EFEITOS EXTRAESQUELÉTICOS DA VITAMINA D NA SAÚDE HUMANA: UMA REVISÃO NARRATIVA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202511032032


Daniel Lacerda Amaro1
Evertton Aurélio Dias Campos2
Elisângela de Andrade Aoyama3


Resumo:

A vitamina D tem como efeito biológico principal a promoção da mineralização óssea e a regulação da homeostasia do metabolismo cálcio-fósforo. A sua função biológica extra-esqueleto tem sido amplamente estudada e o seu défice associado a risco aumentado para diversas patologias, nomeadamente autoimunes, neoplásicas, cardiovasculares e neurológicas, entre outras. No entanto, esta mantém-se uma área de controvérsia e está por demonstrar a relação causa-efeito entre deficiência de vitamina D e patologia não esquelética, e o benefício da suplementação com esse objetivo. Todavia, ela demonstra envolvimento em diversos sistemas fisiológicos, incluindo a modulação da contratilidade muscular e a regulação da resposta imunológica inata e adaptativa. A sua deficiência pode deflagrar um espectro de manifestações clínicas diversas e bem conhecidas na saúde humana em geral, mas apresenta também efeitos negligenciados diversos e igualmente importantes, em especial doenças. Por isso é importante destacar que sua principal via de obtenção endógena é a exposição à radiação ultravioleta B (UVB), enquanto fontes exógenas compreendem alimentos de origem animal. Em indivíduos com limitada exposição solar, a suplementação dietética ou farmacológica torna-se mandatória. Nos indivíduos em risco de hipovitaminose a suplementação é segura, barata e com benefício demonstrado na prevenção de fraturas e quedas. A compreensão da relevância da vitamina D para a saúde esquelética (prevenção do raquitismo e da osteomalácia) e seu potencial envolvimento na etiopatogenia de diversas condições mórbidas, como diabetes mellitus, obesidade, hipertensão arterial sistêmica, artrite reumatoide, esclerose múltipla e depressão, sublinha a importância da investigação aprofundada deste micronutriente essencial.

Palavras-chave: colecalciferol; suplementação; saúde sistêmica.

Abstract:

Vitamin D’s main biological effect is the promotion of bone mineralization and the regulation of calcium-phosphorus metabolism homeostasis. Its extra-skeletal biological function has been widely studied and its deficiency is associated with an increased risk of several pathologies, namely autoimmune, neoplastic, cardiovascular and neurological, among others. However, this remains an area of controversy and the cause-and-effect relationship between vitamin D deficiency and non-skeletal pathology, and the benefit of supplementation for this purpose, has yet to be demonstrated. However, it has been shown to be involved in several physiological systems, including the modulation of muscle contractility and the regulation of the innate and adaptive immune response. Its deficiency can trigger a spectrum of diverse and well-known clinical manifestations in human health in general, but it also has several neglected and equally important effects, especially diseases. Therefore, it is important to highlight that its main endogenous route of obtaining is exposure to ultraviolet B (UVB) radiation, while exogenous sources include foods of animal origin. In individuals with limited sun exposure, dietary or pharmacological supplementation becomes mandatory. In individuals at risk of hypovitaminosis, supplementation is safe, inexpensive and has demonstrated benefits in preventing fractures and falls. Understanding the relevance of vitamin D for skeletal health (prevention of rickets and osteomalacia) and its potential involvement in the etiopathogenesis of several morbid conditions, such as diabetes mellitus, obesity, systemic arterial hypertension, rheumatoid arthritis, multiple sclerosis and depression, highlights the importance of in-depth research on this essential micronutrient.

Keywords: cholecalciferol; supplementation; systemic health.

1 INTRODUÇÃO

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel que existe em duas formas: vitamina D3 ou colecalciferol, que é a forma mamífera, e vitamina D2 ou ergocalciferol, que é a forma fúngica (1, 2). De uma perspectiva nutricional, ambas as formas são metabolizadas de forma semelhante (OMS, 2025).

A vitamina D ou calciferol, abarcando o colecalciferol e o ergocalciferol, constitui um conjunto de secoessteroides lipossolúveis, notavelmente reconhecidos por seu papel fulcral na otimização da absorção intestinal de íons divalentes, especificamente o cálcio, o magnésio e o fosfato, concomitantemente exercendo uma miríade de efeitos biológicos de natureza endócrina e autócrina ou parácrina. Classicamente, sua atuação é imbricada na facilitação da captação de cálcio no lúmen intestinal, desempenhando um papel axial na ontogênese e manutenção da integridade estrutural do esqueleto e da dentição. Além disso, o calciferol evidencia participação em distintos sistemas fisiológicos, incluindo a modulação da contratilidade muscular e a regulação da responsividade imunológica inata e adaptativa (Holick, 2022). Assim, o estudo sobre a vitamina D além da matriz óssea procura abordar os efeitos não canônicos na saúde humana integral.

A intelecção da relevância do calciferol para a saúde esquelética, prevenção do raquitismo e da osteomalácia, e seu potencial envolvimento na etiopatogenia de diversas condições mórbidas, como diabetes mellitus, obesidade, hipertensão arterial sistêmica, doenças autoimunes, a exemplo da esclerose múltipla e do lúpus eritematoso sistêmico, neoplasias e desordens neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, tem motivado extensivas investigações (Filho et al., 2020).

O calciferol tem como efeito biológico principal a promoção da mineralização óssea e a regulação da homeostasia do metabolismo cálcio-fósforo. Essa vitamina atua como uma hormona regulando a expressão de mais de 200 genes em diferentes tipos de células com os receptores específicos. A sua função biológica extra-esqueleto tem sido amplamente estudada e o seu défice associado a risco aumentado para diversas patologias, nomeadamente autoimunes, neoplásicas, cardiovasculares e neurológicas, entre outras. No entanto, esta se mantém uma área de controvérsia e está por demonstrar a relação causa efeito entre deficiência dessa vitamina e patologias não esquelética, e o benefício da suplementação com esse objetivo (Catarino et al., 2016).

O calciferol atua no metabolismo ósseo e exerce efeitos em diversos órgãos e sistemas do corpo humano. A sua deficiência está remetendo a um problema de saúde em todo o mundo atual. Portanto, a suplementação é uma proposta viável para reverter tal cenário e promover a saúde. No entanto, equilibrar doses eficazes é desafiador dada à estreita margem com doses nocivas (Lima et al., 2024).

Como essa vitamina é lipossolúvel e essencial para o metabolismo de ossos e minerais, o seu status é avaliado medindo-se os níveis séricos de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D]. No momento, a sua suplementação é indicada principalmente em casos de deficiência. Porém, existem duas questões importantes em relação à sua suplementação. A primeira está relacionada à definição do limite inferior para os valores considerados normais de [25(OH)D] sérico. Nos últimos anos, extensa pesquisa clínica tem revelado que grandes proporções das populações globais têm baixos níveis de calciferol, ou seja, concentrações séricas de [25(OH)D] menor que 20 ng/mL. No entanto, muitos pesquisadores consideram esse valor superestimado, considerando, assim, que um maior número de pessoas necessitaria de suplementação. Atualmente, várias sociedades médicas estão em grande discussão sobre quando rastrear a sua deficiência e quando suplementá-la (Okoshi et al., 2021; Vassalle, 2024).

O Ministério da Saúde (MS) também apresenta a importância da vitamina D para o corpo e que a sua principal forma de absorção é a exposição correta ao sol, mas que parte deste nutriente também é absorvida por meio de alimentos como peixes de água fria, leite integral e gema de ovo (MS, 2022).

Outra questão a respeito da suplementação dessa vitamina diz respeito ao fato de que estudos experimentais e epidemiológicos convincentes sugerem que a deficiência dessa vitamina esteja associada ao maior risco de doenças cardiovasculares e doenças imunes crônicas, e câncer. Consequentemente, a suplementação dessa vitamina tem sido realizada na população geral sem uma indicação específica. Contudo, estudos mais recentes têm relatado que a suplementação dessa vitamina para a prevenção ou controle de doenças crônicas como o câncer, diabetes mellitus, demência e doenças cardiovasculares não tem mostrado benefícios (Heath et al., 2018; D’amore et al., 2017).

Além da ausência de benefícios, um estudo mostrou que a suplementação diária dessa vitamina foi associada a uma maior necessidade de dispositivos de suporte mecânico circulatório na insuficiência cardíaca avançada, o que indica que é necessário cautela em relação à suplementação em longo prazo (Zittermann et al., 2017).

Assim, o presente estudo de revisão da literatura objetivou explorar os efeitos extraesqueléticos da vitamina D na saúde humana: uma revisão narrativa, objetivou também a ajudar a elucidar a amplitude dos efeitos do calciferol na saúde humana, transcendendo seu papel clássico no metabolismo mineral ósseo. Buscou-se, outrossim, analisar as manifestações clínicas decorrentes da deficiência de vitamina D, com ênfase em suas implicações sistêmicas. Ademais, pretende-se investigar a intrincada relação entre a hipovitaminose D e a patogênese de doenças autoimunes, bem como explorar o impacto do calciferol na função neurocognitiva e no bem-estar psíquico. Por fim, almejou-se discorrer sobre os efeitos do calciferol no sistema cardiovascular e correlacionar as diversas fontes de vitamina D com a potencial modulação do risco de desenvolvimento de variadas patologias.

A presente investigação se justifica pela crescente evidência científica que associa níveis subótimos de vitamina D a um amplo espectro de desfechos clínicos desfavoráveis, impactando significativamente a morbimortalidade global. A consolidação do conhecimento acerca dos múltiplos mecanismos de ação do calciferol pode subsidiar o desenvolvimento de estratégias preventivas e terapêuticas mais eficazes, otimizando a saúde populacional.

2 METODOLOGIA

Este estudo caracteriza-se como uma revisão narrativa descritiva, com levantamento bibliográfico em bases de dados como PubMed, Scopus, Web of Science, além de livros e documentos de relevância científica. Foram considerados artigos em inglês, português e espanhol, publicados principalmente entre 2020 e 2025, sem aplicação de protocolos sistemáticos de inclusão e exclusão, mas com prioridade para os trabalhos disponíveis nos descritores DeCS, uma versão multilíngue do MeSH. O enfoque foi descritivo, buscando sintetizar os principais conceitos, avanços, controvérsias e perspectivas sobre os efeitos extraesqueléticos da vitamina D na saúde humana.

A metodologia aplicada foi a pesquisa bibliográfica, conforme definido por Marconi e Lakatos (2021, p. 46.), “trata-se de levantamento de referências já publicadas, em forma de artigos científicos (impressos ou virtuais), livros, teses de doutorado, dissertações de mestrado”.

A presente revisão narrativa da literatura foi estruturada com o intuito de sintetizar o conhecimento científico atual acerca dos efeitos pleiotrópicos do calciferol na saúde humana e as implicações clínicas da sua deficiência com foco nos efeitos extraesqueléticos da vitamina D na saúde humana. A consecução deste objetivo metodológico demandou a implementação de um processo de busca, seleção, leitura, interpretação crítica e organização das informações disponibilizadas.

A estratégia de busca bibliográfica foi delineada para identificar estudos relevantes que abordassem a temática central da revisão, com uso dos operadores Boleanos “and” e “or”.

A seleção dos estudos foi realizada em duas fases: inicialmente, a leitura dos títulos e resumos para identificar estudos potencialmente relevantes, seguida da leitura integral dos artigos pré-selecionados para confirmar a elegibilidade de acordo com os critérios de inclusão. As informações foram organizadas de forma padronizada sobre o tema neste trabalho. A síntese do estudo foi apresentada mediante a análise crítica e a interpretação das evidências encontradas na literatura. Os achados foram agrupados por temas relevantes, em consonância com os objetivos desta revisão, incluindo os efeitos da vitamina D na função imunológica, na saúde mental, no sistema cardiovascular e na microbiota intestinal, bem como as manifestações clínicas da sua deficiência. A revisão contemplou a avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos e a identificação de possíveis vieses. A apresentação das informações na seção subsequente desta revisão seguiu uma estrutura temática, buscando integrar as diversas evidências para fornecer uma visão abrangente e atualizada sobre os efeitos extraesqueléticos da vitamina D na saúde humana.

Por meio da interpretação do material coletado foi das databases PubMed, Scielo e Google Acadêmico, com ênfase em artigos em inglês e português. Foi realizada uma busca bibliográfica de artigos nas bases de dados PubMed, SciELO e Medline, no período de 2020 a 2025, utilizando os descritores: “Vitamina D”, “Efeitos extraesqueléticos”, “Saúde Humana” e “Suplementação”. Os critérios de inclusão foram artigos, limitados a um período de 5 anos, disponíveis na íntegra. Foram incluídas também algumas teses, revisões teóricas e capítulos de livros. A partir dos artigos lidos realizou-se a apresentação das informações na seção subsequente desta revisão com uma uma estrutura temática, buscando integrar as diversas evidências para fornecer uma visão abrangente e atualizada sobre os efeitos extraesqueléticos da vitamina D na saúde humana.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A amplitude dos efeitos do calciferol na saúde humana.

A vitamina D é um hormônio esteróide lipossolúvel que exerce inúmero funções no organismo. A elevada prevalência de níveis inadequados de vitamina D é hoje em dia encarado como um problema de saúde pública que afeta vários países, não somente os países europeus como os países da América do Sul. Por este motivo e pelo conhecimento do crescente número de doenças associadas a esta deficiência, a medição exata dos níveis de vitamina D tem assumido elevada relevância na clínica. Desta forma, o número de análises para avaliação da quantidade de vitamina D para fins diagnósticos aumentou significativamente. A vitamina D tem um importante papel nutricional e regulador do sistema imunológico e diversos estudos devem ser realizados para determinar os riscos e benefícios da reposição de vitamina D (Câmara et al., 2021). Assim, a vitamina D ou calciferol, possui uma ampla gama de efeitos na saúde humana, sendo crucial para a saúde óssea e o funcionamento do sistema imunológico. Sua ação vai muito além do metabolismo do cálcio, influenciando possivelmente os sistemas cardiovascular, muscular e até a função pulmonar, mas seu uso excessivo pode trazer sérios riscos.

A suplementação de vitamina D pode prevenir e curar o raquitismo nutricional em bebês e crianças. Dados pré-clínicos e observacionais sugerem que o sistema endócrino da vitamina D possui um amplo espectro de atividades esqueléticas e extraesqueléticas. Há consenso de que a deficiência grave de vitamina D (concentração sérica de 25-hidroxivitamina D (25OHD) <30 nmol/l) deve ser corrigida, enquanto a maioria das diretrizes recomenda concentrações séricas de 25OHD >50 nmol/l para uma saúde óssea ideal em adultos mais velhos. No entanto, a ligação causal entre a vitamina D e muitos desfechos extraesqueléticos permanece incerta. Os ensaios clínicos randomizados VITAL, ViDA e D2d (com um número combinado de participantes >30.000) indicaram que a suplementação de vitamina D em adultos com níveis adequados de vitamina D (nível sérico basal de 25OHD >50 nmol/l) não previne câncer, eventos cardiovasculares, quedas ou progressão para diabetes mellitus tipo 2. Análises <i>post hoc</i> sugeriram alguns benefícios extraesqueléticos para indivíduos com deficiência de vitamina D. Mais de 60 estudos de randomização mendeliana, projetados para minimizar o viés de fatores de confusão, avaliaram as consequências de concentrações séricas de 25OHD geneticamente reduzidas ao longo da vida em vários desfechos, e a maioria dos estudos encontrou efeitos nulos. Quatro estudos de randomização mendeliana encontraram um risco aumentado de esclerose múltipla em indivíduos com concentrações séricas de 25OHD geneticamente reduzidas. Em conclusão, a suplementação em indivíduos com níveis adequados de vitamina D não proporciona benefícios demonstráveis à saúde. Mas essa conclusão não contradiz as diretrizes anteriores de que a deficiência grave de vitamina D deve ser prevenida ou corrigida (Bouillon et al., 2022).

Hortêncio et al. (2022) estudaram o papel dos micronutrientes na microbiota intestinal e observaram que a suplementação de vitamina D promoveu mudanças na microbiota intestinal, aumento de Enterobacteriaceae, por exemplo, como também inalteração em indivíduos soropositivos.

A doença inflamatória intestinal (DII) é uma inflamação crônica do trato gastrointestinal (TGI), incluindo a doença de Crohn (DC) e a colite ulcerativa (CU), que diferem na localização e extensão das lesões. Ambas as doenças estão associadas à disbiose da microbiota, com uma população reduzida de espécies produtoras de butirato, resposta inflamatória anormal e deficiência de micronutrientes, por exemplo, hipovitaminose D. A vitamina D está envolvida na diferenciação de células imunológicas, modulação da microbiota intestinal, transcrição gênica e integridade da barreira intestinal. O receptor de vitamina D (VDR) regula as ações biológicas da VitD ativa (1α,25-di-hidroxivitamina D3) e está envolvido nos aspectos genéticos, ambientais, imunológicos e microbianos da DII. A deficiência de VitD está correlacionada com a atividade da doença, e sua administração, visando uma concentração de 30 ng/mL, pode ter o potencial de reduzir a atividade da doença. Além disso, o VDR regula as funções das células T e das células de Paneth e modula a liberação de peptídeos antimicrobianos nas interações entre a microbiota intestinal e o hospedeiro. Enquanto isso, metabólitos microbianos benéficos, como o butirato, regulam positivamente a sinalização do VDR. Assim, Battistini et al. (2021) estudaram o progresso clínico e os mecanísticos sobre a relação entre VitD/VDR e a modulação da microbiota intestinal na DII. Assim, apresentaram a epigenética na DII e a regulação do VDR por probióticos. Além disso, abordaram os desafios existentes e as direções futuras. Concluíram que existe uma carência de ensaios clínicos bem delineados que explorem a dose apropriada e a influência do sexo, idade, etnia, genética, microbioma e distúrbios metabólicos nos subtipos de DII e que para avançar, precisamos de estudos terapêuticos bem planejados para examinar se o aumento dos níveis de vitamina D restaurará as funções do VDR e do microbioma na inibição da inflamação crônica.

3.2 As manifestações clínicas decorrentes da deficiência de vitamina D

Rolizola et al. (2022) que avaliaram 533 idosos (≥ 60 anos) em três cidades do estado de São Paulo, Brasil. Foi avaliada a 25-hidroxivitamina D (25 OH D) sérica por quimioluminescência. Os fatores avaliados foram condições sociodemográficas (sexo, faixa etária, etnia, escolaridade, renda, estado civil), de saúde (doenças referidas), composição corporal (IMC, circunferência da cintura), estilo de vida (atividade física e tabagismo) e exposição solar (finalidade, duração, frequência e horário de exposição, partes expostas, uso de protetor solar, tipo de pele). A prevalência de insuficiência foi de 64,5%, com associação para sexo feminino, etnia não brancos/não declarados, baixo peso, circunferência da cintura elevada (risco para DCV) e inatividade física. Foi observado que houve associação negativa para exposição solar habitual de mãos, braços e pernas, durante atividade de lazer, deslocamentos diários e atividade física e entre as 9h e 15h. Os achados mostraram a relevância de fatores como sexo, etnia, composição corporal, atividade física e hábitos de exposição solar na alta prevalência de níveis inadequados de vitamina D em idosos.

A deficiência de vitamina D é um problema de saúde global e as abordagens que consideram as Soluções baseadas na Natureza (NbS) podem trazer novas perspectivas de solução. Cerca de 80% da quantidade de vitamina D que o corpo precisa é produzida endogenamente por meio da exposição da pele à radiação ultravioleta B (UVB) da luz solar. A exposição média à UVB em áreas urbanas dependerá em parte do clima local e da quantidade de cobertura e tipos de árvores. Santana et al. (2022) realizaram um estudo discutindo a associação entre áreas verdes e níveis de vitamina D. Foi analisada uma amostra de 101 mulheres com 35 anos ou mais de idade, moradoras da cidade de Araraquara, Brasil. O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) foi calculado como indicador de exposição às áreas verdes, sendo definido como a vegetação circundante residencial. Foi utilizado o modelo de regressão logística para analisar a associação entre o índice de vegetação residencial e o status (níveis) de vitamina D. Foi observado uma associação positiva estatisticamente significativa entre a exposição ao índice de vegetação circundante residencial abaixo da mediana e a prevalência de níveis insuficientes de 25(HO)D (P=0,03). O estudo mostrou que níveis mais baixos de verde residencial estão associados à maior prevalência de insuficiência de vitamina D. Desta forma, as abordagens NbS contribuem para melhor compreensão dos ambientes adequados para o alcance de bons níveis de vitamina D, evitando a necessidade de suplementação farmacêutica do nutriente.

A vitamina D possui importância na estruturação das quantidades normais de cálcio e do metabolismo ósseo. O referido hormônio é produzido, principalmente, por vias endógenas provindas da radiação ultravioleta (UV) na camada basal da epiderme. Por outro lado, a obtenção exógena abrange 20% de toda a obtenção de vitamina D de um indivíduo. Francez et al. (2021) fizeram uma revisão bibliográfica sobre a suplementação da vitamina D. Verificaram que os seres humanos captam menores doses de vitamina D endógena e exógena diárias, sendo assim, quanto aos proventos da suplementação da vitamina D incluem-se diversos fatores. Ainda que não exista um consenso sobre uma concentração sérica ideal de vitamina D, sua dosagem deve ser mantida em uma faixa em que não induza aumentos séricos de paratormônio (PTH), visto que ele é responsável pelo “turnover ósseo”. Dentre os fatores causadores de hipovitaminose, constam: idade, dieta, estilo de vida, fototipo e fatores ambientais. Contudo, a intoxicação de vitamina D por excesso pode desencadear desequilíbrios nas concentrações hormonais de um indivíduo, trazendo consigo diversas consequências podendo até fazer com que haja evolução para óbito. 

Assim, a suplementação oral de vitamina D deve ser estimulada e bem instruída, sobretudo para grupos de risco, já que a radiação UV, por vezes, está propriamente relacionada com episódios de carcinogênese cutânea. Concluíram que a vitamina D apresenta distintas funções excepcionalmente importantes e vários fatores interferem no quadro de hipovitaminose e hipervitaminose. Observaram que alterações nos níveis séricos da Vitamina D possuem relações ainda não estabelecidas com inúmeras doenças, abrangendo as autoimunes, ósseas, cardiovasculares e endócrinas. Dessa forma, a sua reposição poderia contribuir para o benefício de quadro clínico de várias enfermidades e gerar melhorias ligadas a força muscular e prevenção de fraturas.

Há um reconhecimento crescente do papel que o microbioma desempenha nos estados de saúde e doença. Estudos sobre o microbioma em doenças autoimunes sistêmicas demonstram padrões microbianos únicos na Doença Inflamatória Intestinal, Artrite Reumatoide e, em menor grau, no Lúpus Eritematoso Sistêmico, enquanto não há um único microrganismo ou padrão que caracterize a Esclerose Múltipla. As doenças autoimunes tendem a compartilhar uma predisposição à deficiência de vitamina D, que altera o microbioma e a integridade da barreira epitelial intestinal. Yamamoto e Jørgensen (2020) estudaram a influência das bactérias intestinais no sistema imunológico, exploramos os padrões microbianos que emergiram de estudos sobre doenças autoimunes e relacionaram como a deficiência de vitamina D pode contribuir para a autoimunidade por meio de seus efeitos na função da barreira intestinal, na composição do microbioma e/ou efeitos diretos nas respostas imunológicas.

Portanto, a deficiência de vitamina D pode ser assintomática em muitos casos, mas quando os sintomas aparecem, eles afetam principalmente os sistemas musculoesquelético e imunológico, além do bem-estar geral. As principais manifestações clínicas incluem: Fadiga e cansaço constante, dores ósseas, musculares e articulares, fraqueza muscular e perda de força, propensão a fraturas ósseas devido à osteoporose em casos de deficiência prolongada, alterações no humor, sintomas depressivos e ansiedade, problemas de sono, queda de cabelo e unhas fracas, sistema imunológico enfraquecido, resultando em infecções frequentes, gripes e resfriados e declínio cognitivo devido aos problemas de concentração e memorização em casos graves.

3.3 A hipovitaminose D e a patogênese de doenças autoimunes

A Vitamina D representa de fato, um hormônio esteroide lipossolúvel com funções endócrinas, parácrinas e autócrinas. Em uma revisão realizada por Ruscalleda (2023) sobre os aspectos fisiológicos, ambientais, nutricionais e genéticos relacionados a esta vitamina, classificação dos níveis séricos da forma circulante representativa do status, bem locais de armazenamento em tecidos, foram apresentadas sugestões, quanto a hábitos alimentares, exposição solar adequada, suplementação oral e/ou necessidade de doses de manutenção, riscos de toxicidade. Funções imunológicas, imunomoduladoras, participação a nível celular e tecidual em doenças autoimunes, tumorais, infecto-contagiosas, com ênfase ao SARS-CoV-2 também foram abordadas. Entre as inúmeras ações da vitamina D, houve destaque à participação no metabolismo musculoesquelético, ocorrência de quedas, particularmente entre os idosos, sistema nervoso central, com ênfase à cognição, demência e doença de Alzheimer.

O Ministério da Saúde (2022) adverte que se por um lado a deficiência da vitamina D é prejudicial ao organismo, por outro, o excesso pode levar até à insuficiência renal. “A hipervitaminose pode levar também à anorexia, cansaço, náusea e vômito, diarreia e cálculo renal”. Por isso, reforça que o ideal é sempre buscar orientação médica e nutricional para avaliação de necessidades especiais.

Consequentemente, a hipovitaminose D está ligada à patogênese de doenças autoimunes porque a vitamina D é um hormônio imunomodulador que ajuda a regular o sistema imunológico, prevenindo que ele ataque os próprios tecidos do corpo. A deficiência de vitamina D pode desregular células do sistema imune, como os linfócitos T, e está associada a um maior risco de desenvolver doenças como artrite reumatoide, lúpus e tireoidite de Hashimoto, além de piorar a atividade dessas doenças quando já instaladas.

3.4 Impacto do calciferol na função neurocognitiva e no bem-estar psíquico

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, degenerativa e autoimune que gera inflamação em regiões do cérebro e da medula espinhal. A doença pode afetar qualquer região do sistema nervoso central, com uma variedade de sintomas. Suas causas são multifatoriais, estando relacionadas a componentes genéticos, comportamentais, ambientais e imunológicos mediados pela bioquímica da vitamina D. A vitamina D tem função na mediação imunológica no processo anti-inflamatório, no que diz respeito à redução dos níveis de citocinas inflamatórias e à potencialização das anti-inflamatórias no processo de suplementação por seis meses. Nogueira et al. (2021) analisaram as vantagens do uso de vitamina D em pacientes com esclerose múltipla por meio de uma revisão integrativa da literatura. Em destaque encontraram que a vitamina D desempenha um papel importante no processo de reabilitação de pacientes com esclerose múltipla, destacando sua ação na inibição de mediadores inflamatórios após a influência da suplementação contínua com vitamina D e seu uso de vitamina D mostra bons resultados no tratamento e recuperação de portadores da doença de esclerose múltipla.

Porto, Silva e Sougey (2019, p. 2) apontam que a depressão “é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, com um relatório de mais de 300 (trezentos) milhões de indivíduos afetados em 2015, o que corresponde a 4,4% da população global”.

Assim, foi evidenciado que a alta incidência de depressão evidenciou uma diminuição na exposição à luz solar, devido ao aumento da concentração urbana e à utilização de protetores solares, que ocasionou um declínio nos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D. Porto e colaboradores atestam ainda que, nos últimos tempos, alguns estudos expuseram que o déficit de vitamina D poderia estar associado a uma elevação nas taxas de depressão de 8 a 14% (Porto et al., 2019).

Um crescente conjunto de evidências tem indicado a possível associação entre vitamina D e depressão. Assim como a depressão, a deficiência de vitamina D também é um importante problema de saúde pública. Conforme observado pelos estudos, o uso de vitamina D traz benefícios aos pacientes que se encontram em estado de deficiência desse nutriente, sendo eficaz na melhora dos escores depressivos e do estado geral de saúde. A normalização dos níveis de vitamina D também foi capaz de diminuir a dose da medicação antidepressiva prescrita aos pacientes, reduzindo também os efeitos adversos e possíveis reações indesejadas (Roberto et al., 2023).

Portanto, conforme evidenciado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e os estudos de Porto, Silva e Sougey (2019), a deficiência de exposição à luz solar possui uma considerável relação com a ocorrência de depressão. O calciferol (vitamina D) desempenha um papel crucial na função neurocognitiva e no bem-estar psíquico, com a deficiência da vitamina sendo associada a um maior risco de declínio cognitivo e transtornos de humor, como depressão e ansiedade.

3.5 Os efeitos do calciferol no sistema cardiovascular

Um grande e importante problema de saúde pública em todos os países, são as doenças cardiovasculares, responsáveis por uma grande taxa de mortalidade mundialmente. Deste modo, a importância de estudos que estabeleçam a relação entre a deficiência de vitamina D com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (Souza et al., 2021).

A vitamina D parece exercer efeitos cardioprotetores com diferentes mecanismos. Ela atua na modulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, influencia a função endotelial, regula a inflamação e o estresse oxidativo, além de ter impacto sobre a função das células musculares lisas vasculares. Sua deficiência tem sido relacionada ao aumento da rigidez arterial, disfunção endotelial e maior prevalência de fatores de risco como obesidade, diabetes tipo 2 e dislipidemia. Porém, os resultados de ensaios clínicos randomizados sobre a suplementação de vitamina D com o objetivo de prevenir eventos cardiovasculares são conflitantes. Enquanto alguns demonstraram melhorias discretas na pressão arterial e nos marcadores inflamatórios, outros não evidenciaram benefícios significativos. A heterogeneidade dos estudos, incluindo diferenças na dose, duração da suplementação, níveis basais de vitamina D e características dos participantes, contribui para as divergências nos achados. Sendo assim, mesmo existindo uma associação consistente entre hipovitaminose D e maior risco cardiovascular, ainda não há consenso sobre os benefícios diretos da suplementação de vitamina D na prevenção primária ou secundária de doenças cardiovasculares (Barbosa et al., 2025).

Estudos adicionais, com metodologias mais uniformes e populações bem definidas, são necessários para esclarecer essa relação. Enquanto isso, recomenda-se monitorar os níveis de vitamina D em pacientes de risco e corrigir sua deficiência conforme diretrizes clínicas estabelecidas, com foco na saúde global do paciente (Souza et al., 2021; Barbosa et al., 2025).

No sistema cardiovascular, a vitamina D pode influenciar a pressão arterial e a função endotelial (Ribeiro, 2025), porém ensaios clínicos sobre prevenção cardiovascular são inconclusivos.

Outro estudo sobre a relação da vitamina D e o aparelho cardiovascular destacou uma associação inversa entre níveis de 25(OH)D <21 ng/ml e mortalidade devido a doenças cardiovasculares. Porém, por outro lado, apontou também que estes achados não têm se repetido em outras pesquisas que envolvem a suplementação de vitamina D em grande número de pacientes, buscando a redução da mortalidade cardiovascular (Cunha, 2024). Corroborando isso, Souza et al. (2022) também apontaram que diversos estudos buscaram verificar se existem efeitos benéficos da suplementação da vitamina D para o sistema cardiovascular, mas que até então as evidências sugerem que a suplementação de vitamina D não reduziram o risco de eventos cardiovasculares, sugerindo também a necessidade de mais estudos sobre o assunto.

O calciferol (vitamina D) desempenha um papel complexo no sistema cardiovascular, sendo que a deficiência está associada a um maior risco de doenças, enquanto o excesso pode ser prejudicial, assim, certamente que a compreensão dos efeitos do calciferol no sistema cardiovascular está em evolução para o maior entendimento e de sua correlação com este aspecto da saúde humana.

3.6 As fontes de vitamina D com a potencial modulação do risco de desenvolvimento de variadas patologias

É bem conhecido que a vitamina D atua no metabolismo ósseo e exerce efeitos em diversos órgãos e sistemas do corpo humano. Porém, atualmente, sua deficiência está remetendo a um problema de saúde global. Assim, a suplementação é uma alternativa para reverter tal cenário e promover a saúde. Contudo, equilibrar doses eficazes é desafiador dada a estreita margem com doses nocivas. Diante disso, existe um panorama sobre a sua importância, os danos da deficiência e benefícios da suplementação dessa vitamina (Lima et al., 2024).

A vitamina D é sintetizada de forma endógena em tecidos cutâneos através da exposição à radiação UVB e através da alimentação. Após passar por processos metabólicos é transformada em última etapa, em um hormônio sarco-esteróide, o calcitriol. Esse hormônio depende da ligação de receptores VDR, tanto no núcleo quanto na membrana da célula, para desempenhar suas funções. Recentemente estão sendo estudados ações extra ósseo minerais da vitamina D, como seu papel na autoimunidade. Takahashi et al. (2021) estudaram se o efeito da vitamina D no sistema imunológico se traduz em aumento da imunidade inata associada a uma regulação multifacetada da imunidade adquirida. Entenderam que epidemiologicamente parece existir uma relação entre a deficiência de vitamina D e um aumento de risco de desenvolver doenças imunomediadas, como a esclerose múltipla e enfatizaram a sua participação na etiopatogênese e no tratamento da esclerose múltipla. Assim, a principal fonte de vitamina D é a exposição solar, que estimula a produção da vitamina na pele. As fontes alimentares, embora complementares, são principalmente de origem animal e incluem peixes gordurosos e alimentos fortificados. A vitamina D modula o risco de variadas patologias, com um papel crucial na saúde óssea, na função do sistema imunológico e possivelmente na prevenção de doenças cardiovasculares e autoimunes.

A vitamina D é um hormônio que atua na regulação fisiológica osteomineral, no controle da pressão arterial, tem ação antioncogênica, além de ter uma intensa atividade sobre o sistema imune. No final do ano de 2019, foi descoberto um novo tipo de coronavírus, o Sars-CoV-2, responsável pela doença conhecida como COVID-19, responsável por mais de 3 milhões de mortes no mundo. Alguns estudos sugerem que níveis elevados de vitamina D estão associados à redução no agravamento da doença, onde a maioria dos pacientes que vieram a óbito apresentavam deficiência ou insuficiência dessa. A partir desses dados, muitas pessoas começaram a fazer automedicação dessa vitamina, sendo um fator preocupante, já que, o consumo excessivo também pode trazer prejuízos à saúde. Nesse contexto, Tazinazzo et al. (2021) avaliaram e compararam os números referentes às vendas de vitamina D em uma farmácia de dispensação na cidade de Maringá, Paraná, entre 2019 e 2020, através de um levantamento retroativo de dados da dispensação desses produtos. Após a análise, percebeu-se um aumento nas vendas dessa vitamina, em especial na dosagem de 7.000UI, que teve um aumento de 11,4 vezes, seguida das dosagens de 1.000UI e 2.000UI, com aumento de 8,5 e 8,3 vezes, respectivamente. Assim, concluíram que apesar dos estudos mostrarem relação entre o uso da vitamina D na prevenção do agravamento dos casos de COVID-19, é necessário realizar um acompanhamento para se manter níveis satisfatórios dessa vitamina no organismo, já que em excesso, pode levar a intoxicação.

Lim e Thadhani (2020) estudaram sobre a toxicidade da vitamina D e estratégias de diagnóstico e manejo relevantes para a prática clínica. Evidenciaram que a suplementação de produtos alimentares com vitamina D foi fundamental para a erradicação do raquitismo no início do século XX nos Estados Unidos. Nos quase 100 anos subsequentes, o acúmulo de evidências vinculou a deficiência de vitamina D a uma variedade de desfechos, e isso levantou um grande interesse público e conscientização dos benefícios à saúde da vitamina D. Os suplementos que contêm vitamina D estão agora amplamente disponíveis tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, e muitos estão na forma de formulações não regulamentadas, vendidas ao público com poucas orientações para uma administração segura. Porém, concluíram que tudo isso contribuiu para uma transição na qual um aumento global dramático nos casos de toxicidade da vitamina D tem sido relatado. Médicos agora enfrentam o desafio de tratar essa condição que pode apresentar um espectro de complicações assintomáticas a agudas, com risco de vida.

Colonetti et al. (2022) avaliaram os efeitos da suplementação materna de vitamina D durante a gravidez nos desfechos concentração de vitamina D no recém-nascido, comprimento ao nascer, estado geral de saúde (Apgar), peso ao nascer e concentração de vitamina D materna após o nascimento e concluíram que a suplementação de vitamina D durante a gravidez melhora a concentração sérica de 25 (OH)D e sugere apresentar efeitos positivos no estado geral de saúde, comprimento ao nascer e peso ao nascer.

A Endocrine Society sugere que indivíduos saudáveis entre 19 e 74 anos não necessitam de suplementação ou testes frequentes de 25(OH)D, a menos que apresentem fatores de risco. A suplementação empírica dessa vitamina é recomendada especialmente para idosos acima de 75 anos, devido à sua eficácia em reduzir a mortalidade e o risco de fraturas. Pacientes com doenças osteometabólicas, como osteoporose, devem dosar a 25(OH)D e suplementar, se necessário. A administração de grandes doses intermitentes pode levar a alguns riscos, como aumento de quedas e fraturas, e não é indicada, sendo preferível o uso diário ou semanal em doses menores (Oliveira et al., 2021).

A Vitamina D tem sido o ponto de atenção de diversas pesquisas nos últimos anos, evidenciando sua finalidade além da formação óssea e do metabolismo do cálcio, abrangendo sua relação com o sistema imunológico e endócrino (Sabião, 2024).

Foi considerada a presença do receptor de vitamina D em vários tecidos do corpo, como cérebro, pele, intestinos, coração e células imunológicas, assim é possível entender a importância dessa vitamina para a saúde em diversas áreas. O calciferol tem como efeito biológico principal a promoção da mineralização óssea e a regulação da homeostasia do metabolismo cálcio-fósforo. Essa vitamina atua como uma hormona regulando a expressão de mais de 200 genes em diferentes tipos de células com os receptores específicos. A sua função biológica extra-esqueleto tem sido amplamente estudada e o seu défice associado a risco aumentado para diversas patologias, nomeadamente autoimunes, neoplásicas, cardiovasculares e neurológicas, entre outras. No entanto, esta mantém-se uma área de controvérsia e está por demonstrar a relação causa efeito entre deficiência dessa vitamina e patologias não esquelética, e o benefício da suplementação com esse objetivo (Catarino et al., 2016).

4 DISCUSSÃO

A vitamina D atua no metabolismo ósseo e exerce efeitos em diversos órgãos e sistemas do corpo humano. Porém, atualmente, sua deficiência está remetendo a um problema de saúde global. Assim, a suplementação é uma alternativa para reverter tal cenário e promover a saúde. Contudo, equilibrar doses eficazes é desafiador dada a estreita margem com doses nocivas.

A vitamina D é um pré-hormônio essencial na homeostase do cálcio e no metabolismo ósseo que pode ser obtida pela síntese na pele, por exposição solar, e por meio de alimentos, como peixes gordurosos. Após ser sintetizada ou ingerida, passa por processos de hidroxilação no fígado e nos rins, formando calcitriol, a forma ativa da vitamina. Essa vitamina influencia a absorção de cálcio e tem impacto no sistema imunológico. A deficiência dessa vitamina é comum, especialmente em idosos, pessoas com baixa exposição ao sol e naquelas com doenças osteometabólicas. A hipovitaminose D está associada a condições como osteoporose, osteomalácia e aumento de risco de quedas e fraturas. Pacientes com doenças renais crônicas são particularmente suscetíveis, uma vez que essa condição afeta a síntese e a função dessa vitamina. A literatura médica tem discutido sobre os níveis ideais de vitamina D, assim como sobre a população alvo para sua suplementação. A Endocrine Society sugere que indivíduos saudáveis entre 19 e 74 anos não necessitam de suplementação ou testes frequentes de 25(OH)D, a menos que apresentem fatores de risco. A suplementação empírica dessa vitamina é recomendada especialmente para idosos acima de 75 anos, devido à sua eficácia em reduzir a mortalidade e o risco de fraturas. Pacientes com doenças osteometabólicas, como osteoporose, devem dosar a 25(OH)D e suplementar, se necessário. A administração de grandes doses intermitentes pode levar a alguns riscos, como aumento de quedas e fraturas, e não é indicada, sendo preferível o uso diário ou semanal em doses menores. As vitaminas são um grupo de nutrientes orgânicos, requeridos em pequena quantidade para uma variedade de funções bioquímicas e que, geralmente, o organismo não consegue sintetizar, sendo obtidos pela dieta. A vitamina D não é estritamente uma vitamina pela capacidade que o organismo tem em sintetizá-la, e apresenta um mecanismo de ação semelhante a uma hormona.

A vitamina D tem como efeito biológico principal a promoção da mineralização óssea e a regulação da homeostasia do metabolismo cálcio-fósforo. A vitamina D atua como uma hormona regulando a expressão de mais de 200 genes em diferentes tipos de células com os receptores específicos. A sua função biológica extra-esqueleto tem sido amplamente estudada e o seu défice associado a risco aumentado para diversas patologias, nomeadamente autoimunes, neoplásicas, cardiovasculares e neurológicas, entre outras. No entanto, esta mantém-se uma área de controvérsia e está por demonstrar a relação causa efeito entre deficiência dessa vitamina e patologias não esquelética, e o benefício da suplementação com esse objetivo.

A vitamina D, ou calciferol, é o termo genérico que engloba um conjunto de moléculas lipossolúveis que têm como base a estrutura de quatro anéis de colesterol. A vitamina D pode ser obtida pelo organismo através dos alimentos sob a forma de colecalciferol ou vitamina D3 de origem animal, ou sob a forma de ergocalciferol ou vitamina D2 de origem vegetal.

A discussão da revisão integrativa reafirma a natureza multifacetada da vitamina D, indo além de seu papel no metabolismo ósseo. A literatura analisada demonstra consistentemente seu envolvimento na modulação imunológica, com estudos sugerindo um papel na suscetibilidade a infecções e doenças autoimunes, embora a causalidade ainda demande mais investigação. No âmbito neurocognitivo e de saúde mental, associações entre níveis subótimos de vitamina D e declínio cognitivo e sintomas depressivos são observadas, mas com resultados por vezes conflitantes. No sistema cardiovascular, a vitamina D pode influenciar a pressão arterial e a função endotelial, porém ensaios clínicos sobre prevenção cardiovascular são inconclusivos. Adicionalmente, a vitamina D parece interagir com a microbiota intestinal, modulando sua composição. Em suma, a revisão destaca o papel pleiotrópico da vitamina D, com associações significativas em diversos sistemas biológicos, embora a confirmação de causalidade e a elucidação dos mecanismos subjacentes requeiram mais pesquisas rigorosas. A compreensão desses múltiplos papéis pode levar a estratégias preventivas e terapêuticas mais eficazes.

Nos últimos anos, um crescente conjunto de evidências tem indicado a possível associação entre vitamina D e depressão. Assim como a depressão, a deficiência de vitamina D também é um importante problema de saúde pública. Conforme observado pelos estudos, o uso de vitamina D traz benefícios aos pacientes que se encontram em estado de deficiência desse nutriente, sendo eficaz na melhora dos escores depressivos e do estado geral de saúde. A normalização dos níveis de vitamina D também foi capaz de diminuir a dose da medicação antidepressiva prescrita aos pacientes, reduzindo também os efeitos adversos e possíveis reações indesejadas. Portanto, a vitamina D pode ser benéfica no tratamento adjuvante da depressão em pacientes com deficiência dessa substância.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A vitamina D tem efeitos extraesqueléticos importantes na saúde, como a melhora da força e função muscular, o que pode reduzir o risco de quedas, especialmente em idosos. Além disso, níveis adequados de vitamina D estão associados a um menor risco de desenvolver certas doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, autoimunes e diabetes tipo 2, mas ainda são necessárias mais pesquisas.

Ainda não existe consenso sobre os níveis ideais dessa vitamina de forma a otimizar os seus eventuais efeitos benéficos a nível extra-esquelético. Vários estudos epidemiológicos indicam associação entre concentrações séricas deficientes ou insuficientes de vitamina D e risco aumentado de cancro, infecções, doenças autoimunes, doenças cardiovasculares, no entanto carece de demonstração a relação causa efeito e o benefício da suplementação nestas patologias. O desenho dos estudos, a forma de medição e a discordância verificada nos indivíduos de raça negra e obesos entre os níveis de calcidiol mais baixos e densidade óssea superior colocam dúvidas acerca das conclusões que os estudos vão apresentando. No entanto, nos indivíduos em risco de hipovitaminose a suplementação é segura, barata e com benefício demonstrado na prevenção de fraturas e quedas.

Portanto, a presente revisão integrativa sublinha a importância clínica da vitamina D, cujos efeitos vão muito além da saúde óssea. Ela desempenha papéis vitais na imunidade, cognição, saúde mental, possivelmente com o sistema cardiovascular e microbiota intestinal, e sua deficiência se correlaciona com diversas condições clínicas. A pesquisa atingiu seus objetivos ao ilustrar essas vastas implicações. Para avançar o conhecimento, recomenda-se que estudos futuros, preferencialmente ensaios clínicos e longitudinais, busquem estabelecer a causalidade e aprofundar os mecanismos biológicos, permitindo a otimização de intervenções preventivas e terapêuticas. Níveis adequados de vitamina D são essenciais para a saúde humana global.

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1Graduando do Curso Enfermagem, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac. E-mail: yeshuabenpandira12@gmail.com
2Mestre em Ciências da Educação pela Emil Brunner World University (Miami-EUA). Docente no Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac. Brasília, Distrito Federal, Brasil. E-mail: evertton.campos@uniceplac.edu.br
3Mestra em Engenharia Biomédica. Pós-graduada em Docência do Ensino Superior e Gestão em Educação Ambiental. Graduada em Ciências Biológicas e Pedagogia. Docente no Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac. Brasília, Distrito Federal, Brasil. E-mail: elisangela.aoyama@uniceplac.edu.br