CHILDHOOD ANXIETY IN THE SCHOOL ENVIRONMENT FROM THE PERSPECTIVE OF COGNITIVE-BEHAVIORAL THERAPY: EXPERIENCE REPORT OF AN EXTENSION PROJECT
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505241011
Jéssika Crespo Alves¹
Linde Kelly de Souza Nolasco²
Orientador: Vinícius Gomes da Silva³
Resumo:
O presente texto tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicas do curso de Psicologia do segundo período, suas vivências diante do projeto de extensão com uma ação de intervenção na área da saúde mental em crianças com intuito de minimizar a ansiedade infantil no ambiente escolar. Trata-se de um estudo descritivo, em forma de relato de experiência, utilizando a abordagem qualitativa como método de observação. A teoria da Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) foi empregada como recurso para a intervenção na manifestação da ansiedade na escola. A intervenção aplicada, de forma lúdica e adaptada à faixa etária das crianças, proporcionou uma melhora gradual no reconhecimento e na expressão das emoções, além de maior abertura para lidar com situações ansiosas. Em consonância, a articulação com professores e a sensibilização de cuidadores foram aspectos fundamentais para o alcance dos resultados. O projeto realizado permitiu a observação de comportamentos ansiosos por parte das crianças e a importância da atuação da Psicologia no espaço escolar, especialmente no que se refere à prevenção e ao cuidado da saúde mental de crianças. A TCC mostrou-se uma abordagem eficaz e acessível, capaz de auxiliar na identificação, modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais. Além disso, o projeto proporcionou às alunas uma vivência prática significativa, promovendo a articulação entre teoria e prática, fortalecendo o compromisso social da universidade com a comunidade e contribuindo para a formação ética e técnica das futuras profissionais.
Palavras chave: Ansiedade Infantil. TCC. Ansiedade. Desenvolvimento Infantil. Ensino infantil.
1. INTRODUÇÃO
As síndromes e transtornos ansiosos podem atingir uma variedade de público, como idosos, adultos, adolescentes e crianças. No último público mencionado, a ansiedade infantil tem ganhado uma importância significativa por trazer impactos cada vez mais observados nas crianças, principalmente na fase de desenvolvimento.
A ansiedade, embora seja uma reação natural do corpo humano que o adverte por risco futuro, tem sua ressalva quanto ao período prolongado e o modo exacerbado atuante, podendo assim desencadear para um transtorno de ansiedade. (ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA AMERICANA, 2014). Nessa perspectiva, estudos De Almeida, Junior & Cardoso (2021) revelam a predominância de 15% a 20% na população infantojuvenil acometida por transtorno de ansiedade.
De acordo com Stallard (2010, p. 10 ) “a ansiedade é uma resposta normativa concebida para facilitar a autoproteção, com o foco particular do medo e da preocupação variando de acordo com o desenvolvimento da criança e suas experiências anteriores”. Sendo assim, é possível entender a ansiedade como uma emoção natural e presente em todos nós, contudo, é importante saber distinguir a ansiedade habitual ou comum, que é adaptativa e passageira, da ansiedade patológica, que exige uma melhor atenção e até tratamento.
As crianças diagnosticadas com síndromes e/ou transtornos de ansiedade e que não passam por um tratamento adequado são afetadas com diversos sintomas que prejudicam o seu desenvolvimento no dia a dia, expandindo muitas vezes até a vida adulta. Segundo Fialhe & Rodrigues (2023), a ocorrência constante da presença da ansiedade pode acabar tornando-se uma patologia e somado a isso o comprometimento no desempenho acadêmico, social e emocional.
Corroborando o descrito nos prejuízos causados pela ansiedade, Lima & Melo (2019) ressaltam que o transtorno de ansiedade acarreta muitos problemas no indivíduo, como dificuldades de concentração, padrões de pensamentos negativos e irrealistas, e comprometimento no desempenho escolar. Além disso, a ansiedade frequentemente leva a dificuldades sociais, caracterizadas por insegurança, baixa autoestima e comportamentos de esquiva.
A Terapia Cognitiva, criada por Aaron Beck em 1970, é uma abordagem psicoterapêutica baseada em evidências que, dentro de uma estrutura cognitiva, defende a ideia de que nossos pensamentos influenciam diretamente nossas emoções e comportamentos. De acordo com Judith Beck (2022) essa abordagem evoluiu com o tempo e, atualmente, com pesquisas mais avançadas, é amplamente conhecida como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
Segundo Alford & Beck (1997), a TCC visa identificar e modificar crenças e pensamentos negativos que contribuem para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. Ao oferecer ferramentas para a criança desenvolver habilidades de regulação emocional e enfrentar desafios, a TCC promove a melhoria do desempenho escolar e das relações sociais.
A psicoeducação é um componente fundamental da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pois desempenha um papel crucial no processo terapêutico. Conforme destacado por Carvalho et al (2019), essa estratégia, ao fornecer informações claras e práticas sobre o problema e as ferramentas para lidar com ele, potencializa os resultados das demais intervenções da TCC.
As técnicas de respiração também se destacam como uma ferramenta eficaz no manejo da ansiedade infantil na perspectiva da TCC. Conforme Stallard (2021), essas técnicas, que envolvem inspirar e expirar de forma controlada, ajudam a reduzir os sintomas de ansiedade promovendo uma resposta de relaxamento. Elas contribuem para acalmar o sistema nervoso, facilitando a regulação emocional e podem ser usadas tanto em momentos de ansiedade aguda quanto de forma preventiva, ajudando a criança a desenvolver habilidades de controle emocional.
A partir da apresentação e reflexão desses conceitos, entende-se que essas ferramentas são pertinentes para localizar os rastros da ansiedade na infância e auxiliar como forma de intervenção no manejo da ansiedade infantil. Sendo assim, este estudo tem o objetivo apresentar o relato das experiências vividas pelas acadêmicas do curso Psicologia durante a realização de um projeto de extensão em uma disciplina da graduação, utilizando a Terapia Cognitivo-comportamental como abordagem teórica na compreensão e realização do projeto.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A ansiedade infantil sob a visão da Terapia Cognitivo-comportamental (TCC)
De acordo com Mendes et al. (2024, p. 4), fatores socioculturais e ambientais têm impactado a saúde mental da população em geral. A prevalência de transtornos de ansiedade na infância tem crescido consideravelmente. Durante o primeiro ano da pandemia, “a ansiedade aumentou 25%, e estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas sofram com algum transtorno psiquiátrico” (MENDES et al., 2024, p. 4). Dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) indicam que, em 2023, “o número de crianças diagnosticadas com transtornos de ansiedade ultrapassou o de adultos com o mesmo transtorno” (MENDES et al., 2024, p. 5). Esse aumento tem causado uma série de complicações psicossociais nesses indivíduos, afetando seu desenvolvimento, capacidade de aprendizagem e relações interpessoais com amigos e familiares.
A ansiedade infantil, na perspectiva da TCC, é compreendida como um processo no qual pensamentos distorcidos desempenham um papel central na intensificação dos sintomas ansiosos. Aaron T. Beck (2012), pioneiro da TCC, enfatizou a relevância dos pensamentos automáticos e das crenças disfuncionais no princípio dos transtornos emocionais. Judith S. Beck (2022) ressalta que a TCC se consolidou como uma abordagem estruturada, focada na modificação desses padrões de pensamento para transformar as respostas emocionais e comportamentais.
Esta compreensão também é estudada por Paul Stallard, que adapta os fundamentos da TCC para crianças e jovens. Stallard (2010) aborda como a ansiedade infantil pode ser compreendida e tratada a partir da identificação de pensamentos disfuncionais que moldam o comportamento e a percepção de ameaças. Ele destaca a importância de intervenções baseadas em estratégias de reestruturação cognitiva, adaptadas às capacidades de desenvolvimento da criança, para promover o enfrentamento de situações desafiadoras. Assim, tanto Beck quanto Stallard evidenciam a centralidade da cognição na abordagem da ansiedade, ajustando-a às especificidades de diferentes públicos.
A TCC oferece contribuições valiosas para o tratamento da ansiedade, com ênfase na reestruturação dos pensamentos disfuncionais e na modificação do comportamento. Oliveira (2011) destaca que, ao focar na identificação e reestruturação das distorções cognitivas, essa abordagem permite que os indivíduos modifiquem suas respostas emocionais e comportamentais frente a situações ansiosas. Este formato de terapia trabalha com a cooperação entre terapeuta e cliente/paciente, sendo fundamental o estabelecimento de uma aliança terapêutica que permita a compreensão dos pensamentos automáticos e a implementação de técnicas de enfrentamento.
Souto et al. (2024) reforça a eficácia da abordagem no contexto infantil, destacando que as intervenções devem ser adaptadas ao estágio de desenvolvimento da criança, pois permite compreender a relação entre suas crenças, emoções e comportamentos possibilitando a adoção de estratégias mais eficazes para o enfrentamento da ansiedade. Ao focar em pensamentos automáticos e crenças subjacentes, a TCC possibilita a redução dos sintomas de ansiedade ao longo do tempo, estabelecendo o processo colaborativo e educativo entre o terapeuta e a criança.
Esse processo, conforme Galvão (2022), envolve não só a colaboração entre o terapeuta e o paciente, mas também o envolvimento das redes de apoio, como a família, para promover um ambiente de suporte e mudança sustentável, crucial para garantir que as intervenções sejam adequadas e eficazes, proporcionando um ambiente seguro e propício para a aprendizagem de novas estratégias de enfrentamento.
A psicoeducação, elemento central na Terapia Cognitivo-Comportamental, se caracteriza como forma de estratégia de enfrentamento e desempenha um papel essencial no manejo da ansiedade infantil. Segundo Wright (2019), a TCC fundamenta-se no princípio de que é possível ensinar habilidades práticas para modificar cognições, regular emoções e realizar mudanças comportamentais significativas. Nesse contexto, integrar ferramentas educacionais no aprendizado das crianças cria experiências mais eficazes e memoráveis, permitindo que elas internalizem conceitos e os apliquem em situações do dia a dia.
Segundo Souto et al. (2024) a TCC tem mostrado resultados positivos no tratamento da ansiedade infantil, como crianças apresentando melhorias no bem-estar emocional, maior capacidade de enfrentar situações de estresse e um aumento na compreensão sobre a relação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos. Diante disso, a TCC se destaca como uma abordagem eficaz, pois integra estratégias que ajudam as crianças a modificar padrões disfuncionais, promovendo maior autoestima, confiança e qualidade de vida.
2.2 A ansiedade infantil no contexto escolar
A partir de uma ideia construída no senso comum acredita-se que, no período da infância, crianças não enfrentam desafios que comprometam a saúde mental, pressupondo que sejam constantemente felizes e livres de transtornos. No entanto, dados revelam que crianças apresentam comprometimento em sua saúde mental e algumas pesquisas mostram que, no Brasil, 10% a 20% de crianças e adolescentes são acometidas em sua saúde mental ( ESTANISLAU & BRESSAN, 2014).
Papalia & Martorell (2022) enfatizam que certas crianças perpassam por mudanças abruptas no aspecto social, emocional e familiar no decorrer do seu desenvolvimento, e isso faz com que a ansiedade exceda, evoluindo para transtornos, como: o transtorno de separação ou ansiedade social. Essas condições são manifestadas, principalmente, na fase escolar.
Fialhe & Rodrigues (2020) explicam que na trajetória escolar é desencadeada ansiedade nas crianças, pois estão sendo submetidas a adentrar em outro universo, fora do seu núcleo familiar, no qual terão que fazer parte de suas vidas e rotinas diárias e com isso também deparam-se com novas demandas, as quais são exigidas em currículo escolar. E por isso, dentro desta condição de esforço mental e exigência a presença da ansiedade infantil tem se tornado recorrente, sobretudo no espaço estudantil.
Algumas evidências são encontradas por Oliveira, Joly & Fernandes (2016) ao fornecerem os resultados dos testes aplicados em crianças com baixo rendimento escolar. Esses resultados indicam a alta prevalência de ansiedade nessas crianças e, consequentemente, a ansiedade causa danos atingindo a capacidade de aprendizagem, levando à frustração por não corresponderem às expectativas. Essa frustração, por vezes, traz danos no âmbito social, emocional e na aprendizagem.
Ainda sobre o pressuposto, os resultados dos testes evidenciam como as crianças se sentem diante do problema. O inventário apresenta sintomas de ansiedade em situações escolares como, por exemplo, “Quando estou na escola, a minha barriga dói.” ( Oliveira, Joly & Fernandes, 2016, p. 177). Desse modo, descreve-se situações que ocorrem, rotineiramente, nas escolas. A averiguação desses parâmetros revela que crianças já sofreram ou sofrem ainda com a presença de sintomas da ansiedade, revelando a prevalência deste mal no ambiente escolar.
Diante das constatações anteriores, o declínio acadêmico, advindo de consequências da ansiedade, pode apresentar prejuízos que afetam funções cerebrais, ou seja, é uma problemática que desencadeia além do emocional, físico e motor. Nessa direção, os estudos empreiteiros de Lopes & Gonçalves (2020) revelam que a ansiedade exacerbada interrompe a captação da informação, pois o cérebro não consegue capturar e nem recordar, sendo assim prejudicial ao ensino, e com isso a criança enxerga-se como uma pessoa inútil diante das atividades enfrentadas e dos colegas de classe.
Amaral (2022) discute em seus estudos que a ansiedade tem seus efeitos colaterais nos aspectos social, emocional e sobretudo no desempenho acadêmico de modo que o impede de completar certas atividades propostas em sala pois julga-se incapaz de cumpri-las, gerando assim o sentimento de frustração e desânimo.
Em relação aos impactos causados pela ansiedade, destaca-se a pesquisa de Rodrigues (2022), que proporciona rastros do comprometimentos no ensino escolar. Nessa pesquisa, as professoras foram instruídas a observar e identificar sinais de ansiedade em seus alunos. Como resultados dessas observações, foram obtidos números relevantes sobre o tema da ansiedade.
Os resultados mostraram que 66,3% das professoras conseguiram identificar sintomas, como: falta de atenção e cansaço persistente em crianças. Por outro lado, 33,7% constataram excesso de perfeição na execução das atividades e uma busca incessante de valorização. Vale ressaltar que tais observações foram em sala de aula, e a partir deste olhar, percebe-se que a ansiedade permeia o desenvolvimento da criança, gerando uma gama de problemas na caminhada intelectual.
Estudos na área da Psicologia demonstram os impactos no desenvolvimento cognitivo, como afirmam as pesquisas: “Os sintomas são desagradáveis, a capacidade intelectual é atingida, diminui-se a capacidade de pensar com clareza, de julgar apropriadamente, de aprender com eficiência ou de recordar coisas com precisão” (ROSA, 2021, p.94). Com isso, constata-se que os agravos são alarmantes, causando desgastes e danos à criança. No que tange à dificuldade em armazenar informações e a limitação da autonomia intelectual para formular opiniões, temos exemplos claros. O acometimento da ansiedade prejudica a capacidade de filtrar informações.
Diante do exposto, é possível entender que, quando nos deparamos com o tema de saúde mental, a ansiedade demanda a identificação dos preditores que contribuem ao fracasso acadêmico, visando minimizar seus efeitos e promover o sucesso escolar. A respeito das demandas dos afazeres, as crianças não podem estar inertes perante a esta situação e permitirem serem governadas pela força negativa que a ansiedade pode acarretar.
3. METODOLOGIA
O presente relato de experiência é proveniente de um projeto de extensão desenvolvido por nove acadêmicas durante o 2º semestre do curso de Psicologia da Faculdade Unama, na cidade de Porto Velho/RO, porém transformado em escritos acadêmicos por apenas duas delas, orientadas por um psicólogo com especialização em Terapia Cognitivo-comportamental, docente da instituição na época.
A intervenção foi realizada em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental, tendo como público alvo, aproximadamente, cerca de cem educandos do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental. Mussi, Flores & Almeida (2021) enfatizam que na caminhada universitária, o relato de experiência serve como uma ferramenta de produção científica preparando o acadêmico em duas faces: científico e profissional.
Em relação a abordagem, a pesquisa apoiou-se numa perspectiva qualitativa, de caráter descritivo, pois tem como finalidade descrever dados subjetivos, como afirma Sampieri, Collado & Lucio ( 2013). Na abordagem qualitativa, requer-se um olhar do pesquisador sobre os acontecimentos ao redor do espaço natural, em relação ao contexto dos fenômenos. Essa visão exige um foco em analisar e adentrar na busca a partir da concepção dos participantes.
O método usado para o desenvolvimento do projeto foi o de observação que, segundo Minayo (2004, p.101), é utilizado para “observações sobre conversas informais, comportamentos, cerimoniais, festas, instituições, gestos e expressões que digam respeito ao tema da pesquisa.” No caso desta experiência, a observação foi feita a partir da análise das ações dos comportamentos dos alunos e professoras.
E com isso tornou-se necessário registrá-lo em anotações nos cadernos.
As acadêmicas se basearam no seguinte roteiro para desenvolver a pesquisa: levantamento de referências na base de dados Google Scholar e na Biblioteca Virtual em Saúde- BVS, organização das informações coletadas, especificação das informações em tópicos e argumentação dos resultados e discussão.
A execução do projeto foi organizada da seguinte forma: apresentação das acadêmicas, encenação teatral com bonecos para explicação sobre a ansiedade, seus sinais e como minimizá-la, uma animação em vídeo informativo sobre o tema e ensinamento de técnica de respiração.
A intervenção contou com uma variedade de recursos lúdicos, como bonecos de pelúcia, o ‘pote da calma’ e bolhas de sabão, conforme sugerido por Petersen & Wainer (2011), pois auxiliam positivamente na interação e psicoeducação de crianças.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O projetode extensão foi desenvolvido durante a disciplina de Atividades Práticas Interdisciplinares de Extensão (APIEXT), trabalhada em equipes e advinda do ramo de uma unidade integradora do currículo exigido pelo curso de Psicologia, com a proposta de aplicar os conhecimentos adquiridos no decorrer do semestre. Na ocasião, foi experienciado uma abordagem da qual se adequaria para ser trabalhada com as crianças, na oportunidade permitindo às práticas da Psicologia, em especial, no âmbito escolar.
Após sondagens e análises para a escolha de um local propício para a execução do projeto, considerando situações de necessidade em tratar de assuntos relacionados à saúde mental, uma Escola de Ensino Fundamental foi selecionada. Localizada em uma área urbana, num bairro com condomínios residenciais em crescimento, entretanto, com moradores de média/baixa renda que fazem o uso da instituição, o local oferta o Ensino Fundamental do 1º ano até o 5º ano.
A escola recebe verba municipal, conta majoritariamente com crianças de famílias que enfrentam desafios socioeconômicos e não dispõe de profissionais que possam prestar apoio psicológico. Para esta seleção, considerou-se também a ausência de conhecimento das professoras e diretora sobre o manejo dos sintomas de ansiedade infantil que, por sua vez, não são prioridade dentro do currículo escolar.
Após diálogo com a supervisora e a diretora da escola, na tentativa de entender as necessidades do colégio, foram apontadas por elas situações que têm aparecido com bastante frequência, como crianças com o Transtorno de Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Desafiador Opositor (TOD).
De acordo com as gestoras, a quantidade de crianças com transtornos têm sido alarmante e a ansiedade seria uma comorbidade junto a eles, sendo um desafio para o corpo docente. A supervisora demonstrou bastante entusiasmo com a intenção do projeto, principalmente por entender a urgência de uma assistência psicológica para os alunos. Para elas, o projeto poderia trazer um breve alento diante do aumento de demandas de ansiedade e outros diagnósticos.
O espaço do ambiente escolar era pequeno, mas estava em fase de reforma/ampliação da sua capacidade. No momento da intervenção, a escola não tinha capacidade para comportar grande parte dos estudantes e contava com 110 alunos por turno, sendo 12 turmas divididas nos períodos matutino e vespertino.
O projeto contemplou alunos do período da manhã, cursando do 1º ao 3º ano, com faixa etária entre 6 a 8 anos, e profissionais da educação (professores), sendo desenvolvido dentro de suas respectivas salas em momentos pré-agendados.
As acadêmicas de Psicologia discutiram meios para adaptar a comunicação à linguagem infantil com ferramentas para exemplificar e tornar mais fácil o diálogo, abordando a temática da ansiedade e seus sintomas. O modo de adequação da linguagem, do contato e da comunicação foi o principal desafio para alcançar o público infantil. Portanto, considerando um rapport eficiente, foi traçado um roteiro, seguidos de preparativos e ensaios anteriores ao dia da realização do projeto.
Sob essa perspectiva, foram implementadas estratégias adaptadas ao público infantil, como a encenação teatral com bonecos. Após a encenação, um vídeo animado com as mesmas explicações foi exibido para reforçar o aprendizado. Depois, foi realizado o exercício da respiração para a minimização da ansiedade, assim como meios interativos que os fizessem entender o que estava sendo passado, como “Cheirar a flor e soprar a vela” (utilizando os próprios dedos das mãos). Além de brinquedos como o pote da calma (frasco pequeno com líquido transparente contendo gliter, sendo esse uma forma para observação), bolhas de sabão e um látex contendo areia foram introduzidos como ferramentas e para regulação emocional.
Considerando as necessidades do contexto escolar, também foi esquematizado um meio de manter as informações trabalhadas durante a intervenção. No final do projeto, foi disponibilizado um e-book para os professores, contendo informações e ferramentas que os auxiliassem a lidar com casos de ansiedade encontrados em sala de aula.
Para Petersen & Wainer (2011), na terapia infantil da TCC, o uso de instrumentos lúdicos facilita a comunicação e auxilia no enfrentamento de questões emocionais de maneira leve e eficaz. Durante a encenação com bonecos, algumas crianças demonstraram grande engajamento e curiosidade (com olhos e ouvidos aguçados), prestando atenção ao assunto. Os alunos verbalizam saber da ansiedade e o que seria, porém não compreendiam perfeitamente o significado dela e suas consequências. Por meio desse entrosamento, foi possível implementar a psicoeducação através de explicações lúdicas.
Durante as atividades, houve muitas trocas, pois as crianças puderam tirar suas dúvidas. Não houve intimidação ou timidez em conversar abertamente sobre a ansiedade e muitas compartilharam experiências pessoais. Com isso, a interação foi bastante proveitosa, pois permitiu perceber e sanar os questionamentos levantados.
Sobre os sintomas comportamentais e físicos decorrentes da ansiedade, bem como à rigidez que compromete o desempenho no ambiente escolar, foi perceptível tal situação quando algumas crianças relataram o medo em fazer atividades sob a crença de incapacidade em executá-las, ou ainda, por meio de conversas que detalharam mãos frias ou dores na barriga.
No percurso da explicação do tema, observou-se, na comunicação com os alunos, a manifestação de sintomas, como inquietação e desespero para sentir-se valorizado. Isto ficou evidente em uma das crianças. Em uma outra situação, na mesma sala, foi verificado uma criança retraída, não se esforçando em participar da interação, sendo possível perceber certo distanciamento social.
Na oportunidade dessa comunicação, foi levado um suporte para apresentação de um vídeo lúdico, narrado por uma raposa, que explicou de uma forma simples o conceito de ansiedade, situações em que as crianças poderiam identificar sintomas e se estavam ansiosas.
Após a apresentação do vídeo, um momento foi dado aos alunos para praticarem os exercícios ensinados, como assoprar a vela e cheirar a flor, supracitado anteriormente. Na observação do comportamento, antes do exercício, algumas crianças demonstraram agitação, com dificuldade em manter a atenção e outras estavam isoladas. Apesar de todas as circunstâncias, foram todas convidadas a participarem do exercício. Depois da prática, notou-se uma mudança significativa no comportamento das crianças, que apresentaram melhor participação nas atividades.
No que cerne à prática do exercício respiratório, que favorece o relaxamento do indivíduo, como explica Stallard (2009), o controle da respiração tem sua eficácia na melhora dos sintomas da ansiedade, trabalhando o processo de inspirar e expirar. Por ser um exercício rápido e acessível, a sua prática promove o relaxamento corporal, retornando ao estado inicial.
As crianças apresentaram falas interessantes sobre o exercício de respiração, informando que explicariam aos seus pais e responsáveis quando chegassem em casa. Essa devolutiva foi bastante significativa para as acadêmicas, possibilitando presumir que o exercício de respiração foi eficaz e acessível a qualquer momento e lugar.
Pode-se afirmar que a intervenção também contribuiu com a rede escolar, levando conhecimentos e recursos psicoeducativos relacionados à ansiedade infantil. Essa dificuldade se manifestava nos discursos dos professores, que frequentemente interpretavam comportamentos como birra e ou desobediência, atrelando-os à educação familiar, e não como manifestações de ansiedade. Para Fialhe & Rodrigues (2023), fica evidente a necessidade de maior suporte aos professores para a identificação dos sintomas relacionados à ansiedade infantil.
A partir da ideia de auxiliar na identificação da ansiedade, foi elaborado e disponibilizado um e-book para os alunos e professores, visando superar limitações de recursos enfrentadas por muitas escolas. O material foi encaminhado via correio eletrônico, sendo bem recebido pelos educadores, que reconheceram a relevância do projeto no contexto pedagógico, bem como sua importância para o manejo da saúde emocional das crianças, e a possibilidade de compartilhá-lo com os pais.
O e-book continha informações acessíveis e práticas para o público, incluindo uma introdução sobre a ansiedade e seus impactos emocionais (irritabilidade ou apatia), sociais (medo de falar em público) e os físicos (desconforto intestinal, sudorese e tensão muscular). O material também oferecia ferramentas práticas para gerenciar a ansiedade, como: exercícios de respiração (cheirar a flor e soprar a vela) que auxilia na autorregulação durante momentos de estresse; o “pote da calma” (um frasco com água e gliter), que estimula a concentração e atenção; e bolhas de sabão que tem como objetivo estimular a coordenação motora e visual, além de desenvolver a criatividade e a imaginação.
Cabe destacar a observação de uma professora regente, que ressaltou a necessidade de mais abordagens sobre o tema, visando ampliar a compreensão da informação. A professora acredita que, dessa forma, seria possível estender o conhecimento aos responsáveis pelos alunos, criando uma rede de apoio eficaz para lidar com as manifestações de ansiedade.
A temática foi abordada tanto com alunos quanto com professores. Os docentes, ao participarem do projeto, demonstraram compreender a importância da propagação dessas informações no cotidiano escolar, considerando que muitos alunos têm apresentado um rendimento escolar fora das expectativas, e sua maior preocupação seria como atuar em manejos com crianças em sala com possíveis diagnósticos.
Alguns dias após a finalização do projeto, uma professora procurou as alunas desenvolvedoras da intervenção e relatou que outras professoras teriam utilizado os materiais que foram deixados, o e-book e o “pote da calma”, ressaltando a necessidade de serem aplicados no momento das manifestações de ansiedade. Este feedback, causador de surpresa e contentamento, representa o alcance de resultados na intervenção e na busca por uma Psicologia mais acessível e para todos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto de extensão desenvolvido foi bastante enriquecedor, pois oportunizou uma experiência de contato direto com o público infantil e a aplicação prática das técnicas da TCC. Além de desenvolver habilidades como escuta ativa, comunicação visual e bem como as atitudes para uma melhor abordagem inicial, partindo desse pressuposto acrescentou muito na bagagem para futuro profissional. Essas vivências trouxeram impactos que agregam valor à formação profissional, ampliando a compreensão dos desafios e aplicabilidades da Psicologia em diferentes contextos.
Os resultados obtidos durante o projeto, como a adoção de técnicas de respiração e o uso de ferramentas lúdicas, reforçam suas aplicabilidades práticas tanto para os alunos quanto para professores. As estratégias apresentadas não apenas promovem relaxamento e redução dos sintomas de ansiedade, como também possibilitam a replicação por educadores em momentos oportunos.
É perceptível que o corpo docente não está preparado para lidar com eventuais manifestações da ansiedade, por conta dos requisitos que não cabem às suas atribuições, porém ter maior conscientização sobre a temática demonstrou ser bastante assertivo para auxiliar no dia a dia escolar.
É provável que um projeto com maior duração teria maior eficácia no comportamento das crianças, contudo, um curto período de intervenção também demonstrou resultados significativos, visto que é possível implementar projetos focados especificamente no desenvolvimento cognitivo.
Deste modo, recomenda-se que futuras iniciativas incluam no acompanhamento longitudinal para avaliar o impacto da intervenção ao longo do tempo, bem como a expansão para outras faixas etárias e contexto escolares.
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¹Discente do Curso Superior de Psicologia da Faculdade da Amazônia. e-mail: jessikakcrespo@gmail.com
²Discente do Curso Superior de Psicologia da Faculdade da Amazônia. e-mail: lindekelly12@gmail.com
³Orientador. Psicólogo Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental e-mail: viniciusgsilva@icloud.com