ESCUTA E AFETOS: AS IMPLICAÇÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE E SUA PRÁXIS  PEDAGÓGICA EM SALA DE AULA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DIANTE OS DESAFIOS DA DENEGAÇÃO PARENTAL DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

LISTENING AND AFFECT: THE IMPLICATIONS OF TEACHER TRAINING AND THEIR PEDAGOGICAL PRACTICE IN THE BASIC EDUCATION CLASSROOM FACING THE CHALLENGES OF PARENTAL DENIAL OF CHILDREN WITH AUTISTIC SPECTRUM DISORDER (ASD)

ESCUCHA Y AFECTACIÓN: LAS IMPLICACIONES DE LA FORMACIÓN DOCENTE Y SU PRÁCTICA PEDAGÓGICA EN EL AULA DE EDUCACIÓN BÁSICA ANTE LOS DESAFÍOS DE LA NEGACIÓN PARENTAL DE NIÑOS CON TRASTORNO DEL ESPECTRO AUTISTA (TEA)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10960480


Klebson José Macêdo da Silva1
Lorena Trindade Santos2


RESUMO

As discussões em torno do Autismo têm ganhado cada vez mais força nos últimos anos, considerando os marcos legais que tem garantido acesso e permanência de crianças com autismo nos espaços escolares e a crescente demanda que tem se apresentado, faz-se necessário, desse modo, um maior aprofundamento sobre o tema e ampliação de pesquisas sobre como a inclusão vem efetivamente acontecendo nas escolas. Diante do exposto, este estudo possui o principal objetivo de discutir sobre as implicações da formação do professor e sua práxis pedagógica em sala de aula da educação básica diante dos desafios da denegação parental de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Realizou-se uma revisão de literatura, de caráter descritivo e abordagem qualitativa. Dessa forma, A inclusão escolar não pode ser entendida, apenas, como um movimento que se prepara para lidar com pessoas com deficiências e transtornos variados, esta tem a possibilidade de transformar o ambiente escolar em um lugar de mais amor ao próximo, de entendimento do espaço das diferenças e apoio mútuo. Porém, para isso é necessária uma transformação na educação como um todo, desde a formação docente até o entendimento dos governantes e gestores das secretarias municipais de educação.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Formação Docente. Inclusão escolar.  

ABSTRACT

Discussions around Autism have gained more and more strength in recent years, considering the legal frameworks that have guaranteed access and permanence of children with autism in school spaces and the growing demand that has been presented, it is therefore necessary to a greater depth on the topic and expansion of research on how inclusion is actually happening in schools. In view of the above, this study has the main objective of discussing the implications of teacher training and their pedagogical praxis in the basic education classroom in the face of the challenges of parental denial of children with Autism Spectrum Disorder (ASD). A literature review was carried out, with a descriptive nature and a qualitative approach. In this way, school inclusion cannot be understood simply as a movement that prepares to deal with people with disabilities and various disorders, it has the possibility of transforming the school environment into a place of greater love for others, of understanding the space for differences and mutual support. However, this requires a transformation in education as a whole, from teacher training to the understanding of governments and managers of municipal education departments.

Keywords: Autism Spectrum Disorder. Teacher Training. School inclusion.

RESUMEN

Las discusiones en torno al Autismo han cobrado cada vez más fuerza en los últimos años, considerando los marcos legales que han garantizado el acceso y permanencia de los niños con autismo en los espacios escolares y la creciente demanda que se ha presentado, por lo que es necesario profundizar más en el tema. y la ampliación de la investigación sobre cómo se produce realmente la inclusión en las escuelas. Teniendo en cuenta lo anterior, este estudio tiene como objetivo principal discutir las implicaciones de la formación docente y su praxis pedagógica en el aula de educación básica frente a los desafíos de la negación parental de los niños con Trastorno del Espectro Autista (TEA). Se realizó una revisión de la literatura, con carácter descriptivo y enfoque cualitativo. De esta manera, la inclusión escolar no puede entenderse simplemente como un movimiento que se prepara para atender a las personas con discapacidad y diversos trastornos, tiene la posibilidad de transformar el ambiente escolar en un lugar de mayor amor por los demás, de entender el espacio de las diferencias y apoyo mutuo. Sin embargo, esto requiere una transformación de la educación en su conjunto, desde la formación de docentes hasta la comprensión de los gobiernos y gestores de los departamentos de educación municipales.

Palabras clave: Trastorno del espectro autista. Formación de Profesores. Inclusión escolar.

Introdução

O Transtorno do Espectro do Autismo vem sendo estudado desde a década de 1940 por diversos autores entres eles Kanner (1943), Hans Asperger (1944), Lorna Wing, (1960). Progressivamente vem sendo foco de pesquisa na atualidade, por considerar que ainda há muito trabalho a fazer, no sentido de sensibilizar e informar a comunidade acerca desse distúrbio do desenvolvimento humano. Esta pesquisa está voltada para a inclusão da criança com transtorno do espectro autista na educação infantil, assunto este discutido, porém, um tema intrigante devido às incertezas de sua causa e questionamentos relacionado a ele que não possuem uma resposta exata. 

Deste modo, os principais e mais reconhecidos comprometimentos, são nas áreas da comunicação, comportamento e interação social. Essas limitações fazem com que a criança com transtorno espectro autista tenham certas retenções no processo de ensino-aprendizagem. A inclusão escolar é motivo de discussão para o sistema de ensino, principalmente no Brasil, onde estudos mostram que devesse incluir a pessoa com deficiência, independentemente de cor, classe social, condições físicas e psicológicas, sem que haja exclusão. 

De acordo com a Lei N° 12.764/12, foi reconhecida e oficializada legalmente, que as pessoas com transtorno do espectro autista podem ser consideradas e vistas como pessoas com deficiência. Se as leis de inclusão fossem cumpridas, as crianças com deficiência receberiam uma educação apropriada e vida social de direito, por outro lado existe uma preocupação, pois se tais crianças forem colocadas dentro de uma sala de aula sem uma estrutura adequada e sem professores qualificados, não ocorrerá inclusão, o aluno muitas vezes, é ignorado pelos profissionais da escola.

No contexto da educação inclusiva, nota-se que existem muitas dificuldades na formação dos profissionais, com uso de metodologias ultrapassadas, baixo investimento na área e poucos recursos. Porém, encontra-se na literatura informações capazes de contribuir para criação de recursos e atividades lúdicas de baixo custo, jogos e cursos para formação continuada. Para que a inclusão apresente sentido, o educador deve estar preparado e em busca de conhecimento.

Diante do exposto, este estudo possui o principal objetivo de discutir sobre as implicações da formação do professor e sua práxis pedagógica em sala de aula da educação básica diante dos desafios da denegação parental de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura, a qual é considerada método de pesquisa que possibilita a busca, a avaliação crítica e a síntese do estado do conhecimento sobre determinado assunto (MENDES, 2008). O método de investigação fundamentado na revisão bibliográfica busca manter os padrões de clareza, rigor e replicação dos primários (MINAYO, 2018). 

Realizou-se uma revisão de literatura, de caráter descritivo e abordagem qualitativa. O trabalho se objetivou em apresentar uma revisão de literatura que contém aspectos históricos e conceituais das implicações da formação do professor e sua práxis pedagógica em sala de aula da educação básica diante dos desafios da denegação parental de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A revisão bibliográfica tem como critério de exclusão artigos repetidos, artigos não acessíveis em texto completo, resenhas, anais de congresso, monografias, teses, editoriais, artigos que não abordaram diretamente o tema deste estudo e artigos publicados fora do período de análise (LUPPETI, 2017).

Para a seleção dos artigos foram consultadas as plataformas de dados de literatura científica e técnicas: Scientific Electronic Library Online (Scielo), e BVS- Biblioteca Virtual em Saúde, e Google Acadêmico no período de janeiro e fevereiro de 2024. As palavras chaves foram selecionadas a partir dos objetivos de pesquisa.

A técnica utilizada na pesquisa será de revisão bibliográfica e análise qualitativa, pois será indispensável o uso da legislação e da doutrina como mecanismos para a coleta de informações.

A importância da escola no desenvolvimento do aluno autista 

A palavra autismo foi cunhada por Eugéne Bleuler (1911), um psiquiatra suíço, a partir de sua leitura da teoria da libido de Freud, segundo a qual os seres falantes são feitos de palavras e de libido, mesmo quando não falam. Ao dedicarse ao estudo da esquizofrenia, Bleuler, leitor de Freud, introduziu a causalidade psíquica na psiquiatria clássica. Ele defendia a tese, antes afirmada por Freud e ratificada por Lacan, da spaltung (divisão, clivagem, cisão) ou esquize do sujeito com a realidade como central nos sintomas esquizofrênicos. O autismo foi colocado por ele na série de outros distúrbios da esquizofrenia conhecidos como os quatro “A” de Bleuler: os distúrbios das associações, da afetividade e da ambivalência. Ao extrair o “eros” do “autoerotismo freudiano”, criando a palavra autismo para definir a ausência da escolha do objeto e do investimento objetal, Bleuler não deixou de problematizar o desenvolvimento libidinal no autismo. Ele o definiu como perda parcial do contato com a realidade, desvinculação do laço social, isolamento, de maneira que o sujeito se encontra em dois mundos, isto é, o mundo autista e o mundo das relações com o outro, sendo esse último experimentado mais como aparência do que real.

A hipótese, que é freudiana e validada pela casuística já publicada, de que o desligamento do autista com a realidade nunca é total, é indicativa da possibilidade de estabelecer um laço libidinal com o autista (Quinet, 1999). Isso supõe valorizar o apego do autista a determinados objetos, considerados como suas afinidades ou paixões, ponto esse privilegiado pela psicanálise, pois, conforme veremos adiante, eles fazem parte da defesa autística e organizam uma realidade caótica.

Segundo Kupfer (2000), a criança com autismo não é deficiente, ela pode ter um bom desenvolvimento cognitivo. Ela tem problemas relacionais e não afetivos, sua dificuldade está no trânsito libidinal, que não permite trocas de prazer, o que gera uma desorganização. A criança autista tem dificuldade em fazer a leitura das pessoas ao seu redor, do que desejam ou estão sentindo, ou seja, tem dificuldade de espelhamento, as expressões e desejos dos outros são enigmas para ele. Os outros, por vezes, parecem inquietantes e a realidade que transmitem é um caos incompreensível, segundo Maleval (2012).

A escola inclusiva deve ser aquela que implica num sistema educacional que reconhece e atende as diferenças individuais, respeitando as necessidades de todos os alunos. O professor como os demais membros da escola compromissados com uma educação com qualidade deve estar requalificando sua atuação como facilitador do processo ensino aprendizagem para identificar as necessidades educacionais e apoiar os alunos em suas dificuldades. 

O autista sente dificuldade em se relacionar ou se comunicar com outras pessoas, uma vez que ele não usa a fala como um meio de comunicação. Não se comunicando com outras pessoas acaba passando a impressão de que a pessoa autista vive sempre em um mundo próprio, criado por ele e que não interage fora dele. (MENEZES, 2012, p. 25). 

Sendo assim, cabe a escola promover a interação social entre o aluno autista e os demais alunos considerados “normais”, para que assim o desenvolvimento de habilidades relacionadas a linguagem sejam desenvolvidas. O professor deve desafiar o aluno autista a participar de atividades interativas, favorecendo a comunicação entre todos os alunos. 

Quando a criança autista frequenta a escola e é atendida por pessoas preparadas, ela recebe grandes benefícios. O simples fato de ter oportunidade de interagir com outros alunos da mesma idade lhe proporciona momentos de descobertas e aprendizado, embora muitas vezes esse avanço se torne imperceptíveis de compararmos com a padronização. Mas segundo a particularidade, ele tem avanços visíveis sim em curto prazo. Para isto, as instituições escolares precisam estar preparadas estruturalmente e profissionalmente para isto. 

Compete à escola adaptar-se para atender às capacidades e necessidades do estudante na classe comum, mobilizando ações e práticas diversificadas que, além do acesso, propicie condições de permanência exitosa no contexto escolar. (KELMAN, et al, 2010, p. 226) 

Percebe-se que o ambiente escolar, como uma instituição da sociedade tem o dever de adaptar e proporcionar aos alunos autistas a oportunidade de conviver socialmente. E para que isso aconteça é necessário que a comunidade escolar, principalmente os professores tenham conhecimento do que é autismo, mas na maioria dos casos encontramos professores despreparados e alheios ao assunto. Para Correia (2008), com a educação inclusiva surgem maiores exigências e desafios para as escolas e para os professores. É necessário que, os intervenientes educativos programem um currículo que atendam às características dos alunos. 

Capacitar os professores e as escolas a trabalhar com um currículo que responda a estas exigências é, pois, o grande desafio que se coloca à própria escola e aos serviços de apoio”. Planificar a aprendizagem e a participação de todos os alunos sem recorrer a respostas estereotipadas e pré-definidas, procurar as melhores formas de adaptar ou modificar o currículo à diversidade das necessidades dos alunos, trabalhar em articulação com outros profissionais ou serviços, promover a colaboração e partilha de informações e experiências entre professores, dinamizar a produção de materiais curriculares, a observação mútua de aulas, a emergência de parcerias pedagógicas, incentivar a experimentação e inovação pedagógica. (CORREIA, 2008, p. 47). 

O oferecimento de um trabalho interdisciplinar no espaço escolar pode trazer muitos benefícios para os alunos com deficiência. A escola deve se adequar para atender todos os alunos independente de suas diferenças. Portanto, deve haver a preocupação principalmente com a capacitação de seus docentes, pois estes é que irão mediar o processo educativo na sala de aula. 

Estratégias de ensino para o processo educativo de alunos autistas 

O papel da escola é de fundamental importância para o desenvolvimento de todos os alunos. Buscar conhecer mais sobre o assunto, ter uma perspectiva inclusiva e preparar o quadro de docentes para trabalhar com alunos autistas é um importante começo. Aliado a isto, a busca de estratégias metodológicas de interação e desenvolvimento de todos os alunos deve ser alvo constante de uma escola inclusiva. 

A busca por meios e estratégias para o trabalho com alunos autistas depende muito do empenho, sensibilidade e disponibilidade do professor em manter-se informado sobre as atualidades na área. O docente ao se planejar deve pesquisar estratégias de ensino que poderá adotar para adaptar o conteúdo, eleger os recursos pedagógicos e a didática a ser utilizada de forma que venha favorecer a aprendizagem de todos os alunos. Uma sociedade inclusiva considera a pessoa especial com direitos iguais aos considerados normais. Para isto, devem ser articuladas ações nas diferentes áreas sociais buscando romper com a cultura do preconceito contra as pessoas deficientes. 

Conforme Baptista (2006. p. 93) “[…] o compromisso do educador tem como base a apropriação de seus próprios recursos e instrumentos: a observação, o diálogo, a negociação e a avaliação retroalimentam o agir do educador”. Desta forma, o professor deve rever as informações, conhecer e ter sensibilidade para lidar com as limitações e necessidades do aluno. Não basta ter formação, o lado humanístico deve estar presente em cada atividade realizada. 

Outro aspecto não menos importante é a estruturação flexibilizada do currículo, que deve atender as peculiaridades regionais e as particularidades de cada turma, não podendo esquecer a qualidade na educação. 

Flexibilizar o currículo, para responder a cada caso particular – comunidade, religião, língua, etnia, necessidade específica – não é ficar preso a conteúdos predefinidos e a ritmos e estratégias de aprendizagem rígidas, mas antes adaptar os conteúdos, ritmos e estilos de aprendizagem, às condições concretas de cada grupo, subgrupo ou indivíduo (CORREIA, 2008, apud MORGADO, 2011, p. 8). 

A escola deve conhecer bem sua clientela a fim de melhor atendê-la mediante suas reais necessidades, não abrindo mão da qualidade da educação oferecida. Trabalhar com alunos autistas exige o desenvolvimento de práticas e estratégias pedagógicas que acolham a todos e respeite às diferenças. 

A incapacidade de desenvolver um relacionamento interpessoal se mostra na falta de resposta ao contato humano e no interesse pelas pessoas, associada a uma falha no desenvolvimento do comportamento normal, de ligação ou contato. Na infância, estas deficiências se manifestam por uma inadequação no modo de se aproximar, falta de contato visual e de resposta facial, indiferença ou aversão a afeto e contato físico (GAUDERER, 2011, p. 14). 

Este comportamento muitas vezes pode não ser compreendido pela comunidade escolar. As manifestações decorrentes do autismo podem levar ao sentimento de rejeição por parte de quem não conhece as características deste transtorno. Por isso, o desafio de trabalhar com um aluno autista é grande, necessitando de bastante conhecimento e preparo para seu acompanhamento, além de formação acadêmico, a sensibilidade e acuidade do professor são extremamente importantes para compreender o compreender e trabalhar com o aluno autista. 

Educar uma criança, por mais difícil que seja, aumenta o sentimento de amor na maioria das pessoas. Os pais sentem que a criança é parte deles e da família, não querendo que ela vá embora. Além disso, a criança autista pode ser bastante cativante e sua própria impotência e confusão faz brotar emoções profundas nos que lidam com ela. Então, quando começam a fazer progresso, a alegria que cada pequeno passo avante traz, parece muitas vezes maior do que é dado por uma criança normal (GAUDERER, 2011, p. 127). 

A educação é importante na vida de qualquer pessoa, por isso, o progresso dos alunos autistas se torna ainda mais significante, dada as circunstâncias muitas vezes difíceis enfrentadas por estes e por suas famílias.

Partindo deste pressuposto, que a memória do autista seja voltada para o visual, é necessário que o educador em suas técnicas, valorize este lado, fazendo com que o aluno observe cores, tamanhos, espessuras, animais, pessoas. Por outro lado, a sala de aula deve ter pouca estimulação visual para que a criança não desvie sua atenção da atividade em andamento. O ambiente educacional deve ser calmo e agradável, para que os movimentos estereotipados dos alunos não alterem (LOPES; PAVELACKI, 2005). 

Outro fator que deve ser trabalhado com crianças autistas é a rotina. Gikovate (2009) destaca que a quebra de uma rotina pode desencadear um comportamento agitado no qual a criança se recusa a ir em frente enquanto não se retorne ao padrão anterior. Além disso, a rotina para estas crianças é fundamental para que consigam se organizar no espaço e tempo e assim consigam aprender. 

Lopes e Pavelacki (2005) ressaltam que além das técnicas que se deve utilizar em sala, a rotina diária é muito importante na educação do autista, a qual não deve ser alterada, pois qualquer mudança pode refletir no comportamento da criança. Para manter a atenção dos alunos durante as aulas é necessário que o professor utilize métodos educacionais que tenham por objetivo fazer com que a criança autista seja de fato incluída e seu processo de ensino aprendizagem efetivado, portanto, muitos estudos são realizados sobre diferentes métodos. 

Segundo Bosa (2006), o método Picture Exchange Communication System (PECS) é um exemplo de como uma criança pode exercer um papel ativo utilizando velcro ou adesivos para indiciar o início, alterações ou final das atividades. Esse método facilita a comunicação e a compreensão quando atividades e símbolos são associados. Isso porque o método PECS trabalha através de cartões e figuras em que a criança consegue se expressar, pois associa a imagem com o que ela deseja. Outro método muito utilizado que tem como base a informação visual, é o método Treatment and Education of Autistic and related Communicationhandicapped Children (TEACCH). 

Ainda de acordo com Gava (2020), TEACCH é um programa altamente estruturado que combina diferentes materiais visuais para aperfeiçoar a linguagem, o aprendizado e reduzir comportamentos inapropriados. Diante disso, esse método busca a independência da criança autista, realizando um trabalho através de estímulos visuais e corporais, pois, por via das imagens, as crianças serão estimuladas a fazerem movimentos corporais como, apontar, buscar, e isso faz com que a criança se movimente. 

Algumas propostas terapêuticas e trabalhos desenvolvidos nas escolas que envolvem o treino da fala, buscam solucionar as questões de fala ignorando a linguagem, pois as colocam como uma coisa só, não levando em conta que existe linguagem para além da fala. Maleval (2017) em seu livro: “O autista e sua voz”, cita Lacan quando diz que linguagem e fala não devem ser confundidas, pois a criança autista apesar de não falar é “mestra da linguagem” por ter sobre ela o controle por meio da sua recusa em arriscar a fala, ele considera que o próprio termo “autismo” na sua conotação de retraimento, implica que os autistas “ouvem a si próprios”. 

Segundo Vorcaro e Lucero (2010), a criança autista está no campo da linguagem, por exemplo, quando ao tapar os ouvidos, se defende dela. Isto reafirma o que foi dito por Lacan, que a coloca na linguagem quando esta assume uma posição, mesmo que contrária a ela. Ele incita que a atenção esteja voltada à especificidade da enunciação deles, mais do que centrar nas conotações do retraimento autista.

Além dos métodos citados anteriormente, há também o método Son-Rise Program (SRP) que busca fazer com que todos os envolvidos com a criança autista sejam capazes de juntos construírem novas maneiras de comunicação e interação, através de atividades lúdicas que forneçam o aprendizado, a autonomia e a inclusão. Esse é um dos métodos mais utilizados no Brasil. Devido a melhora significativa durante o tratamento da criança no espectro autista, pois “oferece uma abordagem educacional prática e abrangente para inspirar as crianças, adolescentes e adultos com autismo a participarem ativamente em interações divertidas, espontâneas e dinâmicas com os pais, outros adultos e crianças” (TOLEZANI, 2010, p. 8). 

Posto isso, o método destaca que a aceitação do autista em relação ao potencial de desenvolvimento desta pessoa, são princípios básicos para o tratamento (TOLEZANI, 2010). Partindo do pressuposto, muitos métodos são propostos para que ocorra uma aprendizagem significativa das crianças autistas, é importante ressaltar que os envolvidos na educação desses alunos devam conhecer as reais necessidades dessa criança, dessa forma saberão quais métodos mais adequados devem utilizar para que de fato haja uma construção do conhecimento e uma verdadeira inclusão.

A relação entre família e escola no cotidiano educacional inclusivo 

A família, um núcleo praticamente comum nas sociedades, pode ser considerada um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo ao ser a principal mediadora dos padrões, modelos e influências culturais (Amazonas, Damasceno, Terto & Silva, 2003; Kreppner, 1992, 2000). Assim, é considerada a primeira instituição social que, em conjunto com outras, busca assegurar a continuidade e o bem estar dos seus membros e da coletividade, incluindo a proteção e o bem estar da criança. Nesse sentido, se torna responsável pela transmissão de valores, crenças, ideias e significados que estão presentes nas sociedades (KREPPNER, 2000). 

A escola é uma instituição social com objetivos e metas determinadas, que emprega e reelabora os conhecimentos socialmente produzidos, com o intuito de promover a aprendizagem e efetivar o desenvolvimento das funções psicológicas superiores: memória seletiva, criatividade, associação de ideias, organização e sequência de conhecimentos, dentre outras (OLIVEIRA, 2000 apud DESSEN; POLONIA, 2007, p. 26). 

E, essencialmente, isso se constitui em um contexto diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, isto é, um local que reúne uma diversidade de conhecimentos, atividades, regras e valores e que é permeado por conflitos, problemas e diferenças (MAHONEY, 2002). 

Segundo Mônica Santos (1999), no tocante à relação entre família e escola, é preciso que ambas assumam um compromisso de reciprocidade, onde as responsabilidades sejam divididas igualmente: 

No que cabe às relações entre família e escola, torna-se imperativo assumir um compromisso com a reciprocidade. De um lado, a família, com sua vivência e sabedoria prática a respeito de seus filhos. De outro, a escola com sua convivência e sabedoria não menos prática a respeito de seus alunos. É preciso entender que esses mesmos alunos são também os filhos, e que os filhos são (ou serão) os alunos. Dito de outra forma: cabe às duas instituições mais básicas das sociedades letradas o movimento de aproximação num plano mais horizontal, de distribuição mais igualitária de responsabilidades. (1999, p. 05) 

Partindo desta perspectiva, acredita-se que “a escola e a família compartilham funções sociais, políticas e educacionais, na medida em que contribuem e influenciam a formação do cidadão” (REGO, 2003 apud DESSEN; POLONIA, 2007, p. 22). Assim, constituem os dois principais ambientes de desenvolvimento humano, sendo responsáveis pela transmissão e construção do conhecimento culturalmente organizado. Portanto, a família e a escola emergem como duas instituições fundamentais para desencadear os processos evolutivos das pessoas, atuando como propulsoras ou inibidoras do seu crescimento físico, intelectual, emocional e social. (DESSEN, POLONIA, 2007, p. 22) 

Contudo, é fundamental promover a colaboração entre escola e família, tendo em vista que um influencia no andamento do outro e, por isso, necessitam andar lado a lado, de maneira a promover o desenvolvimento da aprendizagem humana.

De acordo com a “Declaração de Salamanca”, no que se refere ao papel da família no processo de inclusão, demanda que se: (…) encorajem e facilitem a participação de pais, comunidade e organizações de pessoas portadoras de deficiências nos processos de planejamento e tomada de decisões concernentes à provisão de serviços para necessidades educacionais especiais (1994, p. 02). 

Também afirma que: 

(…) ao mesmo tempo em que escolas inclusivas provêm um ambiente favorável à aquisição de igualdade de oportunidades e participação total, o sucesso delas requer um esforço claro, não somente por parte dos professores e profissionais na escola, mas também por parte dos colegas, pais, famílias e voluntários. (p. 05) 

A Declaração de Salamanca estabelece a necessidade de parceria entre família, professores e profissionais da escola, com a finalidade de maximizar os esforços para a inclusão, da melhor forma possível, dos alunos com necessidades educativas especiais no ensino regular. Sem o desenvolvimento dessa relação de “parceria” família/ professores e profissionais da escola, não serão alcançados o nível e a qualidade de envolvimento necessário para assegurar ganhos educacionais possíveis para “todos” os alunos. Assim: A família do aluno especial é a principal responsável pelas ações do seu filho com necessidades especiais, visto que é ela quem lhe oferece a primeira formação. Na integração/inclusão escolar, o aluno com apoio dos profissionais e da família, poderá adquirir competências ainda maiores, se tiver um envolvimento como a “parceria”. (TANAKA, 2010, p. 115) 

É preciso que todos tenham consciência de que alunos com deficiência têm as mesmas necessidades que outros alunos ditos normais e que, por isso, não se pode discriminá-los e permitir que vivam segregados da sociedade: Portanto, é preciso que todos (família/sociedade/escola) tenham consciência de que alunos da Educação Especial: são vivos, sentem, observam, têm as mesmas necessidades que outros alunos e não se pode confina-los num mundo à parte. (TANAKA, 2010, p. 116) 

No entanto, nossa sociedade não está preparada para promover a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais, por isso devemos trabalhar para que essa integração/ inclusão ocorra. Daí a importância da conscientização da família, no sentido de que ela faz parte do contexto em que o aluno está inserido e que exerce grandes influências sobre os vários aspectos da vida do indivíduo. Bem como, também é essencial a conscientização dos educadores, não só para saber trabalhar com o aluno, mas também para promover o desenvolvimento familiar, de forma que a família se torne um agente no processo de integração/inclusão.

A conscientização da família, no sentido de que ela faz parte de um contexto social, que exerce influências sobre o indivíduo, preparando-o para o mundo escolar é essencial. Também a conscientização dos educadores não só em saber trabalhar com o aluno, mas também em promover o desenvolvimento familiar, de forma que a família se torne um agente ativo no processo de integração/inclusão, deve ser buscada. (LOPES; MARQUEZAN, 2000, p. 01) 

Dessen e Polonia (2007, p. 01) afirmam que “Escola e família constituem dois contextos de desenvolvimento fundamentais para a trajetória de vida das pessoas.” e que “A integração entre esses dois contextos é destacada como desafio para a prática profissional e pesquisa empírica.” (p. 01). Isso confirma que os dois precisam andar juntos, concatenados, seguindo um mesmo objetivo, em prol do desenvolvimento cognitivo do ser humano. A participação da família do aluno com necessidades educacionais especiais é decisiva no processo de integração/inclusão e indispensável para que ele possa construir-se pessoalmente e participante da sociedade.

Considerações Finais

A inclusão das crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista nas instituições de ensino regular, é um tema bastante discutido atualmente, onde os autores ressaltam o que é TEA, classificam os níveis de gravidade do autismo, citam estratégias pedagógicas em que os docentes podem utilizar e mostrar os aspectos legais da inclusão no ensino regular no Brasil.

A inclusão da criança com TEA deve estar muito além da sua presença em sala de aula, deve perseguir, sobretudo, a aprendizagem e o desenvolvimento das capacidades e competência, para superação das dificuldades. No entanto, o que é visto na escola regular é a propostas de vagas para inserir essas crianças, porém ainda há muito o que se trabalhar nas práticas pedagógicas para melhor adequá-los ao ambiente. Portanto, ainda está de forma lenta o processo de inclusão, mas a cada dia conseguindo de forma positiva, em meios tantas dificuldades trabalhar de forma conjunta para obtenção de uma escola totalmente inclusiva. 

Os pais possuem um papel de muita relevância no processo de inclusão escolar, não só dessas crianças, mas toda criança precisa do apoio familiar nos vários segmentos de sua vida. A relação família-escola é fundamental para a construção da identidade, autonomia e cidadania do aluno. Portanto, essas duas instituições devem estar conscientes de seu papel, devendo participar ativamente do processo de desenvolvimento dos alunos. É imprescindível que família e escola estabeleçam uma parceria para a promoção do desenvolvimento dos alunos, em especial dos alunos com TEA. No entanto, a escola precisa dispor de todos os recursos necessários para que a inclusão de fato ocorra, é preciso que a escola esteja preparada para receber esses alunos, porque não basta apenas que haja a inserção dos alunos com NEE no ensino regular. É preciso, também, que a escola se empenhe em promover essa participação ativa da família nas atividades escolares de seu filho, de modo a entender que trata-se de uma ação conjunta, de um trabalho colaborativo, que não é somente de responsabilidade da instituição escolar, mas sim de toda a sociedade.

Desse modo, para melhor atender os alunos com TEA, em suas variadas necessidades, faz-se necessário promover diversas adaptações de grande e pequeno porte. Mas, para isso, a formação docente é extremamente necessária. Os profissionais da educação devem estar envolvidos em conhecer as necessidades educacionais especiais e aprimorar-se em fazer com que os estudantes que necessitam de atendimento que superem suas barreiras e seus impedimentos. 

Faz-se necessário a formação continuada, o diálogo, orientação e articulação social educativa de modo a enriquecer a prática da cidadania e principalmente aos casos mais específicos como o transtorno do espectro autista. Deve-se ter uma relação estabilizada dividindo os deveres e responsabilidade entre família e escola em um momento que a sociedade passa por mudanças.

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1 Licenciatura em Filosofia, Esp. Psicopedagogia Clínica e Institucional, Esp. Administração e Inspeção Escolar, Esp. Psicologia e Ação Social.

2 Pedagoga, Esp. Neuropsicopedagogia, Esp. em ABA