O PAPEL DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA PÚBLICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8368648


Ilizete Milani


INTRODUÇÃO

            Em decorrência das constantes mudanças que ocorrem na sociedade marcada pelo avanço da ciência, da informação e das tecnologias torna-se necessário que a educação passe por alterações que outras partes da sociedade passam. Essa perspectiva requer o repensar dos processos e metodologias educacionais, e consequentemente um trabalho coletivo que considere todos os aspectos do estudante. 

               Nesse contexto, evidenciamos uma função importante e necessária no ambiente escolar, à coordenação pedagógica, sua função esta relacionada a praticamente todas as ações da escola, suas contribuições na formação dos professores são essenciais. A função do coordenador é de grande necessidade e importância na construção de um ambiente participativo e interativo.  

               Para entendermos a função da Coordenação Pedagógica na escola pública acreditamos ser necessário nos reportar a história desta função. A caminhada histórica da função do coordenador pedagógico é relativamente nova teve inicio em meados da década de 80. Com o inicio de um novo cenário politico.  O termo “coordenador pedagógico” passa a ser utilizado para definir o profissional “supervisor pedagógico”, função normatizada pela Lei 5.692/71 (Brasil, 1971). 

           Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº 9394/96) fica normatizado que para atuar na função de coordenação pedagógica é necessário que o profissional tenha formação inicial em nível superior, curso de Pedagogia ou de Pós Graduação. Com a promulgação da lei, estados e municípios que ate o momento não tinham esta função em seu organograma passaram a instituir a função em seus sistemas de ensino. 

            A trajetória inicial do coordenador pedagógico apresentava uma concepção de aconselhamento, no contexto atual o coordenador pedagógico assume o papel de mediador ao lado do educador, desempenhando sua função com todos da escola para uma educação de qualidade que garanta os direitos de aprendizagem de todos.                                       

 Freire (1982) descrever que o coordenador é primeiramente um educador e como tal deve estar atento ao caráter pedagógico das relações de aprendizagem no interior da escola. Ele leva os professores a ressignificar suas práticas resgatando a autonomia docente sem desconsiderar a importância do trabalho coletivo”. 

         Partindo da perspectiva do coordenador pedagógico, esta pesquisa tem o objetivo de identificar o papel da Coordenação Pedagógica nas escolas públicas de São Félix do Xingu e sua relação com o processo de EnsinoAprendizagem. O problema desta pesquisa consiste em identificar qual é o papel da Coordenação Pedagógica na escola pública de São Félix do Xingu e como isso afeta o processo de Ensino-Aprendizagem. Desejamos com este estudo, favorecer a discussão sobre o papel da coordenação pedagógica e sua relação com o processo de ensino aprendizagem.

            Dessa maneira, o presente artigo esta organizado em três seções. Na primeira, “O papel da coordenação”, apresenta perspectivas  sobre o papel da coordenação pedagógica, em seguida, “Coordenação Pedagógica no processo de Ensino-Aprendizagem”, aborda-se a importância e os desafios desta função no processo de ensino aprendizagem. Na última seção, apresenta-se a análise de dados coletados na pesquisa de campo.

O PAPEL DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

No espaço escolar vários são os atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, no entanto a função da coordenação pedagógica é fundamental em razão da importância do seu papel de mediador, formador e transformador da escola pública. Profissional que precisa desenvolver sua função com diálogo e trabalho coletivo, ele é o articulador de momentos para formação e troca de experiências, ordenadas pela ação–reflexão, contribuindo de forma significativa no processo de ensino aprendizagem. 

Com o propósito de trazer uma caracterização atualizada do coordenador pedagógico nos fundamentamos na pesquisa realizada pelas autoras Almeida, Placco e Sousa (2011). A pesquisa buscou produções escrita sobre a coordenação pedagógica, analisou a forma pela qual aparece citada em textos, teses e dissertações e como alguns países fazem referência ao trabalho da coordenação.

(…) articular o coletivo da escola, considerando as especificidades e as possibilidades reais de desenvolvimento de seus processos; formar os professores, no aprofundamento em sua área específica e em conhecimentos da área pedagógica, de modo que realize sua prática em consonância com os objetivos da escola e esses conhecimentos; transformar a realidade, por meio de um processo reflexivo que questione as ações e suas possibilidades de mudança, e do papel/compromisso de cada profissional com a melhoria da Educação escolar (ALMEIDA; PLACCO; SOUZA, 2011, p. 6-7).

Nesse sentido é importante que o trabalho do coordenador pedagógico transforme a realidade através da reflexão- ação, como ressalta Freire (2002) a capacidade de agir e refletir são condições necessárias para que as pessoas tenham atitudes de compromisso com a transformação.

As constantes transformações da sociedade exigem cada vez mais das instituições escolares. Estas, por sua vez, não tem como manter-se fora deste contexto, mesmo porque as transformações sociais precisam da educação como afirma Paulo Freire (1991, p 84) “a transformação da educação não pode antecipar-se a transformação da sociedade, mas esta transformação necessita da educação”.

Portanto o coordenador pedagógico tem a função de mediar este processo através do diálogo que promove a comunicação, que gera a confiança entre as pessoas. Por meio do diálogo acontece a transformação da consciência, que impulsiona o sujeito a transformar seu pensamento, sua prática, e sua realidade.  Para  Paulo Freire, acerca do diálogo,

Se é dizendo a palavra com que, “pronunciando” o mundo, os homens o transformam, o diálogo se impõe como caminho pelo qual os homens ganham significação enquanto homens. Por isso, o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidariza o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 1987, p. 51).

Com base nessas reflexões entendemos que o coordenador pedagógico deve estimular nos professores a prática reflexiva, motivada pelo diálogo entre a ação e a reflexão sobre a ação. Possibilitando assim uma prática criativa, condizente com a necessidade, a luz dos resultados analisados na reflexão. 

 A ação do coordenador deve ser de um agente de mudança, que seja capaz de levar o professor a reflexão de sua prática, com efeito avaliativo do processo educativo em busca da melhor maneira para o sucesso e a transformação.  

   Para Libâneo (2004) o coordenador pedagógico responde pela viabilização do trabalho pedagógico-didático em ligação direta com os professores, em razão da qualidade do ensino. Então o trabalho da coordenação pedagógica tem como objetivo a assistência pedagógico-didática aos professores na busca do novo, com o propósito de uma prática pedagógica qualificada e reflexiva.

       O trabalho efetivo da coordenação pedagógica em parceria com toda equipe é importante na melhoria do trabalho e da ação pedagógica. O coordenador por meio de uma ação integrada dos processos de ensino aprendizagem e do diálogo estimula novas perspectivas e caminhos para a reflexão dos professores sobre suas práticas.

 O coordenador pedagógico, em parceria com outros membros escolares, deve articular trocas de saberes por meio de momentos para formação continuada considerando a individualidade dos participantes, contribuindo com o crescimento da equipe como também com seu crescimento. O coordenador precisa estabelecer vínculos positivos com a equipe de professores com os quais trabalha e

(…) reconhecer que sua ocupação tem uma característica genuinamente interativa, ou seja, está a serviço das pessoas e da organização, delas requerendo uma formação específica a fim de buscar soluções para os problemas, saber coordenar o trabalho conjunto, discutir e avaliar a prática, assessorar os professores e prestar-lhe apoio logístico na sala de aula. (LIBÂNEO, 2004, p.350) 

Nesse sentido a coordenação pedagógica deve estar a serviço do professor, organizando formação especifica que vai de encontro com a necessidade do momento, não se esquecendo de estimular o trabalho em conjunto, levando a equipe a uma reflexão avaliativa com objetivos de rever a prática quando necessário, em busca de qualidade e garantia da aprendizagem.

Coordenação Pedagógica no processo de Ensino-Aprendizagem

Muitos são os desafios que a educação brasileira enfrenta quanto à qualidade de ensino, garantia de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes. Para que o processo de ensino tenha sucesso é imprescindível que os professores tenham saberes e habilidades que favoreçam as aprendizagens.

O Processo de Ensino aprendizagem de qualidade depende de toda uma rede de ensino, onde cada componente precisa desempenhar seu papel. O professor tem um papel importante neste processo, mais seu trabalho depende da ação de outros atores dentre eles está a equipe gestora direção e coordenação que irão liderar e alinhar as ações da escola com Projeto Politico Pedagógico. 

A equipe gestora precisa desempenhar suas funções com sintonia e de forma democrática, possibilitando o desenvolvimento de um ambiente onde a participação de todos é valorizada e ouvida em benefício do coletivo na busca do que é fundamental para o processo de ensino aprendizagem.

Sendo assim, na gestão democrática, a coordenação pedagógica precisa com o apoio da direção viabilizar aos professores momentos para a formação, troca de saberes, momentos de estudo e aprendizagem simultânea, – considerando que compete ao professor construir saberes necessários à prática docente (GADOTTI, 2007). Sendo, portanto a formação uma ação essencial para o processo de ensino aprendizagem.

Nesse sentido a coordenação pedagógica exerce um papel importante, pois contribui no processo de formação do professor, objetivando a transformação da prática docente, construindo novas bases, garantindo um ambiente onde as reflexões, e os encontros contribuam para o tempo e o espaço escolar (CHRISTOV, 2009).

Ciente da importância do coordenador pedagógico, no processo de formação continuada do professor precisa-se entender que muitas são as demandas direcionas a este profissional.  O coordenador pedagógico precisa estar atento, pois o excesso de atribuições pode tirar o foco da ação pedagógica, sendo o pedagógico a principal ação da coordenação. O coordenador pedagógico é o agente principal na articulação e contribuição das práticas pedagógicas, como afirma Libâneo (2002).

[…] O coordenador pedagógico é um profissional imprescindível para assegurar nas escolas a integração e articulação do trabalho pedagógico-didático: a formulação e acompanhamento da execução do projeto pedagógico-curricular, a organização curricular, a orientação metodológica, a assistência pedagógico-didática aos professores na sala de aula numa relação interativa e compartilhada com o professor e os alunos, colaboração nas práticas de reflexão e investigação, diagnóstico e atendimento de necessidades ligadas ao ensino e aprendizagem dos alunos em conjunto com o professor, atividades de formação continuada, práticas de avaliação da aprendizagem.[…] (LIBÂNEO 2002, p. 74)

 Nesse contexto o coordenador é quem articula as ações pedagógicas na escola, para isso necessita da constante busca de informações, conhecimentos e saberes, para isso ele precisa de um ambiente democrático onde possa desempenhar sua função com espirito de liderança e autonomia, possibilitando troca de experiência. Portanto as práticas pedagógicas precisam ser priorizadas pela equipe gestora, dando possibilidades a coordenação pedagógica para realizar sua função mediadora e formadora. 

O coordenador pedagógico precisa estar sempre atualizando seus conhecimentos, sendo um agente provocativo da teoria-prática no processo de formação continuada de sua equipe. Deve contribuir para a construção do espaço escolar em um ambiente acolhedor, comunicativo. Devendo favorecer momentos de reflexão-ação conforme a realidade do ambiente, estimulando a participação de toda a equipe, dessa forma ao mesmo tempo em que a equipe age/reflete e ao refletir/age, assim o sujeito da teoria vai para a prática e da sua prática chega a nova teoria, teoria e prática caminham juntas, transformandose em práxis (FREIRE, 1987).

Desse modo, entendemos que práxis é a união da prática e da teoria com proposito de transformação da realidade. Portanto na ação diária do coordenador pedagógico a teoria e a prática devem sempre estar presentes.

A ação do coordenador não deve partir de uma ação simples sem fundamentação, ele deve ser o mediador que auxiliará o professor na reflexão de sua prática, levando-o a avaliação do processo, na busca de um melhor caminho objetivando o sucesso.

Para Vasconcelos (2006) a práxis do coordenador pedagógico é composta por dimensões: a reflexiva, ao colaborar na reflexão dos processos de aprendizagem; a organizativa, ao realizar a articulação das ações dos diversos autores escolares; a conectiva, por possibilitar interrelação e socialização entre a comunidade escolar; a interventiva, quando modifica algumas práticas tradicionais ultrapassadas; e, por fim avaliativa, ao estabelecer a necessidade constante de repensar o processo educativo em busca de avanços e transformações.  

Nesse contexto apresentado por Vasconcelos, entendemos a necessidade de o coordenador pedagógico exercer sua práxis, como articulador de transformação no ambiente escolar. O coordenador deve organizar possibilitar e incentivar a equipe escolar a transformar suas ações em práticas pedagógicas significativas e transformadoras, que possibilitem com sucesso a aprendizagem. 

Acreditamos que na atuação do coordenador pedagógico o diferencial esta no grau de consciência, no nível de experiência e conhecimento que tem da sua função, e da realidade onde atua. Por isso se faz necessário à formação continuada do coordenador. 

Apresentação e análise dos dados.

O objetivo central desta pesquisa é discutir o conceito e a função da Coordenação Pedagógica e investigar as possibilidades e desafios enfrentados pela Coordenação Pedagógica na escola pública de São Félix do Xingu. Iniciamos nossa investigação analisando os documentos que normatizam a função da coordenação pedagógica nas escolas públicas do município de São Félix do Xingu, que são Plano de carreira e remuneração – PCCR, e o Regimento Unificado.

 A Lei complementar nº 54/2011(São Félix do Xingu, 2011), que dispõe sobre Plano de Carreira e remuneração dos trabalhadores em Educação do município de São Felix do Xingu-Pará dispõem no Anexo II a descrição sumária do cargo do coordenador pedagógico I e II, modalidade de ensino a qual foi realizada esta pesquisa. A descrição da função é:

que cabe ao coordenador desenvolver entre docentes, discentes, técnicos administrativos e pais a proposta educativa das escolas, visando uma educação atual, moderna e contemporânea e uma disciplina consciente e cidadã, empenhando-se para uma gestão de qualidade, promover atividades educativas visando a capacitação docente. 

Outro documento municipal que normatiza a função da Coordenação Pedagógica nas Escolas Municipais é o Regimento Unificado das Escolas (Art.20, lei 686. 17/11/ 2014).

Art.20 – Compete ao serviço de Supervisão Educacional e Coordenação Pedagógica:

  1. – assessorar a unidade, no Sistema de Ensino, incentivando a comunidade em ação participativa na construção do Projeto Pedagógico da Escola;
  2. – coordenar, supervisionar e avaliar o planejamento das atividades didático- pedagógicas da Escola;
  3. – elaborar diretrizes e acompanhar a execução do plano de orientação dos alunos, juntamente, com  os Orientadores;
  4. – participar do processo de adaptação curricular;
  5. – incentivar o aperfeiçoamento e atualização do Corpo Docente;
  6. – coordenar o trabalho dos Professores, fornecendo orientação técnico- pedagógicas;
  7. – desenvolver atividades integradas com todos os serviços existentes na Escola, para garantir a eficácia do processo ensino aprendizagem;
  8. – cooperar em atividades escolares que objetivem a eficiência do processo educativo e a integração aluno, professor e família;
  9. – acompanhar os registros de informações nos diários de classe;
  10. – participar, juntamente com os Professores, da seleção dos livros didáticos a serem adotados;
  11. – acompanhar o desempenho dos discentes, por turma, mediante Avaliação Diagnóstica realizada pelo Professor e Orientador Pedagógico;
  12. – participar da elaboração e efetivação dos programas e projetos aderidos pela Prefeitura Municipal, junto aos órgãos estadual e federal;
  13. – elaborar e aplicar Testes Classificatórios em conjunto com os Professores e equipe pedagógica, quando se tratar de aluno oriundo da escola não autorizada ou não reconhecida;
  14. – exercer as demais atividades inerentes ao cargo.

Percebemos que os dois documentos norteadores estão fundamentados nos termos das Leis Federais 9.394/96, resoluções do CNE/CEB, e Estadual CEE/PA.

Após o acesso as leis municipais que fundamentam a função da coordenação pedagógica nos direcionamos as escolas para realização das entrevistas com Coordenadores Pedagógicos. As entrevistas foram realizadas em duas escolas 

 A abordagem inicial foi referente a função da coordenação pedagógica, nas entrevistas realizadas com dois coordenadores pedagógicos, percebemos que eles têm bastante clareza do seu papel e da responsabilidade que esta função tem no processo de ensino aprendizagem.

Coordenadora A:

Entendo que o desempenho de minha função reflete de forma significativa no processo de ensino aprendizagem, por esta razão estou sempre em busca de atualização. Exercer a função com habilidades de liderança, buscando fundamentação teórica, como subsídio para mediação, articulação, formação e transformação no espaço escolar.” 

A coordenadora B:  

Compete ao coordenador pedagógico questionar, analisar, e apoiar as práticas e as ações realizadas em sala de aula pelos docentes fazendo com que os professores avaliem suas práticas de forma critica, para alcançarem resultados produtivos e esperados.

Compete ao coordenador pedagógico questionar, analisar, e apoiar as práticas e as ações realizadas em sala de aula pelos docentes fazendo com que os professores avaliem suas práticas de forma critica, para alcançarem resultados produtivos e esperados.

Vale ressaltar as considerações de Paulo Freire, a educação deve ser condição para alcançar mais humanização, socialização, com os outros e com o mundo. A educação é um instrumento para as mudanças sociais. Não basta ao homem conhecer o mundo, é necessário transformá-lo. (FREIRE, 1987)

Quanto às habilidades e competências para um coordenador pedagógico desempenhar seu papel com sucesso, as contribuições foram:

Coordenadora A:

A coordenação precisa ter conhecimento teórico, ter atitude. Ter visão estratégica para motivar a equipe, saber liderar, ter comunicação clara e eficiente.

Coordenadora B: 

-Saber relacionar conteúdos e contextos, com enfoque metodológico, busca de conhecimento para intervenção na realidade;
-Contribuir para a construção de um ambiente de trabalho coletivo;
-Tomar decisões com base em conhecimentos; 
-Manter o diálogo, e expor direcionamento e fundamentação como práticas correntes na escola. 
-Atuar segundo os princípios democrático e inclusivo.

   O ambiente escolar necessita de organização e liderança democrática, o coordenador pode ser a ator principal garantindo a participação de todos nos projetos e nas atividades do dia – dia escolar, possibilitando a mobilização de todos para um processo de ensino aprendizagem de qualidade. Esse processo democrático, de diálogo e trabalho coletivo, garanti aos professores a participação ativa no desenvolvimento do projeto educativo, e

consequentemente na ampliação da consciência de todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem. Lück (2009, p. 69) define a escola democrática como “aquela em que os seus participantes estão coletivamente organizados e compromissados com a promoção de educação de qualidade para todos”.

No que se refere ao impacto da coordenação pedagógica no processo de ensino aprendizagem, quanto à mediação de metodologias e estratégias que facilitem o processo de ensino aprendizagem e possibilitem um monitoramento e avaliação do mesmo, tivemos as seguintes contribuições:

Coordenadora A:

acompanho o desempenho dos alunos, e seleciono as metodologias que mais obtém sucesso, e em equipe criamos uma rede de comunicação entre os professores (reuniões, encontros) para a troca de experiências bem sucedidas.


No monitoramento da avaliação realizamos mapeamento dos alunos com defasagem. Realizamos estudos de caso, e desenvolvemos ações de intervenção utilizando projetos inovadores (Metodologias ativas).

Coordenadora B:

mapeio os níveis de desempenho, por meio de sondagens diagnósticas periódicas e intervenções mediante a necessidade de cada nível de estudante.

Acredito que formação continuada ajuda de forma
significativa os professores na atualização e desenvolvimento de metodologias que facilitem o processo de ensino aprendizagem, no entanto não consigo realizar momentos de formação com minha equipe, pois tenho que investir muito tempo em outras demanda inerentes a minha função (exemplo: demandas de orientação pedagógica de ordem disciplinar, atividades burocráticas)

Considerando as respostas das coordenadoras percebemos que ambas buscam auxiliar na prática pedagógica dos professores utilizando mapeamentos e intervenções conforme a necessidade dos alunos contribuindo com o processo de ensino aprendizagem. Para Pena e Anacleto (2015) a função do coordenador pedagógico é importante, pois favorece o processo de ensino aprendizagem.

Para contribuir com o desempenho acadêmico dos estudantes a coordenadora B “aposta em intervenções imediatas na prática e no acompanhamento do desempenho do estudante”.

A coordenadora B da ênfase a necessidade de formação, “formação continuada como estratégia para contribui com o processo de ensino aprendizagem”. No entanto a mesma afirma que “não há tempo disponível para realização de momentos de formação em razão da grande demanda de atividades realizadas por ela inclusive ações de orientação pedagógica”.

Quando nos reportamos ao Regimento Unificado (Art.20, lei 686. 17/11/ 2014) percebemos que o coordenador pedagógico, conta com o apoio do orientador pedagógico, no entanto a coordenadora B, realizam também o papel de orientação pedagógica em razão da falta deste profissional, e da necessidade deste trabalho, o que gera atividades a mais para a coordenação pedagógica. Nesse sentido algumas ações importantes acabam ficando a desejar como a “formação continuada”.

A formação continuada realizada na escola é um ótimo momento de troca de conhecimento gerando crescimento individual e coletivo, momento de juntos refletirem sobre as práticas e planejar ações de intervenções necessárias para resolução dos problemas.

Coordenadora B 

Informação e formação necessária sobre a importância do trabalho em equipe que possibilita resultados positivos. Na coletividade são traçadas as normas de harmonia, compromisso voltado para uma mesma devolutiva de compreensão profissional. O equilíbrio ao ambiente escolar voltado a demanda dos estudantes.

No que se refere as contribuições da coordenação pedagógica a outros profissionais da escola para melhorar o processo de ensino aprendizagem as duas coordenadoras relatam a necessidade de formação continuada do coletivo profissional, no entanto é importante também a continuidade dos profissionais na função (profissionais de apoio), em razão da grande rotatividade, pois poucos profissionais são do quadro efetivo, grande parte são prestadores de serviço.

No que se refere ao Projeto Politico Pedagógico, o regimento unificado das escolas (Art.20, lei 686. 17/11/ 2014) orienta que cabe ao coordenador pedagógico “assessorar a unidade, no Sistema de Ensino, incentivando a comunidade em ação participativa na construção do Projeto Pedagógico da Escola”.

 Coordenadora A:

Relata a necessidade de a coordenação pedagógica estabelecer relação entre os vários segmentos que compõe a comunidade escolar, desde suas metas e objetivos propostos no PPP.

 Coordenadora B:

Afirma que o Projeto Politico Pedagógico necessita de uma elaboração democrática, onde toda a equipe contribui na elaboração e execução do projeto. Portanto o coordenador precisa ter participação mútua, pois o PPP é um instrumento mediador de conhecimento.

O Projeto Politico Pedagógico conforme (VEIGA, 2004) é documento que expressa os objetivos, os fundamentos teórico-metodológicos, o tipo de organização e as formas de concretização e avaliação da escola.

Nesse contexto o PPP é o documento norteador que orienta um caminho e o compromisso de todos os envolvidos, a construção e execução do projeto necessita de parâmetros democráticos. Deve ser construído a luz da realidade, do contexto social ao qual a escola esta inserida. Nessa construção o coordenador pedagógico tem a missão de assessorar a unidade escolar, incentivando e mobilizando a envolvimento do coletivo da escola, integrando família, escola e comunidade. Para GADOTTI (2000) a participação da comunidade é fundamental para a democratização dos elos de poder da escola e a melhoria da qualidade de ensino, além de envolver um processo democrático de trabalho coletivo em direção a mudanças significativas na forma de gestão.

Destaca-se que o PPP se caracteriza como um projeto de identidade da instituição, que necessita de pilares centrado na sociedade, nas metas educacionais que se deseja construir e transformar. Esse projeto é afiançado pela LDB/96, ao afirmar, no artigo 12, que os estabelecimentos de ensino devem elaborar e executar suas próprias propostas pedagógicas. (BRASIL, 1996).

Veiga contribui de forma significativa sobre o PPP:

[…] vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova de cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.(VEIGA, 1995, p. 12-13).

Importante observar que o Projeto Político Pedagógico por ser um documento exigido pelo sistema de ensino, muitas vezes torna-se um documento burocrático que muitas vezes é produção de gabinete sem participação ativa da comunidade escolar, e sem execução, um simples documento feito para cumprir exigências sem efeito positivo no processo. 

Considerando o artigo 13 da LDB/96, assevera que os docentes devem participar dessa elaboração e colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade (BRASIL, 1996). Nesse sentido cabe a coordenação pedagógica na função de articulador, sensibilizar e gestão escolar com fundamentos nas legislações vigentes, a garantia de participação ativa dos docentes na elaboração e colaboração do projeto. A coordenação pedagógica deve estar sempre munida das normativas, e usa- lá de forma sábia como ferramenta para o enfrentamento das resistências encontradas. 

A importância de construir o Projeto Político Pedagógico de forma coletiva, com objetivo de organizar o trabalho pedagógico, assim também se fundamenta o pensamento de Ferreira (2008), que contribui com essa reflexão indicando alguns aspectos que podem guiar a organização do projeto politico pedagógico de uma escola.

Todo projeto pedagógico é Projeto Político-pedagógico, na medida em que não se faz senão contextualizado a partir do diagnóstico da realidade em que se insere a unidade escolar.   

O PPP nasce de uma intencionalidade declarada, isto é, nasce com um propósito que é assumir uma ou mais categoria de análise, capaz(es) de favorecer a compreensão sobre a realidade; não é espontânea no sentido ingênuo do termo, embora possa (e até deva) acontecer respeitando o ritmo mais ou menos certo de seu lugar de origem, a instituição.  

Ao se organizar, o PPP configura a identidade da unidade escolar, valendo-se para isso de instrumentos para diagnósticos interno e externo da comunidade. Ao se desencadear, não apenas ao final, mas durante o processo de sua feitura, o PPP vai se apresentando não só como documento-referência, mas também como experiência concreta para a ação da escola.  

A elaboração do PPP da instituição questiona as bases da ação administrativa, docente e discente e culmina por exigir uma nova atitude escolar em todos os níveis da instituição, desde as estruturas relativas ao gerenciamento maior até, e principalmente, a organização do trabalho de sala de aula. 

Esse processo gradativo e natural que se organiza vai, também, pouco a pouco descortinando a necessidade da indissociabilidade teoria/prática, num exercício propiciatório à reflexão crítica e que visa a comprometer todos os sujeitos sociais com os problemas da Educação e, por extensão, da comunidade.  

Ao mesmo tempo, o clima democrático que se faz necessário instalar, acelera o processo participativo que, dialeticamente, alimenta a experiência de cidadania, fundamentais para superar o espírito individualista e autoritário presente na sociedade e em muitas instituições escolares. (FERREIRA, 2008, p. 33). 

  Tomando como base os aspectos norteadores citados por Ferreira (2008), entendemos que muito contribuem para a organização do Projeto Político Pedagógico. Destacando a importância da participação de todos na realização do diagnóstico, que apontará as dificuldades, como também na construção e organização das intervenções necessárias para a resolução dos problemas. A elaboração do projeto necessita de compromisso e participação de todos os atores responsáveis pela escola de forma direta e indireta, com o propósito de projetar metas, que possibilitem mudanças desejadas e ou necessárias. O envolvimento de todos nesta ação se dá a partir da mobilização conjunta da gestão, diretor e coordenação, principalmente do coordenador que é responsável pela articulação do fazer pedagógico. Portanto, “os responsáveis pela administração escolar devem despertar em todos os integrantes da escola, educadores, pais, alunos e comunidade, o desejo de participar”. (LIMA 2007, p.67).

 Nas respostas das coordenadoras percebe-se que há entendimento da importância de sua função na construção do Projeto Político Pedagógico de forma democrática que garanta a participação de todos os segmentos.

Com base nos autores citados, entendemos que o projeto Político Pedagógico, precisa ser construído e vivenciado a partir da prática das ações projetadas, por toda comunidade escolar. Entendemos que por ser um projeto construído com base na realidade, o mesmo deve estar em constante reformulação e atualização, acompanhando as mudanças do contexto social em que a escola esta inserida.

Seguindo com os questionamentos nos reportaremos ao que se referem à prática da coordenação pedagógica nas escolas públicas de São Félix do Xingu. Mais especificamente aos desafios enfrentados pelos profissionais da coordenação pedagógica, as coordenadoras responderam.

Coordenadora A:

 A complexidade do trabalho do coordenador, trabalhando dois segmentos (fundamental I e II),

Resistência de alguns profissionais;

Falta de formação continuada especifica para os coordenadores.

Coordenadora B:

O coordenador pedagógico por ser o um articulador das práticas pedagógicas, responsável principal da transformação do ambiente escolar, promove as inovações e contribui em um importante papel sobre a formação continuada dos professores. No entanto em meio a tantas relações de desempenho de  inúmeras funções, o coordenador pedagógico precisa suprir a necessidade da escola na falta de alguns profissionais, como orientador pedagógico, vice diretor. O coordenador é uma figura indispensável, para um bom andamento de uma instituição de ensino. São diversas as situações que o coordenador precisa fazer interferência, além das inerentes a sua função como: resolução de conflitos no espaço escolar, como também de ordem burocrática e organizacional (Ausência de professores, acompanhar entrada e saída de alunos). Na maioria das escolas o coordenador atua em mais de uma modalidade de ensino exemplo fundamental I e II.

A grande demanda de atividades são os desafios encontrados pelo coordenador quanto a sua função, falta tempo para realização do que realmente é especifico da sua função.

A influência do meio tecnológico é um desafio, pois as mudanças são evolutivas, e a escola não acompanha a atual mudança. A comunidade escolar vive uma realidade e convive com outra nos palcos escolares.

 Quando nos remetemos aos documentos que normatizam o sistema de ensino em todas as esferas, quanto à função do coordenador pedagógico, percebemos quão grande é a responsabilidade desta função. E quando ouvimos os relatos das coordenadoras sobre a função na prática essa medida de responsabilidade se amplia. Muitos são os desafios desta função. 

Percebe-se no relato da coordenadora B que falta esclarecimento quanto à função da coordenação por parte da gestão escolar. A atuação do coordenador pedagógico precisa ser entendida por todo o coletivo. Todo trabalho necessita de planejamento e direcionamento, não pode ser diferente no ambiente escolar, um planejamento eficiente, e o entendimento das atribuições de cada função, contribui para o bom funcionamento da instituição não acarretando desvio de função. Pois a função da coordenação pedagógica é desafiadora por si só como afirma Placco “o cotidiano do coordenador pedagógico ou pedagógico-educacional é marcado por experiências e eventos que levam, com frequência, a uma atuação desordenada, ansiosa, imediatista e reacional, às vezes até frenética” (PLACCO, 2003, p. 47).

Notamos também que a falta de pessoal para algumas funções, também tem levado a coordenação pedagógica a se responsabilizar por algumas atividades. Nesse sentido o coordenador envolvido nesse cenário, se obriga a atender a varias demandas, investindo seu tempo na resolução de atribuições que não são suas, faltando tempo para o faze pedagógico. Tempo para organizar formação continuada para sua equipe, e formação especifica para sua função, momentos de estudo.

A coordenação pedagógica precisa estimular a busca por um processo de ensino aprendizagem de qualidade, com foco na reflexão das práticas, esse processo só é possível se construído em parceria com os professores. Nesse sentido, “as possibilidades de contribuição do coordenador pedagógico estão situadas num espaço em que o refletir-junto e o construir-junto precisam ser aprendidos e vivenciados por toda a equipe” (BRUNO, 2012, p. 107). Acreditamos que atuação da coordenação pedagógica com foco no coletivo, e valorizando cada profissional na construção desse processo, possibilita vencer possíveis resistências.

 Os desafios referentes às mudanças da sociedade contemporânea exigem novas competências, como as tecnológicas, novas formas de realizar a ação pedagógica, novas metodologias. Isso nos leva mais uma vez a necessidade de atualização por meio de formação continua da equipe escolar, para atuação neste ambiente temático.   

 Acreditamos que o uso das tecnologias pode contribuir de forma significativa no processo de ensino aprendizagem. Nesse contexto Leite (2018) afirma que o professor é essencial nesse processo, se ele não souber trabalhar com os equipamentos tecnológicos, não haverá beneficio algum ao processo de ensino aprendizagem. Saber escolher e utilizar as tecnologias em uma aprendizagem tecnológica ativa são habilidades necessárias na atuação docente. 

 Kenski (2007, p. 18) afirma que “a escola também exerce o seu poder em relação aos conhecimentos e ao uso das tecnologias que farão a mediação entre professores, alunos e os conteúdos a serem aprendidos”. 

 Nesse sentido é necessário que o professor, para a utilização de recursos tecnológicos, tenha conhecimento e saiba utilizar tais recursos sendo possível assim identificar suas contribuições. Nesse cenário cabe a escola/ rede de ensino garantir acesso aos equipamentos e materiais, como também formação continuada, para professores e equipe escolar.

 Apesar dos desafios as coordenadoras demostraram motivação e entusiasmo ao relatar as ações que desenvolvem no cotidiano objetivando melhorias na qualidade do ensino.

       Ambas as coordenadoras dão ênfase a importância do trabalho coletivo buscando garantir a participação do professor na construção e execução dos projetos e ações (PPP). Como também promovem momentos para discussão das práticas, reflexão pessoal e troca de experiências. 

 O processo de ensino aprendizagem necessita também da parceria da comunidade, e da família, a atuação destes atores contribui muito com o processo, seja dentro dos conselhos escolares, nas reuniões bimestrais, nos momentos de acompanhamento individual dos alunos – nos plantões pedagógicos. 

 Os coordenadores pedagógicos da pesquisa valorizam as relações da comunidade com a escola, realizando ações de busca constante dos pais, na participação de atividades especificas da família na escola.

 Para a comunidade escolar, a figura do coordenador pedagógico no relato das entrevistadas é a de quem acompanha a dinâmica da escola, o desempenho dos professores e dos alunos nas aulas, auxilia e orienta na metodologia de ensino. Além de ser quem organiza eventos, e orienta os pais sobre aprendizagem dos filhos.

 A busca constante da parceria familiar contribui com a escola em todos os sentidos, a escola precisa estar preparada para ouvir a comunidade, as famílias, essa ação fortalece os vínculos e intensifica o entendimento e o respeito com a diversidade cultural e educacional da escola.

Em síntese, as coordenadoras pedagógicas entende a importância de sua função na articulação do respeito e aceitação da diversidade cultural e educacional no ambiente escolar. Relatam que proporcionam momentos de discursão sobre o regimento escolar, que trata dos direito e os deveres do aluno. E promovem projetos com objetivo de levar toda escola a refletir sobre saberes e vivencias culturais. Apropriação de conhecimentos e experiências que possibilitem as relações de mundo, exercendo sua cidadania e projeto de vida.

Considerações finais 

 O papel da coordenação pedagógica na escola pública, precisa ser compreendido pelo coordenador pedagógico. O coordenador precisa ter ciência da magnitude do seu papel nas ações pedagógicas, que devem se prioritárias em meio a grande demanda de ações designada a este profissional. 

 As ponderações teóricas apontadas nesta pesquisa mostram que o papel da Coordenação Pedagógica e a sua relação com o processo de Ensino Aprendizagem necessita de ações coletivas, que envolvam toda equipe escolar no mesmo objetivo. Apoio de gestores e equipe profissional que compreendam que o papel do coordenador é o fazer pedagógico.  A organização escolar elencada por uma gestão democrática possibilita melhores resultados no processo de ensino aprendizagem.

 Percebemos a importância e necessidade deste profissional na instituição escolar, com a missão de mediar, articular, formar e transformar o trabalho pedagógico, objetivando a qualidade no processo de ensino aprendizagem.

 Constatamos na pesquisa de campo, que a ação da coordenação pedagógica acontece com responsabilidade e fundamentação (teoria e prática), em meio a muito desafio que por vezes desvia o foco da ação pedagógica e formadora da coordenação pedagógica. Percebemos também a necessidade de formação especifica para este profissional.

  Nessas perspectivas, percebe-se a necessidade de atenção especifica dos gestores quanto à importância da ação do coordenador pedagógico no processo de ensino aprendizagem. Quanto a organização do espaço e do tempo deste profissional na instituição, para a garantia de ações efetivas no fazer pedagógico. Como também formação continuada para a coordenação pedagógica.

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