REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202412071450
Lorena Mendes Dos Santos1
Carlos Rogério Ladislau2
José Roberto Lopes De Sales3
Vinícius Dias Rodrigues4
RESUMO
O emprego do planejamento permite prever e organizar ações que irão acontecer no futuro, aumentando a racionalidade e a eficácia dos processos. No âmbito da educação, o planejamento é indispensável na organização do trabalho docente, pois o professor depende dele para desenvolver com êxito o processo ensino-aprendizagem. Diante deste cenário, o presente estudo buscou discutir a competência para compreender e organizar o planejamento didático de formandos do curso de licenciatura em Educação Física. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quanti-qualitativa dos dados. A população foi constituída por acadêmicos do 7º e 8º períodos (concluintes) do curso de licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Montes Claros, campus sede na cidade de Montes Claros-MG. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de dois diferentes questionários, sendo o primeiro analisado quantitativamente e composto por questões técnicas para avaliar a compreensão dos investigados acerca do processo de planejamento; e o segundo, analisado qualitativamente, composto por questões abertas de cunho narrativo, na intenção de captar o relato dos acadêmicos acerca das suas percepções sobre o planejamento na prática. Os dados revelaram um nível razoável de conhecimento acerca do planejamento didático, demonstrando que há, ainda, a necessidade de uma intervenção mais pontual no sentido de consolidar conceitos e aplicações sobre o assunto no processo de formação de futuros professores na instituição estudada. Em geral, todos os pesquisados apresentam argumentos pertinentes sobre a importância do planejamento e suas implicações no processo ensino aprendizagem. Entretanto, frente à tarefa de interpretar questões técnicas, parte significativa demonstrou dificuldade.
Palavras-chaves: Educação Física; Didática; Planejamento.
ABSTRACT
Using planning allows you to predict and organize actions that will happen in the future, increasing the rationality and effectiveness of processes. In the context of education, planning is essential in the organization of teaching work as the teacher depends on it to successfully develop the teaching-learning process. Given this scenario, the present study sought to discuss the competence to understand and organize the didactic planning of graduates of the degree course in Physical Education. This is descriptive research, with a quantitative-qualitative approach to the data. The population consisted of students in the 7th and 8th periods (completers) of the degree course in Physical Education at the State University of Montes Claros, headquartered in the city of Montes Claros-MG. Data collection occurred through the application of two different questionnaires, the first being analyzed quantitatively and composed of technical questions to assess the understanding of those investigated regarding the planning process; and the second, analyzed qualitatively, composed of open questions of a narrative nature, with the intention of capturing the academics’ reports about their perceptions regarding planning in practice. The data revealed a reasonable level of knowledge about didactic planning, demonstrating that there is still a need for a more specific intervention in order to consolidate concepts and applications on the subject in the process of training future teachers at the institution studied. In general, all those surveyed present relevant arguments about the importance of planning and its implications in the teaching-learning process. However, when faced with the task of interpreting technical issues, a significant part demonstrated difficulty.
Keywords: Physical Education; Didactics; Planning
1. INTRODUÇÃO
A educação é fundamental para emancipar o ser humano, pois é através da emancipação que o indivíduo se torna capaz de analisar a realidade na qual se situa, tornando-se crítico (Costa; Wiggers, 2015). Somente um indivíduo crítico pode fazer escolhas esclarecidas, a partir de sua própria ética, entre o que considera correto e incorreto, adequado e inadequado, justo e injusto, o que permite que ele se torne consciente, capaz de tomar decisões responsáveis e que tenha plena consciência do seu papel na sociedade. O aluno deve ser estimulado a perceber estas diferenças e a operar diante delas quando necessário, sendo capaz de olhar para realidade e interpretá-la, tomando iniciativas que promovam o seu benefício sem trazer malefícios para outras pessoas.
A Educação formal é aquela desenvolvida em ambientes formais (normalmente nas escolas, nas faculdades e nas universidades). Ela conta com espaços, objetivos, cronogramas e planejamentos determinados e possui a função de preparar o educando para atuar efetivamente junto à sociedade. Nesse sentido, a escola e, em particular, a escola pública, é o espaço em que as intenções educativas da sociedade devem alcançar a população, pois é através da educação que as pessoas podem se emancipar, alcançando uma vida mais digna e com mais capacidade de realização.
Essa educação que se desenvolve na escola só é bem sucedida quando ela leva o aluno a apreender determinados conteúdos e a desenvolver determinadas habilidades e valores, pois são os conteúdos que irão fazer com que os alunos entendam a realidade e são essas habilidades e atitudes que irão possibilitar que ele intervenha efetiva e eticamente na realidade. A escola precisa atuar no sentido de promover, no aluno, a competência de integrar conhecimentos, habilidades e atitudes para a sua formação integral (Ferreira; Colares, 2022).
É no momento da aula que a ação educativa da escola se materializa, pois ela é o operador fundamental da educação: é nela que o aluno tem a oportunidade de acessar os conhecimentos que o emanciparão. O papel do professor é conduzir esse processo, levando o aluno a exercitar a linguagem, o raciocínio, a atenção, a memória, a crítica e, assim, construir as bases do pensamento autônomo. É através dessa mediação que o professor leva o aluno à aprendizagem.
Para que a aula dê conta de promover uma transformação na vida do aluno no contexto da aquisição de conhecimentos e da sua formação crítica, é importante que ela (a aula) seja adequadamente estruturada para que a aprendizagem aconteça. Para o efetivo funcionamento dessa estrutura, a aula precisa ser planejada, desde a definição dos objetivos e das estratégias a serem utilizadas até a escolha dos processos avaliativos. Sem o planejamento, ou seja, sem definir os aspectos de uma aula bem estruturada, é impossível que as finalidades da prática educativa sejam alcançadas, inclusive porque, no limite, a própria definição dessas finalidades depende do planejamento (Carvalho et al., 2011).
Todo planejamento inicia-se através de uma ideia, mas como todo processo social, o planejamento possui também uma infinidade de entendimentos. Segundo Maximiano (2000, p. 190), “o processo de planejamento consiste em definir planos. Em essência, um plano contém objetivos e as formas de realizá-los. Planejar é um processo; os resultados são os planos”. Um indivíduo que utiliza o planejamento como um meio no seu trabalho mostra seu interesse em prever e organizar ações que irão acontecer no futuro, aumentando a sua racionalidade e eficácia.
Para Carvalho et al. (2011, s.p.), “planejar é estudar, organizar, coordenar ações a serem tomadas para a realização de uma atividade visando solucionar um problema ou alcançar um objetivo. O planejamento auxilia na orientação, organização e concretização daquilo que se deseja alcançar.”
Planejar é uma atividade intrínseca do ser humano: a conquista dos seus objetivos está ligada ao planejamento, ato que serve para organizar ações a partir da reflexão sobre o passado e então planejar algo do presente com vistas ao futuro. É comum que as pessoas busquem fazer planos para alcançar suas metas, sejam elas pessoais ou profissionais (SILVA et al. 2018).
Para Schewtschik (2017), o planejamento tem o papel de orientar o trabalho para que possa ser organizado e modificado de forma consciente. No campo da educação, o planejamento permite as condições de se adaptar às circunstâncias, pois ao final do processo educativo, espera-se que os objetivos sejam alcançados e os alunos sejam estimulados a mudar seus conhecimentos e comportamentos.
A Didática é uma área da ciência pedagógica que visa, entre outras coisas, ensinar métodos e técnicas que permitam, aos alunos, aprender com seus professores ou tutores. Para Franco (2013, p. 153.) “[…] a Didática nos ensina a olhar para este sujeito e pensar nas suas necessidades e organizar o ensino a partir desse olhar”.
Vasconcellos (2002, p. 98.) lembra que:
O planejamento se coloca no campo da ação, do fazer, todavia, não parte do nada: existem definições prévias (teoria, valores, etc.) que precisam ser explicitadas. O projeto de ensino-aprendizagem está atrelado a uma concepção de educação, que, por sua vez, está relacionada às concepções de conhecimento e de currículo. Estas concepções devem constar do Projeto Político-Pedagógico da instituição.
O planejamento não é importante apenas para cumprir uma exigência da legislação, mas como meio que proporciona ao professor prever ações de ensino voltadas para a realidade dos alunos, tornando o aprendizado mais eficaz.
Tormena e Figueiredo (2010) afirmam que:
O plano possibilita ao professor manter, na medida do possível e do desejável, a articulação da disciplina como um todo pela relação com o plano curricular e ainda realizar uma auto avaliação (sic) da aula para direcionar ações futuras. Pontos a serem mantidos ou reformulados poderão ser evidenciados com mais segurança. Cabe destacar, no entanto, que o plano de aula não implica necessariamente seu cumprimento rígido.
Para Menegolla e Sant’anna (2012), não há necessidade de justificar a importância do planejamento de ensino para a escolas, professores e alunos. No entanto, o que se enfatiza é que, diante da situação de ensino, o primeiro e mais importante objetivo do planejamento de disciplinas é capacitar professores e alunos para a realização de atividades de ensino e aprendizagem eficazes. Portanto, se o professor está planejando ensinar, isso deve se voltar, em primeiro lugar, para ele e seus alunos. O plano passa a ser uma ferramenta de uso pessoal entre professores e alunos. E em segundo lugar, o plano pode servir a outros departamentos da escola para desempenhar certas funções e requisitos administrativos ou burocráticos.
Na concepção de Turra et al. (1995, p. 25.), o planejamento é caracterizado em três etapas:
Preparação
Na fase da preparação do planejamento são previstos todos os passos que concorrem para assegurar a sistematização, o desenvolvimento e a concretização dos objetivos previstos.
Desenvolvimento
Na fase do desenvolvimento, a ênfase recai na ação do aluno e do professor. Gradativamente o trabalho desencadeado desenvolve e aprimora níveis de desempenho.
Aperfeiçoamento
A fase do aperfeiçoamento envolve a testagem e a determinação da extensão do alcance dos objetivos. Estes procedimentos de avaliação permitem os ajustes que se fizeram necessários à consecução dos objetivos.
Turra et al., (1995) ainda apresentam um fluxograma (FIG.1) que facilita a compreensão do processo de planejamento.
Menegolla e Sant’anna (2012) afirmam que, para elaboração de um planejamento curricular, deve-se seguir os seguintes passos: planejamento curricular, bases para o planejamento curricular (estudo da realidade, bases filosóficas, bases sociológicas, bases psicológicas, bases axiológicas, teorias de ensino e bases legais), sondagem, definição dos objetivos, seleção das disciplinas e conteúdos, seleção dos procedimentos, seleção dos recursos humanos e materiais, processos de avaliação, plano curricular e plano de ação.
De posse desses insumos, o professor deve compreender que, por meio do planejamento, é possível ter clareza dos objetivos de suas aulas, facilitando o seu desenvolvimento e, como consequência, tendo um resultado melhor dos alunos, de forma que a aula seja organizada e prazerosa dentro do tempo estimado para cada tempo/aula. O professor é um dos responsáveis pela organização do trabalho educacional no âmbito escolar e da sala de aula e, nesse sentido, o planejamento se torna um espaço privilegiado onde o professor deve exercer seu poder de intervenção sobre o delineamento do seu fazer pedagógico e didático (FARIAS et al., 2011).
FIGURA 1: Fluxograma do planejamento de ensino
Fonte: TURRA et al., 1995, p. 26.
É diante deste cenário e reconhecendo a relevância do ato de planejar para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem que este estudo pretende investigar a competência para organizar/realizar o planejamento didático de concluintes do curso de licenciatura em Educação Física.
2. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de campo com característica descritiva, de abordagem quanti-qualitativa e de corte transversal. O universo da pesquisa consiste no curso de licenciatura em Educação Física de uma universidade pública da cidade de Montes Claros-MG. A amostra é formada por 19 alunos do último ano do curso (7º e 8º períodos), matriculados nos turnos diurno ou noturno do ca0mpus sede. A coleta de dados foi solicitada a todos os integrantes da população e realizada com os 19 estudantes que aceitaram participar da pesquisa. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário narrativo em formato online (via Google Forms) contendo perguntas abertas, na intenção de captar o relato dos acadêmicos acerca das suas percepções sobre o planejamento didático. Também foi aplicado um questionário em formato online (via Google Forms) de questões técnicas para avaliar a competência e a compreensão dos investigados acerca do processo de planejamento. Quanto aos procedimentos para a análise dos dados, o questionário técnico foi analisado utilizando procedimentos de estatística descritiva, com a indicação da frequência de respostas. O questionário narrativo foi analisado utilizando procedimentos qualitativos, com base nas proposições de Gomes (1994, p.70) para a análise por categorias. Segundo o autor, trabalhar com categorias significa articular elementos que possuem características em comum ou que, de alguma forma, mantêm relação entre si. O mesmo autor explica que “[…] trabalhar com [categorias] significa agrupar elementos, ideias ou expressões em torno de um conceito capaz de abranger [esse conjunto de coisas].
O estudo proposto atende às diretrizes e normas determinadas pela Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que regulamenta a realização de pesquisas envolvendo seres humanos, tendo recebido parecer favorável do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros n. 4.401.690, de 16 de novembro de 2020.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A apresentação e discussão dos resultados será feita em dois momentos distintos. Inicialmente, serão apresentados os dados qualitativos, obtidos por meio dos questionários narrativos, nos quais os participantes foram indagados acerca das suas experiências e percepções sobre o planejamento. As respostas são identificadas por códigos alfanuméricos, onde E1 é entrevistado 1; E2 é entrevistado 2; E3 é entrevistado 3 e assim por diante.
Após a apresentação dos dados qualitativos, serão apresentadas as respostas obtidas do questionário técnico, por meio do qual buscamos identificar, de maneira mais objetiva, o nível de conhecimento técnico do pesquisado acerca de alguns conceitos e aplicações do planejamento. Esses dados serão apresentados por meio de gráficos que ilustram a distribuição da frequência de respostas entre os pesquisados.
A primeira questão abordada junto aos pesquisados dizia respeito ao que eles entendiam por “planejamento didático”. Nesse contexto, duas respostas ilustram o conjunto dos dados da pesquisa:
Escrever sobre isso é complicado. Geralmente a gente sabe o que é, mas não sabe falar sobre. Mas acredito que planejar didaticamente alguma ação a ser desenvolvida é definir o passo a passo do ensino a ser desenvolvido no ambiente escolar enquanto ação de aprendizagem (o que eu pretendo ensinar na escola, porque eu pretendo ensinar e como eu pretendo ensinar isso ou aquilo). (E9)
Na minha visão, o planejamento didático é montar e articular uma aula de acordo com o conteúdo que irei abordar. (E14)
Libâneo (2008) confirma a tríade objetivos, conteúdo e metodologia como também as relações inerentes entre eles e sua complexidade. A natureza dos conteúdos referenciados com uma forma de procedimento de ensino leva à questão de como essa relação é tratada na prática e se a complexidade da interação objetivos-conteúdo-metodologia é levada em conta no planejamento no cotidiano escolar. Sem planejamento e organização, as ações pedagógicas dificilmente se desenvolverão de forma satisfatória. Em muitos estudos, os participantes afirmam que é importante um planejamento para as atividades realizadas nas escolas da educação básica (Fossatti; Güths; Jung, 2019).
Todos os entrevistados que participaram da pesquisa acreditam que é importante um planejamento para melhor atuação prática do professor na escola. Os entrevistados também apontaram uma necessidade de desenvolver e aplicar métodos adequados de planejamento durante os estágios, devidamente estruturados em propostas pedagógicas, projetos e planos de ensino que buscam resolver dificuldades que possam surgir na organização do ensino (Almeida; Moreira, 2020)
Na segunda questão, os entrevistados foram questionados sobre “qual a importância do planejamento para a atuação prática do professor na escola?” Destacam-se as seguintes respostas:
Sem planejamento, não existe possibilidade de atuação prática na escola, porque tudo que você pretende trabalhar tem que ser planejado antes, você precisa saber o que você vai trabalhar você não pode chegar na escola e simplesmente colocar em prática algo que não foi planejado, pois certamente não vai dar certo. (E14)
O planejamento é como um mapa, um GPS que guiará o professor pelos melhores caminhos para que alcance seu destino/objetivo da melhor forma. É importante para que o professor não se perca nos conteúdos e tenha uma sequência lógica e adequada de desenvolvimento. (E17)
Segundo Lopes (2019), planejamento é o meio para o alcance eficiente e eficaz dos objetivos de uma organização, utilizando as funções e conhecimentos necessários. Consiste no alcance de metas, no processo de assumir responsabilidades para planejar e gerenciar os recursos, pessoas, bens, serviços, atividades ou instalações de uma organização.
Como profissionais do magistério, os professores de Educação Física necessitam de conhecimentos em planejamento, organização, controle, orientação, tomada de decisão e outras funções básicas de uma gestão. Portanto, todo esse conhecimento deve constar na formação inicial do profissional. Segundo Azevêdo (2018 p.93), a formação é “preparação básica, incluindo princípios (origens), fundamentos (justificativas) e formação prática preliminar”.
A terceira pergunta indagava, aos pesquisados, se eles julgavam necessária a elaboração do planejamento diário para a realização de aulas. De todos os indagados, apenas um respondeu que não julgava necessário elaborar planejamento diário, mas não apresentou justificativa para a sua posição. Todos os outros pesquisados argumentaram sobre a importância do planejamento diário:
Sim, pois planejando antes da realização de uma aula, aumentará de forma significante o sucesso e o avanço não só do absorvimento [sic] que os alunos terão em relação ao conteúdo aplicado, mas também da convivência com o professor e do prazer em eles se interessarem sobre determinado conteúdo. (E10)
Sim, pois cada dia é diferente, muitas coisas podem ocorrer na semana, o tempo pode mudar, alguém da turma pode se machucar, é viável pensar em uma estratégia em que todos participem. (E3)
De acordo com Takahashi (2004) o plano de aula envolve o estudante de maneira organizada e ativa durante o processo de ensino, visando uma educação transformadora. Neste cenário, consideramos que o momento do planejamento de aula é fundamental para conseguirmos auxiliar o estudante a expandir suas ideias sobre seu propósito de estudo e sua formação profissional, considerando o mundo em que está inserido. Ao empregar o plano de aula, os docentes podem ganhar mais segurança acerca do conteúdo a ser trabalhado, já que o conhecimento prático estará fundamentado na teoria.
Imbernón (2007) expõe a importância de um ensino que seja transformador e que considere o estudante em sua totalidade. O autor argumenta que o planejamento de aula deve ser um processo de construção conjunta entre professores e estudantes, permitindo o desenvolvimento de habilidades e a reflexão crítica sobre a prática profissional.
A quarta questão indagou se o planejamento poderia ser utilizado para despertar o interesse dos alunos, e de que forma isso poderia acontecer. As respostas evidenciaram que os pesquisados reconhecem a relação entre planejamento e motivação:
Sim. Quando se planeja, e coloca em um “papel” suas ideias para uma aula ou para um conteúdo a ser trabalhado, você tem uma visão mais ampla do assunto, podendo traçar estratégias com mais facilidade. (E1)
Sim, pois por meio de um diálogo ou convivência, o professor será capaz de perceber e descobrir o que mais despertaria interesse em cada aluno. Desta forma, o professor poderá elaborar um planejamento de acordo com o que ele percebeu durante o diálogo ou convivência com determinados alunos ou turmas de alunos. (E12)
Brito (2020) enfatiza que o planejamento é uma condição importante para a garantia da qualidade do processo formativo, pois seu potencial está relacionado às ações planejadas de forma integrada entre a instituição formadora e o campo da escola, proporcionando vantagens para a aproximação entre esses espaços, por meio do diagnóstico escolar, avaliação processual das atividades e realização de alterações quando necessário para sistematizar o processo de formação para aprimorar a experiência do estudante.
Libâneo (2001) aborda a necessidade de uma didática que seja centrada no aluno, em que o estudante não seja um receptor passivo de conteúdos, mas um sujeito ativo no processo de aprendizagem. Para ele, o planejamento de aula é uma etapa essencial para garantir que os estudantes possam desenvolver suas competências de forma crítica e reflexiva.
A quinta pergunta do questionário tratava da questão da experiência vivenciada no curso e qual relação seria possível identificar entre planejamento didático e educação de qualidade. Muitos dos entrevistados apontaram que, com base na experiência de sala de aula, fica evidente que esses dois termos caminham juntos.
A aplicação de aulas no âmbito escolar sendo auxiliadas através de um bom planejamento, nenhum obstáculo será capaz de romper o sucesso da educação para/com esses alunos. Independentemente de como for a educação dentro da escola (boa ou ruim, limitada ou muito acessível), o uso de um bom planejamento fará com que o professor consiga aplicar a sua aula, passar o seu conhecimento para os seus alunos e conseguir os devidos objetivos da melhor forma possível (E12).
Tive experiência de vivenciar o contrário, como a falta de planejamento pode deixar uma aula sem nexo, sem um objetivo claro, comprometendo o processo de ensino-aprendizagem. (E19)
Souza Neto, Borges e Ayoub (2021) argumentam sobre a importância de que as ações na formação sejam articuladas com a realidade escolar, destacando que as parcerias entre universidades e escolas para a realização de estágios e a posterior mobilização de conhecimentos docentes de graduação são relações necessárias e vantajosas para acompanhar os estagiários. Portanto, a avaliação dos conhecimentos em meio ao planejamento das atividades desenvolvidas durante o estágio pode minimizar as dificuldades associadas, mesmo que os futuros professores de Educação Física do ensino básico não tenham situações satisfatórias na sua docência.
Mesmo enfrentando dificuldades no campo escolar, Sborquia (2008) afirma que nos programas de licenciatura em Educação Física, a formação não deve centrar-se somente na aquisição de conhecimentos académicos e disciplinares, mas é necessário integrar esses conhecimentos em situações reais e permitir que os futuros professores vivenciem situações-problema e possíveis soluções.
De acordo com Pimenta e Lima (2019), a mobilização adequada de recursos didáticos proporciona integração entre os alunos, gera maior interesse e engajamento, auxilia na discussão de suas ideias e os expõem aos grupos e à interação entre si. Além disso, a utilização de recursos didáticos pode cultivar a capacidade de observação dos alunos e aproximá-los da realidade, promovendo assim a aprendizagem.
Nessa perspectiva a questão abordou sobre como os acadêmicos elaboram os tópicos dos planos de aula.
Conteúdo a ser trabalhado, objetivos da aula, tempo disponível, a metodologia utilizada, a forma de avaliação e materiais disponíveis (E4).
Tenho os objetivos bem definidos, a metodologia (é claro que nesta a realidade escolar, isso tem muita influência), atividades a serem trabalhadas (também considerando a realidade de cada aluno) e a avaliação (que são observações minhas sobre a individualidade de cada aluno e sobre a aula em si, claro que isso só será feito após a aula.) (E1)
Segundo Pimenta (2019), os professores que promovem formação devem ser capazes de agir criticamente diante dos desafios encontrados em seus espaços de trabalho; compreender os aspectos sociais e políticos relevantes para sua prática; compreender as realidades dos alunos que atendem, o que permite a análise crítica e leva à compreensão e ao desenvolvimento de práticas docentes que resultam em aprendizagem significativa; participar ativamente das atividades escolares, não apenas em sala de aula; e fazer recomendações de melhorias aos grupos a que pertence.
Como informado anteriormente, após a apresentação dos dados qualitativos, serão apresentadas as respostas obtidas do questionário técnico, buscando identificar, de maneira mais objetiva, o nível de conhecimento técnico do pesquisado acerca de alguns conceitos e aplicações do planejamento. Esses dados serão apresentados por meio de gráficos que ilustram a distribuição da frequência de respostas entre os pesquisados. As questões abordadas estão no cabeçalho de cada um dos gráficos apresentados.
GRÁFICO 1 – Função do planejamento
Fonte: Coleta de dados da pesquisa.
Na consideração dos dados coletados, a alternativa que deveria ser marcada era a “A”, já que “não é função do planejamento guia de forma definitiva o processo de ensino. Entretanto, nota-se que a maior parte dos investigados se equivocou na resposta, havendo, inclusive, quem assinalasse que “não é função do planejamento prever objetivos, conteúdos e métodos considerando as exigências da realidade social. Se o planejamento é uma base importante para a atividade de ensino, a garantia de um ensino de qualidade fica fragilizada quando mais da metade dos futuros professores parece não compreender a função básica de um planejamento.
O planejamento didático é uma tarefa que inclui tanto a antecipação da organização e coordenação das atividades letivas à luz dos objetivos propostos como a sua revisão e adaptação durante o processo de ensino. Ele (o planejamento) é um meio de organizar ações instrucionais e um momento de pesquisa e reflexão que está intimamente relacionado à avaliação (Souza; Santos, 2019).
Se confrontarmos essa resposta com a resposta da questão 1 do questionário narrativo, veremos coerência, já que lá a maioria dos investigados também não consegue descrever com clareza qual seria a função do planejamento. Em sua pesquisa sobre planejamento, Lopes et al. (2016, p.8) também identificou grande dificuldade dos professores de Educação Física em compreender adequadamente o processo de planejamento: “apesar dos professores estarem aderindo à prática do planejamento escolar, o formato ainda não se encontra de uma maneira que possibilite pensar coletivamente a disciplina e suas práticas”.
GRÁFICO 2 – o planejamento como componente educacional
Fonte: Coleta de dados da pesquisa
Nas respostas à questão exposta acima, a maior parte dos pesquisados se posicionou adequadamente, afirmando que “o planejamento é um meio para facilitar e viabilizar o desenvolvimento dos conteúdos de maneira adequada para todos os alunos. Entretanto, merece destaque o fato de que 30% dos pesquisados sinalizou que, na perspectiva deles, o planejamento serve para a “transmissão de conteúdos de maneira linear e fragmentada”, o que, evidentemente, é um equívoco sério já que não é possível pensar o planejamento a partir de uma perspectiva estática ou linear, já que a dinâmica escolar se revela sempre multifacetada e dinâmica.
De acordo com Cunha; França (2019, p.15), planejamento é “a antecipação mental de uma ação ou conjunto de ações a serem realizadas, e agir de acordo com o plano”. O autor ainda afirma que “planejar não é apenas o que você faz antes de agir, é também agir com base nos seus pensamentos”. Portanto, todo planejamento tem teoria e prática, não é neutro porque há metas que precisam ser alcançadas em função de determinadas realidades. Nesse sentido, o ato de planejar requer tomada de decisão. É importante notar que planejar é um ato de construção, afinal, planejar não é um evento isolado, mas uma ação integral contínua.
Para a elaboração do planejamento escolar, o professor deve primeiro realizar pesquisas sobre a real situação da escola e diagnosticar o nível de aprendizagem do aluno, os aspectos pessoais e os recursos disponíveis na escola. Padilha (2001) acredita que o planejamento é sempre um processo de reflexão e ação de tomada de decisão, um processo de antecipação de necessidades e de utilização racional dos meios (materiais) e recursos disponíveis, visando atingir metas e prazos determinados e etapas determinadas, com base em avaliação.
GRÁFICO 3 – o planejamento e seus objetivos
Fonte: Coleta de dados da pesquisa
Conforme ocorreu na questão anterior, aqui também a maior parte dos pesquisados se posicionou adequadamente, afirmando que “O planejamento é um meio para se programarem as ações docentes, mas é, também, um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação. Sousa et al. (2024) argumenta que, para além da esfera técnica, o planejamento deve ser político e social, ou seja, precisa focar em questões como “para quê”, “para quem” e “o que planejar”, sendo que essas questões podem ser respondidas através do diagnóstico da realidade. O planejamento é, portanto, um processo de racionalização, organização e coordenação das ações docentes, entrelaçando as atividades a cada problema do contexto social. Escolas, professores e alunos fazem, portanto, parte da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no ambiente escolar é afetado pelas características econômicas, políticas e culturais da sociedade de classes, o que significa que os elementos do planejamento escolar, – objetivos, conteúdos, métodos – estão repletos de implicações sociais.
Num olhar mais amplo, o plano pedagógico e administrativo da unidade escolar sempre explicita a filosofia de ensino do corpo docente, a base teórico-metodológica da organização do ensino, o enquadramento social, econômico, político e cultural da escola, as características dos usuários da escola, os objetivos educacionais, a estrutura curricular, diretrizes metodológicas gerais, sistema de avaliação dos programas, estrutura organizacional e administrativa (Libâneo, 1994, p. 230). Exatamente por isso que o planejamento deve ser pensado como um meio de organizar ações instrucionais e um momento de pesquisa e reflexão que está intimamente relacionado à avaliação.
GRÁFICO 4 – as características do planejamento escolar
Fonte: Coleta de dados da pesquisa
Na última questão fechada do questionário técnico, 95% dos pesquisados concordaram que “o planejamento escolar precisa ter claro os objetivos, conteúdos e métodos para nortear a prática pedagógica”. De fato, o planejamento escolar abrange vários níveis de detalhes e envolve diferentes aspectos, assim descritos por Sousa et al. (2024): a definição de objetivos e metas (identificar o que a escola pretende alcançar em termos de aprendizagem dos estudantes, desenvolvimento pessoal e social e metas administrativas e instrucionais); o desenvolvimento curricular (decidir o que ensinar, como ensinar e em que ordem, tendo em conta as orientações curriculares definidas pelas autoridades educativas); a seleção de métodos e estratégias de ensino (considerar as características pessoais e a formação educacional dos alunos e selecionar os métodos de ensino mais adequados para atender às necessidades dos alunos); organização do calendário escolar (organizar o cronograma das atividades acadêmicas, incluindo distribuição de turmas, períodos de avaliação, férias escolares e eventos especiais; gestão de recursos (garantir que as escolas tenham os recursos fundamentais para implementar os seus planos, incluindo materiais didáticos, equipamentos, pessoal qualificado e infraestrutura adequada; e avaliação e monitoramento: (estabelecer critérios e ferramentas de avaliação para monitorar o progresso dos alunos, identificar áreas de melhoria e avaliar a eficácia das práticas educacionais empregadas.
De acordo com Moro et al., (2016), as características do planejamento escolar visam garantir que as instituições educativas proporcionem uma educação de qualidade, promovam o desenvolvimento integral dos alunos e contribuam para a realização dos seus objetivos educativos e sociais. O processo de planejamento está sempre presente nos diferentes contextos do nosso cotidiano e desempenha um papel vital no campo da educação. Especificamente, no campo da educação, o planejamento didático é um guia para as ações que um professor irá realizar e, com tal, para ser eficaz, o plano deve ser útil, prático, com objetivos claros e previsões conscientes de ação.
Libâneo (2001, p. 225) aponta a articulação entre os diversos níveis de planejamento, argumentando que o planejamento na educação deve ser pensado como “[…] documento mais global; expressando diretrizes gerais e resumindo a ligação entre o programa de ensino da escola, por um lado, e o próprio plano de ensino, por outro”. O planejamento é uma ferramenta importante para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, pois permite que os indivíduos se organizem para alcançar maior sucesso na prática.
Segundo a literatura, a relação teoria-prática na formação de educadores apresenta uma tendência que pode ser explicada pela dificuldade de transformação do conhecimento de referência em conhecimento escolar. A partir da pesquisa realizada, pode-se compreender a importância do planejamento do cotidiano escolar, já que ele permite que os professores melhorem sua prática e delineem seus objetivos em sala de aula. O planejamento não pode ser construído com uma base rígida, pois deve ser constantemente revisitado e seguir um rumo realista. Ele não pode pedir que a realidade se adapte ao que é prescrito (Sousa et al., 2024).
O professor deve lembrar que um plano é apenas um guia e não algo definitivo já que deve permitir fazer mudanças quando as coisas não ocorrerem conforme o planejado. Apesar da sua necessidade ser fartamente demonstrada, ainda há professores que negligenciam a sua existência e, por razões diversas, não realizam essa tarefa, o que muitas vezes provoca a desestruturação das suas aulas porque não conseguem organizar corretamente o que deve ser feito, por que deve ser feito, como deve ser feito ou quanto tempo deve durar.
Para ser adequado à dinâmica do contexto educacional, o planejamento educacional precisa ser flexível, adaptável e orientado para a promoção de uma aprendizagem significativa. Consiste em uma série coordenada de ações, baseadas num processo de tomada de decisão com vistas ao alcance de metas estabelecidas frente aos resultados esperados pela comunidade escolar.
4. CONCLUSÃO
Os dados desta pesquisa revelaram um nível razoável de conhecimento acerca do planejamento didático, demonstrando que há, ainda, a necessidade de uma intervenção mais pontual no sentido de consolidar conceitos e aplicações sobre o assunto no processo de formação de futuros professores na instituição estudada. Em geral, todos os pesquisados apresentam argumentos pertinentes sobre a importância do planejamento e suas implicações no processo ensino aprendizagem. Entretanto, frente à tarefa de interpretar questões técnicas, parte significativa demonstrou dificuldade.
Nesse cenário, a adoção de estratégias para reforçar o conhecimento sobre o assunto revela-se de grande importância, já que a conduta didática de elaborar planejamentos permite, ao professor, organizar seus passos com mais precisão em direção ao que deseja atingir. Ao planejar, o professor passa a ter acesso a um leque maior de possibilidades, pois o ato de estudar/pesquisar é a base do ato de planejar e preparar as aulas, sem nunca deixar de refletir, obviamente, sobre aspectos que ocorrem em seu cotidiano.
Como todo ato educativo é, necessariamente, um ato político, todos os processos de planejamento refletem escolhas e prioridades, feitas de acordo com os fatores políticos e sociais que conformam a escola e a prática do professor. Isto significa que o planejamento jamais ocorre num vácuo ou de forma isolada, mas é sempre tradutor de uma determinada comunidade, sociedade ou contexto. Portanto, é fundamental ter clareza da complexidade e das implicações desse processo para abordá-lo de forma consciente e, assim, buscar garantir que o planejamento seja sensível, inclusivo e capaz de compreender a diversidade e a inclusão.
REFERÊNCIAS
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1Licenciada em Educação Física. Universidade Estadual de Montes Claros
2Professor do Departamento de Educação Física e do Desporto. Universidade Estadual de Montes Claros
3Professor do Departamento de Educação Física e do Desporto. Universidade Estadual de Montes Claros
4Professor do Departamento de Educação Física e do Desporto. Universidade Estadual de Montes Claros