FERRAMENTAS DE INOVAÇÃO COMO ESTOPIM À CULTURA EMPREENDEDORA NAS MPE’S

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7293635


Hugo Bueno Badaró1
Orientadora: Profa. MSc. Olinda Marinho2


RESUMO

Este artigo abordará a inter-relação entre a Inovação e a Cultura Empreendedora nas MPE’s, evidenciando a problemática causada pela ausência dessa cultura nas bases do empreendedorismo, e demonstrando assim os benefícios alcançados para a Cultura Empreendedora por meio da implementação da metodologia ALI, do Programa Brasil Mais, com aplicação de ferramentas de inovação em algumas empresas do Brasil, mais especificamente do estado do Amazonas, sendo elas as empresas Rebool Camisaria, SS Distribuidora e Drogaria Rio Amazonas (DRA).

Palavras-Chave: Cultura Empreendedora; Inovação; Ferramentas de Inovação; MPE’s; Programa Brasil Mais.

1– INTRODUÇÃO

O Programa Brasil Mais/ ALI é um programa proveniente da parceria entre o SEBRAE, CNPq, SENAI, ABDI, Ministério da Economia e o Governo Federal, tendo por principal objetivo auxiliar as micros e pequenas empresas, por meio de ferramentas de inovação, a alcançarem melhoria da produtividade através da redução dos custos e (ou) aumento do faturamento através de ferramentas práticas, promovendo assim, a expansão da cultura empreendedora na sociedade. Por meio disso, alinhado as dimensões do projeto, foi selecionado a temática “Inovação para Cultura Empreendedora nas MPE’s” que demonstrará como tais ferramentas podem auxiliar no desenvolvimento da cultura empreendedora nas empresas, por meio da problemática encontrada na Ausência da Cultura Empreendedora nas MPE’s.

Desta forma, iniciou-se a construção dos objetivos gerais e específicos sendo eles, respectivamente, “Demonstrar a Melhoria da Cultura Empreendedora das MPE’s por meio da aplicação de Ferramentas de Inovação”, para que desse modo possamos visualizar a necessidade de desenvolvimento da cultura empreendedora no país, como também a necessidade de implantação de ferramentas de inovação no dia a dia de cada empresa; e Especificamente “Identificar as principais dificuldades encontradas para se desenvolver a cultura empreendedora no dia a dia das empresas”; “Analisar as ferramentas de inovação utilizadas na metodologia do projeto como formas de catalisadores para o desenvolvimento da cultura empreendedora”; “Mensurar os resultados obtidos com a aplicação dessas ferramentas de inovação nas empresas delimitadas”.

Os objetivos obtidos foram de encontro com o título do trabalho, “Ferramentas de inovação como estopim à cultura empreendedora nas MPE’s”, nos permitindo pontuar e embasar todo o escopo do trabalho.

Quanto à perspectiva metodológica, o trabalho é de natureza exploratória, de abordagem qualitativa, utilizando-se das fases e ferramentas trabalhadas na metodologia do Programa Brasil Mais/ ALI, através da Coleta de Dados e Revisão Literária por meio do Radar da Inovação (diagnostico de maturidade empresarial do sistema ALI) e do Jamboard (plataforma de interação/ lousa virtual do Google), onde está inserida todas as ferramentas e dados coletados nas empresas dentro do projeto.

Como sujeitos desse artigo, foram analisadas as micros e pequenas empresas participantes do projeto, todas de setores distintos, a Empresa Rebool Camisaria, Empresa SS Distribuidora e a Empresa Drogaria Rio Amazonas (DRA), presentes no estado do Amazonas.

Deste modo, investigou-se qual é a real contribuição das ferramentas de inovação para auxiliar no desenvolvimento da cultura empreendedora. Acredita-se que a utilização de forma constante das ferramentas de inovação no dia a dia das empresas pode trazer uma melhora significativa em sua cultura empreendedora, seja ela na área administrativa, financeira ou operacional, promovendo uma melhoria em cadeia em todos os ramos da empresa.

2– DESENVOLVIMENTO

2.1– Embasamento Teórico

Segundo uma reportagem da BBC (2011, online), a cultura empreendedora no Brasil está abaixo da média mundial quando comparada com a de outros vinte e quatro países, afirmando que, “num índice que vai de 1 a 4, o Brasil obteve 2,33 – abaixo da média global de 2,49, sendo que os países com maior cultura empreendedora, segundo a pesquisa, são Indonésia (2,81), Estados Unidos (2,80) e Canadá (2,78)”.

Como podemos observar através dos dados mostrados acima, o Brasil tem se mantido abaixo da média global no que concerne à cultura empreendedora, o que nos mostra a necessidade de planejamento e ações que possam melhorar o empreendedorismo no país, fazendo com que as empresas tenham, através dessa cultura, uma maior taxa de aproveitamento e sucesso nos negócios.

De acordo com THOMAS & MUELLER, SHANE, KIRKWOOD e DAVIDSSON apud BONACIM, DA CUNHA e CORRÊA (2009):

[…] não são apenas as características e competências pessoais que influenciam a formação do perfil empreendedor e de novos empreendimentos. Deve-se ter em mente que características culturais específicas também podem direcionar os comportamentos a ações tidas como empreendedoras, […] sendo possível ao empreendedor interiorizar uma cultura empreendedora em ambientes que a transmitam, podendo ser seu ambiente de formação educacional – faculdade ou família, ou absorver uma cultura regional. (p.6)

Desse modo, podemos entender que a cultura empreendedora ou empreendedorismo não é algo exclusivamente intrínseco, ou seja, que nasce em nós, mas sim algo que pode ser moldado e construído com o passar dos tempos, vivências e estímulos que surgem a nós no decorrer de nossas vidas, sendo assim, algo também extrínseco a nós. Como afirma Emmendoerfer apud Schmidt (2008, p.04), quando diz, “o ser humano não nasce empreendedor, ele desenvolve essa característica no meio em que vive, e o ambiente, tanto a época quanto o lugar, é um influenciador positivo ou negativo dessa tendência”. O que nos faz entender um pouco melhor o conceito de empreendedorismo, que segundo SEXTON e KASARDA apud DE CASTRO (2014):

é o processo de descobrir ou desenvolver uma oportunidade para então, gerar valores através da inovação e, agarrando tal oportunidade sem levar em conta um ou outro recurso (humano e capital), como também, sem levar em consideração a posição do empreendedor dentro da nova ou já existente empresa. (p.106)

A Cultura Empreendedora, para BALBI et al (2009, p.21), “é de fundamental importância, pois representa a essência do empreendedorismo sendo o cenário para o fomento da inovação, da busca, seleção e identificação de oportunidades […]”. Visto isso, nota-se a relevância dessa cultura na sobrevivência de toda e qualquer empresa, o que comprova ainda mais a necessidade de ações e ferramentas que contribuam para o aumento dela no país.

Dessa forma, o uso de ferramentas de inovação, como aconteceu durante todo o Programa Brasil Mais/ ALI, podem ser um ponto vital na criação e desenvolvimento dessa cultura empreendedora dentro das empresas, pois incentiva a ação, planejamento, interação e diversas outras práticas que trazem uma consciência mais ativa para os empresários, como diz PROZCZINSKI e STEINBRUCH (2014):

outro fator muito importante é a promoção de ações que incitem a cultura empreendedora dos empresários brasileiros […] como, ações de formação, palestras, divulgação de casos de sucesso podem aumentar a assimilação dessa cultura que é vital para a manutenção de negócios inovadores. (p.23)

Nesse sentido, ainda de acordo com PROZCZINSKI e STEINBRUCH (2014, p.02) “os Ambientes de Inovação têm um papel fundamental na orientação das empresas […] assim como na conscientização da importância de uma cultura empreendedora que vá além das fronteiras”. Para DRUCKER (1986, p.349), “precisamos de uma sociedade empreendedora, na qual a inovação e o empreendimento sejam normais, estáveis e contínuos”.

Para OLIVEIRA (2009, p.12) “a inovação está intrínseca à estratégia; a inovação é uma questão única permanente às mudanças nas empresas”; BESSANT e TIDD (2007), reconhecem a necessidade de inovação nas empresas para garantir sua sobrevivência e desenvolvimento no mercado.

Além disso, segundo SCHMIDT (2008, p.02), “por meio desse ambiente inovador há a possibilidade de trabalhar baseando-se em estratégias e planejamento, que são os alicerces da cultura empreendedora, diminuindo as incertezas nas oportunidades de negócios e gerando uma forte vantagem competitiva para os grupos que a possuem”. Como também menciona CHUNG e GIBBONS (1997), quando dizem que os possuidores desta cultura conseguem trabalhar melhor em ambientes incertos, criando uma fonte de vantagem competitiva para si.

Percebe-se, portanto, conforme afirma DE CASTRO (2014), que:

ser empreendedor não é apenas abrir ou adquirir um negócio, é preciso prospectar oportunidades, estabelecendo valores e melhorando concepções e, assim, poder assumir riscos inerentes a quaisquer investimentos. Vale ressaltar que, em todos os conceitos que se pode ter de empreendedorismo, palavras como inovação, oportunidades, mudança e iniciativa estão sempre presentes. (p.106)

Desse modo, visto a importância desses conceitos, e como eles podem fazer a diferença no dia a dia das empresas, como também a ligação que eles possuem um ao outro (inovação/ cultura empreendedora), nota-se a necessidade de trabalhar esses aspectos de forma direta e prática, de tal modo que a aplicabilidade deles seja algo simples de se obter, como por exemplo, através de ferramentas de inovação que possibilita o alcance de resultados a curto e médio prazo (através dos resultados obtidos pela própria ferramenta) e também a longo prazo (através do desenvolvimento de uma cultura empreendedora por meio da aplicação das mesmas).

2.2– Delimitação do artigo

O artigo em questão visa analisar a evolução da cultura empreendedora nas Micros e Pequenas Empresas (MPE’s), por meio da aplicação de ferramentas de inovação no dia a dia empresarial. Para chegar no objetivo proposto, serão analisadas as três (3) seguintes empresas de setores distintos presentes no estado do Amazonas: Empresa Rebool Camisaria e SS Distribuidora, ambas situadas na cidade de Manaus e, a Empresa Drogaria Rio Amazonas (DRA), situada no município de Tefé – Interior do Amazonas.

Inicialmente analisaremos as principais ferramentas utilizadas no projeto e os benefícios obtidos por elas no cotidiano das empresas e, por fim, nos aprofundaremos nos resultados obtidos a partir da aplicação dessas mesmas ferramentas.

2.3– Justificativa

O presente artigo visa apresentar a relação da inovação com a potencialização da cultura empreendedora nas micros e pequenas empresas (MPE’s), tendo por principal relevância e contribuição a evidenciação da evolução dessa cultura por meio da metodologia e ferramentas de inovação aplicadas no dia a dia empresarial.

Ao mesmo tempo, o artigo estará contribuindo para dar condições de continuidade a evolução da cultura empreendedora nas empresas do Amazonas e do Brasil por meio do exemplo das aplicações de ferramentas de inovação no dia a dia das empresas atendidas pelo Programa Brasil Mais/ ALI.

2.4 – Procedimentos metodológicos

O projeto será desenvolvido por meio de Pesquisa Qualitativa, obtida através das fases e ferramentas utilizadas na metodologia do Programa Brasil Mais/ ALI, aplicadas em cada empresa. O método utilizado será Coleta de Dados e Revisão Literária por meio do Radar da Inovação (diagnóstico de maturidade empresarial do sistema ALI) e do Jamboard (plataforma de interação/ lousa virtual do Google), onde está inserida todas as ferramentas e dados coletados nas empresas dentro do projeto em cada um dos nove (9) encontros presentes nos quatro (4) pilares do programa: “Problema, Solução, Implantação e Avaliação, completando assim, os dados e informações essenciais para o desenvolvimento do presente artigo.

2.5– Aplicação e Resultados da Metodologia do Programa Brasil Mais/ALI

2.5.1– Problemas e Discussões

As Empresas Rebool Camisaria, SS Distribuidora e a Drogaria Rio Amazonas (DRA), todas de setores distintos, possuíam um ponto em comum antes do Programa Brasil Mais, a necessidade de desenvolver a cultura empreendedora para terem maior resiliência e melhor desenvolvimento no dia a dia. Os problemas priorizados nessas empresas, foram todos voltados aos processos internos, na primeira empresa o problema foi voltado ao processo de gestão de pessoas, na segunda empresa foi relacionado ao processo de gestão de estoque e passo a passo das atividades e, na terceira empresa fez referência aos processos de produção.

.5.2– Ferramentas de Inovação e sua aplicação

As etapas e ferramentas utilizadas no desenvolvimento do projeto foram de fundamental importância para resolução dos problemas e estabelecimento da cultura empreendedora nas empresas. Sabendo disso, se faz necessário aqui a menção e apresentação de todas as ferramentas utilizadas no projeto, juntamente com suas funções e abrangência.

Iniciando na Ferramenta de Priorização de Problemas (Figura 01), através de sua aplicação, foi possível enxergar de forma mais ampla os problemas presentes no cotidiano das empresas e nivela-los de acordo com o nível de prioridade e impacto, tanto nos custos quanto no faturamento.

Figura 01: Priorização de Problemas

Fonte: Jamboard Projeto ALI (SEBRAE, 2020)

Nessa etapa de mapeamento e priorização dos problemas, todos os empresários aqui mencionados priorizaram problemas que fazem relação ao ajuste de seus processos, sejam relacionados a pessoas, marketing, estoque e outros. Após isso, passamos para a etapa de ideias de solução, onde foi pensado inúmeras ideias para solução dos problemas que anteriormente foram encontrados no decorrer de seus processos.

A etapa de Perguntas-Chave e Ideias de Solução (Figura 02) foi uma etapa fundamental, pois ela possibilitou a empresa desenvolver e visualizar inúmeras ideias que as auxiliariam a chegar em seu objetivo esperado, e assim, solucionar os problemas apresentados.

Figura 02: Mapeamento de Soluções

Fonte: Jamboard Projeto ALI (SEBRAE, 2020)

Nas Empresas aqui mencionadas, as ideias de solução foram diversas, ficando em destaque as ideias voltadas a organização dos processos internos, onde as ferramentas de inovação utilizadas para auxiliar nesse processo e desenvolver todo o acompanhamento, foram de vital importância para se chegar aos objetivos estabelecidos. Iniciando pela ferramenta de perguntas chaves, que nos ajudaram a entender melhor o problema e o que já havia sido feito para solucioná-lo no cotidiano da empresa, para a partir daí, pensarmos em uma ideia que tivesse maior possibilidade de sucesso e que não tivesse sido testada anteriormente.

Após essa etapa inicia-se a etapa seguinte, o Plano de Ação (Figura 03), onde será acrescentado todos os demais problemas e ações que não foram priorizadas para serem trabalhados de forma paralela as ações priorizadas no projeto, com o objetivo de melhorar a empresa como um todo.

Figura 03: Plano de Ação

Fonte: Jamboard Projeto ALI (SEBRAE, 2020)

Na etapa do Plano de Ação os empresários podem se aprofundar e abranger seus maiores gargalos através da estrutura do plano que, contempla desde o tema e ação que serão desenvolvidas, até a data e o status de conclusão daquela ação, onde será acrescentada todas as informações necessárias para que as ações sejam realizadas, sejam elas ações da própria empresa, como também ações externas (entre consultorias, capacitações e etc.).

Finalizado a etapa do plano de ação inicia-se as etapas de Monitoramento da Prototipagem e Monitoramento da Validação do Protótipo (Figuras 04 e 05), onde acontece um acompanhamento de como anda o processo de prototipagem (testagem), como também o processo de validação da ideia de solução, pensada nas ferramentas anteriores, para solucionar o problema priorizado da empresa, ou seja, aquele problema que possui um maior impacto no dia a dia da mesma.

Figura 04 e 05: Monitoramento da Prototipagem e da Validação do Protótipo

Fonte: Jamboard Projeto ALI (SEBRAE, 2020)

Na utilização dessa ferramenta podemos observar como está o andamento do protótipo com base nas empresas, quais as maiores dificuldades e obstáculos encontrados no caminho, e assim alinhar os pontos necessários para que a ideia continue em desenvolvimento. Após o desenvolvimento e validação do protótipo com os clientes ou público interno, passamos à etapa de implementação através do Plano de Implantação (Figura 06), onde é feito todo o planejamento para a aplicação definitiva da solução na empresa.

Figura 06: Plano de Implantação (5W2H)

Fonte: Jamboard Projeto ALI (SEBRAE, 2020)

O plano de Implantação é a etapa onde se aplicam definitivamente as ideias de ação nas empresas, após as etapas de testagem e validação aplicadas nas empresas, servindo como um passo a passo para a implantação da mesma. Seguindo para a etapa de Monitoramento da Implantação (Figura 07) que serve para monitorar o planejamento, a implantação e a pós implantação, assegurando-se que a implantação seja desenvolvida e executada diariamente na empresa conforme o planejado.

Figura 07: Monitoramento da Implantação

Fonte: Jamboard Projeto ALI (SEBRAE, 2020)

Após a etapa de Monitoramento da Implantação, inicia-se a etapa de Mensuração Inicial T0 e Final TF (Figura 08 e 09) para conseguir coletar o Indicador de Produtividade e assim verificar a evolução da empresa dentro do programa.

Figura 08 e 09: Mensuração T0 e TF

Fonte: Jamboard Projeto ALI (SEBRAE, 2020)

Durante as etapas de Mensuração Inicial e Final pode-se avaliar os indicadores de Produtividade de todos participantes do projeto. Inicia-se com a mensuração inicial T0, que acontece no início da aplicação do Programa para verificar como está o nível de produtividade da empresa antes de sua participação e resultados obtidos dentro da jornada, e finda-se com a mensuração final TF, que acontece no último encontro do projeto, três meses após o fechamento do ciclo, para que possamos observar quais resultados foram obtidos com essa aplicação e assim pensar em ações que possibilitem ajustar e reaplicar continuamente o ciclo de melhoria da produtividade do Programa Brasil Mais, gerando uma espécie de melhoria continua na empresa, empresário e funcionários.

Através da utilização de todas essas ferramentas e todo significado que elas trazem, pode-se visualizar a importância da aplicação dessa metodologia no dia a dia empresarial, contribuindo não somente com as ações específicas encontradas por meio delas, mas também auxiliando no desenvolvimento de algo muito maior, o desenvolvimento do senso e cultura empreendedora no pensamento, dia a dia, empresa e vida de todos os envolvidos direta ou indiretamente no projeto.

2.5.3– Resultados obtidos

Os resultados obtidos pelas empresas aqui priorizadas foram bem promissores, mesmo com os obstáculos e dificuldades encontradas no caminho, as empresas conseguiram entender e absorver bem a proposta e metodologia do projeto, fixando algumas das ferramentas utilizadas em suas atividades diárias, possibilitando-as terem uma visão mais clara e ampla de suas ações e processos internos, como também um melhor acompanhamento de seus resultados.

A aplicabilidade das ferramentas, juntamente com a estrutura e planejamento obtidos, ajudaram muitas dessas empresas a se reinventarem e melhorarem seus processos internos de forma radical, melhorando não só a relação interpessoal com seus colaboradores, mas também a forma de gerir, acompanhar e mensurar todos os processos provenientes da empresa, melhorando drasticamente a tomada de decisão e cultura empreendedora no dia a dia desses gestores e dessas empresas.

De modo geral, o faturamento das empresas aqui analisadas aumentaram em média 25% em comparação a primeira mensuração feita em outubro do ano passado, mostrando que a aplicação da metodologia do Programa Brasil Mais obteve bons resultados logo em seu início, pouco tempo após sua execução, gerando um enorme potencial de crescimento e desenvolvimento nesses negócios e em seus setores mais distintos, auxiliando no planejamento e execução, como também nas tomadas de decisões nos ambientes e atividades empresariais cotidianas.

2.5.4– Impacto da Metodologia na Produtividade das Empresas

O Programa Brasil Mais/ ALI possui uma metodologia bem extensa de diagnósticos, ferramentas e métricas de acompanhamento para auxiliar e orientar as micro e pequenas empresas em todas as etapas do processo. Para avaliar o resultado de toda essa metodologia e sua aplicação, temos o Radar da Inovação (o qual comentaremos no tópico seguinte) e o Indicador de Produtividade, ambos auxiliando e gerando dados para uma melhor tomada de decisão do empresário, um melhor aproveitamento no projeto e para visualizar a evolução das empresas dentro do mesmo.

O Indicador de Produtividade é responsável pela mensuração do índice de produtividade da empresa por pessoa ocupada, dado esse sendo de fundamental importância para a consolidação do projeto, visto que o mesmo possui objetivo central voltado ao aumento da produtividade. Para medir esse indicador é necessário, a utilização de três dados, sendo eles o faturamento bruto (que corresponde ao total faturado, ou então, a multiplicação do preço do produto ou serviço pelo número de unidades comercializadas), o custo variável (correspondente ao gasto que varia de acordo com a produção ou execução do serviço) e quantidade de pessoas ocupadas (que seriam as pessoas que trabalharam ou executam alguma atividade na empresa, seja ela funcionário, sócio, entre outros).

A mensuração do indicador de produtividade é dívida em duas etapas, uma que acontece entre o início e o meio do projeto, denominada “Mensuração Inicial T0”, para avaliar como estava a produtividade da empresa no início ou anteriormente a participação no projeto; e a outra que acontece após o termino do ciclo do projeto, denominada “Mensuração Final TF”, para avaliar a evolução da empresa e assim verificar os resultados obtidos pelas empresas através do projeto como um todo, obtendo assim uma análise comparativa e conseguindo visualizar os benefícios no cotidiano das empresas. As empresas atendidas tiveram resultados bem significativos nas suas métricas de produtividade, como veremos a seguir nas imagens comparativas coletadas dos materiais de acompanhamentos das empresas aqui priorizadas. Iniciando pela empresa Rebool Camisaria (Quadro 1), podemos observar que apesar de seu valor de produtividade por pessoa ocupada final estar menor que o inicial, pode-se visualizar que os custos variáveis tiveram uma boa redução, deixando o índice de produtividade final bem próximo ao índice inicial, mesmo o mês final mensurado sendo um mês bem atípico e fraco para a empresa. Outro ponto que veremos mais a frente é a grande evolução que a empresa Rebool e as demais tiveram no radar da inovação, gerando impacto significativo não só na Produtividade, mas em todas as ramificações das empresas.

Quadro 1 – Mensuração Inicial e Final Empresa Rebool Camisaria

INDICADOR DE PRODUTIVIDADE EMPRESA REBOOL CAMISARIA
MENSURAÇÃOFaturamento Bruto (R$)Custos Variáveis (R$)Pessoas OcupadasProdutividade por pessoa ocupada
INICIAL (T0)492.247,12126.590,08527.031,87
FINAL (TF)443.749,40108.590,08556.093,80

Fonte: Dados da Pesquisa (Jamboard, 2022)

A empresa SS Distribuidora (Quadro 2), assim como a anterior, teve melhorias em diversos setores, um deles foi o resultado bem significativo em sua produtividade, saindo do valor de R$ 10.410,00 para o valor de R$ 19.252,78 por pessoa ocupada, efetivando um aumento de quase 100% do valor anterior, o que possibilitou a empresa ter uma gestão mais tranquila, estruturada e produtiva.

Quadro 2 – Mensuração Inicial e Final Empresa SS Distribuidora

INDICADOR DE PRODUTIVIDADE EMPRESA SS DISTRIBUIDORA
MENSURAÇÃOFaturamento Bruto (R$)Custos Variáveis (R$)Pessoas OcupadasProdutividade por pessoa ocupada
INICIAL (T0)297.448,54193.341,551010.410,70
FINAL (TF)529.751,19317.970,711119.252,78

Fonte: Dados da Pesquisa (Jamboard, 2022)

Por fim, a empresa Drogaria Rio Amazonas (DRA – Quadro 3) conquistou uma evolução média de 75% do seu índice de produtividade inicial, através de um aumento de mais de vinte e cinco mil reais em seu faturamento bruto, contribuindo não só para a lucratividade do empresário e empresa, mas também para um melhor desenvolvimento de suas atividades internas, melhoramento na gestão e gerência da empresa, como também para a melhoria dos processos e da cultura empresarial da mesma.

Quadro 3 – Mensuração Inicial e Final Empresa Drogaria Rio Amazonas (DRA)

INDICADOR DE PRODUTIVIDADE EMPRESA DROGARIA RIO AMAZONAS (DRA)
MENSURAÇÃOFaturamento Bruto (R$)Custos Variáveis (R$)Pessoas OcupadasProdutividade por pessoa ocupada
INICIAL (T0)117.060,7677.303,82152.650,46
FINAL (TF)143.556,7582.613,00144.535,12

Fonte: Dados da Pesquisa (Jamboard, 2022)

Deste modo, ao analisarmos de forma quantitativa os impactos e resultados obtidos nas empresas, nota-se que após a aplicação da metodologia do programa, as empresas aqui mencionadas tiveram mudanças significativas em seus processos e rotinas, conquistando um aumento médio de 50% no indicador de produtividade em comparação a mensuração anterior, um resultado mais que satisfatório visto o pouco tempo de aplicação do projeto nas mediações das empresas.

2.5.5– Análise Comparativa das Dimensões do Radar da Inovação

Para termos embasamento e dados o suficiente para executar o projeto, bem como para avaliar o processo e evolução (análise comparativa) da empresa, temos o Radar da Inovação (Figura 10), que serve para medir o grau de maturidade de um pequeno negócio, permitindo ao gestor e sua equipe refletir sobre o estágio atual da empresa e atuar para elevar os seus indicadores de produtividade através das perguntas e diagnóstico feitos com base nas dimensões e temas apresentados no radar, alcançando os níveis de maturidade (do 1 a 5) que representam a empresa.

Figura 10: Gráfico do Radar da Inovação com suas Dimensões e Temas

Fonte: Slide Projeto ALI (SEBRAE, 2020)

A figura acima mostra de forma detalhada o gráfico do radar da inovação, todas as suas dimensões e a exemplificação dos níveis de maturidade que serão encontrados para cada empresa, indo do 1 ao 5.

Para visualizarmos de forma mais prática e termos um comparativo da evolução da empresa dentro do projeto, apresentarei o radar inicial e final de todas as empresas aqui acompanhadas, para podermos visualizar a importância do projeto e como ele impactou de forma positiva as dimensões e temas que estão diretamente ligadas a cultura empreendedora.

Iniciando pela empresa Rebool, Camisaria (Gráfico 1 e 2), podemos observar que ela teve uma evolução significativa em praticamente todas as suas dimensões e temas, com ênfase nas dimensões de Gestão por Indicadores, Gestão das Operações e Marketing que obtiveram um aumento maior, o que ilustra bem a importância dessas ferramentas para evolução da maturidade das empresas, alcançando assim melhores índices de produtividade e cultura empreendedora em meio a sociedade.

Gráfico 1 e 2 – Radar da Inovação Inicial e Final Rebool Camisaria

Fonte: Dados da Pesquisa (Radar da Inovação, 2022)

Na empresa SS Distribuidora (Gráfico 3 e 4), assim como na anterior, podemos observar melhorias significativas em grande parte de suas dimensões e temas também, onde a ênfase da evolução, assim como na anterior, está mais direcionada a Gestão por Indicadores, se comparados o radar inicial e final.

Gráfico 3 e 4 – Radar da Inovação Inicial e Final SS Distribuidora

Fonte: Dados da Pesquisa (Radar da Inovação, 2022)

Já na empresa Drogaria Rio Amazonas (DRA – Gráfico 5 e 6), as melhorias aconteceram em quase todas as dimensões também, porém mais voltado as dimensões de Inovação, Transformação Digital e Marketing, o que possibilitou a empresa ter um melhor posicionamento e feedback mediante seus clientes e, gerar ações significativas para melhorias e desenvolvimento das atividades da empresa.

Gráfico 5 e 6 – Radar da Inovação Inicial e Final Drogaria Rio Amazonas (DRA)

Fonte: Dados da Pesquisa (Radar da Inovação, 2022)

Como observamos, o avanço e melhorias em todas empresas aqui observadas é inquestionável. Os gráficos mostram que as evoluções aconteceram com todas as empresas aqui acompanhadas, em praticamente todas as dimensões presentes no radar, nos mostrando a importância da metodologia do programa, juntamente com a necessidade de aplicação das suas ferramentas, bem como da mensuração dos resultados obtidos para visualizar-se em qual caminho se está indo e assim tomar as atitudes e ações necessárias.

Para ilustrar ainda mais essa evolução e os benefícios que elas trouxeram as empresas participantes do projeto, iremos apresentar os Níveis de Maturidade das Empresas aqui estudadas, através do Comparativo do Radar Inicial e Final do Projeto (Quadro 4), indo do nível 1 ao 5 em cada uma das dimensões do radar, onde o “um” (1) significará os níveis em que a empresa está com baixa maturidade e desenvolvimento – precisando de um maior foco e atenção, e o “cinco” (5) significará os níveis em que a empresa possui um alto índice de maturidade, sendo esses pontos aqueles que as empresas pode trabalhar para potencializar ainda mais suas qualidades, criando assim um diferencial competitivo dos demais.

Quadro 4: Níveis de Maturidade Comparativo das Dimensões do Radar Inicial e Final

Fonte: Dados da Pesquisa (Radar da Inovação, 2022)

O quadro acima apresenta os níveis de maturidade do radar inicial e final de todas as empresas aqui acompanhadas, através dele podemos observar vários avanços e as evoluções (através da comparação entre a pontuação do tópico “Radar Inicial” e “Radar Final”) que as empresas obtiveram dentro do programa, levando em consideração a média dos respectivos temas apresentados no radar. As empresas, em sua maioria, obtiveram resultados satisfatórios em todas as seis dimensões aqui apresentadas, com destaque para as dimensões de Gestão por Indicadores e Gestão das Operações onde todas as empresas aqui priorizadas conseguiram um resultado bem significativo, objetivando uma evolução média de 30% se analisado o índice de maturidade de todas as empresas nesta dimensão.

O conjunto das dimensões e evolução de todas as empresas aqui acompanhadas geraram um percentual de evolução médio de 25%, o que comprova a importância da aplicação dessas ferramentas e metodologia do Programa Brasil Mais e, como elas podem influenciar no avanço das empresas, melhoria da produtividade e evolução da cultura empreendedora no país, impactando massivamente desde as atividades mais simples e rotineiras da empresa, até aquelas mais complexas e difíceis de se resolver.

2.6– Aprendizado do ALI enquanto pesquisador

O Programa Brasil Mais/ ALI, provenientes da parceria do Sebrae, CNPq e Ministério da Economia/ Governo Federal, vem sendo desenvolvido com o objetivo de melhorar a produtividade das micro e pequenas empresas (MPE’s) do Brasil, por meio da aplicação de ferramentas de inovação no dia a dia das mesmas.

A metodologia do Programa é desenvolvida através da utilização de ferramentas que identificam e auxiliam na resolução dos principais gargalos enfrentados pelas MPE’s, sendo esses aqueles problemas que possuem um maior impacto nos custos e faturamento das empresas.

No Programa Brasil Mais tive a possibilidade de, antes de tudo, aprender e a me desenvolver de forma pessoal, acadêmica e profissional. Além dos diversos cursos que pudemos participar, tivemos a oportunidade de atender em média 22 empresas em cada ciclo do projeto (de um total de 5 ciclos), onde através das reuniões, diagnósticos e de toda a metodologia presente no programa, pudemos aprender, auxiliar e vivenciar o dia a dia de cada uma dessas empresas nos mais diversos seguimentos e setores, desenvolvendo uma habilidade gigantesca de aplicabilidade e resolução de problemas.

3– CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inovação para cultura empreendedora, como vimos, é de fundamental importância para saúde e vida de todo e qualquer negócio. E ter a possibilidade de vivenciar e estudar esses conceitos no dia a dia das micros e pequenas empresas (MPE’s) sem dúvidas, foi uma oportunidade única para mim. Ao conceituarmos e buscamos referenciais teóricos que embasassem o artigo percebemos o quanto a cultura empreendedora é importante e o quanto inovar é preciso para os negócios.

A utilização de ferramentas de inovação no dia a dia das empresas, se mostraram um procedimento prático e fundamental para auxiliar no desenvolvimento das empresas com relação a Cultura Empreendedora, como também a diversos outros pontos essenciais para resolução dos problemas, chegando assim a melhorias internas com foco no aumento da produtividade.

Dessa forma, acreditamos que as ferramentas de inovação do Programa Brasil Mais, além de todo seu significado e objetivo, possui também por fundamental importância o desenvolvimento da Cultura Empreendedora na gestão e no dia a dia das empresas, enxergando a necessidade de flexibilidade em frente as tamanhas barreiras que surgem no contexto empresarial, buscando sempre inovar, arriscar e agir, de fato, empreender em frente as possibilidades e dificuldades. Nesse sentido, entendemos que a expansão na utilização de ferramentas e ações como estas, nas empresas amazonenses e brasileiras, contribuirão para uma evolução exponencial na cultura empreendedora do território como um todo, melhorando não só os processos e aspectos empresariais, mas possibilitando também aos funcionários e participantes do projeto ampliarem suas visões, conhecerem novos conceitos, aprimorarem técnicas e explorarem ferramentas que possibilitem melhor performance e desenvolvimento, tanto no contexto profissional, como também na vida.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me proporcionou essa maravilhosa oportunidade, tanto em relação ao crescimento pessoal, como também acadêmico e profissional que obtive através dela, quanto por me manter firme, forte e saudável o suficiente para continuar, mesmo com todos os obstáculos encontrados, internos e externos ao projeto.

Agradeço também a minha família que me apoiou e sempre esteve ao meu lado, em especial a minha companheira que amo tanto, que me auxiliou, ajudou e acompanhou desde antes do início do projeto, estando presente nos momentos felizes e principalmente nos momentos mais difíceis, mesmo após ao seu início e percalços encontrados no caminho.

Como também, agradeço a toda equipe do Programa Brasil Mais/ ALI, tanto nacional e principalmente a equipe local – todos eles, ao Marcus (Gestor do Projeto), ao Ricardo (Consultor Sênior), Olinda (Orientadora), e também meus agradecimentos a Oziana, Daniel e Jenner por todo apoio e conhecimentos passados na capacitação e por fim, a todos os meus Colegas ALI’s presentes na equipe, tanto os “sobreviventes” (Bruno e Yuri), como também aqueles que já “se foram” (Fábio, Sadma e Thiago) e aos que ainda estão por vir.

Por fim, agradeço também a todos os empresários, meus motivos dos meus mais profundos choros, mas também das minhas mais sinceras alegrias dentro do projeto. Agradeço todos aqueles que já passei e aos que ainda irei passar durante toda a jornada em seus 5 ciclos de aplicação, com mais de 100 empresas e bem mais de 100 horas de reunião. Obrigado por cada conversa, cada gargalhada e cada reunião realizada. Obrigado também por cada problema encontrado e por cada solução implantada, foram, são e serão dias de muito conhecimentos e aprendizados.

Obrigado a todos vocês, pela oportunidade gerada, pelo privilégio de fazer parte dessa equipe, pelos ensinamentos e aprendizados obtidos nessa jornada, pelos choros e pelas risadas, desde o momento da capacitação até os momentos finais de execução, acompanhamentos, artigos, entregas, aplicação e finalização. Foi uma honra e um privilégio fazer parte e servir essa linda missão e causa ao lado de todos vocês, Obrigado!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALBI, Renato Vieira; EMMENDOERFER, Magnus Luiz; LIMA, Afonso Augusto Teixeira de Freitas de Carvalho; VALADARES, Josiel Lopes. Cultura Empreendedora: O Que está sendo Produzido na Administração?. XXXIII Encontro da ANPAD. São Paulo/SP – 19 a 23 de setembro de 2009.

BBC Brasil – Notícias – Cultura empreendedora brasileira está abaixo da média, diz pesquisa da BBC, disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/05/110525_pesquisa_empreendedorismo_bbc_rw.shtml>,acesso em: 22 jan. 2022;

BONACIM, Carlos Alberto Grespan; DA CUNHA, Julio Araújo Carneiro; CORRÊA, Hamilton Luiz. Mortalidade dos empreendimentos de micro e pequenas empresas: causas e aprendizagem. Gestão & Regionalidade, v. 25, n. 74, p. 61-78, 2009; CHUNG, Lai Hong; GIBBONS, Patrick T. Empreendedorismo corporativo: os papéis da ideologia e do capital social. Gestão de Grupos e Organizações , v. 22, n. 1, pág. 1030, 1997.

DE CASTRO, Maurício Mendes Boavista et al. Determinantes para a Formação da Cultura Empreendedora: a Experiência do Projeto Desafio SEBRAE. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 8, n. 1, p. 104-121, 2014.

Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças de (2009). Estratégia empresarial & vantagem com-petitiva: como estabelecer, implementar eavaliar. 6. Edição. São Paulo: Atlas. PROZCZINSKI, Daniele; STEINBRUCH, Alexandre Martins. Os obstáculos à internacionalização de empresas inovadoras e o papel dos Ambientes de Inovação no Brasil. Anais do XXIV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, Setembro, p. 22-26, 2014;

SEBRAE. Manual do Orientador Programa Brasil Mais Agentes Locais de Inovação (ALI). SEBRAE ed. Brasília -DF, 2020b; SEBRAE. Radar Projeto ALI. SEBRAE ed. Brasília -DF, 2020ª;

SCHMIDT, Carla Maria; DREHER, Marialva Tomio. Cultura empreendedora: empreendedorismo coletivo e perfil empreendedor. REGE Revista de Gestão, v. 15, n. 1, p. 1-14, 2008.


1Autor: Hugo Bueno Badaró

Publicitário e Técnico em Administração.

E-mail: hbueno150@gmail.com

2Orientadora: Profa. MSc. Olinda Marinho Administradora com ênfase em comércio exterior;

Mestre em turismo, hotelaria e planejamento estratégico.

E-mail: marinhocomercioexterior@gmail.com