Autora:
Thaís Catrinque do Sacramento Falcão
thaiscatrinque@hotmail.com
RESUMO
Com o envelhecimento humano ocorre uma redução das funções do organismo, como também perda de suas capacidades físicas. O objetivo desse artigo foi analisar as capacidades físicas (Flexibilidade, Equilíbrio e Mobilidade Funcional) de uma idosa de 74 anos, a qual era sedentária e iniciou uma atividade física com o Método Pilates, a fim de melhorar sua funcionalidade nas atividades de vida diária. Os dados foram analisados pelo Time Get Up and Go (TUG), Teste do Sentar e Alcançar (TSA), Teste do Alcance Funcional Anterior (TAF) e de Testes da Escala Motora da Terceira Idade. Houve um avanço quando comparado os testes da avaliação final e inicial, após as 20 sessões do Pilates, evidenciando-se a eficácia do Pilates como uma atividade física para idosos sedentários desenvolverem suas capacidades físicas e com isso, obter uma melhor qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE: Capacidade Física, Envelhecimento, Pilates, Qualidade de vida
ABSTRACT
With human aging, there is a reduction in the body\’s functions, as well as a loss of its physical capabilities. The aim of this article was to analyze the physical capacities (Flexibility, Balance and Functional Mobility) of a 74-year-old elderly woman, who was sedentary and started a physical activity with the Pilates Method, in order to improve her functionality in activities of daily living. Data were analyzed by Time Get Up and Go (TUG), Sit and Reach Test (TSA), Previous Functional Reach Test (TAF) and Motor Scale Tests for the Elderly. There was an advance when comparing the tests of the final and initial evaluation, after the 20 sessions of Pilates, showing the effectiveness of Pilates as a physical activity for sedentary elderly people to develop their physical capacities and thus obtain a better quality of life.
KEYWORDS: Physical Capacity, Aging, Pilates, Quality of life
1 INTRODUÇÃO
Segundo a projeção da população do Brasil do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no Brasil, hoje, existem 21,5 milhões de idosos que correspondem a 10,15% da população brasileira. Até 2025, segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso e as particularidades e desafios do envelhecimento populacional para a saúde pública em nosso contexto social.
O envelhecimento do ser humano é um processo fisiológico e vem acompanhado de modificações físicas, funcionais, metabólicas e psicológicas, influenciando a forma de viver do indivíduo. A prática de exercícios vem diminuindo com o passar dos anos, somente cerca de 22% dos indivíduos com mais de 65 anos participam de atividade física regular e o sedentarismo tem se tornado cada vez mais presente na vida do idoso, pertencendo ao grupo etário menos ativo fisicamente. No entanto, envelhecer não significa incapacidade (SANTOS, 2018; ACSM, 2014).
Algumas limitações como o desequilíbrio, redução da mobilidade, flexibilidade e força muscular são devidas ao desuso, ao sedentarismo e podem ser modificadas através da prática de exercícios. Essas limitações estão associadas à dificuldade que o idoso tem em realizar suas atividades de vida diária (DUTHIE; KATZ, 2002)
Como se pode melhorar a qualidade de vida na Terceira Idade?
Para ter um envelhecimento ativo e saudável depende de inúmeros fatores, dentre eles a promoção de modo de vida saudável em todas as etapas da vida, favorecendo a prática de atividades físicas no cotidiano e no lazer, o acesso a alimentos saudáveis e a redução do consumo de tabaco. Estas questões são a base para o envelhecimento saudável, um envelhecimento que signifique também um ganho substancial em qualidade de vida e saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005; SANTOS, 2018)
Através da prática de atividade física regular, o idoso beneficia-se com a diminuição das alterações fisiológicas do envelhecimento que impedem a capacidade de realizar exercício; promoção de bem-estar psicológico e cognitivo; administração de doenças crônicas; redução dos riscos de incapacidade física; e aumento da longevidade (ACSM, 2014)
Segundo American College of Sports Medicine, exercícios de equilíbrio e flexibilidade devem fazer parte da rotina dos idosos. Considerando que o desempenho do equilíbrio é afetado pela força muscular e pela flexibilidade, programas de treinamento de força e de alongamento podem ser úteis para manter e melhorar o equilíbrio. Além de aumentar a força e a mobilidade funcional, o Pilates é uma modalidade de exercício que pode ser indicada para melhorar o equilíbrio, e assim reduzir o risco de queda, além da melhora de força muscular, flexibilidade e mobilidade funcional (ACSM, 2014; HEYWARD, 2011)
Nesse sentido, o objetivo do presente estudo é verificar os efeitos do método Pilates nas seguintes capacidades físicas: flexibilidade, equilíbrio e mobilidade funcional, aumentando a capacidade de realizar atividades de vida diária com segurança e independência, sem fadiga, de uma idosa sedentária de 74 anos.
2 ANÁLISE DAS CAPACIDADES DE FLEXIBILIDADE, EQUILÍBRIO E MOBILIDADE FUNCIONAL EM IDOSA SEDENTÁRIA APÓS O USO DO MÉTODO PILATES
2.1 PILATES
Segundo Almeida e Ramos (2013, p.2) Pilates “[..]é um programa de condicionamento físico e mental no qual o praticante, com o auxílio dos aparelhos e/ou exercícios no solo ‘Mat’, trabalha corpo e mente, exercitando força, flexibilidade e resistência[…]”. Foi criado por Joseph Hubertus Pilates, nascido em 1880, nas proximidades de Dusseldorf, Alemanha. Quando pequeno, sofria de asma, raquitismo e febre reumática. Devido ao seu estado de saúde comprometido, começou a praticar incansavelmente atividade física, buscando a melhora de estado de saúde. Como resultado, tornou-se fisicamente forte e saudável para superar suas limitações (COSTA, 2010).
A maioria dos pacientes que são proibidos de participar de programas de exercício convencionais poderia realizar os exercícios do Pilates, o qual é utilizado para trabalhar a força muscular, a flexibilidade e o ganho ou recuperação de movimento (ZEN, 2015). Segundo diversos autores, tal método acarreta benefícios como o aumento da densidade mineral óssea, mudanças positivas na composição corporal, melhoria da força e resistência muscular, coordenação, equilíbrio e flexibilidade (ENGERS, et al., 2016)
Para Almeida e Ramos (2013, p.4) Dessa forma, pessoas de qualquer idade podem se beneficiar do método, pois por meio de sua prática que consegue alinhar músculos, coluna, órgãos, postura e concentração, é possível levar a vida com mais saúde, bem-estar e qualidade, à medida que “desenvolvendo a estabilidade corporal necessária para uma vida mais saudável e longa, tendo como preceito o movimento corporal consciente sem fadiga ou dor.”
Com o Pilates o idoso começa a desenvolver hábitos saudáveis que perdurem por toda a vida. Com sua prática, aprendem a manter uma postura correta em diversas e simples situações do cotidiano, como o simples movimento de sentar-se, andar ou agachar (ALMEIDA E RAMOS, 2013).
O próprio Joseph Pilates salientava a necessidade de flexibilidade. Uma citação que ficou marcada sobre o método: “Se sua coluna é inflexivelmente dura aos 30 anos, você é velho; se ela é completamente flexível aos 60, você é jovem”. Esta frase simboliza claramente a importância que a flexibilidade tem para o bem-estar, de acordo com Pilates (PACHECO, 2014).
Tendo em vista os benefícios descritos anteriormente e a prática individualizada, o método tem sido bastante indicado para idosos.
2.2 EQUILÍBRIO, FLEXIBILIDADE E MOBILIDADE FUNCIONAL
O equilíbrio corporal sofre declínios decorrentes do processo de envelhecimento, sendo uma das funções mais afetadas nesse processo. É complexo e envolve a recepção e a integração de estímulos sensoriais, o planejamento e a execução de movimentos para controlar o centro de gravidade sobre a base de suporte, sendo realizado pelo sistema de controle postural, que integra informações de diversos sistemas do organismo humano. Com o envelhecimento, esses sistemas ficam deficitários, podendo eliminar diversas etapas do controle postural, diminuindo a capacidade compensatória do sistema, levando a um aumento da instabilidade. Qualquer falha em um dos sistemas envolvidos pode causar desequilíbrio postural e, como consequência, quedas. Sendo assim, é importante a avaliação do equilíbrio corporal em idosos, pois uma vez identificado o déficit, medidas preventivas poderão ser tomadas evitando o risco de quedas nessa população. (KARUKA; SILVA; NAVEGA, 2011)
De acordo com Heyward (2011, p.60 e 61) O equilíbrio é a capacidade de manter o centro de gravidade do corpo dentro da base de sustentação ao manter uma posição estática, executar movimentos voluntários ou reagir a distúrbios externos. O equilíbrio funcional refere-se à capacidade de executar tarefas de movimentos do dia a dia que requeiram equilíbrio, como pegar um objeto do chão, vestir-se e virar-se para olhar algo atrás de você.
Um equilíbrio corporal adequado garantirá ao idoso maior independência e autonomia para a realização das atividades de vida diária, sendo importante para a prevenção de quedas, tão comuns na terceira idade.
Os estudos têm demonstrado o impacto direto dos níveis adequados de flexibilidade no ganho de níveis apropriados de equilíbrio (COSTA et al., 2009). Em ambos os casos, são influenciados pelo envelhecimento, pela inatividade física e por mecanismos musculoesqueléticos que reduzem as funções de dobrar-se, levantar-se, no caso da flexibilidade, restringindo a mobilidade e de andar coordenadamente e sustentar uma boa postura, no caso do equilíbrio. Segundo Heyward (2011, p.286) “a flexibilidade consiste na capacidade de uma articulação, ou série de articulações, mover-se ao longo de uma amplitude de movimento (AM) completa sem lesão”. Para se manter a independência funcional e a prática de atividades da vida diária são necessários níveis adequados de flexibilidade. Já a mobilidade funcional é definida como a habilidade de movimentar-se de maneira eficaz no seu ambiente (NETO, 2009)
A técnica utilizada para melhorar a flexibilidade é o alongamento, através da execução de movimentos com amplitudes articulares específicas, diminuindo a suscetibilidade de lesões e permitindo o ganho de amplitude mais amplo, possibilitando a execução de movimentos que de outraforma seriam limitados (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
2.3 MÉTODOS
Este foi um estudo transversal com uma idosa de 74 anos, sedentária, a qual não havia praticado atividade física em nenhuma fase da sua vida.
Foram realizadas 20 sessões de Pilates (não inclusa as avaliações), com duração de 50 minutos cada sessão. A avaliação ocorreu em duas sessões (inicial e final) por meio da aplicação dos seguintes testes: Time Get Up and Go (TUG), Teste do Sentar e Alcançar (TSA), Teste do Alcance Funcional Anterior (TAF) e de Testes da Escala Motora da Terceira Idade descritos por Neto & cols.
O tratamento realizado através do Pilates compreendeu exercícios de baixa complexidade e fácil entendimento, com intensidade moderada, utilizando os aparelhos próprios do método e acessórios (bola, faixa elástica, cones, bosu…), além de associar a exercícios com marcha e circuitos. As aulas foram especificamente planejadas de acordo com as necessidades físicas da paciente (através da avaliação), mantendo a mesma série de exercícios, com o objetivo de ir graduando o nível de dificuldade e a evolução da paciente.
De acordo com Neto & cols (2009, p. 103) o Time Get Up and Go (TUG) É um teste que avalia de forma prática a performance da marcha. Ele avalia, em segundos, o tempo gasto por um individuo para levantar ́ de uma cadeira com suporte para os braços (altura do assento de 42 cm, altura do suporte para os braços de 22 cm), andar uma distância de 3m (delimitada por um cone), virar, voltar até a cadeira e sentar novamente. Os pacientes utilizam o calçado que usam diariamente, o que proporciona uma marcha confortável e segura[…] O teste ainda analisa a habilidade do paciente de ajustar o centro de gravidade continuamente sobre a base de suporte durante o movimento.
O tempo considerado normal para adultos saudáveis é em até 10 segundos – independentes e sem risco de quedas. Para idosos com deficiência ou frágeis, o tempo varia entre 11 a 20 segundos – independência parcial e baixo risco de quedas. E acima de 20 segundos, o idoso apresenta importante déficit de mobilidade física e risco de quedas. Um desempenho de até 12 segundos é considerado como tempo normal de realização do teste para idosos comunitários (KARUKA; SILVA; NAVEGA, 2011). O TUG também avalia a mobilidade funcional (FIDELIS; PATRIZZI; WALSH, 2013)
O Teste de Sentar e Alcançar (TSA) foi desenvolvido para ser um teste de fácil aplicação, baixo custo e curta duração. Ele mede a flexibilidade da coluna vertebral e parte posterior dos membros inferiores de indivíduos de todas as idades e gêneros (BEZERRA et al., 2015, p.4).
Segundo Ribeiro et al., 2010, p.417 O teste é realizado numa “caixa” (Banco de Wells) medindo 30,5 cm x 30,5 cm x 30,5 cm com uma escala de 26,0 cm em seu prolongamento, sendo que o ponto zero se encontra na extremidade mais próxima do avaliado e o 26°cm coincide com o ponto de apoio dos pés. O avaliado retirava o calçado e na posição sentada tocava os pés na caixa com os joelhos estendidos. Com ombros flexionados, cotovelos estendidos e mãos sobrepostas executavam a flexão do tronco à frente devendo este tocar o ponto máximo da escala com as mãos.
O Teste do Alcance Funcional Anterior (TAF) avalia o quanto o idoso é capaz de se deslocar dentro do limite de estabilidade anterior, identificando o risco de queda. É presa à parede uma fita métrica, paralela ao chão, e posicionada na altura do ombro do idoso. O mesmo fica descalço, posicionando os pés confortavelmente e paralelos entre si, perpendicularmente em relação à parede e próximo ao início da fita métrica. Com punhos em posição neutra, cotovelos estendidos e ombro com flexão de 90º, o idoso é instruído a realizar a inclinação para frente sem tocar na fita e, em seguida, deve-se verificar o deslocamento sobre ela Após três tentativas, o resultado do teste é representado pela média, da diferença entre a medida na posição inicial e a final registrada na régua (KARUKA; SILVA; NAVEGA, 2011).
Já, os testes da EscalaMotora da Terceira Idadesão indicados para grupos de risco para alterações motoras; sedentarismo; controle evolutivo da aptidão motora (NETO & cols, 2009)
Essa escala possui um conjunto de provas diversificadas e de dificuldade graduada que irá determinar o nível motor/idade motora e o quociente motor a partir de 10 tarefas motoras, distribuídas entre os níveis 2 a 11, organizadas progressivamente em grau de complexidade, sendo atribuído para cada tarefa, em caso de êxito, um valor correspondente ao nível motor. As provas de equilíbrio envolvem: equilíbrio estático sobre um banco (nível 2), equilíbrio sobre um joelho (nível 3), equilíbrio com o tronco flexionado (nível 4), equilíbrio nas pontas dos pés (nível 5), pé manco estático (nível 6), fazer um quatro (nível 7), equilíbrio de cócoras (nível 8), equilíbrio com o tronco flexionado (nível 9), equilíbrio na ponta dos pés com olhos fechados (nível 10) e pé manco estático com olhos fechados (nível 11). O teste é interrompido quando o idoso não conclui a tarefa com êxito, conforme protocolo. Ao final da aplicação, é possível avaliar o equilíbrio em padrões: muito superior, superior, normal (alto, médio, baixo), inferior e muito inferior (NETO et al., 2010).
2.4 RESULTADOS
Os resultados da paciente estão apresentados em forma de tabela.
Avaliação Inicial | Avaliação Final | |
TUG | 11.55 segundos | 9.50 segundos |
TSA | 26.5 cm | 30.5 cm |
TAF | 15 cm | 25 cm |
Teste de Escala Motora da Terceira Idade | 276 pontos – Muito superior | 564 pontos – Muito superior |
Através do TUG pode-se observar a redução do tempo para a realização do teste, dessa forma a paciente deixa a classificação de baixo risco de quedas, sendo o tempo da avaliação final considerado normal para idosos comunitários. Houve um ganho de 4 cm da flexibilidade da coluna vertebral e parte posterior dos membros inferiores, através do tratamento com o Pilates.
No TAF verifica-se que a paciente tem menos risco de quedas. A paciente é classificada como Muito superior na Escala de aptidão motora geral (Teste de Escala Motora da Terceira Idade), de acordo com Neto & cols, 2009, p.126
A classificação é de acordo com os níveis de dificuldade (nível 2, 3, 4, ́ 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11). Se o idoso tem êxito em uma prova, o resultado será positivo e se registra com o símbolo 1. Se a prova exige ́ habilidade com o lado direito e esquerdo do corpo, se registra 1 quando houver êxito com os dois membros. Se a prova tem resultado positivo apenas com um dos membros (direito ou esquerdo), registra-se 1/2. Se a prova tem resultado negativo, registra-se 0
Tabela de pontos | |
Nível | Pontos |
2 | 24 |
3 | 36 |
4 | 48 |
5 | 60 |
6 | 72 |
7 | 84 |
8 | 96 |
9 | 108 |
10 | 120 |
11 | 132 |
Escala de aptidão motora geral | |
Pontos | Classificação |
130 ou mais | Muito superior |
120 – 129 | Superior |
110 – 119 | Normal alto |
90 – 109 | Normal médio |
80 – 89 | Normal baixo |
70 – 79 | Inferior |
69 ou menos | Muito inferior |
3 CONCLUSÃO
As intervenções de exercícios em idosos produzem em geral efeitos positivos nos níveis de limitação funcional. Uma vez que, com o envelhecimento, perde-se o nível das capacidades físicas, se não for treinado, o idoso adquire deficiência e incapacidade física prejudicando o movimento e ação motora, influenciando na sua qualidade de vida. A avaliação feita das capacidades físicas de uma idosa sedentária, que iniciou um programa de exercícios utilizando o Pilates, para obter uma melhora da sua qualidade de vida através do treino do equilíbrio, flexibilidade e mobilidade, ajudando-a em seus afazeres do lar, pôde mostrar que esse método é eficaz e adaptado ao paciente geriátrico, além da prevenção de quedas.
Com base nesse estudo, foram realizados quatro testes: TUG, TSA, TAF e Teste de Escala Motora da Terceira Idade. Tais testes foram selecionados devido a sua ampla aplicabilidade no contexto científico-clínico por possuírem características de fácil manuseio, como baixo custo, validade no idioma original, boa confiabilidade, compreensão facilitada, tempo de execução reduzido (KARUKA; SILVA; NAVEGA, 2011)
Os testes utilizados para avaliar o equilíbrio, flexibilidade e mobilidade funcional, bem como a manutenção do programa de exercícios, torna mais preciso os resultados do método Pilates sobre as capacidades físicas, visto que, são qualidades físicas e motoras passíveis de treinamento.
Além do treinamento de flexibilidade e de força, programas de exercícios especificamente planejados para melhorar a capacidade funcional dos membros inferiores podem ser efetivos para melhorar o equilíbrio e prevenir quedas em idosos.
Analisando os resultados obtidos nesta pesquisa, foi possível identificar que o Pilates é um método capaz de ajudar no ganho de equilíbrio, flexibilidade e mobilidade funcional de uma idosa sedentária, proporcionando melhora da qualidade de vida e reduzindo o risco de quedas.
4 REFERÊNCIAS
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BADARO, A. F. V.; SILVA, A. H., BECHE, D. Revista do Centro de Ciências da Saúde. Flexibilidade versus alongamento: esclarecendo as diferenças. v.33, n. 1, p. 32–36, 2007.
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