AVALIAÇÃO DO EFEITO DA CAMINHADA COMO EXERCÍCIO TERAPÊUTICO NA DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM IDOSAS DO GRUPO DE CAMINHADA DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Nova Fisio, Revista Digital. Rio de Janeiro, Brasil, Ano 15, nº 89, Nov/Dez de 2012. http://www.novafisio.com.br

Avaliação do Efeito da Caminhada como Exercício Terapêutico na Diminuição da Pressão Arterial em Idosas do Grupo de Caminhada do Programa de Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá 
EVALUATION OF THE EFFECT OF THERAPEUTIC EXERCISE AND WALKING IN REDUCTION OF BLOOD PRESSURE IN ELDERLY GROUP WALK FAMILY HEALTH PROGRAM AT THE UNIVERSITY ESTACIO DE SÁ

Charles Campos da Costa: chacosta@ig.com.br;
Lidiane Maria Borges Galdino Rodrigues: lmborges26@gmail.com

Nova Fisio, Revista Digital. Rio de Janeiro, Brasil, Ano 15, nº 89, Nov/Dez de 2012. http://www.novafisio.com.br

 

Resumo

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica é caracterizada pelo aumento da pressão arterial além dos níveis normais. Atualmente a doença atinge mais de 50% da população idosa. O exercício físico objetiva normalizar a pressão arterial e seus fatores de risco, sendo a caminhada a atividade mais acessível ao idoso. Materiais e Métodos: Foram selecionadas quatro idosas, duas hipertensas e duas não hipertensas, que realizaram a caminhada no Passeio Público duas vezes na semana por 30 minutos. As pressões arteriais das participantes foram aferidas antes e após a caminhada. Resultados: Todas as participantes obtiveram resposta positiva quanto à redução da pressão arterial após a realização da caminhada. Discussão: Para que a redução da pressão arterial seja mais significativa é importante que a atividade seja realizada com mais frequência e mais vezes na semana, para que os efeitos permaneçam por mais tempo. Conclusão: A caminhada auxilia na redução da pressão arterial tanto de idosas hipertensas como não hipertensas, sendo uma atividade benéfica para o público idoso.

Palavras-chave: hipertensão arterial sistêmica no idoso, caminhada, fisioterapia, pressão arterial

Abstract

Introduction: Hypertension is characterized by increased blood pressure beyond normal levels. Currently, the disease affects more than 50% of the elderly population. The exercise aims to normalize blood pressure and your risk factors, and walking activity more accessible to the elderly. Materials and Methods: We selected four elders, two hypertensive and two non-hypertensive patients, who were walking in the Public Promenade twice a week for 30 minutes. The participants\’ blood pressures were measured before and after the walk. Results: All participants received positive response as a reduction in blood pressure after the completion of the walk. Discussion: In order for the blood pressure reduction is more significant is important for the activity to be performed more often and more times a week, so that the effects remain for a longer time. Conclusion: The walk helps in lowering blood pressure in both hypertensive and non-hypertensive elderly, being an activity beneficial to the elderly population.

Keywords: hypertension in the elderly, walk, physiotherapy, blood pressure

Introdução

A pressão sanguínea é a pressão exercida pelo sangue sobre as paredes vasculares. Pelo fato de normalmente nos referirmos à pressão exercida sobre as paredes arteriais, é chamada de pressão arterial. Ela expressa dois valores, a pressão sistólica e a diastólica. O valor mais elevado é a pressão arterial sistólica, e o valor mais baixo é a pressão diastólica (WILMORE e COSTILL, 2003).
Porto (2005) afirma que a Pressão Arterial (PA) sofre mudanças contínuas durante todo o tempo, dependendo das atividades, da posição do indivíduo e das situações.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o termo clínico que descreve a condição na qual a PA encontra-se cronicamente elevada, acima dos valores apresentados pelos indivíduos normais e saudáveis (WILMORE e COSTILL, 2003).
O termo hipertensão arterial, hipertensão ou pressão alta é usado a partir de um número estabelecido arbitrariamente pela constatação do aumento do risco cardiovascular relacionado a este valor (PORTO, 2005).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 2010) a HAS é o principal fator de risco para a mortalidade e umas das causas de incapacidade no mundo. Como não acontece de forma isolada, os hipertensos comumente apresentam fatores de risco associados, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares. A HAS possui três estágios:
Estágio 1 – pressão sistólica entre 140 – 159 milímetros de mercúrio (mmHg) e a pressão diastólica entre 90 – 99 mmHg.
Estágio 2 – pressão sistólica entre 160 – 179 mmHg e a diastólica entre 100 – 109 mmHg.
Estágio 3 – pressão sistólica maior ou igual a 180 mmHg e a diastólica maior ou igual a 110 mmHg.
O controle da Pressão Arterial é necessário não somente para combater a Hipertensão Arterial Sistêmica, mas também os fatores de riscos associados, que são eles: aumento de peso, uso excessivo do consumo de álcool, sedentarismo, elevado consumo de sal e gordura, entre outros.
Diante desta realidade, fica evidente a necessidade de diferentes abordagens intervencionistas na tentativa de se prevenir e tratar a hipertensão arterial. Além do tratamento medicamentoso, a adoção de um estilo de vida mais saudável tem sido amplamente recomendada. E, entre as medidas não farmacológicas para o tratamento da hipertensão arterial, a prática regular de exercícios físicos vem sendo indicada pelos profissionais de saúde como a mais efetiva para reduzir os níveis de pressão arterial (LATERZA et al., 2007).
Segundo McArdle et al. (2003), a atividade física é definida como um movimento corporal produzido pela contração muscular e que faz aumentar o dispêndio de energia. Já o exercício físico como uma atividade física planejada, estruturada, repetitiva e intencional.
O exercício físico objetiva diminuir a PA e também os fatores de risco cardiovasculares associados ao aumento da HAS, sendo a caminhada a atividade mais acessível para a população idosa.
Embora sob o ponto de vista demográfico, a população idosa seja definida pelo grupo etário de 65 anos ou mais de idade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe que, para países em desenvolvimento, o limite etário seja de 60 anos ou mais de idade, prevalecendo o mínimo de 65 anos para os países desenvolvidos. No Brasil, é considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais de idade.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2012), atualmente existem no Brasil, aproximadamente, 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa pelo menos 10% da população brasileira.  Segundo projeções estatísticas da OMS, no período de 1950 a 2025, haverá cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade.
O Ministério da Saúde (MS) define envelhecimento como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), envelhecimento é um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte.
O Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso (SISAP), afirma que no Brasil, em 2010, foram internados por hipertensão 362.000 idosos do gênero masculino e 369.000 idosos do gênero feminino com idade entre 60 e 74 anos, casos considerados evitáveis.
Números atuais da OMS indicam que há cerca de 600 milhões de hipertensos no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a doença atinge, no mínimo, 25% da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. A HAS é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Seguindo esta linha de raciocínio, estima-se que na próxima década alcançaremos percentuais altíssimos de HAS e que poderiam ser evitados como se implementassem ações mais efetivas neste sentido. Daí, surge o interesse em realizar este trabalho com o objetivo de avaliar os efeitos da caminhada como exercício terapêutico na diminuição da pressão arterial de idosas.
Sob esta perspectiva, traçou-se como objetivos específicos definir os conceitos e pressão arterial e hipertensão arterial sistêmica; e, analisar a influência do exercício na PA.
Assim, foram selecionadas quatro idosas pertencentes ao grupo de caminhada do Programa Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá, RJ, na faixa etária compreendida entre 60 e 85 anos de idade.
Optou-se por este grupo pelo fato dos pesquisadores atuarem no PSF como estagiários, o que facilitaria a pesquisa de campo.

Revisão de literatura

Programa saúde da família

A origem do Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil conhecido hoje como Estratégia da Saúde da Família, por não se tratar mais apenas de um “programa”, teve início em 1994 através do Ministério da Saúde como um dos programas propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção primária. A Estratégia de Saúde da Família visa a revisão do modelo assistencial vigente, onde predomina o atendimento emergencial ao doente, na maioria das vezes em grandes hospitais. A família passa a ser objeto de atenção, no ambiente em que vive. Permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde/doença.
O programa inclui ações de promoção de saúde, prevenção, recuperação, reabilitação das doenças e agravos mais freqüentes.
A equipe base é composta, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, e seis agentes comunitários de saúde. Quando ampliada conta ainda com um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico de higiene dental.
Visando apoiar a inserção do Programa Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Primária o Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF), mediante a Portaria GM n°154, de Janeiro de 2008.
Um NASF deve ser constituído por uma equipe, no qual profissionais de diferentes áreas de conhecimento atuam em conjunto com os profissionais das equipes de Saúde da Família (SF), compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes de SF.
Existem duas modalidades de NASF, o NASF 1 que deverá ser composto por no mínimo cinco profissões de nível superior entre as seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapia, fonoaudiólogo, médico ginecologista, profissional da educação física, médico homeopata, nutricionista, médico acupunturista, médico pediatra, médico psiquiatra e terapeuta ocupacional, e o NASF 2 deverá ser composto por no mínimo três profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes (assistente social, psicólogo, farmacêutico, fisioterapia, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, profissional de educação física, vinculado a no mínimo três equipes de Saúde da Família).
Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo 4 mil habitantes de uma determinada área, e esta passa a ter co-responsabilidade no cuidado á saúde. A atuação das equipes ocorre principalmente na unidade de saúde, nas residências e na mobilização da comunidade.

Programa saúde da família – lapa

Em 2001, após firmado convênio entre a Universidade Estácio de Sá (UNESA) e a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC/RJ) foi inaugurado o PSF-Lapa dentro do Campus do Curso de Medicina da UNESA.
Desde então a Unidade de Saúde da Família – Lapa funciona atendendo a população dentro da área de abrangência delimitada seguindo as orientações da Área Programática 1 e da Direção da IIª Região Administrativa do Município do Rio de Janeiro.
A equipe de trabalho é responsável pela organização, acompanhamento e supervisão dos alunos inseridos em atividades de promoção à saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação de indivíduos e famílias residentes na área de abrangência.
Inicialmente composta apenas por alunos do curso de medicina, a Unidade conta hoje com alunos de diversas áreas da saúde que realizam orientações individuais, visitas domiciliares, ações coletivas, reuniões comunitárias, educação em saúde e atividade de pesquisa.
A participação do PSF-Lapa no processo de formação dos estudantes de diversas áreas da saúde da UNESA propicia ao aluno a vivência em uma unidade que vincula atividades de ensino e de serviço. Tem como objetivos viabilizar ao estudante treinar diversas habilidades de comunicação, de formação de vínculo, de abordagem da dinâmica individual e familiar, de trabalho em equipe, de investigação clínica e de ações coletivas, para o adequado desempenho do futuro profissional de saúde.
A metodologia de ensino-aprendizagem, adotada para os alunos de todas as áreas da saúde, visa a participação efetiva do aluno nas diversas atividades necessárias ao adequado funcionamento de uma Unidade de Saúde da Família.

Grupo saúde em movimento

O grupo de caminhada “Saúde em Movimento” foi formado em abril de 2005, pela Fisioterapeuta Carolina Furtado CREFITO-2 Nº. 75686-F, composto por 6 pessoas na faixa etária entre 42 e 83 anos que apresentavam ou não doença prévia.
O grupo se encontrava no pátio do PSF – Lapa todas as terças e quintas às 8 horas para a verificação da pressão arterial e depois seguia para o Passeio Público ou para a Praça Paris, locais onde era realizada a caminhada.
Para participar do grupo é necessário ser morador da área adscrita do PSF – Lapa e passar por uma avaliação prévia com a fisioterapeuta, nesse momento é colhido informações como história familiar, história social, história de patologias pregressas e a condição de saúde atual.
Atualmente o grupo é composto por 15 participantes assíduos, porém conta com mais de 25 inscritos, com idade acima de 45 anos, na sua maioria mulheres, idosas e hipertensas. O ponto de encontro é no PSF – Lapa (Figura 1) onde é verificada a pressão arterial de cada um deles, depois todos seguem para o Passeio Público onde fazem o aquecimento e o alongamento (Figura 2) antes começar a caminhar e após a caminhada é verificada novamente a pressão arterial.

 

\"\"

Os integrantes do grupo passaram a ter consciência dos benefícios a saúde proporcionado pela atividade, além de criaram laços afetivos entre eles, realizando passeios e lanches coletivos em datas comemorativas.
O grupo conta também com a participação dos alunos da Fisioterapia, Psicologia e Nutrição que prestam orientações aos participantes.

O “Grupo Saúde em Movimento” é considerado um marco nas ações de promoção da saúde no Programa de Saúde da Família – Lapa e tem como objetivo minimizar os impactos negativos de doenças cardiovasculares, pulmonares, osteoarticulares, entre outras (Figura 3 e 4).

 

\"\"

 

Hipertensão arterial sistêmica

Quando a pressão sistólica e/ou diastólica apresenta-se cronicamente elevada quando se está em repouso, é denominada hipertensão arterial sistêmica ou pressão arterial alta. Os valores obtidos durante várias consultas, que ultrapassam os 140 mmHg e 90 mmHg, em geral são classificados como hipertensão sistólica e diastólica, respectivamente. Um indivíduo com uma pressão sistólica superior a 150 mmHg corre um risco mais de duas vezes maior de desenvolver coronariopatia que alguém com uma pressão inferior a 120 mmHg (FOSS e KETEYIAN, 2000).

 

\"\"

De acordo com a SBH, na maioria dos indivíduos, a hipertensão arterial não causa sintomas, apesar da coincidência do surgimento de determinados sintomas que muitos, de maneira equivocada, consideram associados à doença, como por exemplo, dores de cabeça, sangramento pelo nariz, tontura, rubor facial e cansaço. Quando um indivíduo apresenta uma hipertensão arterial grave ou prolongada e não tratada, apresenta dores de cabeça, vômito, dispneia ou falta de ar, agitação e visão borrada decorrência de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.
A pressão arterial alta é conhecida como a “assassina silenciosa” porque produz dano considerável aos vasos sanguíneos, coração, encéfalo e rins, antes de provocar dor ou outros sintomas perceptíveis. Nos vasos sanguíneos, a hipertensão provoca espessamento da túnica média, aceleração do desenvolvimento de aterosclerose e doenças da artéria coronária, e aumento da resistência vascular sistêmica.
No coração, a hipertensão leva à hipertrofia do miocárdio, que é acompanhada por dano muscular e fibrose (acúmulo de fibras colágenas entre as fibras musculares). Como resultado, o ventrículo esquerdo aumenta, enfraquece e dilata. Como as artérias no encéfalo, geralmente, são menos protegidas pelos tecidos adjacentes do que as artérias principais em outras partes do corpo, a hipertensão prolongada, consequentemente, faz que elas se rompam, ocorrendo um acidente vascular cerebral, devido á hemorragia no cérebro.
A hipertensão também danifica as arteríolas renais, produzindo seu espessamento, o que estreita o lúmen; como o suprimento sanguíneo para os rins é, portanto, reduzido, os rins secretam mais renina, o que eleva a pressão arterial ainda mais (ANATOMIA HUMANA – ESTÁCIO ENSINO SUPERIOR, 2008).
As estratégias terapêuticas para os pacientes com hipertensão incluem medicações, obtenção de um peso corporal ideal, redução na ingestão de álcool e sódio dietético quando necessário e um exercício moderado, porém regular.
Cada vez mais, os clínicos recomendam que o paciente com pressão alta adote primeiro um programa de atividade regular e moderada, antes de iniciar a terapia medicamentosa. Pela avaliação sistemática, o treinamento com exercício pode reduzir a pressão arterial do paciente até o ponto de ser necessária apenas uma pequena medicação ou, possivelmente, medicação alguma como tratamento. Além disso, é importante enfatizar que são obtidas melhoras na pressão arterial com um exercício de intensidade moderada (40% a 70% do VO2 máx. – volume de oxigênio máximo).

Hipertensão arterial primária

De acordo com Regenga (2000) a hipertensão arterial primária acomete cerca de 90% dos casos de hipertensão, no entanto não se consegue evidenciar a etiologia. Em relação à etiopatogenia da hipertensão arterial primária, podemos dizer que existem vários fatores envolvidos, entre eles hereditariedade e meio ambiente onde há maior prevalência de HAS entre indivíduos da mesma família e a influência do meio está comprovada, na medida que mudanças de  hábitos podem modificar o comportamento pressórico.
A ingestão de álcool e tabagismo em grandes quantidades desencadeia o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial por hiperatividade simpática, e o fumo, provavelmente, libera noradrenalina, o que aumenta a pressão arterial.

Hipertensão arterial secundária

Francisshetti e Sanjuliani (2005) definem hipertensão arterial secundária como uma elevação da pressão arterial decorrente de uma causa estabelecida e potencialmente tratável. Os pacientes portadores de hipertensão arterial secundária geralmente são jovens e têm sintomas específicos que podem sugerir a causa da hipertensão.
As principais causas da hipertensão arterial secundária são:
A utilização de anticoncepcionais, porque contém quantidades variáveis de estrogênio e progesterona. O estrogênio aumenta a produção hepática do angiotensinogênio que é clivado pela renina. Essa produção aumentada resulta numa maior geração de angiotensina 2, com todas as consequências de vasoconstrição e retenção hidrossalina.
Uso de medicamentos que estimulam a elevação da PA que são classificados em três grupos – os que causam retenção hidrossalina, os que causam vasoconstrição e os que alternam as taxas dos neurotransmissores.
As doenças do parênquima renal que provoca o aumento do volume sanguíneo e aumento da atividade da renina plasmática, quando, normalmente a elevação de um significa a redução do outro, e vice-versa.
Hipertensão renovascular por displasia fibromuscular (doença na camada média da artéria formando estenose ou uma série delas) ou placa de ateroma obstruindo as artérias renais. A estenose da artéria renal (Figura 12) causa isquemia num determinado segmento do rim ou em todo ele, aumentando a liberação de renina, a qual atua no substrato angiotensinogênio, que estimula a angiotensina 2, que leva ao estímulo da aldosterona com conseqüente retenção de sódio e perda de potássio.
Hiperaldosteronismo primário que é um tumor na camada mais externa do córtex supra-renal que produz aldosterona em excesso, principal hormônio responsável pelo equilíbrio hidrossalino.
Coarctação da aorta (Figura 13) que é uma anomalia caracterizada por uma depressão da estenose do crossa.

 

\"\"

Mecanismo renina-angiotensina

A maior atividade do sistema nervoso simpático durante o exercício produz constrição dos vasos sanguíneos que se dirigem aos rins. O fluxo sanguíneo renal reduzido estimula os rins a liberarem a enzima renina e a lançá-la na corrente sanguínea. A maior concentração de renina ativa a produção de dois hormônios renais, angiotensina II e angiotensina III. Esses hormônios estimulam tanto a contrição arterial quanto a secreção adrenocortical de aldosterona, que faz os rins reterem sódio e excretarem potássio. A absorção renal de sódio causa também absorção da água, acarretanto uma expansão do volume plasmático e uma elevação da pressão arterial. A secreção de aldosterona aumenta progressivamente durante o exercício, com níveis plasmáticos máximos podendo ser até seis vezes mais altos que os valores de repouso.
Uma redução crônica do fluxo renal em repouso, talvez em virtude da estimulação simpática anormal, ativa o sistema renina-angiotensina. Uma resposta exagerada e prolongada desse mecanismo, com um excesso exultante na produção de aldosterona, pode desencadear hipertensão. A pressão arterial alta associada à maior produção de aldosterona é prevalente na obesidade dos adolescentes. A hipertensão observada na segunda década da vida está relacionada a menor sensibilidade ao sal (daí a maior retenção de água), maior ingestão de sódio e menor sensibilidade aos efeitos da insulina (hiperinsulinemia).
Essas inter-relações sugerem uma relação direta entre a obesidade como uma doença e o surgimento da hipertensão (McArdle et al.; 2003).

Tratamento medicamentoso da hipertensão

O tratamento medicamentoso da hipertensão arterial tem como objetivo a redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares. Assim, os anti-hipertensivos devem não só reduzir a pressão arterial, mas também os eventos cardiovasculares fatais e não-fatais, e, se possível, a taxa de mortalidade.
Os diuréticos são utilizados para reduzir o volume de sangue pelo aumento da eliminação de água e sal na urina, agindo assim na diminuição da pressão arterial; os Inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina) promovem vasodilatação e reduzem a liberação de aldosterona (atua na reabsorção de sódio); Os betabloqueadores reduzem a pressão arterial, diminuindo a frequência e a contratibilidade cardíacas; Os vasodilatadores relaxam o músculo liso nas paredes arteriais, provocando a vasodilatação e a redução da pressão arterial. Uma categoria importante de vasodilatadores é a dos bloqueadores dos canais de cálcio, que reduzem o influxo de Ca2+ (íons de Cálcio) para as células musculares lisas vasculares. Elas reduzem a carga de trabalho do coração, reduzindo a entrada de Ca2+ nas células marca-passos e nas fibras miocárdicas regulares, diminuindo, assim, a frequência cardíaca (ANATOMIA HUMANA – ESTÁCIO ENSINO SUPERIOR, 2008).

Influência do exercício na pressão arterial

O exercício físico tem a contração muscular esquelética como unidade funcional básica. Portanto, a realização de exercício envolve gasto energético e liberação de calor, constituindo um estresse fisiológico para o organismo. Efeitos agudos são manifestações orgânicas observadas durante uma sessão de exercício físico relacionadas à ativação de mecanismos que permitem a própria realização do exercício. Exemplos de efeitos agudos são a sudorese, taquicardia, aumento da frequência respiratória e da pressão arterial etc. Tais efeitos agudos podem se estender por minutos ou horas após a interrupção do exercício, caracterizando as respostas subagudas ao exercício (FRANCISCHET e SANJULIANE, 2005).
Durante o exercício ocorrem várias alterações cardiovasculares. Todas apresentam um objetivo comum: permitir que o sistema satisfaça as demandas aumentadas impostas a ele e que ele realize suas funções máximas com eficiência.
Os padrões de fluxo sanguíneo mudam acentuadamente quando você passa do repouso para o exercício. Pela ação do sistema nervoso simpático, o sangue é redirecionado das áreas onde ele não é essencial para as áreas que se encontram em atividade durante o exercício.
Segundo McArdle et al.; (2003), durante a atividade muscular rítmica (ex.: trote, natação, ciclismo), a vasodilatação nos músculos ativos reduz a resistência periférica total, aumentando assim o fluxo sanguíneo através de grandes segmentos da arvore vascular periférica. A contração e o relaxamento alternados dos músculos proporcionam também uma força efetiva para impulsionar o sangue através do circuito vascular e leva-lo de volta ao coração. O maior fluxo sanguíneo durante o exercício rítmico em estado estável eleva rapidamente a pressão sistólica durante os primeiros minutos do exercício. A seguir, em geral a pressão arterial se estabiliza em 140 a 160 mmHg para homens e mulheres sadios. Com a continuação do exercício a pressão sistólica pode declinar gradualmente à medida que as arteríolas nos músculos ativos continuam se dilatando, reduzindo ainda mais a resistência periférica do fluxo sanguíneo. A pressão diastólica se mantém inalterada durante todo o exercício.
A medida que os músculos se tornam mais bem treinados, o sistema cardiovascular se adapta para aumentar o fluxo sanguíneo para eles devido ao aumento da capilarização, maior abertura dos capilares, redistribuição sanguínea mais efetiva e aumento do volume sanguíneo. A pressão arterial de repouso geralmente diminui nas pessoas que se encontram no limite da hipertensão ou são moderadamente hipertensas antes do treinamento. Essa redução ocorre tanto na pressão sistólica como na diastólica (WILMORE e COSTILL, 2003).
Algumas adaptações fisiológicas que acompanham o treinamento de endurance podem afetar a pressão arterial tanto em repouso quanto durante o exercício. Uma das alterações mais importantes associadas ao treinamento de endurence é o aumento do volume plasmático. Logicamente, poderíamos supor que qualquer aumento do volume plasmático aumentaria a pressão arterial, particularmente porque uma das primeiras linhas de drogas prescritas no tratamento da hipertensão é um diurético que visa reduzir a agua corporal total e, consequentemente, o volume plasmático. Entretanto vimos que músculos treinados possuem um notável aumento na capilarização. Além disso, o sistema venoso de uma pessoa treinada apresenta uma maior capacidade, permitindo que ele contenha mais sangue. Por essas razões, o maior volume plasmático após um treinamento físico não acarreta aumento da pressão arterial.
Mecanismos específicos responsáveis pelas reduções da pressão arterial de repouso com o treinamento de endurance não foram estabelecidos. Alguns estudos mostram que débito cardíaco de repouso permanece inalterado. Sem uma diminuição do débito cardíaco, as reduções da pressão arterial em repouso, que acompanham o treinamento, devem ser resultantes de reduções da resistência vascular periférica, a qual pode ser decorrente de uma redução global da atividade do sistema nervoso simpático. A perda de peso também está associada a reduções da pressão arterial. Por isso, qualquer perda de peso associada ao treinamento deve contribuir para um melhor controle da pressão arterial.
O exercício não somente reduz a pressão arterial elevada naqueles que apresentam hipertensão moderada, mas também afeta outros fatores de risco. O exercício é importante na redução da gordura corporal e aumenta a massa muscular, o que pode ser fundamental na redução da concentração de glicose no sangue e, com isso, no auxilio a um melhor controle da glicemia. Esse efeito poderia reduzir a resistência à insulina, um outro risco da hipertensão.

Metodologia

Este estudo trata-se de uma pesquisa que se caracteriza como um estudo do tipo prospectivo, dissertativo e exploratório do tipo transversal, através da elaboração, análise, interpretação e representação gráfica quantitativa de dados realizados por meio de pesquisa de campo sobre o título “Avaliação do efeito da caminhada como exercício terapêutico na diminuição da pressão arterial em idosas do grupo de caminhada do Programa Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá”.
O estudo foi realizado no período de 22/05/2012 e com término em 11/10/2012, com um total de 19 aferições da pressão arterial das idosas do grupo Saúde em Movimento do Programa Saúde da Família (PSF) da Universidade Estácio de Sá com o seu núcleo de ação no bairro da Lapa, zona central da Cidade do Rio de Janeiro.
Para esse estudo foram selecionados 04 (quatro) pacientes do gênero feminino na faixa etária entre 60 e 85 anos, todos pertencentes ao grupo de caminhada do PSF.
Foram adotados como critérios de exclusão: o uso de próteses ou órteses para deambular; possuir doenças neurológicas, ortopédicas e/ou reumáticas que impedissem a realização da caminhada.
Este estudo atende as Normas para Realização de Pesquisa em Seres Humanos, resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde de 10/10/1996 e da Declaração de Helsinki de 18/10/2008 conforme o estabelecido pelo Comitê de Ética da Universidade Estácio de Sá.
Após ter sido apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Anexo 1) contendo: o objetivo do estudo procedimentos de avaliação, possíveis riscos, caráter de voluntariedade da participação do sujeito e isenção de responsabilidade por parte do avaliador, o documento foi assinado lavrando a autorização para a inserção no estudo.
Além disso, o Termo de Informação/Autorização à Instituição (Anexo 2) foi encaminhado e assinado pelo seu responsável autorizando a realização da pesquisa na Instituição e em seu entorno.
Após a entrevista com todas as participantes do grupo de caminhada do Programa de Saúde da Família, foram selecionadas quatro idosas na faixa etária de 60 a 85 anos.
Em seguida dividiu-se em dois grupos sendo: Grupo 1 com duas participantes identificadas como “A” e “B” que fazem uso de medicação anti-hipertensiva e Grupo 2 com duas participantes identificadas como “C” e “D”, não hipertensas, portanto, não fazem uso de medicação anti-hipertensiva.
A caminhada terapêutica era realizada 2 vezes por semana no período compreendido entre 22/05/12 a 11/10/2012 num total de 36 atividades físicas (caminhada).
Vale ressaltar que nos dias de chuva, totalizando 5 dias, a atividade não foi realizada, uma vez que a caminhada era feita ao ar livre.
Antes do início da caminha era realizado um aquecimento e alongamento dos membros superiores e inferiores, com o objetivo de preparar as idosas para a atividade (Anexos 4 e 5).
As idosas participantes utilizavam como vestimenta para realizar a caminhada calça de lycra, tênis e camiseta sem manga com a identificação do grupo de caminhada PSF-Lapa.
A primeira verificação da Pressão Arterial foi realizada ainda no PSF-Lapa antes do início da caminhada, com a paciente sentada, a mesma expôs o braço esquerdo para a realização da mediação com o auxilio do medidor de pressão digital (Figura 1). A segunda aferição foi realizada nos Jardins do Passeio Público imediatamente após o término da caminhada, conferida no mesmo membro e no mesmo posicionamento.

\"\"

Antes de iniciar e ao término da caminhada todas as participantes dos grupos 1 e 2 tiveram as suas pressões arteriais aferidas e anotadas.
A coleta de dados foi realizada através da técnica de observação da paciente e para garantir a fidedignidade da coleta dos dados este procedimento foi realizado pelo mesmo pesquisador.
Foi utilizado como padrão para aferição da pressão arterial o braço esquerdo.

Caminhada – atividade terapêutica

O Jardim do Passeio Público, local escolhido para a realização da caminhada, é um ambiente tranquilo, arborizado e cercado possibilitando assim que a caminhada seja realizada com tranquilidade e segurança, localiza-se no bairro da Lapa na zona central da Cidade do Rio de Janeiro (Figura 6 e 7).
A caminhada foi realizada durante um tempo de 30 minutos em uma pista de terra de 520 metros.

\"\"

Avaliação inicial

A avaliação inicial foi realizada no dia 22/05/2012 para os dois grupos. O Grupo 1 era composto por duas idosas com diagnóstico clínico de Hipertensão Arterial Sistêmica. As idosas foram identificadas como “A” e “B”, a participante “A”, 83 anos, classificada como hipertensa Estágio 1 e a participante “B”, 61 anos, como hipertensa Estágio 2, ambas fazendo uso de medicação anti-hipertensiva.
O Grupo 2 era composto por duas idosas identificadas como “C”, 79 anos, e “D”, 59 anos, não hipertensas, ambas classificadas com pressão Ótima.
As quatro idosas não faziam uso de próteses ou órteses para deambular, não possuíam doenças neurológicas, ortopédicas e/ou reumatológicas, todas são participantes do grupo de caminhada Saúde em Movimento do Programa Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá.
Na avaliação inicial foram verificadas as pressões arteriais das participantes antes e após a realização da caminhada e obtivemos os seguintes resultados apresentados nas tabelas 1 e 2.

 

\"\"

 

Proposta fisioterapêutica

Este estudo teve como propósito avaliar se a caminhada realizada duas vezes por semana, por 30 minutos, tem efeito na diminuição da pressão arterial em quatro idosas com idade entre 60 e 85 anos, do grupo de caminhada do Programa Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá, no Município do Rio de Janeiro.

Materiais

A pressão arterial é aferida utilizando-se um Monitor de Pressão Sanguínea Automático para Braço Bioland® modelo 2005, certificado pelo INMETRO. Foi utilizada para medição da pista do Passeio Público uma Trena Lufkin® 30 metros.

Reavaliação

A reavaliação foi realizada na oitava caminhada, no dia 12/07/2012 para os dois grupos verificando-se a Pressão Arterial Inicial (PAI), antes da caminhada, e a Pressão Arterial Final (PAF), após a caminhada.
Baseado nestes dados foi possível quantificar, em mmHg, as alterações nas pressões arteriais de cada participantes, como podemos observar nos resultados apresentados nas tabelas 3 e 4 somente a participante “C” não obteve uma diminuição da PA.

 

\"\"

 

Avaliação final

A avaliação final foi realizada na décima nona sessão, no dia 11/10/2012 para os dois grupos e obtiveram-se os seguintes resultados apresentados nas tabelas 5 e 6.

\"\"

 

Resultados

Para realizar a comparação dos dados coletados na Avaliação Inicial com os dados da Avaliação Final utilizamos a Pressão Arterial Média (PAM) obtida das pressões aferidas no início e ao fim da caminhada que, segundo McArdle et al. (2008) pode ser obtida através da seguinte fórmula: PAM = PAD + [0,333 (PAS – PAS)].
Na Avaliação Inicial a participante “A” apresentou uma queda de 5 mmHg na PAM e uma queda de 8 mmHg na Avaliação Final.
A participante “B” obteve uma diminuição de 21 mmHg na Avaliação Inicial e 6 mmHg na Avaliação Final.
A participante “C” obteve um aumento de 5 mmHg na Avaliação Final, porém, uma redução de 7 mmHg na Avaliação Final.
A participante “D” apresentou uma diminuição de 3 mmHg na Avaliação Inicial e 23 mmHg na Avaliação Final.
Ao realizarmos a comparação do Grupo 1 (hipertensas) com o Grupo 2 (não hipertensas) obtivemos dados parecidos. Tanto as participantes hipertensas quanto as não hipertensas responderam de forma parecida a realização da caminhada.
Os resultados podem ser observados na tabela a seguir:

\"\"

 

Discussão e considerações finais

Não foram constatadas mudanças significativas na pressão arterial pré-exercício comparando a avaliação inicial com a avaliação final. Porém observou-se uma queda da PA pós-exercício nas quatro participantes.
Segundo Francischet e Sanjuliane (2005), após a interrupção do exercício físico, a pressão arterial sistólica tende a cair para valores inferiores aqueles pré-exercício. A resposta hipotensiva ocorre em indivíduos normotensos e, com maior intensidade, em pacientes hipertensos, podendo perdurar por até 22 horas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH, 2012), de um modo geral a atividade física regular, reduz a pressão arterial sistólica em cerca de 7 mmHg e a pressão diastólica em 4 mmHg, o que pode ser conseguido com a prática de exercícios físicos no mínimo 3 vezes na semana durante 30 minutos, que podem ser realizados tanto de forma contínua quanto acumulada, em intensidade leve a moderada. Essa redução é similar à queda apresentada com o uso de medicamentos anti-hipertensivos. Apenas este dado já valida a recomendação da atividade física como excelente terapia para quem quer controlar a pressão.
Devido ao aumento da população idosa e levando-se em consideração que mais da metade dos idosos são hipertensos é de suma importância que os profissionais de saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde, no qual o Programa Saúde da Família está inserido, se mobilizem criando grupos de saúde para auxiliar hipertensos na prevenção dos agravos que a doença pode causar. E, também incluir os idosos não hipertensos no programa prevenindo assim, que o índice de idosos hipertensos aumente.
Podemos concluir que a caminhada auxilia na diminuição da Pressão Arterial em idosas hipertensas e não hipertensas. Para que o efeito perdure por mais tempo é aconselhável que a caminhada seja realizada com mais frequência e mais vezes na semana, visto que duas vezes na semana é pouco para manter o efeito hipotensor que a caminhada proporciona.

Referências bibliográficas

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br Acesso em: 24/03/2012.

BRASIL. Departamento de Atenção Básica – DAB. Disponível em: http://dab.saude.gov.br Acesso em: 21/04/2012.

DANGELO, J.G. e FATTINI, C.A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007.

CARDOZO, M.A. Disponível em: http://www.drcardozo.com.br Aceso em 11/09/2012.

ESTÁCIO ENSINO SUPERIOR. Programa do Livro Universitário. Anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

FIOCRUZ. Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso – SISAP. Disponível em: http://www.saudeidoso.icict.fiocruz.br Acesso em: 20/03/2012.

FOSS, M.L. e KETEYIAN S.J. FOX Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

FRANCISHETTI, E.A. e SANJULIANI, A.F. Tópicos especiais em hipertensão arterial. São Paulo: BBS Editora, 2005.

JUNQUEIRA, L. Anatomia palpatória: pelve e membros inferiores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

JUNQUEIRA, L. Anatomia palpatória: tronco, pescoço, ombro e membros superiores. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

LATERZA, M.C.; RONDON, M.U.P.B.; NEGRÃO, C.E. Efeito anti-hipertensivo do exercício. Revista Brasileira de Hipertensão vol. 14 (2):104-111, 2007.

McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

MEDICINA PRATICA. Disponivel em : http://www.medicinapratica.com.br Acesso em 11/09/2012.

MEDNET. Disponível em: http://mednet.umic.pt/portal/server.pt/community/Doencas/Doencas$Detail?idDoencas=AZD0240_035 Acesso em: 05/10/2012.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BRASIL). Atenção à Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento.  Brasília – DF, 2010. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/volume12.pdf Acesso em: 22/03/2012.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BRASIL). Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Caderno de Atenção Básica n° 19; 2006. Disponível em: http:/dab.saude.gov.br/caderno_ab.php Acesso em: 24/03/2012.

MONUMENTOS DO RIO. Disponível em: http://www.monumentosdorio.com.br/ obras/bairros/centro/passeio.htm Acesso em: 23/10/2012.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Portal da Saúde. Disponível em: http://portal.saude.gov.br Acesso em: 22/03/2012.

PASSEIO PÚBLICO. Disponível em: http://www.passeiopublico.com Acesso em: 04/06/2012.

PORTO, C.C. Doenças do coração: prevenção e tratamento. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

REGENGA, M.M. Fisioterapia em Cardiologia: da unidade de terapia intensiva à reabilitação. São Paulo: Roca, 2000.

SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. Volume 1 e 2. Tradução Wilma Lins Wernerck. 21ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA / SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO / SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivo Brasileiro de Cardiologia 2010; 95 (1 supl.1):1-51.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. Disponível em: http://www.sbh.org.br Acesso em: 25/06/2012.

WILMORE, J.H. e COSTILL, D.L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2003.

WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L.; KENNEY, W.L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 4ª ed. Barueri: Manole, 2010.