REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202511131333
Amanda Vidigal Maciel Dumont Viana¹
Brenner dos Santos Araújo¹
Elberte Espínola Rocha¹
Gabriel Duarte do Nascimento¹
Leandro Passos Gomes da Silva¹
Lucas Fonseca Moreira Marques¹
Suemar Leite de Oliveira¹
Warley Ferreira Martins¹
Orientadora: Profa. Silvana Julia da Silveira Diniz2
Resumo
O estudo aborda o uso da biomassa como fonte renovável de energia, destacando sua importância na diversificação da matriz energética brasileira e na redução das emissões de gases de efeito estufa. O objetivo foi identificar os principais tipos de biomassa utilizados na geração de energia, investigar seus impactos socioeconômicos e ambientais e analisar políticas públicas que incentivam seu uso. A metodologia consistiu em pesquisa bibliográfica e documental, com análise de oito artigos selecionados nas bases SciELO, EBSCO e Portal CAPES. Os resultados apontaram que a biomassa apresenta elevado potencial técnico e ambiental, especialmente pelo aproveitamento de resíduos agrícolas, florestais e urbanos. Contudo, sua expansão enfrenta desafios relacionados à infraestrutura, tecnologia e integração de políticas públicas. Conclui-se que o fortalecimento de investimentos e inovações tecnológicas é essencial para consolidar a biomassa como alternativa sustentável e economicamente viável na geração de energia no Brasil.
Palavras-chave: Biomassa. Energia renovável. Sustentabilidade. Matriz energética. Políticas públicas.
1. INTRODUÇÃO
A busca por alternativas energéticas sustentáveis tem se intensificado diante do cenário global de mudanças climáticas, da crescente demanda por energia e da necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Nesse contexto, as fontes renováveis de energia surgem como soluções viáveis e estratégicas, uma vez que utilizam recursos naturais que se regeneram naturalmente, como o sol, o vento, a água e a biomassa (Losekann; Tavares, 2020). Por serem menos poluentes e sustentáveis, essas fontes representam uma oportunidade para mitigar os impactos ambientais das formas convencionais de geração de energia e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento econômico e social (Baesso, 2020).
No caso específico da biomassa, trata-se de uma fonte de energia renovável que utiliza matéria orgânica de origem vegetal ou animal para geração de eletricidade, principalmente em usinas termelétricas. Segundo dados oficiais, essa modalidade foi responsável por 4,6% de toda a eletricidade consumida no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2023, com 637 empreendimentos em operação e uma capacidade instalada de 17.384 MW (Brasil, 2024). Entre os principais combustíveis utilizados destacam-se o bagaço da cana-de-açúcar, responsável por mais de 12.400 MW em 422 usinas, o licor negro oriundo da indústria de papel e celulose, os resíduos florestais, a lenha proveniente de reflorestamento e o biogás obtido em aterros sanitários (Brasil, 2024). Esse conjunto diversificado de recursos confere ao Brasil uma posição de destaque no cenário internacional, demonstrando o potencial estratégico da biomassa para diversificação da matriz elétrica e redução das emissões de carbono.
Dito isso, o problema de pesquisa que orienta este estudo é: “como a adoção da biomassa como fonte renovável de energia pode contribuir para a redução das emissões de carbono e para o fortalecimento da matriz elétrica brasileira?”. Essa problemática é importante na medida em que a geração de energia a partir de combustíveis fósseis ainda representa parcela relevante da produção global e está associada a elevados impactos ambientais, como afirma a Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2025a). A biomassa, nesse sentido, surge como alternativa promissora por aliar segurança energética, aproveitamento de resíduos e sustentabilidade ambiental.
Assim, a escolha do tema se justifica por sua relevância atual, aplicabilidade prática e potencial de transformação no setor energético. Investir em sistemas baseados em biomassa pode não apenas reduzir a dependência de fontes poluentes, mas também gerar benefícios ambientais, ampliar a segurança energética e fortalecer a matriz elétrica brasileira (Losekann; Tavares, 2020). Considerando os desafios energéticos e climáticos contemporâneos, este estudo representa uma oportunidade estratégica para o Brasil avançar em inovação, sustentabilidade e desenvolvimento de longo prazo.
Diante desse contexto, o objetivo geral deste trabalho é analisar as contribuições da biomassa como fonte renovável de energia para a redução das emissões de carbono, com enfoque no papel que desempenha na matriz elétrica brasileira. Como objetivos específicos, pretende-se identificar os principais tipos de biomassa utilizados na geração de energia; investigar os impactos sociais, econômicos e ambientais da sua adoção e analisar políticas públicas e iniciativas que incentivam seu uso.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Biomassa como fonte renovável
De acordo com Souza (2021), os combustíveis fósseis ainda predominam na matriz energética mundial, respondendo por cerca de 80% de toda a energia consumida no planeta, distribuída entre eletricidade, calor e transporte. Entre eles destacam-se o carvão mineral, o petróleo e o gás natural, amplamente utilizados não apenas para geração de energia, mas também como base de inúmeros produtos industriais, como o aço e o plástico. No entanto, a queima desses combustíveis libera dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa (GEE), que formam uma camada gasosa na atmosfera responsável por reter o calor, contribuindo para o aquecimento global e as mudanças climáticas (EPE, 2025b).
Ainda que os combustíveis fósseis tenham impulsionado importantes avanços tecnológicos e sociais, beneficiando o desenvolvimento social e possibilitando o progresso econômico, seus impactos ambientais e geopolíticos tornaram-se um dos maiores desafios contemporâneos (Souza, 2021). Contudo, cabe destacar que a instabilidade política entre países detentores de grandes reservas de petróleo, bem como as variações no preço do barril, sempre provocou crises energéticas e econômicas globais, o que incentivou várias nações, como o Brasil, a buscar por alternativas mais estáveis e sustentáveis (Ramos, 2023).
Nesse cenário, a transição para fontes renováveis de energia torna-se uma prioridade internacional. Governos e instituições privadas de diferentes países vêm adotando políticas e metas de redução de emissões, alinhadas à Agenda 2030 das Nações Unidas, que propõe um modelo energético mais limpo, seguro e acessível. Entre as fontes alternativas, a biomassa destacou-se como uma solução viável, devido ao seu baixo custo, abundância, caráter renovável e menor emissão de poluentes quando comparada aos combustíveis fósseis (ONU, 2015).
Paralelo a isso, no âmbito nacional, a geração de energia no Brasil passou por um processo de significativa expansão a partir da década de 1980, acompanhando o crescimento econômico e o aumento da demanda por eletricidade em diversos setores produtivos e, historicamente, a matriz energética brasileira foi fortemente dependente das usinas hidrelétricas, favorecida pela ampla disponibilidade de recursos hídricos no território nacional (Rezende, 2018). De acordo com Hein (2025), a hidroeletricidade ainda representa a principal fonte de geração de energia do país, com capacidade instalada em torno de 110.000 MW, distribuída em mais de 400 usinas em operação.
Assim, com a necessidade de diversificação da matriz energética, bem como de fontes renováveis de energia, a biomassa se destacou como uma alternativa promissora, capaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir para o equilíbrio entre crescimento econômico e sustentabilidade ambiental (Martins; Carrino, 2023). Dito isso, atualmente, a biomassa se destaca como uma das principais fontes de energia renovável no cenário energético mundial e brasileiro. Trata-se de um conjunto de matérias orgânicas (vegetais e animais) utilizadas para geração de energia a partir de processos naturais de decomposição e transformação química (Losekann; Tavares, 2020; Martins; Carrino, 2023).
Segundo Brasil (2025), no Balanço Energético Nacional (BEN), a biomassa ocupa a quarta posição na matriz energética brasileira, ficando atrás apenas da energia hidrelétrica, eólica e fóssil. Essa importância se deve, sobretudo, à abundância de recursos naturais, à diversidade climática e à capacidade agrícola do país, que favorecem a produção de diferentes tipos de biomassa.
Assim, na Figura 1 é ilustrado a matriz elétrica brasileira:
Figura 1 – Matriz Elétrica brasileira

Fonte: Hein (2025).
A biomassa brasileira é responsável por cerca de 8,55% da eletricidade produzida no país e apresenta grande potencial de crescimento, especialmente pela disponibilidade de resíduos agrícolas, florestais e industriais. O aproveitamento desses resíduos reduz impactos ambientais, promove o reaproveitamento energético de subprodutos e contribui para o desenvolvimento sustentável (Hein, 2025).
2.2 Principais tipos de biomassa e seu diferencial
Para Sousa et al. (2018), o Brasil investe em diversos tipos de combustíveis para geração de energia por meio da biomassa, como carvão vegetal, resíduos da madeira, bagaço de cana-de-açúcar, casca de arroz, amendoim, castanha e coco, bem como licor negro, biogás, capim-elefante e óleo de palmiste. Entre esses, o bagaço de cana-de-açúcar possui o maior potencial energético, representando cerca de 79% da geração total proveniente de biomassa. Dito isso, no Quadro 1 foi sintetizado as principais fontes de biomassa utilizadas na geração de energia no país:
Quadro 1 – Principais fontes de biomassa utilizadas na geração de energia no Brasil
| Categoria de Biomassa | Fontes Principais | Descrição e Características | Poder Calorífico Médio | Participação na Geração de Energia Total |
| Florestal | Lenha e carvão vegetal | Derivados de madeira (troncos, galhos e toras) utilizados como combustível direto ou transformados em carvão vegetal por carbonização ou pirólise. | Lenha: 3100 kcal/kgCarvão vegetal: 6460 kcal/kg | 8,5% (Brasil, 2025) |
| Resíduos de madeira | Subprodutos do processamento florestal (pó de serra, cavacos, maravalha, apara). Muito utilizados em caldeiras industriais. | 4024 a 4174 kcal/kg | 4,5% (Brasil, 2025) | |
| Licor negro | Subproduto líquido da indústria de celulose, com alto potencial energético e reaproveitamento térmico. | 2860 kcal/kg | 2,3% (Brasil, 2025) | |
| Agrícola | Bagaço e palha da cana-de-açúcar | Resíduos da produção sucroalcooleira. Utilizados na cogeração de energia elétrica e térmica. | 2130 kcal/kg (bagaço com 50% umidade) | 4,9% (Brasil, 2025) |
| Palha e casca do arroz | Resíduos do beneficiamento e colheita do arroz; utilizados em combustão ou pirólise. | 3200 a 3821 kcal/kg | 0,36% do total (Rezende, 2018) | |
| Capim-elefante | Gramínea de rápido crescimento e alta produtividade de biomassa por área. Usado em caldeiras para geração elétrica. | 4200 kcal/kg | 0,35% do total (Rezende, 2018) | |
| Palha do milho e da soja | Resíduos de colheita com potencial energético elevado; soja também utilizada para biocombustível. | Milho: 4227 kcal/kg Soja: 3487 kcal/kg | Uso incipiente, devido ao alto custo de coleta e transporte | |
| Rejeitos Urbanos e Industriais | Lixo urbano e esgoto | Matéria orgânica e resíduos celulósicos que podem ser convertidos em biogás por digestão anaeróbica. | 5000 a 7000 kcal/m³ (biogás) | 0,79% (Rezende, 2018) |
| Resíduos industriais | Subprodutos de abatedouros, destilarias, fábricas de alimentos e madeireiras, utilizados na geração de biogás. | ~5000 kcal/m³ | Representação residual, mas com potencial crescente |
Fonte: Rezende (2018); Brasil (2025).
De acordo com Rezende (2018), existem três tipos principais de biomassa: a primeira é a biomassa sólida, que é proveniente de resíduos agrícolas, florestais e industriais, além da fração biodegradável dos resíduos urbanos. A segunda é a biomassa de combustíveis gasosos, originada da degradação anaeróbia da matéria orgânica, formando o biogás, composto principalmente por metano (CH₄) e dióxido de carbono (CO₂). E a terceira é a biomassa líquida, resultante de processos como a fermentação de açúcares e a extração de óleos vegetais, originando o etanol e o biodiesel.
Assim, o grande diferencial da biomassa está em seu caráter renovável e cíclico, baseado no ciclo do carbono, conforme cita Martins e Carrino (2023). Segundo os autores, durante o processo de crescimento, as plantas realizam fotossíntese, absorvendo dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera e convertendo-o em matéria orgânica, que será utilizada como combustível na forma de biomassa. Quando essa biomassa é queimada para gerar energia, o CO₂ previamente fixado é liberado novamente na atmosfera, fechando o ciclo natural do carbono.
Dessa forma, a quantidade de dióxido de carbono emitida durante a combustão é, teoricamente, compensada pela quantidade absorvida durante o crescimento vegetal, o que mantém o equilíbrio atmosférico e reduz o impacto sobre o efeito estufa. Esse comportamento contrasta com o dos combustíveis fósseis, cuja queima libera carbono acumulado há milhões de anos, contribuindo para o aumento líquido de gases de efeito estufa. Assim, o aproveitamento energético da biomassa insere-se em uma dinâmica de carbono de curto ciclo, sendo uma alternativa promissora para a mitigação das emissões e a promoção de uma matriz energética mais limpa e sustentável. durante a queima da biomassa ocorre a liberação de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, que é reabsorvido pelas plantas durante a fotossíntese, completando um ciclo natural e sustentável (Martins; Carrino, 2023).
Esse ciclo é demonstrado na Figura 2:
Figura 2 – Ciclo energético da biomassa

Fonte: Mesquita (2021).
Além disso, o potencial energético da biomassa no Brasil é impulsionado pela sua biodiversidade e capacidade agrícola. Segundo Brasil (2023), as biomassas mais comuns no país são o bagaço e a palha da cana-de-açúcar, palha de milho, casca de arroz, resíduos da mandioca, do coco, do café e de oleaginosas como o dendê, babaçu, buriti e andiroba. Esse conjunto diversificado de matérias-primas torna o Brasil um dos líderes mundiais em capacidade instalada de bioenergia, ao lado da Índia e da China (Rezende, 2018).
O diferencial competitivo da biomassa brasileira está, portanto, na disponibilidade de matéria-prima, baixo custo de produção e potencial de geração descentralizada, fatores que contribuem para o fortalecimento de uma matriz energética mais limpa e sustentável. Contudo, segundo Martins e Carrino (2023), mesmo que essa fonte se apresenta como uma alternativa sustentável, barata e eficiente para geração de energia limpa, os autores alertam que seu uso crescente pode acarretar problemas ambientais, como o desmatamento e dificuldades de armazenamento e transporte, exigindo tecnologias e práticas de manejo adequadas.
2.3 Processos para obtenção da biomassa
A conversão da biomassa em energia elétrica envolve diferentes processos físico-químicos e biológicos, cada qual com especificidades técnicas. Castro (2018), Sousa et al. (2018) e Martins e Carrino (2023) destacam os principais métodos empregados na obtenção e aproveitamento energético da biomassa:
a) Combustão direta: é o método mais tradicional, baseado na queima da biomassa sólida em altas temperaturas e na presença de oxigênio, produzindo calor e vapor, que movimentam turbinas para gerar eletricidade. Esse processo é amplamente utilizado em usinas termelétricas e de cogeração.
b) Pirólise: consiste na decomposição térmica da biomassa em temperaturas entre 400°C e 600°C, na ausência de oxigênio. Gera produtos como carvão vegetal, bio-óleo e gases combustíveis, que podem ser utilizados para aquecimento ou geração de eletricidade.
c) Gaseificação: é um processo químico no qual a biomassa é parcialmente oxidada em ambiente controlado, resultando em um gás de síntese (syngas) composto por hidrogênio e monóxido de carbono. Esse gás possui alto poder calorífico e pode ser usado para gerar energia elétrica ou como insumo industrial.
d) Co-combustão: trata-se da substituição parcial do carvão mineral pela biomassa em sistemas de geração elétrica, o que reduz significativamente a emissão de poluentes e o acúmulo de resíduos no solo.
Além desses métodos, Sousa et al. (2018) mencionam outros processos complementares, como fermentação, liquefação, craqueamento, transesterificação e cogeração, cada um aplicável a diferentes tipos de biomassa e finalidades energéticas. A fermentação, por exemplo, é essencial para a produção de etanol; já a transesterificação é o principal método de obtenção do biodiesel. Assim, a sustentabilidade desses processos é uma preocupação constante, sobretudo nos países em desenvolvimento. Como destaca Colantoni et al. (2016), a biomassa tradicional ainda é amplamente utilizada para cocção e aquecimento doméstico, devendo ser manejada de forma adequada para evitar impactos negativos à saúde e ao meio ambiente.
3. METODOLOGIA
3.1 Abordagem da pesquisa
A presente pesquisa adota uma abordagem qualitativa e descritiva, de natureza básica e aplicada (Gil, 2002). É qualitativa porque busca compreender, por meio da interpretação de textos, dados e documentos, as implicações técnicas, ambientais e sociais do uso da biomassa como fonte renovável de energia, e descritiva, pois pretende identificar e analisar as características, vantagens e limitações dessa fonte energética, sem manipulação de variáveis.
3.2 Universo e amostra
O universo da pesquisa é composto pelo conjunto de estudos, relatórios e publicações científicas relacionadas à utilização da biomassa na geração de energia, tanto no Brasil quanto em âmbito internacional.
Assim, a amostra foi delimitada a materiais publicados entre 2015 e 2025, que tratam de temas como energias renováveis, sustentabilidade, matriz energética, políticas públicas e mitigação das emissões de carbono. Foram priorizados trabalhos acadêmicos (artigos, dissertações, teses), relatórios de instituições como EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ANEEL, Ministério de Minas e Energia, e publicações de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
3.3 Instrumento e coleta de dados da pesquisa
O instrumento utilizado para coleta de dados foi a pesquisa bibliográfica e documental, realizada por meio da análise de livros, artigos científicos, dissertações, teses, legislações e relatórios técnicos que abordam a produção de energia a partir da biomassa. A coleta foi feita em bases acadêmicas como SciELO, Portal CAPES e EBSCO, utilizando palavras-chave como “biomassa”, “fontes renováveis” e “energia renovável”.
Na base SciELO, foram encontrados 16 artigos, dos quais 14 foram excluídos por não atenderem aos critérios de relevância temática e atualidade, permanecendo 2 artigos incluídos para a análise final. Já na base EBSCO, foram identificados 9 artigos, sendo 5 excluídos pelos mesmos critérios e 4 selecionados para compor os resultados. No Portal CAPES, foram identificados 4 artigos, sendo 1 excluído por não atender aos critérios e 3 foram selecionados. Assim, ao todo, 9 artigos foram selecionados para compor os resultados e discussão.
3.4 Métodos de análise
Os dados coletados foram analisados de forma qualitativa e interpretativa. Assim, a análise foi estruturada em três eixos principais, de acordo com os objetivos específicos do trabalho: 1) Identificação dos principais tipos de biomassa utilizados na geração de energia; 2) Investigação dos impactos sociais, econômicos e ambientais da adoção dessa fonte; 3) Análise das políticas públicas e iniciativas de incentivo à utilização da biomassa no Brasil.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A seleção da amostra baseou-se em pesquisa bibliográfica nas bases SciELO, EBSCO e Portal CAPES usando as palavras-chave “biomassa”, “fontes renováveis” e “energia renovável”. A amostra final contou com 9 artigos selecionados.
Quadro 2 – Sintetização dos estudos selecionados
| Título | Autores e ano | Plataforma | Metodologia do estudo | Principais resultados |
| Biogas from solid residues generated in bioethanol production using banana biomass | Ribeiro et al. (2025) | SciELO | Artigo original, pesquisa aplicada, experimental e quantitativa. | Os resultados indicam que o bagaço do pseudocaule, as cascas de banana e a vinhaça têm viabilidade técnica e econômica para a geração de energia, contribuindo para a sustentabilidade no cultivo da banana. |
| Produção de carvão ativado a partir da pirólise da casca de laranja | Almeida et al. (2024) | Portal CAPES | Estudo experimental que utilizou casca de laranja seca como biomassa para a produção de carvão ativado por pirólise em reator de leito fixo, conduzida em duas temperaturas (500 °C e 600 °C) durante 30 min, com taxa de aquecimento de 30 °C/min. | O rendimento do carvão ativado foi de 27,09% a 500 °C e 18,09% a 600 °C. O desempenho de adsorção foi mais eficiente com baixa massa de carvão e alta concentração do corante, indicando elevado potencial de remoção de contaminantes. Os resultados confirmam a eficiência da biomassa da casca de laranja como matéria-prima sustentável para a produção de carvão ativado, com propriedades adsorventes adequadas e viabilidade ambiental e econômica. |
| Sustentabilidade e inovação em energias verdes: biomassa como alternativa energética renovável | Deitos et al. (2024) | EBSCO | Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. | A análise revelou que o aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos (RSU) oferece benefícios ambientais, sanitários e sociais, embora não apresente potencial suficiente para suprir a demanda elétrica nacional a longo prazo. Ressalta a importância da integração entre políticas públicas como a PNRS e o PROINFA, além da necessidade de um marco regulatório e financiamento adequados para ampliar o uso sustentável da biomassa como fonte energética. |
| Energias verdes: a biomassa como fonte energética no Brasil | Silva et al. (2024) | EBSCO | O estudo realizou uma revisão bibliográfica nas bases SciELO e Google Acadêmico, com foco em publicações em português dos últimos cinco anos | Os resultados mostraram que a biomassa tem papel relevante na diversificação da matriz energética nacional, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e o aproveitamento de resíduos agrícolas e florestais. Destacou-se o potencial da cana-de-açúcar na produção de etanol como exemplo de sucesso. No entanto, o estudo apontou desafios estruturais, como a falta de infraestrutura e práticas agrícolas sustentáveis, reforçando a necessidade de políticas públicas e inovações tecnológicas. |
| Biogás oriundo da biomassa residual nos serviços ecossistêmicos | Bühring & Silveira(2018) | SciELO | Estudo de revisão e análise conceitual sobre o aproveitamento de resíduos da produção animal (principalmente dejetos de animais confinados) para geração de biogás | O biogás produzido a partir de dejetos animais contribui para a mitigação de impactos ambientais, sem explorar diretamente os recursos naturais dos ecossistemas. Funciona como serviço de provisão (energia) e regulação (redução da poluição), mostrando que o aproveitamento de resíduos pode melhorar o bem-estar humano e a sustentabilidade na produção animal. O estudo evidencia trade-offs entre a produção de commodities e a manutenção dos serviços ecossistêmicos |
| Estudo da biomassa como energia renovável no Brasil a partir da matriz swot | Sousa et al. (2018) | EBSCO | O estudo utilizou a análise swot (strengths, weaknesses, opportunities, threats) como ferramenta metodológica para avaliar o papel da biomassa na matriz energética do Brasil, identificando suas potencialidades, fragilidades, oportunidades e ameaças. | Os resultados demonstraram que o Brasil possui um alto potencial para a geração de energia a partir da biomassa, devido ao clima favorável, vasta extensão territorial e disponibilidade de recursos agrícolas. Contudo, aspectos estruturais, logísticos e regulatórios ainda limitam sua expansão. |
| Biomassa como energia renovável no Brasil | Santos et al. (2017) | EBSCO | O estudo foi de natureza exploratória, baseado em pesquisa bibliográfica sobre diferentes tipos de biomassa disponíveis no Brasil. | O trabalho destacou que o bagaço e a palha da cana-de-açúcar são as fontes de biomassa mais promissoras no Brasil, devido à alta disponibilidade, constância da safra e infraestrutura existente para cogeração de energia. Observou-se que a cogeração a partir do bagaço da cana tem gerado excedentes energéticos em períodos de estiagem, tornando-se uma alternativa rentável e sustentável para as usinas |
| Potencial dendroenergético dos compartimentos da Acacia mearnsii cultivada no estado do Rio Grande do Sul | Silva et al. (2017) | Portal CAPES | O estudo foi conduzido em dois povoamentos da espécie Acacia mearnsii localizados no estado do Rio Grande do Sul, com idades variando de 1 a 7 anos. A biomassa foi quantificada por compartimento (folhas, casca, galhos vivos e madeira) em cada idade. Posteriormente, determinou-se o poder calorífico superior (PCS) das amostras. | O estudo evidenciou diferenças significativas no PCS entre os compartimentos analisados. A madeira foi o componente com maior contribuição para a energia total, demonstrando o alto potencial energético da espécie para geração de bioenergia renovável. |
| Avaliação dos fatores envolvidos na extração de lipídios da biomassa da microalga chlorella minutíssima via solventes | Zorn et al. (2017) | Portal CAPES | Estudo experimental realizado com a biomassa da microalga marinha Chlorella minutíssima, visando à extração de lipídios por meio do método de solventes clorofórmio–metanol–água, utilizando um arranjo ortogonal de Taguchi para otimizar o processo. | O processo resultou em um teor de 20% de lipídios na biomassa seca e uma eficiência de conversão de 94,45% na produção de biodiesel. As condições otimizadas de extração mostraram excelente custo-benefício e rendimento elevado, confirmando o potencial das microalgas como fonte renovável de biocombustível e alternativa sustentável para mitigação de gases de efeito estufa. |
Fonte: Elaborado pelos autores (2025).
A análise dos estudos evidencia o amplo potencial da biomassa como fonte de energia renovável, tanto em sua aplicação prática quanto em sua relevância ambiental e econômica. De modo geral, os resultados apontam que a biomassa contribui significativamente para a diversificação da matriz energética brasileira, oferecendo alternativas sustentáveis que reduzem a emissão de gases de efeito estufa e promovem o reaproveitamento de resíduos agrícolas, florestais e urbanos.
Os estudos de Ribeiro et al. (2025) e Almeida et al. (2024) ressaltam o avanço das pesquisas experimentais voltadas à conversão de resíduos orgânicos em energia. Ribeiro et al. (2025) demonstraram a viabilidade do uso do bagaço do pseudocaule e das cascas de banana para geração de biogás e metano, reforçando o potencial energético dos resíduos agroindustriais e sua contribuição para a sustentabilidade do cultivo.
Já Almeida et al. (2024) comprovou que a pirólise da casca de laranja é uma alternativa eficiente e ambientalmente segura, com rendimento superior a 27% e propriedades adsorventes ideais para o reaproveitamento industrial, destacando o papel da biomassa também na produção de insumos tecnológicos e ambientais.
As revisões integrativas de Deitos et al. (2024) e Silva et al. (2024) complementam esse panorama ao analisar o contexto nacional. Deitos et al. (2024). enfatizam o papel dos resíduos sólidos urbanos (RSU) na geração de energia e os benefícios socioambientais dessa prática, embora ressaltem as limitações de infraestrutura e o déficit de integração entre políticas públicas, como a PNRS e o PROINFA. Silva et al. (2024) reforça essa visão ao destacar que a biomassa, especialmente proveniente da cana-de-açúcar, tem sido essencial para o avanço das energias verdes no Brasil, ainda que desafios estruturais e a ausência de práticas agrícolas sustentáveis dificultem sua plena consolidação como principal fonte renovável.
No âmbito teórico e conceitual, o estudo de Bühring e Silveira (2018) amplia a discussão ao classificar o biogás como serviço ecossistêmico, conectando energia e meio ambiente. Essa abordagem demonstra que o aproveitamento de resíduos animais confinados para geração de biogás atua não apenas como serviço de provisão (energia), mas também de regulação ambiental, mitigando a poluição e contribuindo para o equilíbrio ecológico. Essa visão reforça a importância da biomassa como componente da bioeconomia circular, onde resíduos são reintegrados ao sistema produtivo com valor agregado.
No campo estratégico, Sousa et al. (2018) e Santos et al. (2017) destacam o potencial competitivo da biomassa brasileira. Sousa et al. (2018), utilizando a matriz SWOT, identificaram que o país possui mais forças do que fraquezas na produção de energia a partir da biomassa, em função da disponibilidade de recursos naturais e clima favorável. Contudo, ambos os estudos apontam a necessidade de reformas estruturais, incentivos tecnológicos e políticas integradas para superar gargalos logísticos e regulatórios que ainda limitam a expansão do setor.
Por fim, Silva et al. (2017) e Zorn et al. (2017) representam vertentes de aplicação diferenciadas da biomassa. Silva et al. (2017) comprovaram o elevado potencial dendroenergético da Acacia mearnsii, com produtividade crescente conforme a idade da planta, consolidando sua viabilidade para geração de bioenergia florestal. Já Zorn et al (2017). demonstraram a eficiência da biomassa de microalgas na produção de biodiesel, com teor de lipídios de 20% e conversão de 94,45%, reforçando o valor das biotecnologias emergentes na transição energética sustentável.
5. CONCLUSÕES
A presente pesquisa permitiu compreender de forma ampla as contribuições da biomassa como fonte renovável de energia e seu papel estratégico na matriz elétrica brasileira. Em relação ao objetivo geral, constatou-se que a biomassa representa uma alternativa viável e sustentável para a diversificação energética, contribuindo diretamente para a redução das emissões de carbono e para a transição rumo a uma economia de baixo impacto ambiental.
No que se refere ao primeiro objetivo específico, identificaram-se os principais tipos de biomassa empregados na geração de energia, entre eles os resíduos agrícolas (como o bagaço e a palha da cana-de-açúcar), florestais (lenha e resíduos de madeira), urbanos e industriais (resíduos sólidos e efluentes), além de fontes emergentes como microalgas e resíduos orgânicos. Cada uma dessas categorias apresentou potencial técnico distinto, dependendo das condições regionais e da tecnologia de conversão utilizada.
Quanto ao segundo objetivo específico, observou-se que a adoção da biomassa apresenta impactos sociais, econômicos e ambientais positivos, como a criação de novas cadeias produtivas, a geração de empregos e o aproveitamento de resíduos que antes eram descartados de forma inadequada. Entretanto, também foram identificados desafios, como a necessidade de maior investimento em infraestrutura, o aperfeiçoamento logístico e a mitigação de possíveis impactos ambientais decorrentes do uso intensivo de recursos naturais.
Por fim, no terceiro objetivo específico, a análise das políticas públicas e iniciativas de incentivo evidenciou avanços significativos, especialmente a partir de programas como o PROINFA e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Contudo, a falta de integração entre as esferas municipal, estadual e federal, bem como a ausência de marcos regulatórios mais claros e de incentivos financeiros específicos, ainda limitam o avanço da biomassa como protagonista da matriz energética nacional.
Conclui-se, portanto, que a biomassa tem potencial expressivo para consolidar o Brasil como referência mundial em energia renovável, desde que sejam fortalecidas as ações conjuntas entre ciência, tecnologia, setor produtivo e gestão ambiental. Para trabalhos futuros, recomenda-se o desenvolvimento de estudos comparativos regionais e experimentais que analisem a eficiência energética, os custos de implementação e os impactos socioambientais de diferentes tecnologias de conversão de biomassa, ampliando a base científica e técnica para políticas públicas mais eficazes e sustentáveis.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem às famílias, amigos, à orientadora e à faculdade UNA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1Graduação em Engenharia Elétrica – Grupo Ânima Educação.
2Professora e orientadora
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