REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7149672
Autora:
Edith Vieira Vanni Penhavel Marmos
RESUMO
A origem histórica do debate sobre a educação integrada no Brasil, embora não exclusivamente, decorre dos ideais democráticos do educador Anísio Teixeira, fundador da escola Parques, em meados do século passado. Tem como metodologia a pesquisa básica, e será uma pesquisa bibliográfica visando que é primordial na construção da pesquisa científica, uma vez que nos permite conhecer melhor o fenômeno em estudo. Este artigo tem como objetivo geral compreender a importância da educação integral. Assim, ao longo deste trabalho apontamos que a educação integral não se controla a uma abordagem mais recente; é necessário entender a sua história para melhor compreender a sua extensão significante e política. Essa referência é necessária porque a educação integral em tempo integral só será bem sucedida se for levada em conta a perspectiva sócio-histórica da palavra.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Integral. Desenvolvimento Humano. Formação geral.
1. INTRODUÇÃO
A origem histórica do debate sobre a educação integrada no Brasil, embora não exclusivamente, decorre dos ideais democráticos do educador Anísio Teixeira, fundador da escola Parques, em meados do século passado. Na década de 1990, foi promulgada com força legal na lei de Diretrizes e infraestruturas Nacionais de Educação (LDBN/1996).
O texto apresenta um aumento gradual do número de dias letivos em direção à modalidade presencial e foca em iniciativas extracurriculares e avaliações. Relação entre educação e vida social.
Este artigo é resultado de reflexões sobre a educação integrada deflagradas durante nossas vivências em ambientes acadêmicos e escolares, em que buscamos compreender essa perspectiva de expansão do tempo como forma de alcançar uma formulação mais abrangente, humanizada e integrada do sujeito-aluno. Nesse contexto, imaginamos na possibilidade de um estudo que esclareça essas inquietações e expetativas por meio de uma abordagem teórica ao tema da educação integrada.
Com base no objetivo deste estudo, compreendemos que este trabalho nos ajudará a entender melhor os significados da educação integral e por que muitas vezes ela está conectada à formação integral em tempo integral e/ou defesa social. A posição foi testada nos estudos de Teixeira (2007), Paro (2009a), Gadotti (2009) e Carvalho (2006), o que reforça a asserção de que estudos integrados precisam de pesquisas mais profundos para determinar as probabilidades do estudo. conflitos de termos, nomenclatura.
Tem como metodologia a pesquisa básica, e será uma pesquisa bibliográfica visando que é primordial na construção da pesquisa científica, uma vez que nos permite conhecer melhor o fenômeno em estudo. Os instrumentos que são utilizados na realização da pesquisa bibliográfica são: livros, artigos científicos, teses, dissertações, anuários, revistas, leis e outros tipos de fontes escritas que já foram publicados.
Este artigo tem como objetivo geral compreender a importância da educação integral e como objetivos específicos comentar sobre pensamentos sobre a educação integral: concepção sócio-histórica e contemporânea, analisar os princípios e concepções da Educação Integral e compreender tempos e espaços da educação integral.
Diante disso, executamos um estudo de revisão integrativa histórica e social. com foco no problema da formação multidimensional de uma pessoa. Propomos também as características da educação brasileira até chegamos à visão contemporânea do conceito que decorre principalmente políticas públicas de tempo integral, quando esse conceito educacional adquire outras dimensões significantes, a integral / proteção social. Para discutir a educação integral como uma das categorias deste estudo, dialogamos com autores que discutem o tema de forma contemporânea e outros que convivem com o debate histórico.
2. DESENVOLVIMENTO
No Brasil, na primeira metade do século XX, vivenciamos um avanço significante em prol da educação integrada, tanto no pensamento quanto na ação educativa de católicos, anarquistas, fundamentalistas e educadores, como Anísio Teixeira, que defendeu e procurou estabelecer isto. instituições de ensino em que esse conceito viveu. No entanto, deve-se notar que se tratava de propostas e testes de matrizes ideológicas muito diversas e às vezes até contraditórias.
Ampliando o alcance a relação entre tempo, espaço e educação integrada talvez seja uma das mais controversos quando se discute esse conceito de educação. Quando o relacionamento tem uma natureza conflitante existem vários representantes sociais que podem interagir com a área escolar nas relações diárias de trabalho e nas representações que ocorrem nessas conexões.
Portanto, quando se fala em educação integrada, deve-se prever a questão das variáveis temporais em relação ao prolongamento da jornada escolar e do espaço em relação às áreas onde cada escola está localizada. São tempos e espaços escolares reconhecidos, graças à vivência de novas chances de sabedoria, de reapropriação pedagógica de espaços de sociabilidade e diálogo com o grupo local, regional e global.
Vários estudos que tratam da variedade da educação baseiam-se nessa relação entre tempo e lugar da educação. Para alguns, a extensão da jornada escolar pode multiplicar essa qualidade (Kerstenetzky, 2006); para outros, a extensão da jornada escolar, por si só, não assegurar-se um aumento qualitativo da educação mas acarreta essa possibilidade potencial (Cavalieri, 2002), ou seja, “se essa extensão não aderir ao conceito de intensidade, passível de se traduzir em uma conjunção qualitativa de trabalhos pedagógicos” (Coelho, 1997, p. 201), será inútil apertar a corda do tempo: não necessariamente redimensionará esse espaço. E nesse contexto, a educação Integral emerge como uma perspectiva adequada de redesenhar tempos e espaços escolares.
2.1 PENSAMENTOS SOBRE A EDUCAÇÃO INTEGRAL: CONCEPÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA E CONTEMPORÂNEA
No Brasil, fala-se muito hoje em dia sobre educação global, principalmente quando o tema está relacionado à política educacional de alargamento da jornada escolar. Por vezes, deparamo-nos com os conceitos de educação e emprego a tempo inteiro tratados quase como sinónimos. Outras vezes, olhamos o vocábulo associado à ideia de mais tempo / mais eficiência no ensino o que nos leva a pensar em melhorar a integração das atividades / conteúdos escolares para uma formação humana mais completa. Esse termo, entendido em termos de política social, ainda pode ser cabido como proteção social quando o estandarte do pleno emprego é levantada (CARVALHO, 2006; CAVALIERE, 2007; PARO, 2009a).
Diante dessas diferentes abordagens, consideramos importante apontar as implicações da utilização do conceito de educação integrada neste artigo. Assim Maurício (2009a, p. 54-55) a define como:
A educação integral aprecia a pessoa como um todo e não como um ser fragmentado, por exemplo, entre o corpo e o intelectual. Essa honestidade é construída com diferentes discursos em diferentes atividades e situações. desenvolvimentos emocionais, cognitivos, físicos, sociais e outros ocorrem simultaneamente.
A partir desse ponto de vista, este artigo destaca dois conceitos de educação integrativa: um conceito sócio-histórico que tem como foco a formação da pessoa e um conceito moderno em que esse vocábulo assume outras extensões importantes. tema de proteção social.
Na investigação científica dedicada ao estudo do conceito de educação integrada. Descobrimos que existe em vários pontos. na história da educação e formação de uma pessoa. Basicamente, este termo refere-se ao desenvolvimento de um processo educacional que pensa nas pessoas em todas as dimensões – cognitiva, estética, ética, física, social, emocional, ou seja, trata-se de pensar uma educação que possibilita a cânfora dos discípulos humanos em todos os aspectos. Consequentemente, como argumenta Paro (2009a, p. 17),
[…] O conceito de humano não se restringe ao seu corpo, inclui aquilo que o homem faz, aquilo que ele produz, e é assim que ele faz história, que ele produz a sua vida. É assim que nos tornamos figuras históricas. Em outras palavras, é um tópico. E como sujeito, não construímos apenas entendimento e conhecimento, mas também valores, filosofia, ciência, arte, direito e muito mais. Em outras palavras tornar-se história construtor de cultura.
Ao tentar entender o conceito mais sócio-histórico de formação integrativa, observei que essa análise estava diretamente relacionada à educação integrativa e vai além do conhecimento que as pessoas têm deles como animais multidimensionais. Daí Guara (2006, p. 16) adicionou:
O conceito de educação envolve educação holística. Retenha o assunto no centro das questões e inquietações do estudo. O pensamento filosófico de uma pessoa holística é reforçado ao enfatizar a necessidade de uma pessoa holística por suas capacitâncias intelectuais, emocionais, físicas e espirituais, e economizar é a principal tarefa no estudo da composição de uma pessoa que inclui seu número total. Na perspectiva de entender o humano como um ser multidimensional, a formação deve reagir a uma multiplicidade de exigências do indivíduo e do contexto em que vive. Assim, a educação integrada deve ter como objetivo a construção de relações na direção do aperfeiçoamento humanitário.
Vê-se que o conceito de educação integrada e integral, que pode recontar com a contribuição de outras áreas sociais e organizações da sociedade civil: essas medidas devem ser ampla discussão da comunidade escolar, cujos posicionamentos são em si assumidos pela instituição de ensino que deve ser exposto em seu programa político-pedagógico.
Cavaliere (2010b, p. 8)ao introduzir a proposta nacional de administração escolar, levanta alguns questionamentos sobre a implementação dessa ideia na perspectiva da ampliação do tempo, realçando principalmente a integração do instituto e seu entorno, conforme destacado a seguir.
As dificuldades residem no fato de que a integração da escola ao meio envolvente depende, em grande parte, de comunidades populares localizadas em regiões geralmente pobres, que não dispõem de recursos e meios urbanos, sejam públicos ou privados, o que torna necessária a busca de novos espaços. e parceiros socioeducativos que possam irrigar a escola e conectá-la à vida da comunidade são, por vezes, uma dificuldade inevitável.
Resumindo a discussão podemos dizer que o conceito de educação integrada salientado neste estudo está associado a duas possibilidades: sócio-histórica e moderna. A primeira, a que concluímos, é a integração da humanidade atuando política e socialmente em diferentes momentos históricos e em sua própria história, por meio da formação de um ser humano mais integral e multidimensional.
Contudo Em particular, a segunda parte das Iniciativas, Ações e programas, que consiste em uma política pública social “integrada”, inclui, por assim dizer, a ampliação da jornada escolar. Essa forma moderna de entender não “reduz” um estudo abrangente ao conceito histórico de aprendizagem humanitária. Mas procurar outras ligações de acordo com várias políticas governamentais. Eles são baseados na segurança social.
2.2 PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
A educação integral é um conceito que tem como premissa o compromisso com a formação do ser humano, a sabedoria e a exploração integral de todos os bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos ao longo da vida. Isso indica que o trabalho pedagógico apoiado pela educação integrada é quantitativamente independente do tempo e considera todas as dimensões da vida dos sujeitos envolvidos (intelectual, social, cultural, emocional e física) como parte indissociável do processo de aquisição e ensinamento. comprometidos com a prática da população.
Entende, assim, que uma educação de qualidade, inclusiva e universal considera um currículo que integra os diferentes contextos sociais e culturais, saberes locais e econômicos e saberes historicamente edificados, que aumente os espaços de participação, reflexão e conscientização com o compromisso de estabelecer uma sociedade de direitos, promovendo a liderança estudantil.
A Educação Integral é uma oferta moderna, inclusiva, sustentável e fundamental para superar a desigualdade. Como entendimento, é sustentado por quatro princípios: igualdade, inclusão, modernidade e sustentabilidade.
Promove a igualdade, admitindo o direito de todos de aprender e ter acesso as oportunidades educacionais diversas e diferenciadas, baseadas na interação com múltiplas linguagens, recursos, espaços, saberes e atores, condição fundamental para enfrentar as desigualdades sociais.
É inclusivo porque identifica a unicidade dos sujeitos, suas múltiplas identidades e se baseia na construção da adequação do trabalho educativo para todos. É contemporânea porque enfatiza a formação de sujeitos críticos, autônomos e responsáveis consigo e com o mundo e também se alinha com a noção de sustentabilidade por estar envolvida em processos educacionais contextualizados, duradouros no tempo e no espaço, com relação de integração permanente entre o que se aprende e o que se pratica.
No campo da educação holística que está interligada e constituindo os sujeitos Intelectual refere-se a todo o processo de aprendizagem de uma língua Conhecimento de matemática, lógica, tecnologia, análise crítica, “leitura do mundo e capacitância de acessar e produzir conhecimento.
A dimensão física refere-se a uma compreensão que vai além do modelo psicológico do corpo. Consequentemente, além do autocuidado, cuidados com a saúde e atividade física, também podemos compreender o corpo em um contexto multicultural. Nesta proposta, atenta-se para a crítica demandada pela modernidade pois se situa no campo da linguagem.
As dimensões afetivas estão relacionadas ao autoconhecimento, autoconfiança, capacidade de interação e sentimento de pertencimento. O trabalho docente da educação Integral visa quebrar a lógica da individualidade e da competição sem solidariedade. Assim, concede que a experiência docente promova melhores relações pessoais. Isso pode reduzir os conflitos e promover melhores relações entre os que estão dentro e fora da medida educacional.
Portanto, atividades que acontecem em um campo coletivo, como trabalhos em grupo, rodas de conversa, roteiros de estudos, projetos, entre outros, podem propiciar melhores oportunidades de aprendizagem, pois favorecem outras experiências e proporcionam espaços para controvérsias, debates. análise dentro e fora do entorno escolar.
A dimensão social está ligada à ação em sociedade e a normas e leis pré-estabelecidas, nas quais somos motivados a estabelecer relações sociais, a criar conhecimentos, valores e modelos de comportamento para que podemos nos relacionar e viver nessa sociedade. Para Vitor Henrique Paro, considerando a necessidade de formação em democracia, é importante que os alunos sejam formados para agir e interagir, para isso devem sentir que suas vidas estão integradas a um todo social para o qual contribuem por meio de suas ações e participação. múltiplas instâncias do tecido social, nas quais seus rendimentos e caprichos manifestos são tirados em conta. (PARO, 2018, p. 27; 28).
A dimensão cultural diz respeito à diversidade de locuções simbólicas, incluindo as artes literatura, jeitos de vida, jeitos de vida em sociedade, sistemas de valores, costumes, crenças, rituais tradicionais, bem como experiências contemporâneos que constituem os traços e identidades subjetivas de um indivíduo , grupo ou comunidade. A cultura e as belas-artes são áreas privilegiadas para desenvolver a percepção, o pensamento crítico e a criatividade para compreender e reinventar a realidade que existe em cada contexto social, especialmente no que diz respeito à relação mutável entre opressão e desigualdade.
Assim, além de estimular a fruição estética, a meditação o fascínio a exploração emocional e linguístico, a reatividade, a imaginação e a crítica, a cultura e as artes são campos fundamentais para a construção da própria democracia, pois, quando livre e não hierarquizada, permitem a multiplicidade de conceito e aparência simbólica vital para uma organização democrática.
Do ponto de vista da multidimensionalidade, as propostas pedagógicas que serão feitas no contexto escolar devem ser organizadas organicamente de modo a admitir e avaliar as unicidades, as particularidades sociais, culturais, étnico-raciais, raciais, religiosos, territoriais, socio- diversidade económica e linguística.
Assim, a educação integral, desde os primeiros anos, desempenha um papel fundamental nas controvérsias sobre desigualdades, racismo, homofobia, violência de gênero, relações do homem com a natureza questões emergentes contemporâneos, questões filosóficas, culturais, políticas e sociais juntamente com o conhecimento historicamente edificado. a fim de promover a formação de indivíduos com possibilidade de fazer suas escolhas, atuantes na sociedade éticos, criativos e valorizadores da compreensão e da vida.
2.3 TEMPOS E ESPAÇOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
A promoção do programa de Educação Integral, enraizado no projeto político-pedagógico da escola supõe um diálogo com a comunidade para favorecer a complementaridade entre os diferentes agentes e espaços educativos e, no sentido dessa lógica, há pelo menos duas colocações, antes de tudo visões diferentes, mas que podem até se complementar.
No passado, o programa “Educação Integral” teve suas raízes nas instituições escolares. Esta é considerada uma área especial para o pleno desenvolvimento dos alunos sem se considerar a única área para este desenvolvimento. Em outras palavras, a escola – através do planejamento. projeto de integração Além de projetos de ensino – podem proporcionar experiências formais fora do campo associadas a esses projetos institucionais desenvolvidos pela comunidade escolar. Neste caso, por exemplo, as visitas a museus, parques e excursões a outros espaços socioculturais são sempre acompanhadas por profissionais que constrói deliberadamente essas possibilidades educacionais noutros espaços educativos integrados no projeto maior – o do espaço oficial.
A discussão sobre os princípios da educação integral também pode ir em outras direções. Cesar Coll (1999), ao abordar as questões na perspectiva do movimento da cidade-estado da educação recomenda a abertura de um processo de reflexão e discussão pública que vai desde a educação um contrato que impõe obrigações, até o estabelecimento de um novo contrato social. e as responsabilidades dos diversos agentes sociais que atuam efetivamente como agentes educativos. Desse ponto de vista, fica claro que não estamos falando apenas de reafirmar o importante papel das escolas na organização das atividades e atividades relacionadas à educação integrada.
Nesse procedimento de aprendizagem, o tempo é de grande consequência, pois aprender requer elaboração, requer múltiplos testes, requer ser capaz de errar no caminho das tentativas e buscas, enfim, requer considerar os diferentes tempos dos tópicos de aprendizagem. Também é importante levar em consideração o horário de cada parceiro da comunidade como o horário da aula associado ao calendário. e mais continuidade e tempo comunitário inclusivo. Isso inclui experiências que o ajudarão a melhorar e gerenciar melhor seu tempo.
Nesse sentido, podemos dizer que o aumento do tempo na educação integrada é objeto de controvérsias sobre a maior permanência de crianças e jovens, tanto no espaço escolar quanto na perspectiva da cidade-estado como espaço educativo. Nas experiências conhecidas de Educação Integral podemos aperceber-se que as criações que norteiam as ações e os espaços são muito variadas em relação aos objetivos, à organização ao tipo de atividade que se propõe, assim como os próprios nomes após turno, inversos. mudar., turno oposto, extensão de rota, turno complementar, atividades complementares, entre outros.
Nessa circunstância, é significante ressaltar que o crescimento do tempo letivo essencial à educação Integral que declaramos não visa apenas solucionar os problemas enfrentados pelos alunos devido ao seu fraco desempenho nos diferentes sistemas de avaliação educacional, como podemos ver, em alguns casos, é que o aumento da carga horária dos alunos em disciplinas específicas, como matemática ou português, gerou processos de hiper escolarização, que não introduzem os resultados esperados.
Ampliar o caminho em termos de educação integrada permite que as instituições de ensino repensem seus métodos e procedimentos. Construir uma nova organização de aprendizagem que enfatize o conceito de aprendizagem como um conjunto diversificado de práticas e significados. Interdependente e contextual, onde a ação educativa se destina a tentar compreender e mudar situações específicas do mundo.
Sob estas condições a extensão da jornada de trabalho não podem ser limitada pela lógica da divisão do trabalho em turnos. Isso pode significar uma clara divisão de tempo para treinamento formal em salas de aula de todos os tamanhos e atividades de ensino. ao contrário do tempo não é definido sem obrigações educacionais, ou seja, a ênfase está nas lições e não na educação.
Consequentemente, é essencial uma nova organização do currículo escolar, em que a flexibilidade seja priorizada muito mais do que a rigidez ou fragmentação, o que não significa fragilizar o currículo e o corpo de saberes estruturando o saber desvinculado da aprendizagem. As escolas só são abordadas em tarefas específicas da sociedade por meio de projetos político-educativos edificados coletivamente que possam orientar e articular as ações e atividades propostas no contexto de alcançar a educação inclusiva baseada em princípios legais e valores sociais.
3. CONCLUSÃO
Percorrer alguns caminhos que visam testar o conceito de educação integrada. Entendemos que é necessário considerar o aspecto filosófico para entender o contexto. alguns problemas sociais e políticos. Essas incursões são necessárias para comprender como esse conceito de educação integrada foi / existe na história da educação brasileira. Nesse sentido, entendemos que o tema não é novo, mas recorrente nas ciências da educação.
Assim, deduzimos ao fato de que desde a Paidéia grega e a revolução Francesa se debate essa questão da educação integral como formação humana, que se traduz em invenções filosóficas e matrizes ideológicas presentes no embate de forças políticas, que constrói invenções que são matrizes de um embate de forças políticas presentes no cenário brasileiro primeiras décadas do século XX.
Cabe destacar que o século XX foi marcado pelo entusiasmo pela educação e pela transformação do sistema educacional brasileiro para atender novas necessidades da sociedade após a crise que a educação experimentou com a queda do império e, portanto, dos padrões educacionais tradicionais. Nesse contexto histórico, a educação inclusiva pode ser entendida como uma oportunidade para melhorar a qualidade da educação principalmente diante das conquistas de maneira sugeridas pela revolução industrial.
O surgimento do passo intelectual ocorreu no século XX, quando se deparou com uma situação de renovação e conflito político e social. Essas correntes emergem da história e da sociedade e criar conceitos e práticas para a educação integrada. Nesse sentido, na década de 1920 havia um sólido ideal cívico e patriótico de realização acadêmica que alimentava uma preocupação política e não educativo (NAGLE, 2001).
A educação integral do humano foi direcionada para uma ideologia de preparação para a ética trinitária. Isso é verdade se sinaliza a formação do ser humano por meio de manifestações espirituais, sociais e físicas.
Os pioneiros do socialismo, que primavam pela equivalência e independência , enquadrar sua própria possibilidade da educação na qual protegiam o estabelecimento de uma escola para o proletariado. A palavra anarquista originou-se nesta circunstância e foi frequentemente usada de forma pejorativa pelos franceses. Gallo (1995), por outro lado, argumenta que o significado original da palavra “negando a autoridade estabelecida”. A maior contribuição anarquista para o trabalho de educação de integração é a ideia de liberdade e emancipação humana deixada pela educação libertária. Do ponto de vista anarquista a enquete integrada liberará e desafiará todas as pesquisas.
À luz do que foi descoberto até agora, deduzimos que este artigo é útil para examinar a expansão dos sistemas escolares e cargas horárias discutidas hoje. Treinamento individual brasileiro em tempo integral e situacional.
Assim, ao longo deste trabalho destacamos que a educação integral não é regida por uma abordagem mais recente; sua história deve ser compreendida para melhor entender sua extensão significativa e política. Essa citação é essencial porque a educação integrada em tempo integral só será bem sucedida se consideramos a perspectiva sócio-histórica do verbo.
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