Mayra Gabriele de Oliveira Farias1; Bruna Michele de Oliveira2; Francisca Maysa Almeida de Sousa3; Analice Oliveira Umbelino4; Sheila Lima Sevalho5
1 Fisioterapeuta Formada pelo Centro Universitário de Manaus – FAMETRO.
2 Fisioterapeuta Mestre; Docente do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO.
3 Fisioterapeuta Formada pelo Centro Universitário de Manaus – FAMETRO.
4 Fisioterapeuta Formada pelo Centro Universitário de Manaus – FAMETRO.
5 Fisioterapeuta Formada pelo Centro Universitário de Manaus – FAMETRO.
RESUMO
O neonato internado em uma Unidade de Terapia Intensiva possui dependência, fragilidade e instabilidade, o que requer um cuidado específico, exigindo da equipe de saúde treinamento, perspicácia e sensibilidade para cuidar com segurança e totalidade. A fisioterapia e seu contínuo tratamento ao neonato nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal através de cuidados paliativos auxiliam tanto na extensão, como melhoram a qualidade de vida desses pacientes, o que resulta na redução do estresse proveniente da manipulação desses neonatos. Objetivo: analisar a atuação do fisioterapeuta no contexto da assistência paliativa a neonatos em Unidades de Terapia Intensiva, na qual o neonato possa ter uma melhora da qualidade de vida através da redução do estresse causada pela manipulação desse paciente. Metodologia: estudo de revisão de bibliografia, descritivo e de abordagem qualitativa, onde buscamos nas bases de dados disposta na internet estudos que tratavam da temática.Identificamos 21 estudos que enfatizavam a problemática da humanização na Unidade de Terapia Intensiva neonatal com ênfase na redução do estresse manipulativo através dos cuidados paliativos Resultados: existe uma escassez da oferta de cuidados paliativos por parte da rede pública brasileira de assistência à saúde. Conclusão: o fisioterapeuta deve considerar essas especificidades dos neonatos, ao atuar dentro da Unidade de Terapia Intensiva, evitando estresse por excesso de manipulação, em procedimentos como aplicação de gases medicinais, ventilação pulmonar mecânica invasiva e não invasiva.
Palavras-chave: Paliativismo. Cuidados Intensivos. Neonatologia. Fisioterapia.
ABSTRACT
The neonate hospitalized in an Intensive Care Unit has dependence, fragility and instability, which requires specific care, requiring training from the health team, insight and sensitivity to safely and completely care. Physiotherapy and its continuous treatment to the neonate in Neonatal Intensive Care Units through palliative care, help both in the extension, and improve the quality of life of these patients, which results in reducing the stress arising from the handling of these neonates. Objective: to analyze the role of the physiotherapist in the context of palliative care for neonates in Intensive Care Units, in which the neonate can have an improvement in the quality of life through the reduction of stress caused by the manipulation of this patient. Methodology: a bibliographic review study, descriptive and with a qualitative approach, where we searched the databases available on the internet for studies that dealt with the theme. We identified 21 studies that emphasized the problem of humanization in the neonatal Intensive Care Unit with an emphasis on reducing manipulative stress through palliative care. Results: there is a shortage of palliative care on the part of the Brazilian public health care network. Conclusion: the physiotherapist must consider these specificities of neonates, when working within the Intensive Care Unit, avoiding stress due to excessive manipulation, in procedures such as application of medicinal gases, invasive and non-invasive mechanical pulmonary ventilation.
Keywords: Palliative care. Intensive care. Neonatology. Physiotherapy.
INTRODUÇÃO
O neonato internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) possui dependência, fragilidade e instabilidade, o que requer um cuidado específico, exigindo da equipe de saúde treinamento, perspicácia e sensibilidade para cuidar com segurança e totalidade. Assim, a UTIN se mostra como um ambiente em que o cuidado deve estar para além das atividades técnicas e científicas, o que exige um olhar para a totalidade de todos os envolvidos na experiência de cuidado de um bebê gravemente doente (SILVA et al., 2017).
Nesse sentido, Maia (2016) considera que, por o neonato possuir anatomia e fisiologia diferenciada do adulto, com funcionamento distinto, em contínua modificação para aprimoramento de seus sistemas e adaptação ao novo meio ambiente, existe a necessidade de diferenciarmos a assistência, sendo que esta não pode ser entendida como resquício embriológico, tampouco como miniaturização do adulto.
Para Vignochi et al., (2010), há evidências de que os recém-nascidos possuem capacidade neurológica para perceber a dor, mesmo os pré-termos. A redução da dor, além de evitar riscos potenciais, evita que os neonatos, em uma fase difícil de adaptação à vida extrauterina, gastem energia para compensar essa adaptação. Esse deve ser o foco da assistência humanizada prestada dentro do ambiente da UTI neonatal. Diante do exposto, surgiu-nos o seguinte questionamento: quais as implicações dos cuidados paliativos fisioterapêuticos na redução do estresse de neonatos na UTI?
Segundo Silva e Duarte (2018), a fisioterapia e seu contínuo tratamento ao neonato nas UTINs, através de cuidados paliativos, auxiliam tanto na extensão, como melhoram a qualidade de vida desses pacientes, o que resulta na redução do estresse proveniente da manipulação desses neonatos. A UTI é imprescindível para uma assistência adequada a neonatos com prognósticos difíceis.
A atuação da equipe multidisciplinar de forma capacitada também reduz a mortalidade. Segundo a Gerência de Saúde Funcional do Governo de Goiás (GDF, 2016), o fisioterapeuta, além de atuar na redução da sintomatologia e melhorar o aspecto clínico dos neonatos, apresentam relevância diante da diminuição de estresse relacionado à manipulação desses neonatos dentro do ambiente da UTI.
Soares et al., (2013), destacaram que os cuidados paliativos neonatais são uma intervenção focada no recém-nascido e na sua família, baseada em cuidados holísticos que centram-se na prevenção e alívio do sofrimento, podendo iniciar-se em combinação com os cuidados curativos e prolongar-se depois da morte com o processo de luto.
Para Vasconcelos, Almeida e Bezerra (2011), o RN na UTIN pode tornar-se instável pela própria doença de base ou em função do tratamento que é imposto, como também pela utilização de medicações ou ainda pela ventilação mecânica. Esses fatores podem contribuir para que os RNs internados nessas unidades fiquem suscetíveis a adquirir infecções ou outras complicações, evoluindo com necessidade de acompanhamento da fisioterapia.
Segundo Maia (2016), a cobertura fisioterapêutica nas UTINs se faz necessário em virtude da população de RNs em risco, que necessitam de uma assistência que possa prevenir os transtornos em seu desenvolvimento neuropsicomotor, promover a otimização da função respiratória, a facilitação correlacionada às trocas gasosas, a manutenção da permeabilidade das vias aéreas, desmame da ventilação mecânica e da oxigenoterapia. Nesse ínterim, se houver uma assistência adequada de um fisioterapeuta, os agravantes para os neonatos graves podem ser minimizados, com evoluções promissoras.
A escolha da temática se deu pela necessidade de discutirmos, a relevância dos cuidados paliativos prestados aos neonatos que estejam em Unidade de Terapia Intensiva. Portanto, o objetivo estabelecido neste artigo que foi analisar a atuação do fisioterapeuta no contexto da assistência paliativa a neonatos em UTI, na qual o neonato possa ter uma melhora da qualidade de vida através da redução do estresse causada pela manipulação desse paciente.
METODOLOGIA
Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica, descritivo e de abordagem qualitativa, onde realizamos um levantamento através das fontes de buscas constituídas pelos recursos eletrônicos nas seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library On-line (Scielo), Lilac’s, e BVS publicadas no período de 2010 a 2020. Os descritores utilizados foram: “Paliativismo”, “Cuidados Intensivos”, “Neonatologia” e “Fisioterapia” e seus correspondentes em inglês.
A coleta foi realizada no decorrer do mês de Agosto de 2019. Sendo selecionados, incialmente, 106 artigos onde, após a aplicação da metodologia proposta, foram incluídos 21 títulos no estudo (Figura 1).
Figura 1 – Esquema da pesquisa bibliográfica.
Depois de identificar os artigos, estes foram analisados e os que atenderam aos critérios de inclusão (publicados a partir de 2010, indexados em revistas e em qualquer idioma), foram incluídos para registro. Os artigos com resumos e textos não disponíveis na íntegra, pesquisas com informações sobre publicações ausentes e artigos publicados em sites não científicos foram excluídos do presente estudo.
A seleção dos resultados utilizados nessa pesquisa foi realizada após a criteriosa leitura dos títulos e resumos das referências identificadas. Onde coletamos os seguintes dados: autor, data da publicação, título, objetivo do estudo, resultados e conclusão.
Para a fase de construção da análise e discussão dos resultados e referencial teórico, analisamos os artigos selecionados, em seguida, comparamos os dados evidenciados após a leitura dos artigos e acrescentamos ao referencial teórico. Nessa fase, também foi possível observar lacunas do conhecimento, assim como evidenciamos pontos essenciais para estudos futuros.
Os resultados apresentados na conclusão do estudo de forma clara e concisa buscou responder a problemática do estudo com ênfase nos objetivos propostos, assim como propor questões relevantes sobre a problemática. A pesquisa obedeceu aos critérios éticos da resolução 466/12 – CNJ que, considera o desenvolvimento e o engajamento ético inerente ao desenvolvimento científico e tecnológico, respeitando as citações e referências utilizadas.
RESULTADOS
Após a aplicação da metodologia proposta, identificamos 21 estudos (Tabela 1) que enfatizavam a problemática da humanização na UTI neonatal com ênfase na redução do estresse manipulativo através dos cuidados paliativos.
Tabela 1 – Quantitativo de títulos inseridos na pesquisa.
BASES DE DADOS | ||
Scielo | Lilac´s | BVS |
09 | 05 | 07 |
Além do quantitativo de estudos por base de dados, identificamos, entre os títulos obtidos, que os autores destacavam a temática da humanização na assistência ao recém-nascido no âmbito da Unidade de Terapia Intensiva neonatal divididos por ênfases: “Anatomia e fisiologia neonatal”, “Cuidados paliativos na UTI neonatal”, “Trabalho do fisioterapeuta na UTI neonatal” e “Redução do estresse nos neonatos” (Tabela 2).
Tabela 2 – Artigos utilizados no estudo, por ênfase.
Ênfase | Autor | Data | Título |
Anatomia e fisiologia neonatal | INÁCIO et al., LANNSKY et al., SILVA et al., SOARES; MENEZES | 2015 2014 2014 2010 | Psicologia e cuidados paliativos em UTI neonatal Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido. Fatores associados ao óbito neonatal de recém-nascidos de alto risco: estudo multicêntrico em Unidades Neonatais de Alto Risco no Nordeste brasileiro. Fatores associados à mortalidade neonatal precoce: análise de situação no nível local. |
Cuidados paleativos na UTI neonatal | SILVA et al., MAGALHÃES ARAÚJO BRAGA; QUEIROZ MENDES; SILVA; SANTOS. RABELO; RODRIGUES | 2017 2016 2015 2013 2012 2010 | Conhecendo as práticas de cuidado da equipe de enfermagem em relação ao cuidado na situação de final de vida de recém-nascidos. Sofrimento moral na equipe multidisciplinar na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica – Uma Revisão Sistemática. Atuação da fisioterapia respiratória na Síndrome de Edwards em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal em Santos-SP – relato de caso. Cuidados paliativos: o desafio das equipes de saúde. Cuidados paliativos neonatais e pediátricos para Portugal – um desafio para o século XXI. Saúde da família e cuidados paliativos infantis: ouvindo os familiares de crianças dependentes de tecnologia. |
Trabalho do fisioterapeuta na UTI neonatal | MAIA LIBERALI; DAVIDSON; SANTOS. SOARES et al., JOHNSTON et al., VASCONCELOS; ALMEIDA; BEZERRA. | 2016 2014 2013 2012 2011 | A fisioterapia nas unidades de Terapia Intensiva neonatal. Disponibilidade de assistência fisioterapêutica em unidades de terapia intensiva neonatal na cidade de São Paulo. End of Life in Neonatology: Palliative Care Integration. Recomendação brasileira de fisioterapia respiratória em unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal. Repercussões da fisioterapia na unidade de terapia intensiva neonatal. |
Redução do estressse nos neonatos | GIMENEZ et al., NOVAKOSKI et al., BIAZUZ; KUPKE ARARAKI et al., MEDEIROS; OLIVEIRA | 2020 2018 2016 2015 2013 | Dor Neonatal: caracterização da percepção do Fisioterapeuta na Unidade De Terapia Intensiva Neonatal. De volta ao ambiente líquido: efeitos da intervenção fisioterapêutica aquática realizada em prematuros. Clinical profile of newborns undergoing physical therapy in a neonatal intensive care unit. Importance of physiotherapy/nursing multidisciplinary integration about update newborn position in the neonatal intensive care unit. Investigação da lateralidade em recém-nascidos prematuros. |
LANZA et al., | 2010 | A vibração torácica na fisioterapia respiratória de recémnascidos causa dor? |
Alguns autores como Inácio et al., (2015), Lannsky et al., (2014), Silva et al., (2014) e Soares e Menezes (2010) enfatizavam a problemática do RN sendo assistido dentro do ambiente da UTI neonatal, enfatizando as questões anatômicas e fisiológicas específicas desses pacientes e relacionando os cuidados prestados inerentes à essas especificidades, assim como evidenciando sobre a mortalidade dessa população de estudo.
Outra questão evidenciada, diz respeito aos cuidados paliativos prestados ao neonato dentro da UTI, como destacado por Silva et al., (2017), Magalhães (2016), Araújo (2015), Braga e Queiroz (2013), Mendes, Silva e Santos (2012), Rabelo e Rodrigues (2010) que evidenciaram, principalmente, a escassez da oferta desses cuidados por parte da rede pública brasileira de assistência à saúde.
Já enfatizando o trabalho do fisioterapeuta dentro da UTI neonatal, alguns autores como Maia (2016), Liberalli, Davidson e Santos (2014), Soares et al., (2013), Johnston et al., (2012), Vasconcelos, Almeida e Bezerra (2011) destacaram, principalmente, a questão da temporalidade, pois trata-se de uma função recente, porém já regulamentada, protocolada e com seus objetivos bem definidos que, entre eles está oferecer uma sobrevida maior, amenização dos sintomas, redução de sequelas e até diminuição dos índices de mortalidade. Para esses autores, o fisioterapeuta é imprescindível como parte da equipe multidisciplinar dentro do ambiente da UTI neonatal (Tabela 3).
Tabela 3: Resultados referentes à Redução do estresse nos neonatos
Redução do estresse nos neonatos
Autores | Data | Resultados |
GIMENEZ et al., | 2020 | O fisioterapeuta vai intervir, principalmente |
NOVAKOSKI et al., BIAZUZ; KUPKE ARARAKI et al., MEDEIROS; OLIVEIRA LANZA et al., | 2018 2016 2015 2013 2010 | visando evitar agravamento de problemas respiratórios. Minimizar as sensações desagradáveis decorrentes do manuseio excessivo Redução do estresse assim como da morbidade neonatal. |
Quanto ao que concerne à redução do estresse dos neonatos através da manipulação destes, Gimenez et al.,(2020), Novakoski et al., (2018), Biazuz e Kupke (2016), Araraki et al., (2015), Medeiros e Oliveira (2013) e Lanza (2010) mencionaram que o fisioterapeuta é parte dessa equipe e realiza manuseios diversos durante sua rotina de atendimentos. Por isso, a preocupação do profissional em minimizar qualquer sensação desagradável ao RN deve ser estimulada a fim de garantir a excelência do cuidado.
DISCUSSÃO
Segundo Maia (2016), o neonato possui anatomia e fisiologia diferenciada do adulto, com funcionamento distinto, em contínua modificação para aprimoramento de seus sistemas e adaptação ao novo meio ambiente, onde há a necessidade de diferenciarmos a assistência, sendo que esta não pode ser entendida como resquício embriológico, tampouco como miniaturização do adulto.
Nesse contexto, no que se refere ao neonato internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), Inácio et al., (2015), definiram três categorias de recém-nascidos elegíveis para os cuidados paliativos neonatais: recém-nascidos no limite da viabilidade; neonatos com malformações congênitas incompatíveis com a vida; e recém-nascidos que não respondam às intervenções do cuidado intensivo.
Inerente a essa população específica, Lannsky et al., (2014), mencionaram a mortalidade neonatal, como o principal componente da mortalidade infantil desde a década de 1990 no país e vem se mantendo em níveis elevados, com taxa de 11,2 óbitos por mil nascidos vivos em 2010. A taxa de mortalidade infantil do Brasil em 2011 foi 15,3 por mil nascidos vivos, alcançando a meta 4 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, compromisso dos governos integrantes das Nações Unidas de melhorar a saúde infantil e reduzir em 2/3 a mortalidade infantil entre 1990 e 2015.
O aprofundamento desta problemática por meio de estudos multicêntricos dirigidos à promoção de práticas adequadas e melhoria da qualidade da atenção perineonatal, como de Silva et al., (2014), são exemplos de iniciativa e cooperação das redes neonatais multicêntricas nacionais e internacionais. Para Soares e Menezes (2010), no Brasil, a redução da mortalidade neonatal é um grande desafio para os serviços de saúde, governo e sociedade, pelas altas taxas vigentes concentradas nas regiões e populações mais pobres.
Em relação aos cuidados paliativos prestados a essa população dentro do âmbito da UTIN, Braga e Queiroz (2013) mencionaram que a primeira definição de cuidados paliativos publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) foi em
1990, na qual esses eram vistos como “os cuidados totais e ativos dirigidos a pacientes fora de possibilidade de cura”. Tal descrição foi aprimorada e em 2002 passou-se a delegar aos envolvidos com cuidados paliativos a função de, além de aliviar a dor e os desconfortos físicos, dar suporte religioso e psicossocial ao paciente e a seus familiares.
Nesse contexto, Magalhães (2016), relatou que essas ações não são restritas ao fim da vida, mas devem ser integradas aos cuidados curativos, aplicada de acordo com as necessidades e desejos individuais de cada paciente e seus familiares – questões biológicas (gravidade, prognóstico, tratamentos disponíveis para a doença), questões éticas (equilíbrio entre autonomia e beneficência, por exemplo) e pessoais ou culturais (valores e preferências diante da morte).
Segundo Silva et al., (2017), o neonato internado em uma UTI possui dependência, fragilidade e instabilidade, o que requer um cuidado específico, exigindo da equipe de saúde treinamento, perspicácia e sensibilidade para cuidar com segurança e totalidade. Assim, a UTIN se mostra como um ambiente em que o cuidado deve estar para além das atividades técnicas e científicas, o que exige um olhar para a totalidade de todos os envolvidos na experiência de cuidado de um bebê gravemente doente.
Araújo (2015) evidenciou que à medida que a morte se aproxima, o centro dos cuidados deve ser direcionado totalmente ao conforto do paciente, assegurando o não sofrimento. É, portanto fundamental, nas UTIs, tornar os momentos finais de vida uma experiência cercada de honestidade, dignidade, humanismo e respeito. Medidas reconhecidas como padrão em tratamento paliativo, tais como total conforto físico, o não prolongamento do processo de morte e a presença dos entes queridos são direitos da criança na hora de sua morte e precisam ser respeitados.
Corroborando, Rabelo e Rodrigues (2010), evidenciaram em seu estudo que persiste uma dificuldade, entretanto, na aplicação da terminologia “cuidados paliativos” às crianças e aos adolescentes, uma vez que o termo emergiu na atenção oncológica a pacientes terminais. Esta dificuldade possivelmente se reflete na ausência de oferta desses cuidados por parte da rede pública brasileira de assistência à saúde. Mendes, Silva e Santos (2012), revelaram que no contexto da criança, é importante considerar a questão dos pais, pois, estes se assumem como os primeiros cuidadores do seu filho doente. Todavia, a criação de serviços prestadores de cuidados paliativos pediátricos é recente devido ao fato de se acreditar que as crianças não devem morrer antes dos adultos, o que constitui um importante obstáculo para que a sociedade encare esta realidade.
A implementação dos cuidados paliativos em Neonatologia reveste-se de extrema relevância nos dias de hoje. Soares et al., (2013), destacam que, com o domínio da tecnologia nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais a partir dos anos 60, o limite de viabilidade para os recém-nascidos de pré-termo diminuiu de forma drástica, particularmente para os de muito baixo peso e muito baixa idade gestacional, aumentando proporcionalmente a probabilidade de sobrevivência com incapacidade severa.
O fisioterapeuta dentro dessa realidade, no que diz respeito a pratica clínica, é mencionado por Liberalli, Davidson e Santos (2014) como um profissional com a função na UTI neonatal que varia conforme o país. Além disso, a equipe de fisioterapia pode apresentar diferentes níveis de grau acadêmico e educação continuada. Em alguns países, inclusive no Brasil, são frequentemente realizadas técnicas de fisioterapia torácica controversas, como vibração, compressão-vibração torácica, percussão, técnicas de aumento do fluxo expiratório, hiperinflação manual com vibração e drenagem postural em unidades pediátricas.
Johnston et al., (2012), destacaram que a atuação de fisioterapeutas especialistas nas áreas de cuidados intensivos pediátricas e neonatais é recente no Brasil, com difusão dos cursos e treinamentos nessas áreas principalmente a partir do ano 2000. O fisioterapeuta que atua nessas áreas é responsável pela avaliação e prevenção cinético funcional assim como por intervenções de tratamento. Também atua junto à equipe multiprofissional no controle e aplicação de gases medicinais, ventilação pulmonar mecânica invasiva e não invasiva, protocolos de desmame e extubação da VPM, insuflação traqueal de gás, protocolo de insuflação/desinsuflação do balonete intratraqueal, aplicação de surfactante, entre outros.
Para Maia (2016), em algumas situações, a fisioterapia tem se mostrado uma intervenção prioritária, por promover a otimização da função respiratória, a facilitação correlacionada às trocas gasosas, a otimização da relação ventilaçãoperfusão, a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e o desmame da ventilação mecânica e da oxigenoterapia. Nesse ínterim, se houver uma assistência adequada de um fisioterapeuta, os agravantes para os neonatos graves podem ser minimizados, com evoluções promissoras.
Por outro lado, segundo Vasconcelos, Almeida e Bezerra (2011), o Brasil se organiza para oferecer uma assistência adequada aos neonatos em risco de morte. A inserção dos fisioterapeutas dentro das unidades de terapia intensiva aconteceu de forma ampla após a profissão ser reconhecida pelo Ministério da Saúde, com advento da Portaria GM/MS n° 3432/GM, de 12/08/1998, na qual se prevê a obrigatoriedade da presença deste profissional nas equipes de terapia intensiva neonatal e pediátrica.
Segundo Maia (2016) e Araraki et al., (2015), a intervenção clínica deste profissional visa evitar agravamento de síndromes aspirativas, na síndrome do desconforto respiratório, pneumonias, atelectasias, na prevenção de complicações provenientes da ventilação mecânica, secreções nas vias aéreas, nos casos com evoluções desfavoráveis à gasometria e/ou ao exame radiológico, sinais indicativos de possíveis problemas com a depuração ciliar, reduzir as incidências de complicações pulmonares, atelectasias pós-extubação e impactar positivamente o prognóstico, entre outros.
Outra situação mencionada por Novakoski et al., (2018) e Biazus e Kupke (2016), diz respeito ao período durante a internação em UTI Neonatal, onde os neonatos são vulneráveis à dor por ser um ambiente adverso. Concluíram que os neonatos estão expostos, nos primeiros 14 dias de vida, em média, a 23 processos dolorosos diários. Os procedimentos dolorosos vivenciados por esses neonatos, além de causar desconforto, podem alterar sua qualidade de vida e seu desenvolvimento neuropsicomotor, além de estresse, alteração nas variáveis fisiológicas e outras reações que contribuem para o desequilíbrio homeostático, de forma que a manipulação desses neonatos deve ser mínima, sinestésica e gentil.
Segundo Gimenez et al., (2020) e Liberali, Davidson e Santos (2014), a fisioterapia é parte da assistência multiprofissional proporcionada nas unidades de terapia intensiva. O contínuo desenvolvimento do tratamento fisioterapêutico nas UTIs neonatais levou a melhores técnicas e recursos para essa população, o que contribuiu para redução da morbidade neonatal, permanências mais curtas no hospital, e menores custos hospitalares.
CONCLUSÃO
Destacamos que os neonatos são indivíduos com caraterísticas anatômica e fisiologicamente peculiares, que sente e reage ao ambiente crítico da UTIN, o que pode resultar em estresse advindo da manipulação excessiva ou manipulação realizada de maneira incorreta, dessa forma o fisioterapeuta deve considerar essas peculiaridades ao atuar em procedimentos como aplicação de gases medicinais, ventilação pulmonar mecânica invasiva e não invasiva, manipulando o neonato de que atenda aos seguintes quesitos: toque mínimo, manipulação sinestésica e toque gentil.
Embora muito se discuta sobre cuidados paliativos e sobre a atuação do fisioterapeuta dentro das UTIN separadamente, destacamos a escassez de estudos que enfatizem as ações específicas deste profissional em relação ao estresse do RN, seja relacionado ao ambiente ou a manipulação, o que nos leva à sugestão de mais estudos sobre a temática.
REFERÊNCIAS
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