ESTUDO DOS DESAFIOS DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA ESCOLA ESTADUAL DESEMBARGADOR ANDRÉ VIDAL DE ARAÚJO NA CIDADE DE MANAUS, PERÍODO DE 2021 A 2022.

STUDY OF THE CHALLENGES OF INCLUSION IN THE EDUCATION OF YOUNG PEOPLE AND ADULTS AT THE STATE SCHOOL DESEMBARGADOR ANDRÉ VIDAL DE ARAÚJO IN THE CITY OF MANAUS, PERIOD FROM 2021 TO 2022.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10979148


Marly Sombra Dos Santos¹


RESUMO

Esta pesquisa aborda a importancia da questão do desafio de inclusão de alunos na Educação de Jovens e Adultos, tem o firme propósito de contribuir com informações atualizadas de como vem sendo tratado estes desafios atualmente. A pesquisa se desenvolveu a partir dos documentos que estabelecem a criação deste nivel de ensino, através de uma abordagem analítica indutiva, a partir de teóricos estudados, o estudo demonstrou que desafios na área econômica assim como financeira, vem trazendo impeditivos para que os alunos permanecem na escola,neste contexto foram analisados turmas de Eja da turma da manhã e da tarde, turmas de 1º 2º 2 3º anos do ensino médio, o estudo foi dividido em três capítulos: o capítulo 1 analisou o processo histórico da Educação Especial e a criação do EJA, o capítulo 2 identificou os desafios encontrados na inclusão de alunos da Educação de Jovens e Adultos-EJA, o capítulo 3 estudou a percepção dos professores em relação a inclusão dos alunos da Educação de Jovens e adultos EJA,verificou-se que os desafios encontrados de fato revelam um problema que vai além das fronteiras da cidade de Manaus-Amazonas- Brasil.

Palavras-chave: Desafios, EJA, alunos.

ABSTRACTO

Esta investigación aborda la importancia del tema del desafío de la inclusión de los estudiantes en la Educación de Jóvenes y Adultos, tiene el firme propósito de aportar información actualizada sobre cómo se están abordando estos desafíos en la actualidad. La investigación se desarrolló a partir de los documentos que establecen la creación de este nivel de educación, a través de un enfoque analítico inductivo, de los teóricos estudiados, el estudio mostró que los desafíos en el área tanto económica como financiera, ha venido trayendo impedimentos para que los estudiantes permanezcan en escuela, en este contexto se analizaron las clases de Eja de las clases de la mañana y de la tarde, las clases de 1º 2º 2º 2º año de bachillerato. El estudio se dividió en tres capítulos: el capítulo 1 analizó el proceso histórico de la Educación Especial y su creación de EJA , el capítulo 2 identificó los desafíos encontrados en la inclusión de estudiantes de Educación de Jóvenes y Adultos-EJA, el capítulo 3 estudió la percepción de los docentes en relación a la inclusión de estudiantes de Educación de Jóvenes y Adultos EJA, se encontró que los desafíos encontrados de hecho revelan un problema que trasciende las fronteras de la ciudad de Manaus-Amazonas-Brasil.

Palabras clave: Desafíos, EJA, estudiantes …

INTRODUÇÃO

Desde de muito tempo percebe-se discriminação, intolerância, isolamento, rejeição e até mesmo eliminação de pessoas socialmente carentes e com deficiências de variada gama no contexto escolar atual. 

Compreende-se que a inclusão de alunos com necessidades especiais requer ampliação das políticas educacionais, afim de garantir os direitos de todos à escolarização.

Nas escolas, nota-se espaços com pouca ou nenhuma adaptação que facilite as práticas pedagógicas inclusivas. Neste contexto, pretende-se analisar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo na Cidade de Manaus.

Quando se pensa em Educação Especial e Sociedade procura-se entender a inclusão tanto na Educação formal quanto na Educação de Jovens e Adultos.

Práticas de intolerância sempre foi a tônica durante muito tempo quando ainda prevalecia os padrões da classe dominante, entretanto, desde do início do século XX foram estabelecidos princípios de inclusão que com o passar dos anos foram ganhando força na sociedade.

Encontramos na legislação brasileira, muitos entraves para a efetivação do sistema educacional inclusivo, seja por desinteresse de nossos governantes, ou seja, por incapacidade dos professores de exercerem sua influência no processo.

Percebe-se na comunidade escolar, um certo isolamento e precariedade em suas ações que muitas vezes morrem no planejamento infelizmente. Por ser um processo social, onde todos devem participar ativamente, a escola deve favorecer condições adequadas para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias a todos os alunos.

O sistema Educacional vem passando por grandes mudanças, onde muitas delas correspondem à melhoria das condições de ensino ofertado á população. 

A constituição federal de 1988 prevê a igualdade, estando devidamente declarada que a educação é um direito de todos, e dever do estado e da Família (BRASIL, 1996).

Um aspecto importante do surgimento da Educação Especial é que no século XVII, ocorreu o isolamento de pessoas que apresentavam deficiência, no final do século XVIII, princípio do século XIX, inicia-se o período da institucionalização especializada em pessoas com necessidades educativas especiais e é a partir de então que poderíamos considerar ter surgido a Educação Especial. (FACION, 2005).

O paradigma da Inclusão passou a ser amplamente difundido a partir da realização da Assembleia Mundial ocorrida em junho de 1994, na cidade de Salamanca-Espanha. Nessa Assembleia participaram 92 delegações de países e mais 25 organizações, cujo intuito era voltado para discussão do processo de inclusão escolar. Nesse encontro, foi elaborado um documento enquanto complexo que norteava as bases para a educação inclusiva. Conforme a declaração de Salamanca (1994)

As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de populações distantes ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas (SALAMANCA, 1994)

Na concepção da Educação Inclusiva, ao contrário da proposta de integração, os Estados são obrigados a cumprir normas inclusivas dentro de seu sistema educativo. As Escolas devem favorecer mudanças em seu funcionamento, visando a inclusão de todos os alunos, mediante a promoção de ações afirmativas e de acolhimento capazes de combater qualquer forma de preconceito e discriminação. Para SCHNEIDER (2012)

O desafio da superação das dificuldades de inclusão do aluno com necessidades especiais no ensino regular reque que se ultrapassem as práticas tradicionais e os sentimentos acerca das pessoas com necessidades educacionais especiais, realizando a integração, nos âmbitos escolares, laborativo e comunitário, isto é, física, funcional, social e societal, deparando-se sobre a proposta que apresente, na atualidade, possibilidades concretas d internacionalista, que defenda e implante a inclusão dos diversos grupos de alunos com necessidades educativas especiais, na escola de ensino regular. (SCHNEIDER, 2012)

O processo da inclusão mostra muitos desafios, exige reflexões e adaptações no contexto geral. Entre as adaptações, é importante se atentar para a flexibilização de currículos para favorecer a aprendizagem dos alunos com deficiências neste contexto, (MOSCARDINI, 2012) cita alguns benefícios destas adaptações, vejamos, favorecer a criação de condições físicas, materiais e ambientais da sala de aula, desenvolvimento dos níveis de comunicação e socialização dos alunos, favorecer a participação de todos os alunos nas atividades escolares, permite que o ambiente da escola se torne acolhedor para atendimento da diversidade, contribuí para eliminação de preconceitos, baixa autoestima, sentimentos de inferioridade

O debate acerca da Educação Especial revela muitos questionamentos e diversidade de compreensões, que vem exigindo uma prática cada vez mais sólida, tanto na educação inicial como continuada. Ainda na introdução mostrarei os elementos que contribuíram para construção desta dissertação, dispondo o tema, o título, a descrição do problema, a verificação da pesquisa, o objetivo geral e os objetivos específicos, que direcionaram o trabalho, a justificativa, e, a delimitação da investigação.

PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E A CRIAÇÃO DO EJA.

Desde o princípio da história humana na Terra a transmissão de conhecimento entre os povos foi, é, e sempre será extremamente importante. Muito se tem abordado e questionado sobre a inclusão escolar, termo este que ao longo das décadas vem ganhando espaço em diversas escolas no Brasil e no mundo. Entretanto,

[…] a maioria das pessoas não quer aceitar que a ordem que governa sua vida é imaginária, mas na verdade cada pessoa nasce em uma ordem imaginada preexistente, e seus desejos são moldados, desde do nascimento pelos mitos dominantes. Nossos desejos pessoais, portanto, se tornam as defesas mais importantes da ordem imaginada. (HARARI, 2019, p. 123)

Atrelada à evolução humana, a busca pela alfabetização vem consolidando sua importância com base na facilidade da comunicação e em busca de melhoria na qualidade de vida, Assim,

[…] alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3° (terceiro) ano do ensino fundamental. (Educação, 2014).  É a Meta n° 5, entretanto, o apoio ao professor está muito aquém do esperado. (Acréscimo nosso).

É direito do ser humano que a educação seja fornecida desde as idades iniciais.  Entretanto, algumas situações podem interferir na vida do ser humano causando um retardo nas épocas ou idades educacionais.

[…] quando tratamos da Educação de Jovens e Adultos, nas diversas formas como é ofertada à população, é premente a relação com a Educação em Direitos Humanos. (CAPUCHO, 2012, p. 43). Que é a base da Educação de Jovens e Adultos. (Acréscimo Nosso).

Quando surgem barreiras ou empecilhos para o ser humano permanecer em um ambiente escolar, na maioria dos casos o abandono parece ser a sua única alternativa. Porém, nos dias atuais, os   estudos   ou   a   aquisição   de   conhecimentos   científicos   tornam-se necessários quando há uma expectativa de mudança de estado social e pessoal. A qual permitiu uma legislação para Educação de jovens e Adultos (EJA) que é uma modalidade educativa oferecida pelo Governo do Estado das amazonas, como forma de aceleração na aprendizagem, que visa primordialmente a sua aceleração escolar. Mesmo como forma de aceleração, os planos e métodos de ensino na EJA são discutidos por vários autores, sempre aprofundando o conhecimento acerca desta prática pedagógica de ensino aprendizagem.

A mediação de conhecimento é mais significativa quando se conhecem os sujeitos a quem se está lecionando e, além do sujeito, faz-se necessário conhecer suas vivências para entender seu processo cognitivo. Assim,

[…] a inclusão escolar leva em consideração a pluralidade das culturas, a complexidade das redes de interação humanas. Ela não está limitada à inserção de alunos com deficiência nas redes regulares de ensino, pois beneficia todos os alunos, com e sem deficiência, que são excluídos das escolas comuns, e denuncia o caráter igualmente excludente do ensino tradicional ministrado nas salas de aulas do ensino regular. (MONTOAN, 2011, p. 69).

A modalidade EJA hoje é vista pela maioria como uma modalidade que visa somente à conclusão do ensino básico. Entretanto, uma parcela significativa deste público anseia a continuação dos estudos aspirando uma melhoria para o futuro.

No entanto neste  sentido, acredita-se  que,  identificando   a   condição   social   e   suas  vivências   anteriores, a inclusão na modalidade de ensino para jovens e adultos é de grande  relevância necessário que a escola conheça as diferenças e busque a participação de todos no processo a partir de novas metodologias compatível com a realidade do educando , porém , muitas escolas e professores estão obrigatoriamente se capacitando para estarem preparados a tornarem a inclusão uma grande realidade. Neste contexto,

[…]então o primeiro ponto, seja reconhecer que o aluno é na verdade, o sujeito de sua aprendizagem, é quem realiza a ação, e não alguém que não quer aprender, uma vez que a aprendizagem é um processo interno que ocorre como resultado de qualquer ação, ela só se constrói em uma interação entre esse sujeito e o meio circundante, natural e social. (FRÒES, 2019, p. 48)

A história da educação de jovens e adultos sempre foi discutida, entretanto, foi bastante considerada no Brasil no momento em que surgiu a necessidade da formação de trabalhadores que pudessem atender a aristocracia portuguesa, logo após a chegada da família real ao país. Então a Educação de jovens e adultos, é uma modalidade de ensino, que no decorrer de sua conquista foi adquirindo o espaço em um cenário educacional, com esses avanços quem vem ao longo das décadas, o intuito é amenizar a problemática decorrente da distorção da idade e série, porém, seu significado é muito amplo e abrangente, pensar e colocar em prática a inclusão escolar, ela não é uma tarefa fácil, assim,

[…]para Dewey, o conhecimento é uma atividade dirigida que não tem um fim em si mesmo, mas está voltado para a experiência. As ideias são hipóteses de ação, e como tal, são verdadeiras à medida que funcionam como orientadoras da ação. Portanto, têm valor instrumental para resolver os problemas colocados pela experiência humana. (ARANHA, 2006).

Para que essa tarefa fosse cumprida e executada, nas escolas, o Estado, logo implantou o processo de escolarização de jovens e adultos. E com isso a preocupação de alfabetizar os brasileiros foram se aprimorando, que no passar de alguns séculos, após este evento, ele, foi crescendo, de uma tal forma, que todos queriam estar na escola. E, com surgimento da primeira escola noturna, que o objetivo era de alfabetizar todos trabalhadores, que trabalhavam durante o dia, e que todos pudessem estudar durante a noite, e que os mesmos fossem alfabetizados. E com isso a preocupação de alfabetizar os brasileiros foram se aprimorando, que no passar dos séculos, este evento foi crescendo, de uma forma gigantesca, onde todos queriam estudar e ser alfabetizados, assim,

[…]a escola tem papel preponderante nessa formação por contemplar todos esses processos, considerando que o objeto do seu trabalho é a formação humana, que vai além da apreensão dos conteúdos cognitivos, uma vez que envolve valores, comportamentos e atitudes. Esse espaço toma uma conotação especial para as camadas sociais economicamente desfavorecidas, pois a escola é o principal ambiente de aprendizagem organizada e sistematizado que possibilita a socialização e a apreensão dos conhecimentos acumulados ao longo da história da humanidade. (SILVA,2010, p.45) apud (CAPUCHO, 2012, p. 47).

Foi aí, que no ano de 1894, surgiu a primeira escola noturna, para   alfabetizar todos os trabalhadores que trabalhavam durante o dia e que todos pudessem ter o direito de estudar durante a noite, e que os mesmos fossem alfabetizados, e foi a partir do ano de 1930 que surgiu a EJA (Educação de Jovens e Adultos), e com isso tomasse conta da história brasileira, e assim alfabetizando tanto os jovens, como todos os adultos. Assim, 

[…]de um modo geral educação e sociedade, não se separam, a educação do indivíduo é intrinsecamente ligada a sua inserção na sociedade. (ARANHA, 2006, p. 266). Aliás é a sociedade em formação. (Acréscimo nosso).

O tema inclusão é necessário a cada um dos indivíduos, e cada vez mais nos desperta a pesquisar e nos conscientiza em buscar de soluções, que venham beneficiar, os jovens e adultos de nossos país, e por intermédio de comprometimento na esfera governamental, preocupando-se com as políticas públicas e com os profissionais comprometidos e conhecedores de suas especificidades. Entretanto, foi a partir de 1930 que a EJA (Educação de jovens e adultos) começou a delimitar seu lugar na história da educação brasileira. Na década seguinte, com a ampliação da educação elementar, esta modalidade de ensino tomou forma da Campanha Nacional de Massa, e este modelo ainda persiste no século XXI (BUSS, 2011).

De acordo com pesquisa realizada pelo Censo em 1920 (30 anos após o estabelecimento da República no país), percebeu-se que 72% da população (acima de cinco anos) permaneciam analfabetos. Não havia preocupação até então com políticas educacionais especificas com a educação de jovens e adultos, mas o intuito era de amenizar essa situação da decorrente distorção da idade, e que os movimentos surgissem para sanear o problema da educação no Brasil. Então a inclusão, da Educação de Jovens e Adultos, ela é, uma modalidade de ensino, que nos faz pensar, como resgatar os alunos para o ambiente escolar, e por isso, que muito se tem debatido nas instituição de ensino, que no decorrer de suas conquistas, foi adquirindo um espaço no cenário educacional, com esses avanços que vem adquirindo ao longo das décadas, o intuito é amenizar a problemática, decorrente da distorção das idades e séries, porém o seu significado, é muito amplo e mesmo assim abrangente, pensar em colocar em pratica a inclusão é um desafio que implica provocar mudanças na escola, ou seja, no projeto pedagógico, nas posturas dos professores, diante de cada um dos alunos, é uma filosofia adotada pela escola. (HADDAD, 2000).

Na educação inclusiva, não é o aluno que se amolda, ou seja, ele se adaptar à escola, e sim, é ela que se conscientiza de suas funções, a estar sempre à disposição para os alunos, e tornandose ali um espaço inclusivo. Dessa forma o professor é de suma importância, pois é ele que deverá despertar no aluno, ou seja aquele aluno dito normal, como aquele com a necessidade de uma  educação inclusiva especial em sua aprendizagem, essa percepção, vem de um conhecimento mais amplo, e de uma visão de um mundo melhor, como também, de uma inclusão para o seu aprendizado, isto é, fundamental para um educador,  e para toda  a estrutura física da escola a sua educação, sob uma pena  perpetuar na situação de verdadeira segregação social e educacional  desses alunos com necessidades educacionais especiais, como bem diz Branco:

Sem uma formação teórica sólida que possa servir de referencial para se alocar inovações devidamente fundamentadas, o professor é presa fácil dos “modismos”, da doutrinação e do uso equivocado de recursos que, além de não modificarem o quadro geral em que se encontra a educação, podem prejudicar os processos de desenvolvimento e escolarização de aluno sob sua responsabilidade. Devemos nos conscientizar, as nossas funções de trabalho com esses alunos, e sabemos que devemos trabalhar muito com esses jovens e adultos, que infelizmente, ainda existem muitos desses jovens presos em seus lares, que precisam receber algumas instruções, com o objetivo de reverter esse quadro, e necessário que as autoridades governamentais, e a família participe, esteja também engajadas, e sempre presente nas instituição de ensino, participando e apoiando os trabalhos dos professores, que possam  oferecer seus trabalhos de qualidade, como também a escola precisa saber do quadro diagnóstico e prognóstico do aluno que está recebendo. (AMARAL & BORGES, 2011).

Não devem, porém, se prender ao prognóstico, pois poderá ser um fator limitante no desempenho de cada aluno e, sim usar estratégicas pedagógicas apropriadas. O desempenho acadêmico não deve ficar preso à nota obtida nas avaliações escolares, conforme podemos confirmar por meio da orientação do Ministério da Educação, Secretária de Educação Especial (SEEP, 1996).

Então é de suma importância, que devemos trabalhar a teoria e a pratica, abordando sempre as leis que nos foram inseridas, e mostrando para os alunos como aplicar no seu cotidiano os determinados conceitos, mostrando sempre para os alunos o desafio desta inclusão, e que sem eles, a nossa escola não funciona, nós professores sendo, o seu facilitador e mediador de sua aprendizagem, sempre ciente de que ao educar, eles também nos educam, e a conquista deles nos orgulha , de um emprego melhor e de uma luta, que foi conquistada em prol da sua educação escolar.

A educação de Jovens e Adultos se faz fundamental. Ela precisa existir, porque é uma oportunidade para aquelas pessoas, que, de uma forma ou de outra, por um fato ou outro, não puderam estudar, foram excluídos desse mundo da leitura e da escrita, e das informações. Então é uma única oportunidade de resgatá-los digamos assim, de promover a inclusão dessas pessoas. É uma oportunidade de auxiliar essas pessoas, para que as mesmas possam estarem incluídas dentro da sociedade, dentro de um campo de trabalho, e no grupo social. (SANTOS & PERIPOLLI, 2012)

Esta  Educação de Jovens e Adultos, é ainda pouco conhecida pelos professores, entretanto o que ocorre, é que são colocados em salas com alunos de uma necessidade especial, sem os mesmos terem um conhecimento das leis, e, é de sua importância para  esses alunos,  então devemos ter o conhecimento de quando ela foi abordada,  porque,  é uma lei brasileira, que ocorreu no ano de 1934, quando foi inserida no Plano Nacional de Educação, como uma etapa de ensino gratuito de frequência obrigatória, para aqueles que tivessem em idade escolar, tivessem acesso a uma sala de aula, e  por meio dessa ampla e significativa gama de direitos,  os trabalhadores também foram incluídos, a Constituição de 1934 fazia com que Getúlio Vargas conquistasse o apoio da população assalariada,  que ganhou uma sistematização maior após ser diagnosticada um alto índice de analfabetismo no país. De acordo com (GHEDIN, 2011).

Pensamos muito em retratar este assunto, pois este diz respeito a uma tema muito importante, que necessita de muitos debates em nossa sociedade, sabemos que a educação ainda não é um direito de todas as pessoas, é preciso muito investimento para aumentar a taxa de pessoas com a educação básica completa, para tanto os alunos devem ter, mas interesse em estudar, a EJA é uma segunda chance para eles, principalmente aqueles que passaram do tempo sem estudar, com a praticidade e agilidade, fica mais fácil o seu  retorno, juntamente com outros programas que já estão sendo colocados em práticas, sobre essa modalidade.

A partir de 1940, outros programas que foram colocados em prática, a fim de atender a uma demanda crescente de cidadãos excluídos socialmente. Em 1949, após a realização desta I Conferência Internacional na Dinamarca, a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, passou a ser direcionada por diferentes profissionais de uma forma voluntária e fora da escola, fica demonstrado a ausência de políticas públicas e voltadas a formação desses cidadãos.

Somente com esses movimentos populares influenciados pelas ideias de Paulo Freire que a educação de Jovens e Adultos ganhou um caráter crítico-transformador, pois passou a reconhecer a realidade cultural dos sujeitos embasada num processo dialógico reflexivo, que foram incorporados aos processos metodológicos de aprendizagem.

Apesar da existência do modelo educacional disseminado por Paulo Freire, no passar de alguns anos, foi criado um Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, experiência totalmente contraria ao que preconizava a educação popular no que se refere à conscientização políticas e a irradicação do analfabetismo.

Os programas de educação de Jovens e Adultos, foram impulsionados pelos debates acerca da melhoria da educação vivenciada na sociedade brasileira, que em um processo de democratização destinou dentro da Constituição Federal de 1988, o artigo nº 208, em que contempla a obrigatoriedade da EJA como dever do Estado.  Assim, o governo precisa garantir a oferta gratuita do ensino para todos que não tiveram acesso em idade própria, que podem ser em turno noturno, a fim de atender às condições do educando.

(MIRANDA, 2003) Enfatiza que essa preocupação com o analfabetismo e as dificuldades educacionais se tornou parte marcante das discussões mundiais, e com esses avanços foi adquirindo o espaço em um cenário educacional, e ao longo das décadas o intuito era amenizar a problemática na distorção das idades infantis, essa era a preocupação dos organizadores internacionais como o Fundo das Nações Unidas para a infância, (UNICEF).

Os Programa das Nações Unidas, para o desenvolvimento. (PNUD), a Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO), e o Banco Mundial colocaram em pauta incentivos e estratégias para auxiliar os países que enfrentam tal problemática em sua realidade educacional, esses resultados em campanhas e práticas de inserção das políticas voltadas ao atendimento de um referido público. Este modelo de educação inclusiva adequado, é aquele que oferece para o indivíduo as condições necessárias, que este assuma o seu papel em um contexto social.

É um processo de desafio, pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas sociais, as pessoas com necessidades especiais de estudos, e, simultaneamente, esta deve se preparar para assumir seus papeis nas sociedades(..) incluir é trocar, é entender, respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor as barreiras que a sociedade criou. É oferecer o desenvolvimento da autonomia, por meio da colaboração de pensamentos e formulação de juízo e de valores, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstancias da vida. (SASSAKI, 1997) .

A história da educação nos revela uma longa e dolorosa luta pelo o qual o reconhecimento das pessoas, sobre os seus direitos à educação, como se observa, são esforços voltados para a garantia dos seus direitos  escolar, vem se materializando na legislação que regula a educação nacional, e, nas políticas públicas, que vêm se instituindo nesta modalidade de ensino, na educação de jovens e adultos, as políticas públicas para o EJA tiveram grandes influência nos acordos provenientes dos eventos internacionais e nacionais. Eventos esses que a sociedade civil organizada tem participado, mesmo que não coincidam com a políticas educacional estabelecidas para o EJA na educação nacional.

Embora as organizações civis em defesa da EJA, tenha um reconhecimento de grande avanço na garantia do ensino fundamental e médio, é obrigatório e gratuito, os que não tiveram acesso na idade própria e venham ocupando novos espaços, precisamente foi a partir das décadas de 1990, que as ações dessas organizações vêm se configurando desde períodos anteriores a esses. Sobre essas organizações, Paiva (2009) afirma: “o concurso e o suporte das organizações não governamentais para a educação de jovens e adultos que já estavam presentes desde 1960.”

Segundo a (PAIVA, 2009), os governos sempre foram orientados a estimularem na participação desses organismos, que necessitariam de liberdade de ação, de recursos criativos e de espírito pragmático para atenderem os jovens e adultos. Esse estímulo, da parte dos governantes, tudo isto para beneficiar os interesses das organizações civis, e os interesse da elite dominante. Portanto, debater e analisar as políticas públicas de EJA nos requer uma compreensão de tempo e de luta pelo o direito à educação de jovens e adultos.(PAIVA, 2009).

DECROLY,  (DUBREUCQ, 2010, pp. 32-43) acessa assim a uma última acepção da palavra vida, em função do papel político e social, que cada um poderá desenvolver, seja passivamente, seja voluntariamente mais adaptador são aqueles nos quais a ajuda mútua é mais organizada, em outras palavras, a luta pela vida impõe a solidariedade. Vivemos em sociedade, em que a nossa franqueza, assim nos exigem, e que as nossas necessidades múltiplasconsequências da civilização, que também o exige, temos bastante consciência dessa lei, sabemos o que devemos ser para nossos semelhantes, estamos bastante penetrados, do fato que a vida dos outros e a nossa, estão a bastante envolvida na vida de cada um dos indivíduos, o fato é, que estamos estreitamente relacionas a cada um.          

É pelo qual todos os envolvidos devem interagir socialmente, cabendo ao docente a função de mediador do processo educacional e ao sistema, cabe oferecer condições para a teoria se transformar em pratica, viabilizando a melhoria da aprendizagem dos alunos da EJA, rodas de conversas e leituras, interpretações de textos, dialogando com os demais para que se sintam seguros nos espaços educacionais, e que todos respeitem os seus direitos de igualdade.

Quando se pensa em Educação Especial a Sociedade procura-se entender a inclusão tanto na Educação formal quanto na Educação de Jovens e Adultos. Práticas de intolerância sempre foi a tônica durante muito tempo quando ainda prevalecia os padrões da classe dominante, entretanto, desde do início do século XX foram estabelecidos princípios de inclusão que com o passar dos anos foram ganhando força na sociedade. Entretanto;

O período atual é um período de crises: econômica, social, política e moral. Um período que se caracteriza pelo medo generalizado, abandono da 

Solidariedade e desamparo do cidadão. Um período onde o medo da fome, da violência, do desemprego e até do outro estão presentes.  (SANTOS & PERIPOLLI)

Encontramos na legislação brasileira, muitos entraves para a efetivação do sistema educacional inclusivo, seja por desinteresse de nossos governantes, ou seja, por incapacidade dos professores de exercerem sua influência no processo.

A inclusão é um processo dinâmico está se resume em solidariedade, respeito às diferenças da comunidade, valorização das diferenças, melhor para todos, pesquisa reflexiva.  (SANCHES, 2005)       

[…]uma filosofia que valoriza diversidade de força, Habilidade e necessidades (do ser humano) como natural e regável, trazendo para cada   comunidade a oposta necessidade de responder de forma que conduza à aprendizagem e do crescimento da comunidade como um todo, e dando a cada membro desta comunidade o papel de valor. Segundo.  (SANCHES, 2005) apud (MOREIRA, 2015)

Cabe ainda salientar que é preciso incluir sem descriminar, muitas vezes, o educando com necessidades especiais acaba esquecido no ambiente escolar. Grande parte dos adolescentes não estão preparados para atender essa clientela por inúmeras razões, que vão desde o conhecimento das leis das políticas públicas, que amparam essa clientela, bem como a disponibilidades de tempo necessário para realização dos cursos de capacitação promovidos pela secretaria de educação.

A inclusão propõe uma desigualdade de tratamento como forma de restituir uma igualdade que foi rompida por formas segregados de ensino regular e especial. O direito que, à Educação para todos não se limita apenas em cumprir, o que está na lei. A escola justa é desejável não é aquela que sustenta unicamente ao fato de que os homens serem iguais e nascerem iguais. (MANTOAN, 2006).

Outro referencial que amplia o entendimento sobre a educação especial da EJA e sobre a opção pela educação inclusiva no sistema educacional brasileiro é o Plano Nacional de Educação-PNE, Lei10,172/2001, que destaca em seu contexto: “O grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana” (MEC, 1996)

A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação inclusiva (BRASIL,2008) afirma como as diretrizes para a construção dos sistemas educacionais inclusivos, “a garantir do direito de todos à educação, o acesso e as condições de permanência e continuidade de estudos regular (DUTRA, 2005).

Segundo (MOREIRA G. , 2015)é importante salientar mais uma vez a importância da igualdade entre todos ambiente escolar, a referida autora nos reforça a ideia de que é necessário respeitar as diferenças. A partir dessas citações afirma que lidar com ás diferenças com igualdade não resolve o problema, muito pelo contrário, pois as desigualdades sociais são enraizadas ao longo das décadas nas sociedades.                     

Percebe-se na comunidade escolar, um certo isolamento e precariedade em suas ações que muitas vezes morrem no planejamento infelizmente. Por ser um processo social, onde todos devem participar ativamente, a escola deve favorecer condições adequadas para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias a todos os alunos.

O sistema Educacional vem passando por grandes mudanças, onde muitas delas correspondem à melhoria das condições de ensino ofertado a população. 

A constituição federal de 1988 prevê a igualdade, para todos, estando devidamente declarada que a educação é um direito de todos, e dever do estado e da Família ( (BRASIL, 1988).  Um aspecto importante do surgimento da Educação Especial foi, que no século XVII, ocorreu um isolamento de pessoas que apresentavam deficiência, no final do século XVIII, princípio do século XIX, inicia-se o período da institucionalização especializada em pessoas com necessidades educativas especiais, e foi a partir daí, que poderíamos então, considerar ter o surgimento da Educação Especial. (FACION, 2005).

O paradigma da Inclusão passou a ser amplamente difundido a partir da realização da Assembleia Mundial ocorrida em junho de 1994, na cidade de Salamanca-Espanha. Nessa Assembleia participaram 92 delegações de países e mais 25 organizações, cujo intuito era voltado para discussão, onde as delegações e os organizadores, a luta era do processo de inclusão escolar, para cada indivíduo dos nossos países, a terem direito a sua educação escolar. Nesse encontro, foi elaborado um documento enquanto complexo que norteava as bases para a educação inclusiva. Conforme a declaração de (SALAMANCA, 1994)

As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças bem dotadas, as crianças que vivem nas ruas e que trabalham nas ruas, as crianças de populações distantes ou nômades, as crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas ( (SALAMANCA, 1994)

Na concepção da Educação Inclusiva, ao contrário da proposta de integração, os Estados são obrigados a cumprir normas inclusivas dentro de seu sistema educativo. As Escolas devem favorecer mudanças em seu funcionamento, visando a inclusão de todos os alunos, mediante a promoção de ações afirmativas e de acolhimento capazes de combater qualquer forma de preconceito e discriminação. Para (SCHNEIDER R. , 2012)

O desafio da superação das dificuldades de inclusão do aluno com necessidades especiais no ensino regular reque que se ultrapassem as práticas tradicionais e os sentimentos acerca das pessoas com necessidades educacionais especiais, realizando a integração, nos âmbitos escolares, laborativa e comunitário, isto é, física, funcional, social, deparando-se sobre a proposta que apresente, na atualidade, possibilidades concretas  internacionalista, que defenda e implante a inclusão dos diversos grupos de alunos com necessidades educativas especiais, na escola de ensino regular.  (SCHNEIDER, 2012)

O processo da inclusão mostra muitos desafios, exige reflexões e adaptações no contexto geral. Entre as adaptações, é importante se atentar para a flexibilização de currículos para favorecer a aprendizagem dos alunos com deficiências neste contexto,  (MOSCARDINI, 2015) cita alguns benefícios destas adaptações, vejamos favorecer a criação de condições físicas, materiais e ambientais da sala de aula, desenvolvimento dos níveis de comunicação e socialização dos alunos, favorecer a participação de todos os alunos nas atividades escolares, permite que o ambiente da escola se torne acolhedor para atendimento da diversidade, contribui para eliminação de preconceitos, baixa autoestima, sentimentos de inferioridade.

Educação Especial nos revela muitos questionamentos e diversidade de compreensões, que vem exigindo uma prática cada vez mais sólida, tanto na educação inicial como continuada. Conforme os autores isso só viria a ocorrer em meados da década de 1940. Embora, a partir de 1920 tenham surgido muitos movimentos em prol do aumento de escolas para melhorar a educação, e somente a partir de 1940 que a educação de adultos veio se firmar como um problema de política Nacional.

Plano Nacional de Educação, de 1934 de responsabilidade da União previsto na Constituição brasileira, onde incluía entre suas normas a educação integral gratuita e de frequência obrigatória a essas faixas etárias e exclusivamente estendendo-se aos jovens e adultos da EJA. 

A EJA pela primeira vez era reconhecida e recebia e recebida com um tratamento particular, sendo assim, o ensino primário integral, passou a ser gratuito e de obrigação do

Estado.  Salienta-se que a constituição já previa e estabelecia a inserção dos adultos no Plano Nacional de Educação recém-criados (FRIEDRICH, 2010).

Após a Segunda Guerra Mundial, observou-se que em 1945, começaram os enfoques de que uma nação só que progrediria se o indivíduo tivesse um acesso à educação, que com essa educação os jovens e adultos fossem vistos de forma que contribuísse com o desenvolvimento das nações atrasadas. (SCORTEGAGNA, 2006)

Segundo os autores citados acima a educação ganhava novos impulsos sob a crença de eu seria necessário educar o povo para que o país se desenvolvesse, assim como participar politicamente através do voto, que se daria por meio da incorporação da enorme massa de analfabetos (SCORTEGAGNA, 2006)

O papel da Educação como espaço privilegiado para a construção de sujeitos de direitos, e também para formação de uma cultura de direitos humanos traz à tona a necessidade de pensar o cidadão em suas relações com o direito à educação e a efetiva participação nas estruturas político-econômico-social e cultural da sociedade. (CAPUCHO, 2012). Assim, 

[…] a educação é um processo de aprendizagem e aperfeiçoamento, por meio do qual as pessoas se preparam para a vida. Através da Educação obtém-se o desenvolvimento individual da pessoa, que aprende a utilizar da maneira mais conveniente sua inteligência e sua memória. Desse modo, cada ser humano pode receber conhecimentos obtidos por outros seres humanos e trabalhar para a obtenção de novos conhecimentos. (DALLARI, 2004, p. 66)

Entre os anos de 1958 e 1963 foram colocadas as práticas em ações da Campanha Nacional de Erradicações do Analfabetismo no Brasil, destinada a uma faixa etária diferentes, que visava-se combater o analfabetismo da população brasileira. Justamente em meados da década de 1960, onde surgiu a cruzada do ABC, a cruzada Ação Básica Cristã, visando substituir os movimentos da educação e sua cultura popular. Este movimento durou poucos anos e foi substituída pelo MOBRAL, Assim,

[…] a década 1960 será marcada pelas últimas experiências de renovação pedagógica, sob a égide da concepção humanista moderna, expressas nos ginásios vocacionais e em escolas experimentais. Em termos alternativos surge, nessa década, a concepção pedagógica libertadora, formulada por Paulo  Freire ( 1971-1976). (SAVIANI, 2005, p. 25)

Este educador trouxe um novo olhar para esta modalidade de ensino. Ele   desenvolveu uma metodologia que unia pela primeira vez a educação em relação a quem educar, para também como educar, partindo de um princípio de que a educação era um ato político, que serviria especificamente para a educação do indivíduo, tanto para a submissão da libertação do povo brasileiro (SCORTEGAGNA, 2006).

Segundo os autores citados acima, para eles, Freire tinha uma visão sobre a educação que, “uma educação para a decisão, de responsabilidade social e política” era a sua grande preocupação (FREIRE, 1983, p.12 apud (SCORTEGAGNA, 2006).

O ensino de jovens e adultos, no governo de Fernando Henrique Cardoso, ainda vivia em discussão neste período do seu governo (1995-2002) o Sistema Nacional de Ensino passou por um processo novamente de reformulação. E foi proposto nesta reforma de ensino, de descentralizar os encargos financeiros com a educação, racionalizado e redistribuindo o gasto público em favor do ensino fundamental regular (HADDAD & DI PIERRO, 2007)

Essas diretrizes de reforma educacional acrescentada, pelo autor acima citado propunham que o Ministério da Educação (MEC) mantivesse a educação básica de jovens e adultos em posição marginal entre as prioridades das políticas públicas de âmbito nacional, ou seja, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FUNDEF) distribuía os recursos públicos estaduais e municipais em favor do ensino fundamental de crianças e adolescentes prioritariamente deixando assim descoberto os outros três segmentos da educação básica: a educação infantil, o ensino médio e a educação de jovens e adultos.

Percebe-se que o histórico da Educação de Jovens e Adultos, analisando o seu percurso, esta modalidade sempre esteve, de certa forma, em segundo plano diante de outros níveis de ensino. Com as novas tendências de mercado capitalista a necessidade é crescente de qualificação profissional, no mercado de trabalho essa modalidade vem ganhando ênfase e várias alternativas têm sido propostas. (OLIVEIRA, 1996).

Existe em grego uma palavra que significa a possibilidade de ver e analisar uma figura de todos os seus lados, sob todos os ângulos. A palavra é Epora. Este termo está sendo usado para definir a concepção essencial da inclusão escolar, isto é, a possibilidade de ver, de refletir, de analisar a escola sob todos os seus aspectos. (SARTORETO, 2011, p. 77).

A primeira evidência que surge desse tipo de análise, desse modo de ver a escola, é o fato de que a escola não esgota sua tarefa na mera transmissão de informações. Sua missão vai muito além. Mais do que nunca, torna -se clara a necessidade de uma educação voltada  para os valores humanos, uma educação que permita a transformação da sociedade, uma escola que acredite nas diferentes possibilidades e nos diferentes caminhos que cada um traça para sua aprendizagem, que possibilite a convivência e o reconhecimento do outro em todas as suas dimensões. (SARTORETO, 2011, p. 77).

Sendo a Educação um direito o qual tem como referência a Declaração Universal dos Direitos Humanos ONU,1948, e a Constituição Brasileira de 1988, não deveríamos falar de prioridade, a não ser para os casos em que se façam necessárias políticas afirmativas. Isso quer dizer, situações as quais para igualização dos desiguais se faça necessário tratamento desigual, o que sem dúvida é o caso da Educação de Jovens e Adultos, a qual demanda um tratamento diverso ao atribuído à educação de Jovens e Adultos, a qual demanda um tratamento diverso ao atribuído à educação dita regular, em virtude da dívida histórica para com a educação do (a) estudante-trabalhador (a). (CAPUCHO, 2012, p. 23).

IDENTIFICANDO OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA INCLUSÃO DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS- EJA.

Esta perspectiva vivida pelos alunos da EJA é diferente. Supõe que a compreensão de  conceitos de aprendizagem de ensino mudaram, e a maioria dos alunos não se adaptaram, com essas demandas sociais que a escrita busca atender, mudou o mundo deles e a realidade de vida acredita-se que nem todos podiam aprender, porque aprender era considerado, saber ler e escrever, hoje já são diferentes, as funções sociais da escritas, fizeram com que ele, memorizassem seus conhecimentos reproduzidos e acabados, o objetivo será fazer com que o aluno aprenda a ler e escrever, pois a língua não é simplesmente uma combinação de letras, e sim um modo de comunicação, compreende-se que a linguagem é uma comunicação históricas em seus usos significados e funções. Desenvolveram os estudos na psicogenética de Piaget e na psicolinguística contemporânea, que buscavam compreender o aprendizado da língua escrita. (FERREIRO & TEBEROSKY, 1985) apud (SCHWARTZ, 2012) desenvolveram os estudos na psicogenética de Piaget e na psicolinguística contemporânea, que buscavam interpretar, entender e explicar, a compreender o mundo, construindo assim esquemas de interpretação da sua realidade. Esquemas estes que não têm início determinado, vão depender das experiências vivenciadas e se originam por sucessivas por articulações diferenciadas com os esquemas anteriores, cada um deles apreendem de maneiras diferentes, produzindo pensamentos e fazendo a transformação de como aprender a transformar essas experiências em matérias de reflexão, descobrindo como explicar, entender e compreender as elaborações de seus conhecimentos que as normas demandam do seu dia a dia. Entretanto, 

[…] A diretriz educacional atual é a plena integração (inclusão) das pessoas com necessidades educacionais especiais. Portanto, devemos atentar para o direito que todos têm á educação, bem como o direito das pessoas com necessidade educativa especial de receber essa educação, sempre que possível, junto com as demais pessoas nas escolas de classe comum. (AMARAL C. A., 2011, p. 57)

A Educação de Jovens e Adultos, se caracteriza por uma construção políticas, portanto marcada pela exclusão. Desta forma esta modalidade é um reduto formal do nosso sistema de ensino para o qual encaminhamos os excluídos deste mesmo processo de ensino e aprendizagem. As ações desencadeadas por movimentos sociais, ongs, municípios, universidades e outros segmentos da sociedade civil, direcionas para Educação de Jovens e Adultos, onde têm contribuído, nos últimos anos, de uma maneira expressiva que possa assegurar o acesso a qualidade do segmento educativo para os jovens adultos do país. Por isso, 

[…] Mais do que criar condições para os alunos com necessidades educacionais, a inclusão é um desafio que implica provocar mudanças na escola, ou seja, no projeto pedagógico, na postura do professor diante dos alunos, na filosofia adotada na escola, sempre em prol da valorização das peculiaridades de cada um. (AMARAL C. A., 2011, p. 88)

Estes esforços, ainda não são suficientes para reverter este quadro educacional. Um gaúcho em 20 de janeiro de 2010, publicou uma página inteira em uma revista, que o Brasil, segundo a UNESCO, tem  o pior desempenho da América Latina nos dados de repetência escolar e a consequência do fato  os alunos engrossam  as classes da EJA, com isso a educação dita regular não dá conta de ensinar nossos alunos, com isso este cenário se promove a expansão da alfabetização em assegurar os jovens e adultos, a uma inclusão no ensino da EJA,  que são os eixos sob os quais se sustentam, o trabalho de ensino com os jovens e adultos, que especialmente se consideram mais elevados de alfabetismo na América Latina. Contudo,

[…] sendo a educação um direito o qual tem como referência a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU,1948), e a constituição Brasileira de 1988, não deveríamos falar de prioridade, a não ser para casos em que se façam necessárias políticas afirmativas. Isso quer dizer, situações as quais para igualização dos desiguais se faça necessário tratamento desigual, o que sem dúvida é o caso da Educação de Jovens e Adultos, a qual demanda um tratamento diverso ao atribuído à Educação dita regular, em virtude da dívida histórica para com a Educação do(a) estudantetrabalhador(a). (CAPUCHO, Educação de Jovens e Adultos prática pedagógica e fortalecimetno da Cidadania, 2012, p. 23)

Para reverter esse quadro, um desafio a ser cumprido, é um compromisso sociopolítico a ser assumido, por aqueles que se dedicam a educação. Essa questão da expansão do atendimento da EJA no Brasil, não envolve apenas as pessoas que frequentam a escola, mas as que não realizam o seu aprendizado o suficiente a participar de uma cultura letrada do nosso país. Os conhecimentos construídos no seu cotidiano, visa com o perfil do aluno da EJA, nesta modalidade encontram-se em idade de pertencer ao mundo do trabalho, não dispondo de tempo fixo ou disponível, para estudar, o que faz abandonar e muitas das vezes repetir a mesma série, por isso que a escola recebem um ensino diferenciado, por seu nível cultural. Esses alunos da EJA, muitas vezes tem uma baixa autoestima, temos que ter uma maneira para despertar e promover os seus interesses e entusiasmo, acima de tudo mostrar a esses alunos do que eles são capazes, e que é possível aprender. Então,

[…] aqui é preciso lembrar que um adversário fraco te enfraquece, um concorrente burro te emburrece, e um adversário forte te fortalece. (CORTELLA, 2018, p. 55).

Entretanto

[…]quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta a corporeidade do exemplo, pouco ou quase nada valem. Pensar certo e fazer certo. (FREIRE, 1996)

Segundo (SCHWARTZ, 2012), retoma o termo de serena simplicidade, que quer dizer a arte de transformar detalhes aparentemente insignificantes em indícios carregados de significados, para mostrar que é possível tornar o espaço da sala de aula, em um espaço permeado por ações favoráveis a aprendizagem. Ações essas que são aparentemente com um simples detalhes de um olhar acolhedor do educador, é com essa clareza que os alunos irão aprender a organização os objetos que compõem o espaço da sala de aula, principalmente na escuta da leitura e sensivelmente na escrita e de outras necessidades de anseios do educando.Com essa aprendizagem da leitura e da escrita, o aprendiz ao se habilitar ele começa produzir, explicar e a compreender qualquer tipo de texto de que necessitar ou desejar ampliar, ampliando assim a possibilidades de inclusão do poder, e de contribuir ainda para a diminuição da desigualdade social (SCHWARTZ, 2012).então,

[…] uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar (FREIRE, 1996)

Essas representações são constituídas em um contexto de ensino aprendizagem e fazem parte do conjunto de recursividades para motivar o clima adequando para o ensinar e aprender, já que ninguém aprende de uma mesma forma, porque os conhecimentos prévios são os pontos de partidas, e cada um são diferentes para cada aluno. O modo de aprender depende conseguintemente, das características singular de cada um, com as motivações e interesses pessoais das experiências vividas e das aprendizagens construídas. É indispensável que o professor considere, além dos aspectos estáveis em relação aos processos de ensino e aprendizagem de cada grupo na diversidade existente. Então, 

[…] o professor que não leve a sério sua formação, que não estude, que não se esforce para estar à altura de sua tarefa, não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe, a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. (FREIRE, 1996)

Apesar de ser uma afirmação quase óbvia, na pratica frequentemente a diversidade é esquecida. O que é de se observar são práticas que trazem implícitas uma tendência chamada de homogênea, porque não parece considerar as diferenças individuais em relação ao conhecimento sobre a escrita. Acredita-se que nem todos podiam aprender, porque aprender, se considerava o sinônimo de copiar   de memorizar e de reproduzir conhecimentos acabados, para o aprendiz solicitar uma aceitação de representação social das que esperavam, muitos professores alfabetizadores de jovens e adultos lamentavam porque não conseguiam ensinar seus alunos a ler e a escrever, os motivos dentre outros, que as solicitações da cultura escrita, quando esses professores aprenderam a ler e a escrever, eram muito diferentes das de hoje. As metodologias que utilizavam para alfabetizar a maioria desses professores tinham uma base da epistemologia empirista onde podia ser classificada, conforme os métodos, em sintética e analítica, a sintética iniciava pela letra, pelo o fonema ou sílaba, a analítica partia da palavra da oração ou conto. (SCHWARTZ, 2012, p. 46). Por isso,

[…] a formação assume assim um conhecimento que permite criar processor próprios de intervenção, em vez de dar uma instrumentalização já elaborada, para isso será necessário que o conhecimento seja submetido à crítica em função de seu valor prático, do grau de conformidade com a realidade e analisando os pressupostos ideológicos nos quais se baseia. (IMBERNON, 2009, p. 63)

Esses desafios de inclusão na educação de jovens e adultos da EJA é preciso reconhecer a característica una/diversa do ser humano. A cada sujeito seja uma singularidade, todos têm uma característica em comum, com os processos do ensino e de aprendizagem, ao fato de que os sujeitos aprendem sempre interagindo um com o outro na elaboração dos seus textos escritos em trabalhos individuais, todos esses argumentos são aprendizagem importantes e complementares à aprendizagem da leitura e da sua escrita, e se refere que ninguém aprende sozinho, porque seus conhecimentos são diferentes não é igual para todos os sujeitos. Dessas características comuns é que o professor promoverá as situações de ensino e de aprendizagem, que serão detalhadas e denominadas em invariantes culturais (SACRISTAN, 2000). Apud (SCHWARTZ, 2012, pp. 58-59), Assim

[…]chegou o momento de se parar de buscar o melhor método de ensino e passar a procurar o método específico que pode apresentar o melhor resultado em termos de rendimento para um determinado aluno.(SPERRY,1977) apud (FRÒES, Laboratório como Instrumentos de Aprendizagem, 2019, p. 27)

O consequente desafio na inclusão de jovens e adultos são as dificuldades em apresentar seus trabalhos e os fatores observados são os baixos rendimentos porém a sociedade brasileira que contribui para a aceleração dessa ampliação ao acesso do ensino fundamental e médio, apresentava uma caracteres-agrária, e passou a desenvolver o advento do industrial na década de 1940 o país necessitava de trabalhadores mais qualificados e por esse motivo, houve uma intensa mobilização da sociedade da sociedade brasileira para o aumento da oportunidade de acesso ao ensino fundamental. (NEUBERT, 2003) relata essa transformação da sociedade brasileira ao descrever, entretanto,

[…]o principal negócio e preocupação da indústria da mente não é vender seu produto, mas vender a ordem existente. Perpetuar o padrão de dominação do homem pelo homem, sem importar quem dirige a sociedade, e através de quaisquer meios. Sua principal tarefa é expandir e treinar nossa consciência, afim de explora-la. (GIROUX, 1997, p. 115)

Segundo (SANTOS R. &., 2012) é importante salientar, onde o autor relata os problemas mais recorrentes de acesso e permanência do ensino médio, que se dão por vários fatores. Porém, queremos destacar o processo de expansão ao ensino fundamental ocorrido no Brasil, após o período de urbanização e industrialização da sociedade brasileira, que na década de 1940, mobilizou a sociedade em qualificar os seus trabalhadores, dando a eles uma oportunidade, de transformação, e de mudanças para o mercado de trabalho. Entretanto,

[…]o crescimento decorrente da entrada do capital estrangeiro teve várias faces. Se por um lado ampliou e diversificou o parque industrial, por outro o imperialismo norte americano atuou nos rumos econômicos e também políticos do país. Cresceram as disparidades regionais, os centros urbanos começaram a inchar, aumentou a inflação, e as distorções de renda, agravaram a pobreza. (ARANHA, 2006, p. 295)

Dada mudança de uma sociedade agrária para uma sociedade urbana e industrializado, aliada à valorização cada vez maior da educação formal, na preparação dos indevidos para ocuparem determinadas posições no mercado de trabalho, os críticos da perspectiva funcionalista se voltaram para as consequências reais da expansão das oportunidades de aquisição de escolaridade. (NEUBERT, 2003).  Assim,

[…]”o ser humano vive a construção de sua própria identidade, que pressupõem a liberdade e a autonomia, para tornar-se sujeito, a partir das dependências que alimenta, necessita ou tolera, como por exemplo, da família, da escola, da linguagem, da cultura, da sociedade, etc.” (ARANHA, 2006) 

O ensino de jovens e adultos, ainda é muito complexo, onde envolve dimensões da questão educacional. A anos atrás, essa educação resumia-se, a um processo compreendido em aprender, a ler e escrever. Onde o professor que se propõem a trabalhar com os alunos jovens e adultos, onde deve refletir criticamente sobre a sua prática, tendo também uma visão ampla sobre a sala de aula, sobre a escola em que vai trabalhar, com esses alunos. Tem que ampliar suas reflexões de seus conhecimentos, de como ensinar, pensando sobre sua prática como o todo. 

[…]O ensino dos conteúdos implica o testemunho ético do professor. Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância de saber, se não supero permanentemente a minha ignorância de saber. (FREIRE, 1996)

O professor precisa resgatar junto aos alunos suas histórias de vida, tendo conhecimento, de que há uma espécie de saber, desses alunos que, é o saber de seu cotidiano, uma espécie de saber das ruas, pouco valorizado no mundo letrado e escolar. Frequentemente o próprio aluno que busca a escola, como um por lugar para satisfazer, as suas necessidades particulares, é sempre para integrar-se à sociedade letrada, da qual não pode participar plenamente, quando não domina a leitura e a escrita. Com um novo pensar sobre a educação de jovens e adultos, que traz para o âmbito escolar, as questões relativas ao processo histórico de ensino aprendizagem deste aluno. Existem muitos motivos que levam esses adultos a estudar, como as exigências econômicas, financeiras, a tecnológicas e a competividade do mercado de trabalho. Entretanto,

[…]como o produto da repetição dos casos, desenvolve um repertório de expectativas, imagens e técnicas que lhe servem de base para suas decisões. Aprende o que buscar e como responder ao que se encontra. Essa experiência é a que alimenta seu conhecimento na prática. (CONTRERAS, 2002, p. 107)

Vale destacar, que outras motivações levam os jovens e adultos para a escola, por exemplo, a satisfação pessoal, a conquista de um direito, a sensação da capacidade e dignidade que traz a sua autoestima e a sensação de vencer as barreiras da exclusão. Constatou-se que a formação do educador e a sua qualificação são fundamentais para que o processo de inclusão desse estudante da EJA, na rede regular de ensino ocorra de forma a garantir a esses alunos o direito à cidadania e dignidade. Dessa forma, quando tomamos um assunto como objeto de uma investigação histórica, temos que levar em consideração a sua relevância para a construção do conhecimento, em conformidade com isto, analisando a realidade da educação brasileira vemos que os números são desastrosos e ainda preocupantes. Assim, 

[…]fala-se de uma educação destinada a uma diversidade de sujeitos. Porém, fala-se de uma educação, que no Brasil, é destinada majoritariamente aos(as) trabalhadores e ás gerações excluídas da escolarização, aqueles (as) que não tiveram assegurados o direito à educação. (CAPUCHO, Educação de Jovens e Adultos prática pedagógica e fortalecimetno da Cidadania, 2012) 

Dados do IBGE, por exemplo: Nos dão uma ideia de como foi tratado a educação de Jovens e Adultos no Brasil. A situação atual demonstra que o Brasil ainda não conseguiu garantir, na pratica, a educação à todos as pessoas, como garante a constituição. Milhões de pessoas espalhadas por este imenso país, ainda não foram alcançadas por um dos direitos básicos de toda pessoa, que é a educação. Mas porque existem tantas pessoas que foram excluídas do processo de alfabetização? O que gerou a posição social que tais pessoas ocupam? Quais foram as tentativas para garantir esse direito? Com isso a educação vem apresentando, a cada momento formas e estruturas, a adaptar-se às constantes mudanças que ocorrem em nossa sociedade. Nesse caminho para a instituição de uma igualdade de democrática de acesso e permanência do aluno na escola regular, faz-se necessária a criação de uma legislação educacional que garanta os direitos das pessoas interessadas e envolvidas nesse processo integrador e inclusivo.

A esse respeito, nos acrescenta Cury,

[…] a ligação entre o direito à educação escolar e a democracia terá a legislação como um de seus suportes e invocará o Estado como provedor desse bem, seja para garantir a igualdade de oportunidades, seja para, uma vez mantido esse objetivo, intervir no domínio das desigualdades, que nascem do conflito da distribuição capitalista da riqueza, e progressivamente reduzir as desigualdades. (CURY, 2014, pp. 245-262)

É importante se atentar que a escola para se tornar inclusiva, não basta somente receber alunos. O processo de inclusão concretiza a necessidade mudanças nas concepções de ensino, nas práticas da gestão, na formação de professores e até mesmo nas metodologias em sala de aula, o direito da educação para todos tem bases fundadas na Política Nacional Especial da Educação inclusiva. É importante realizar mudanças nas formas de metodologias educativas, para receber os variados tipos de alunos. A inclusão requer uma adequação de serviços especializados. Além da eliminação de barreiras arquitetônicas, a escola inclusiva precisa adotar práticas e métodos de ensino para esses alunos diferenciados, que atendam a demanda da diversidade, visando assim facilitar a aprendizagem. (GLAT, 2002), assim,

[…]’ todo processo de aprendizagem’ formal ou informal, em que pessoas consideradas adultas pela sociedade desenvolvem suas capacidades, enriquecem seu conhecimento e aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais, ou as redirecionam, para atender suas necessidades e as de sua sociedade. A educação de adultos inclui a educação formal, a educação não formal e o espectro da aprendizagem informal e incidental. ( DECLARAÇÂO DE HAMBURGO, art.3º, 1997) apud (CAPUCHO, Educação de Jovens e Adultos prática pedagógica e fortalecimetno da Cidadania, 2012) 

O professor sempre deve receber esses desafios, do elemento chave no processo de inclusão, na medida em que pode propiciar a interação social, possibilitando o desenvolvimento pleno dos alunos, é de suma importância no que corresponde ao combate às formas de preconceitos, bem como tarefas em salas de aulas que tem que criar, tem que ter um ambiente sempre acolhedor e de respeito. Fundamental que todos recebam as devidas orientações acerca da importância do seu convívio, para saber lidar com as diversidades. Então a Educação Inclusiva, diferentemente da Educação Tradicional, na qual todos os alunos é que precisavam se adaptar a ela, chega estabelecendo um novo modelo onde a escola é que precisa se adaptar às necessidades especificidades do aluno. ( (FRIAS, 2008). Entretanto,

[…] o pensar do professor é explicitado através de atitudes, ações, gestos e não apenas de palavras. Muitas vezes o sujeito diz alguma coisa, mas pensa diferente. Os professores não costumam pensar sobre seu pensamento (metacognição) e nem sobre o que podem comunicar através da linguagem não verbal, o que não impede que os alunos recebam as mensagens não explícitas. (SCHWARTZ, 2012, p. 89)

Esses desafios do processo de inclusão é muito positivo trazendo ganhos não somente para os alunos que estão sendo incluídos, mas para toda comunidade escolar, que conseguem os benefícios ao aprender, juntamente com esses alunos, verifica-se que é de grande importância este desafio, de oferecer uma educação de qualidade para todos os seus alunos, as convivências com base no respeito e solidariedade, a inclusão representa para os jovens e adultos a possibilidade de interação social, do direito educacional na construção de sua cidadania e mediante ao convívio dos outros alunos, do ensino regular, vivenciando assim através da inclusão a vencer os novos desafios. Considerando que cada aluno numa escola, apresenta características próprias e um conjuntos de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem. ( (FRIAS, 2008) . Por isso,  

[…] a concordância faz com que permaneçamos estacionados. A discordância faz com que cresçamos. A palavra “ concordância” vem de cor, “ coração”, e significa unir corações. Discordar, por sua vez, é promover a separação dos corações, algo que possibilita o desenvolvimento pessoal. (CORTELLA, 2018)

Pode ser explicado o insucesso desses jovens e adultos, através da análise da relação existente sobre eles, entre a linguagem, a cultura e o saber. Por tanto, é preciso analisar as causas dos seus fracassos e dos seus desafios escolares, tendo em conta, a história do sujeito, de sua construção, e suas transformações no ambiente escolar, como se tudo se tornasse difícil para sua aprendizagem, combatendo assim qualquer forma de preconceito e descriminação. Acreditasse que as dificuldades encontradas no sistema educacional são oriundas, na sua maioria das vezes, as suas contradições que sem dúvida, se tornam mais visíveis e invisíveis, inclusive, agravam no momento atual, que passamos por uma grande pandemia da covid-!9, que parou o mundo, as escolas fecharam suas portas e começaram a trabalhar off online, com essas mudanças, a escola procurou trabalhar com um cuidado especial aos alunos da EJA. Por isso,

[…]A escola pode ser um fator importante na aprendizagem da participação. Isso ocorrerá na medida em que o aluno for estimulado a se interessar pelo que acontece na escola, na sala de aula e fora dela na medida em que o programa de estudos não for imposto de cima para baixo, mas se permita aos alunos dar a sua contribuição, na escolha dos assuntos, dos métodos de trabalho, etc. ( PILETTI, 2004) apud (FRÒES, Laboratório como Instrumentos de Aprendizagem, 2019, p. 29).

Diante desse contexto que se perpetua, o Governo Federal Brasileiro lançou anos atrás, a política Nacional da Juventude, que promoveu a criação da Secretaria Nacional da Juventude, do Conselho Nacional de Juventude e do programa Nacional de Inclusão de Jovens e Adultos, o programa ProJovem, uma educação qualificada em ação comunitária. Trata-se de um ciclo com a tentativa de romper as desigualdades e restaurar a esperança da sociedade, no que se diz respeito ao futuro brasileiro (EDUCADOR, 2010)Entretanto,

[…]em consonância com a progressiva redução do emprego formal e com a crescente exclusão, o investimento em educação passa a ser definido a partir da compreensão de que o Estado só pode arcar com as despesas que resultem em retorno econômico. (FERREIRA, 2011) 

No que diz, à educação no Brasil, a legislação brasileira determina a responsabilidade da família e do estado, no dever de orientar o educando em seu percurso sócio educacional, que nos faz refletir, e criticamente, acerca da educação no decorrer do século XX, a educação foi marcada por várias mudanças que atingiram o setor econômico, político social, nesse cenário, a instituição escolar, por torna-se o único ponto de referência de qualquer ação educativa de ensino aprendizagem. Cada uma vive em uma realidade única e diferentes, e isso em diversos aspectos, a começar pela localização, o que faz com que elas atendam a públicos diferenciados, para que a escola tenha um ótimo desempenho. “Todas as escolas têm a possibilidade de atingir bons resultados, mesmo partindo de pontos diferentes e adversos. Isso porque elas, como qualquer sistema social, podem se autorregular. (CANARIO, 2006). Assim, 

[…]A televisão contribui poderosamente para um fetichismo dos fatos… como a história é desconcertante, complexa e fora do controle popular, o fato bruto assume uma importância excessiva…. Os fatos por si mesmos parecem explicar, tranquilizar ou alarmar, tudo de maneira planejada. Os fatos exigem atenção, entram no fluxo da discussão, e, parecendo legítimos e confiáveis, eles orientam e durante todo o tempo parecem deixar a escolha para o consumidor, o público (GIROUX, 1997) 

As instituições educativas que ofertam a EJA precisam atender também as orientações presentes no artigo 3°, nos inciso I a XI, da LDB n° 9394/96, que preconiza que o ensino deve ter base por base a igualdade de condições, liberdade, tolerância pluralismo de ideais, a valorização do profissional e da experiência extraescolar do aluno, gestão democrática, garantia do padrão de qualidade e vinculação entre praticas escolares, de trabalho e sociais, sendo fundamental aos educadores  de promover alternativas que viabilizam a melhoria de aprendizagem dos alunos da EJA. Então, 

[…] A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CF, 1988) 

Com base nessas orientações de âmbito federal, o estado do Amazonas, por meio do Conselho de Educação, também criou resoluções voltadas para Educação de Jovens e Adultos, como a n°139/01 que estabelece normas e regularidades para a execução da Educação de Jovens e Adultos da EJA, como modalidade da Educação Básica, nas etapas do ensino fundamental e médio. Assim o governo garantir a oferta gratuita do ensino para todos que não tiveram acesso em idade própria, que pode ser no turno noturno, a fim de atender às condições do educando, acerca da melhoria da educação vivenciada na sociedade brasileira. Entretanto,

[…]não resta dúvida de que os acontecimentos do final do século XX provocaram perplexidade e desorientação, sobretudo, em pais e professores cujos parâmetros se encontram em estado desagregação. (ARANHA, 2006)

No Brasil, assim como em outros países da América Latina, a EJA cumpre as suas funções de integrar migrantes rurais na sociedade urbana letrada e de levar o nível educativo da população adulta ao patamar das novas gerações, mas serve também como canal de aceleração de estudos para os adolescentes que reprovam defasagem e de reinserção de jovens aliados ao sistema de educação. Para que todos os estados e municípios tivessem as condições de atender às obrigações decorrentes da legislação, as políticas públicas, incluindo as matricula da EJA nos cálculos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos profissionais da Educação (FUNDEB) e nos programas de descentralização de recursos para as escolas, bem como ações de provisão pública e gratuita. Por isso,

[…]pelas pistas que possuímos do mundo que espera nossos jovens, só sabemos que será muito diferente do presente, com inevitável mudança de paradigma. Se melhor ou pior, impossível prever. Apenas precisamos não permanecer como espectadores, mas tomar nas nossas mãos o desafio de construir o novo. ARANHA,2006

Neste contexto dos educandos, vale apenas ponderar que a marginalização e a ausência de horizontes de mudança social que afetam a populações de situação de pobreza extrema influindo na falta de motivação e nas dificuldades que enfrentam para inserir no processo de ensino e aprendizagem na sua escolarização. Recomendam, portanto, que as políticas da EJA integrem estratégias Inter setoriais de desenvolvimento comunitário que articulem a formação geral e a preparação para o trabalho, a criação de oportunidades de geração de rendas e a inclusão digital entre outras medidas. Assim,

[…] não estamos propondo um currículo de inúmeras disciplinas ministradas nos moldes tradicionais de aulas isoladas. As questões sobre valores culturais e sua discussão podem atravessar, todas as demais disciplinas, a formação da cidadania está entre os objetivos de qualquer professor. (ARANHA, 2006)

Os pesquisadores da educação são obrigados a considerar também os fatores internos ao sistema educativo, como as políticas de atendimento, a acessibilidade e a organização dos cursos e a qualidade, a relevância do ensino que têm sido oferecidos, para os jovens e adultos da EJA. Estudiosos do financiamento da educação argumentam que o fator de ponderação da EJA nos cálculos do Fundeb é muito baixo, apenas 80% do valor de referência atribuindo as séries iniciais do ensino fundamental regular urbano, desestimula os gestores estaduais e municipais a investir na modalidade, já que os custos de manutenção das turmas da EJA são menores que as demais classes.   

PERCEPÇÃO DE COMO OS PROFESSORES AVALIAM OS DESAFIOS DE INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Os educadores do ensino médio da EJA, enfrentam inúmeros desafios, no desenvolvimento de sua prática docente, como a heterogeneidade, a juvenilização² das turmas, a falta de materiais didáticos específicos a baixa autoestima dos educandos, a rigidez institucional. As situações desses educadores que vão buscando caminhos alternativos, para favorecer o processo de ensino-aprendizagem como criações próprias de cada um diante das circunstancias irão enfrentando, diante dos desafios encontrados no ensino médio da EJA, apontam a dificuldades dos alunos que enfrentam na escola, em função da sua realidade diária, que são os problemas com os familiares, com o trabalho e além dos trabalhos domésticos que muitos enfrentam. (DI PIERRO, 2010) explica essa dificuldade dos jovens e dos adultos em procurar ou mesmo permanecer na escola.

[….] os jovens e adultos analfabetos ou com a baixa escolaridade não ocorrem com maior frequência ás escolas públicas porque  a busca cotidiana dos meios de subsistência absorve todo seu tempo e energia, seus arranjos de vida são de de tal forma precária e instáveis que não se coadunam com a frequência continua e metódica a escola, a organização da educação escolar, é demasiadamente rígida para ser compatibilizada com os modos de vida dos jovens e adultos das camadas populares, os conteúdos veiculados são pouco relevantes e significativos para tornar a frequência escolar atrativa e motivadora para pessoas cuja vida cotidiana já está preenchida por compromissos imperiosos e múltiplas exigência sociais (DI PIERRO, 2010, p. 35)

Avaliar esse desafio exige muita dedicação por parte do educador, trata-se de alunos com um universo e ambiente escolar não habituado, e desta forma, o professor tem como missão buscar meios para integrá-los à vida educacional como inseri-lo na sociedade. Este trabalho tem como objetivo fazer relatos de suas experiências vivenciadas, de um programa da EJA, educação de jovens e adultos. Os resultados aqui exposto evidenciam as perspectivas e seus desafios encontrados, na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, que tanto tem ajudado jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola ainda criança e adolescente, sendo necessária uma dedicação especial por parte do educador, voltada para atender as expectativas desse público.

A educação de Jovens e Adultos, foi criada pela grande necessidade de oferecer aos alunos uma chance a mais na vida escolar, para aqueles que por algum motivo não tiveram acesso aos estudos, principalmente ao ensino fundamental e médio. A tarefa do professor é de estimular esses jovens e adultos a estudar, voltar a escola, e proporcionando o acesso a sala de aula.

Ao analisar a educação de jovens e adultos em um sentido amplo com uma referência da pluralidade dos sujeitos, que dela fazem parte constata-se, longe de estar servindo à democratização das oportunidades educacionais, se com forma assim, no lugar dos que podem menos e também obtêm menos, então o educador da EJA deve propor um ensino que resgate à cidadania do indivíduo, redirecionar concepções e conceitos em sua organização pedagógica, considerando as especificidades desse segmento, assim assinala (RIBEIRO, 2011)

A análise da realidade feita na educação de jovens e adultos no país, para que seja consistente, precisa-se de uma forma relacional, implica em compreensão de que, existe-se hoje mais de 35 milhões de pessoas com mais de 14 e 18 anos que ainda não concluíram o seu ensino fundamental e nem o ensino médio. (RIBEIRO, 2011, p. 2)

Dentro desse contexto, o educador da EJA tem que ter sua autoestima e também o interesse de participar da sociedade um pensamento crítico reflexivo, sem deixar de considerar os conhecimentos e habilidades de que esses sujeitos dispõem de um modo informal, em suas experiências acumuladas, contidamente, na comunidade onde vivem e nos espaços dos seus trabalhos.

Uma consideração muito importante de se fazer, é o grande reconhecimento desses jovens e adultos como sujeitos, cuja as suas histórias não são as mesmas de outros jovens com suas faixas etárias, normal no ensino regular, os jovens da EJA tem que serem vistos como uma pessoa cujas as condições de existência, que remetem a dupla exclusão, com seus grupos de pares da mesma idade no sistema regular, o reconhecimento desses jovens como cidadão, devese favorecer uma visão ampla e permanente e que responda as demandas do desenvolvimento local, tanto regional como nacional, considerar que os conteúdos curriculares precisam ser pensados e repensados no contexto identidade dos diversos sujeitos da EJA. “Preciso adotar estratégias pedagógicas e metodologias orientadas para a otimização da formação específica de professores e gestores responsáveis por esta modalidade (ANDRADE, 2011, pp. 2223),Barcelos (2010p.56) citado por (FORTUNATO, 2010), complementa que:

Escutar as histórias dos educandos é uma possibilidade muita rica na perspectiva de ampliar o nosso repertório de informações sobre a forma como as pessoas buscam entender o mundo em que vivem, bem como para nos aproximar do sentido que essas pessoas atribuem ao que lhes acontece. (FORTUNATO, 2010, pp. 281-283)

Entretanto muitas histórias, que se houve dos alunos é, que não comparecem a escola por falta de credito em sua carteira estudantil, ou que deixou para vim pra escola, em dias de provas, pra não perder a vaga, uns falam que o marido não deixou, outros nos dias que a escola serve a comida, e muitos ainda trazem sua marmitas para levar pros filhos ou irmãos, por não ter nada em casa para comer. Esses comentários os professores ouvem de cada aula, principalmente no turno noturno. È importante lembrar porque os estudantes da EJA se afastam da escola há tempo e, na maioria das vezes, carregam lembranças frustrantes sobre eles.

Para enfrentar este desafio o estado e municípios minimizam os efeitos negativos que anos e anos embutiram as classes populares. O direito de todos terem o acesso à informação por meio dos avanços tecnológicos, e para isso é necessário criar condições para que homens e mulheres, desenvolvam competências para dialogar e intervir ao mundo seus lugares e significando a sua realidade de um aprendizado por toda a vida. No momento que o professor aceita esse desafio de ensinar deve-se ter em mente que essa missão realizada apenas por transmissão mecânica de conceitos, mas de ensinar a pensar, ou seja, nós professores temos que mostrar para eles como é ser um cidadão.

O presente trabalho surgiu quando trabalhei com uma turma da EJA na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, a partir da minha atuação em 2017 no programa EJA, com a finalidade de expor as experiências vivenciadas durante o tempo que lecionei como professora no ano de 2019, o objetivo é mostrar o papel do professor da EJA, que vai além do simples ensinar requer uma reflexão, propondo uma educação libertadora, que resgate a cidadania do indivíduo, que dessa forma o homem faz a sua história, mudando o mundo de forma livre, e buscando inserir o indivíduo na sociedade, convivendo com seus semelhantes, pensando na sua existência e transformando a sua realidade (FREIRE, 1986)    

Com frequência ouve-se entre os profissionais da educação, das diversas modalidades de ensino que é necessário valorizar, potencializar, aproveitar nos educandos, os saberes cotidianos, os conhecimentos que trazem de casa, suas experiências vivenciadas, outras expressões que nos remetem, que se tornou comum nas instituições escolares, e quando se fala na Educação de Jovens e Adultos, estas ainda são contundentes. Para (FREIRE P. , 1997, p. 30) a leitura do mundo precede a leitura da palavra, nos índices dos “saberes” que estão nos textos escritos atualmente em nossa sociedade, nem sempre ali não surgiram por acaso. Ao contrário dos contextos da fala dos tais saberes que são frutos de sangue e suor, historicamente construído por uma cultura de lutas sociais na sua produção.

Simbolicamente a figura de um professor poderia ser comparada como de um maestro criativo, e que exigia de sua orquestra: organização, iniciativa própria, dedicação, envolvimento e principalmente ações coletivas desencadeadas por processos participativos. “Sendo criativo articulador, mediador e desafiador, o professor apostaria em todos os recursos existentes para consolidar a construção do conhecimento” (BEHERENS, 1996, p. 64)

O desafio apontado pelo educador, refere a alunos que chegam no oitavo e nono ano, eles tem muita dificuldade na leitura e na escrita e muitas vezes tornam um desafio para o professor, já consegue avaliar de outras maneiras. Segundo o educador uns já conseguem discutir um assunto do seu nível outros não, mas devagar vão aprendendo coisas pontuais e básicas sobre a questão. (CARRANO, 2005),explica:

[…] a dificuldades em lidar com a diversidade parece algo congênito na constituição da ideia de escolarização. A homogeneidade ainda é muito mais desejável à cultura escolar do que a noção de heterogeneidade, seja ela de faixa etária, de gênero, de classe, de cultura regional ou étnica (CARRANO, 2005, p. 160)

Isso de alguma forma nos leva a pensar a respeito da realidade de cada um, no sentido de alertar para a melhor forma de interpretar o comportamento desses jovens e adultos em sala de aula, principalmente, se buscarmos, uma alternativa de nos posicionarmos diante desses comportamentos compreendendo-o e lidando com eles de uma forma a favorecer, o processo de ensino, com a presença deles, não apenas buscando conviver de maneira conformada com a situação, mas de forma diferenciada e esclarecedora em encarar a situação. Pois o educador precisa ser capaz de indagar o que os grupos culturais desses jovens e adultos têm a dizer.

 Alguns professores (e também alunos mais idosos) parecem convencidos de que os jovens alunos da EJA vieram para perturbar e desestabilizar a ordem “supletiva” escolar. Outros, demonstram sua vontade em aprofundar processos de interação mas reconhecem seus limites para despertar o interesse desses que, sob certos aspectos, se apresentam como “alienígenas em sala de aula” (GREEN, 1995). Quais estratégias poderiam despertar os sentidos para uma presença culturalmente significativa dos jovens da EJA no espaço da escola? Esta parece ser uma pergunta chave para a reorganização curricular e a articulação de processos educativos social e culturalmente produtivos no cotidiano escolar. (CARRANO P. , 2009, p. 1), assim , (CARVALHO, 2011), entendem,

[…] As culturas juvenis estão na escola. Isso é um fato e o desconhecimento e incompreensão sobre seus significados para vida dos jovens é fonte não apenas de ruídos na comunicação, mas também de sacrifício de experiências que poderiam ser potencializadas para aprendizagens no espaço-tempo-escolar. (CARVALHO, 2011, p. 78). 

 Percebe-se, que é necessário um diálogo sobre a presença dos jovens na Educação de Jovens e Adultos, o educador Moacyr de Góes conta uma história que exemplifica a importância de fazer do gesto educativo uma relação compreensiva, ele fala de memória uma narrativa,  sem preocupação com a precisão das palavras. Um padre-educador da cidade de Natal impressionava a todos com sua capacidade de ensinar o latim a crianças muito pobres da periferia da cidade. Perguntado sobre o “método” que utilizava para ensinar, disse: “como faço para ensinar latim ao João? Para ensinar latim ao 3 João eu primeiro conheci o João. Fui à sua casa, descobri do que ele gostava, descobri sua árvore preferida, fiquei seu amigo; primeiro conheci o João, o latim veio depois”. Esta é uma história simples que nos convida a encontrar no sujeito do conhecimento a verdadeira centralidade dos processos de ensino aprendizagem. (CARRANO P. , 2009), entretanto,

[…] um dos desafios observados no cotidiano da escola, principalmente no turno diurno, no qual a presença dos/ as jovens se faz marcante, diz respeito à forma como estes são vistos pelos docente Entendê-los como jovens pode parecer fácil no discurso, porém o dia a dia de uma sala de aula exige que essa compreensão esteja presente na relação pedagógica, nas metodologias adotadas e na resolução de conflitos geracionais. (SILVA, 2010)

Propõem-se então, aos professores e professoras da EJA a tarefa política, educativa e porque não dizer afetiva de descobrir na recuperação da trajetória de seus jovens alunos e jovens alunas as “portas de acesso” ao sujeito que pode conhecer na medida em que é reconhecido no jogo da aprendizagem escolar. E então, a apresentar alguns elementos sobre a socialização contemporânea dos jovens que podem contribuir para a compreensão sobre o que é viver a juventude nos dias de hoje. Parte-se do princípio de que muitos dos problemas que os educadores enfrentam nas muitas salas de aula e espaços escolares deste país com os jovens alunos têm origem em incompreensões sobre os contextos não escolares, os cotidianos e os históricos mais amplos, em que esses estão imersos. Dito de outra forma torna-se cada vez mais improvável que consigamos compreender os processos sociais educativos escolares se não nos apropriarmos dos processos mais amplos de socialização. (CARRANO P. , 2009). Por isso,

[…] Entre os jovens brasileiros de hoje, a desigualdade mais evidente remete à classe social. Esse recorte se explica claramente na vivência da relação escola/ trabalho. A indagação sobre quando e como um jovem começa ou termina de estudar ou trabalhar expõe as fissuras de classe presentes na sociedade brasileira. NOVAES,2006 apud (SILVA, 2010)

O sociólogo italiano Alberto Melucci (2004 e 2001) afirmou que os jovens são a ponta de um iceberg que se compreendida pode explicar as linhas de força que alicerçarão as sociedades no futuro. Hoje, os jovens possuem um campo maior de autonomia frente às instituições do denominado “mundo adulto” para construir seus próprios acervos e identidades culturais. Há uma rua de mão dupla entre aquilo que os jovens herdam e a capacidade de cada um construir seus próprios repertórios culturais. Este maior campo simbólico que os jovens possuem para se fazerem sujeitos a partir de escolhas não determinadas pelos adultos e as instituições é fonte de muita tensão nos ambientes familiares e escolares. Outro sociólogo, o português (PAIS, 2006), compara esta autonomia do presente com o passado trazendo as noções de espaços lisos e estriados. Se no passado os jovens transitavam por espaços estriados com as marcas das imposições dos adultos, hoje, os espaços estão relativamente lisos para que os jovens imprimam suas próprias marcas. Isso significa dizer que um dos princípios organizadores dos processos produtores das identidades diz respeito ao fato dos sujeitos selecionarem as diferenças com as quais querem ser reconhecidos socialmente. Isso faz com que a identidade seja muito mais uma escolha do que uma imposição. (CARRANO P. , 2009).

[…] Por outro lado, há jovens que conseguiram construir uma relação sem grandes conflitos com a instituição escolar apesar das dificuldades. Entre estes, alguns sonhavam em prosseguir os estudos fazendo um curso superior. (SOARES, GIOVANETTI, & Gomes, 2011, p. 76)

Outra fonte de tensão entre jovens e educadores encontra-se na entrada das culturas juvenis nos espaços escolares. As expressões juvenis estão voltadas para a coesão de seus grupos de referência – aquilo que chamamos por vezes de referências tribais – códigos, emblemas, valores e representações que dão sentido ao pertencimento a grupos. A relação dos jovens com seus grupos de referência provoca choques com os valores das instituições (especialmente a escola e a família). O mercado tem conseguido ser muito mais hábil em perceber estes sinais para dialogar lucrativamente com as culturas juvenis e gerar espaços de pertencimento. As escolas por sua vez omitiram-se (CARRANO P. , 2009).Por isso, entendese que,

[…] A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá a pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo, quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI D. , 2004, p. 22)

Um dos grandes desafios da contemporaneidade passou a ser a construção da unidade social em sociedades marcadas por significativas diferenças e desigualdades pessoais e coletivas. Escutar a si e ao outro se torna, portanto, a condição para o reconhecimento e a comunicação. Esta parece ser uma das mais importantes tarefas educativas, hoje: educar para que os sujeitos reconheçam a si mesmos e aos outros em esferas públicas democráticas. Isso, talvez, seja mais significativo do que ensinar conteúdos que podem ser aprendidos em muitos outros espaços e tempos. Para escutar numa relação solidária é preciso, contudo, assumir a própria identidade, entrar em relação com a diferença e rejeitar as desigualdades que venham a configurar a constituição das coletividades humanas. A presença de jovens alunos na EJA deveria ser expressão de que a escola é parte efetiva de seus projetos de vida. E de que eles e elas estão exercendo seus direitos à educação básica republicana e de qualidade e não apenas participando de um mero jogo funcional de correção de fluxo escolar ofertado em instituições de espaços e tempos deteriorados. (CARRANO P. , 2009). Assim,

[…] é importante assinalar que os direitos da cidadania são. Ao mesmo tempo, deveres. Pode parecer estranho dizer que uma pessoa tem o dever de exercer seus direitos, porque isso dá a impressão de que tais direitos são convertidos em obrigações. (DALLARI D. , 2004).

PERCURSO METODOLÓGICO.

Esta pesquisa busca analisar os desafios da Inclusão na Educação de Jovens e Adultos na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, na cidade de Manaus, Amazonas, Brasil no ano 2021.

Nesta pesquisa, procurei conhecer os diversos desafios de inclusão, bem como identifiquei esses desafios, estudei o processo histórico da Educação especial e a criação do EJA.

HISTÓRICO DA ESCOLA.

A Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araujo foi criada pelo decreto Lei Nº 5.792, de 04 de setembro de 1981, como escola de 1º e 2º graus, a escola localiza-se na Avenida Timbiras, S/N Cidade Nova 1; iniciou seus trabalhos em março de 1982, sob a direção da Prof.ª Mirtes Uchôa Carneiro, cuja finalidade era oferecer às crianças, jovens e adultos, uma educação de qualidade, oportunizando lhes conhecimento e aprendizado, tanto na esfera profissional, como no pessoal.

A escola possui 20 salas de aula, 1 biblioteca, 1 sala de recursos, 1 pedagogo para cada turno,1 gestor geral, 1 gestor administrativo e 108 professores, sendo assim distribuídos por turnos,Matutino, 41 docentes, Vespertino: 38 docentes, Noturno: 36 docentes.  Os alunos matriculados são em torno de 2.674 distribuídos nos 03 turnos de funcionamento, Matutino,  Ensino Médio Regular e EJA, Vespertino, Ensino Médio, EJA, Noturno, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos médio).

Missão da Escola; formar cidadãos críticos capazes de contribuir com a sociedade em que vivem, desenvolvendo a cidadania, a ética, a responsabilidade e a criatividade; dessa forma colaborar para uma sociedade mais justa e humana.

Visão da Escola; colaborar para a formação do indivíduo, garantindo-lhe condições para o ingresso do discente no mercado de trabalho e nas instituições de ensino superior.

Valores da Escola; promover entre as discentes noções de valores éticos e morais; honestidade, tolerância, solidariedade, companheirismo e humanidade.

Objetivo da Escola; construir uma gestão democrática e participativa; promover a inclusão social através de ações pedagógicas que envolvam a família e a comunidade local. Diminuir os índices de evasão e repetência escola, para tanto, com ações conjunta com os docentes. Colaborar para melhorias de desempenho escolar no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).

 Meta; manter um relacionamento baseado na parceria e colaboração que promova o desenvolvimento intelectual dos discentes.

 Aspecto sociográfico da comunidade do entorno da escola estudada:

O bairro Cidade Nova localiza-se na zona norte de Manaus, sendo considerado o mais populoso da cidade, foi organizado por volta de 1970 e tornou-se referência como zona de crescimento por volta de 1980. Faz limite ao sudoeste com os bairros Flores e Parque Dez de Novembro, a oeste com os bairros: Colônia Santo Antônio e Novo Israel; a noroeste: Colônia Terra Nova; ao norte: Conjunto Nova Cidade e bairro Monte das Oliveiras; a leste: bairros: Cidade de Deus e Novo Aleixo; ao sul: bairro Aleixo.

A Cidade Nova possui um alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto, possui amplos espaços verdes, áreas de lazer, Shoppings Center, rede bancária, rede de lojas, escolas, diversos condomínios, comércios varejistas e supermercados; inclusive conta com funcionamento de importantes terminais de integração de coletivos de passageiros, com fluxo intenso. Foi um dos bairros que mais avançou em termos de IDH, segundo o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística), sua população atualmente passa dos 300.000 habitantes.

Em se tratando do contexto social em que se insere a população; as classes médias habitam nos condomínios fechados e nas áreas habitacionais consideradas seguras, as de baixa renda moram nas áreas periféricas do bairro.

O bairro é dividido em 24 núcleos e 05 subdivisões: Cidade Nova 1, 2,3,4 e 5; especificamente sobre a Cidade Nova 1, onde localiza-se a Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, possui uma população em torno dos 50.000 habitantes; fazem parte da estrutura do bairro cidade nova 1: centro de convivência da família, cafés, bares, igrejas, lojas e outros.

A Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo recebe estudantes de várias localidades da Cidade Nova e da zona norte da cidade, em geral são alunos de famílias de baixa renda, cujos pais ou responsáveis são trabalhadores assalariados, realidade presente em várias escolas públicas do entorno da referida escola.

Quando se pensa em Educação Especial e Sociedade procura-se entender a inclusão tanto na Educação formal quanto na Educação de Jovens e Adultos.

Práticas de intolerância sempre foi a tônica durante muito tempo quando ainda prevalecia os padrões da classe dominante, entretanto, desde do início do século XX foram estabelecidos princípios de inclusão que com o passar dos anos foram ganhando força na sociedade.

Encontramos na legislação brasileira, muitos entraves para a efetivação do sistema educacional inclusivo, seja por desinteresse de nossos governantes, ou seja, por incapacidade dos professores de exercerem sua influência no processo.

Percebe-se na comunidade escolar, um certo isolamento e precariedade em suas ações que muitas vezes morrem no planejamento infelizmente. Por ser um processo social, onde todos devem participar ativamente, a escola deve favorecer condições adequadas para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias a todos os alunos.

O sistema Educacional vem passando por grandes mudanças, onde muitas delas correspondem à melhoria das condições de ensino ofertado á população. 

A constituição federal de 1988 prevê a igualdade, estando devidamente declarada que a educação é um direito de todos, e dever do estado e da Família (BRASIL, 1996).

Um aspecto importante do surgimento da Educação Especial é que no século XVII, ocorreu o isolamento de pessoas que apresentavam deficiência, no final do século XVIII, princípio do século XIX, inicia-se o período da institucionalização especializada em pessoas com necessidades educativas especiais e é a partir de então que poderíamos considerar ter surgido a Educação Especial. (FACION, 2005).

O paradigma da Inclusão passou a ser amplamente difundido a partir da realização da Assembleia Mundial ocorrida em junho de 1994, na cidade de Salamanca-Espanha. Nessa Assembleia participaram 92 delegações de países e mais 25 organizações, cujo intuito era voltado para discussão do processo de inclusão escolar. Nesse encontro, foi elaborado um documento enquanto complexo que norteava as bases para a educação inclusiva. Conforme a declaração de Salamanca (1994)

As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de populações distantes ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas (SALAMANCA, 1994)

Na concepção da Educação Inclusiva, ao contrário da proposta de integração, os Estados são obrigados a cumprir normas inclusivas dentro de seu sistema educativo. As Escolas devem favorecer mudanças em seu funcionamento, visando a inclusão de todos os alunos, mediante a promoção de ações afirmativas e de acolhimento capazes de combater qualquer forma de preconceito e discriminação. Para SCHNEIDER,2012

O desafio da superação das dificuldades de inclusão do aluno com necessidades especiais no ensino regular reque que se ultrapassem as práticas tradicionais e os sentimentos acerca das pessoas com necessidades educacionais especiais, realizando a integração, nos âmbitos escolares, laborativo e comunitário, isto é, física, funcional, social e societal, deparando-se sobre a proposta que apresente, na atualidade, possibilidades concretas d internacionalista, que defenda e implante a inclusão dos diversos grupos de alunos com necessidades educativas especiais, na escola de ensino regular. (SCHNEIDER, 2012)

O processo da inclusão mostra muitos desafios, exige reflexões e adaptações no contexto geral. Entre as adaptações, é importante se atentar para a flexibilização de currículos para favorecer a aprendizagem dos alunos com deficiências neste contexto, (MOSCARDINI, 2012) cita alguns benefícios destas adaptações, vejamos; favorecer a criação de condições físicas, materiais e ambientais da sala de aula, desenvolvimento dos níveis de comunicação e socialização dos alunos, favorecer a participação de todos os alunos nas atividades escolares, permite que o ambiente da escola se torne acolhedor para atendimento da diversidade, contribui para eliminação de preconceitos, baixa autoestima, sentimentos de inferioridade. 

O debate acerca da Educação Especial revela muitos questionamentos e diversidade de compreensões, que vem exigindo uma prática cada vez mais sólida, tanto na educação inicial como continuada.

Na continuidade da pesquisa, visando a análise dos desafios encontrados na inclusão, de alunos na Educação de Jovens e Adultos, na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, senti a necessidade de realiza-la no enfoque fenomenológico, hipotético, dedutivo, qualiquantitativo, de nível analítico, descritivo de corte transversal, segundo (ALVARENGA, 2014), neste tipo de investigação o objetivo é descrever situações, isto é, como são e como se manifestam as variáveis. Também busquei explicar porque sucede determinado fenômeno. Por ser uma investigação quantitativa, as informações coletadas com questionários serão tabuladas e mostradas em gráficos. E por ser qualitativo, fiz descrição de situações envolvidas no fenômeno. Os resultados e interpretações foram apresentados de maneira descritiva. Para realizar a coleta de dados solicitei da UNIBAM um documento autorizando minha visita à Escola Desembargador André Vidal de Araújo, mas fiz acompanhamento dos mesmos, por isso, minha abordagem foi corte transversal ou sincrônico. A Escola Desembargador André de Araújo, constitui a unidade de amostragem Ensino Médio, o universo escolhido foram os professores do Ensino Médio 19 professores e 40 alunos do nível 1º ano do turno vespertino. As unidades de amostra foram cada um dos professores entrevistados e cada um dos estudantes entrevistados, como critério de exclusão entrevistei e professores e estudantes não pertencentes a Escola Desembargador André Vidal de Araújo e como critério de inclusão os professores e estudantes da Escola Desembargador André Vidal de Araújo.

Segundo ALVARENGA,2014, “ o método constitui-se no processo integral, racional, que deverá ser seguido rigorosamente para realizar um estudo científico, afim de atingir os objetivos”. Então no método é a própria pesquisa que realizei, utilizei a técnica de questionários semiestruturado, com perguntas semiabertas, elaborado pelo próprio pesquisador e aplicado também pelo pesquisador, entretanto, antes da aplicação definitiva do instrumento na amostra, foi aplicado a dois docentes que não pertenciam a Escola que integra a unidade para provar sua eficácia e confiabilidade. Solicitei junto a UNIBAM autorização, visitei o colégio, solicitei, uma entrevista com o diretor da Escola lhe expliquei o estudo a ser realizado, solicitei junto ao coordenador quais eram os professores aptos a participar da pesquisa, expliquei aos professores o motivo da entrevista e apliquei o questionário semiestruturado.

Uma vez coletados todas as informações, os dados quantitativos, tabulei, processei e carreguei no programa Excel para serem apresentados em gráficos estatísticos. As informações qualitativas foram processadas e interpretados para chegar ás conclusões e também recomendações. Não foram mencionados os nomes dos professores que participaram da investigação. Não foram obrigados a responder o questionário caso não quisessem. Para desenvolver o enfoque qualitativo utilizei três tipos de pesquisa, no primeiro momento, fiz uma pesquisa bibliográfica, sobre o tema inclusão de alunos da Educação de Jovens e Adultos, desafios de inclusão, bem como características deste tipo de Educação, também me utilizei de pesquisa documental, como revistas, documentos da secretaria de Educação, bem como documentos normativos da própria escola, desenvolvi também a pesquisa de campo a partir das observações das aulas nas turmas com os alunos pesquisados, observando a dinâmica escolar posteriormente entrevistas afim de conhecer o cotidiano dos estudantes da Escola alvo da pesquisa.

MARCO ANALÍTICO

Considerando a pesquisa com enfoque qualiquantitativo, os resultados serão apresentados, em quadros, gráficos, figuras onde será feito as descrições com o objetivo de responder as indagações iniciais, mostrando a confirmação ou não da hipótese inicial. 

Entretanto, sabe-se que por também ser uma pesquisa qualitativa á medida que for apurando alguns resultados naturalmente vai-se construindo de maneira lógica a problemática estudada.

Em ambos os enfoques é preciso estar atento a interpretação que gera as inferências que vão dirigir os resultados.

Para (GIL, 2008), após a coleta de dados, a fase seguinte da pesquisa é a de análise e interpretação. Estes dois processos, apesar de conceitualmente distintos, aparecem sempre estreitamente relacionados. A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.       Desde de muito tempo percebe-se discriminação, intolerância, isolamento, rejeição e até mesmo eliminação de pessoas socialmente carentes e com deficiências de variada gama no contexto escolar atual. 

Compreende-se que a inclusão de alunos com necessidades especiais requer ampliação das políticas educacionais, afim de garantir o direito de todos à escolarização.

Nas escolas, nota-se espaços com pouca ou nenhuma adaptação que facilite as práticas pedagógicas inclusivas. Neste contexto, pretende-se analisar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo na Cidade de Manaus.

Nesta pesquisa, busquei, identificar os desafios encontrados na Inclusão de Alunos da Educação de Jovens e Adultos, estudar o Processo Histórico da Educação Especial e a criação do EJA, e além disso, interpretar a maneira como os professores da Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo avaliam os desafios encontrados, bem como, determinar estatisticamente como estes desafios interferem processo inclusivo.

Os resultados obtidos, com a análise quantitativa dos dados possibilitaram melhor compreensão sobre os desafios de inclusão, na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, na Cidade de Manaus, Amazonas, Brasil. No questionário para os alunos da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos alunos do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, “ você tem dificuldades para vir a escola durante o dia? ”, 60%  do alunos responderam que sim, 25% responderam não e 15% responderam que ás vezes, percebe-se neste contexto, que existem dificuldades, dificuldades que ultrapassam a esfera pedagógica, muitas dessas razões são econômicas, tais como; dinheiro para condução, insegurança familiar, etc.

Elaborado pelo próprio autor em agosto/2021

Na questão número dois, foi feita uma pergunta, “ Qual (ais) dificuldades você encontra na Escola relacionados à sua permanência nela? ”, percebi pelas respostas dos alunos, que 72,5 % disseram econômicas, 17,5% revelaram dificuldades pedagógicas, 50 % mostraram dificuldades sociais, 15% reclamaram de preconceito e finalmente 12,5% apontaram drogas, neste contexto, as dificuldades econômicas confirmam a hipótese inicial, entretanto, dificuldades sociais aparecem como segunda reclamação mais frequente, e preconceito e drogas, aparecem respectivamente 15% e 12,5%, entenda-se neste aspecto um problema grave, ainda embrionário, mas presente no conjunto das dificuldades.

Na questão três, foi feita uma pergunta, “ Você apresenta dificuldades com o material didático oferecido na Escola? Percebi pelas respostas dos alunos do seguimento EJA, que 15% disseram que sim, 67,5% disseram não e outros 17,5% revelaram que ás vezes, paradoxalmente, percebi que a maioria dos alunos não apresenta dificuldades com o material didático oferecido na Escola, será que eles compreenderam a pergunta? Pode- se inferir que a dificuldade entendida seja na aquisição do material didático oferecido pela escola, contudo, a pergunta referia-se ao aproveitamento e uso deste mesmo material.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021

Na questão número quatro, foi feita a seguinte pergunta, “ Na sua Escola tem merenda Escolar? ”, 100% dos alunos responderam afirmativamente, diga-se unanimemente, percebi pela resposta que a merenda da escola é um grande atrator, pode se dizer um grande imã para que os alunos venham a escola e permaneçam nela.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021

Na questão número cinco, foi perguntado o seguinte, “ Na sua Escola existe problema relacionado com a segurança? ” Na percepção dos alunos, não existe propriamente problemas de segurança, entretanto, ás vezes ocorre alguns problemas relacionados com violência entre alunos e ás vezes entre professores.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021.

No questionário para os professores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos professores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, “ Você percebe dificuldades na relação com os alunos de EJA, especifique quais? ” Percebi, entre os professores que a dificuldade maior é econômica com 78,94%, 63,15% apontaram problemas sociais, 52,63 % revelaram problemas pedagógicos, 10,52% disseram preconceitos e 15,78% mostraram problemas relacionados com drogas. É fácil perceber que a uma sincronicidade entre as respostas dos alunos e dos professores, devido talvez a proximidade de ambos neste contexto de desafios percebidos.

Elaborado pelo próprio autor em agosto 2021

No questionário para os professores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos professores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, “ Como você percebe o rendimento dos alunos da Educação de Jovens e Adultos em relação ao processo Ensino Aprendizagem? ”  Percebi entre os professores que o rendimento se apresenta 68,42 % insatisfeito, 21,05% satisfatório, 10,52% bom, notase pela estatística que ainda não atingimos o patamar aceitável entre estudantes da Educação de Jovens e Adultos, talvez por não termos maior integração entre os estudantes.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021

No questionário para os professores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos professores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ”. Que desafios você consegue perceber nos alunos da Educação de Jovens e Adultos, com relação a sua permanência na Escola? ” Percebi entre os professores, que 89,47% são desafios financeiros, 42,10% são desafios sociais, 36,84% são desafios pedagógicos e 10,52% são desafios psicológicos. Percebi entre os professores, que os desafios financeiros junto com os desafios sociais representam a maioria das queixas, entretanto, os desafios pedagógicos e psicológicos são bem significativos, embora, sejam discretos.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021

No questionário para os professores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos professores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ” Na sua opinião, qual sua percepção em relação ao grau de interesse dos alunos da Educação de Jovens e Adultos, em seu desenvolvimento estudantil? ”. Percebi entre os professores, que 42,10% são participativos,42,10% são distraídos, 36,84% são problemáticos e 15,78 % são interessados. É bem interessante que os alunos são participativos e distraídos na percepção dos professores, contudo, uma boa parte são problemáticos e uma pequena parcela interessados. Os resultados mostram-se bem heterogêneos, mas revelam problemas relacionados com interação social também.

Elaborado pelo próprio autor no mês de agosto 2021

No questionário para os professores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos professores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ”. Você percebe nos alunos da Educação de Jovens e Adultos, questionamentos sobre a maneira em que as aulas são ministradas? ” Percebi entre os professores, que 47,36% responderam ás vezes, 36,84% responderam não, 15,78% responderam sim. Nota-se alguma percepção em relação a didática do professor, entretanto, uma boa parte ainda não percebe, muito poucos realmente sabem questionar.

Elaborado pelo autor no mês de agosto de 2021.

No questionário para os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos pedagogos do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ”. Existe uma relação, entre merenda escolar e a frequência dos alunos neste seguimento de ensino? ” Percebi entre os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, que  50% apontaram sim,  50% apontaram ás vezes. Isto mostra, que a merenda é muito atraente para os alunos deste seguimento.

Elaborado pelo autor no mês de agosto de 2021

No questionário para os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos pedagogos do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ” Que dificuldades mais frequentes os alunos fazem na pedagogia? ”. Percebi entre os pedagogos da Educação de Jovens e adultos, 100% reclamam das condições financeiras, 50% reclamam das condições sociais, 50% reclamam das condições pedagógicas, sem dúvida alguma as condições financeiras revelam a maior dificuldade entre os estudantes da Educação de Jovens e Adultos, entretanto, as dificuldades pedagógicas e sociais, se apresentam significantes.

Elaborado pelo autor em agosto de 2021

No questionário para os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos pedagogos do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, “ Quando os alunos faltam e não dão nenhuma justificativa, que soluções são encontradas para localizar o aluno? ” Percebi entre os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, que 100% são localizados através do telefone, os outros meios não são utilizados, o que significa que as escolas não dispõem de muitos recursos.

Elaborado pelo autor em agosto de 2021

No questionário para os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos pedagogos do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ”. Quais as dificuldades os alunos se queixam mais? ” Percebi entre os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, que 100% se queixa do fator econômico, 50%  do fator pedagógico, 50%  fator social, 50 % fator psicológico e 50% fator alimentar, naturalmente percebe-se que o fator econômico supera com folga os outros fatores que interferem neste processo.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021

No questionário para os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos pedagogos do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta,” Entre os alunos da Educação de Jovens e Adultos qual a faixa etária mais comum na Escola Desembargador André Vidal de Araújo?”, Percebi entre os pedagogos da Educação de Jovens e Adultos, que 100% 18 anos, 50% 25 anos, 50% tem 30 anos e nas outras idades não foram percebidos na entrevista. Provavelmente, depois que a BNCC, foi estabelecida, a idade dos alunos passou a ser reclassificado, para 18 anos no mínimo a idade de acesso à Educação de Jovens e Adultos.

Elaborado pelo autor em agosto de 2021

No questionário para os diretores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos diretores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, “ Existe uma relação entre merenda escolar e a frequência dos alunos neste seguimento de ensino? ” Percebi entre os diretores da Escola Desembargador André Vidal de Araújo, que 50% responderam sim, e 50% responderam ás vezes, geralmente respostas assim revelam 100% de concordância em relação a merenda como um grande atrativo para a permanência dos alunos na Escola.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021

No questionário para os diretores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos diretores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ”. Que dificuldades mais frequentes os alunos fazem na pedagogia? ” Percebi entre os diretores da Escola Desembargador André Vidal de Araújo, que 100% reclamam do financeiro, 100% reclamam do social, e 50% reclamam pedagógico, mais uma vez percebe-se entre diretores que o fator financeiro e o fator social são os campeões de reclamação na escola Desembargador André Vidal de Araújo, o pedagógico também foi citado como queixa bastante frequente.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021

No questionário para os diretores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos diretores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, “ Quando os alunos faltam e não dão nenhuma justificativa, que soluções são encontradas para localizar o aluno?”, Percebi entre os diretores, que 100%  localizam por telefone, é bem verdade, que é o meio mais comum de se localizar os alunos.

Elaborado pelo próprio autor em agosto 2021

No questionário para os diretores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos diretores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ”. Que dificuldades, os alunos se queixam mais? ”, percebi entre os diretores da Escola André Vidal de Araújo, que 100 % dos alunos reclamam do fator econômico, 100% sociais, e 10% psicológico, naturalmente o fator econômico, junto com social e psicológico, são mais expressivos talvez porque, a carência entre os alunos seja mais comum.

Elaborado pelo autor em agosto de 2021

No questionário para os diretores da Educação de Jovens e Adultos, cujo objetivo foi descrever e identificar os desafios da inclusão na Educação de Jovens e Adultos e também identificar a percepção dos diretores do EJA em relação aos seus próprios desafios, foi feita uma pergunta, ” Entre os alunos de Educação de Jovens e Adultos qual a faixa etária mais comum na Escola Desembargador André Vidal de Araújo? ”, percebi entre os diretores da Escola Desembargador André Vidal de Araújo, que 100% tem 18 anos e 100% tem 25 anos, os resultados apontam para um equilíbrio de idades e conforme a lei está de acordo com o que estabelece a BNCC.

Elaborado pelo próprio autor em agosto de 2021.

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

O proposito desta pesquisa, foi descrever e analisar os desafios encontrados na inclusão de alunos da Educação de Jovens e Adultos na Escola Desembargador André Vidal de Araújo, na Cidade de Manaus, Amazonas, Brasil no ano 2021.

Observou-se, entretanto, que em sala de aula, os alunos apresentavam muitas dificuldades de aprendizagem e baixo rendimento, problema verificado em todas a s disciplinas do currículo escolar. Os problemas, são de variada gama, passando por leitura de texto, descalculia, memorização de datas e acontecimentos relevantes, entre outros.

Além disso, sabe-se que quando terminam o curso, não conseguem colocação no mercado de trabalho e muito menos conseguir vagas nas Universidades disponíveis.

Como professora nesta área, tenho observado na prática dos meus pares, muitas reclamações com relação a evasão escolar, decorrente de desafios que impedem os alunos de permanecerem na escola ou mesmo, matricular-se nela. Buscou-se compreender os desafios de professores e alunos da Educação de Jovens e Adultos no contexto da Escola Desembargador André Vidal de Araújo.

Iniciou-se a pesquisa com as seguintes perguntas; que desafios são encontrados na inclusão de alunos da Educação de Jovens e Adultos na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo? Como se deu o Processo Histórico da Educação Especial desde a criação do EJA? Como os Professores do EJA avaliam os desafios encontrados? O que diz a Legislação Educacional a respeito do EJA? Quanto estatisticamente podem ser mensurados os desafios encontrados?

Para responder estas perguntas, utilizamos o enfoque misto (qualiquantitativo) de nível descritivo, analítico, de corte transversal. A técnica de abordagem consistiu na aplicação de questionários semiestruturados, com perguntas semiabertas.

Considerando a questão do processo histórico da Educação Especial e a criação do EJA, sabe-se, que começou com a necessidade de formar trabalhadores que pudessem atender a aristocracia portuguesa nos tempos de império, mas com o passar do tempo foi adquirindo espaço no cenário educacional, e com esses avanços vem ao longo das décadas, buscando incluir estudantes com distorção idade série, entretanto, seu significado é muito mais amplo e abrangente, entende-se que  este tipo de educação é ainda pouco conhecido pelos professores, que não sabem lhe dar com situações muitas vezes que extrapolam sua competência individual. O período atual é de crise econômica, social, política, moral, um período que se caracteriza pelo medo generalizado, abandono da solidariedade e desamparo do cidadão.

Outra questão importante, foram os desafios identificados, saber ler e escrever, que antes eram dificuldades importantes hoje, entretanto, são diferentes as funções sociais da escrita, o objetivo é fazer com que o aluno aprenda a ler e escrever para comunicar-se melhor, compreende-se que a linguagem é uma comunicação histórica em sua função. Para reverter esse quadro, um desafio a ser cumprido, é um compromisso sociopolítico a ser assumido, por aqueles que se dedicam a Educação.

O ensino de Jovens e Adultos, ainda é muito complexo, onde envolve dimensões da questão educacional. O professor precisa resgatar junto aos alunos suas histórias de vida, tendo conhecimento, de que há uma espécie de saber, desses alunos que, é o saber de seu cotidiano, uma espécie de saber das ruas, pouco valorizado no mundo letrado e escolar.

Vale ressaltar, que outras motivações levam os Jovens e Adultos para a Escola, por exemplo, satisfação pessoal, a conquista de um direito, a satisfação da capacidade e dignidade que traz a sua autoestima e a sensação de vencer as barreiras da exclusão…

CONCLUSÕES

Os resultados foram imparciais em identificar e descrever os desafios encontrados na Inclusão de alunos da Educação de Jovens e Adultos na Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, na cidade de Manaus, Amazonas, Brasil, no ano de 2021. De fato, os problemas econômicos e financeiros, bem como dificuldades pedagógicas, sociais e drogas foram as mais percebidas na pesquisa, contudo, a aprendizagem dos alunos é insatisfatória por razões diversas.

A constituição federal de 1988 prevê a igualdade, estando devidamente declarada que a educação é um direito de todos, e dever do estado e da Família, entretanto, verifiquei, na pesquisa que ainda há muito o que se fazer para que a inclusão aconteça de fato.

Estatisticamente, percebi que há problemas muito intenso com relação a interação social, por exemplo, brigas entre alunos e também entre professores que mesmo que discretamente, atrapalham no desenvolvimento do processo.

Sem dúvida, o maior desafio encontrado, entre os alunos, é a dificuldade financeira ou econômica, devido a pandemia que assola o mundo inteiro.

Nossa pesquisa contribui para a descrição e análise das dificuldades encontradas por alunos e professores da Educação de Jovens e Adultos na Escola Desembargador André Vidal de Araújo, em Manaus, Amazonas, Brasil, no ano 2021.

A pesquisa revela que há muito o que se fazer para que a inclusão seja de fato um fato em nossa escola, entretanto, já se percebe alguma inclusão entre alunos e professores da rede estadual de ensino

RECOMENDAÇÕES

Devemos trabalhar a teoria e prática, abordando sempre as leis que nos foram inseridas, mostrando para os alunos como aplicar no seu cotidiano os conceitos, da inclusão, porque sem os alunos a escola não funciona.

A Educação de Jovens e Adultos se faz fundamental, precisa existir, porque é uma oportunidade para aquelas pessoas, que de uma forma ou de outra, por um fato ou outro, não puderam estudar e foram excluídos deste mundo da leitura e escrita, e das informações.

Na concepção da Educação Inclusiva, ao contrário da proposta de integração, os Estados são obrigados a cumprir normas inclusivas dentro de seu sistema educativo. As escolas devem favorecer mudanças em seu funcionamento, visando a inclusão de todos os alunos, mediante a promoção de ações afirmativas e de acolhimento capazes de combater qualquer forma de preconceito e discriminação.

O professor sempre deve receber esses desafios, do elemento chave no processo de inclusão, na medida em que pode propiciar a interação social, possibilitando o desenvolvimento pleno dos alunos.

Os pesquisadores da Educação são obrigados a considerar, as políticas de atendimento, a acessibilidade e a organização dos cursos e a qualidade, a relevância do ensino que têm sido oferecidos, para jovens e Adultos da EJA.


²É rejuvenescimento da população que frequenta a EJA. A presença significativa de jovens, inclusive adolescentes, é o resultado de uma migração do ensino regular para o ensino médio.

Referências

ALVARENGA, E. M. (2014). Metodologia da Investigação qualitativa e quantitativa. Assunção: A4Diseños.

AMARAL, Á. C., & BORGES, H. d. (2011). Construindo Conhecimento Em Educação Especial. In:Educação Especial: Aplicabilidade das Propostas Preconizadas nas Legislações. Em P. F. TREVISAN, & J. CARRIGARI, Construindo Conhecimento em Educação Especial. (pp. p.88-89). Manaus: Valer.

AMARAL, C. A. (2011). Educação Especial: Aplicabilidade das Propostas Preconizadas Nas Legislações In: Construindo Conhecimento em Educação Especial. Manaus: Valer.

ANDRADE, E. (16 de 04 de 2011). Os sujeitos educandos na Eja. Fonte: http://www.forumeja.org.br

ARANHA, M. L. (2006). História da Educação e da Pedagogia. São Paulo: Moderna.

ARANHA, M. L. (2006). Histótria da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. São Paulo: Moderna.

BEHERENS, M. A. (1996). Formação continuada dos professores e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat.

BRASIL. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:. Imprensa Oficial.

BRASIL, L. d. (1996). Lei 9394/96. Brasilia: MEC/SEESP.

BUSS, L. (2011). Marcos Legais e Trajetória Histórica da Educação no Brasil . Educação Profissional de Jovens e Adulos no Contexo da Educaçaõ Básica EJA, 1-2.

CANARIO, R. (2006). A escola tem Futuro? Da promessa á Incerteza. Porto Alegre: Artmed.

CAPUCHO, V. (2012). Educação de Jovens e Adultos: Prática Pedagógica e Fortalec imento da Cidadania. São Paulo: Cortez.

CAPUCHO, V. (2012). Educação de Jovens e Adultos prática pedagógica e fortalecimetno da Cidadania. São Paulo: Cortez.

CARRANO, P. (10 de 08 de 2009). Educação de Jovens e Adultos . Fonte: Educação de Jovens e Adultos e Juventude: o desafio de compreender os sentidos da presença dos jovens na escola da segunda chance: http://www.emdialogo.uff.br/sites/default/files/educacao_de_jovens_e_adultos_e_juve ntude_-_carrano.pdf

CARRANO, P. j. (2005). Identidade juvenis e escola. In: Unesco construção coletiva: Contribuições à Educação de Jovens e Adultos. Brasilia: RAAAB.

CARVALHO, R. M. (2011). Animar os sentidos de Presença de Jovens na Escola do Recomeço In: Educação Física na Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: CRV.

CF, C. d. (1988). Lei de Diretrizes e Bases, 9394/96. Brasilia: Diario Oficial.

CONTRERAS, J. (2002). A autonomia dos Professores. São Paulo: Cortez.

CORTELLA, M. S. (2018). Viver em Paz, para morrer em paz. São Paulo: Planeta.

CURY, C. (2014). Direito à Educação;direito à igualdade, direito à diferença. Cadernos de Pesquisa, 245-262.

DALLARI, D. (2004). Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna.

DALLARI, D. d. (2004). Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna.

DI PIERRO, M. C. (2010). Covergência e Tensões no Campo da Formação e do trabalho docente In: Balanços e desafios das Políticas Públicas de Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica.

DUBREUCQ, F. (2010). Jean-Ovide Decroly / . Recife: Massngana, 2010 p. 32 e 36.

DUTRA, C. (2005). Diferentes olhares sobre a inclusão. São Paulo: Conade. Educação, P. P. (2014). Lei 13005 de 25 de junho de 2014. Brasilia: Casa Civil.

EDUCADOR, M. D. (22 de Janeiro de 2010). Programa Nacional de Inclusçao de Jovens- Projovem Urbano. Fonte: Projovem Urbano: www.projovemurbano.gov.br

FACION, J. (2005). Inclusão Escolar e Suas Implicações. Curitiba: Ibpex.

FACION, J. (2005). Inclusão Escolar e suas Implicações. Curitiba:: Ibpex.

FERREIRA, N. S. (2011). Gestão Democrática da Educação: Atuais Tendências, Novos desafios. São Paulo: Cortez.

FERREIRO, E., & TEBEROSKY, A. (1985). Psicogênese da Lingua Escrita. porto Alegre: Artes Médicas.

FORTUNATO, I. (2010). Educação de Jovens e Adultos. REU, 281-283.

FREIRE, P. &. (1986). Medo e Ousadia : Cotidiano do Professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

FREIRE, P. (1996). Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra.

FREIRE, P. (1997). Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários a prática Educativa’. São Paulo: Paz e Terra.

FRIAS, E. &. (2008). Inclusão Escolar do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais: Contribuições ao Professor do Ensino Regular. PDE, p.10.

FRIEDRICH, M. e. (08 de junho de 2010). Trajetória da Escolarização de jovens e Adultos no Brasil In: De plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. Fonte: Ensaio avaliação de políticas publicas Educacionais Rio dce Janeiro: Http// www.scielo.br/scielo.php

FRÒES, D. J. (2019). Laboratório como Instrumentos de Aprendizagem. Manaus: BK.

FRÒES, D. J. (2019). Laboratórios como Instrumentos de Aprendizagem. Manaus: Bk.

GHEDIN, E. (2011). Interface entre Educação entre Educação do Campo e Educação de Jovens e Adultos. . manaus: Valer.

GIL, A. C. (2008). Métodos e Tecnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas.

GIROUX, H. A. (1997). Os professores como intelectuais. Porto Alegre: Artes Médicas.

GLAT, R. N. (2002). Políticas Educacionais e a Formação de Professores para a Educação Inclusiva no Brasil. Integração, p.24.

GREEN, B. &. (1995). Alienígenas em Sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em Educação. Petrópolis-Rio de Janeiro: Vozes.

HADDAD, S. &. (2000). Escolarização de Jovens e Adultos. Revista Brasileira de Educação, 14.

HADDAD, S., & DI PIERRO, M. (2007). Escolarização de Jovens e Adultos. Revista Brasileira de Educação, 1-2.

HARARI, Y. N. (2019). Sapiens- Uma Breve História da Humanidade. Porto Alegre: L&PM.

IMBERNON, F. (2009). Formação Permanente do Professorado: Novas Tendências. São Paulo: Cortez.

MANTOAN, M. T. (2006). Inclusão Escolar. São Paulo:: SUMUS, 1ª edição.

MEC. (20 de Dezembro de 1996). Lei de Diretrizes e Bases 20 de dezembro de 1996. Brasilia, DF, Brasil.

MIRANDA, A. d. (2003). Educação de Jovens E Adultos no Estado do Amazonas. . Manaus: EDUA.

MONTOAN, M. T. (2011). O desafio das Diferenças nas Escolas. Petropolis: Vozes.

MOREIRA, G. (23 de Janeiro de 2015). Avaliação e Aprendizagem dos Estudantes,Surdos de uma Escola Pública. Dissertação de Mestrado. Manaus, Amazonas, Brasil.

MOSCARDINI, S. (2012). Inclusão Escolar do aluno com deficiência intelectual. Campinas: Unicamp.

MOSCARDINI, S. (2015). Inclusão Escolar do Aluno com deficiência Intelectual. Campinas:: UNICAMP.

NEUBERT, L. (2003). Expansão Educacional e Desigualdade de Raça no Brasil. Educação em Foco, p.117-145.

OLIVEIRA, M. (1996). Metamorfose na construção do Analfabetizando a pessoa.

Dissertação de Mestrado Pontificia Universidade Católica do Rio grande do Sul.

Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil: PUC Rio Grande do Sul.

PAIS, J. M. (2006). Buscas de si: Expressividades e Identidades juvenis. In: Culturas Jovens: Novos mapas do afeto.Maria Isabel Mendes de Almeida, Fernanda Eugênio (orgs.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

PAIVA, J. (2009). Os sentidos do direito à educação de jovens e adultos. Petropolis, RJ: DP et Alii;Rio de Janeiro: : FAPERJ,.

RIBEIRO, V. e. (23 de 03 de 2011). Educação de Jovens e Adultos: Proposta Curricular para o primeiro seguimento do Ensino Fundamental. Fonte: http://forumeja.org.br/go/sites/forumeja.org.go/files/propostacurricular1seguimento.pdf

SACRISTAN, G. (2000). La Educacion Obligatória: su sentido educatio y social. Madri: Morata.

SALAMANCA, D. (1994). Declaraçao de Salamanca. Revista de Educação, p. 1-2.

SALAMANCA, D. D. (1994). Declaração de Salamanca.

SANCHES, P. A. (2005). A Educação Inclusiva: Um meio de construir Escolas para Todos no Século XXI. . Revista da Educação Especial, 7. 

SANTOS, R. &. (2012). Educação de Jovens e Adultos: Uma proposta de Inclusão Social. Eventos Pedagógicos, p.221-230.

SANTOS, R. F., & PERIPOLLI, O. J. (s.d.). Educação de Jovens e Adultos: Uma proposta de inclusão social. Eventos Pedagógicos, 2012. V. 3, n. 3, p.221-230,agos-dez. . 

SANTOS, R., & PERIPOLLI, O. J. (2012). Educação de Jovens e Adultos. In: Uma proposta de Inclusão Social. Eventos Pedagógicos , p.221-230.

SARTORETO, M. L. (2011). Inclusão: Da concepçõa à Ação In: O Desafio das Diferenças nas Escolas. Petropolis: Vozes.

SASSAKI, R. (1997). INclusão: Construindo uma Sociedade para Todo: WVA,3ª edição. 

SAVIANI, D. (2005). As concepções Pedagógicas na História da Educação Brasileira. HISTEDBR, 25.

SCHNEIDER, R. (2012). Inclusão do aluno com necessidade Educativa Especial no Ensino Regular. . Revista Ciências Humanas, , 85.

SCHNEIDER, R. (2012). Inclusão do aluno com necessidades Educativa Especial no Ensino Regular. Revista de Ciências Humanas, p.85.

SCHNEIDER, R. (2012). Inclusão do aluno com necessidadesesducativas especiais no ensino regular. Revista de Ciências Humanas, p.85.

SCHWARTZ, S. (2012). Alfabetização de jovens e adultos : Teoria e Prática. Petropolis -RJ: Vozes.

SCORTEGAGNA, P. O. (2006). Educação de Jovens e Adultos no Brasil : Uma análise histórico- crítico. Revista Eletrônica de Ciências da Educação Vol. 5 Numero 2, 2-5.

SEEP, M. (20 de Dez de 1996). Lei de Diretrizes e Bases 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases. Brasilia, Distrito Federal, Centro-Oeste: Imprensa Oficial.

SILVA, N. N. (2010). Juventude Negra na EJA: O direito a diferença. Belo Horizonte: Mazza Edições. SOARES, L., GIOVANETTI, M. A., & Gomes, N. L. (2011). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica.


¹Professora da Rede Estadual –Seduc em Manaus, Amazonas, graduada em Letras pela Universidade do Estado do Amazonas, Mestrado em Ciências da Educação- Universidade San Lourenço-Py- UNISAL  ORCID: 0009-0003-3494-6339