EFEITOS DE TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO E AERÓBICO EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE

EFFECTS OF INSPIRATORY AND AEROBIC MUSCLE TRAINING IN CHRONIC RENAL PATIENTS SUBMITTED TO HEMODIALYSIS

EFECTOS DEL ENTRENAMIENTO MUSCULAR INSPIRATORIO Y AERÓBICO EN PACIENTES RENALES CRÓNICOS SOMETIDOS A HEMODIÁLISIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11194523


Orientador: José Amir Babilônia1
Juliana Maria Moreira de Souza2
Marcelio Fernandes da Silva3
Paula Cristina de Assis Lima4


RESUMO

 A Doença Renal Crônica (DRC) ocorre quando os rins perdem a capacidade de regularem a homeostase corporal. O principal tratamento para substituir a função renal é a hemodiálise (HD). Vários estudos concluíram que os pacientes com DRC em hemodiálise apresentaram comprometimento da força muscular inspiratória e da capacidade funcional. Os sintomas mais comuns dessas alterações são a fadiga, a fraqueza muscular e a dispneia por esforço. O objetivo desta pesquisa é encontrar estudos que relaciona o treinamento muscular inspiratório e aeróbico em pacientes renais crônicos durante a hemodiálise visando a melhora na qualidade de vida, condicionamento físico e cardiorrespiratório e apresentar a relevância da inclusão da reabilitação fisioterapêutica nesses pacientes.

Palavras-chave: Fisioterapia; doença renal crônica; hemodiálise.

ABSTRACT

Chronic Kidney disease (CKD) occurs when the kidneys lose their ability to regulate body hemeostasis. The main treatment to replace kidney function is hemodialyses (HD). Several studies concluded that patients with CKD undergoing hemodialysis had impaired inspiratory muscle strength and functional capacity the most common symptoms of their changes are fatigue, muscle weakness and exertional dyspnea. The aim of this research is to find studies that relate inspiratory and aerobic muscle training in chronic kidney patients during hemodialysis, aiming to improve quality of life, physical and cardiorespiratory conditioning and to present the relevance of including physical therapy rehabilitation in these patients.

Keywords: Physiotherapy; chronic kidney disease; hemodialysis.

RESUMEN

La enfermedad renal crónica (ERC) ocurre cuando los riñones pierden su capacidad para regular la homeostasis corporal, el principal tratamiento para reemplazar la función renal es la hemodiálisis (HD). Vários estudios concluyeron que los pacientes con ERC sometidos a hemodiálisis presentaban alteraciones en la fuerza de los músculos inspiratorios y en la capacidad funcional. Los sistemas más comunes de estos câmbios son fatiga, debilidad muscular y disnea de esfuerzo, o objetivo deste esta investigación es encontrar estudios que relacionan el entrenamiento de la musculatura inspiratoria y aeróbica en pacientes renales crónicos durante la hemodiálisis, com el objetivo de mejorar la calidad de vida, el acondicionamiento físico y cardiorrespiratorio y presentar la relevância de incluir rehabilitación fisioterapêutica em estos pacientes.

Palabras clave: Fisioterapia; enfermedad renal crónica; hemodiálisis.

1. INTRODUÇÃO

Insuficiência renal aguda é a perda súbita da capacidade dos rins de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando isso acontece, os resíduos podem chegar a níveis elevados alterando as funções metabólicas como o equilíbrio hídrico, ácido-básico, eletrolítico, funções hormonais e regulação da pressão arterial (Reboredo et al., 2011). Insuficiência renal aguda (IRA) pode ocorrer quando há: condição que diminui o fluxo sanguíneo para os rins, dano direto aos rins, uso de alguns medicamentos, bloqueio nos tubos de drenagem de urina dos rins (ureteres), fazendo com que os resíduos não consigam deixar o corpo através da urina (Campos et al., 2018; Santos et al., 2018).

Em sua fase mais grave, quando os rins são incapazes de manter a normalidade do meio interno é denominada insuficiência renal crônica. Na IRC ocorre lesão renal e os néfrons são comprometidos por processo de fibrose e esclerose e consequentemente a perda irreversível da função renal, ocasionando a incapacidade de regularem sua homeostase corporal: excreção das escórias nitrogenadas, na regulação do equilíbrio eletrolítico ácido-base e na função hormonal e regulação da pressão arterial. O tratamento mais utilizado para substituir a função renal é a hemodiálise (HD), indicada principalmente para filtração glomerular. Essa intervenção, geralmente, é realizada três vezes por semana com duração de 3 a 4 horas por sessão (Campos et al., 2018; Almeida et al., 2016; Nascimento et al., 2012).

Existe uma grande variedade de enfermidades que podem provocar a IRC, no entanto, doenças altamente prevalentes como Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) são as principais responsáveis pela doença renal crônica no Brasil e no mundo (Nascimento et al., 2012), No Brasil, segundo dados do Censo de Diálise da Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2010 o número estimado de pacientes em tratamento dialítico por ano foi de 92.091, deste total, 85,8% usavam o serviço do SUS. Dessa população 35% eram hipertensos e 28% diabéticos. Já em 2013 o total estimado de pacientes em tratamento hemodialítico no Brasil é de 100.397. Apesar dos avanços da terapia dialítica terem aumentado a sobrevida desses pacientes, sua capacidade funcional se torna reduzida, limitando as atividades de vida diária (Zanini et al., 2016).

Efeitos deletérios da DRC associadas com o tratamento hemodialítico podem acarretar a perda de tecido e força muscular que leva a diminuição da capacidade funcional e na realização de exercícios que influencia diretamente na mortalidade desta população, estudos concluíram que os pacientes com DRC em hemodiálise apresentaram comprometimento  da força muscular inspiratória e da capacidade funcional (Campos et al., 2018; Zanini et al., 2016; Scopel et al., 2018), Os sintomas mais comuns dessas alterações são a fadiga, a fraqueza muscular e a dispneia por esforço (Santos et al., 2014). Os pacientes evoluem com grave redução do condicionamento cardiorrespiratório, alterações musculares, redução do desempenho físico e piora da qualidade de vida. A fraqueza muscular é uma consequência comum, que pode estar associada à carência de carnitina, desnutrição, miopatias, toxicidade do paratormônio, toxinas urêmicas, deficiência de vitamina D, a hipotrofia muscular por imobilidade e desbalanço protéico muscular que afetam principalmente as fibras musculares tipo II (contração rápida) com predomínio de metabolismo energético do tipo anaeróbico (Lima et al., 2013; Scopel et al., 2018; Santos et al., 2014). 

Atinge também os músculos da caixa torácica diminuindo a força muscular respiratória, acarretando redução dos volumes e as capacidades pulmonares, resultando uma menor oxigenação dos tecidos corporais. Diante dessas alterações respiratórias, o treinamento muscular inspiratório (TMI) vem sendo inserido, isolado, ou em conjunto com exercícios aeróbios ou resistidos, objetivando a melhora do condicionamento físico destes pacientes os músculos respiratórios mantêm o fluxo eficiente de ar para manutenção da troca gasosa, assim, faz-se necessário o aprimoramento da função de bomba nos pacientes em HD, visto que apresentam uma diminuição  relevante de força muscular respiratória e prejuízos na função pulmonar (Chaves et al., 2011).

Pesquisas apontam que as alterações na regulação do metabolismo mineral e da homeostase de eletrólitos sanguíneos comumente encontrados em pacientes com IRC é uma causa de risco para doença cardiovascular, uma das principais causas de morbidade e mortalidade em pacientes que realizam HD quando equiparados com a população comum (Zanini et al., 2016).  O fator cardiovascular vem sendo ligado com a redução nos valores da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), sendo um alarme de mau prognóstico da doença e fator de risco que independe, para o acometimento de episódios cardíacos, principalmente a morte súbita na população submetida ao tratamento hemodialítico (Teixeira et al., 2014). O agravamento do quadro cardiovascular contribui sobretudo para a piora da capacidade funcional, para a baixa tolerância ao exercício e, inevitavelmente, para a dificuldade de realização das atividades de vida diária (Zanini et al., 2016; Lara et al., 2013; Sales et al., 2018).

A Doença Renal Crônica na atualidade é vista como um grave problema de saúde pública, pois tem um grande impacto negativo sobre os aspectos físicos e psicossociais dos pacientes urêmicos crônicos e sua alta taxa de morbidade e mortalidade no Brasil e no resto do mundo (Lima et al., 2013; Chaves et al., 2011; Lara et al., 2013). 

Vários estudos apontam que a fisioterapia, antes, durante ou após a HD é importante na prevenção, no retardo da evolução e na melhoria de vários agravos que acomete o paciente renal. Segundo a Diretriz de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica (2006), nota-se a eficácia e importância do exercício físico para essa população com finalidade de buscar aumento da capacidade funcional e qualidade de vida, melhora na tolerância à glicose e redução dos fatores de riscos cardiovasculares.  Entretanto, a prática clínica de exercícios durante a hemodiálise ainda é restrita (Almeida et al., 2016; Nascimento et al., 2012; Chaves et al., 2011; Sales et al., 2018).

Este estudo trata-se de uma revisão da literatura, desenvolvido através de resultados de outras pesquisas sobre a temática de tratamentos renais de pacientes submetidos a hemodiálise, com intuito de contribuir para o aprofundamento acerca do tema investigado.

A pesquisa foi realizada através das bases de dados da biblioteca virtual da Saúde (BVS), Sistema Latino-Americano e do Caribe de informação em Ciência da Saúde (Lilacs), Scientific Electronic Library Online (Scielo).

Para realização da pesquisa, foram utilizados os cruzamentos de dados dos seguintes descritores, “hemodiálise”, “Fisioterapia”, e “doença renal”, com os cruzamentos realizados através de buscas avançadas.

Esta pesquisa foi realizada nos meses de janeiro de 2020, com os seguintes critérios de inclusão utilizados para a seleção dos artigos: artigos completos, publicados em inglês e português, publicados nos últimos 10 anos (2010 a 2020). Os critérios de exclusão foram: publicações anteriores a 2010, não disponíveis para leitura completa e publicações duplicadas. Foram encontrados 22 artigos no BVS, 1 no Lilacs e 21 no Scielo.

Após o processo de busca eletrônica nas bases de dados, foi realizada uma avaliação destes artigos, a fim de certificar se eles atendiam aos critérios de inclusão. Com uma pré-seleção de 40 publicações para verificação, através de leitura dos títulos e resumos. Destas 40 publicações foram incluídas 16 publicações neste estudo.

Portanto, essa pesquisa tem como objetivo descrever a importância da fisioterapia em pacientes com doença renal submetidos a hemodiálise em estudos já disponíveis na literatura. 

2. DOENÇA RENAL CRÔNICA

 Insuficiência renal aguda é a perda súbita da capacidade dos rins de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando isso acontece, os resíduos podem chegar a níveis elevados alterando as funções metabólicas como o equilíbrio hídrico, ácido-básico, eletrolítico, funções hormonais e regulação da pressão arterial (Reboredo et al., 2011). IRA pode ocorrer quando há: condição que diminui o fluxo sanguíneo para os rins, dano direto aos rins, uso de alguns medicamentos, bloqueio nos tubos de drenagem de urina dos rins, fazendo com que os resíduos não consigam deixar o corpo através da urina (Campos et al., 2018; Santos et al., 2018).

Em sua fase mais grave, quando os rins são incapazes de manter a normalidade do meio interno é denominada insuficiência renal crônica. Na IRC ocorre lesão renal e os néfrons são comprometidos por processo de fibrose e esclerose e consequentemente a perda irreversível da função renal, ocasionando a incapacidade de regularem sua homeostase corporal: excreção das escórias nitrogenadas, na regulação do equilíbrio eletrolítico ácido-base e na função hormonal e regulação da pressão arterial. O tratamento mais utilizado para substituir a função renal é a hemodiálise, indicada principalmente para filtração glomerular. Essa intervenção, geralmente, é realizada três vezes por semana com duração de 3 a 4 horas por sessão (Campos et al., 2018; Almeidas et al., 2016; Nascimento et al., 2012).

Existe uma grande variedade de enfermidades que podem provocar a IRC, no entanto, doenças altamente prevalentes como DM e HAS são as principais responsáveis pela doença renal crônica no Brasil e no mundo (Nascimento et al., 2012), No Brasil, segundo dados do Censo de Diálise da Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2010 o número estimado de pacientes em tratamento dialítico por ano foi de 92.091, deste total, 85,8% usavam o serviço do SUS. Dessa população 35% eram hipertensos e 28% diabéticos. Já em 2013 o total estimado de pacientes em tratamento hemodialítico no Brasil é de 100.397.  Apesar dos avanços da terapia dialítica terem aumentado a sobrevida desses pacientes, sua capacidade funcional se torna reduzida, limitando as atividades de vida diária (Zanini et al., 2016; Lima et al., 2013).

Efeitos deletérios da Doença Renal Crônica (DRC) associadas com o tratamento hemodialítico podem acarretar a perda de tecido e força muscular que leva a diminuição da capacidade funcional e na realização de exercícios que influencia diretamente na mortalidade desta população, estudos concluíram que os pacientes com DRC em hemodiálise apresentaram comprometimento da força muscular inspiratória e da capacidade funcional (Campos et al., 2018; Zanini et al., 2016; Scopel et al., 2018). Os sintomas mais comuns dessas alterações são a fadiga, a fraqueza muscular e a dispneia por esforço (Santos et al., 2014). Os pacientes evoluem com grave redução do condicionamento cardiorrespiratório, alterações musculares, redução do desempenho físico e piora da qualidade de vida. A fraqueza muscular é uma consequência comum, que pode estar associada à carência de carnitina, desnutrição, miopatias, toxicidade do paratormônio, toxinas urêmicas, deficiência de vitamina D, a hipotrofia muscular por imobilidade e desbalanço protéico muscular que afetam principalmente as fibras musculares tipo II (contração rápida) com predomínio de metabolismo energético do tipo anaeróbico (Lima et al., 2013; Scopel et al., 2018; Santos et al., 2014). 

Atinge também os músculos da caixa torácica diminuindo a força muscular respiratória, acarretando redução dos volumes e as capacidades pulmonares, resultando uma menor oxigenação dos tecidos corporais. Diante dessas alterações respiratórias, o treinamento muscular inspiratório (TMI) vem sendo inserido, isolado, ou em conjunto com exercícios aeróbios ou resistidos, objetivando a melhora do condicionamento físico destes pacientes os músculos respiratórios mantêm o fluxo eficiente de ar para manutenção da troca gasosa, assim, faz-se necessário o aprimoramento da função de bomba nos pacientes em HD, visto que apresentam uma diminuição  relevante de força muscular respiratória e prejuízos na função pulmonar (Chaves et al., 2011).

Pesquisas apontam que as alterações na regulação do metabolismo mineral e da homeostase de eletrólitos sanguíneos comumente encontrados em pacientes com IRC é uma causa de risco para doença cardiovascular, uma das principais causas de morbidade e mortalidade em pacientes que realizam HD quando equiparados com a população comum (Zanini et al., 2016). O fator cardiovascular vem sendo ligado com a redução nos valores da VFC, sendo um alarme de mal prognóstico da doença e fator de risco que independe, para o acometimento de episódios cardíacos, principalmente a morte súbita na população submetida ao tratamento HD (Teixeira et al., 2014).O agravamento do quadro cardiovascular contribui sobretudo para a piora da capacidade funcional, para a baixa tolerância ao exercício e, inevitavelmente, para a dificuldade de realização das atividades de vida diária (Zanini et al., 2016; Lara et al., 2013; Sales et al., 2018).

A DRC na atualidade é vista como um grave problema de saúde pública, pois tem um grande impacto negativo sobre os aspectos físicos e psicossociais dos pacientes urêmicos crônicos e sua alta taxa de morbidade e mortalidade no Brasil e no resto do mundo (Lima et al., 2013; Chaves et al., 2011; Lara et al., 2013).

Vários estudos apontam que a fisioterapia, antes, durante ou após a HD é importante na prevenção, no retardo da evolução e na melhoria de vários agravos que acomete o paciente renal. Segundo a Diretriz de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica (2006), nota-se a eficácia e importância do exercício físico para essa população com finalidade de buscar aumento da capacidade funcional e qualidade de vida, melhora na tolerância à glicose e redução dos fatores de riscos cardiovasculares.  Entretanto, a prática clínica de exercícios durante a hemodiálise ainda é restrita (Almeida et al., 2016; Nascimento et al., 2012; Chaves et al., 2011; Sales et al., 2018).

Portanto, essa pesquisa tem como objetivo descrever a importância da fisioterapia em pacientes com doença renal submetidos a hemodiálise em estudos já disponíveis na literatura. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A insuficiência renal aguda (IRA) é caracterizada pela perda súbita da capacidade dos rins de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue, o que pode levar a níveis elevados de resíduos e afetar as funções metabólicas, como o equilíbrio hídrico, ácido-básico, eletrolítico, funções hormonais e regulação da pressão arterial (Reboredo et al., 2011). A IRA pode ocorrer devido a condições que diminuem o fluxo sanguíneo para os rins, dano direto aos rins, uso de certos medicamentos ou bloqueio nos tubos de drenagem de urina dos rins (Campos et al., 2018; Santos et al., 2018).

Por outro lado, a insuficiência renal crônica (IRC) é caracterizada pela lesão renal e comprometimento dos néfrons por processo de fibrose e esclerose, resultando na perda irreversível da função renal, ocasionando a incapacidade de regularem sua homeostase corporal, como a excreção das escórias nitrogenadas, a regulação do equilíbrio eletrolítico ácido-base e a função hormonal e regulação da pressão arterial. O tratamento mais utilizado para substituir a função renal é a hemodiálise, indicada principalmente para filtração glomerular, realizada três vezes por semana com duração de 3 a 4 horas por sessão (Campos et al., 2018; Almeidas et al., 2016; Nascimento et al., 2012).

Estudos apontam que os pacientes com DRC em hemodiálise apresentaram comprometimento da força muscular inspiratória e da capacidade funcional, resultando em sintomas como fadiga, fraqueza muscular e dispneia por esforço (Santos et al., 2014). Além disso, a DRC associada ao tratamento hemodialítico pode acarretar a perda de tecido e força muscular, levando à diminuição da capacidade funcional e na realização de exercícios, o que influencia diretamente na mortalidade dessa população (Campos et al., 2018; Zanini et al., 2016; Scopel et al., 2018).

A fraqueza muscular é uma consequência comum, associada à carência de carnitina, desnutrição, miopatias, toxicidade do paratormônio, toxinas urêmicas, deficiência de vitamina D, hipotrofia muscular por imobilidade e desbalanço protéico muscular que afetam principalmente as fibras musculares tipo II, com predomínio de metabolismo energético do tipo anaeróbico (Lima et al., 2013; Scopel et al., 2018; Santos et al., 2014). Além disso, o treinamento muscular inspiratório (TMI) vem sendo inserido, isolado, ou em conjunto com exercícios aeróbios ou resistidos, objetivando a melhora do condicionamento físico desses pacientes (Chaves et al., 2011).

A DRC na atualidade é vista como um grave problema de saúde pública, com impacto negativo sobre os aspectos físicos e psicossociais dos pacientes urêmicos crônicos e sua alta taxa de morbidade e mortalidade no Brasil e no resto do mundo (Lima et al., 2013; Chaves et al., 2011; Lara et al., 2013). Vários estudos apontam que a fisioterapia, antes, durante ou após a hemodiálise, é importante na prevenção, no retardo da evolução e na melhoria de vários agravos que acometem o paciente renal (Almeida et al., 2016; Nascimento et al., 2012; Chaves et al., 2011; Sales et al., 2018).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio dos artigos pesquisados verificou-se que a assistência fisioterapêutica realizada durante a hemodiálise proporcionou melhora em alguns aspectos como força muscular, tolerância ao exercício, melhora na capacidade cardiorrespiratória e funcional e consequentemente melhora significativa na qualidade de vida.

Diante de tais evidências, fica claro a importância da inserção do fisioterapeuta como membro da equipe multidisciplinar, nos centros de hemodiálise, com o intuito de reduzir as complicações e consequências do tratamento hemodialítico. 

No entanto, ainda são necessários mais estudos com amostras maiores de pacientes e uma sondagem de demais variáveis que possam comprovar essa análise com mais profundidade.

5. REFERÊNCIAS

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1 Orientador
2,3,4 Faculdade Patos de Minas – Pós graduação – Fisioterapia cardiorrespiratória e UTI