DESAFIOS DA GESTÃO ESCOLAR EM UMA ESCOLA DE MANAUS: GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8161400


¹Bruno Barbosa dos Santos
²Cristielen Moraes da Silva
³Karine Gabrielle da Silva Pinto
4Luciana Oliveira do Valle Carminé


RESUMO

A gestão escolar em Manaus, no contexto dos desafios da gestão democrática e participativa, enfrenta uma série de desafios únicos. A promoção de uma gestão democrática requer a criação de espaços de diálogo e envolvimento de todos os atores educacionais, incluindo pais, alunos, professores e funcionários da escola. Objetivo geral: Identificar os desafios que a comunidade escolar enfrenta na participação do processo de ensino e aprendizagem. Objetivos específicos: Descrever os pontos positivos a serem alcançados com a participação da comunidade escolar; incentivar a participação dos pais na rotina escolar; identificar como é feita a gestão participativa na escola. Com base em questionários aplicados à gestora e aos docentes da Escola Estadual Marcantonio Vilaça, em Manaus, constatou-se que uma escola estruturada contribui no ensino e aprendizagem, refletindo a importância de uma estrutura organizada. A participação dos pais promove maior rendimento dos estudantes, enquanto a gestão democrática e participativa fortalece a parceria entre escola, pais e alunos, aprimorando o ensino. Esses resultados destacam a importância da estruturação escolar para uma gestão participativa. Em Manaus, é crucial adotar uma gestão democrática e participativa nas escolas para superar desafios. Engajar a comunidade, ouvir todas as vozes, adaptar-se à região amazônica e promover parcerias são fundamentais para criar um ambiente educacional inclusivo e de qualidade.

Palavras-chave: Gestão democrática; Participação da comunidade; Desafios educacionais em Manaus.

1. INTRODUÇÃO

A gestão escolar em Manaus, no contexto dos desafios da gestão democrática e participativa, enfrenta uma série de desafios únicos. Manaus é uma cidade com uma população diversa e multicultural, onde os gestores escolares precisam lidar com questões relacionadas à inclusão, participação da comunidade e tomada de decisões compartilhadas. A promoção de uma gestão democrática requer a criação de espaços de diálogo e envolvimento de todos os atores educacionais, incluindo pais, alunos, professores e funcionários da escola. Nesse cenário, é necessário superar barreiras de comunicação, engajar a comunidade e garantir que todas as vozes sejam ouvidas, visando à construção de um ambiente educacional mais inclusivo e participativo.

Além disso, a gestão participativa em Manaus enfrenta desafios adicionais, como a necessidade de adaptar-se às peculiaridades da região amazônica. A gestão escolar precisa considerar aspectos socioeconômicos e ambientais específicos da região, como a realidade das comunidades ribeirinhas e indígenas, o acesso limitado a recursos educacionais e a importância da sustentabilidade ambiental. Isso requer a formulação de políticas e práticas educacionais sensíveis à realidade local, bem como parcerias com instituições governamentais e não governamentais para fornecer suporte e recursos adicionais. Superar esses desafios requer uma abordagem colaborativa e flexível, onde a gestão escolar esteja aberta ao diálogo constante, à escuta ativa e à busca de soluções criativas e contextualizadas para promover uma educação de qualidade em Manaus.

Frente a toda abordagem proposta no artigo, com ele pretendemos responder o problema da pesquisa: De que maneira os desafios da gestão escolar em uma escola de Manaus, influencia na falta de participação da comunidade escolar no processo de ensino aprendizagem do aluno, em uma gestão democrática e participativa.

Ao analisar o problema de pesquisa sobre a falta de participação da comunidade escolar no processo de ensino-aprendizagem do aluno em uma gestão escolar em Manaus, algumas possíveis hipóteses podem ser levantadas. Essas hipóteses incluem a falta de comunicação efetiva entre a gestão escolar e os membros da comunidade, a ausência de canais adequados de participação, o baixo envolvimento dos pais, a desconfiança na gestão escolar e as barreiras socioeconômicas enfrentadas pela comunidade escolar. A falta de informações claras e oportunidades de envolvimento, juntamente com desafios socioeconômicos e questões de confiança, podem contribuir para a falta de participação da comunidade escolar no processo educacional.

Os objetivos que norteiam esse artigo têm como objetivo geral: Identificar os desafios sendo que a comunidade escolar enfrenta na participação do processo de ensino e aprendizagem E os objetivos específicos são: Descrever os pontos positivos a serem alcançados com a participação da comunidade escolar; incentivar a participação dos pais na rotina escolar; identificar como é feita a gestão participativa na escola.

A dificuldade na participação da comunidade no processo de ensino e aprendizagem é um desafio que pode ser superado por meio da implementação de uma gestão democrática e participativa. Ao envolver ativamente o público-alvo, essa abordagem proporciona uma série de vantagens que resultam em melhorias significativas no ensino dos alunos, como assim se justifica essa pesquisa. Mostrando que através desse modelo de gestão, é possível promover um ambiente inclusivo, no qual os membros da comunidade têm voz ativa e participam das decisões relacionadas à educação. Isso fortalece o senso de pertencimento e engajamento, além de permitir que as necessidades e interesses dos estudantes sejam considerados de forma mais abrangente. Ao facilitar a colaboração entre educadores, alunos e familiares, a gestão democrática e participativa torna-se uma poderosa ferramenta para a promoção de um ensino mais eficiente, que atenda às demandas e expectativas da comunidade educacional, mostrando sua relevância.

2. REVISÃO DE LITERATURA

A implementação de uma escola estruturada com a gestão democrática e participativa pode ter um impacto significativo no processo de ensino-aprendizagem. Discutiremos como essa abordagem pode contribuir para o aprimoramento da qualidade da educação, o desenvolvimento dos alunos e a promoção de uma cultura de participação ativa na escola.

Uma escola com gestão democrática e participativa é aquela em que todos os membros da comunidade escolar – diretores, professores, funcionários, pais e alunos – têm voz e participam das decisões que afetam a vida e o funcionamento da escola. De acordo com Luck (2010), a conquista de uma gestão democrática e participativa envolve a liderança do gestor tanto no trabalho em equipe quanto nas decisões a serem tomadas. Essa abordagem se baseia nos princípios da democracia, onde a participação, o diálogo e o respeito pelas diferentes perspectivas são valorizados.

A gestão democrática também promove uma maior colaboração entre os professores. Ao terem a oportunidade de participar das decisões pedagógicas e administrativas da escola, os docentes sentem-se mais valorizados e respeitados, o que contribui para o seu bem-estar e satisfação profissional. Conforme destaca Ferreira (2011), as instituições educacionais deveriam adotar uma estrutura autônoma, permitindo que, juntamente com suas equipes de trabalho, tomassem decisões baseadas em suas próprias prioridades e realidades, com o objetivo de melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Além disso, a troca de ideias e experiências entre os professores pode levar a uma maior inovação pedagógica e a um planejamento mais eficiente das atividades de ensino. A colaboração entre os educadores é fundamental para a melhoria contínua da qualidade da educação e para o desenvolvimento profissional de cada um.

Outro benefício da gestão democrática é a participação dos pais e responsáveis. Ao envolvê-los nas decisões escolares, cria-se uma parceria entre a escola e a família, o que é crucial para o sucesso educacional dos alunos. A melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional das escolas é buscada por meio da democratização da gestão, que envolve a integração dos agentes escolares e o apoio efetivo da comunidade local no desenvolvimento do trabalho escolar, construindo um currículo contextualizado. (Dourado,2006 p.79). Os pais podem contribuir com suas perspectivas e conhecimentos, ajudando a escola a identificar as necessidades dos alunos e a desenvolver estratégias de ensino adequadas. Além disso, a participação dos pais na gestão escolar fortalece o vínculo entre a família e a escola, o que pode levar a um maior apoio e acompanhamento dos pais no processo de aprendizagem de seus filhos.

A gestão democrática promove diálogo e respeito na escola, incentivando a participação de todos os membros da comunidade escolar. Divergências de opiniões são valorizadas e discutidas de forma construtiva, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de habilidades de comunicação, empatia e resolução de conflitos para alunos e adultos. Essas habilidades são essenciais para formar cidadãos críticos. A educação escolar contribui para a democracia ao formar cidadãos críticos e participativos, além de ser um espaço onde se pratica a vivência dos objetivos, como o desenvolvimento da autonomia do pensamento, iniciativa, liderança e participação nas decisões (CURY, 2002).

Um dos desafios da comunidade escolar é a comunicação limitada entre todos os envolvidos. A falta de comunicação eficiente pode causar mal-entendidos, falta de informações atualizadas e dificuldades na colaboração entre pais, alunos e educadores. A comunicação fragmentada dificulta o compartilhamento de informações relevantes, como cronogramas, políticas educacionais e desempenho acadêmico. Para superar esse desafio, é importante investir em canais de comunicação eficazes, como reuniões, plataformas online e aplicativos móveis, para manter todos bem informados e engajados. Segundo Piletti (2002), a escola pode conhecer a realidade da comunidade por meio de uma comunicação constante. Através do diálogo, a escola pode entender as expectativas da família em relação ao trabalho pedagógico, oferecendo além do ensino-aprendizagem e se aproximando das prioridades das famílias para auxiliá-las em seu próprio trabalho.

O envolvimento dos pais no processo de ensino e aprendizagem é fundamental para o sucesso educacional dos alunos. No entanto, muitas vezes os pais enfrentam desafios para se envolverem de forma ativa. Isso pode ser resultado de diferentes fatores, como falta de tempo devido a compromissos profissionais, falta de conhecimento sobre como se envolver de maneira efetiva ou barreiras linguísticas e culturais. A falta de envolvimento dos pais pode levar a lacunas na compreensão do progresso e das necessidades dos alunos, bem como dificuldades em estabelecer parcerias sólidas entre a escola e a família. É necessário criar um ambiente acolhedor e inclusivo, fornecendo oportunidades para que os pais se envolvam, como eventos escolares, programas de voluntariado e workshops educacionais. Diante desta perspectiva, Tiba (1996, p.140), diz que o ambiente escolar deve ser de uma instituição que complete o ambiente familiar do educando, os quais dever ser agradáveis e geradores de afeto. Os pais e a escola devem ter princípio muito próximos para o benefício do filho/aluno.

Os pais que se envolvem ativamente na educação de seus filhos colhem resultados satisfatórios ao final do ano letivo. No entanto, é lamentável que nossas escolas não promovam iniciativas que aproximem as famílias do ambiente escolar, o que acaba sendo afetado pela falta de políticas públicas e planejamento adequado. Embora a maioria dos pais reconheça seu papel e responsabilidade, muitos enfrentam dificuldades para assumir essa responsabilidade em conjunto com a escola, devido à falta de orientação sobre como fazê-lo. Chalita (2001, pp. 17 e 18) afirma também que uma família ausente deixa uma lacuna que a escola não pode preencher, não importa quão boa seja. A participação ativa dos responsáveis pela educação da criança é fundamental para que a escola cumpra seu objetivo.

Outro desafio significativo enfrentado pela comunidade escolar diz respeito às disparidades socioeconômicas entre os alunos. Famílias de baixa renda muitas vezes enfrentam dificuldades adicionais no acesso a recursos educacionais, como materiais didáticos, tecnologia e apoio extraclasse. Essas disparidades podem impactar o desempenho acadêmico dos alunos e a sua motivação para a aprendizagem. É importante que as escolas adotem abordagens inclusivas, oferecendo programas de bolsas de estudo, empréstimos de livros, acesso à internet e outras formas de suporte aos alunos de famílias menos privilegiadas, a fim de nivelar as oportunidades educacionais. Como afirma Gomes (2018), A restrição financeira das famílias pode resultar em baixo rendimento escolar da criança devido à escassez de recursos para suprir suas necessidades básicas de alimentação, vestuário e qualidade de vida, incluindo saúde e lazer.

A resistência à mudança é um desafio comum em muitas instituições educacionais. Professores, pais e até mesmo os próprios alunos podem demonstrar resistência a novas abordagens pedagógicas, metodologias inovadoras ou mudanças estruturais na escola. Existem professores que passam a vida inteira utilizando a mesma metodologia de ensino, não reconhecendo que cada geração necessita de métodos diferentes. (ALMEIDA, 2016, p. 20).

A falta de aceitação e adaptação a novas práticas educacionais pode limitar o progresso e a eficácia do processo de ensino e aprendizagem. É fundamental promover uma cultura de aprendizado contínuo, fornece oportunidades de desenvolvimento profissional aos educadores e envolver todas as partes interessadas na tomada de decisões educacionais. Silva e Azevedo (2005) corroboram, indicam que, além da necessidade de formação dos docentes, também é preciso existir uma cultura colaborativa na escola.

A participação da comunidade escolar é essencial para um ambiente educacional saudável. Superar desafios como comunicação limitada, envolvimento dos pais, desafios socioeconômicos e resistência à mudança requer esforço conjunto. Colaboração efetiva, apoio adequado e incentivo à inovação são necessários. Isso promove educação de qualidade para todos. A participação ativa fortalece os laços entre escola, alunos e famílias, melhorando a motivação, desempenho e desenvolvimento dos estudantes. A colaboração entre pais e professores facilita estratégias de ensino personalizadas. Mudança de atitudes é essencial. Segundo Novo (2015), em vez de buscar culpados pelas situações que ocorrem nas escolas, é fundamental trabalharmos juntos na busca por soluções. Dessa forma, a educação se tornará mais eficaz, refletindo diretamente nos resultados da aprendizagem dos alunos.

Nos últimos anos, a escola tem sido caracterizada por um modelo estático e fragmentado, no qual a participação dos seus membros é praticamente inexistente. Durante muito tempo, o modelo predominante de administração escolar era centrado no diretor, que atuava sob a supervisão dos órgãos centrais, responsável por garantir o cumprimento das normas, diretrizes e regulamentos estabelecidos pelos sistemas de ensino (LÜCK, 2006). Em relação a esse modelo estático e fragmentado, Paro (2006) concorda que atualmente a escola é marcada pelo autoritarismo em seu cotidiano e pela falta de participação dos envolvidos, o que contradiz a conquista da democracia por meio das transformações na sociedade.

Outro ponto positivo é a troca de conhecimentos e experiências entre os membros da comunidade escolar. Profissionais e voluntários de diferentes áreas podem contribuir com suas habilidades e conhecimentos específicos, enriquecendo o currículo e ampliando as possibilidades de aprendizado dos estudantes. Por exemplo, um engenheiro pode ministrar uma palestra sobre engenharia, despertando o interesse dos alunos por essa área do conhecimento. Da mesma forma, membros da comunidade local podem compartilhar suas experiências de vida, histórias culturais e tradições, promovendo a diversidade e a tolerância.

A participação da comunidade escolar também promove a construção de um ambiente escolar seguro e saudável. A presença de pais, professores e membros da comunidade nas atividades extracurriculares, como esportes, artes e projetos sociais, cria um senso de responsabilidade compartilhada. Cabe aqui ressaltar também a importância que a família dos alunos tem nesse processo de aprendizagem e também de aquisição de hábitos saudáveis, haja vista que a família pode agir como potencializadora do trabalho que é feito pela escola, garantindo o incentivo, acompanhamento e auxílio necessários ao desenvolvimento da criança (SANTOS; TONIOSSO, 2014).

Todos se unem para garantir que os espaços e recursos sejam bem cuidados e utilizados de forma adequada, garantindo a segurança e o bem-estar de todos. Com isso, a comunidade pode se envolver em campanhas de conscientização e prevenção de problemas como o bullying, as drogas, cuidados com a saúde e a violência, criando um ambiente escolar mais acolhedor e saudável para todos os alunos. Como aponta Opas (2001) Atividade física, alimentação saudável e bem-estar mental e social são incentivados nas escolas, através do ensino de habilidades de controle do estresse, habilidades sociais e interpessoais, como comunicação, dizer não e empatia. Dessa forma, se torna interessante que as ações de promoção de saúde que ocorrem na escola possam pensar não somente na saúde física dos alunos, mas também no bem-estar mental, social e físico de todos que lá estão, assim como dos professores. As crenças de saúde pessoal dos professores influenciam a saúde dos alunos, considerando que professores que se interessam por sua saúde tendem a se interessar mais pela saúde discente e também, a entender melhor as necessidades de saúde dos alunos, podendo ensinar de maneira efetiva esse tema (BRUNETTE, 2017).

A participação da comunidade escolar também estimula o espírito de cidadania ativa nos alunos. Ao presenciarem o engajamento dos adultos em ações coletivas e causas sociais, os estudantes são motivados a se envolverem também. Eles aprendem a importância de serem cidadãos responsáveis e solidários, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Essa vivência prática de cidadania é fundamental para a formação integral dos alunos, preparando-os para serem agentes de transformação em suas comunidades. Os professores e toda a comunidade escolar, a forma de avaliação são transmissores de normas e valores que norteiam e preparam o indivíduo para viver coletividade (SERRANO, 2018). Assim, é importante que as questões de vida em sociedade façam parte, com clareza, da organização curricular, levando a ética ao centro de reflexão e do exercício da cidadania.

O envolvimento da comunidade educacional tem uma importância crucial no fortalecimento da democracia e da governança participativa na área da educação. Por meio de conselhos escolares, assembleias e reuniões, pais, alunos e membros da comunidade têm a valiosa oportunidade de contribuir ativamente. De acordo com Portes (2020), a gestão democrática é caracterizada pela colaboração de todos os envolvidos. Esse processo se concretiza quando todos os setores da escola participam de forma efetiva, seja por meio da elaboração de projetos pedagógicos ou de outras formas de engajamento, que envolvem não apenas os profissionais da educação, mas também a comunidade como um todo.

A participação dos pais na rotina escolar de seus filhos é essencial, e para incentivá-la, é fundamental que a gestão escolar esteja envolvida com a comunidade. É interessante observar como o conceito de gestão escolar tem evoluído ao longo dos anos, indo além da simples administração da instituição e buscando estratégias diárias para democratizar a gestão educacional. A gestão escolar, segundo Luck (2000, p.11), busca promover a organização e mobilização de recursos, tanto materiais quanto humanos, para impulsionar o progresso socioeducacional das instituições de ensino, visando à efetiva aprendizagem dos alunos e sua capacidade de enfrentar os desafios da sociedade globalizada e da economia do conhecimento.

A educação de uma criança é uma responsabilidade compartilhada entre a escola e a família. Quando os pais se envolvem ativamente na rotina escolar de seus filhos, isso traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento acadêmico e emocional das crianças. É fundamental que as escolas incentivem e promovam essa participação, criando um ambiente acolhedor e aberto para a colaboração entre pais, professores e estudantes.

Compreendemos, portanto, que a gestão escolar e a comunidade estão profundamente interligadas, pois a escola não é apenas uma soma de partes, mas sim um todo integrado que busca articular as orientações dos poderes públicos e o pensamento pedagógico em sua prática diária. A coleção “Gestão Escolar” (2005) confirma que a participação da comunidade na escola tem sido reconhecida como um dos princípios da gestão democrática, não apenas no Brasil, mas também em reformas educacionais em outros países. Carolino, Barros e Vecchio (2022) concorda que a presença dos pais na escola desempenha um papel importante no acompanhamento de sua função social. Além disso, estudos sobre escolas eficazes demonstram que quando o grupo familiar da criança reconhece a importância da educação para sua vida, independentemente de sua constituição como família nuclear, cria-se um ambiente que estimula a aprendizagem, resultando em um melhor desempenho escolar por parte do aluno.

Um dos principais benefícios da participação dos pais na rotina escolar é o estabelecimento de uma parceria sólida entre a família e a escola. Quando os pais se envolvem, eles demonstram aos filhos que valorizam a educação e que estão comprometidos com o seu sucesso acadêmico. Essa atitude positiva dos pais influencia diretamente na motivação e no desempenho dos estudantes, pois eles se sentem apoiados e encorajados a alcançar suas metas. Quando o aluno perceber o interesse dos pais em suas atividades escolares, ele se sentirá motivado a buscar meios para aprimorar a interação entre pais e filhos, bem como se empenhar em superar suas dificuldades de aprendizagem (MENESES, 1999).

Além disso, a participação dos pais permite uma maior compreensão das necessidades e habilidades dos filhos. Os pais conhecem seus filhos melhor do que ninguém, sabem quais são seus interesses, dificuldades e potenciais. Ao participarem ativamente da rotina escolar, os pais têm a oportunidade de compartilhar essas informações com os professores, o que facilita a adaptação do ensino às necessidades individuais de cada aluno. Dessa forma, é possível criar estratégias de ensino personalizadas, promovendo um aprendizado mais eficaz e significativo.

Existem diversas formas de incentivar a participação dos pais na rotina escolar. No entanto, simplesmente conceder formalmente aos pais de alunos o direito de participar da gestão escolar não é suficiente, é necessário criar condições materiais que facilitem essa participação (PARO, 2005, p.13). As escolas podem promover reuniões periódicas com os pais para compartilhar informações sobre o progresso acadêmico dos estudantes, orientar sobre estratégias de apoio em casa e ouvir sugestões e preocupações dos pais. Também é importante oferecer oportunidades para os pais participarem de eventos escolares, como feiras de ciências, festas temáticas e apresentações culturais. Além disso, é válido envolver os pais em projetos pedagógicos, convidando-os para palestras, workshops ou até mesmo para auxiliar em atividades extracurriculares.

A gestão participativa na escola é um modelo de administração que busca envolver de forma ativa os diversos membros da comunidade escolar, incluindo diretores, professores, alunos, pais e funcionários, no processo de tomada de decisões e no desenvolvimento das políticas e práticas educacionais. O objetivo é proporcionar a todos os envolvidos a oportunidade de participar ativamente, compartilhando responsabilidades e contribuindo com suas perspectivas e habilidades. Esse tipo de gestão escolar se baseia na concepção da escola como uma instituição social que visa formar cidadãos engajados, ativos, críticos e conscientes de sua importância na sociedade, tendo como referência as contribuições de Dourado, Costa, Paro, Wittmann e Freire.

Existem diversas maneiras de identificar a gestão participativa na escola, já que certos aspectos apontam caminhos a serem seguidos para alcançar esse modelo de gestão. Uma delas é estabelecer um conselho escolar composto por representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar, como professores, pais, alunos e funcionários. Esse conselho pode se reunir regularmente para discutir questões relacionadas à escola, tomar decisões e propor ações. Para alcançar essa tomada de decisão compartilhada e coletiva, como mencionado anteriormente, é necessário utilizar formas e mecanismos de participação, como órgãos colegiados e órgãos auxiliares, que colaboram para aproximar pais e alunos da escola, além de descentralizar o poder e democratizar a gestão (Paro, 1997).

Ao reconhecer a necessidade de assistência e cooperação no uso dos recursos limitados destinados à escola, destacamos a importância da descentralização do poder. Um exemplo é a Associação de Pais e Mestres (APM), uma entidade legalmente constituída, sem fins lucrativos, cujo propósito é apoiar o aprimoramento do processo educacional, promovendo a colaboração entre a escola e a comunidade. Os pais desempenham um papel fundamental ao ingressar na instituição de ensino para contribuir com sua administração, conforme estabelecido pelo Decreto de Lei 48.408/2004 em vigor.

A fim de ressaltar a importância da participação de todos os envolvidos para que possamos identificar a gestão participativa na escola, não apenas dos responsáveis, mas também dos estudantes, os principais impulsionadores desse processo educativo, gostaríamos de destacar a contribuição da instituição auxiliar conhecida como grêmio estudantil. Nesse contexto, Zago e Souza (2022) enfatiza que os estudantes têm a oportunidade de participar ativamente dessa gestão por meio de uma associação própria, o que amplia os princípios participativos e democráticos.

A gestão participativa na escola tem como objetivo promover o senso de pertencimento e responsabilidade compartilhada, fortalecer a qualidade da educação e melhorar o ambiente escolar. Ela reconhece que a participação de todos os membros da comunidade escolar é essencial para o desenvolvimento de uma escola efetiva e inclusiva.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para iniciar uma pesquisa, é imprescindível que tenhamos um problema de pesquisa que sirva como impulso para nossa investigação. Segundo De Oliveira (2011), um problema é uma situação que implica intrinsecamente em um desafio teórico ou prático, exigindo a busca de uma solução adequada.

O método de pesquisa é um aliado essencial na busca pelo conhecimento. Marconi e Lakatos (2002) definem a pesquisa como um instrumento fundamental para a resolução de problemas coletivos, sendo o meio pelo qual podemos coletar dados verídicos e realizar análises claras, buscando solucionar ou abordar o problema em questão no projeto. Para Nascimento e Silva (2020) que esse reforço se concretize, é necessário não apenas a produção de conhecimentos científicos mais abundantes e consistentes, mas também uma metodologia simplificada na compreensão, apesar dos desafios na execução.

O tipo de metodologia que orientou esta pesquisa é qualitativo, diferindo, em princípio, do método quantitativo, uma vez que não se baseia em instrumentos estatísticos para a análise de um problema e não visa medir ou enumerar categorias (RICHARDSON, 1989). Os estudos de campo qualitativos não possuem um significado preciso em todas as áreas onde são aplicados. Para alguns, todos os estudos de campo são necessariamente qualitativos, estabelecendo uma identificação com a observação participante. Além disso, podemos considerar que a pesquisa qualitativa utiliza predominantemente dados não numéricos e, caso utilize números, suas conclusões baseadas neles possuirão uma menor representatividade na análise de dados.

O método qualitativo tem características básicas, assim como afirma o autor (CASSEL; SYMON, 1994, p. 127 – 129):

Mais do que tais métodos, interessam-nos aqui as características básicas da pesquisa qualitativa. Sem pretender esgotá-las, pode-se dizer que incluem um foco na interpretação ao invés de a quantificação: geralmente, o pesquisador qualitativo está interessado na interpretação que os próprios participantes têm da situação sob estudo.

A pesquisa realizou-se em Manaus, que é a capital do estado do Amazonas. Os participantes do estudo foram gestora e os docentes atuantes em uma Escola Estadual, que oferece aulas de Ensino Médio. A escola está situada na sede do município, na Zona Urbana, no bairro Cidade Nova, em Manaus-Am. Essa escola é subordinada à SEDUC-AM.

Os critérios de inclusão utilizados são apenas para professores e a gestora da escola mencionada da Rede Estadual. O espaço amostral utilizado foi em totalidade da população pesquisada, onde possuem aproximadamente 40 professores e a gestora da escola.

A coleta de dados foi feita através de um questionário aberto, sendo este composto por perguntas propostas aos participantes. Os mesmos tiveram espaço para um comentário livre em cada pergunta feita pelo pesquisador. Utilizamos o Google Forms para desenvolver e aplicar o questionário.

A análise de dados foi feita por métodos utilizados nas pesquisas qualitativas, nos quais envolve a interpretação e compreensão de informações, para que possamos alcançar nosso objetivo que foi tentar entender os fenômenos que contribuem para a manifestação do problema.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base no questionário aplicado à gestora e aos docentes da Escola Estadual Marcantonio Vilaça, localizada no bairro de Cidade Nova, em Manaus (AM), e que oferece aulas de Ensino Médio, foi possível constatar que a implementação de uma escola estruturada pode, de fato, contribuir para o ensino e aprendizagem. Essa percepção reflete a importância de ter uma estrutura organizada e bem definida, que proporcione um ambiente propício ao desenvolvimento educacional.

Além disso, identificar os desafios enfrentados pela comunidade escolar na participação do processo de ensino e aprendizagem é um fator crucial para promover melhorias. A escuta ativa da comunidade escolar surge como uma estratégia eficaz para compreender as dificuldades enfrentadas e buscar soluções mais adequadas, conforme os relatado por esses profissionais.

A participação da comunidade escolar traz consigo uma série de pontos positivos a serem alcançados. Um desses benefícios é o maior rendimento dos estudantes, uma vez que a colaboração entre escola, pais e alunos cria um ambiente de apoio e incentivo à aprendizagem.

Para incentivar a participação dos pais na rotina escolar, é necessário promover reuniões e eventos que os levem à escola, afirma a gestora. Essas atividades podem envolver apresentações de projetos, palestras educativas, dia da família na escola, entre outras iniciativas, que proporcionem um maior envolvimento e interação entre pais, professores e gestores.

Quanto à gestão democrática na escola, é realizada por meio de delegações de funções e pela escuta de todos os segmentos escolares. Essa abordagem permite que todos os envolvidos na comunidade escolar tenham a oportunidade de expressar suas opiniões, participar das tomadas de decisões e colaborar ativamente na construção de um ambiente educacional mais inclusivo e participativo.

Por fim, a gestão participativa na escola ocorre por meio de reuniões para a tomada de decisões. Esses encontros possibilitam a discussão coletiva de questões relevantes para que todos tenham a oportunidade de sentir-se importante, a troca de ideias e a construção de consensos, promovendo a participação efetiva de professores, alunos, pais e demais membros da comunidade escolar no processo de gestão e na definição dos rumos educacionais da instituição.

Em suma, os resultados obtidos nesse questionário apontam para a importância da implementação de uma escola estruturada, que valorize a participação da comunidade escolar e adote práticas de gestão democrática e participativa. Essas abordagens contribuem para o aprimoramento do ensino e aprendizagem, identificando desafios, promovendo maior rendimento dos estudantes e fortalecendo a parceria entre escola, pais e alunos.

Após a aplicação questionários tanto para gestora quando para os docentes, foram levantadas algumas questões, onde foi possível que observássemos através desse questionário como uma escola bem estrutura pode contribuir para que possamos ter uma gestão democrática e participativa na escola, mostrando como e quais benefícios podem ser observados com essa implementação.

5. CONCLUSÃO

Portanto, diante dos desafios únicos enfrentados pela gestão escolar em Manaus, no contexto da gestão democrática e participativa, é essencial superar as barreiras de comunicação, engajar a comunidade e garantir que todas as vozes sejam ouvidas. A promoção de uma gestão democrática requer a criação de espaços de diálogo e envolvimento de todos os atores educacionais, incluindo pais, alunos, professores e funcionários da escola. Além disso, é importante adaptar-se às peculiaridades da região amazônica, considerando aspectos socioeconômicos e ambientais específicos, e formular políticas e práticas educacionais sensíveis à realidade local.

A falta de participação da comunidade escolar no processo de ensino-aprendizagem pode ser superada por meio da implementação de uma gestão democrática e participativa, que promova um ambiente inclusivo e envolva ativamente os pais, professores e demais membros da comunidade. Essa abordagem traz uma série de vantagens, como melhorias no ensino dos alunos, fortalecimento do senso de pertencimento e engajamento, consideração das necessidades e interesses dos estudantes de forma abrangente, além de estabelecer parcerias com instituições governamentais e não governamentais para fornecer suporte e recursos adicionais.

A pesquisa realizada na Escola Estadual Marcantonio Vilaça, em Manaus, com a aplicação de questionários para gestora e docentes, evidenciou a importância de uma escola estruturada, que promova a participação da comunidade escolar e adote práticas de gestão democrática e participativa. Essas abordagens contribuem para o aprimoramento do ensino e aprendizagem, identificando desafios, promovendo maior rendimento dos estudantes e fortalecendo a parceria entre escola, pais e alunos.

Logo, a implementação de uma gestão democrática e participativa na escola de Manaus é fundamental para superar os desafios e promover um ambiente educacional mais inclusivo e participativo. Isso requer o envolvimento ativo de todos os membros da comunidade escolar, a superação de barreiras de comunicação e a adaptação às especificidades da região amazônica. Ao promover uma educação de qualidade, baseada no diálogo, na escuta ativa e na colaboração, é possível fortalecer o processo de ensino-aprendizagem e contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos.

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1Graduando de Pós-graduação em Gestão, Supervisão e Orientação Educacional pelo Centro Universitário Fametro.
E-mail: bruno.2030@yahoo.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0008-6046-6909

2Graduanda de Pós-graduação em Gestão, Supervisão e Orientação Educacional pelo Centro Universitário Fametro.
E-mail: crismoraes068@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0002-9700-4931

3Graduanda de Pós-graduação em Gestão, Supervisão e Orientação Educacional pelo Centro Universitário Fametro.
E-mail: karine.gonzaga95@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0006-0005-5732

4Orientadora: Professora do Centro Universitário Fametro e Mestre em Engenharia de Produção.
E-mail: lucianadovalle@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0008-3525-8278