justifica-se a realização da presente pesquisa por compreender as relevâncias do tema, visto que, conhecer a polícia comunitária no Estado do Pará é importante, evidenciando suas principais e conquistas perante a sociedade.

Portanto, o presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um estudo sobre os efeitos da utilização da tecnologia na modernização da polícia militar do Estado do Pará.

2 METODOLOGIA

Foram consultadas bases de dados acadêmicos como, Scopus, Web of Science e Google Scholar para identificar artigos científicos relevantes publicados em revistas especializadas. Além disso, foram consultadas fontes governamentais, como relatórios oficiais da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará e documentos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para obter dados estatísticos em relação aos efeitos da utilização da tecnologia na modernização da polícia militar do estado do Pará.

Diante disso, foram utilizadas palavras-chave relacionadas ao tema, como “Polícia Militar”, “Tecnologia” “Prevenção de Crime”, “Combate ao Crime”, “Segurança Pública”, “Estado do Pará”, entre outras, combinadas com operadores booleanos (AND, OR) para refinar a busca e encontrar estudos relevantes.

Os critérios de inclusão para seleção dos artigos foram relevância para o tema, foco na atuação dos efeitos da utilização da tecnologia na modernização da polícia militar do estado do Pará, publicações recentes (últimos 05 anos), artigos revisados por pares e disponibilidade integral do texto.

Os dados relevantes foram extraídos dos artigos selecionados, incluindo informações sobre estratégias de policiamento, programas de prevenção de crime, indicadores de criminalidade, eficácia das ações da Polícia Militar, entre outros.

Os resultados foram sintetizados e organizados, sendo identificados os principais desafios enfrentados e as estratégias eficazes adotadas pela instituição. Com base nos resultados da revisão, foram apresentadas considerações finais sobre a polícia comunitária e suas estratégias da PM para a construção de uma relação positiva com a sociedade paraense, bem como recomendações para políticas públicas e futuras pesquisas na área.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

 A instituição do estado democrático de direito, conforme estabelecido na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, foi um catalisador para a criação do modelo de policiamento adotado no país. Nesse contexto, como parte integrante do processo de persecução criminal, as Polícias Militares tiveram que ajustar seus padrões de conduta para se alinharem às novas garantias e direitos individuais (ALVES, 2021; NAKASHIMA, 2024).

Naquele período, conhecido como a grande reforma policial, de acordo com Junior e Santos (2022), trouxe diversas contribuições, incluindo o fortalecimento da abordagem científica na análise dos problemas de segurança pública.

Nesse contexto, a ampla gama de tecnologias disponíveis tem apresentado desafios na gestão das atividades policiais tradicionais. Esse volume de dados surge como uma possível e significativa mudança na prevenção criminal deste século, semelhante ao impacto que o rádio e o carro patrulham tiveram nas dinâmicas de policiamento no século passado (EILBERG; ALBUQUERQUE; DUTRA, 2021; OLIVEIRA & LOPES, 2022).

Esses grandes volumes de dados, quando incorporados nas instituições de policiamento, geram rearranjos institucionais e sociais nas estratégias de ação, nos imaginários sociais dos atores institucionais e na relação entre a polícia e a comunidade.

Dessa forma, o policiamento preditivo surge dentro do contexto do Big Data, onde métodos de mineração de dados são empregados para identificar correlações entre resultados criminais (outcome) e uma variedade de dados sociais coletados que são inseridos no sistema (input), como localização e informações comerciais, por isso, por meio da análise desses dados, busca-se prever crimes, resultando em uma fusão de informação tecnológica, teoria criminológica e algoritmos preditivos (EILBERG, ALBUQUERQUE & DUTRA, 2021; SAISSE, 2020).

Alves (2021) destaca que, embora reconheça que a experiência policial ofereça uma base para que os fatores e variáveis envolvidos no planejamento do emprego operacional sejam avaliados e resolvidos de forma instantânea, surge a questão de até que ponto essa experiência resulta em eficácia ou erro na resposta a cada variável.

É possível resolver as variáveis utilizando opções já parametrizadas? Além disso, será que o valor de uma variável pode condicionar o valor de outra, que por sua vez influenciará uma terceira?

Nesse contexto, segundo Kim (2022), a singularidade das decisões produzidas pela Inteligência Artificial reside no fato de que elas não são afetadas por influências externas, o que as torna mais racionais. Assim, as soluções resultantes podem superar a limitação humana no processamento dos dados e informações disponíveis.

O PredPol, sigla para Policiamento Preditivo, é uma iniciativa concebida em parceria entre o Departamento de Polícia de Los Angeles e a UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), com o intuito de explorar o uso de dados do CompStat. Em suma, o PredPol é empregado para posicionar os oficiais de polícia nos locais e momentos apropriados, visando prevenir problemas (SAISSE, 2020).

O PredPol tem sua estrutura fundamentada em arquitetura em nuvem, sua concepção envolveu a colaboração de matemáticos e cientistas da UCLA e da Universidade de Santa Clara, com o objetivo de avaliar uma vasta gama de dados e modelos comportamentais e preditivos. O desenvolvimento contou com a participação de analistas criminais, além de oficiais dos Departamentos de Polícia de Los Angeles e de Santa Cruz (SAISSE, 2020).

Após as pesquisas realizadas, tornou-se possível antecipar locais e horários potenciais de crimes respondendo a três perguntas: “Qual é o tipo de crime?”, “Onde ocorrerá?” e “Quando?” De acordo com informações dos desenvolvedores do PredPol, a plataforma atual representa um investimento significativo, envolvendo mais de 70 anos de pesquisa em análise, modelagem e desenvolvimento de nível de doutorado.

Ele foi testado e validado em dezenas de departamentos policiais de diversos tamanhos em vários países ao redor do mundo, utilizando apenas três pontos de dados para previsões: “o quê?”, “onde?” e “quando?”, mas não “quem?” (SAISSE, 2020).

O PredPol não faz uso de informações pessoais sobre indivíduos ou grupos, eliminando qualquer ameaça à liberdade pessoal e preocupações de perfilagem, o que incentiva a adoção da estratégia policial preditiva, possibilitando uma maior proximidade com parceiros e comunidades em áreas suscetíveis a crimes (SAISSE, 2020).

No ano de 2019, o Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentou durante o Seminário de Boas Práticas em Tecnologia da Informação para Segurança Pública uma plataforma baseada em Inteligência Artificial e Big Data. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFCE) e inspirada em estratégias eficazes adotadas em Fortaleza, essa ferramenta visa integrar dados em larga escala para ajudar na formulação de políticas públicas contra a criminalidade, organizações criminosas e corrupção (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICOS, 2019).

Na realidade prática, os agentes de segurança terão a capacidade de acompanhar ocorrências em todo o país, buscar informações e antecedentes criminais de suspeitos, monitorar veículos roubados, combater o tráfico em regiões de fronteira e agir de forma rápida na prevenção de assaltos e homicídios (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICOS, 2019.)

Com um aporte financeiro de aproximadamente R$ 32 milhões distribuídos ao longo de quatro anos em infraestrutura digital, este empreendimento marca um avanço significativo no emprego de tecnologia e ciência de dados em larga escala e alta velocidade para alcançar resultados positivos na segurança pública (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICOS, 2019).

Embora todos os eixos desse programa estejam ligados à operação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), neste estudo, o foco recai apenas sobre o eixo “Polícia 4.0”. Este eixo é considerado uma estratégia para empregar um conjunto de tecnologias e digitalizar a PMMG, visando criar processos mais ágeis, autônomos e eficientes, aprimorando a utilização dos recursos disponíveis (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICOS, 2019).

Este eixo é constituído por quatro projetos que refletem o conceito da estratégia de utilização das tecnologias, seja para melhorar os sistemas já em vigor na instituição, seja para adquirir novas tecnologias.    

Desde o início da gestão e aproveitando o avanço tecnológico global, várias medidas vêm sendo implementadas,  isso inclui não apenas iniciativas de interação com o público, como o lançamento da Iara, uma assistente virtual para o Disque Denúncia, a digitalização do sistema de rádio e a ampliação das opções de registro de ocorrências na delegacia virtual, mas também o aprimoramento das ferramentas utilizadas pela tropa no dia a dia, como as inteligências artificiais integradas aos sistemas (SOARES, 2023).

Os sistemas IRIS (Integração de Registros para Identificação de Suspeitos) e Sentinela são apenas alguns dos exemplos das ampliações realizadas pela SEGUP. Essas transformações englobam desde a integração dos sistemas de segurança pública até a obtenção de ferramentas para análise de crimes tecnológicos (SOARES, 2023).

Considerando as novas aquisições feitas por meio das inteligências, os equipamentos que permitem investigações por meio do monitoramento de câmeras com reconhecimento facial e de placas têm sido intensamente utilizados. Essa utilização em conjunto com nossa tropa tem gerado resultados satisfatórios, e até surpreendentes em alguns casos, como exemplificado pelo aumento do número de prisões com a expansão do sistema de câmeras e a implementação de inteligências artificiais nelas (SOARES, 2023).

A intenção é explorar cada vez mais o mercado das novas tecnologias, trazendo o que há de mais moderno no mundo para a atuação no Pará.

Na Polícia Civil, a Delegacia Virtual foi dividida em seções para proporcionar um atendimento especializado a crimes de violência doméstica, oferecendo abas específicas para o registro desses casos. Dessa forma, a plataforma dentro da Delegacia Virtual permite que as mulheres façam denúncias, fornecendo dados pessoais, tipo de violência sofrida, informações sobre o agressor e o crime, bem como o local e endereço.

Com o aumento do número de ocorrências, as pessoas se sentem mais à vontade para denunciar. No futuro, será possível cruzar esses dados conforme as necessidades da área operacional. Além disso, a lei estadual que obriga síndicos e administradores de condomínios a fazerem denúncias também contribui para o aumento das notificações (SOARES, 2023).

A adoção de tecnologia nos processos administrativos está acelerando as investigações. A realização de audiências por videoconferência não só economiza tempo e despesas de deslocamento, como também torna os processos mais rápidos, pois as comissões não precisam se deslocar para o interior para coletar depoimentos (SOARES, 2023).

A Polícia Militar utiliza várias ferramentas digitais, incluindo aquelas destinadas ao contingente interno, desenvolvidas pela própria instituição. Um exemplo é o SIGPOL, que permite o cadastro e a gestão de recursos humanos dos policiais militares, além de atividades administrativas e operacionais (SOARES, 2023).

Está previsto também que o SIGPOL será substituído pelo Gestor Web, que contará com a implementação de novas funcionalidades. Atualmente, já estão em funcionamento os módulos SEP (CPP e CPO), que lidam com as promoções de policiais; Jornadas, para registros de trabalho extraordinário; e junta, responsável pelas fichas médicas dos policiais (SOARES, 2023).

Outro aplicativo, o Identidade, possibilita a identificação para acessar alguns serviços, como Busca Veicular, SOS PM, Pop e Legislação. Por sua vez, o PM + Forte é utilizado para gerenciar escalas de serviço, registrar faltas, agilizar o processo de serviço extraordinário e efetuar o pagamento de jornadas extraordinárias (SOARES, 2023).

Conforme destacado por Lopes (2023), a Segurança do Estado do Pará tem investido no primeiro Centro Integrado de Comando e Controle Regional, localizado em Marabá. Além disso, foi implementado o Sistema “Alerta Pará Escola” (Figura 2), com o propósito de oferecer uma resposta mais rápida a ocorrências e chamados no ambiente escolar.

                                              Figura 1 – Sistema

                                                              Fonte: Lopes (2023)

Ainda dando continuidade nos projetos, no ano de 2024, foram instalados totens de segurança pública no Estado. No total, 50 equipamentos foram distribuídos nas cidades de Belém, Ananindeua (Região Metropolitana), Altamira, Marabá e Santarém (PMPA, 2024)

Essa iniciativa faz parte do projeto “Cidades Inteligentes”, fortalecendo a colaboração com os municípios para aprimorar as ações preventivas de segurança pública, isso é alcançado por meio do uso extensivo de tecnologia, incluindo recursos de inteligência artificial.

Os Totens foram instalados em locais estratégicos das cidades selecionadas, levando em conta critérios como alta visibilidade e circulação pública. Isso visa assegurar maior rapidez no atendimento de ocorrências de urgência e emergência, além de facilitar a disseminação de informações estratégicas na área onde o equipamento está localizado (PMPA, 2024)

Figura 2 – Totens

Fonte: (PMPA, 2024)

Portanto, entende-se a relevância de mais equipamentos de tecnologia para que se possa estar cada vez mais acima em termos de segurança pública do que se tem anteriormente.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização da tecnologia na modernização da Polícia Militar do Estado do Pará tem gerado efeitos significativos na eficácia e eficiência das operações de segurança pública. A incorporação de ferramentas tecnológicas avançadas, como sistemas de monitoramento por câmeras, softwares de gestão de ocorrências e dispositivos móveis para comunicação, tem transformado a maneira como a PM paraense atua no combate ao crime e na proteção dos cidadãos.

Uma das principais vantagens observadas é a melhoria na capacidade de resposta e na tomada de decisão. Com acesso a informações em tempo real, os policiais podem agir de maneira mais rápida e precisa, aumentando a probabilidade de sucesso nas operações e reduzindo os índices de criminalidade. Além disso, o uso de tecnologias de análise de dados permite a identificação de padrões criminais e a implementação de estratégias preventivas mais eficazes.

A modernização tecnológica também tem contribuído para a transparência e a accountability dentro da corporação. Ferramentas de monitoramento e registro eletrônico de atividades policiais asseguram que as ações sejam documentadas e auditáveis, promovendo uma cultura de responsabilidade e ética, o que reforça a confiança da população na polícia, essencial para a construção de uma relação de colaboração e respeito mútuo.

Apesar dos benefícios, a adoção de novas tecnologias traz consigo desafios importantes, a capacitação contínua dos policiais é fundamental para garantir que as ferramentas sejam utilizadas de maneira eficiente e segura. Além disso, é necessário um investimento contínuo em infraestrutura e manutenção tecnológica para assegurar que os sistemas permaneçam atualizados e funcionais.

Portanto, a modernização tecnológica da Polícia Militar do Pará tem mostrado ser uma estratégia valiosa para enfrentar os desafios contemporâneos da segurança pública. Ao adotar e integrar novas tecnologias, a PM paraense está mais bem equipada para proteger e servir a população, promovendo um ambiente mais seguro e preparado para responder às necessidades de uma sociedade em constante transformação.

REFERÊNCIAS

ALVES, Marcos César Rodrigues. Inteligência Artificial na prevenção criminal pelas Polícias Militares do Brasil. In: HAMADA, Hélio Hiroshi; MOREIRA, Renato Pires (org.). Gestão do Conhecimento e boas práticas na área de segurança pública. Catu: Bordô-Grená, 2021

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[1] 1º Sargento da Polícia Militar do Estado do Pará. Graduado Tecnólogo em Segurança Pública. MBA em Segurança Pública. e-mail: sgtpmfelix2@hotmail.com

[2] 1º Sargento da Polícia Militar do Estado do Pará. Discente do Curso Superior Tecnólogo em Segurança Pública. e-mail: matheusnicolle@gmail.com

[3]  1º Sargento da Polícia Militar do Estado do Pará. Discente do Curso Superior Tecnólogo em Segurança Pública. e-mail: veigaspm@hotmail.com

[4]  1º Sargento da Polícia Militar do Estado do Pará. Discente do Curso Superior Tecnólogo em Segurança Pública. e-mail: veigaspm@hotmail.com