EFEITOS DA EQUOTERAPIA NO DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Autores:
Flávia Luíza da Silva¹, Jéssica Ferreira da Silva2, Maria Fernanda Barbosa de Lima3, Maria Luiza Santos de Sena Lins4, Dominique Babini Albuquerque Cavalcanti5

1,2,3,4Acadêmicas do 8º período do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira – Universo Recife.

5Fisioterapeuta. Mestre em Educação (USP). Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente (UFPE). Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira – Recife, PE. dbabini.fisioterapeuta@gmail.com


RESUMO

Introdução: Paralisia Cerebral é um grupo de desordens do desenvolvimento do movimento e da postura que cursa com limitações no desempenho motor e na independência funcional. Há várias abordagens terapêuticas da paralisia cerebral, dentre as quais se destaca a equoterapia como um recurso terapêutico e educacional, em que o cavalo é um instrumento interdisciplinar e que promove o desenvolvimento biopsicossocial. O objetivo desse estudo foirevisar a literatura acerca dos efeitos da equoterapia no desempenho motor de crianças com paralisia cerebral. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados: SciELo, Lilacs, PEDro, Redalcy, incluindo artigos científicos, monografias, dissertações e teses, publicados entre 2010 e 2020, nos idiomas português, inglês e espanhol, sobre a temática investigada. Foram excluídos estudos de revisão de literatura, carta ao editor e trabalhos publicados em eventos e textos que não estavam disponíveis em formato completo nas bases de dados. Resultados: Foram encontrados 196 estudos, dos quais 15 responderam aos critérios de elegibilidade da pesquisa. Os principais achados desses estudos evidenciaram que a equoterapia contribui para a melhora do desempenho motor em crianças com paralisia cerebral, através do aprimoramento do controle motor, equilíbrio e postura. Conclusão: Concluiu-se que a equoterapia promove efeitos positivos e significativos no desempenho motor de crianças com paralisia cerebral.

Palavras-chaves: Paralisia Cerebral,Terapia Assistida por Cavalos, Modalidades de Fisioterapia.

  1. INTRODUÇÃO

Paralisia Cerebral (PC) é um grupo de desordens do desenvolvimento do movimento e da postura que cursa com limitações na independência funcional, que são atribuídos a distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro em desenvolvimento. As desordens motoras da PC são geralmente acompanhadas por alterações na sensação, percepção, cognição, comunicação e comportamento, podendo também ser acompanhadas por crises convulsivas1.

Em crianças com PC, é possível perceber atrasos motores devido ao fato de que, geralmente, elas têm menos oportunidades de se movimentar. Crianças com PC apresentam menor proficiência de movimento com claras dificuldades no seu controle motor, que inclui alterações de tônus, postura e movimento, sendo frequentemente mutável e secundário à lesão do cérebro imaturo2,3.

Os distúrbios sensoriais, perceptivos e cognitivos associados podem envolver visão, audição, tato, e capacidade de interpretar as informações sensoriais e /ou cognitivas e podem ser consequência de distúrbios primários, atribuídos a própria PC ou a distúrbios secundários, devido ás limitações de atividades que restringem o aprendizado e o desenvolvimento de experiências sensório- perceptuais e cognitivas1.

A Paralisia Cerebral pode ser classificada em: espástico, discinético e atáxico4. A espasticidade é mais comum em crianças cuja disfunção é consequente do nascimento pré-termo, enquanto que as formas discinéticas e atáxica são frequentes nas crianças nascidas a termo5.

Há várias abordagens terapêuticas da paralisia cerebral, dentre as quais se destaca a equoterapia como um recurso terapêutico e educacional, em que o cavalo é um instrumento interdisciplinar e que promove o desenvolvimento biopsicossocial6. (COPETTI et al., 2007).

A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais7. Essa terapia se utiliza do movimento tridimensional do cavalo, similar ao da marcha humana, e oferece ao praticante múltiplas oportunidades de ajustes posturais, a fim de reduzir o deslocamento do seu centro de gravidade8-10.

A Equoterapia, além de estimular de forma global a parte motora da criança com PC, leva maiores estímulos do sistema somatossensorial, que é responsável por avisar ao Sistema Nervoso Central (SNC) a respeito do posicionamento e da movimentação de diversas partes do corpo, por meio da informação sensorial vinda dos mecanorreceptores da pele, dos músculos, dos ossos e das articulações11.

O fisioterapeuta tem papel fundamental dentro da equipe interdisciplinar na equoterapia, a fim de realizar a avaliação cinético-funcional e traçar o protocolo de reabilitação a ser utilizado para cada paciente12.

Dessa forma, o objetivo do estudo foi revisar a literatura acerca dos efeitos da equoterapia no desempenho motor de crianças com paralisia cerebral.

  1. MÉTODOS

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados: SciELO, Lilacs, PEDro, Redalcy e, incluindo artigos científicos, monografias, dissertações e teses, publicados entre 2010 e 2020, nos idiomas português, inglês e espanhol, sobre a temática investigada.

Para a seleção dos artigos foram usados os seguintes descritores, catalogados no (Decs), em língua portuguesa: Paralisia Cerebral, Terapia Assistida por Cavalos e Modalidades de Fisioterapia, e os termos correspondentes em inglês: Cerebral Palsy, Animal Assisted Therapy e Physical Therapy Modalities; e, espanhol: Parálisis Cerebral, Terapia Asistida por Animales e Modalidades de Fisioterapia. Para o cruzamento dos pares de descritores foram utilizados os operadores “OR” e “AND”.

Foram excluídos: estudos de revisão de literatura, carta ao editor e trabalhos publicados em eventos e textos que não estavam disponíveis em formato completo nas bases de dados.

A seleção dos artigos foi realizada através das seguintes etapas: construção de uma biblioteca única em pasta eletrônica; leitura dos títulos e resumos de cada estudo, com intuito de analisar quais correspondiam aos critérios de elegibilidade; leitura na íntegra para confirmação da adequação dos mesmos com relação aos objetivos da presente revisão; os dados referentes à autoria e ano de publicação, delineamento do estudo, tamanho amostral, variáveis analisadas e principais resultados foram extraídos dos estudos selecionados e organizados em uma tabela para apresentação dos resultados.

3. RESULTADOS

Inicialmente, foram encontrados 196 artigos nas bases de dados eletrônicas de busca utilizados, sendo 58 no Lilacs, 28 no PEDro, 42 no Redalyc e 68 no SciELO.

Após a leitura do resumo foram excluídos 166 por não atenderem aos critérios de inclusão, 10 por se tratarem de revisões bibliográficas e 5 por estarem duplicados nas bases de dados. Desta forma, 26 estudos foram lidos na íntegra para leitura e análise, sendo 15 incluídos nesta revisão integrativa, conforme pode ser observado no Fluxograma 1.

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Figura 1. Fluxograma de seleção dos artigos para revisão.

Na tabela 1 são apresentados os estudos revisados, destacando -se os autores, ano de publicação, título, desenho de estudo, tamanho amostral e principais resultados de cada um.

Tabela 1 – Apresentação de autoria, ano de publicação, delineamento, tamanho amostral, variáveis analisadas e principais resultados dos artigos revisados, Recife-PE, 2021.


AUTOR/ ANO

TÍTULO

DESENHO DO ESTUDO / TAMANHO AMOSTRAL

RESULTADOS
Gregório et al. (2013)Influência da equoterapia no controle cervical e tronco em uma criança com paralisia cerebralEstudo de caso com criança de 2 anos.Os resultados foram positivos para o ganho motor, mostrando uma melhora na dimensão A de 25,5% para 45% e na dimensão B 3,3% para 11% na escala GMFM.
Nascimento et al. (2010)O Valor da equoterapia voltada para o tratamento de crianças com paralisia cerebral quadriplégicaDesenho experimental n = 12 criançasA equoterapia, através do movimento tridimensional, promove melhora das crianças em relação ao seu controle postural, melhora significativa do item sentar, que traduzem a aquisição do controle de cabeça essencial para o desenvolvimento neuro motor.
Alves (2014)
Reflexões sobre a prática da equoterapia e o desenvolvimento de crianças com paralisia cerebralEstudo de caso n = 3 crianças Melhora da memória, afetividade, curiosidade, raciocínio lógico, linguagem e novas posturas sendo desenvolvidas, com destaque para a necessidade de acompanhamento prolongado.
Silva, Crispim, Silva, Gardenghi (2017)Efeitos da Equoterapia sobre o desempenho funcional de crianças tetraparéticas com Paralisia Cerebral utilizando o inventário de avaliação pediátrica de incapacidade (PEDI)Relato de série n = 6 crianças tetraparéticasVerificou-se que para a dimensão de habilidade funcional, no item de autocuidado, houve uma melhora estatisticamente significativa (p=0.026), o mesmo não sendo evidenciado no item de mobilidade (p=0,087). Na dimensão de assistência do cuidador, também houve melhora estatisticamente significativa para autocuidado (p= 0,032), mas não para o item de mobilidade (p=0,091).
Bravo Junior, Souza (2018)O efeito da equoterapia no desempenho funcional em criança com paralisia cerebral: estudo de casoEstudo de caso n = 1 criançaA dimensão E foi a única que apresentou, com base no teste t, nível de significância menor que 5% entre a médias amostrais diferentes entre a variável pré-intervenção e pós-intervenção com (p-valor=0,031).
Ferreira et al. (2017)Análise qualitativa do efeito da equoterapia para crianças com paralisia cerebralAcompanhamento de caso n = 1 criançaA intervenção através da equoterapia no indivíduo com paralisia cerebral pode proporcionar benefícios como melhora dos padrões motores, melhorando assim seu desempenho funcional e o alinhamento postural.
Valdiviesso, Cardillo, Guimarães (2005)A influência da equoterapia no desempenho motor e alinhamento postural da criança com paralisia cerebral espástico-atetóide – acompanhamento de um casoEstudo de caso n = 3 crianças com PCObservou-se melhora qualitativa na postura após a sessão, embora não tenha sido observada melhora quantitativa na avaliação da função motora através da escala GMFM.
Corrêa, Tonon, Suter (2017)A influência da equoterapia no equilíbrio de paciente com paralisia cerebral

Estudo de caso n = 1 criançaNas avaliações foram encontrados os escores de 31 pontos na primeira e 33 pontos na segunda, o que não gera um score significativo, mas podemos verificar que a equoterapia é eficaz no tratamento de paralisia cerebral atetóide, visto que a manutenção em casos neurológicos são importantes e significativos.
Vargas et al. (2016)Aplicación de la hipoterapia em losniños com parálisis cerebralEstudo retrospectivo, descritivo n = 13 crianças– Todos os pacientes apresentaram história patológica pessoal que justificaram o aparecimento da doença, destacaram-se os processos infecciosos (45,4%) – 53,8% dos pacientes apresentaram melhora em todas as áreas estudadas. A área motora foi a que apresentou os melhores resultados, com melhora em 76,9% dos casos.
Espindola et al. (2011)Análise eletromiográfica durante sessões de equoterapia em praticantes com paralisia cerebralAnálise de estatística descritiva n = 3 praticantes com PCO apoio dos pés permitiu ativação mais homogênea dos músculos de tronco avaliados, quando comparado à ausência do apoio.
Deutz et al. (2018)Impacto da hipoterapia na função motora grossa e na qualidade de vida de crianças com paralisia cerebral bilateral: um estudo cruzado randomizado e abertoEstudo cruzado randomizado e aberto n = 73 criançasResultados indicam que a hipoterapia mostra forças terapêuticas distintas no que diz respeito à promoção da postura ereta e da marcha em crianças com paralisia cerebral. Crianças com maior carga psicossocial da doença podem precisar de apoio especial para obter acesso e se beneficiar de programas intensivos de fisioterapia. 
Darnay, Paredes, Andrea (2015)La hipoterapia como complemento terapêutico em diplejía “parálisis cerebral” Estudo de caso n = 10 pacientes (crianças e adolescentes de 9 a 23 anos)As áreas onde obtiveram os melhores resultados foram evidentes: No equilíbrio, funções motoras bruta, sociabilidade afetividade, deslocamento e simetria
Silva (2010)A equoterapia no tratamento de crianças com paralisia cerebral no Nordeste do BrasilEstudo descritivo n = 27 crianças de 2 a 12 anosOs benefícios corporais mensuráveis para cada área corporal foram obtidos pela divisão dos valores (pré-teste) e (pós-teste) à prática de equoterapia. Os valores da avaliação postural antes e depois da equoterapia foram usadas para: cabeça, ombro, tronco, coluna vertebral e pelves. Os menores benefícios posturais foram observados nos segmentos cabeça e pescoço (73%) e ombros e escápula (84%), enquanto que os maiores foram no tronco (93%) e na pélvis (114%).
Freire et al. (2020)A equoterapia como recurso fisioterapêutico junto a indivíduos com diagnóstico de paralisia cerebralEstudo explorativo, observacional e descritivo n = 9 pacientesA pesquisa revelou que a equoterapia trouxe benefícios físicos, psicológicos e sociais às pessoas com diagnóstico de PC, com destaque para a melhora da postura e equilíbrio, bem como das interações sociais, o que reflete sua importância como uma estratégia para potencializar a inclusão social desses indivíduos.
Lucena-Anton; Rosety-Rodriguez; Moral-Munoz (2018)

Efeitos de uma intervenção de hipoterapia na espasticidade muscular em crianças com paralisia cerebral: um estudo controlado randomizadoEstudo controlado randomizado n = 44 crianças com PC (28 meninos e 16 meninas)Houve diferenças significativas nos escores do MAS entre o tratamento e o grupo controle nos dois adutores (adutores esquerdos e adutores direitos após uma intervenção de 12 semanas com hipoterapia.
  1. DISCUSSÃO

Os resultados dos artigos científicos analisados nesta revisão evidenciam a importância da equoterapia no tratamento de pacientes com paralisia cerebral com relação à percepção de melhora no desempenho motor das crianças em processo de reabilitação através do método.

Em estudo de caso realizado em 201313 com uma criança com diagnóstico de paralisia cerebral, avaliada através da escala GMFM (Gross Motor Function Mensure), verificou-se que a equoterapia contribuiu para a melhora do controle cervical, evidenciada pelo aumento nos percentuais nas dimensões A (de 25,5% para 45%) e B (de 3,3% para 11%) da escala.

Em série de casos14 com 12 crianças classificadas nos níveis IV e V da escala GMFCS (Gross motor Function Classification System) referiram que após a intervenção com a equoterapia as crianças apresentaram melhora na pontuação da variável sentar, apontando para evolução no controle de tronco. Os resultados encontrados nesse estudo referentes à melhora no controle da cabeça e do tronco podem ser justificados pelos benefícios obtidos através dos movimentos tridimensionais do cavalo, os quais favorecem a geração de estímulos para o sistema nervoso central. Este achado foi confirmado em pesquisa15 realizada através de análise eletromiográfica que apontou para ativação muscular do tronco e membros inferiores de diversos músculos posturais ao longo da prática da equoterapia.

A área de autocuidado que mensura habilidades de alimentação, cuidado pessoal, vestir, banho e uso do vaso sanitário foi avaliada em estudos analisados nessa revisão16,17 com esta população. Houve destaque para as dimensões de habilidades funcionais e assistência ao cuidador. Não há muitos estudos que evidenciaram esta questão, e os poucos já publicados justificam melhora nas habilidades de autocuidado como resultados secundários das intervenções e equoterapia que tem como foco melhora nas habilidades motoras e/ou sociais.

O alinhamento postural e o equilíbrio são variáveis comumente analisadas nos estudos que objetivam pesquisar a eficácia da equoterapia no tratamento de crianças com paralisia cerebral. Em estudo de caso18 com uma criança de 10 anos verificaram melhora qualitativa do alinhamento postural através da escala GMFM. Resultado similar foi verificado por série de casos19 com 13 crianças, e justificada pelos autores devido ao programa aplicado. Melhora do equilíbrio postural foi evidenciada em pesquisa20 com uma criança de 5 anos através da escala de Berg (Berg Balance Scale). A ativação muscular obtida rítmica e naturalmente com deslocamento do centro de gravidade nos três planos, de forma equivalente aos movimentos da pelve humana durante a deambulação, favorecem a aquisição de padrões coordenados de movimento, favorecendo o alinhamento e o equilíbrio postural21.

Um dos distúrbios motores mais frequentes nos indivíduos com lesão no sistema nervoso central é a alteração do tônus muscular. Em estudo observacional22 verificaram adequação do tônus de crianças com paralisia cerebral. A equoterapia melhora a integração das percepções proprioceptivas e táteis, favorecendo a normalização do tônus.

Não há muitos ensaios clínicos randomizados e estudos com tamanho amostral significativo sobre a temática abordada. Um estudo23 que ganha destaque neste aspecto investigou o impacto da equoterapia na função motora grossa e qualidade de vida de crianças com paralisia cerebral. Foi um ensaio clínico randomizado, cruzado e aberto, com 73 participantes submetidos ao tratamento durante 16 a 20 semanas, duas vezes por semana. Foi observado aumento significativo nas pontuações para as habilidades de andar, correr e pular, mas não houve melhora na percepção da qualidade de vida.

Este achado pode estar associado ao fato de a qualidade de vida constituir uma variável ampla, influenciada pelo estilo de vida, hábitos, morbidades associadas, estado mental, relacionamentos do indivíduo e elementos do ambiente24-27.

  1. CONCLUSÃO

Diante dos estudos revisados, pode-se concluir que a equoterapia promove efeitos positivos e significativos no desempenho motor de crianças com paralisia cerebral e que, embora haja um número expressivo de estudos produzidos recentemente, ainda se identifica a necessidade de aprimoramento em diversas questões metodológicas.

As principais dificuldades observadas se referem ao número limitado de crianças nas amostras da maior parte dos estudos, e pela falta de protocolos terapêuticos padronizados para o atendimento com a equoterapia, especialmente no que se refere ao número de sessões e instrumentos avaliativos mais adequados para avaliar o desempenho motor em crianças e adolescentes com paralisia cerebral tratadas com essa modalidade terapêutica.

Sugere-se a realização de ensaios clínicos randomizados que visem estabelecer protocolos terapêuticos na equoterapia para essa população que possam contribuir como base de conhecimento sobre essa modalidade terapêutica para a paralisia cerebral.

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