O PERFIL DE CONSUMO DAS CARNES CAPRINA E OVINA EM PETROLINA-PE E DESAFIOS PARA OS PRODUTORES LOCAIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11137536


Hellen Santiago Pereira1
Paulo Roberto Ramos2


RESUMO: A caprinovinocultura tem grande importância socioeconômica no Semiárido brasileiro. A carne produzida possui inúmeros benefícios, porém sua participação mercadológica é limitada. E produtores, mesmo cooperados, não possuem gestão de marketing eficaz.  Para vender mais, é preciso conhecer o consumidor. Portanto, o objetivo geral deste trabalho é investigar o perfil de consumo da carne caprina e ovina em Petrolina-PE e os principais desafios da cooperativa Sertão Forte. O método usado foi o Survey. Os entrevistados estão satisfeitos com a carne. A baixa frequência de consumo está relacionada ao preço julgado alto. Agregando-se valor ao produto, o preço se tornará mais justo. 

Palavras-Chave: Carne de bode, Mercado consumidor, Gestão de marketing.

1 – Introdução 

O último elo da cadeia produtiva é o consumidor (VOILA & TRICHES, 2015), logo, este precisa ser compreendido quando se pretende fortalecer e ampliar a participação de um produto no mercado. Entender os principais fatores que influenciam na decisão de compra e o perfil do consumo dá para a empresa uma vantagem competitiva e maior chance de ser bem-sucedida. 

Essa afirmação é válida para toda atividade mercadológica, inclusive para os empreendimentos da caprino-ovinocultura, atividade que no Nordeste brasileiro é importante nos âmbitos econômico e sociocultural, pois gera renda para pequenos produtores e favorece a permanência do homem no campo, conservando esta atividade produtiva para as gerações seguintes (BATISTA & SOUZA, 2015).

Com facilidade para a atuação em qualquer região do país, a caprinocultura traz excelentes produtos para a população. A carne caprina é saudável, com baixo teor de gordura e sabor diferenciado, sendo excelente para a culinária. Além disso, nas regiões onde a cadeia produtiva está devidamente organizada, normalmente, tem preço inferior ao da carne bovina (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2020).

Mas, mesmo tendo grande potencial de mercado, o consumo da carne caprina e ovina, sobretudo a nível de Brasil, continua baixo. No Nordeste, apesar da procura pelo produto ser maior, os produtores ainda alegam dificuldades em escoar sua produção. Os motivos para isso podem ser a falta de hábito de consumo por parte do público consumidor final e indisponibilidade de cortes mais apropriados para o preparo diário, como é comum com outros tipos de carne, tornando a ingestão da proteína caprina e ovina limitada a ocasiões específicas (ANDRADE apud LUCENA, 2018).

Dentre os produtores de carne caprina e ovina presentes no Vale do São Francisco está a Cooperativa Agropecuária Familiar Sertão Forte (COOAF) de Casa Nova-BA, que se enquadra como uma amostra significativa do pequeno criador local. No seu curto tempo de atuação, a Sertão Forte conquistou resultados positivos para seus cooperados, mas há a necessidade de ampliar o mercado, sobretudo na cidade vizinha, Petrolina-PE, maior município da região em número de habitantes e pib per capita (IGBE, 2021).

O crescimento mercadológico desejado pode ser alcançado através da compreensão do consumidor e seu padrão de consumo. Com esses conhecimentos em mãos, será possível traçar estratégias de marketing eficazes e específicas para o segmento de carnes caprina e ovina

O marketing é “a arte de descobrir oportunidades, desenvolvê-las e lucrar com elas” (KOTLER, 2000, p. 24) e é através dele, com ações que incluem cuidados com o produto, logística, preço e divulgação, que pequenos produtores poderão se destacar positivamente no mercado.

Nesse cenário, o objetivo geral deste trabalho é investigar o perfil de consumo da carne caprina e ovina em Petrolina-PE e os principais desafios da cooperativa Sertão Forte. A temática é relevante nos âmbitos acadêmico e gerencial. Ela contribuirá para a ampliação da literatura e norteará estratégias mercadológicas no ramo da caprinovinocultura. 

2 – Desenvolvimento 

2.1 – A caprinovinocultura e sua presença no Nordeste brasileiro

Há registros da domesticação de caprinos desde 7000 anos a.C.. Para a humanidade, eles eram fonte de alimento (carne e leite) e de proteção (lã). No Brasil, foi com a colonização dos Portugueses e Espanhóis que a criação de caprinos e ovinos teve início. E no Nordeste brasileiro, esses animais se adaptaram muito bem às condições da Caatinga, devido à sua rusticidade natural (CASTRO JÚNIOR, 2017).

Ao longo do tempo, a criação de caprinos e ovinos ganhou um viés comercial, abrangendo criação, manejo profilático, nutricional e reprodutivo e visando a otimização da produção e a oferta de produtos de qualidade para o mercado (ROVAI, 2017). São produtos dessa atividade produtiva: o leite e seus derivados; a pele e a lã; produtos secundários, como vísceras e similares, chifres e esterco; e a carne  (objeto deste estudo), podendo ser beneficiada na forma de linguiças, cortes de carnes frescas, salgadas e secas; (MONTEIRO, BRISOLA & VIEIRA FILHO, 2021).

Comercialmente, a carne abrange todos os tecidos comestíveis dos animais abatidos sob inspeção veterinária, incluindo músculos, com ou sem ossos, gorduras e vísceras, in natura ou processados (BOGSAN, 2016).

No Nordeste, a comercialização da carne de caprinos e ovinos é predominantemente exercida na agricultura familiar. Nessa região, a caprinovinocultura se destaca tanto pelo volume, quanto pela proporção de animais por habitante. O número de estabelecimentos criadores, chega a 236 mil para caprinos e 313 mil para ovinos, apresentando uma média de 23 caprinos e 20 ovinos por propriedade (dados de 2017).

Gráfico 1 – Número de caprinos e ovinos no Brasil

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE (2021)

Mesmo ficando à frente da segunda colocada no que diz respeito ao tamanho do rebanho e número de estabelecimentos criadores, o Nordeste fica atrás da região Sul no tocante ao desempenho econômico (MONTEIRO, BRISOLA & VIEIRA FILHO, 2021). A justificativa para isso é que no Nordeste, de modo geral, a produção é mais precária, com menos recursos tecnológicos, devido às limitações orçamentárias dos pequenos e médios produtores (ROVAI, 2017, p.10). 

Essa situação pode ser revertida através da capacitação e da organização dos produtores, sobretudo através de cooperativas. 

2.2 – A comercialização e consumo da carne caprina e ovina 

A comercialização é o conjunto de atividades realizadas por instituições com o objetivo de vender bens e serviços (CARVALHO, SANTOS & CARVALHO, 2015). Para os agricultores familiares ela ainda é o elo mais fraco da cadeia produtiva, muitas vezes pela inexistência de uma gestão empresarial e de marketing profissional. 

O consumo, por sua vez, é a conduta ativa do consumidor na aquisição racional e seletiva de produtos e serviços relacionados à satisfação de necessidades de subsistência e/ou de inclusão social e de autoestima (AGUIAR & NASCIMENTO, 2018). No contexto da comercialização das carnes caprina e ovina, o desafio para os produtores é entender o consumidor e despertar seu desejo de compra. 

“As estimativas do consumo per capita de carne ovina no Brasil não alcança 500 g/pessoa/ano. Enquanto a carne bovina, avina (frango) e suína, apresentam um consumo médio per capita de 35, 44 e 15 kg/pessoa/ano, respectivamente” (LUCENA, 2018, p. 6). Em países do primeiro mundo o consumo dessa proteína varia de 20 a 28 kg/pessoa/ano (CASTRO JÚNIOR, 2017). Ou seja, há um mercado bem vasto a ser conquistado pelos produtores. 

Uma forma de despertar o desejo do consumidor e consequentemente aumentar a demanda da carne, é através da ênfase nas suas vantagens. 

A carne produzida na caprinovinocultura é uma ótima opção no mercado crescente de alimentos mais saudáveis, pois elas têm alto valor proteico, baixos níveis de gordura, colesterol e calorias (QUEIROZ et al, 2021). Sendo, dentre as carnes mais consumidas no mundo, a que contém o menor teor de gordura, mostrando-se mais magra que a carne de frango (LUCENA, 2018). Além de ser muito saborosa. 

Até bem pouco tempo, o consumo da carne caprina e ovina era basicamente rural e em pequenas cidades do interior. Em pontos de vendas das grandes cidades é relativamente recente a oferta da carne caprina e ovina. Essa chegada a outros mercados aconteceu “devido ao desenvolvimento das práticas de manejo e adoção de novas tecnologias na criação, o que possibilitou aumento na produtividade e consequentemente uma expansão da caprinovinocultura no país” (Ibidem, p. 24).

Porém alguns fatores ainda limitam a comercialização da carne, entre eles estão: o “abate clandestino, o baixo padrão racial dos rebanhos, a irregularidade no fornecimento de carne e os elevados preços praticados no mercado” (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2020, p. 89). Além da forte concorrência de outros tipos de carne, cujo nível de industrialização é superior em relação a caprina/ovina.

O baixo poder aquisitivo de boa parte dos produtores dificulta a oferta de produtos diferenciados e de qualidade, pois “a produção de cortes comerciais exige o investimento em estrutura física adequada (…), devidamente autorizada pelo órgão de defesa sanitária (SILVA et. al, 2020, p. 30).

Outro aspecto que pode interferir no consumo ainda aquém da carne caprina, é o sabor e o odor relacionados à idade de abate do animal. Os especialistas recomendam que o abate seja feito em animais mais jovens, com até seis meses, pois estes apresentam maior valor comercial. Porém, a realidade, sobretudo entre os pequenos produtores nordestinos, é a comercialização de animais mais velhos. Estes por sua vez “apresentam carcaças inferiores, com maior percentual de gordura na carcaça, carne com textura rígida e baixa palatabilidade, sendo portanto, pouco aceita pelos mercados consumidores (OLIVEIRA NETO, 2016, p. 17). 

Nesse contexto de buscar a aceitação do consumidor, um caminho para o fortalecimento da comercialização das carnes caprina e ovina é certificação.  Pois ela representa a padronização da produção em busca da melhoria do produto e do uso racional dos recursos naturais, tornando o produto diferenciado em relação a outros similares (GUIMARÃES FILHO & SILVA, 2014). 

O produto da caprinocultura e seus benefícios precisam “ser plenamente conhecidos e respeitados (…) e, sobretudo, reconhecidos pelos consumidores, o que exige, também, concomitantes investimentos em marketing” (GUIMARÃES FILHO & SILVA, 2014, p. 141). Mas esses investimentos só darão resultados satisfatórios se amparados em uma gestão empresarial capacitada. 

O marketing pode ser entendido como o criador de oportunidades para conquistar novos consumidores e fortalecer a posição de um produto no mercado. Através de ações estratégicas e bem direcionadas, os produtores de carne caprina e ovina podem ampliar seus faturamentos destacando, para o público, os diferenciais da carne e as suas vantagens, impulsionando assim, o sucesso do negócio. 

Porém, isoladamente, dificilmente os pequenos produtores conseguirão ter ações de grande impacto. Por isso, organizar-se em cooperativa, pode ser a chance de resultados mais efetivos.  

2.3 – Cooperativismo agropecuário e atuação da Cooperativa Sertão Forte 

Em 1907, surgem as primeiras cooperativas do ramo agropecuário no Brasil, e desde então, elas se expandiram por todo o território nacional, contribuindo significativamente para as exportações e para o abastecimento do mercado interno (FARDINI, 2017). 

Cooperativas se configuram como agrupamentos autônomos de pessoas, que se unem por livre e espontânea vontade, com o objetivo de atender suas necessidades econômicas, sociais e culturais. Essa união se dá por meio de uma empresa de propriedade comum, onde a gestão é democrática e participativa (Ibidem).

Ao contrário dos empreendimentos tradicionais que visam o lucro, o cooperativismo prioriza a prestação de serviços aos seus membros, denominados cooperados. Essa distinção reside na ausência de busca por lucros exorbitantes, mas sim na busca por benefícios mútuos e no desenvolvimento da comunidade.

As cooperativas agropecuárias trazem contribuições para toda a cadeia produtiva de seus associados, desde as operações do fornecimento de insumos, classificação, armazenagem, processamento, até a comercialização dos produtos. Sempre objetivando agregar valor à produção e promovendo a inserção dos associados em mercados que antes eles não teriam acesso ou condições de atender (ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO BRASIL, 2019).

No semiárido, elas contribuem para a permanência do produtor em sua terra, desconstruindo o estigma de vitimização ligada à seca, buscando a redução das desigualdades sociais e defendendo que é possível conviver com as características climáticas da região (PAIVA, 2019).

Dentre as cooperativas atuantes no Semiárido baiano, está a Cooperativa Agropecuária Familiar Sertão Forte de Casa Nova e Região – COOAF, localizada no município de Casa Nova. 

Segundo relato de Valério Rocha, presidente da instituição, a Sertão Forte foi criada em 2018 e surgiu da necessidade de comercialização da produção familiar local da carne de bode. 

Casa Nova-BA detento numeroso rebanho de ovinos e caprinos, não possuía uma instituição formalizada que fizesse o processo de comercialização da carne. A produção era vendida apenas por intermédio de atravessadores, o que diminuía consideravelmente o lucro do produtor. Nesse contexto, surgiu a Sertão Forte que hoje atua positivamente na vida de 45 cooperados e suas famílias, buscando, sobretudo, a geração de renda e a comercialização com preço justo.

Apesar do pouco tempo de atuação e da desaceleração das atividades durante a pandemia da Covid-19, a cooperativa, já vem realizando mudanças importantes na vida dos seus cooperados: Ampliou as possibilidades de mercado, antes a venda da produção era apenas no comércio local e agora os cooperados conquistaram clientes maiores como o Governo Municipal de Casa Nova-BA e Juazeiro-BA (através do PNAE) e os frigoríficos FrigBahia em Pintadas-BA e Cabra Bom em Remanso-BA; fortaleceu o poder de negociação; trouxe capacitação profissional com cursos de cooperativismo e gestão empresarial; e está executando a construção do abatedouro municipal de Casa Nova com investimento do governo estadual. Ou seja, a Sertão Forte melhorou a situação econômica dos cooperados e consequentemente da comunidade local trazendo soluções e oportunidades que o produtor sozinho não teria. 

Apesar dos resultados positivos, há a necessidade de ampliar o faturamento. Um mercado promissor é o da cidade vizinha Petrolina-PE, que é um dos maiores municípios da região em número de habitantes e pib per capita (IGBE, 2021). 

Mas antes de qualquer ação, os produtores precisam fazer uma autoanálise. Conhecer seus pontos fortes e fracos, suas oportunidades e desafios (SWOT). Precisam também ter muito bem claro o que é o seu produto, qual sua área de atuação e distribuição (praça), qual o seu valor de mercado (preço), como deve ser sua comunicação (promoção) e como o seu público percebe esses aspectos.

Visando conhecer a realidade atual do comércio de carne caprina e ovina em Petrolina-PE e direcionar os pequenos produtores da região em suas ações de marketing, a seguir os dados obtidos em uma pesquisa de mercado serão apresentados e analisados.  

3 – Métodos 

Esta pesquisa é qualitativa, de natureza básica estratégica, caráter exploratório e como procedimento metodológico é um Survey

Como pesquisa básica estratégica, busca, com as particularidades do tema, complementar a literatura existente, produzindo conhecimentos novos que podem ser úteis para a solução de problemas práticos (GIL, 2002). Sendo exploratória, irá realizar o levantamento de informações, de forma a aumentar a familiaridade com o tema, podendo formular hipóteses mais precisas (GIL, 2002). 

Optou-se por um Survey porque “quando um pesquisador deseja investigar um problema cuja resposta depende das informações diretas vindas das pessoas, uma pesquisa de Survey pode ser o tipo de procedimento metodológico apropriado” (MINEIRO, 2020, p. 285).

3.1 – Amostragem e coleta dos dados 

A coleta de dados se deu através da aplicação de questionários semiestruturados a associados da cooperativa Sertão Forte, representando a população de pequenos produtores de caprinos no semiárido, e a consumidores de carne caprina e ovina (público B2C – consumidor final).

3.2 – Informantes clientes

A pesquisa foi desenvolvida em Petrolina-PE, cidade que concentra o maior aglomerado urbano do Vale do São Francisco, com população de 359.372 habitantes, 70.500 pessoas ocupadas, e PIB per capita de R$ 20.811,26, segundo estimativas do IBGE (2021). 

A amostra não probabilística é composta por 100 consumidores. Os critérios de inclusão dos informantes foram: afirmar ser consumidor de uma ou ambas as carnes e residir em Petrolina-PE. 

O questionário teve perguntas relacionadas às preferências e hábitos dos consumidores na compra da carne caprina e ovina, modo de preparo, local de consumo, ocasião de consumo, benefícios, qualidades nutricionais e de saúde e marketing acerca do produto, além do perfil demográfico dos respondentes. 

O formulário foi respondido de forma online, entre setembro e outubro de 2023, através da plataforma Google Formulários.

3.3 – Informantes cooperados

Os questionários foram aplicados durante visitas às propriedades dos cooperados, entre setembro e outubro de 2023. O alvo foram a diretoria da instituição e representantes dos cooperados com escolha estratégica por conveniência e bola de neve, chegando a uma amostra de 8 indivíduos.  

Os entrevistados forneceram informações sobre: motivação para a criação da instituição; perfil dos cooperados; cadeia produtiva da carne; e estratégias de marketing adotadas. 

4 – Resultados

4.1 – Público consumidor

A maioria do público informante foi feminino (66%) e houveram entrevistados em todas as faixas etárias participantes, sendo de 36 a 40 anos a maior parcela (21%), seguida por entre 18 e 25 anos (15%), 41 a 45 anos (15%) e 26 a 30 anos (14%).

Figura 1 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto ao gênero e idade

Fonte: Elaboração própria

A maior participação de mulheres não foi proposital, mas foi bem interessante para a pesquisa, pois elas são muito importantes no processo de decisão de compra. O público feminino é responsável por 83% de todas as compras e por 94% dos itens para casa. Elas agem diretamente em 60% das compras e influenciam 90% dos casos (BARLETTA, apud AZEVEDO, 2019). Logo, o consumo de carne, com certeza é fortemente influenciado pelas mulheres. 

Quanto à escolaridade, a predominância é dos ensinos superior completo (25%), 2º grau completo (24%) e pós-graduação completa (20%).

Sobre a condição da ocupação, metade do público trabalha na rede privada, seguida de autônomos (17%) e funcionários públicos (14%). Predominantemente a renda dos entrevistados fica entre maior de 2 e até 5 salários mínimos (49%). Uma outra parcela significativa tem renda entre 1 e 2 salários mínimos (31%).

Figura 2 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto à escolaridade, condição da ocupação e renda familiar

Fonte: Elaboração própria

De acordo com os gráficos acima, pode-se concluir que os informantes possuem condições intelectuais e de renda para consumir de forma consciente. Restando ao produtor, o desafio de tornar seu produto uma opção de compra inteligente para o consumidor atual, que é cada dia mais exigente e bem informado. 

No que diz respeito ao estado civil, a maioria das pessoas é casada (41%) ou tem união estável (9%). A maior parte dos domicílios têm de 3 a 4 pessoas (52%). Casas com mais de 5 pessoas foi a resposta de 12% dos entrevistados. 

Nesses casos, com um número maior de indivíduos em casa, há a probabilidade de um consumo maior de alimentos de modo geral e consequentemente de carnes. Então, ganhar a preferência desse público seria uma grande conquista para os produtores de carne caprina e ovina.

Figura 3 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto ao estado civil e quantidade de pessoas no domicílio

Fonte: Elaboração própria

Quando questionados quanto a seus hábitos sobre as carnes caprina e ovina, 71% das pessoas afirmou comprar e consumir ambas as proteínas. 24% opta apenas pela caprina e 5% apenas pela ovina. 

Figura 4 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto a especificação do tipo de carne consumida

Fonte: Elaboração própria

O número maior de pessoas que afirma comer apenas o “bode”, é surpreendente, pois criadores e consumidores costumam relatar que, no Vale do São do São Francisco, o carneiro é mais apreciado.

Entre as pessoas que consomem ambas as carnes, 41% dos respondentes preferem a caprina. 28% gostam mais da ovina e 13% compram e consomem as duas carnes proporcionalmente. E 13% não soube responder, uma hipótese é que essas pessoas não sabem diferenciar uma carne da outra. 

O motivo da compra de ambas as carnes, predominantemente, é o sabor (60%), mas a identidade regional (16%) é um ponto importante, por ser um diferencial do produto. 

Figura 5 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto a carne preferida e a motivação para o consumo

Fonte: Elaboração própria

O fato de os respondentes preferirem a carne caprina, como já foi dito anteriormente, contraria o senso comum de que, localmente, as pessoas têm preferência pelo carneiro.

No tocante à frequência de compra de ambas as carnes, 41% dos informantes disse adquiri-las apenas uma vez por mês. E do total de entrevistados, 44% adquire mensalmente apenas de 1 a 3 quilos das carnes, enquanto 21% compra menos de um quilo, 12% de 3 a 5 quilos e apenas 7% compra mais de 5 quilos. 

Figura 6 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto à frequência e quantidade de compra da carne 

Fonte: Elaboração própria

Estas frequências e quantidades são baixas comparadas a outros tipos de carne, pois 89% dos entrevistados afirmaram consumir outras proteínas com mais regularidade, restando apenas 11% que afirma ter a carne caprina ou ovina como a mais consumida. 

Dentre as carnes citadas como as mais ingeridas estão a avina, a bovina, o pescado e a suína. Esta pergunta era aberta e o entrevistado poderia mencionar mais de um tipo de carne. 

Figura 7 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto ao hábito de consumo de outros tipos de carne 

Fonte: Elaboração própria

No tocante aos locais de compra mais comuns, frigoríficos (23%), supermercados (19%) e feiras livres (19%) foram os mais informados. Esses resultados, com exceção das feiras, supõem que os clientes têm preferência por locais onde a carne é potencialmente melhor conservada, refrigerada ou mesmo apresentada, afinal, a aparência do produto é relevante na decisão de compra. 

O local de consumo mais frequente dos respondentes é na própria residência (62%). Restaurantes e churrascarias foram a opção de 29% das pessoas, mesmo com a existência do tradicional Bodódromo, centro gastronômico, localizado em Petrolina-PE, que homenageia as carnes de bode e carneiro.

Para o consumo em casa, o corte mais comprado é a carne fresca com ossos (41%), em segundo lugar os informantes optaram pela carne seca/de sol (34%) e o corte em manta fresca foi citado por 16% dos entrevistados.

O número ainda tímido da manta fresca pode ser devido à pouca oferta do produto nesta forma. Ela é bem mais comum na opção salgada.

Figura 8 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto aos locais de compra, consumo e corte adquirido com mais frequência

Fonte: Elaboração própria

Quando perguntados se gostariam de comprar com mais regularidade as carnes caprina e/ou ovina, 67% das pessoas afirmou que sim, 19% que não e 14% não sabe. 

Os principais motivos que justificam a não compra com mais frequência da carne caprina são o preço elevado (28%), falta de hábito (16%) e preferência por outros tipos de carne (15%). Odor foi citado por 7% das pessoas, mostrando assim que a relação da carne de bode com o cheiro forte de “pai de chiqueiro” vem se enfraquecendo. 

Se tratando da carne ovina, os resultados variaram pouco. O preço elevado foi citado por 29% das pessoas, falta de hábito por 19%, preferência por outros tipos de carne por 17% e odor por apenas 2%.

Dentre os motivos citados, a falta de hábito é um dos que precisa ser visto com mais atenção pelos produtores. Ele pode ser objeto de ações futuras, como eventos de experiências gastronômicas onde novas receitas são apresentadas. 

Figura 9 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto ao desejo de compra e motivos para não comprar com mais regularidade

Fonte: Elaboração própria

O desejo de compra já é latente, mas o preço julgado alto e a concorrência de outras carnes são obstáculos. Neste contexto, um trabalho de divulgação das vantagens das carnes caprina e ovina seria eficaz, pois reduzir o preço depende de variáveis externas que fogem das possibilidades do produtor, restando à cooperativa a estratégia de conquistar o consumidor pelos atributos da carne.

O modo de preparo preferido é a carne assada (65%) e as principais ocasiões de consumo são as refeições do dia-a-dia (45%) e de fins de semana ou feriados (39%). 

Figura 10 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto ao tipo de preparo preferido e principal ocasião de consumo das carnes

Fonte: Elaboração própria

80% dos entrevistados não conhece as vantagens e qualidades nutricionais e de saúde das carnes pesquisadas. 46% afirma que talvez consumiria mais se conhecesse, 43% com certeza aumentaria o consumo e 11% não aumentaria. 

Figura 11 – Resultado de questionários respondidos por 100 consumidores de carne caprina e ovina em Petrolina-PE quanto ao conhecimento sobre as vantagens e qualidades nutricionais das carnes e possibilidade de aumento de consumo por conhecê-las.

Fonte: Elaboração própria

Essas informações fornecidas pelos consumidores são valiosas, pois evidenciam o potencial comercial das carnes caprina e ovina; e aumentam a autoestima dos produtores, mostrando que as carnes são de fato apreciadas pelo público. 

Porém, demonstram também que o consumo, assim como acontece a nível de Brasil, é muito aquém quando comparado a outras carnes. Embora o preço tenha sido um fator bastante citado, muito provavelmente se esses produtos fossem encontrados com mais facilidade em grandes supermercados e atacados, o consumo seria maior, porque, em Petrolina, a compra em atacados se tornou popular, devido ao grande número de empreendimentos desse tipo na cidade. 

4.2 – Produtores 

Os criadores de caprinos e ovinos associados à cooperativa Sertão Forte entrevistados são de ambos os sexos, mas com maioria de homens. As idades são variáveis, desde jovens entre 25 e 30 anos até idosos com mais de 60 anos. A formação acadêmica também varia bastante, indo de ensino fundamental incompleto até pós-graduação completa. Nenhum dos cooperados entrevistados exerce exclusivamente a criação dos animais, atuando em outra atividade rural ou tendo outra ocupação no setor público ou privado. A renda familiar informada foi de menos de um salário até no máximo 5 salários mínimos. 

Todos os entrevistados possuem experiência na área. Tendo no mínimo 5 e no máximo 15 anos de exercício na atividade. Os criadores com rebanhos menores têm de 20 a 50 cabeças e os maiores possuem mais de 100 cabeças, incluindo caprinos e ovinos.  

Figura 12 – Parte do rebanho confinado na propriedade do produtor E. R. B.

Fonte: Imagem da autora

A maioria dos produtores possuem animais sem raça definida, havendo também a presença de animais mestiços e das raças Repartida, Anglonubiana, Boer e Jamnapari. Os técnicos agropecuários da cooperativa relataram avanços no melhoramento genético dos animais. Alguns produtores têm adquirido reprodutores melhorados para servirem de base genética para os rebanhos. Alguns estão adotando as estações de monta controlada para definir a melhor época para os nascimentos e prever quando acontecerão os abates.

Os informantes relataram que o rebanho é criado em fundo de pasto, se alimentando da vegetação nativa com o complemento de rações balanceadas e formulação de receitas de sal mineral e proteinado. Apenas um entrevistado afirmou que seus animais se alimentam exclusivamente da vegetação nativa. 

De acordo com os entrevistados, a implantação de bancos de forragem e bancos de proteína se tornam cada vez mais necessárias, já que as áreas de fundo de pasto a cada dia se reduzem, tanto em área como em variedade de forragens nativas. Em relação a produção de alimentos para o rebanho muitos já estão começando a utilizar a silagem armazenada. Alguns armazenam grãos como o milho, mas em quantidade insuficiente para o rebanho.

Figura 13 – Forrageira e armazenamento de forragem e silagem na propriedade do produtor E. R. B.

Fonte: Imagem da autora

Todos os respondentes relataram fazer o abate após seis meses de idade do animal, contrariando a orientação dos especialistas que afirmam que a carne é mais saborosa quando o animal é mais jovem. Porém, para ter peso suficiente para o abate, os criadores afirmaram que ele é feito com bicho tendo aproximadamente um ano. O local do abate acontece tanto na própria propriedade (para a venda local) quanto em matadouros regulares (para a demanda de revendas de carne como frigoríficos). No entanto, o abatedouro mais próximo fica localizado em outra cidade (Remanso-BA), o que aumenta a despesa do criador, acarretando na alta do preço final do produto. Para solucionar esse problema, a cooperativa, com apoio governamental, está construindo um abatedouro próprio. Essa medida irá baratear e profissionalizar o beneficiamento da carne. 

Por mês, os criadores entrevistados comercializam entre 30kg e 180kg de carne (média de 60kg). Esse volume mensal é variável e aumenta expressivamente em meses que há a demanda de programas institucionais como o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. 

As percepções dos cooperados no tocante aos aspectos dos 4 Ps de marketing são: 

Produto: Os informantes acreditam que produzem carne de qualidade igual ou superior à do mercado (a maioria afirma que é equivalente). Metade deles acredita que a embalagem do produto poderia ser melhorada com a aplicação de um rótulo que mostrasse a origem da carne, porém, nos moldes atuais, boa parte da produção é vendida sem embalagem própria. Os produtores comercializam principalmente o animal inteiro, metade dianteira ou traseira. Buchada, vísceras e cortes especiais também foram citados, mas de forma não muito expressiva. A carne produzida não é certificada, mas de acordo com os cooperados, já foi iniciado o processo de certificação com o objetivo de valorizar o produtor rural e ofertar ao consumidor uma carne com o padrão de qualidade da Cooperativa Sertão Forte.

Praça: Os principais locais de comercialização dos entrevistados são frigoríficos, feiras livres e órgãos públicos. Supermercados e atacadistas não foram citados pelos criadores, coincidindo assim com a queixa dos clientes informantes sobre a dificuldade de encontrar carne caprina e ovina nesses locais. Fechar parcerias com esse tipo de empreendimento é uma oportunidade interessante para a ampliação do mercado das carnes.

Questionados se o transporte da sua produção é adequado, se atende os prazos estabelecidos, e se é economicamente viável, a maioria respondeu que sim, embora entenda que poderia ser melhor se a cooperativa possuísse transporte próprio. Atualmente o deslocamento dos animais vivos é terceirizado e precarizado, os produtores relataram, que a depender da distância, os animais acabam perdendo peso, chegando ao destino com um valor abaixo do esperado. E no caso do transporte dos bichos já abatidos, os criadores alegam que a qualidade aumentaria significativamente com a aquisição de caminhões refrigerados. 

Promoção: Praticamente nenhum tipo de publicidade é feita acerca da carne comercializada. Apenas um entrevistado afirmou fazer postagens em suas redes sociais pessoais e “propaganda boca a boca”. Entre os respondentes é unanimidade que o consumo de carne caprina e ovina seria maior se a população conhecesse as vantagens e qualidades nutricionais e de saúde do produto. A pesquisa com os clientes também sinaliza isso. Então, tem-se aqui um caminho a ser seguido para fortalecer a presença das carnes no mercado, porém isso requer um trabalho ininterrupto e com resultados mais evidentes só a médio e longo prazo. 

Os criadores consideram que seus principais concorrentes são os atravessadores. Com estes, a relação é controversa, pois ao mesmo tempo que eles ocupam o mercado de clientes em potencial, eles também são quem “socorrem” os criadores, comprando a mercadoria, mesmo que com preço mais baixo, quando a produção não é escoada de outra forma. 

Quando questionados se consideram que seus concorrentes são superiores na gestão empresarial e de marketing, a maioria afirma que sim e justificam que a concorrência já tem o processo de comercialização mais organizado e contato direto com os mercados. Nesse contexto, os produtores entendem que, em cooperativa, essa desejada gestão empresarial e de marketing será alcançada. E ela irá: facilitar a comercialização, inclusive com um valor maior; valorizar o produto; oferecer mais conhecimento para os criadores; buscar investimentos; e organizar a produção.

Preço: Segundo os criadores, na comercialização para atravessadores o valor recebido é R$ 19,00 kg para carne de ovinos e R$ 17,00 kg reais para a carne de caprinos. Para açougues o quilo de bode sai a R$ 19,00 e o carneiro a R$ 20,00 ou R$ 22,00 reais.

Mas mesmo os atravessadores pagando menos, eles se tornam uma opção interessante pela rapidez no recebimento. 

Fazendo uma breve análise de SWOT, os entrevistados trazem as seguintes informações: 

Os principais pontos fortes da comercialização da carne caprina e ovina são grande aceitação do consumidor, identidade regional, benefícios nutricionais e de saúde em relação a outras carnes, forte presença na região e sabor inconfundível e bastante apreciado. 

Como fraquezas, os respondentes citam: difícil produção devido aos altos custos para criar os animais e escoar a produção; mercado restrito, pois os criadores têm dificuldade em acessar grandes mercados; e preço, este, para o criador é considerado baixo e para o consumidor, alto. 

Como principais desafios para comercialização da carne caprina e ovina, os produtores entrevistados mencionam: melhorar o manejo do rebanho e profissionalizar a gestão empresarial e de marketing e inserir o consumo no dia-a-dia dos consumidores. Os dois primeiros tópicos são variáveis controláveis em que os produtores podem se organizar para colocar em prática. Já aumentar o consumo por parte dos clientes é o fator mais desafiador, porém possível, sobretudo com o fortalecimento da carne como uma opção saudável, além de gostosa e versátil. 

Como principais oportunidades para ampliar o mercado, os cooperados citaram exatamente os mesmos itens, acrescentando-se a certificação. E de fato, no cenário da comercialização de carne caprina e ovina, desafios e oportunidades se confundem. 

5 – Considerações finais

Organizados em cooperativa, os produtores de caprinos e ovinos têm maiores chances de aumentar sua participação de mercado. Mas para isso, é preciso olhar para dentro das suas porteiras e corrigir as deficiências na sua cadeia produtiva. 

O público consumidor de Petrolina-PE já está satisfeito com a carne. A baixa frequência de consumo está relacionada principalmente ao preço elevado. Mas quanto maior o valor agregado ao produto, mais justo o preço será para o cliente. 

No âmbito dos 4 Ps do marketing, são oportunidades e desafios para os produtores: 

Praça: buscar meios para a disponibilização da carne em um número maior de supermercados, incluindo os de maior porte e atacados. 

Produto: dar andamento ao processo de certificação para impor um padrão de qualidade e trazer clareza sobre a procedência e higiene da carne, além de agregar valor ao produto com embalagens a vácuo e cortes gourmet/especiais e/ou mais práticos para o dia-a-dia. 

Preço: agregar valor ao produto para que o consumidor reconheça a justiça do preço pago e modernizar as técnicas de manejo para baratear a produção e garantir mais lucro para o produtor. 

Promoção: iniciar a divulgação do produto com a massificação dos seus muitos benefícios através da criação e/ou participação de eventos gastronômicos e culturais que evidenciam a versatilidade e identidade regional das carnes caprina e ovina.  

Ainda há muito a ser feito para os produtores locais conseguirem de fato terem uma gestão empresarial e de marketing posta em prática. A realidade é que eles estão mergulhados nas atividades operacionais da propriedade e não há dedicação exclusiva para a criação de estratégias comerciais, nem individuais, nem enquanto cooperativa. Mas sem dúvidas, os cooperados da Sertão Forte já estão um passo à frente dos demais pequenos produtores, pois já há a insatisfação, já há a necessidade de mudança. 

6 – Referências 

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1Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas de Desenvolvimento do Semiárido. Universidade Federal do Vale do São Francisco. Email: hellen.pereira@discente.univasf.edu.br
2Professor/Orientador do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas de Desenvolvimento do Semiárido. Universidade Federal do Vale do São Francisco. Email: paulo.ramos@univasf.edu.br