COMO O PROFISSIONAL PODE DESENVOLVER SUA INTELIGENCIA EMOCIONAL? GESTÃO DA EMOÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E PESSOAL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11094006


Francisco Carlos da Silva1


RESUMO

Este artigo tem como principal objetivo, a identificação dos conceitos e princípios que envolve a inteligência emocional, como se desenvolve a capacidade de gestão da emoção e a resiliência como característica principal e fundamental na capacidade de recomeçar, reconstruir e administrar situações difíceis na vida, para isso, ele utilizou uma metodologia de abordagem exploratória, com o método de pesquisa bibliográfica de livros, artigos e mídias eletrônicas. O artigo terá três principais livros escritos sobre o assunto, começando com o “A Inteligência Emocional” de Daniel Golaman, “O Emocional Inteligente de Vera Martins e “Gestão da Emoção” de Augusto Cury” e outros artigos e mídias eletrônicas escritas sobre o assunto. O artigo apresentará os principais pilares da inteligência emocional, técnicas para a gestão da emoção e seus benefícios para o convívio social. Os resultados do trabalho é apresentar a importância da gestão da emoção, o autoconhecimento, o autorrespeito, habilidade sociais e resiliência como ferramentas primordiais para o desenvolvimento pessoal e profissional. 

Palavras-chave: Resiliência, Inteligência Emocional, Gestão das Emoções, autoconhecimento, autorrespeito.

ABSTRACT  

This article’s main objective is to identify the concepts and principles that involve emotional intelligence, how the ability to manage emotion is developed and resilience as the main and fundamental characteristic in the ability to start over, rebuild and manage difficult situations in life, to To do so, he used an exploratory approach methodology, with the bibliographical research method of books, articles and electronic media. The article will have three main books written on the subject, starting with “A inteligência Emocional” by Daniel Golaman, “O Emocional Inteligente” by Vera Martins and “Gestão da Emoção” by Augusto Cury” and other articles and electronic media written on the subject. The article will present the main pillars of emotional intelligence, techniques for managing emotion and their benefits for social life. The results of the work are to present the importance of emotion management, self-knowledge, selfrespect, social skills and resilience as essential tools for personal and professional development.

Keywords: Resilience, Emotional Intelligence, Emotion Management, self-knowledge, selfrespect.

1 Introdução 

 Viver ou sobreviver, sempre existe a escolha ou cominho a ser percorrido, na maioria das culturas sempre existe a grande luta do bem contra o mal, ou certo e errado, há sempre uma luta de dois lados, geralmente opostos, com certeza muitos conhece a fabula indígena da luta interna dos dois lobos, esta luta representa o conflito interno que todos tem, nesta história, o neto, depois de ouvir o comentário do avo sobre a existência dos dois lobos, um que represente o lado bom e o outro que represente o lado mal, então ele pergunta ao seu avo, qual dos lobos vencera? o avo responde que vai vencer o lobo que ele escolher alimentar, ou seja, dentro de nós vencera o que for alimentado, as emoções ou a razão, também existe outro resposta menos conhecida, em que o avo responde que os dois lobos vencem ou nunca haverá um vencedor final, ou seja, sempre haverá um equilíbrio desta luta, trazendo para o lado das emoções, a história mostra que deve ser procurado o equilíbrio entra a emoção e a razão, uma vai completa a outra, este trabalho chama isso de gestão das emoções, o líder deve ter bem claro a necessidade de gerir suas emoções.

 Para isto o artigo tem como objetivo identificar os conceitos de inteligência emocional, como se dar a gestão da emoção, a resiliência como forma fundamental nesta gestão, para isso ele utilizou uma Metodologia com abordagem exploratória, com método de pesquisa

bibliográfica da literatura existente, como livros, artigos e mídias eletrônicas. O artigo terá três principais livros, começando com o “A Inteligência Emocional”, escrito por Daniel Goleman, este livro é referência nos conceitos sobre a inteligência emocional, “O Emocional Inteligente” escrito por Vera Martins e “Gestão da Emoção” de Augusto Cury, e outros artigos sobre o assunto. O trabalho mostra a importância do equilíbrio das emoções, que o líder que souber gerir suas emoções terá grandes vantagens competitivas no desenvolvimento profissional e pessoal. 

2 Inteligência Emocionais
2.1 Inteligência Emocionais e seus pilares

 Para o artigo falar sobre a inteligência emocional, não tem como não começar com Daniel Goleman, a partir do seu livro “Inteligência Emocional” que foi o marco principal para estudar este tema, no livro, o autor começa conceituando os coeficientes que medem as inteligências humanas, a mais tradicional, o QI – coeficiente de inteligência, que ate pouco tempo se achava que isto era fundamental para ser bem sucedido, e bastava que uma pessoa fosse inteligente que conseguiria um bom emprego, construiria uma grande carreira profissional, teria sucesso pessoal e profissional, mas Golaman, coloca este coeficiente com apenas 20% das condições para o sucesso, ele começa a conceituar o QE – inteligência emocional, a capacidade de identificar as nossas emoções e as dos outros, e administrar as reações, hoje se sabe que os profissionais são contratos por suas habilidades e conhecimento técnicos, o coeficiente de inteligência, mas na grande maioria são demitidos pelos comportamentos, inteligência emocional, mas o autor coloca a inteligência emocional como uma habilidade que pode e deve  ser desenvolvida.

 Líderes e funcionários com alta inteligência emocional, influencia todo o ambiente do trabalho, melhora a satisfação da equipe, maior comprometimento, menor rotatividade, sentimentos mais positivos, maior engajamento, melhor saúde física e mental.

O Daniel Goleman colocar a inteligência emocional fundamentada em 5 pilares:

Figura 1 Pilares

Fonte: Adaptação Goleman (1996)

2.1.1 Conceitos

1. Autoconsciência: a capacidade de saber o que realmente sente e como lidar com isso com os seus sentimentos. 

2. Controle dos impulsos: capacidade de conhecer e gerenciar as emoções, divididos em dois conceitos.

  • Autopercepção: o que se entende e percebe das emoções
  • Heteropercepção: como os outros percebe e enxergam a mesma situação.

3. Empatia: entender o lugar que a outra pessoa estar emocionalmente e colocar-se no lugar dela.

4. Habilidade social: relações emocionalmente saudáveis e a capacidade de transitar entre vários ambientes sociais.

5. Automotivação: capacidade de motiva a se mesmo, desejo de melhorar, de mudança.

2.2 Equilíbrio das emoções: Razão e emoção na formação profissional

 No livro “O Emocional Inteligente”, a autora Vera Martins, no início vai trabalhar com esta dialética, de viver ou sobreviver, do otimista ou pessimista. Ela descreve que viver é ter segurança, ser otimista, ter pensamentos positivos e que sobreviver estar ligado ao pessimismo, com pensamento negativo, inseguro, ela fala também que o pessimista sempre ver os problemas como incontrolável e quase eternos, já o otimista consegue enxergar os problemas como controláveis e temporários, o desafio é trabalhar estes pensamentos negativos transformando em pensamentos positivos e produtivos, criando um equilíbrio nas emoções conseguindo gerir suas reações emocionais. 

 A boa gestão das emoções cria pessoa bem resolvidas, pessoas com atitudes positivas. Mas, o que é uma pessoa bem resolvida? a autora aponta três características marcantes: primeiro a autonomia – esta pessoa é capaz de tomar suas próprias decisão, fundamentados nos seus pensamentos e em suas próprias ponderações; a segunda característica é o pensamento crítico, podendo chagar a diversas verdades a partir de questionamentos saudáveis e reflexivos, fundamentados em pensamentos críticos e por último a coragem de agir com determinação, elas possui uma energia interna positiva e desejo de fazer acontecer.

 O equilíbrio emocional traz a saúde emocional, com vários benefícios para a vida, a autora apresente três benéficos de ter atitudes, sendo o primeiro, ser dono da sua vida, desenvolvido a partir do autoconhecimento, o segundo benefício é ser livre emocionalmente, esta liberdade gera uma sensação de competência e força interna, o terceiro benefício é o poder o autorrespeito, condições de lidar com as diferencias dos indivíduos. Então, pode ser visto que, ser uma pessoa bem resolvida é se sentir sem amaras emocionais, livre para pensar, para sentir, para agir, começando com a autoaceitação e desenvolvendo o autoconhecimento, fazendo escolhas conscientes.

Com relação a resiliência a autora conceitua como uma força interna que leva uma pessoa a evoluir e se transformar, ela cita 8 fatores quando fala de resiliência:

Figura 2: Resiliência

Fonte: adaptação Martins (2018)

2.2.1 Conceitos
  1. Autocontrole: virtude da temperança, capacidade de controle emocional.
  2. Autoconfiança: ter confiança em si mesmo, nas suas habilidades e julgamentos 
  3. Sensibilidade ao contexto: estar ciente do contexto social e capacidade se adequar ao ambiente. 
  4. Empatia: capacidade de se colocar no lugar do outro, de sentir como estivesse no lugar do outro.
  5. Conquista e manter: capacidade de conquistar seus objetivos e mantê-los.
  6. Leitura corporal: linguagem não verbal, capacidade de realizar a leitura das expressões e postura corporal.
  7. Otimismo realista: característica otimista, porém, com o pé na realidade, uma pessoa com equilíbrio entre o otimismo e pessimismo.
  8. Sentido de vida: proposito para viver, significado da vida.
2.3 Gestão das emoções 

 O terceiro autor que será trabalhado é o Augusto Cury, em seu livro “Gestão da Emoção”, mostra que o gerenciamento da emoção é fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional, o autor começa fazendo um paralelo do coaching e o psicólogo, duas profissões tão próximo e tão distantes ao mesmo tempo. O coaching focado no desenvolvimento de habilidades e competências e o psicólogo busca tratar e compreender as questões emocionais.  Na maior parte do livro o autor vai apresentar e discutir as 8 mega técnicas de gestão da emoção (MegaTGE’s), sua importância não só na mudança de comportamento como também nos sentimentos e pensamentos.

Figura 3: MegaTGE

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Fonte: adaptação Cury (2015)

2.3.1 Conceitos
  1. Reeditar e reconstruir memorias: processo de se livrar dos lixos psíquicos que acumulamos durantes nossa vida, reciclando os pensamentos negativos fazendo uma resiliência emocional, esta técnica trabalha o desenvolvimento do autoconhecimento e autocritica.
  2. Desarmar as armadilhas mentais: construindo relações sociais saudáveis, trabalha a autorreflexão e fortalecendo os relacionamentos interpessoais. Melhora a habilidade de lidar com os conflitos e um bem-estar pessoal.
  3. Construir a felicidade inteligentes: busca o bem-estar e a satisfação pessoal, esta construção envolve autoconhecimento, autocritica, autorreflexão e empatia
  4. Saúde emocional: superar conflitos e mapear fantasmas mentais, agora ele está falando das crenças limitantes, dos conflitos interno e externos, então esta técnica trata de resiliência e melhoria na saúde emocional.
  5. Crescendo na crise: esta técnica já é a cara da resiliência, mesmo que esta mais ligado a mundo empresarial, o grande foco é melhorar a tomada de decisão.
  6. Formar líderes: o autor continua no mundo, mas corporativo, a justificativa é que líderes que administra suas emoções consegue identificar oportunidades, realizar mudanças e criar soluções para problemas complexos
  7. Proteger a emoção: importante na regulação e no equilibradas emoções, ensina a lidar com críticas e desenvolve a resiliência.
  8. Gerir os comportamentos: esta técnica leva enfrentar os desafios com maior confiança.

A Augusto Cury vai colocar três pensamentos principais como base para a gestão da emoção, e entender as diferencias são importantes para desenvolver as habilidades emocionais e equilibrar a saúde mental, os três pensamentos são:

Figura 4: Pensamentos

Fonte: adaptado de Cury (2015)

2.3.1 Conceitos
  1. Pensamento automáticos: rápidos e involuntários, baseados principalmente em crença já existentes.
  2. Pensamentos conscientes: racionais, analíticos, importante para administrar as emoções e tomada de decisão
  3. Pensamento metacognitivo: são pensamentos que envolve racionalidade, conhecimento e habilidade, muito crucial no desenvolvimento pessoal.

Outra coisa muito importante na formação da personalidade é a inveja, o autor divide em duas invejas, primeira é a sabotadora, com pensamentos negativos e destrutivos, altamente prejudicial ao individuo, a segunda é a inveja espelho, quando leva a pessoa se espelha em outra pessoa para evoluir, neste caso tem efeito positivo. A partir disto podemos ver a função sicioemocional na construção do individuo, mostrando a grande importância da educação neste processo de socialização, empatia e resiliencia social, não vivemos no mundo isolado como uma ilha, mas sim na coletividade, e a gestão da emoção é de fundamental importância no processo social e corporativo.

3 Considerações Finais

O trabalho concluiu a revisão literária, com os principais conceitos da inteligência emocional, baseado nos livros, “A inteligência emocional”, mostrando os 5 pilares de Daniel Goleman (1996), o autor mostra também que a inteligência emocional, pode ser trabalha e desenvolvida, o segundo livro, “O emocional inteligente”, apresenta as principais características e benefícios da administração das emoções, apontados por Vera Martins (2015).

O ponto fundamental do trabalho foi a compreensão da gestão da emoção, sua importância para o desenvolvimento pessoal e profissional, principalmente dos líderes, a capacidade de administrar as reações frente as dificuldades, mostra a importância da resiliência e que líderes com autoconsciência emocional tem melhores desempenho. 

O trabalho conclui a importância do desenvolvimento da gestão da emoção no líder, dando capacidade de tomada de decisão, uma visão mais profunda das relações humanas, gera autoconsciência, autoconfiança, autocontrole, otimismo, empatia no gerenciamento dos conflitos, adaptabilidade (resiliência), trabalho em equipe e muito mais, mas o resumo de tudo é que a inteligência emocional gera “uma pessoa bem resolvida pessoal e profissionalmente”. 

4 Referências Bibliográficas

Golaman, Daniel (1996) Inteligência Emocional, A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente, Brasil, Objetiva.

Cury, Augusto (2015) Gestão da Emoção, Técnicas de coaching emocional para gerenciar a ansiedade, Brasil, Benvirá

Martins, Vera (2018) O Emocional Inteligente: Como usar a razão para equilibrar a emoção, Brasil, Alta Bookshttps://www.vanusacardoso.com.br/inteligencia-emocional-por-daniel-goleman/ acessado em 04/04/2024

https://altabooks.com.br/wpcontent/uploads/2021/07/capitulo_de_amostra_O_Emocional_Inteligente.pdf acessado em 04/04/2024

https://www.periodicosibepes.org.br/index.php/recadm/article/view/3384/1166 acessado em05/04/2024 https://reuna.emnuvens.com.br/reuna/article/view/1278 acessado em 05/04/2024


1 Bacharel em Ciências Econômica pela UFRN, MBA em Liderança e engajamento pela UNESC, MBA em Liderança e Coaching pela UNINASSAU, MBA em Administração estratégica pela Estácio.  Mestrando em Administração pela Must University. E-mail franciscosilva14460@student.mustedu.com.