ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11326603


Juliana Pinheiro Neves de Souza¹
Lucas Ladeira Barbosa2
Felipe Corrêa Ribeiro3
Gerson Augusto Lourenço Barbosa4


Resumo

A Mata Atlântica é conhecida pela sua alta taxa de biodiversidade, sendo o primeiro bioma explorado no país. Tal característica fez com que hoje exista cerca de 12% da sua área natural distribuída em fragmentos dispersos. O objetivo foi realizar um inventário florestal para caracterização da composição florística e análise de parâmetros fitossociológicos de uma Floresta Estacional Semidecidual Montana. A área de estudo se encontra na cidade de Santa Maria do Itabira, Minas Gerais, com uma área total de 9,8 ha. Foram alocadas 10 parcelas amostrais, onde mensurou-se todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm. Identificou-se 690 fustes, o equivalente a 1.380 fustes por hectare, distribuídos em 79 espécies florestais e em 38 famílias, sendo 22 espécies identificadas a nível de gênero e 2 espécies a nível de família. A distribuição de fustes para o fragmento apresentou o modelo exponencial negativo, comumente conhecido como “J invertido”. Análise da estrutura horizontal do fragmento para as 10 espécies mais importantes representam 48,37% do total da floresta, com destaque para a Tachigali vulgaris e Myrcia tomentosa, com 13,02% e 7,59%, respectivamente. O índice de diversidade para o fragmento foi de 3,64 (H’) e 0,83 (J), característica de uma área em estágio médio de regeneração. 

Palavras-chaves: Mata Atlântica; estrutura horizontal; estágio de regeneração.

1 Introdução

A Mata Atlântica é considerada o terceiro maior bioma do Brasil, distribuído entre 17 estados, correspondendo inicialmente a 15% do território brasileiro (Martins et. al, 2021). Sua conformação se deve a proximidade com a faixa litorânea brasileira, caracterizado por amplitude climática, alta umidade relativa do ar, precipitações abundantes, intensa luminosidade e, em alguns locais, nevoeiros. Também é observado que o relevo altera as condições estruturais da floresta (Pereira, 2009). Sua biodiversidade é considerada maior que à biodiversidade da Amazônia, apesar de ter um tamanho menor (Morellato; Haddad, 2000).

São integrantes do Bioma Mata Atlântica as formações: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual e; Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de restingas, os campos de altitude, os brejos interioranos e os encraves florestais do Nordeste (Brasil & Ambiente, 2006). O processo de urbanização do país se iniciou em áreas de Floresta Atlântica, sendo esse um dos principais motivos para a alteração da paisagem. Por apresentar relevo e solos propícios para agricultura e expansão urbana, a Mata Atlântica é resultado da alta ocupação territorial e da exploração desordenada dos recursos naturais (Pinto, 2006; Costa, et. al, 2019). 

Estima-se que restam apenas 12% da Floresta Atlântica original, distribuída em pequenos fragmentos ao longo da costa litorânea, no interior das Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, e áreas no sul dos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul (Ribeiro et al., 2009; Fundação SOS Mata Atlântica, 2023). Atualmente é conhecida como uma das regiões hot spot, por abrigar grande biodiversidade e ter reduzido significativamente seu estado original, necessitando de estratégias para conservação da área (Sloan et. al, 2014). 

A Fitossociologia permite a realização do diagnóstico qualitativo e quantitativo das florestas, possibilitando o planejamento das ações de gestão ambiental, desde o manejo florestal e até a recuperação de áreas degradadas. Para tal, esse estudo consiste na coleta e na análise de dados, que permitem definir a estrutura horizontal e vertical, bem como a estrutura dendrométrica de um fragmento florestal específico (Chaves et. al, 2013).

O presente artigo tem como objetivo avaliar um fragmento florestal localizado na cidade de Santa Maria de Itabira, Minas Gerais, compreendendo a caracterização da composição florística e análise de parâmetros fitossociológicos.

2 Material e métodos

2.1 Área de estudo

A área de estudo se encontra na cidade de Santa Maria de Itabira – MG, Brasil. O clima predominante da região é o Cwa, um clima subtropical de inverno seco e verão quente. A altitude e temperatura média são 775 metros e 19,9 ºC, com uma precipitação anual de 1.535mm por ano (Koopen, et al, 2013). A área total do fragmento é de 9,8ha e se encontra sob domínio da Mata Atlântica, mais precisamente uma Floresta Estacional Semidecidual Montana. 

2.2 Coleta de dados 

Demarcou-se as parcelas de campo de forma aleatória, com a ferramenta “Alocação de pontos aleatório”, disponível no software QGIS. Esta ferramenta permite alocar pontos aleatórios dentro de um polígono, nesse caso o fragmento amostrado. De forma a evitar o efeito de borda, fator impactante no processo de levantamento de fragmentos, utilizou-se da restrição de distância disponível na ferramenta, onde os pontos estariam distantes de no mínimo 20 metros da borda do fragmento.

As parcelas alocadas são de 20×25 metros, totalizando 500m² amostrados por parcela, sendo a maior dimensão no sentido da declividade. Demarcou-se 10 parcelas amostrais na área, o que representa uma intensidade amostral de 5,1%. Dentro de cada parcela mensurou-se todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm medindo seu CAP por meio de uma fita métrica. Na determinação de altura utilizou-se de uma vara graduada para balizamento. A identificação do indivíduo se deu por meio de suas características morfológicas observadas em campo ou por meio de coleta de exsicatas. 

2.3 Análise de dados

A análise da composição florística levou em consideração a diversidade de espécies e famílias presentes no fragmento, além da definição do grupo ecológico de cada espécie. Seguiu-se a divisão proposta por Gandolfi et al., (1995), constantemente utilizada em outros estudos como, Figueiredo et al., (2015) e Callegaro et al., (2015), no qual têm-se o grupo das Pioneiras (Pi), Secundárias Iniciais (SI), Secundárias Tardias (ST) e espécies sem classificação (SC). ). Além disso, espécies identificadas somente a nível de gênero ou família podem sofrer classificações mais amplas, como secundárias (S) ou pioneiras e secundárias (P/S), visto a variedade do gênero ou família.

Entre os parâmetros fitossociológicos utilizados utilizou-se da estrutura horizontal, composta por densidade absoluta e relativa, dominância absoluta e relativa, frequência absoluta e relativa e valor de importância, conforme Müller-Dombois e Ellemberg (1974). Também foram utilizados parâmetros fitossociológicos relacionados à diversidade, selecionou-se o Índice de Shannon-Weaver e a Equibilidade pelo Índica de Pielou, como proposto por Magurran (1988). 

3 Resultados e discussão

Mensurou-se 690 fustes, o equivalente a 1.380 fustes por hectare, distribuídos em 79 espécies florestais e em 38 famílias, sendo 22 espécies identificadas a nível de gênero e 2 espécies a nível de família. A família botânica com maior número de espécies foi a Fabaceae e Myrtaceae, com 15 e 6, respectivamente. Entre as espécies mais presentes estão Myrcia tomentosa e Tachigali vulgaris e com 142 e 124 fustes por hectare, respectivamente.

Tabela 1: Número de fustes total e por hectare, divididos por espécie e por família botânica na área 3

Nome científicoGENF totalNF ha-1
Anacardiaceae12
Tapirira guianensis Aubl.Pi
12
Annonaceae2856
Annona cacans Warm.Pi1326
Annona sylvatica A.St.-Hil.SI12
Annonaceae Juss.S24
Duguetia lanceolata A.St.-Hil.SI36
Xylopia sericea A.St.-Hil.SI918
Apocynaceae510
Aspidosperma sp. Mart. & Zucc.S48
Himatanthus sp. WilldenowPi12
Aquifoliaceae510
Ilex sp. L.S510
Asteraceae36
Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish Pi24
Vernonanthura divaricata (Spreng.) H.Rob.Pi12
Bignoniaceae1020
 Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) ST36
Jacaranda puberula Cham.SI714
Chrysobalanaceae1224
Licania kunthiana Hook.f.ST918
Licania sp. Aubl.S36
Clusiaceae24
Tovomitopsis saldanhae Engl.ST24
Combretaceae12
Terminalia glabrescens Mart.Pi12
Connaraceae3468
Connarus sp. L.S3468
Ebenaceae48
Diospyros brasiliensis Mart. ex Miq.SI48
Elaeocarpaceae24
Sloanea retusa Uittien SI24
Erythroxylaceae12
Erythroxylum pelleterianum A.St.-Hil.SI12
Euphorbiaceae1938
Croton floribundus Spreng.Pi36
Mabea fistulifera Mart.Pi12
Maprounea brasiliensis A.St.-Hil.Pi1530
Fabaceae174348
Swartzia sp. Schreb.S3468
Swartzia sp.2 Schreb.S24
Albizia polycephala (Benth.) Killip ex RecordPi510
Andira sp. Lam.S12
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. SI48
Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. ex DC.SI24
Copaifera langsdorffii Desf. Pi24
Inga cylindrica (Vell.) Mart.SI510
Inga edulis Mart.SI36
Machaerium sp. Pers.S2142
Melanoxylon brauna SchottST1428
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.Pi12
Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.Lewis & M.P.LimaPiPi714
Stryphnodendron polyphyllum Mart.Pi1122
Tachigali vulgaris L.G.Silva & H.C.LimaPi62124
Lacistemaceae24
Lacistema pubescens Mart.SI24
Lamiaceae1020
Aegiphila integrifolia (Jacq.) MoldenkePi12
Hyptidendron asperrimum (Spreng.) HarleyPi714
Vitex megapotamica (Spreng.) MoldenkeSI24
Lauraceae3672
Nectandra oppositifolia Nees & Mart.SI612
Nectandra sp. Rol. ex Rottb.P/S2856
Ocotea sp. Aubl.S24
Lecythidaceae24
Cariniana estrellensis (Raddi) KuntzeST24
Malvaceae36
Eriotheca candolleana (K.Schum.) A.RobynsSI36
Melastomataceae2448
Miconia sp. Ruiz & Pav.P/S12
Miconia sp.2 Ruiz & Pav.P/S1122
Tibouchina sp. Aubl.P/S1224
Moraceae36
Ficus sp. L.S24
Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud.Pi12
Myrtaceae183366
Gomidesia sp. O. BergS36
Eugenia florida DC.Pi1326
Myrcia splendens (Sw.) DC. Pi2856
Myrcia tomentosa (Aubl.) DC. Pi71142
Myrciaria sp. O.BergS918
MyrtaceaeS59118
Sem família2754
Morta2754
Nyctaginaceae12
Guapira opposita (Vell.) ReitzSI12
Ocnhnaceae12
Ouratea sp. Aubl.S12
Primulaceae714
Myrsine guianensis (Aubl.) KuntzePi714
Rosaceae612
Prunus myrtifolia (L.) Urb. SI612
Rubiaceae1326
Amaioua guianensis Aubl.SI612
Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl.SI714
Rutaceae12
Hortia brasiliana Vand. ex DC.ST12
Salicaceae2040
Casearia ulmifolia Vahl ex Vent.SI2040
Sapindaceae1632
Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl.SI48
Cupania sp. L.P/S612
Diatenopteryx sorbifolia Radlk. SI24
Matayba elaeagnoides Radlk.Pi48
Sapotaceae714
Chrysophyllum sp. L.S24
Chrysophyllum flexuosum Mart. ST24
Pouteria sp. Aubl. S36
Siparunaceae24
Siparuna sp. 2 Aubl.S24
Solanaceae24
Solanum leucodendron Sendtn.SI24
Styracaceae24
Styrax ferrugineus Nees & Mart.Pi24
Thymelaeaceae2040
Daphnopsis brasiliensis Mart. SI2040
Urticaceae12
Cecropia hololeuca Miq.Pi12
Total Geral6901.380

Em que: NF = número de fuste; ha = hectare.

As Fabaceas e Myrtaceae são uma das famílias mais representadas no Brasil, tendo a Floresta Estacional Semidecidual como o tipo de vegetação mais rica (Castuera-Oliveira, et al., 2020). Ambas possuem uma alta diversidade de espécies específica para a região de Florestas Estacionais Semideciduais, o que faz com que sua presença seja comum na região (Dettke et al., 2018; Aguiar et al., 2021). Uma das possíveis características que auxiliam nessa presença estão associadas a sazonalidade das Fabaceae nas relações com a água (Rundel et al., 2017), o que predomina tal família em diversos estudos de composição florística para a Mata Atlântica (Higuchi et al., 2006; Bira e Lombardi, 2012; Pereira et al., 2018).

As espécies encontradas na área também foram classificadas quanto ao grupo ecológico a qual pertence, buscando entender o estágio de sucessão e como é a composição de espécies na área. As pioneiras são mais presentes, em relação aos demais grupos, entretanto o DAP médio é maior para as espécies secundárias tardias, essas que são as espécies mais longevas nas florestas naturais. A presença de espécies identificadas a nível de gênero e família dificultou a definição dos grupos ecológicos das mesmas, sendo classificadas em P/S (pioneira/secundária) ou S (secundária). Mesmo com a grande presença de pioneiras, as secundárias iniciais e tardias também possuem relevância na floresta, impactando em sua estrutura e composição.

Tabela 2: Classificação dos grupos ecológicos em número de fustes e  DAP médio para o fragmento

GENF.ha-1DAP médio
P/S1168,35
Pi57611,29
S3788,80
SI2449,49
ST6613,70
Total138010,16

Em que: Vol. = volume; ha = hectare; DAP = diâmetro a altura do peito; NF = número de fuste.

A presença de espécies do grupo das pioneiras normalmente está associada a áreas em estágio inicial de sucessão, principalmente em fragmentos que sofrem com o efeito de borda (Tabarelli et al., 2010; Thier e Wesenberg, 2016). Além disso, as espécies pioneiras são mais tolerantes a estresses ambientais, do que as não-pioneiras, o que eleva sua presença em fragmentos em tal circunstância, quando comprado há uma floresta mais madura (Santos-Silva et al., 2016; Brandão et al., 2017). Este grupo ecológico também é reconhecido pela sua maior taxa de sobrevivência e alto potencial de incremento de carbono, o que pode indicar potencial para projetos de compensação de carbono (Junior et al., 2019).

A distribuição diamétrica dos fustes do fragmento explica parte das características das florestas nativas. Na área observou-se uma distribuição exponencial negativa, comumente conhecida como “J invertido”. Essa distribuição se caracteriza por ter um maior número de fustes nas primeiras classes diamétricas, diminuindo de acordo com que aumenta o tamanho das classes (Figura 1). A presença de fustes na primeira classe diamétrica (5-10cm) é altamente representativa, com 906 fustes por hectare dos 1.380 fustes por hectare do fragmento. Destaca-se ainda a presença de fustes na classe diamétrica 45-50cm, maior classe entre as 3 áreas inventariadas.

Figura 1: Distribuição diamétrica do número de fuste por hectare na área 3.

A distribuição diamétrica do número de fustes no formato exponencial negativo é uma característica de florestas naturais, principalmente quando não há perturbação no fragmento (Rubin et al., 2006; Oliveira et al., 2018). Esse padrão é constantemente encontrado em remanescentes de Mata Atlântica, visto a impossibilidade de manejo desse respectivo bioma (Cola et al., 2022). 

De acordo com a análise da estrutura horizontal do fragmento as 10 espécies mais importantes representam 48,37% do total da florestal, com destaque para a Tachigali vulgaris, Myrcia tomentosa e Myrtaceae, com 13,02%, 7,59% e 4,66%, respectivamente. 

Tabela 3: Estrutura horizontal do fragmento com destaque para as 10 espécies com maior valor de importância

EspécieDR (%)DoR (%)FR (%)IVI (%)
Tachigali vulgaris10,5326,901,6313,02
Myrcia tomentosa11,626,254,897,59
Myrtaceae8,353,452,174,66
Connarus sp.4,366,202,724,42
Swartzia sp.4,902,664,353,97
Myrcia splendens4,173,413,263,62
Nectandra sp.3,993,343,263,53
Melanoxylon brauna2,004,832,173,00
Machaerium sp.3,631,932,172,58
Daphnopsis brasiliensis2,361,971,631,99
Sub-total55,9060,9428,2648,37
Demais espécies44,1039,0671,7451,63
Total100100100100

Em que: DoR (%) = dominância relativa; DR (%) = densidade relativa; FR (%) = frequência relativa; IVI(%) = índice de valor de importância.

Os fatores associados à análise da estrutura horizontal (densidade, dominância e frequência) são fortemente influenciados pelo gradiente de desenvolvimento florestal, onde quão mais madura for o fragmento, mais diverso e menos concentrado será sua estrutura horizontal (Augusto et al., 2000). Quando comparado a outros estudos, a importância das 10 principais espécies apresentam uma característica de estágio médio de sucessão, corroborado também pelo predomínio de espécies pioneiras (Corrêa et al., 2014). 

O destaque para a Myrcia tomentosa pode estar relacionado a presença de frutos carnosos que são consumidos por animais frugívoros, o que pode auxiliar na propagação da espécie, além disso a espécie endêmica da Mata Atlântica, o que auxilia na sua adaptabilidade específica para o bioma (Tabarelli et al., 1999; Amorim e Alves, 2012). Da mesma forma, o gênero Tachigalis são restritos as florestas tropicais, o que pode influenciar na sua predominância em fragmentos da Mata Atlântica, além de ser um gênero com potencial madeireiro (Huamantupa-Chuquimaco et al., 2021).

Os índices de diversidade florística são importantes ferramentas para análise da dinâmica e distribuição de espécies em uma área, e cada índice tem um diferente objetivo como também interpretação do seu resultado. O Índice de Shannon-Weaver (H’) apresentou valor de 3,64 para o fragmento, enquanto a equabilidade de Pielou ficou em 0,83. 

Os valores encontrados para o Índice de Shannon são semelhantes aos encontrados por Quiqui et al., (2007), em uma floresta anteriormente manejada e por Freitas et al., (2017), que fez o levantamento em uma áea em estágio inicial para a médio de renegeração. Tais comparações permitem inferir que o fragmento se encontra entre o estágio inicial a médio de regeneração.  O mesmo equivale à Equabilidade de Pielou, que ainda que seja alto (0,83 de 1), é relativamente baixo quando comparado a fragmento em estágios avançados de regeneração.  

3 Conclusão

No fragmento florestal localizado na cidade de Santa Maria de Itabira, Minas Gerais, caracterizado como Mata Atlântica, foram encontradas 79 espécies florestais, com destaque para Tachigali vulgaris, seguido da Myrcia tomentosa, quanto seu valor de importância. O índice de diversidade para o fragmento foi de 3,64 (H’) e 0,83 (J), característica de uma área em estágio médio de regeneração. 

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1Mestranda em Ciência Florestal – Departamento de Engenharia Florestal/Universidade Federal de Viçosa, 36570-900, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. E-mail: julianapinheironevess@gmail.com
2Mestrando em Solos e Nutrição de Plantas, Departamento de Solos/Universidade Federal de Viçosa, 36570-900, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Email: lucaslbarbosa25@gmail.com
3Doutorando em Ciência Florestal – Departamento de Engenharia Florestal/Universidade Federal de Viçosa, 36570-900, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. E-mail: feliperibeiroenf@gmail.com
4Mestre em ciência Florestal – Departamento de Engenharia Florestal/Universidade Federal de Viçosa, 36570-900, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. E-mail: barbosagerson93@gmail.com