INCLUSION OF STUDENTS WITH ADHD: INTERVENTION STRATEGIES AND SCHOOL PERFORMANCE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102502181328
Lenilda Oliveira da Silva [1]
Resumo
O artigo aborda o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), destacando seu impacto no desempenho escolar de crianças e adolescentes e a necessidade de estratégias pedagógicas inclusivas. O objetivo é identificar práticas e intervenções educacionais que promovam a aprendizagem e o desenvolvimento integral desses alunos, minimizando os prejuízos causados pelo transtorno. A pesquisa adota uma revisão bibliográfica narrativa, analisando literatura relevante sobre diagnóstico, características do TDAH e métodos pedagógicos adaptados. Os resultados evidenciam que estratégias como organização do ambiente escolar, instruções claras, reforço da memória de trabalho e uso de métodos individualizados são eficazes para atender às necessidades específicas desses estudantes. Conclui-se que o papel da escola e do professor é crucial para criar condições favoráveis à inclusão e ao aprendizado, sendo necessário maior investimento em formação docente e políticas educacionais voltadas à inclusão. A pesquisa contribui para o entendimento das potencialidades dos alunos com TDAH, oferecendo subsídios teóricos e práticos para uma educação mais equitativa e acessível.
Palavras-chave:Inclusão. Intervenção. Desempenho escolar.
Abstract
The article addresses Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), highlighting its impact on the school performance of children and adolescents and the need for inclusive pedagogical strategies. The objective is to identify educational practices and interventions that promote the learning and integral development of these students, minimizing the damage caused by the disorder. The research adopts a narrative literature review, analyzing relevant literature on diagnosis, characteristics of ADHD and adapted pedagogical methods. The results show that strategies such as organization of the school environment, clear instructions, reinforcement of working memory and use of individualized methods are effective to meet the specific needs of these students. It is concluded that the role of the school and the teacher is crucial to create favorable conditions for inclusion and learning, and that greater investment in teacher training and educational policies aimed at inclusion is necessary. The research contributes to the understanding of the potential of students with ADHD, offering theoretical and practical subsidies for a more equitable and accessible education.
Keywords: Inclusion. Intervention. School performance.
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das condições neuropsiquiátricas mais prevalentes na infância, afetando de 4% a 10% das crianças em todo o mundo (ROHDE et al., 2004). Essa condição é caracterizada por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que podem comprometer significativamente o desempenho acadêmico, as interações sociais e o bem-estar emocional de quem é diagnosticado (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS, 2000).
No contexto educacional, alunos com TDAH frequentemente enfrentam desafios para acompanhar o ritmo das atividades propostas, apresentando rendimento escolar abaixo do esperado, o que exige atenção especial e estratégias pedagógicas inclusivas para minimizar esses prejuízos (SILVA et al., 2023).
Apesar dos avanços na compreensão científica sobre o TDAH, ainda existe uma lacuna na aplicação prática desse conhecimento no ambiente escolar. Segundo Reis e Camargo (2008), a tradução das descobertas neurobiológicas em intervenções educacionais eficazes é insuficiente, dificultando a implementação de abordagens que promovam o desenvolvimento integral e a aprendizagem de alunos com essa condição.
Nesse sentido, é fundamental que a escola desempenhe um papel ativo no desenvolvimento de estratégias que favoreçam a inclusão e o aprendizado, garantindo que esses alunos tenham oportunidades iguais de sucesso escolar.
Desse modo, este trabalho tem como foco analisar alternativas pedagógicas que promovam a inclusão de alunos diagnosticados com TDAH, explorando intervenções que viabilizem o desenvolvimento de suas capacidades e minimizem os impactos negativos do transtorno no desempenho escolar. A pesquisa busca responder à seguinte questão: quais estratégias pedagógicas podem ser utilizadas pela escola para minimizar os prejuízos decorrentes do TDAH no processo de ensino-aprendizagem?
Com isso, o objetivo geral desta pesquisa é observar se há, dentro da literatura, estratégias pedagógicas inclusivas que promovam o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem de alunos diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), minimizando os impactos negativos do transtorno no desempenho escolar.
Já os objetivos específicos são: Investigar o impacto do TDAH no desempenho escolar de crianças e adolescentes, considerando os desafios enfrentados no ambiente educacionale identificar estratégias pedagógicas e intervenções utilizadas por professores para atender às necessidades educacionais de alunos com TDAH.
A relevância desta pesquisa reside na possibilidade de contribuir para a construção de práticas pedagógicas mais inclusivas e eficazes, ampliando o entendimento sobre as potencialidades e limitações dos alunos com TDAH. Espera-se que os resultados ofereçam subsídios teóricos e práticos para profissionais da educação, ajudando a reduzir as desigualdades educacionais e a promover uma educação mais equitativa e acessível.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) da American PsychiatricAssociation (2013), o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é classificado como uma condição de neurodesenvolvimento, marcada por uma tríade de sintomas que incluem desatenção, hiperatividade e impulsividade em um grau excessivo e inadequado para a idade. Esses sintomas começam na infância e podem continuar ao longo da vida (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022).
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, conforme os autores Rohde e Halpern (2004) foi abordado, primeiramente, como uma questão médica, voltada para a área da psiquiatria e psicologia. Segundo Castro e Nascimento (2009, p. 10): “A CID-10 e o DSM são sistemas classificatórios modernos utilizados em psiquiatria, estes apresentam mais similaridades do que diferenças nas diretrizes diagnósticas para o transtorno, apesar de utilizarem nomenclaturas diferentes”.
Segundo Rodhe e Halpern (2014) a primeira descrição do transtorno foi observada por um pediatra, George Still, em 1902. O médico percebeu algumas alterações comportamentais de algumas crianças atendidas em seu consultório. A partir dessas observações o pediatra realizou um estudo, selecionando um grupo de crianças para observar o que causava essa alteração comportamental, se era um fator biológico, determinado por algum gene.
Porém, as crianças selecionadas por Still, hoje não seriam consideradas como TDAH, pois é um termo que está em constante transformação. Naquele momento, o pediatra selecionou crianças com deficiência mental, crianças com lesões cerebrais e crianças epiléticas. Mas, o que as tornavam semelhantes era o grau de inquietação que possuíam e uma dificuldade de atenção, tendo um impasse para relacionar algumas práticas que eram ensinadas.
As alterações que as definições vão sofrendo ao longo da história, é assinalada por Maia e Confortin (2015), apontando que ao longo dos anos, a hiperatividade passou por várias mudanças em sua terminologia, incluindo nomes como síndrome da criança hiperativa, reação hipercinética da infância, disfunção cerebral mínima, distúrbio de déficit de atenção, até chegar à denominação atual de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (MAIA; CONFORTIN, 2015).
Os autores Rohde e Halpern (2014) apontam que no ano de 1980, a Associação Americana de Psiquiatria adotou oficialmente o termo Transtorno do Déficit de Atenção. Porém, no ano de 1994, este termo foi atualizado para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Apesar de ser um tema muito pesquisado e estudado durante muito tempo, pouco se sabe sobre a causa real do transtorno, algo preciso. Entretanto, a influência de fatores genéticos e ambientais também se enquadram em uma possibilidade da síndrome.
Nesse contexto, Rohde e Halpern (2014), explicam que a contribuição genética para o TDAH é significativa; como ocorre com a maioria dos transtornos psiquiátricos, acredita-se que múltiplos genes de pequeno impacto sejam responsáveis por uma vulnerabilidade genética ao transtorno, à qual se somam diferentes fatores ambientais.
Dessa forma, o desenvolvimento e a progressão do TDAH em um indivíduo parecem depender de quais genes de suscetibilidade estão presentes, do grau de influência de cada um deles sobre a condição (ou seja, o tamanho do efeito) e da interação desses genes entre si e com o ambiente. Apesar de ser caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, o TDAH apresenta grande heterogeneidade, especialmente no nível fenotípico. É provável que diferentes casos com manifestações clínicas específicas também apresentem uma variedade de causas subjacentes (Silva, 2023).
Os autores, Rohde e Halpern (2014), esclarecem que além das condições genéticas, que podem levar a acreditar que algum tipo de gene contribui para o aparecimento da síndrome, ainda há os fatores biológicos, causados por fatores externos que auxiliam no processo de alteração dos genes, como o uso de tabagismo durante a gravidez, drogas e medicamentos usados durante o período gestacional. Fatores ambientais também podem interferir no desenvolvimento da criança. Como, por exemplo, ambientes onde possuem conflitos familiares excessivos, desencadeando uma série de sentimentos que alteram o desenvolvimento do indivíduo.
Após a breve explanação sobre o histórico do transtorno, cumpre apresentar alguns elementos que auxiliam na definição dele. Sabe-se que a definição conceitual de um transtorno tem muito elementos técnicos, contudo, as características e manifestações que auxiliam a definição do TDAH contribui para melhor apreensão do fenômeno além de auxiliar aos professores a melhor contribuir para aprendizagem do aluno com TDAH.
O TDAH é um dos distúrbios comportamentais comumente diagnosticados em crianças. Estes sintomas são mais perceptíveis no ambiente escolar, onde se identifica alguns sintomas como: desatenção, inquietude. Alguns sintomas, no entanto, podem manifestar-se precocemente, como inquietude no berço, crianças na pré-escola com mais energia que os demais da mesma faixa etária. Segundo Araújo (2002), é ao ingressar no ambiente escolar que apresentam maior predominância no sintoma de desatenção, o que acaba comprometendo o desempenho escolar desse aluno.
Este transtorno tem aparecido com variações na sua nomenclatura no decorrer da história, incluindo algumas denominações como Lesão Cerebral Mínima, Reação Hipercinética da Infância, Distúrbio do Déficit de Atenção ou Distúrbio de Hiperatividade com Déficit de Atenção/Hiperatividade (Poeta; Rosa Neto, 2006). Essas definições auxiliam na compreensão de algumas características observadas no aluno.
As definições apresentadas pelos teóricos reportam às características comuns nesse transtorno o que permite estudos apontarem a incidência dele. Desse modo, Lopes (2011) explica que o TDAH é uma das condições psiquiátricas mais comuns, com uma prevalência estimada entre 3 e 7% da população, de acordo com estudos epidemiológicos. Isso significa que, em uma sala de aula com 30 alunos, geralmente haverá um ou dois estudantes com TDAH, independentemente da classe social ou econômica.
Aproximadamente 60% desses indivíduos continuarão a apresentar alguns sintomas na vida adulta. A distribuição do TDAH na população é bastante uniforme, mesmo em países com culturas distintas, como Estados Unidos, Japão e Índia, embora pesquisas indiquem uma maior prevalência na Alemanha. Além disso, estudos revelam que a probabilidade de TDAH é sete vezes maior em famílias que já têm um membro com o transtorno, comparado a famílias que não possuem histórico da condição (Lopes, 2011).
O TDAH é caracterizado por uma variedade de características relacionadas com a falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Castro e Nascimento (2009), explicam que, os sintomas de desatenção incluem: dificuldade em focar nos detalhes ou cometer erros por descuido em atividades escolares e profissionais; dificuldade em manter a concentração em tarefas e atividades lúdicas; aparentar não ouvir quando alguém fala diretamente com a pessoa; não seguir instruções e não concluir tarefas escolares, domésticas ou profissionais; dificuldade em organizar tarefas e atividades; evitar ou hesitar em se engajar em tarefas que exijam esforço mental constante; perder objetos necessários para as tarefas ou atividades; ser facilmente distraído por estímulos externos à tarefa; e apresentar esquecimento em atividades diárias.
De acordo com Mattos (2013) alguns diagnósticos psiquiátricos mudaram um pouco na quinta edição da DSM. Outros, porém, tiveram mudanças significativas e novas propostas e outros foram abandonados. No caso do TDAH, foram poucas as modificações.
A lista de 18 sintomas, sendo 9 de desatenção, 6 de hiperatividade e 3 de impulsividade (estes dois últimos computados conjuntamente) permaneceu a mesma que na edição anterior. O ponto-de-corte para o diagnóstico, isto é, o número de sintomas acima do qual se faz o diagnóstico, também permaneceu o mesmo (6 sintomas de desatenção e/ou 6 sintomas de hiperatividade-impulsividade). No caso de adultos, este número passou para 5 sintomas, o que é um novo critério. A lista de sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade compreende o critério A. Todos estes sintomas, para serem considerados clinicamente significativos, devem estar presentes pelo menos durante 6 meses e serem nitidamente inconsistentes com a idade do indivíduo (ou seja, ser muito mais desatento ou inquieto do que o esperado para uma determinada idade) (Mattos, 2013, p. 50)
Além da desatenção é notado, também, a hiperatividade, caracterizada por comportamentos como: mexer as mãos ou os pés e se remexer na cadeira; levantar-se da cadeira em sala de aula ou em outras situações em que é esperado que permaneça sentado; correr ou escalar excessivamente em situações inadequadas; dificuldade em brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer; estar frequentemente agitado, como se estivesse “a mil”, e falar excessivamente (Castro; Nascimento, 2009).
A impulsividade é outra característica que também se manifesta na criança com TDAH e, conforme Castro e Nascimento (2009), “frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas; com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez; frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros”.
Silva (2014) acrescenta que quanto a sua classificação, a Associação Americana de Psiquiatria, ao publicar o DSM-IV, apresentou dois subtipos básicos e uma combinação de ambos: (a) déficit de atenção (DA, predominantemente desatento); (b) déficit de atenção (DA/HI, predominantemente hiperativo/impulsivo); e (c) déficit de atenção: (DA/C, ou misto, apresentando desatenção/hiperatividade/impulsividade).
A quinta e mais atual versão (DSM-V), não apresenta alterações relacionadas a nomenclatura do TDAH, em relação à anterior; entretanto, o referido manual acrescenta os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade também na fase adulta, com o propósito de contribuir para um diagnóstico mais preciso.
Os transtornos do neurodesenvolvimento geralmente se manifestam precocemente, frequentemente antes da criança iniciar a vida escolar. Eles são caracterizados por déficits no desenvolvimento que podem afetar o funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional. Esses déficits variam em intensidade, podendo abranger desde limitações específicas, como dificuldades de aprendizagem ou no controle de funções executivas, até prejuízos mais amplos, que impactam habilidades sociais ou cognitivas de forma global (DSM-5, 2014).
Desse modo, para se obter um diagnóstico clínico, esses sintomas devem persistir por, no mínimo, seis meses. Com isso, a criança deve apresentar níveis de desatenção e hiperatividade significativamente superior ao que seria esperado para sua faixa etária (DSM-5, 2014).
Freitas (2014) afirma que pesquisas recentes sobre a etiologia do TDAH indicam possíveis causas associadas a fatores exógenos e endógenos. Os fatores exógenos podem surgir na fase pré-natal, sendo provocados pelo uso de substâncias como drogas e álcool, além de doenças crônicas, hemorragias e outras complicações durante a gestação. Na fase perinatal, durante o parto, esses fatores podem causar problemas no desenvolvimento do bebê. No período pós-natal, estão relacionados a elementos que impactam diretamente o desenvolvimento da criança.
3 METODOLOGIA
A metodologia adotada para a construção desta pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa que busca reunir e analisar informações mais recentes e que sejam relevantes para esta pesquisa, isto é, com foco nas alternativas pedagógicas que possibilitem e viabilizem o desenvolvimento e desempenho dos alunos que foram diagnosticados com TDAH.
Segundo Rother (2007), os artigos de revisão narrativa são amplos e adequados para abordar e discutir o desenvolvimento ou o “estado da arte” de um tema específico, considerando perspectivas teóricas ou contextuais. Esse tipo de revisão não detalha as fontes de informação consultadas, os métodos empregados na busca das referências, nem os critérios utilizados para avaliar e selecionar os estudos analisados. Basicamente, consistem em uma análise da literatura disponível em livros, artigos de revistas impressas e/ou digitais, complementada pela interpretação e avaliação crítica do autor.
Dessa forma, foram estabelecidos critérios para a seleção dos estudos que compõem a revisão. Estes critérios podem incluir: publicações em periódicos científicos revisados por pares, livros sobre neurociências, estudos publicados nos últimos vinte anos, principais pesquisas que abordam as estratégias de intervenção e desempenho escolar de alunos com TDAH, entre outros critérios relevantes. Os estudos foram selecionados de acordo com os critérios estabelecidos. Os dados extraídos foram analisados e sintetizados para identificar padrões e tendências no conhecimento. Foram agrupados de acordo com temas ou tópicos relevantes, assim como: inclusão de alunos com TDAH, estratégias de intervenção e desempenho escolar.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para essa seção, apresentam-se os resultados encontrados a partir da revisão bibliográfica. Os resultados obtidos foram analisados com base no assunto deste estudo. A partir da análise, foram selecionadas categorias para discutir sobre os assuntos mais relevantes, assim como: Diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Estratégias educacionais aplicadas a alunos com TDAH no ambiente escolar e os métodos pedagógicos que favoreçam o desenvolvimento das potencialidades desses estudantes.
Diagnóstico Do Transtorno De Déficit De Atenção E Hiperatividade (TDAH)
De acordo com Ministério da Saúde (2022), o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) exige uma avaliação clínica e psicossocial minuciosa, realizada por profissionais de saúde, como psiquiatras, pediatras, neurologistas ou neuropediatras.
O processo de diagnóstico é multidisciplinar, isto é, envolve o acompanhamento de médicos, psicólogos e, no caso de crianças, a colaboração de familiares e professores (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2022). Esse procedimento tem como objetivo identificar os sinais e sintomas principais do transtorno, que incluem desatenção, hiperatividade e impulsividade, presentes de forma persistente em diferentes contextos e ao longo do tempo.
Os principais sistemas de classificação diagnóstica utilizados para identificar o TDAH são o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), e a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses sistemas possuem critérios diagnósticos semelhantes, mas o DSM-5 inclui algumas atualizações em relação à CID-10 (LACET; ROSA, 2017).
De acordo com informações disponíveis no documento do Ministério da Saúde (2022), o DSM-5, o TDAH é classificado em três subtipos:
- Predominantemente desatento: caracterizado por maior presença de sintomas de desatenção (ex.: dificuldade em manter o foco ou seguir instruções).
- Predominantemente hiperativo-impulsivo: envolve sintomas mais evidentes de hiperatividade e impulsividade (ex.: dificuldade em ficar parado ou controlar impulsos).
- Tipo combinado: apresenta uma combinação significativa de sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade.
Para melhor visualização sobre as características clínicas dos sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade para TDAH, utilizou-se o quadro descrito por Marcon; Sardagna e Schussler (2016, p. 104).
Quadro 1. Características clínicas do TDAH
Desatenção | Hiperatividade/Impulsividade |
1 – Frequentemente não presta atenção aos detalhes ou comete erros por descuido em atividades diárias. | 1 – Frequentemente agita as mãos, pés ou se remexe de maneira excessiva quando está sentado (a). |
2 – Dificuldade constante para manter a atenção em atividades escolares ou recreativas | 2 – Levanta-se em situações onde deveria permanecer sentado (a), como na sala de aula. |
3 – Muitas vezes parece não escutar quando é falado diretamente. | 3 – Corre ou sobe em lugares inadequados (em adultos, pode se manifestar como inquietação interna). |
4 – Com frequência, não segue instruções ou não conclui atividades e tarefas, sem motivo aparente. | 4 – Tem dificuldade para brincar ou se envolver em atividades de lazer de forma tranquila. |
5 – Encontra dificuldade para organizar suas tarefas e compromissos. | 5 – Está quase sempre muito agitado(a) ou age como se estivesse em movimento contínuo. |
6 – Evita, tem aversão ou reluta em realizar tarefas que exigem concentração e esforço mental prolongado. | 6 – Fala em excesso, muitas vezes sem controle. |
7 – Costuma perder objetos necessários para suas atividades diárias (lápis, livros, etc.). | 7 – Frequentemente responde antes mesmo de a pergunta ser concluída. |
8 – É facilmente distraído(a) por estímulos externos não relacionados à atividade que está realizando. | 8 – Demonstra dificuldade em esperar sua vez em filas ou situações de espera. |
9 – Esquece-se frequentemente de realizar atividades cotidianas. | 9 – Costuma interromper conversas ou se intrometer em atividades alheias, sem ser convidado(a). |
Fonte:Marcon; Sardagna; Schussler (2016, p. 104).
O quadro acima reflete as características principais do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), divididas em duas dimensões: desatenção e hiperatividade/impulsividade. Embora descritas de forma pontual, essas manifestações não podem ser compreendidas isoladamente, uma vez que afetam significativamente o comportamento e a interação social do indivíduo (Marcon; Sardagna; Schussler, 2016).
Os autoresainda comentam que a desatenção descrita nos comportamentos observados vai além de simples distrações pontuais. Ela representa uma dificuldade contínua de manter o foco em atividades que exigem esforço mental e organização, gerando um impacto direto nas tarefas escolares, profissionais e pessoais. Esse padrão de comportamento pode ser mal interpretado como falta de interesse ou desmotivação, quando na verdade há uma dificuldade real em concentrar-se por períodos prolongados.
Já os comportamentos relacionados à hiperatividade e impulsividade destacam uma dificuldade em controlar ações e movimentos, resultando em atitudes muitas vezes inadequadas ao contexto, como a inquietação em momentos que exigem calma e a interrupção de conversas. Esses aspectos não são apenas uma questão de energia excessiva, mas refletem um descompasso na regulação do comportamento, que pode se manifestar tanto de forma física (agitação) quanto verbal (falar em demasia) (Marcon; Sardagna; Schussler, 2016).
Por isso, é importante ressaltar que o TDAH se apresenta de forma diversa em cada pessoa e esses sintomas podem variar em intensidade e forma de acordo com o ambiente e as exigências. No ambiente escolar, por exemplo, a desatenção pode levar a um rendimento acadêmico abaixo do esperado, enquanto em ambientes sociais a impulsividade pode gerar dificuldades em relacionamentos interpessoais.
Com isso, o quadro 1 chama a atenção para a importância de uma compreensão multidimensional do TDAH. Não se trata apenas de desatenção ou hiperatividade isolada, mas de como esses fatores, juntos, impactam o cotidiano e as relações de uma pessoa com o transtorno. A reflexão sobre essas características reforça a necessidade de intervenções que considerem tanto o aspecto comportamental quanto o emocional, buscando promover uma melhor adaptação ao ambiente e reduzir os prejuízos associados ao transtorno.
De acordo com a CID-10, para que o diagnóstico seja confirmado, os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade devem estar presentes em múltiplos ambientes (como em casa e na escola) por pelo menos seis meses e devem se manifestar antes dos seis anos de idade (Lacet; Rosa, 2017).
Já o DSM-5 estende essa idade para até 12 anos. Além disso, é necessário que os sintomas causem prejuízo significativo no funcionamento social, escolar ou ocupacional do indivíduo.
De acordo com Donizetti (2022), o diagnóstico inclui a análise de relatos dos cuidadores e professores, no caso de crianças, assim como a aplicação de escalas de avaliação, como a SNAP-IV[2], para medir a frequência e a gravidade dos sintomas. Essas escalas ajudam a identificar os comportamentos típicos do TDAH, como falta de persistência em atividades, desatenção às instruções e comportamentos impulsivos.
Bordini et al. (2010) ainda comentam que o TDAH é mais frequente em meninos do que em meninas, e os sintomas podem variar de acordo com o gênero. Em meninos, o comportamento hiperativo e impulsivo é mais visível, enquanto as meninas tendem a apresentar sintomas de desatenção. Ademais, há uma maior prevalência do transtorno em crianças nascidas prematuras e em jovens que apresentam outros transtornos comportamentais, como o transtorno desafiador de oposição ou transtorno de conduta (Bordini et al., 2010).
Por isso, o TDAH pode gerar consequências significativas, especialmente no ambiente escolar e no desenvolvimento social das crianças. A falta de persistência nas tarefas, a distração constante e a impulsividade podem resultar em baixo desempenho escolar, dificuldades de socialização e, em alguns casos, desenvolvimento de problemas emocionais, como baixa autoestima, ansiedade e depressão. Nesse sentido, em adolescentes e adultos, o transtorno pode levar a complicações como uso de substâncias psicoativas e envolvimento em atividades de risco (Lacet; Rosa, 2017).
À vista disso, o diagnóstico precoce é essencial para garantir que os indivíduos com TDAH recebam o suporte necessário. O tratamento envolve, geralmente, uma combinação de intervenções comportamentais, educacionais e, em alguns casos, medicamentosas, com o objetivo de minimizar os impactos do transtorno na vida diária.
Estratégias educacionais aplicadas a alunos com TDAH no ambiente escolar
Alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresentam dificuldades em planejar e organizar atividades devido a disfunções executivas associadas ao transtorno. Assim, conforme Consenza e Guerra (2011), Davis e Kollins (2012) e Cantiere (2012), é fundamental estruturar o ambiente escolar de forma clara e previsível para promover a aprendizagem.
De acordo com Massalai, Pereira e Coutinho (2024), organizar ideias de maneira clara é essencial para apoiar alunos com TDAH. Dessa forma, propor instruções simplificadas e estruturadas podem facilitar o entendimento e a execução de tarefas. Diamond (2013), destaca que instruções claras ajudam a evitar distrações e tornam as metas mais acessíveis. Além disso, dar feedback constante e construtivo contribui para o processo de aprendizado. Perguntas como “Você sabe o que fez?” ou “Como poderia ter dito isso de outra forma?” incentivam a auto-observação e promovem a reflexão sobre comportamentos e ações.
Estabelecer expectativas claras é fundamental para alunos com TDAH. De acordo com Cosenza e Guerra (2011), o uso de sistemas de recompensas, como pontos ou incentivos, pode ajudar crianças menores a desenvolver comportamentos adequados. No caso de adolescentes e adultos, recompensar o alcance de metas comportamentais e acadêmicas aumenta a motivação. Incluir os alunos nas atividades, além de criar um ambiente de integração, também estimula o engajamento no aprendizado, um aspecto que fortalece a socialização e o vínculo com a escola.
É importante devolver a responsabilidade aos alunos, ensinando-os a identificar suas obrigações e expectativas. Relatórios diários de autoavaliação, aliados a discussões construtivas após as aulas, podem ser úteis para promover autonomia. Segundo Diamond (2013), planejar com antecedência e evitar situações inesperadas auxilia os alunos com TDAH a se manterem mais tranquilos e focados. O uso de aplicativos, como: o Trello, para gerenciar tarefas, pode ser uma estratégia eficaz para adolescentes e adultos.
Reforçar a memória de trabalho é essencial no ensino de alunos com TDAH. Conforme apontam Cosenza e Guerra (2011), práticas como recontar o que foi aprendido em aula e fazer leitura em voz alta estimulam a consolidação do aprendizado. A repetição contínua fortalece a memória de longo prazo e facilita a retenção do conhecimento. Além disso, guiar os alunos na organização de ideias por tópicos pode melhorar suas funções executivas, ampliando a capacidade de atenção e organização.
Preparar os alunos para a aula antes mesmo de ela começar é uma prática recomendada. Segundo Diamond (2013), fornecer informações prévias sobre o conteúdo e o material utilizado ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a prontidão. Para promover uma adaptação escolar inclusiva, um plano de ensino individualizado é indispensável. Incluir exercícios físicos regulares também é altamente benéfico. Estudos indicam que a atividade física intensa auxilia na liberação de energia, na concentração e na regulação hormonal, fatores que contribuem positivamente para a atenção e o bem-estar (DIAMOND, 2013).
Métodos pedagógicos que favorecem o desenvolvimento das potencialidades
A escola deve ter como objetivo principal o desenvolvimento integral de seus alunos, considerando as peculiaridades individuais e ajustando os métodos de ensino às suas necessidades específicas. É essencial utilizar variados recursos para avaliar o aprendizado e manter uma comunicação contínua com as famílias.
Nesse contexto, parafraseando as ideias de Castro e Nascimento (2009), há algumas estratégias que podem ser utilizadas em sala de aula e com alunos que possuem TDAH:
- Estabelecer normas claras de conduta;
- Reiterar as orientações, sempre que necessário;
- Manter contato visual frequente com o aluno;
- Posicionar o estudante próximo à mesa do professor;
- Organizar um cronograma previsível e anunciar com antecedência as atividades;
- Reduzir ou flexibilizar o tempo de provas, quando aplicável;
- Oferecer momentos de pausa ou a possibilidade de sair da sala;
- Priorizar a qualidade das tarefas de casa em vez da quantidade;
- Fornecer feedback constante, reforçando o comportamento esperado;
- Dividir tarefas extensas em partes menores e mais manejáveis;
- Encorajar o sucesso por meio de elogios, reforçando que o aluno é capaz;
- Aplicar estratégias criativas, como rimas, músicas ou resumos para fixar conteúdos importantes;
- Simplificar instruções e utilizar recursos visuais, como o uso de cores para destacar informações;
- Considerar alternativas para escrita manual, como provas orais;
- Indicar um colega de estudos para auxiliar em cada matéria;
- Manter um diálogo constante com os pais;
- Incentivar a prática de atividades físicas para canalizar energia e melhorar a concentração.
Desse modo, para aprimorar o ensino, o professor deve testar diferentes abordagens, avaliando os resultados por meio do retorno dos alunos. Isso permite identificar métodos que funcionam ou ajustar estratégias que precisam de melhorias. Conforme destacado por Filgueiras (2015), é necessário envolver os alunos no processo de aprendizagem, ouvindo suas dificuldades e opiniões. Assim, o educador rompe o paradigma de que o bom aluno é aquele que permanece imóvel e silencioso. O movimento é essencial para o desenvolvimento cognitivo, pois possibilita interações significativas com o ambiente escolar (SILVA et al., 2023).
Filgueiras (2015) enfatiza que mudanças de postura, deslocamentos e outras formas de movimento contribuem para a fluidez da atividade intelectual. O autor argumenta que variações na posição do corpo e na interação com o espaço podem aumentar o foco e o interesse na tarefa realizada. Dessa forma, o professor não deve desconsiderar o papel do aspecto psicomotor na aprendizagem, especialmente no caso de estudantes com TDAH.
Outro ponto relevante para a motivação dos alunos é considerar a Teoria das Inteligências Múltiplas. Segundo Golin (2016), essa teoria define a inteligência como um potencial biopsicológico que permite solucionar problemas ou criar produtos valorizados em diferentes contextos culturais.
Para alunos com TDAH, que apresentam dificuldades em manter a atenção em uma única atividade, atividades menos padronizadas podem ser mais eficazes. Essas propostas devem incentivar o uso de diferentes inteligências, como a interpessoal, intrapessoal, cinestésica, linguística, matemática, espacial, musical e naturalista, promovendo maior interação com os colegas. Gardner (1995), o pesquisador dessa teoria, destaca que as escolas precisam reconhecer as diferenças individuais entre os alunos, já que “nem todas as pessoas têm os mesmos interesses e habilidades” (Gardner, 1995 apudGolin, 2016, p. 81).
Por fim, Gardner (2016), argumenta que, mesmo quando o currículo padronizado é obrigatório, é possível integrar estratégias que aproveitem as múltiplas inteligências.Dessa forma, compreende-se que um currículo mais flexível pode ser decisivo para despertar o interesse dos estudantes com TDAH pela escola e favorecer a interação social com seus colegas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas análises realizadas, observou-se que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) impacta diretamente o desempenho escolar e as interações sociais dos alunos, exigindo estratégias pedagógicas inclusivas que promovam a superação desses desafios.
Desse modo, ao longo desta pesquisa, demonstra-se que o planejamento educacional voltado para as necessidades desses alunos contribui significativamente para o desenvolvimento das suas potencialidades e para a melhoria do desempenho escolar.
Dessa forma, foi possível identificar que o papel da escola e dos professores é determinante para criar um ambiente favorável à aprendizagem, especialmente ao adotar práticas pedagógicas individualizadas, organização do espaço escolar e estratégias que reforcem a autonomia e a participação ativa do aluno. O estudo também evidencia que o diagnóstico precoce, aliado ao suporte pedagógico adequado, é essencial para minimizar os impactos do transtorno no ambiente escolar.
Entretanto, a pesquisa apresenta limitações, como a ausência de estudos empíricos e a dependência de dados secundários, o que restringe uma análise mais prática da aplicação das estratégias identificadas. Sugere-se, para futuras investigações, a realização de estudos de campo que explorem a eficácia das intervenções pedagógicas em diferentes contextos escolares, bem como a inclusão de entrevistas com educadores e familiares para aprofundar a compreensão das necessidades e possibilidades de alunos com TDAH.
A pesquisa contribui para o entendimento e desenvolvimento de práticas pedagógicas mais inclusivas, evidenciando a importância de políticas educacionais que priorizem a formação docente contínua e o suporte a esses alunos, promovendo assim uma educação mais equitativa e acessível.
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[1] Discente do Curso Doutorado da Faculdad Interamericana em Ciências Sociales – FICS. e-mail: lenyldasilva@gmail.com
[2] De acordo com Marcon; Sardagna e Schussler (2016) o SNAP- IV é uma escala de avaliação utilizada para identificar e monitorar os sintomas do TDAH em crianças e adolescentes.