EFEITOS DA CINESIOTERAPIA NA LOMBALGIA CRÔNICA DE UM TENISTA AMADOR

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Por: MARIA LUIZA MEYER

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIVINCI, como requisito para obtenção do grau de bacharel em Fisioterapia.
Orientadora: Prof.ª. Nathana Zierhut

RESUMO: A coluna lombar é composta por vários músculos que fazem a sustentação da região lombar.
A lombalgia, atualmente, é um dos fatores mais comuns que podem levar a diminuição da capacidade funcional do dia a dia da pessoa, interferindo assim na qualidade de vida e produtividade social, pois qualquer alteração dessas musculaturas pode resultar em lesões. Os praticantes de tênis, esporte de grande esforço físico, relatam dores ou desconforto na coluna lombar, sendo assim, foi proposto um programa de exercícios cinesioterapêuticos com o objetivo de analisar os efeitos da cinesioterapia na lombalgia crônica. A pesquisa de natureza quantitativa do tipo estudo de caso foi realizada na clínica-escola do Centro Universitário Leonardo da Vinci. Para a coleta dos dados o paciente foi submetido a uma avaliação fisioterapêutica com ênfase no quadro álgico, flexibilidade e mobilidade da coluna lombar, pré e pós intervenção cinesioterapêutica. Após análise descritiva dos resultados constatou-se que houve uma diminuição da dor, aumento de amplitude de movimento e melhora na flexibilidade da coluna lombar.

Palavras-chave: Lombalgia Crônica. Cinesioterapia. Tênis. Efeitos.

SUMÁRIO


1.0 INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………………..6
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO………………………………………………………..8
2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL ………………………………..8
2.2 MUSCULATURA DA REGIÃO LOMBAR ……………………………..11
2.3 LOMBALGIA ……………………………………………………………………………11
2.4 TÊNIS……………………………………………………………………………………..13
2.4.1 História do tênis………………………………………………………………….13
2.4.2 Biomecânica do tênis…………………………………………………………..14
2.5 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA LOMBALGIA ………………..15
3.0 OBJETIVOS ……………………………………………………………………………….17
3.1 OBJETIVO GERAL …………………………………………………………………..17
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS………………………………………………………17
4.0 MÉTODOS………………………………………………………………………………….18
4.1 COMITÊ DE ÉTICA…………………………………………………………………..18
4.2 AMOSTRA ………………………………………………………………………………18
4.2.1 Critérios de inclusão ……………………………………………………………18
4.2.2 Critérios de exclusão …………………………………………………………..18
4.3 PROCEDIMENTOS…………………………………………………………………..19
4.3.1 Anamnese …………………………………………………………………………19
4.3.2 Escala Visual Analógica ……………………………………………20
4.3.3 Teste de Schober ……………………………………………………….20
4.3.4 Goniometria de membros inferiores, coluna lombar e quadril: …..21
4.3.5 Exercícios fisioterapêuticos ………………………………….22
4.4 INSTRUMENTOS……………………………………………………………………..27
4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA……………………………………………………………27
5.0 JUSTIFICATIVA ………………………………………………………………………….28
6.0 RESULTADOS……………………………………………………………………………29
7.0 DISCUSSÃO ………………………………………………………………………………33
8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ………………………………………………….36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………37
ANEXOS (S)…………………………………………………………………………………….42
APÊNDICE (S) …………………………………………………………………………………46

1.0 INTRODUÇÃO

A coluna vertebral é composta por vértebras e discos intervertebrais que juntos formam articulações resistentes, as quais absorvem impactos e permitem uma ampla mobilidade da coluna. A mesma possui curvaturas que servem de sustentação e equilíbrio para o corpo, sendo elas classificadas em: curvatura cervical e lombar, denominada lordose, e região torácica, denominada cifose. Ressalta-se, também, que para sua sustentação e mobilidade existem músculos que, quando alterados, podem ocasionar lesões dessa musculatura. (TORTORA e DERRICKSON, 2010; FLOYD, 2011).

Lombalgia – denominada dor lombar – pode ter causas específicas ou inespecíficas, sendo que, em sua maioria, as causas são inespecíficas, ou seja, quando não é identificada a causa com exatidão. Dentro das possibilidades de causas da lombalgia, destacam-se o estiramento muscular, dor miofascial ou pontos-gatilhos, entorses nas articulações facetarias lambares, síndrome de hipermobilidade, problemas na coluna vertebral relacionadas aos discos intervertebrais e disfunção da articulação sacroilíaca. (VOIGHT et al., 2014, p. 760).

O tênis é uma das modalidades olímpicas de esporte cujo reconhecimento é mundial. Os jogadores – denominados tenistas – buscam pontuar e se destacar para que possam alcançar e melhorar seu ranking na Associação de Tenistas Profissionais (ATP). Esse esporte é de alto gasto energético e consequentemente possui movimentos repetitivos, sendo necessário de um bom preparo físico, pois envolve toda a musculatura corporal. Desta forma, se não realizados os movimentos corretamente ou em caso de despreparo físico, podem ser ocasionadas dores, lesões, fraturas, contraturas e limitações de movimentos, o que pode levar à lombalgia crônica. (REDE NACIONAL DO ESPORTE, 2019). Referente a dor lombar, ela é um problema frequente de saúde na população em geral, em todas as idades. A pessoa acometida de lombalgia pode sofrer incapacidade, redução da qualidade de vida e prejuízos na capacidade de trabalho. (SITTHIPORNVORAKUL et al., 2010)

De acordo com Voight et al. (2014, p. 99), a dor é universal e sempre tem um propósito. Ela pode resultar em uma resposta rápida, para evitar qualquer lesão futura, ou em um espasmo muscular, como forma de defesa e/ou proteção.

A classificação da dor, tradicionalmente, tem sido dividida em aguda ou crônica. No caso da dor aguda, ela é experimentada quando o dano tecidual é iminente ou após a lesão ter efetivamente ocorrido. Em contrapartida, se a duração da dor for acima de seis meses, sua classificação será como crônica. Ressalta-se, também, que, recentemente, o termo “dor persistente” vem sendo utilizado para diferenciar a dor crônica que resiste à intervenção de condições, nas quais a dor contínua (persistente) é sintoma de uma condição tratável. No âmbito teórico, notase que há mais pesquisas voltadas ao estudo da dor crônica e seu tratamento, porém, na prática, o fisioterapeuta é confrontado com mais frequência com a dor aguda e persistente. (VOIGHT et al., 2014, p. 99-100).

Quanto aos exercícios terapêuticos, Kisner e Colby (2009, p. 2) explicam que são treinamentos planejados e sistemáticos de movimentos corporais, posturas ou atividades físicas com vistas a proporcionar ao paciente meios de tratar ou prevenir deficiências, melhorar, restaurar a função física, prevenir ou reduzir fatores de risco ligados à saúde e otimizar o estado de saúde geral, seu preparo físico ou sensação de bem-estar.

Este trabalho teve como objetivo principal analisar os efeitos (físicos) da cinesioterapia na lombalgia crônica de um tenista amador, a fim de melhorar a qualidade de vida na sua prática esportiva. 8

2.0 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL

Ao tratar acerca da coluna vertebral, Tortora e Derrickson (2010, p. 212-213 e 225) lecionam que ela é composta por vinte e seis vértebras, nas quais são encontrados discos intervertebrais que formam articulações resistentes, permitindo uma ampla movimentação da coluna vertebral, e que absorvem impactos, achatando-se ou alargando-se sobre compressões. Explicam, ainda, que entre as vértebras encontra-se um canal denominado “canal vertebral”, pelo qual passa a medula espinhal que irá inervar todo o corpo através de raízes nervosas. Além de envolver e proteger a medula espinhal, a coluna vertebral atua como ponto de fixação para as costelas, músculos, cintura escapular e pélvica. Suas curvaturas (Figura 1) servem de sustentação e equilíbrio corporal. Em vista anterior e posterior, a coluna vertebral parece reta, porém quando vista de perfil, apresentam pequenas curvaturas, as quais são denominadas lordose e cifose. A região cervical compreende curvatura chamada de lordose, a região torácica de cifose e a região lombar de lordose. Caso houverem alterações nessas curvaturas, suas denominações serão hiperlordose e hipercifose.

FIGURA 1 – CURVATURA DA COLUNA

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Fonte: Hamill et al. (2016, p. 270)

Acerca da coluna vertebral, Tortora e Derrickson (2010, p. 212) explicam que ela é composta por ossos e tecidos conjuntivos, e é responsável por envolver e proteger a medula espinal, a qual é composta por tecido nervoso. Os autores ainda elucidam que um homem adulto normal possui aproximadamente 71 cm de comprimento em sua coluna vertebral, ao passo que a mulher tem, em média, 61 cm.

A coluna vertebral serve de suporte para a cabeça, e, também, atua na fixação das costelas, cíngulo dos membros inferiores e músculos do dorso e dos membros superiores. Para exercer tal função, a coluna se movimenta de forma flexível e resistente, movendo-se em rotação, para frente, para trás e para os lados. (TORTORA e DERRICKSON, 2010, p. 212).

A respeito da distribuição das vértebras, Tortora e Derrickson (2010, p. 213) afirmam o seguinte:

As vértebras estão distribuídas como se segue:

  • 7 vértebras cervicais, na região cervical.
  • 12 vértebras torácicas, posteriores à cavidade torácica.
  • 5 vértebras lombares suportam a parte inferior do dorso.
  • O sacro consiste em cinco vértebras sacrais fundidas.
  • O cóccix (porque se assemelha ao bico de um cuco) normalmente consiste em quatro vértebras coccígeas fundidas.

    As vértebras cervicais, torácicas e lombares são móveis, porém, o sacro e o cóccix são fixos.

Interessante destacar que, no início do desenvolvimento da vida humana, o número total de vértebras era trinta e três. Entretanto, ao atingir a idade adulta, esse número reduz para em torno de vinte e seis vértebras, em virtude de que, ao longo da vida, diversas vértebras nas regiões coccígea e sacral se fundem. (TORTORA e DERRICKSON, 2010, p. 213).

Ainda sobre a coluna vertebral, destaca-se que esta movimenta-se em três planos: a) plano sagital: flexão e extensão; b) plano coronal ou frontal: lateralização direita e lateralização esquerda; e c) plano longitudinal: rotação ou circundação (NATOUR, 2004, p. 34). Na imagem abaixo (Figura 2) seguem os movimentos
realizados pela coluna vertebral.

FIGURA 2 – MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL

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Fonte: Natour, (2004, p. 36).

Por fim, Natour (2004, p. 35) visualiza que, do ponto de vista mecânico, a coluna vertebral pode ser conceituada “como uma viga em balanço, suportando cargas estáveis e móveis”.

2.2 MUSCULATURA DA REGIÃO LOMBAR

Em relação aos músculos que fazem parte do grupo de eretores da espinha, Floyd (2011) explica que eles são compostos pelos: a) iliocostal, o qual tem sua origem na crista ilíaca medial e inserção nas costelas posteriores de 1-12; b) longuíssimo, com a origem na crista ilíaca medial e inserção nos processos espinhosos cervicais 2-6; c) espinhal com origem no ligamento nucal e inserção segundo processo espinhoso cervical; d) músculo latíssimo do dorso, com a origem em posterior da crista ilíaca, face dorsal do sacro e processos espinhosos das vértebras lombares e torácicas; e) músculo oblíquo externo do abdome, com origem na borda da oitava costela inferior e inserção medial da crista ilíaca; f) músculo oblíquo interno do abdome, com origem na metade superior do ligamento inguinal e inserção cartilagens costais da oitava costela; g) músculo transverso do abdome com a origem no terço lateral do ligamento inguinal e inserção crista púbica; h) músculo quadrado do lombo com origem na crista ilíaca e inserção processos transversos de quatro vértebras; i) músculo multífido com origem no sacro, espinha ilíaca e processos transversos das vértebras lombares e inserção processo espinhosos.

2.3 LOMBALGIA

A dor lombar crônica pode ser considerada um problema de saúde pública no Brasil, tendo em vista que mais de 10 milhões de pessoas já se incapacitaram em decorrência de suas consequências. (SILVA e INUMARU, 2015).

Por sua vez, conceitua-se a lombalgia como distúrbio doloroso desencadeado entre a primeira e a quinta vértebra lombar do corpo humano, sendo que seus sintomas podem perdurar por mais de três meses. (SILVA e INUMARU, 2015).

Conforme Gama (2014, p. 3, apud RODRIGUES; SILVA; NASCIMENTO; PERNAMBUCO; GIANI; DANTAS, 2011), “a lombalgia é definida como um sintoma doloroso que afeta a região lombar, que pode irradiar-se uni ou bilateralmente para os membros inferiores”.

Portanto, cumpre destacar que a dor, de forma geral, tem sido classificada como aguda ou crônica. Voight et al. (2014, p. 100) explicam que a dor aguda é experimentada quando o dano tecidual é iminente, e também após a lesão ter ocorrido. Em caso de a dor ter duração acima de seis meses, sua classificação se enquadra como crônica.

Conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR, 2018), entre 65% e 80% da população mundial desenvolverá lombalgia em alguma etapa de suas vidas, sendo que 50% dos pacientes melhoram após uma semana; 45% após oito semanas e apenas 5% continuam apresentando os sintomas por mais de seis
meses ou apresentam alguma limitação.

A classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF), da Organização Mundial de Saúde, reconhece a lombalgia como sendo um acometimento que causa perda ou disfunções da estrutura da coluna vertebral, impedindo assim que a pessoa desenvolva suas atividades diárias. (HELFENSTEIN JUNIOR et al., 2010).

A lombalgia ainda pode ser classificada da seguinte forma:

[…] sob o ponto de vista do comprometimento dos tecidos como de origem muscular e ligamentar: lombalgia por fadiga da musculatura paravertebral e lombalgia por distensão muscular e ligamentar; de origem no sistema de mobilidade e estabilidade da coluna: lombalgia por torção da coluna lombar ou ritmo lombo-pélvico inadequado e lombalgia por instabilidade articular; de origem no disco intervertebral: lombalgia por protrusão intra-discal do núcleo pulposo e lombalgia por hérnia de disco intervertebral; e como predominantemente psíquica: lombalgia como uma forma de conversão psicossomática ou objetivando ganhos secundários. (HELFENSTEIN JUNIOR et al., 2010).

De acordo com Macedo (2011), a lombalgia pode ter causas específicas ou inespecíficas, sendo que, em sua maioria, as causas são inespecíficas, ou seja, quando não é identificada a causa com exatidão. A específica é quando a dor pode ser identificada, sendo por traumas, inflamações, artrite reumatoide, hérnia de disco, entre outras. Quanto à lombalgia de causa inespecífica, Lizier et al. (2012) explica que ela representa grande parte da dor referida pela população, geralmente ocorre um desequilíbrio entre a carga funcional que é o esforço exigido para realização atividade de vida diária.

Como a coluna vertebral é o principal eixo do corpo humano, ela está sendo submetida a todo instante a várias forças que atuam na mesma, podendo ser agravado por conta de mudanças de postura, o que pode comprometer a estrutura óssea do esqueleto humano. Destaca-se que as mudanças posturais podem ocasionar o desalinhamento das vértebras e que tal situação pode ocorrer com certa frequência. Desta forma, Leite et al. (2015) analisaram que a “incidência de lombalgia é cerca de 60% a 80% na população adulta em algum momento da vida, principalmente em adultos jovens na sua fase produtiva”

De acordo com Mota e Souza (2020, apud MANCIN et al., 2008) entre os fatores de risco para desenvolver a lombalgia estão, idade acima de 20 (vinte) anos, sexo feminino, obesidade, sedentarismo, tabagismo, atividades físicas em excesso e alterações anatômicas.

De modo geral, a lombalgia pode ter uma variedade de causas como estiramento muscular, dor miofascial ou pontos-gatilhos, entorses nas articulações facetarias lambares, síndrome de hipermobilidade, problemas a coluna vertebral relacionadas aos discos intervertebrais ou disfunção da articulação sacroilíaca.
Podendo a lombalgia ser uma dor referida ou irradiada. (VOIGHT et al., 2014, p. 760).

2.4 TÊNIS

2.4.1 História do tênis

Atualmente, o esporte tênis é praticado com a utilização de raquetes, sendo que, inicialmente, a prática se dava com as palmas das mãos. O tênis moderno começou no século doze, na Itália e na França, com monges praticando em pátios com delimitação de espaço de jogo. Em meados de 1896, foram inauguradas as entidades e federações, com regras descritas e utilizadas até hoje. No mesmo ano, o jogo foi estreado nos Jogos Olímpicos, e, em 2000, nos Jogos Olímpicos de Sydney/Austrália, começou-se a pontuar e se destacar levando os melhores jogadores para o ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP). (REDE NACIONAL DO ESPORTE, 2019).

2.4.2 Biomecânica do tênis

De acordo com um estudo realizado por Takahashi (2012), as principais causas para a lombalgia em tenistas são a forma inadequada do treino, pouco descanso e, “por exemplo, a hiperextensão do tronco no toss do saque (quique) e o backhand com duas mãos”.
Acerca do backhand com duas mãos, dividido em quatro fases, Takahashi (2020) explica:

Fase I – Preparação: A preparação da raquete inicia com o primeiro movimento da preparação e termina com o primeiro movimento para frente da raquete.
Fase II – Aceleração: A aceleração inicia com o movimento da raquete para frente e termina com o contato da bola.
Fase III – Pré-Complemento: O complemento inicia com o contato da bola. O pré complemento corresponde aos primeiros 25% da fase de complemento.
Fase IV – Complemento Tardio: Corresponde aos últimos 75% da fase de complemento. Termina com a finalização do golpe.

Referente ao saque, Takahashi (2020) instrui que o mesmo é dividido em seis etapas, sendo elas, sequencialmente, de preparação, pré-armação e armação tardia, aceleração, pré-complemento e complemento tardio. Em adição, o médico traz as explicações a respeito de cada uma das fases:

Fase I – Preparação: Inicia com o primeiro movimento da raquete e termina até que a bola seja liberada da mão contralateral (toss).
Fases II e III – Pré-Armação e Armação Tardia: A armação é iniciada com a liberação da bola e continua para o ponto máximo da rotação externa no ombro dominante. A fase II é a pré armação, os primeiros 75% da fase; a fase III armação tardia, os últimos 25% da fase.
Fase IV – Aceleração: A aceleração inicia com o movimento para frente do braço e continua até o contato com a bola.
Fases V e VI – Pré-Complemento e Complemento Tardio: O complemento inicia com o contato da bola e continua até a finalização do golpe. A fase V é o pré complemento, os primeiros 25% da fase e a fase VI é o complemento tardio, os últimos 75% da fase

Por último, Takahashi (2020) também traz explicações sobre o movimento corporal chamado forehand (ou direita), dividido em quatro etapas, sendo elas:

Fase I – Preparação: A preparação da raquete inicia com o primeiro movimento da preparação e termina com o primeiro movimento para frente da raquete.
Fase II – Aceleração: A aceleração inicia com o movimento da raquete para frente e termina com o contato da bola.
Fase III – Pré-Complemento: O complemento inicia com o contato da bola. O pré complemento corresponde aos primeiros 25% da fase de complemento.
Fase IV – Complemento Tardio: Corresponde aos últimos 75% da fase de complemento. Termina com a finalização do golpe.

Por fim, denota-se que os movimentos de saque, backhand e forehand são os principais executados durante uma partida de tênis, e que os diversos fatores – principalmente os biomecânicos –, tais como a biomecânica do gesto desportivo incorreto, uso excessivo de movimentos repetitivos, uso de equipamento inapropriado, piso de quadra inadequado, são capazes de influenciar em lesões nos jogadores, o que inclui a lombalgia. (FORTI e SANTOS PEREIRA, 2007).

2.5 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA LOMBALGIA

Inicialmente, é necessário mencionar a importância da fisioterapia no tratamento da lombalgia. Através dela, o fisioterapeuta irá verificar qual o tipo de lombalgia apresentada pelo paciente, podendo ser uma dor em estágio precoce ou estágio crônico. Assim, a ação do fisioterapeuta será voltada para cada tipo de dor.
(SILVEIRA et al., 2010, apud KISNER e COLBY, 1998). Para que possa aplicar um tratamento, o fisioterapeuta possui várias opções à sua disposição, “incluindo exercícios, aplicação de calor ou frio, ultrassom ou a estimulação elétrica”. (SILVEIRA et al., 2010, apud ANEMA et al., 2007). No caso da lombalgia, portanto, a aplicação de um tratamento fisioterápico é traçada individualmente, conforme cada paciente, incluindo-se, como algumas técnicas, “acupuntura, hidroterapia, eletroterapia, e os exercícios terapêuticos”.
(ARINS et al., 2016).

A respeito dos exercícios que podem ser aplicados pelo fisioterapeuta, Araujo et al. (2012) destaca que:

Sob o ponto de vista fisioterapêutico, os programas de exercícios são também prescritos para melhorar a força e as condições das estruturas de sustentação do corpo. A cinesioterapia ajuda na manutenção da postura da coluna vertebral, promove adaptações biomecânicas mais eficientes e atua na prevenção ou controle do estresse e da lombalgia, proporcionando melhor conforto para o paciente

A sequência de exercícios, focada na literatura de Kisner e Colby, teve como objetivo ajudar na diminuição do quadro álgico do paciente portador da dor lombar, propondo assim um melhor desempenho durante o jogo e, consequentemente, nas AVD’s (Atividades de Vida Diária). A respeito do tema, destaca-se a explicação de Voight et al. (2014, p. 762):

O plano de tratamento deve utilizar exercícios que o atleta consegue realizar com sucesso. De modo rápido, porém gradual, a sobrecarga deve forçar o paciente a desafiar o grupo muscular que necessita de fortalecimento. O fisioterapeuta e o paciente devem monitorar continuamente se há aumento na dor do paciente ou recorrência dos sintomas prévios. Se essas alterações ocorrerem, os exercícios deverão ser modificados, protelados ou eliminados do plano de reabilitação.

Desta forma, conforme destacado acima, buscou-se desenvolver um protocolo de exercícios voltados para o tenista acometido pela lombalgia, visando a diminuição da dor lombar e a consequente melhora no desempenho durante a prática do esporte.

3.0 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Analisar os efeitos da cinesioterapia na lombalgia crônica em um tenista amador.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Elaborar um programa de exercícios terapêuticos voltados à dor lombar;
  • Classificar a intensidade da dor, através da Escala Visual Analógica (EVA);
  • Analisar a mobilidade muscular através da goniometria;
  • Analisar a flexibilidade da coluna lombar através do Teste de Schober;
  • Comparar os resultados pré e pós cinesioterapia

4.0 MÉTODOS

Tratou-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, do tipo estudo de caso. Realizado na Clínica-Escola de Fisioterapia do Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIVINCI), localizada na Rodovia BR 280, Km 60, n°15.885, no bairro Imigrantes em Guaramirim – SC

4.1 COMITÊ DE ÉTICA

Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética Plataforma Brasil, sob o parecer de número 4.247.243, visto que à instituição de ensino (UNIVINCI) não possui seu próprio comitê.

4.2 AMOSTRA

Constituiu de 1 jogador de tênis amador, do sexo masculino, com idade de 55 anos, residente na cidade de Jaraguá do Sul – SC, o qual pratica a mencionada atividade no estabelecimento “Clube Atlético Baependi” há 35 anos.

4.2.1 Critérios de inclusão

Adulto, com faixa etária entre 35 e 55 anos, de ambos os sexos, jogador (a) amador(a) de tênis, com diagnóstico de lombalgia crônica há mais de 5 anos, não praticante de outra atividade física e que aceitasse assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A).

4.2.2 Critérios de exclusão

Menores de 18 anos, pacientes que apresentem deformidades de membros inferiores ou cirurgias prévias de coluna lombar, incapacidade de compreender questionários e que estivesse realizando outro tratamento fisioterapêutico durante a aplicação do programa.

4.3 PROCEDIMENTOS

Primeiramente, o paciente assinou um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A), por meio do qual esteve ciente de como seriam realizados os atendimentos e que poderia desistir a qualquer momento não estando satisfeito com os resultados.

Após foi realizada uma avaliação fisioterapêutica composta de anamnese (Apêndice A), avaliação da intensidade dolorosa, através da Escala Visual Analógica da Dor – EVA (Apêndice B), goniometria de membros inferiores e de coluna lombar (Apêndice C), e o Teste de Schober (Apêndice D) para analisar a flexibilidade da coluna lombar.

O programa de tratamento foi elaborado mediante a seleção de exercícios terapêuticos fundamentados e propostos por Kisner e Colby (2009).

A intervenção do programa de exercícios deu-se entre os meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020. Após a aplicação do programa, o paciente foi submetido a uma reavaliação seguindo os mesmos critérios da primeira avaliação para comparação dos resultados.

4.3.1 Anamnese

A coleta de dados do tenista foi obtida através da ficha de avaliação fisioterapêutica, sendo preenchida anteriormente ao tratamento. A mesma iniciava com os dados pessoais do paciente, exames complementares de imagem, queixa principal, história pregressa e hábitos de vida.

4.3.2 Escala Visual Analógica

Aplicou-se a escala EVA. Segundo Governo do Estado – Secretaria da Saúde (2015) “A Escala Visual Analógica (EVA) consiste em escore de aferição da intensidade de dor pelo paciente. Trata-se de uma linha reta, indicando em uma extremidade a marcação “sem dor” e, na outra, “pior dor possível”. Para utilizar a EVA, deve-se questionar o paciente quanto ao seu grau de dor, sendo que 0 (zero) significa ausência total e 10 (dez) o nível de dor máxima suportável pelo paciente.

4.3.3 Teste de Schober

O Teste de Schober foi usado como complemento para analisar a flexibilidade da coluna lombar e também para verificar a limitação de movimento da mesma. Para realizar o teste, o paciente ficou em posição ortostática (em pé), e foi marcado um ponto entre as espinhas ilíacas póstero-superiores a nível S2 da coluna vertebral (Figura 3) e com a ajuda de uma fita métrica foi marcado outro ponto 10 cm acima da marcação inicial (Figura 4). A distância entre os dois pontos foi reavaliada na flexão do tronco do paciente (Figura 5). Um aumento de 5 cm do valor anterior, é estimado como um comprimento muscular excessivo. (MAGEE, 2005).

FIGURA 3 – PONTO ENTRE ESPINHAS ILÍACAS PÓSTERO-SUPERIORES DE NÍVEL S2

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Fonte: Elaborada pela autora (2020).

FIGURA 4 – MARCAÇÃO 10 CM ACIMA

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Fonte: Elaborada pela autora (2020).

FIGURA 5 – DISTÂNCIA ENTRE AS MARCAÇÕES

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Fonte: Elaborada pela autora (2020).

4.3.4 Goniometria de membros inferiores, coluna lombar e quadril:

O goniômetro é um instrumento composto por um transferidor de 360 graus e com duas hastes, as quais podem ser longas ou curtas, sendo que uma delas permanece imóvel (barra fixa) e a outra é alinhada em um ponto de referência no membro a ser avaliado. (FREITAS, 2003, p. 18 apud QUEIROGA, 2005, p. 202).
Carneiro et al. (2018) comenta que a “goniometria é a mensuração da mobilidade total de uma articulação específica.”

Segundo Marques (2014, p. 1), em sua literatura:

O goniômetro apresenta algumas vantagens: é um instrumento barato, de fácil manuseio e que permite que as medidas sejam tomadas rapidamente.
A precisão da média é influenciada pela qualidade do goniômetro, […] pelas diferentes articulações a serem medidas, pelo procedimento utilizado, pelas diferentes patologias […] e pela utilização do movimento passivo ou ativo durante a realização da goniometria. […] A goniometria é uma parte importante da avaliação das articulações e dos tecidos moles que as envolvem. Uma avaliação completa começa por uma entrevista do indivíduo, a fim de obter informações relevantes sobre história clínica anterior, sintomas, habilidades funcionais, atividades ocupacionais e recreacionais.

É importante ressaltar que o goniômetro é um instrumento utilizado em diversas áreas da saúde, sendo bastante utilizado por fisioterapeutas na avaliação da amplitude do movimento e variação da articulação.
Para este estudo utilizou-se a goniometria para avaliação da flexibilidade das articulações de membros inferiores (quadril, joelho e tornozelo) e da coluna lombar. Utilizando-se como referência os valores propostos por Marques. (2014).

4.3.5 Exercícios fisioterapêuticos

Foi realizado um programa de exercícios fisioterapêuticos com enfoque na dor e flexibilidade do paciente. A aplicação do programa de exercícios ocorreu 3 (três) vezes na semana, em um período de 2 (dois) meses, com início em dezembro de 2019 e término no mês de janeiro do ano de 2020.
A padronização de exercícios, assim como a duração, a frequência e o tempo de avaliação são circunstâncias necessárias para diminuir os riscos de interpretações errôneas. (LIZIER et al., 2012).
No total, foram realizadas 22 (vinte e duas) sessões, sendo que a primeira e a última sessão constaram da avaliação fisioterapêutica pré e pós intervenção respectivamente. Cada sessão tinha duração de 30 a 40 minutos.
Abaixo seguem os exercícios propostos por Kisner e Colby (2009) que fizeram parte do programa de tratamento.
1º) Alongamento assistido para aumentar a flexão lombar: paciente sentado com as pernas cruzadas (buda), colocará as mãos atrás do pescoço, aduzirá as escápulas e estenderá a coluna torácica, com isso travará as vértebras torácicas.
Depois o paciente inclinará o tórax para frente sobre a pelve, flexionando apenas na coluna lombar. O fisioterapeuta estabilizará a pelve tracionando para trás as espinhas ilíacas ântero-superiores. O exercício foi realizado em 3 séries permanecendo por 30 segundos. (Figura 6).

FIGURA 6 – ALONGAMENTO DA COLUNA LOMBAR COM O PACIENTE
ESTABILIZANDO O TÓRAX EM EXTENSÃO E O FISIOTERAPEUTA
ESTABILIZANDO A PELVE.

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Fonte: Kisner e Colby (2009, p. 468).

2º) Alongamento ativo dos músculos eretores da espinha e extensores para aumentar a mobilidade lombar: paciente em decúbito dorsal com joelhos fletidos e pés juntos. Primeiro, o paciente trará um joelho e depois o outro em direção ao tórax, unirá as mãos ao redor das coxas e tracionará para o tórax, elevando o sacro da maca. Paciente não deve segurar ao redor da tíbia, pois tensionará as articulações do joelho à medida que a força de alongamento será aplicada. O exercício foi realizado em 3 repetições permanecendo por 30 segundos. (Figura 7).

FIGURA 7 – ALONGAMENTO DOS MÚSCULOS ERETORES DA ESPINHA
LOMBARES E TECIDOS POSTERIORES DA COLUNA.

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Fonte: Kisner e Colby (2009, p. 468).

3º) Alongamento para ganho de flexão lateral da coluna: paciente em decúbito ventral e fisioterapeuta estabilizará a crista ilíaca manualmente no lado da concavidade. O paciente estenderá a mão em direção ao joelho com o braço no lado convexo da curva enquanto estende o braço oposto acima da cabeça. O paciente inspirará e expandirá a caixa torácica no lado que está sendo alongado. O exercício foi realizado em 3 repetições permanecendo por 30 segundos. (Figura 8).

FIGURA 8 – ALONGAMENTO DE ESTRUTURAS HIPOMÓVEIS NO LADO
CÔNCAVO DA CURVATURA TORÁCICA.

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Fonte: Kisner e Colby (2009, p. 469).

4º) Alongamento para ganho de extensão lombar: paciente em decúbito ventral com as mãos colocadas embaixo dos ombros, estenderá os cotovelos e levantará o tórax do colchonete, realizando uma flexão de braço em decúbito ventral, mantendo a pelve embaixo. Este exercício também alongará os músculos flexores do quadril e os tecidos moles anteriores do quadril. O exercício foi realizado em 3 repetições de 30 segundos. (Figura 9).

FIGURA 9 – ALONGAMENTO DOS TECIDOS MOLES ANTERIORES DA
COLUNA LOMBAR E ARTICULAÇÕES DOS QUADRIS COM O PACIENTE EM
DECÚBITO VENTRAL.

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Fonte: Kisner e Colby (2009, p. 469).

5º) Estabilização lombar básica com carga progressiva dos membros, em ênfase nos músculos extensores do tronco e lombares: paciente na posição de quadrupedia e posição neutra da coluna lombar e cervical, mantendo os olhos focados no solo. Fará a manobra de “encolher a barriga”, ou seja, contração abdominal, e realizará movimento com os membros. Primeiramente, o paciente elevará um dos membros superiores e fará 4 séries de 15 repetições cada membro. Depois, estenderá somente os membros inferiores também em séries de 15 repetições cada membro, para assim o paciente obter um ganho de equilíbrio e conseguir realizar o último exercício da série, que será a elevação de um dos membros superiores juntamente com o outro membro inferior contralateral, permanecendo na posição isométrica em 4 séries de 30 segundos. (Figura 10).

FIGURA 10 – FORTALECIMENTO COM ESTABILIZAÇÃO DE CARGA DOS
PRÓPRIOS MEMBROS PARA PROGRESSÃO DA ESTABILIZAÇÃO BÁSICA
DOS MÚSCULOS EXTENSORES DO TRONCO E LOMBARES.

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Fonte: Kisner e Colby (2009, p. 483).

6º) Fortalecimento dos músculos abdominais e tronco: paciente em decúbito dorsal, realiza flexão de joelho mantendo os pés apoiados ao chão e coluna lombar em posição neutra. O paciente realizará a contração abdominal – “encolher a barriga” – para estabilização dos músculos abdominais e assim elevar a cabeça e
ombros até que as escápulas e o tórax se distanciem do chão, mantendo os braços na horizontal e na lateral do corpo ou cruzando os braços na altura do peito. Se necessário alguma pessoa poderá ajudar a fixar os pés no chão. O exercício foi realizado em 4 séries de 15 repetições. (Figura 11).

FIGURA 11 – FLEXÃO DE TRONCO PARA FORTALECIMENTO DOS
MÚSCULOS ABDOMINAIS, TÓRAX É FLETIDO EM DIREÇÃO AO JOELHO.

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Fonte: Kisner e Colby (2009, p. 489).

7º) Fortalecimento isométrico de tronco e extensores do quadril: paciente em decúbito ventral, fará extensão dos membros superiores juntamente com os membros inferiores, mantendo o abdômen contraído e apoiado no colchonete. O exercício foi realizado em 4 séries até a máxima do paciente. (Figura 12).

FIGURA 12 – FORTALECIMENTO DO TRONCO E EXTENSORES DO QUADRIL
LEVANTANDO O TRONCO E PERNAS SIMULTANEAMENTE.

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Fonte: Kisner e Colby (2009, p. 492).

4.4 INSTRUMENTOS

Goniômetro (Riber Médica), fita métrica (HI Etiquetas) e colchonete (Hidrolight).

4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os resultados obtidos foram analisados através da estatística descritiva e representados em forma de tabelas.

5.0 JUSTIFICATIVA

A dor lombar é atualmente uma patologia bastante comum, a qual pode causar limitações de movimentos, sendo sua ocorrência frequente em todas as faixas etárias, independentemente de classe social e econômica. É notório que sua origem pode se dar por conta de diversos fatores e que, quando instalada, acaba influenciando os indivíduos nas suas atividades de vida diária.
Diante do fato de que muitas pessoas convivem com a dor lombar por longos períodos, elas acabam mantendo suas atividades cotidianas, incluindo a prática esportiva. O despreparo físico e a falta de orientações quanto aos movimentos adequados para determinado esporte podem de certa forma, intensificar os sintomas provenientes da coluna lombar.
Em busca de alternativas para o tratamento da dor lombar podemos destacar os exercícios terapêuticos. Eles podem auxiliar a amenizar os sintomas da patologia, ajudando na postura, na sustentação da coluna vertebral, no alongamento e fortalecimento dos músculos acometidos, e consequentemente, trazer benefícios nas atividades cotidianas do paciente.
Perante disto, este estudo buscou realizar uma intervenção fisioterapêutica baseada em exercícios terapêuticos em um tenista amador portador de lombalgia crônica, com o objetivo de analisar os efeitos da cinesioterapia e compará-los pré e pós-intervenção.

6.0 RESULTADOS

Esta pesquisa foi realizada com a amostra de um paciente do sexo masculino com idade de 55 anos, com diagnóstico clínico de lombalgia crônica.
A análise de dados deu-se de forma descritiva, diante de comparações entre a avaliação e reavaliação, sendo observados os resultados referentes a dor, mobilidade de membros inferiores e flexibilidade da coluna lombar. Essa análise foi apresentada em formato de relato de caso, os dados quantitativos foram analisados através da estatística descritiva e representados em forma de tabelas.
Para mensurar os resultados da pesquisa, utilizaram-se os seguintes métodos: a Escala Visual Analógica (EVA) – para avaliação da intensidade da dor –, a goniometria de membros inferiores, coluna lombar e quadril – para mensuração de amplitude de movimento – e o Teste de Schober – para analisar a flexibilidade da coluna lombar.
Primeiramente, na tabela 1 observa-se o resultado obtido antes e depois da aplicação da EVA.

TABELA 1 – APLICAÇÃO DA EVA ANTES E DEPOIS

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Observa-se, na tabela 1, que houve uma melhora na intensidade da dor do paciente, de 6 pontos, classificada como dor moderada, antes de iniciar o tratamento, e após aplicação do programa de exercícios fisioterapêuticos foi para 1 ponto, classificada como dor leve, no término das sessões.

TABELA 2 – GONIOMETRIA DA COLUNA LOMBAR ANTES E DEPOIS

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Como visto, na tabela 2, verifica-se que houve uma melhora no movimento de flexão, de 62º para 68º, e no movimento de extensão, de 25º para 30º. Houve diminuição no movimento de flexão lateral direita, de 38º para 28º, e na flexão lateral esquerda, de 39º para 30º. Nos movimentos de rotações permaneceram iguais.

TABELA 3 – GONIOMETRIA DO QUADRIL ANTES E DEPOIS

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Nota-se, na tabela 3, que houve uma melhora na flexão direita, de 110º foi para 116º, e na flexão esquerda, de 110º para 113º. Na extensão houve melhora em 31 ambos os lados, o direito de 5º foi para 12º e o esquerdo de 7º foi para 12º. No movimento de adução de quadril também houve melhoras em ambos os lados, no direito de 14º foi para 20º e o esquerdo de 13º foi para 19º. No movimento de abdução de quadril, ainda com melhoria, o lado direito foi de 45º para 46º e o lado esquerdo de 35º foi para 48º. Na rotação interna também houve aumento, o lado direito de 22º foi para 30º e o lado esquerdo de 15º foi para 35º. Na rotação externa, aumento do lado direito de 25º para 30º e o lado esquerdo de 20º para 30º Observou-se que na tabela 3, correspondente aos movimentos do quadril, tivemos melhora de amplitude de movimento para todos os movimentos do quadril.

TABELA 4 – GONIOMETRIA DO JOELHO ANTES E DEPOIS

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Na tabela 4, nota-se que a flexão do joelho direito houve uma diminuição de 129º para 128º e na flexão esquerda houve uma melhora de 132º para 134º. No movimento de extensão do joelho direito e esquerdo permaneceram iguais.

TABELA 5 – GONIOMETRIA DO TORNOZELO ANTES E DEPOIS

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Nesta tabela 5, no movimento de flexão/flexão dorsal houve uma diminuição em ambos os lados, no lado direito de 20º foi para 12º e no lado esquerdo de 19º foi para 10º. Na extensão/flexão plantar também foram resultados menores que os anteriores, o lado direito foi de 45º para 44º e o lado esquerdo foi de 44º para 22º.
Na adução/inversão em lado direito permaneceram os mesmos resultados, 20º e o lado esquerdo de 20º foi para 22º. Na abdução/eversão houve melhoras, no lado direito de 19º foi para 20º e o lado esquerdo de 21º foi para 32º.
Em resumo, na tabela 5, obteve-se mais resultados de diminuição de ADM do que resultados com ganho de ADM nos movimentos do tornozelo.
Na sequência, tabela 6, apresentam-se os resultados alcançados da avaliação da flexibilidade da coluna lombar, através do método do Teste de Schober.

TABELA 6 – APLICAÇÃO DO TESTE DE SCHOBER ANTES E DEPOIS

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Na tabela acima, obteve-se uma evolução de flexibilidade da coluna lombar do paciente, de início com 16 cm e término com 18 cm.

7.0 DISCUSSÃO

Em uma pesquisa realizada em 2010, por França et al., constatou-se que a lombalgia afeta mais de 50% da população em geral, sendo definida como uma dor nas costas que dura mais de doze semanas. Também foi verificado que mais de 70% dos adultos tiveram, ao menos uma vez, um caso de lombalgia durante sua vida. Notou-se que, na maioria dos casos, a lombalgia ocorre em adultos jovens economicamente ativos, bem como consta como o segundo motivo mais comum no caso de faltas no trabalho.

Segundo Pires e Sousa (2012, apud Velloso, 2004; Almeida et al., 2008) alguns dos fatores mais comuns que geram lombalgia são o sedentarismo, a obesidade, o transporte de objetos pesados e a postura inadequada – fatores estes bastante recorrentes no cotidiano de várias pessoas atualmente.

Assim sendo, surgem algumas alternativas aos portadores de lombalgia, que vão desde a prática de exercícios físicos até sessões de fisioterapia.

A respeito, Guedes et al. (2010, apud Cohen; Abdalla, 2003) explica que os indivíduos que realizam exercícios físicos alcançam inúmeros benefícios para a saúde. Guedes afirma que o tênis é uma das modalidades esportivas que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, e que isso pode ter ocorrido em razão da eficiência da prática do esporte e do destaque que o tênis recebe pela mídia. Contudo, o autor ressalta que a prática constante do esporte, expondo o tenista a traumas e esforços, pode acarretar agressões ao organismo, ou seja, vários tipos de lesões, tanto em atletas competitivos quanto em amadores.

Na pesquisa de Nowotny (2019), os resultados indicaram que os atletas com a dor lombar crônica apresentaram pior equilíbrio postural do que atletas sem dor, e a condição de avaliação com a postura do joelho em flexão de 30º contribuiu para maior instabilidade postural do que de postura com joelho em extensão. O estudo envolveu a criação de um protocolo de avaliação e intervenção em atletas com dor lombar crônica. Observa-se que não utilizou métodos semelhantes à presente pesquisa, aproximando-se apenas quanto à temática (lombalgia em atletas) e quanto ao protocolo de intervenção específica. A pesquisa tinha como objetivo buscar a relação entre a lombalgia e o equilíbrio postural dos atletas. Desta forma, nota-se que a metodologia por ele utilizada foi capaz de mensurar seus resultados de forma hábil, verificando que a dor lombar crônica contribui para um pior equilíbrio postural de atletas.

Aguiar et al. (2018) realizou um artigo intitulado “efeito de um protocolo fisioterapêutico em pacientes com lombalgia crônica”, envolvendo 20 pacientes, sendo que um grupo realizou a fisioterapia convencional e, o outro grupo, fisioterapia convencional associada à terapia manual. Analisou-se o efeito de um protocolo fisioterapêutico manual em pacientes com lombalgia crônica e, para isso, utilizou-se a Escala Visual Analógica, goniômetro e ficha de avaliação. O resultado em ambos os grupos apresentou, de forma geral, melhora, entretanto, quanto à amplitude de movimento não se observou grandes resultados. Também percebeu que, em pacientes que realizaram a fisioterapia convencional junto a terapia manual, foi observada maior eficiência no quadro álgico. Embora não tenha sido realizado em tenistas amadores, utilizou-se de métodos semelhantes aos da presente pesquisa, quais sejam: Escala Visual Analógica, goniômetro e ficha de avaliação. Neste sentido, pôde-se perceber que tais métodos foram suficientes para avaliar o resultado obtido, tendo os pacientes apresentado melhora, de modo geral, tanto no caso de fisioterapia convencional isolada quanto no caso da convencional aliada à terapia manual.

Já no ano de 2014, Cruz Neto et al. desenvolveu um estudo com o tema “estudo da força, flexibilidade, resistência e postura em tenistas com lombalgia”, envolvendo 10 tenistas de sexo masculino. O resultado encontrado foi que os tenistas apresentaram encurtamento dos flexores uniarticulares e biarticulares do quadril e isquiotibiais, demonstrando uma maior significância estatística para os flexores de quadril uniarticulares. Também verificou uma possível relação entre o encurtamento e as alterações no ângulo pélvico e lombar. Entretanto, não foi possível estabelecer correlações diretas entre a flexibilidade, alterações posturais, força e resistência muscular nos tenistas.

Um estudo intitulado “efeito de um programa cinesioterapêutico de grupo, aliado à escola de postura, na lombalgia crônica” foi realizado por Korelo et al. (2013), e envolveu 24 indivíduos, de ambos os gêneros, que apresentavam dor lombar. Aplicou-se um programa de cinesioterapia e de educação postural, avaliação da dor com a Escala Visual Analógica e capacidade funcional com o 35 questionário de Rolland Morris. O resultado obtido foi que a intervenção terapêutica no grupo de cinesioterapia e Escola de Postura possibilitou a diminuição do quadro álgico e a melhora da capacidade funcional dos pacientes. Neste ponto, portanto, assemelha-se à presente pesquisa, visto que, após intervenção fisioterapêutica em um tenista amador, obteve-se resultados positivos com diminuição no quadro álgico do paciente.

Lizier et al. (2012) realizou um artigo cuja matéria tratou de “exercícios para tratamento de lombalgia inespecífica”, envolvendo uma revisão de literatura sobre os exercícios para tratamento da dor. O resultado obtido foi que os exercícios terapêuticos são bastante controversos, sendo que a modalidade de exercício de tratamento conservativo é a mais usada no mundo todo e, não sendo feita de forma correta, pode ser prejudicial à saúde.

Dez anos atrás, Chertman et al. (2010) desenvolveu um artigo com o tema “estudo comparativo do arco de movimento da coluna lombar em indivíduos praticantes e não praticantes de esporte”, envolvendo 50 indivíduos que praticam esporte e 50 que não praticam, utilizando a goniometria como método avaliativo. A comparação realizada na pesquisa obteve como resultado valores elevados na flexão de tronco dos indivíduos que praticam esporte. Informação esta que comprova os dados desta pesquisa, sendo que o paciente avaliado também obteve melhora na mobilidade e flexibilidade de sua coluna lombar, o que foi verificado pela goniometria e pelo Teste de Schober.

Por se tratar de um sintoma comum entre as pessoas, a intervenção fisioterapêutica pode ser tanto de forma curativa como preventiva. Almeida (2010) ressalta a importância da presença de um fisioterapeuta no acompanhamento dos exercícios, pois entende que o profissional, mesmo tendo vários recursos à sua disposição, atuará, na maioria das vezes, por meio de “um tratamento conservador que inclui a […] cinesioterapia por meio de um programa de exercícios que visam melhorar o condicionamento muscular, o alinhamento postural, relaxamento e o alívio sintomático da dor”.

8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando-se os resultados obtidos nesta pesquisa, nota-se que a lombalgia crônica pode acometer atletas amadores, que não possuem preparo físico ou, ainda, que exercem o esporte de forma inadequada.

Após a aplicação dos exercícios, pôde-se concluir que houve diminuição significativa do quadro álgico, através da Escala Visual Analógica, e melhora da flexibilidade da coluna lombar, avaliada através do Teste de Schober. Com relação a mobilidade para os movimentos do quadril e coluna lombar houveram melhora, porém para os movimentos de joelho e tornozelo não foram apresentados melhora, havendo até diminuição da mobilidade de flexão de ambos os membros.

Entretanto, é necessário ressaltar que as técnicas utilizadas nesta pesquisa foram feitas com base nas peculiaridades do paciente estudado, uma vez que as ações fisioterapêuticas devem ser realizadas conforme cada caso.

Além disso, destaca-se que não foram encontrados na literatura, até a presente data, estudos envolvendo lombalgia crônica em tenistas amadores e que, da mesma forma, não foram encontradas pesquisas que desvalidassem o resultado obtido ou que provassem que os métodos aqui utilizados foram ineficazes.

Por fim, aconselham-se mais estudos referentes ao tema, utilizando-se uma amostra maior de atletas amadores com lombalgia, por um período maior de tratamento, a fim de proporcionar resultados mais concretos quanto à aplicação da cinesioterapia em casos de dor lombar.

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SITTHIPORNVORAKUL, Ekalak. et al. The association between physical activity and neck and low back pain: a systematic review. European Spine Journal. [s.I.], v. 20, p. 677-689, 27 nov. 2010. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00586-010-1630-4. Acesso em: 16 out. 2019.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA (São Paulo). Lombalgia. 2018. Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/. Acesso em: 21 jun. 2019.

TAKAHASHI, RICARDO. Backhand. 2020. Disponível em:
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TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípio de Anatomia e Fisiologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1228 f.

VOIGHT, Michael L. et al. Técnicas de exercícios terapêuticos: estratégias de intervenção musculoesquelética. 1. ed. Barueri: Manole, 2014. 928 f.

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Eu, participante da pesquisa, abaixo assinado (a), concordo de livre e espontânea vontade em participar como voluntário (a) do projeto de pesquisa acima identificado. Discuti com o pesquisador responsável sobre a minha decisão em participar e estou ciente de que:

  1. O(s) objetivo(s) desta pesquisa é analisar os efeitos da cinesioterapia na lombalgia crônica de um tenista amador.
  2. O procedimento para a coleta de dados será através de uma ficha de avaliação fisioterapêutica, contendo dados pessoais, anamnese, avaliação da intensidade dolorosa, goniometria dos membros inferiores e coluna lombar e também o Teste de Schober.
  3. Os benefícios esperados são: Beneficiar o tratamento dos portadores de Lombalgia Crônica com a cinesioterapia e facilitar o entendimento dos recursos cinesioterapêuticos para o tratamento da Lombalgia Crônica.
  4. Os exercícios que serão propostos neste estudo não causarão nenhum tipo de desconforto intencional e nem oferecerão nenhum risco para o participante. Se
    porventura ele sentir-se em alguma situação de risco, poderá’ ficar à vontade para deixar a pesquisa.
  5. A minha participação neste estudo tem como o objetivo servir de sujeito amostral, paciente atendido na própria residência, de maneira que a pesquisadora possa verificar a satisfação e traçar o perfil do paciente. Estou ciente de que posso participar de uma pesquisa de satisfação.
  6. A minha participação é isenta de despesas, ou seja, não precisarei pagar nada para participar, e tenho ciência de que não serei remunerado(a) pela minha participação na pesquisa.
  7. Tenho a liberdade de desistir ou de interromper a colaboração nesta pesquisa a qualquer momento/no momento em que desejar, sem necessidade de qualquer explicação.
  8. A minha desistência não causará nenhum prejuízo à minha saúde ou bem-estar físico, social, psicológico, emocional, espiritual e cultural. Minha desistência interferirá no andamento do estudo e também afetará os resultados que possam ver a ser encontrados.
  9. Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo, mas concordo que sejam divulgados os resultados da pesquisa em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejam mencionados.
  10. Poderei consultar o pesquisador responsável (acima identificado) sempre que entender necessário obter informações ou esclarecimentos sobre o projeto
    de pesquisa e minha participação na pesquisa.
  11. Tenho a garantia de tomar conhecimento, pessoalmente, do(s) resultado(s) parcial(is) e final(is) desta pesquisa.
  12. Autorizo a gravação em áudio e/ou vídeo do conteúdo das sessões de avaliação e tratamento, sabendo que estes vídeos poderão ser apresentados,
    sem identificação do meu rosto, na defesa do trabalho de conclusão de curso dos pesquisadores envolvidos e em possíveis apresentações em congressos
    nacionais ou internacionais.
  13. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética na pesquisa em seres humanos do Centro Universitário – Univinci – Guaramirim.
    Declaro que obtive todas as informações necessárias e esclarecimentos quanto às dúvidas por mim apresentadas e, por estar de acordo, assino o presente
    documento em duas vias de igual teor (conteúdo) e forma, ficando uma delas em minha posse.

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