ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO À DISTÂNCIA EM TEMPOS DE PANDEMIA

STRATEGIES FOR DISTANCE LEARNING IN TIMES OF PANDEMIC

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10899553


LUIZ HENRIQUE DOS SANTOS DA CRUZ MARQUES


RESUMO

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa faz parte das exigências do currículo da disciplina de Estagio, do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI curso de Formação Pedagógica em Educação Física. Neste documento está inserido todo o trajeto de regência e observação on-line devido ao isolamento social. As aulas foram ministradas no 7° e 8° ano do Ensino Fundamental, e no 1° ano do Ensino Médio, na instituição privada Colégio Ideal localizada no município de Mamanguape-PB, no período vespertino, durante dez encontros através da ferramenta virtual, google Meet. Neste relatório apresenta a descrição da instituição onde foi realizada, o período de duração, as atividades remotas desenvolvidas a metodologia utilizada pelo estagiário, a didática, material utilizado, e a estrutura da escola. Foi realizado especificamente na matéria de Educação Física, e tem como objetivo relatar a experiência do estagiário no decorrer da intervenção, na qual foi de fundamental importância, pois é no momento do estágio que o acadêmico irá perceber o verdadeiro sentido de ser professor e principalmente os desafios que será enfrentado, bem como as conquistas. Principalmente nesse momento de pandemia, no qual os professores precisaram reinventar conceitos e planejamentos para que o ensino não ficasse estagnado. Dessa maneira o estagiário pode colocar em prática a sua vivência acadêmica através dessa experiência. Portanto nesse período de intervenção das aulas de Educação Física, tem como principal objetivo à aproximação e conhecimento da realidade escolar, e da elaboração de diagnóstico dessa realidade. O estágio possibilita assim, traçar um plano de ação à docência, na tentativa de facilitar a conquista destes objetivos, pois, acredita-se que a partir de um olhar atento seja possível aproximar a futura prática docente as reais necessidades.

Palavras chaves: aulas remotas; educação física; pandemia.

ABSTRACT

INTRODUCTION: This research is part of the curriculum requirements of the Internship subject, at Leonardo da Vinci University Center – UNIASSELVI Pedagogical Training in Physical Education course. This document includes the entire conduction and online observation journey due to social isolation. The classes were taught in the 7th and 8th year of Elementary School, and in the 1st year of High School, at the private institution Colégio Ideal located in the municipality of Mamanguape-PB, in the afternoon, during ten meetings using the virtual tool, google Meet. This report presents a description of the institution where it was carried out, the duration, the remote activities developed, the methodology used by the intern, the teaching, material used, and the structure of the school. It was carried out specifically in the subject of Physical Education, and its objective is to report the intern’s experience during the intervention, which was of fundamental importance, as it is during the internship that the student will realize the true meaning of being a teacher and especially the challenges that will be faced, as well as the achievements. Especially at this time of pandemic, in which teachers needed to reinvent concepts and plans so that teaching did not remain stagnant. This way, the intern can put their academic experience into practice through this experience. Therefore, during this period of intervention in Physical Education classes, the main objective is to approach and understand the school reality, and to develop a diagnosis of this reality. The internship thus makes it possible to draw up an action plan for teaching, in an attempt to facilitate the achievement of these objectives, as it is believed that, through a careful look, it is possible to bring future teaching practice closer to real needs.

Keywords: remote classes; physical education; pandemic.

INTRODUÇÃO

A prática de atividade física é de suma importância para qualquer faixa etária, pois é uma aliada à melhoria de qualidade de vida, diminuindo os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade infantil, dentre outras. São evidentes os avanços corporais, mentais e sociais, principalmente quando se refere às crianças e aos adolescentes no âmbito escolar, pois a escola proporciona um contato direcionado às práticas e teorias das atividades físicas.

Com a chegada do isolamento social devido ao novo coronavírus (COVID-19), os professores de educação física e os demais estão em constante modificações, buscando cada vez mais se reinventar nesse momento tão peculiar. As aulas foram suspensas, e desde então foi preciso adaptar para realizar as atividades remotas, dessa maneira o professor de educação física buscou atividades que os alunos pudessem realizar com sua família, e com objetos que tenham casa (baldes, bolinha de papel, vassoura, etc.) utilizando de recursos de vídeos, aulas on-line, formulários do google, e outras Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s).  Sendo assim, os educandos poderão se manter ativos, bem como, fortalecer o sistema imunológico durante todo o período de pandemia. A Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) orientou para população o exercício domiciliar, visto que, as execuções de atividades físicas devem estar frequentes no dia a dia, pelo fato de melhorar as defesas do organismo diante dos agentes infecciosos.

Foi diante dessa necessidade que buscamos elencar nesse relatório, estratégias que possam favorecer o trabalho do profissional de educação física, de modo que possa interagir com os alunos mesmo que distantes, e ainda aproximá-los mais da realidade escolar. Portanto essa pesquisa, justifica-se devido à necessidade de aproximação e conhecimento da realidade escolar, mesmo em tempos de pandemia e com aulas remotas, o estágio possibilitou assim, traçar um plano de ação à docência, na tentativa de traçar objetivos, nos quais desenvolvemos atividades de baixo impacto e acessível de executar, contribuindo para o sistema imunológico dos educandos, bem como incentivar a participação dos pais na prática de atividades físicas, pois, a partir de um olhar atento seja possível aproximar a futura prática docente as reais necessidades dos educandos.

FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Com a necessidade do isolamento social, para amenizar a propagação do novo Coronavírus, as instituições escolares precisaram adiar as aulas presenciais, e deram continuidade por meio do ensino remoto. Em razão da pandemia, o Conselho Nacional de Educação (CNE) propôs a possibilidade de atividades educacionais não presenciais, com o intuito de cumprir a carga horária mínima do ano, e sobretudo a reorganização do calendário escolar. Diante disso o uso das tecnologias na educação ganhou força, pois os métodos de tecnologias digitais tornaram-se o meio dos professores poderem se aproximar mais da realidade escolar, através de mensagens, áudios, chamadas de vídeo, e etc., no entanto, essa nova realidade está causando diversos impactos nos educandos, tantos físicos como mentais. Santos (2020) afirma que:

O ensino remoto tem deixado suas marcas… Para o bem e para o mal. Para o bem porque, em muitos casos, permite encontros afetuosos e boas dinâmicas curriculares emergem em alguns espaços, rotinas de estudo e encontros com a turma são garantidos no contexto da pandemia. Para o mal porque repetem modelos massivos e subutilizam os potencias da cibercultura na educação, causando tédio, desânimo e muita exaustão física e mental de professores e alunos. Adoecimentos físicos e mentais já são relatados em rede. Além de causar traumas e reatividade a qualquer educação mediada por tecnologias. Para o nosso campo de estudos e atuação, a reatividade que essa dinâmica vem causando compromete sobremaneira a inovação responsável no campo da educação na cibercultura (SANTOS, 2020, s.p.).

Como visto o distanciamento físico de professores e alunos é mediado por meio eletrônico, que pode facilitar a interação (VERGARA, 2007). O ensino a distância é uma forma que está substituindo a interação pessoal por novos recursos, pois é a maneira que possibilita o acesso ao ensino, em razão de que a educação presencial se tornou inviável devido risco de contágio. Entretanto, as aulas remotas evidenciaram a desigualdade do Brasil, enquanto uma parte da população tem acesso à internet, celulares, computador e outros recursos, a outra metade nem se quer tem o que comer, essa é uma das principais dificuldades que alunos estão enfrentando. Frente a isso, a educação mesmo em tempos difíceis não pode estacionar, sobretudo pelo fato de que o desenvolvimento do país resulta do progresso das ciências e pesquisas, portanto a educação deve ser contínua e ininterrupta (Almeida Junior et al., 2019).

Sendo assim, o professor tem a tarefa de ser um agente motivador, pelo fato de que os alunos estão cada dia mais entediados com tudo isso que está acontecendo no mundo, já que sua rotina foi modificada radicalmente. Para o professor de Educação Física o trabalho está sendo dobrado, visto que suas aulas necessitam de maior estimulo e dinâmica, pois nem sempre os alunos se encontram motivados para algum tipo de atividade física, principalmente nesse momento que estão em casa. O papel do profissional de Educação Física é proporcionar uma maneira de alcançar metas voltadas para à educação e hábitos saudáveis, mediante ao cenário da pandemia; visto que as crianças e adolescentes vêm trocando atividades físicas, por tarefas de baixo gasto energético, como navegar na internet, assistir tv, videogame, principalmente durante os dias de isolamento. Assim trazendo complicações como: hipertensão, obesidade, diabetes, dentre outras (Ronque, 2005).

Por consequência disso as atividades físicas foram adaptadas para o convívio familiar, as crianças devem utilizar o espaço e materiais que têm em casa, para que tenham uma vida mais ativa; já que não podem estar em contato com a escola, no momento. De acordo com os PCN’s, as escolas oferecem opções viáveis e atraentes para a prática que promovem a saúde, essas são as que fazem total diferença, pois favorecem a participação ativa dos alunos (PCN’s, 1998).

Para tanto, adotou-se estratégias lúdicas como brincadeiras, com o objetivo de produzir prazer quando a sua execução, ou seja, se divertir aprendendo. “A brincadeira é mais do que um passatempo, ela ajuda no desenvolvimento, promovendo processo de socialização e descoberta do mundo” (Martins, Josenei, 2015, p.131). Mediante a isso, as brincadeiras promovem e fortalecem o desenvolvimento da aprendizagem, possibilita o contato com a escola e colegas, por meio de aulas online. No contexto que estamos vivenciando, os professores criam oportunidades para que cada aluno possa compartilhar o que fazem em casa, ajudando resgatar a interação com seus colegas. Em vista disso a comunidade escolar, juntamente com a família, está buscando correr atrás do ano letivo, é um extremo desafio para os educadores e alunos encarar essa nova fase. Nada como nesse momento unir família e escola para que possamos enfrentar as dificuldades, e dar continuidade a educação.

PROCEDIMENTO (VIVÊNCIA PRÁTICA)

O estágio supervisionado I em Educação Física foi realizado na escola particular Colégio Ideal, no município de Mamanguape-PB, durante o período vespertino sendo iniciado no dia 8 de outubro a 6 de novembro. Neste estágio foram ministradas aulas práticas, e expositivas nas turmas do 7° ano, 8° ano do Ensino fundamental, e no 1° ano do Ensino Médio, de maneira remota/on-line devido ao momento de isolamento social. Antes de iniciar o estágio tive a oportunidade de observar duas aulas do professor da turma, conheci um pouco da rotina, e fui apresentado aos alunos. Durante as aulas pude perceber algumas dificuldades dos alunos, principalmente com relação à conexão, alguns não tinham uma internet boa para assistir as aulas, assim ficavam na maioria das vezes sem acompanhar os assuntos, outro impedimento foi que havia alunos do ensino fundamental que não tinham um aparelho eletrônico próprio, sendo assim teriam que usar o dos pais, porém os responsáveis também precisavam utilizar. Com o decorrer das aulas o professor foi adaptando os horários para uma melhor participação.

Iniciamos as aulas com o 7° ano do Ensino Fundamental, através da ferramenta do google Meet, nessa turma foram necessários 2h aula durante quatro dias da semana. Foram abordados os assuntos a respeito da Ginástica circense: acrobacias e modalidades aeróbicas e anaeróbicas, já no 8° ano do Ensino Fundamental abordamos os assuntos sobre, as lutas enquanto defesa pessoal, foi necessário 1h aula durante dois dias. No 1° ano do Ensino Médio tratamos do assunto Ginástica de condicionamento físico (GCF), utilizamos 1h aula durante quatro dias, abordamos algumas modalidades da GCF como, atividades aeróbicas, exercício de força e hipertrofia, flexibilidade e Crossfit. 

No primeiro dia de aula foi aberto um questionamento acerca do surgimento das atividades circenses, depois da contextualização o estagiário propôs aos alunos e os responsáveis fazerem alongamentos, para iniciar a prática de exercício. Após isso, iniciamos alguns exercícios em dupla das modalidades acrobáticas, o professor também apresentou as pegas da ginástica, sem seguida pediu para que os alunos fizessem igual. Ao final da aula o professor elaborou um questionário com objetivo de incentivar aos alunos a pesquisar, bem como fixar o assunto estudado. 

No dia 9 de outubro, os alunos apresentaram a pesquisa da aula anterior, após isso mostrei um vídeo que explica sobre algumas acrobacias. Preparei os alunos com alongamentos, após isso fomos para a prática de movimentos acrobáticos em dupla usando também da técnica das pegas simples, de acordo com o que o estagiário vai mostrar. Findada essa parte, alunos repetiram alguns movimentos, para trabalhar a força e a resistência muscular. 

Na aula seguinte (15 de outubro) foi apresentado um questionamento a respeito do malabarismo, depois expus fotos e vídeos de malabares, expliquei como é realizado e os matérias utilizados pelos malabaristas. No momento da aula os alunos escreveram no caderno uma pesquisa acerca de atividades que já conhecem sobre a arte circense. Como forma de prática os alunos confeccionaram bolinhas para realizar movimentos em dupla do malabar, o professor estagiário mediou toda os exercícios. 

Por fim, serão apresentadas sugestões de movimentos que podem fazer sozinhos com uma bolinha, como lançar a bolinha por baixo da perna com a mão direita e pegar com a esquerda; lançar a bolinha pelas costas e pegá-la com uma das mãos na frente do corpo. 

Em 16 de outubro, foi feito uma revisão de tudo que foi estudado, acerca das atividades circenses. Apresentou um circo (através do recurso de vídeo) aos alunos para que possam conhecer novas culturas, expressões artísticas e diferentes atividades circenses. Em seguida o professor aplicou um exercício no momento da aula, e definiu um tempo para que os alunos pudessem responder (cerca de 20 minutos). A atividade será realizada através do formulário do google. 

Ao iniciar a aula on-line com a turma do 8° no dia 22 de outubro o professor apresentou o conceito de defesa pessoal e o seu principal objetivo, que é defender-se do ataque do agressor. Em seguida foi permitido que os alunos compartilhassem experiências pessoais, e mostraram hipóteses de como é realizada a defesa pessoal. Posteriormente foi mencionado que a defesa pessoal engloba golpes de diferentes lutas, como socos, chutes, torções etc., além de trabalhar técnicas de defesa contra armas. A próxima atividade foi na prática, os alunos foram para um cômodo de sua casa com mais espaço possível, e realizaram, individualmente, as técnicas de defesa apresentadas pelo estagiário (devem executar os movimentos devagar). Técnicas de defesa contra socos na altura do rosto (levantar o braço direito para cima, na altura 8 da cabeça. O braço deve estar flexionado), técnicas de defesa contra chutes na altura da barriga (Colocar a mão direita no ombro esquerdo). O braço deve descer até a altura do quadril. Esse movimento foi realizado de dentro para fora. 

No dia 23 de outubro, o primeiro momento da aula on-line, o professor comentou que os alunos aprenderão uma técnica de contra-ataque, depois apresentou alguns vídeos que deram suporte para as atividades. As técnicas utilizadas nessa aula foram a joelhada frontal e a cotovelada. Os alunos ficaram em dupla com alguém da sua casa. Um aluno deve utilizar um travesseiro para substituir o aparador de luta. Em seguida, eles realizaram uma sequência de técnicas (golpes de defesa e depois de contra-ataque). O aluno dá um soco ou chute, e o seu parceiro deve usar a técnica de defesa, mostrada pelo educador, depois um contra-ataque no travesseiro. É necessário que eles compreendam que na defesa pessoal os praticantes devem se defender primeiro e depois contra-atacar. O professor estava a todo tempo enfatizando que os golpes devem ser devagar e sem acertar o outro, pois trata-se apenas de uma simulação das técnicas. 

No Ensino Médio iniciamos a aula expositiva/on-line no dia 29 de outubro, através do google Meet, o professor começou perguntando aos alunos se eles praticam alguma atividade física ou algum esporte, em seguida compartilharam suas experiências, dessa forma foi possível analisar os conhecimentos prévios relacionados à ginástica. Depois o professor expos slides a respeito do conceito da GCF (Ginástica do Condicionamento Físico) e as principais modalidades dessa categoria, Crossfit, Musculação, Step e Jump, foi apresentado vídeos sobre cada modalidade. 

Para atividade prática os alunos vivenciaram algumas estações de circuito aeróbico, usando o espaço mais amplo da sua casa. Na primeira estação os alunos pularam corda dez vezes, depois executaram vinte polichinelos, e por fim, pularam por cima de um travesseiro dez vezes. Nesta aula (data) os alunos vivenciaram alguns exercícios para força (hipertrofia), que estão presentes na Ginástica de condicionamento físico (GCF). O professor explicou cada exercício para que os alunos executem corretamente. No primeiro exercício os alunos realizaram agachamento no lugar. As pernas devem estar afastadas na largura dos ombros e os 9 joelhos flexionados até 90°. O segundo exercício, os alunos ficaram deitados com a barriga virada para o chão e com os braços esticados. Eles dobraram as pernas, alternadamente, de modo que o joelho encoste no tórax. Esse movimento é conhecido como mountain climb. 

Em seguida, o aluno executou flexão de braço, as mãos devem estar na altura dos ombros. O exercício pode ser feito com os joelhos apoiados no chão. Logo após, o aluno fez afundo, que consiste em dar um passo para frente, com uma das pernas, e com a outra, abaixar o joelho até quase encostar no chão. As pernas devem ser alternadas (Todos os exercícios foram feitos três séries de dez, e o professor observou cada movimento tentando ajustá-los). 

O educador esteve sempre reforçando que ao terminarem uma série, eles devem descansar por trinta segundos. Por fim, o professor conversou com a turma sobre a importância de praticar atividades físicas. Na aula do dia 30 de outubro, os alunos realizaram um teste de flexibilidade. O professor pediu para que fixem uma fita métrica no chão com fita adesiva. Para isso, pode ser utilizado um espaço amplo da sua casa. Em seguida, cortaram a fita adesiva com 30 cm de comprimento. Essa fita será colocada no numeral correspondente a 38 cm da fita métrica, no sentido transversal, deixando 15 cm de fita adesiva para cada lado da fita métrica. Foi solicitado aos alunos que sentem no chão com as pernas estendidas, posicionando os calcanhares em cima da fita adesiva de 30 cm que está no sentido transversal. 

Depois os alunos permaneceram com os joelhos estendidos e com as mãos no chão, alongando o tronco. Logo após, fizeram o movimento de inclinar o tronco à frente e tentar encostar as pontas dos dedos das mãos na ponta dos pés. Caso o aluno não consiga, ele pode encostar na panturrilha ou nos joelhos. Aonde a ponta dos dedos chegar é o local da marcação da fita métrica. O teste foi realizado cinco vezes. Com esse teste, foi possível ter uma estimativa do nível de flexibilidade dos alunos. Se caso um aluno conseguir encostar na ponta dos pés, ele tem uma boa flexibilidade. Foi proposto exercícios que trabalhem a flexibilidade, com duração de trinta segundos cada alongamento. O primeiro foi o alongamento para ombros, depois alongamento para tríceps, alongamento para posterior de coxa, e alongamento para músculos do peitoral. Em seguida o professor dialogou com os alunos sobre os dados relacionados à flexibilidade. Perceber a necessidade de realizar alongamentos para melhorar essa condição? Qual a importância do alongamento? Poderiam citar movimentos para melhorar a flexibilidade? 10 Compreendem que necessitam introduzir hábitos de atividade física no seu cotidiano? Por fim, o professor reafirmou que o objetivo dos dados não é comparar os alunos entre si, mas servir de parâmetro para a melhora individual. 

No dia 5 de novembro, os alunos tiveram que adaptar materiais que tenham em casa para poder realizar os exercícios propostos. Nesta aula o professor iniciou conversando sobre as modalidades de GCF que já conhecem. Duas modalidades que podem ser identificadas são a Musculação e, atualmente, o Crossfit, que está em mais destaque, pelo fato que promovem o emagrecimento e o aumento do tônus muscular. O Crossfit articula situações com levantamento de peso, como na modalidade olímpica, e com elementos da Ginástica artística, incluindo também elementos aeróbicos, quase sempre corridas e exercícios que são realizados na Musculação. Após essa conversa foram apresentados por meio de vídeos quatro exercícios utilizados no Crossfit, saltando na caixa, ondulação na corda, agachamento com bola, Burpee. 

Para executar alguns desses exercícios os alunos adaptaram os materiais. A primeira atividade foi saltando na caixa, como não tem caixa em casa, utilizaram uma calçada, ou a escada de sua casa. Saltaram com os dois pés juntos sobre a calçada, ficar em cima dela e depois descer, tiveram que repetir cada movimento dez vezes (Todas as atividades devem ser filmadas e envidas para o professor). Depois, os alunos seguraram uma bola perto da parede, agacharam e, quando levantaram, lançaram a bola na parede. Ao pegarem a bola, tiveram que agachar novamente. 

Em seguida os alunos fizeram o burpee, que consiste em agachar, deitar-se no chão, levantar, e por último, saltar. Por fim, os alunos compartilharam as experiências que tiveram nessa aula. Foram feitas as seguintes perguntas: Qual exercício foi o mais cansativo? Já presenciaram uma aula de Crossfit? Conhece alguém que realiza essa prática? Após isso finalizamos com um bate papo, no qual os alunos demostraram muito interesse em praticar a modalidade que até então existiam mitos (lesões e participações de crianças) relacionados a sua pratica.

PROTOCOLO

A unidade escolar, Colégio Ideal, localizada na zona urbana no centro de Mamanguape-PB. É constituída por três salas de aula, sala de diretoria, sala de professor, área de jogos, um laboratório de química, pátio, cinco banheiros e uma quadra de esportes.

Com relação a proposta pedagógica, a escola busca defender em seus princípios a adequação de sua prática educativa com as necessidades e as motivações trazidas pelos alunos, que sejam elas sociais, políticas, econômicas e culturais intrínsecos de sua realidade. Portanto, a escola idealiza a garantia do processo de ensino e aprendizagem que também possibilita uma formação essencial para construirmos alunos com autonomia, criticidade e participação, atuando com responsabilidade dentro do seu meio. 

Dessa forma, algumas qualidades pessoais precisam ser cultivadas, como a capacidade de criar situações estimuladores de aprendizagem, sensibilidade com os problemas e as preocupações que os alunos trazem no seu cotidiano e principalmente a responsabilidade como professor de ser referência para o seu alunado como promotor de justiça e respeito individual a cada um deles, nas suas diferenças e particularidades.   

Os componentes curriculares, os fundamentos do conhecimento científico podem capacitar os estudantes no desenvolvimento da curiosidade e do espírito de investigação, e para que isso ocorra o Colégio Ideal está pautado na proposta de:

  • Provocar no aluno o interesse para a realidade a partir da observação e da curiosidade;
  • Possibilitar o conhecimento de conceitos que ressaltem os valores e convivência e desenvolvimento pessoal por meio do conhecimento científico e da tecnologia; 
  • Desenvolver o ensino e aprendizagem organizados e mediados pelos códigos de linguagem e no currículo escolar;
  • Possibilitar a aquisição das competências e habilidades pelas quais os estudantes compreendam e se situem no mundo em que vivem, praticando o exercício da cidadania.

RESULTADOS

A disciplina de estágio proporcionou um contato, ainda que breve da realidade escolar pelo fato do isolamento social. Foi um momento de preparação do acadêmico, propondo vivenciar situações didáticas, que nos leva compreender como se dá o processo de ensino-aprendizagem, para que futuramente possamos fazer a diferença em sala de aula. É no momento de estágio que podemos verdadeiramente nos encontrar como profissionais da educação. Pois, é preciso que o professor esteja consciente de que cada adolescente tem o seu histórico familiar, por isso cabe ao professor está inserido nessa realidade do aluno. 

E de repente começarmos a refletir em torno das reflexões e correntes teóricas, apostas para uma educação bem sucedida; do outro lado há a realidade escolar, que é bem diferente do que vimos na teoria. Dessa maneira, utilizamos esse momento de estágio para aprimorar os conhecimentos para a realização de uma prática docente eficaz. Mais do que vivenciar um pouco da realidade da escola, o estágio evidenciou a importância da relação professor-aluno, e principalmente nesse momento desafiador de pandemia, no qual tivemos a oportunidade de perceber, mais ainda, o quão é importante o papel do um professor para formar cidadãos, e assim confirmando que o respeito, dedicação e boa vontade resultam em pequenas vitórias na sala de aula.

Em suma, o estágio auxiliou na conquista de experiências, estar virtualmente com os alunos, na prática à docência é adquirir conhecimentos, conhecer a realidade de uma sala de aula e saber quais os desafios que irei enfrentar. Por fim, o estágio é uma preparação para carreira de futuros professores.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a vivencia do estágio é o início de uma vida profissional, a partir dessa experiência que teremos a iniciação da mão de obra para o mercado. Portanto, com base nos resultados obtidos, pode-se afirmar que o estágio e os métodos utilizados na pandemia são de grande valia para o desenvolvimento do educando.

REFERÊNCIAS

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