REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/os102411201026
Autora: Kátia Viana Lima Diniz, katiavianadiniz@diogo-trajano
Coautores: Adrícia Nogueira dos Santos, adricianogueira32@diogo-trajano
Aristóteles Lima da Silva, telleslima@yahoo.com.br
RESUMO
Com a junção das neurociências, da psicologia e da pedagogia originou-se uma nova ciência transdisciplinar, a Neuropsicopedagogia, cujo objetivo é compreender as funções cerebrais para o processo de aprendizagem, com intuito na reabilitação e prevenção dos eventuais problemas detectados nos indivíduos. Assim, esse o artigo objetiva analisar e discutir o papel da neuropsicopedagogia no processo de ensino e aprendizagem na Educação Básica, com uma proposta de implementação desse profissional em todas as escolas do país, como ferramenta para a inclusão e sucesso escolar. A partir do exame do referencial bibliográfico, constatou-se que o fracasso escolar está agregado a inúmeros fatores, como: biológico, social, histórico e econômico, a qual influencia diretamente na aprendizagem dos alunos, principalmente daqueles reincidentes com históricos de insucesso escolar. Como método, recorreu-se a revisão bibliográfica. Como resultado, ao examinar o arcabouço teórico, percebeu-se que as produções de estado da arte ou do conhecimento, ainda permanecem em “passos lentos”, o que marcam uma lacuna entre a teoria e a prática sobre a temática da neuropsicopedagogia, a falta de políticas públicas e a relação entre a saúde e a educação.
Palavras-Chave: Cotidiano Escolar. Educação Básica. Neuropsicopedagogia.
INTRODUÇÃO
A nuance entre as neurociências, a psicologia e a pedagogia vêm adquirindo espaços cada vez mais significativos no Brasil, a qual originou-se em uma nova ciência transdisciplinar. Assim, o Centro Nacional de Ensino Superior, criou em 2008, o primeiro curso de Pós-graduação em Neuropsicopedagogia no país (SBNPp, 2016), cujo objetivo foi compreender as funções cerebrais para o processo de aprendizagem, com intuito na reabilitação e prevenção dos eventuais problemas detectados em alunos de escolas no país. A partir daí, diversos pesquisadores como: Pedagogos, Psicopedagogos, Psicólogos, Neuropsicólogos, Pediatras, Psiquiatras, Fonoaudiólogos, Neurolinguistas, Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas e Neurocientistas, se reuniram diretamente e indiretamente para melhor entender a forma como o cérebro se processa nos processos cognitivos e emocionais dos indivíduos. E definiram que:
[…] a neuropsicopedagogia procura reunir e integrar os estudos do desenvolvimento, das estruturas, das funções e das disfunções do cérebro, ao mesmo tempo em que estuda os processos psicocognitivos responsáveis pela aprendizagem e os processos psicopedagógicos responsáveis pelo ensino” (FONSECA, 2014, p.1).
Desse modo, a neuropsicopedagogia se caracteriza na área de conhecimento, voltada principalmente para os processos de ensino e aprendizagem, que se compõe na avaliação de indivíduos em defasagem. A saber, esses indivíduos não se desenvolvem fora dos contextos históricos, sociais, culturais, econômicos e educacionais, e o funcionamento do cérebro é justamente uma interação dos impulsos nervosos ao transmitir por meio das sinapses a liberação de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores (RAQUEL ARAUJO, 2010, p.149).
Para que haja o processo cognitivo do aluno no cotidiano escolar, uma ampla inter-relação de desenvolvimento deve agregar-se aos fatores psicológicos, biológicos e culturais, esses por sua vez, precisam estar sintonizados para alcançar o sucesso escolar dos envolvidos nesse contexto. Com isso, o professor no século XXI, tem a difícil tarefa de educar alunos por meio do processo de ensino e aprendizagem metódicos e ultrapassados que remetem ao fracasso escolar. Contudo, é notório que a aprendizagem não é assimilada igualmente pelos mesmos alunos da Educação Básica, devido aos fatores genéticos construtivista apontados por Piaget (ABREU, 2010) ou social interacionista discutidos por Vygotsky (LUCCI, 2006).
É justamente no cotidiano escolar que são trabalhados a atenção, a memória, a linguagem, a emoção e cognição, o que traz valiosas contribuições para se alcançar a educação plena, dentro e fora do ambiente escolar. O cérebro é o órgão principal do sistema nervoso e consequentemente o responsável pelo controle do corpo e do processo de aprendizagem. Assim, o estudo das neurociências por educadores ajudam a evitar o fracasso escolar e frustações futuras ao longo da Educação Básica.
A saber, a plasticidade neural são encarregadas da aprendizagem do indivíduo, ativadas pela área do córtex cerebral. Desse modo, educadores ao conhecerem o processo de funcionamento do cérebro, se apoderam de uma ferramenta importantíssima no processo de ensino e aprendizagem que remetem ao sucesso escolar tão almejado no Brasil.
DESENVOLVIMENTO
O papel da Neurociência no processo ensino-aprendizagem
Pode-se dizer que a neurociência se dedica ao estudo, observação e análise do sistema nervoso central do ser humano, chega para contribuir com as práticas de sala de aula e assim ajudar a desenvolver o processo cognitivo, de acordo com Cumpa (2019, p. 3), “Podemos especificar, então, aquela neurociência cognitiva que aborda processos de aprendizagem, linguagem, inteligência, criatividade, memória, consciência, empatia, entre outros comportamentos sociais observáveis […]”, no sentido de colaborar com o professor nessa relação bilateral. Ferreira (2009), destaca que “[…] a Neurociência Cognitiva considera que o cérebro é plástico sendo capaz de aprender durante toda a vida, porém existem períodos biológicos em que o cérebro humano tem mais facilidade para aprender.
Tais períodos são denominados como período receptivo ou janelas de oportunidades”. Entende-se assim, que o cérebro humano desenvolve suas informações a partir de percepções daquilo que lhe foi apresentado, neste sentido existe uma grande preocupação da neurociência cognitiva em trabalhar a aprendizagem humana para a compreensão das atividades em todo o seu processo de aquisição do conhecimento. Desta forma, o neuropsicopedagogo deve buscar meios para sanar dúvidas e esclarecer as atribuições do seu trabalho para contribuição principalmente daqueles que se encontram no ambiente escolar e demonstram dificuldades na aprendizagem, corrigindo pensamentos errôneos a respeito da sua atuação, com relação a atuação do profissional destaca-se:
Assim, o profissional Neuropsicopedagogo poderia auxiliar tanto o professor de escolas públicas (salas comuns ou recursos) quanto de escolas privadas a encontrar melhores formas de sanar questões ocorridas em sala, seja de cunho cognitivo, emocional e/ou social. Inclusive ao pensar em alunos que apresentem deficiências intelectuais, físicas, ou transtornos significativos no comportamento em âmbito escolar, auxiliando o professor na adoção de práticas inclusivas de educação. À equipe pedagógica, oficinas socioeducativas poderiam ser ministradas, a fim de ampliar o conhecimento de todos acerca de temas pertinentes à educação, e evidenciar técnicas e instrumentos que teriam mais assertividade em sala de aula. E, não menos importante, munir também os responsáveis pelas crianças sobre informações oportunas acerca da problemática que as acomete, sinalizando formas de auxiliar e diminuir comportamentos não adaptativos desde suas casas. (CORRÊA; FERRANDINI; SIMÃO, 2020, p. 16).
Percebe-se que a neurociência possibilita outro olhar para o processo de aprendizado, oferecendo embasamento científico para as ações pedagógicas de forma a gerar compreensão dos processos cognitivos, modificando e adequando, suas metodologias. Diante do exposto, Schneider (2019) observa que a Neurociência pode ser um instrumento facilitador no processo de ensino-aprendizagem, já que, ao investigar e lidar com as informações sobre as especificidades do Sistema Nervoso, essa ciência permite compreender como o ser humano aprende.
A neuropsicopedagogia dispõe de um código de ética, amparado na resolução SBNPP n° 03/2014, tal dispositivo contém normas, princípios e diretrizes que devem ser seguidos, e se aplicam às pessoas físicas e jurídicas devidamente associadas à Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia – SBNPp. Conforme o Artigo 10° da resolução 03/2014, pode-se compreender essa dinâmica como:
Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da Neurociência aplicada à educação, com interfaces da Psicologia e Pedagogia que tem como objeto formal de estudo a relação entre cérebro e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e escolar (OLIVEIRA, 2016, p. 38).
Souza e Gomes (2015) explicam que a Neurociência Cognitiva busca compreender, como os processos cognitivos são elaborados funcionalmente pelo cérebro humano, possibilitando o desenvolvimento da aprendizagem, da linguagem e do comportamento. Este campo de estudo tem colaborado para a compreensão dos processos de aprendizagem e do debate acerca do desenvolvimento do ser humano, pois:
Existem diversos tipos de aprendizagem, encontradas nas mais diversas atividades humanas. Algumas delas se iniciam nos primórdios da vida da criança, e estão atreladas ao dia a dia do indivíduo, como: comer, beber segurar objetos, andar e falar. Outras, porém, são encontradas em instituições específicas de ensino, e acontecem de forma sistemática, como as encontradas em escolas, creches e locais educativos. A aprendizagem poderia ser definida como: processo de aquisição de novos conhecimentos advindos de experiências vividas e determinadas por fatores internos (endógenos) e fatores externos (exógenos), que tem como resultado a modificação do comportamento da pessoa (NETTO; COSTA, 2017. Et al CORRÊA; FERRANDINI; SIMÃO, 2020, p. 8)
De um lado está a criança em formação e do outro se encontra o professor facilitador de conhecimentos, carregado de valores sociais, intelectuais e morais, este profissional tem o poder de influenciar no sujeito educando. Deve-se compreender a escola como um espaço democrático, único e verdadeiramente como campo de ações pedagógicas e socais, nos quais as pessoas que dela se utilizam sintam-se inseridas e participantes, pois, acredita-se que o mais importante é integrar e contribuir para o processo educacional.
Neste sentido, destacamos a importância da neurociência e sua gigantesca contribuição no estudo do sistema nervoso, desvendando seu funcionamento, estrutura, desenvolvimento e eventuais alterações que sofra, sendo algo de uma complexidade bem grande, percebemos a grande contribuição que ela oferece especialmente aliando este profissional com o professor no processo de aprendizagem, sobretudo pertence a estes profissionais instrumentalizar condições indispensáveis para que o aprendiz desenvolva a inteligência, e não a simples memorização. O professor assume um papel de destaque na vida de um educando, tornando-se por vezes corresponsável pelo seu sucesso, considerado protagonista da educação, assim:
Neste contexto, surge a necessidade de profissionais da área da educação em compreender princípios básicos da Neurociência, de modo que teoria e prática educacional se comuniquem em sinergia. Embora a Neurociência e a Educação sejam áreas distintas e com propósitos particulares, ambas possuem relação relevante quando considerado o vínculo de proximidade entre o cérebro humano e o processo cognitivo (CORRÊA; FERRANDINI; SIMÃO, 2020, p.2).
Com relação ao trabalho do profissional da Neuropsicopedagogia no atendimento a crianças e jovens no período escolar, todo o seu fazer será pautado em seus códigos de ética, o qual tem por diretriz a integração dos profissionais de outras áreas, em uma relação de respeito, liberdade e independência profissional de ambas as partes, para garantir o bem estar de seus usuários.
A IMPORTÂNCIA DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO.
Desde muito cedo, as crianças já estão explorando o mundo a fora na busca de compreender o que está a sua volta, cabe o adulto mediar a criança, auxiliando no desenvolvimento do mesmo, em busca da aprendizagem. A aprendizagem para Vigotsky (1987) é a interação entre o sujeito com foco em um objetivo comum, interagir é comunicar, e a inclusão, faz parte deste processo, quando bebe, a linguagem é a partir da oralidade, gestos, que aos poucos vão assimilando e agregando conhecimentos e aprendizagem até que iniciam-se as primeiras palavras, gerando as funções das linguagens (VIGOTSKY, 1987).
O desenvolvimento humano passa por diferentes estágios, que são divididas em quatro estágios fase sensório-motor: nascimento até cerca de 2 anos, fase pré-operatório: de 2 a 7 anos, estágio operacional concreto: de 7 a 11 anos e operações formais 11 ou 12 anos em diante (PIAGET, 1976 apud FREITAS, 2000).
Desse modo, trabalhar a educação especial e inclusiva no processo educacional é muito importante, pois o processo educacional e uma das fases da vida humana. A inclusão é essencial e de extrema importância para quem está sendo incluso. É um processo difícil, mas de extrema importância, desde a educação infantil e todo o ensino básico e superior.
Como já visto nos tópicos acima, o processo de inclusão vem sendo muito discutida atualmente, mas antes de tratar da inclusão deve-se questionar sobre o diagnóstico das deficiências, muitas crianças precisam passar por um processo de acompanhamento e percepções para então necessitar do neuropsicopedagogo. Sendo assim para Schneider (2019, p. 2):
Neuropsicopedsgogia, é um campo do conhecimento que compartilha de modo harmonioso com outros conhecimentos e princípios de diferentes elementos das Ciências Humanas: Psicologia, Pedagogia, Sociologia, Antropologia, entre outras, compreendendo o erro apresentado pelo sujeito na técnica de construção do seu conhecimento, de uma aprendizagem significativa e suas interações como razões relevantes no desenvolvimento das competências cognitivas. Ou seja, neurociência anda junto com outros saberes e ciências, complementando os conhecimentos (SCHNEIDER, 2019, p. 2).
Portanto, são situações que irão se criando no processo pedagógico, que nem o professor, psicólogo ou pedagogo irá resolver, são questões que irão tornar-se prática, fácil e muitas vezes solucionada através do acompanhamento do neuropsicopedagogo. Desta forma é possível perceber que este profissional, pode auxiliar no processo de inclusão de alunos com alguma deficiência, através da aprendizagem significativa e na aquisição de novos conhecimentos.
Desta maneira, o profissional da Neuropsicopedagogia apropria-se de um papel de extrema importância na abordagem do enigma da dificuldade de aprendizagem de crianças em idade escolar. As dificuldades encontradas durante esse período são esperadas, entretanto necessitam ser supridas, fazendo-se necessárias algumas intervenções distintas das normalmente utilizadas quando a criança apresenta alguma dificuldade (SCHNEIDER, 2019, p. 2).
Portando a neurociência é de grande relevância no processo de aprendizagem, pois o profissional irá utilizar de ferramentas das quais se pesquisa diferentes aspectos do sistema nervoso do indivíduo, procurando formas de aperfeiçoar as aprendizagens educacionais (SCHNEIDER, 2019).
Para o processo de acompanhamento com o neuropsicopedagogo, inicialmente o indivíduo ou criança vai até o consultório, cabe ao profissional verificar a necessidade do indivíduo, através do conhecimento familiar e individual do paciente, através de uma entrevista, para então o profissional traçar seus objetivos e trabalhos com o paciente, muitas vezes é necessário traçar objetivos para a família (GOMES, 2020).
“A escuta nos leva a pensar que, como sintoma, esse não aprender resistente pode estar traduzindo conflitos intrapsíquicos construídos nas relações intersubjetivas, particularmente dentro da dinâmica familiar contemporânea (GOMES, 2020, p. 2)”.
Portanto, para qualquer ação necessita de um diagnóstico geral e bem aprofundado, desde a família, seguindo da escola e desempenho da criança, verificando as dificuldades da criança, para então realizar o plano individual (GOMES, 2020).
É notável a importância do neuropsicopedagogo no processo de inclusão, pois o mesmo irá fazer um trabalho completo, visando estimular áreas do cérebro do aluno, bem como auxiliá-lo no processo de aprendizagem, procurando um progresso e avanço da criança com o decorrer do tempo, pensando sempre na formação do aluno dentro do tempo previsto. Diante ao exposto, o próximo tópico, irá abordar de forma específica a importância do neuropsicopedagogo nas intervenções escolares e no processo de aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo contribuiu para demonstrar um crescente interesse educacional a respeito de como funciona o cérebro, justamente pela convicção que cientistas e educadores têm a respeito da possibilidade de contribuição da neurociência com a educação, principalmente nos aspectos do desenvolvimento e da aprendizagem. A partir do caso avaliado e das intervenções da neuropsicopedagogia, pedagogia e da psicologia aliada a participação da família, foi possível compreender a importância de um trabalho transdisciplinar e interdisciplinar, que possibilite a comunhão destes diferentes saberes, compondo uma visão integrada do sujeito, de modo que sejam respeitadas suas diferenças e peculiaridades.
Desta maneira, concluímos que existe uma contribuição expressiva do neuropsicopedagogo no processo de ensino aprendizagem, este profissional apresenta juntamente com outros profissionais uma atuação de expressiva importância, na medida em que pode colaborar para potencializar e minimizar o sofrimento e a dificuldade de aprendizagem de alunos em fracasso escolar, através de estratégias e técnicas aprendidas ao longo de sua formação.
Constatou-se ao final deste trabalho que o profissional da neuropsicopedagogia, assume um papel de suma importância dentro de espaço escolar, isso resultará em êxito se o processo neurobiológico de cada indivíduo for respeitado, ou seja, respeitar a individualidade de cada um bem como proporcionar uma melhora na qualidade de vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FONSECA, Vitor. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Revista Psicopedagogia, Portugal. 2014.
CORRÊA, Tiago Henrique Barnabé; FERRANDI, Liliene Maria; SIMÃO, Guilherme Faquim. Contribuições da Neuropsicopedagogia no Contexto Educacional: Um novo olhar para a Instituição Escolar. Educere et Educare, Vol.15, n. 36. Out. 2020, p.1- 21.
OLIVEIRA, N. Alves. Neuropsicopedagogia: Recebi meu primeiro paciente, e agora? 1ª. ed. São Paulo: Perse, 2016. v. 300. 118p.
SCHNEIDER, F. Atuação do Profissional da Neuropsicopedagogia no Contexto Escolar. 2019. Disponível em <https://psicologado.com.br/neuropsicologia/atuacao-do-profissional-da-neuropsicopedagogia-no-contexto-escolar> Acesso em jul. 2020.
FAVENI. Neuroeducação e Fundamentos da aprendizagem. Material Didático AVA FAVENI 2020.