REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10235790
Priscila Moreira Vieira (**);
Dr. Jefferson Campos Lopes (*);
Amarilis Aparecida Lima Silva(*).
RESUMO
O presente trabalho tem o intuito de fazer uma reflexão sobre o processo de alfabetização e letramento de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
O trabalho tem por objetivos: refletir sobre os desafios e as possibilidades da alfabetização do aluno com (TEA) e apresentar estratégias de alfabetização e letramento para professores que tenham na sala, de ensino regular, alunos autistas.
Como está sendo realizado o processo de alfabetização e letramento em crianças com TEA no ensino regular e quais as metodologias que podem auxiliar para obter um resultado efetivo, tal como método fônico e a utilização dos TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação).
Para alcançar esta pesquisa, foi realizado uma abordagem qualitativa, de cunho descritivo e explicativo, através de uma revisão bibliográfica com produções científicas oriundas o uso de livros, dissertações, teses e leitura de artigos científicos publicados em repositórios acadêmicos.
Como resultado da pesquisa podemos apresentar algumas dificuldades enfrentadas pelos educandos, as metodologias que mais surtem efeito e facilitam, como também métodos para serem abordados fora do contexto escolar, com o mesmo princípio, facilitar a alfabetização e letramento desse indivíduo.
PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização; Letramento; Educação infantil; Prática pedagógica.
ABSTRACT
This work aims to reflect on the process of literacy and literacy of students with Autism Spectrum Disorder (ASD). The objectives of this work are: to reflect on the challenges and possibilities of literacy for students with (ASD) and to present literacy and literacy strategies for teachers who have autistic students in their regular classrooms. How the process of literacy and literacy in children with ASD is being carried out in regular education and what methodologies can help to obtain an effective result, such as the phonic method and the use of ICT (Information and Communication Technology). To achieve this research, a qualitative approach was carried out, with a descriptive and explanatory nature, through a bibliographical review with scientific productions arising from the use of books, dissertations, theses and reading of scientific articles published in academic repositories. As a result of the research, we can present some difficulties faced by students, the methodologies that have the most effect and facilitate, as well as methods to be approached outside the school context, with the same principle, to facilitate the literacy and literacy of this individual.
KEY-WORDS:Literacy; literacy; Child education; Pedagogical practice.
INTRODUÇÃO
Existem muitos desafios que são identificados nos dias de hoje para ensinar alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) na rede regular de ensino. A maioria das escolas e principalmente as públicas do Brasil não estão preparadas para receber autistas, pois são necessários: investimentos na estrutura física dos estabelecimentos de ensino, formação inicial e continuada de professores e de profissionais da educação, de maneira que possa permitir a aprendizagem do estudante. Além da falta de capacitação de professores, podemos citar também: práticas tradicionais de alfabetização, colocando dessa maneira o aluno como um ser passivo.
Para conceituar o TEA vemos que pode ser “um transtorno global do desenvolvimento infantil que se manifesta antes dos 3 anos de idade e se prolonga por toda a vida”. Para a mesma autora, e também para outros autores, o TEA caracteriza-se por “um conjunto de sintomas que afeta as áreas da socialização, comunicação e do comportamento”, e salienta que, dentre estas áreas, geralmente a mais comprometida é a interação social (SILVA 2012, p.6).
O conceito de Transtornos Globais do Desenvolvimento, de acordo com Belizário Filho e Cunha (2010), surge no final dos anos 60 “derivado especialmente dos trabalhos de M. Rutter e D. Cohen. Ele traduz a compreensão do autismo como um transtorno do desenvolvimento, deixando assim de ser apresentado como uma psicose infantil” (BELIZÁRIO FILHO E CUNHA, 2010, p. 12). Nos dias atuais, o termo autismo é chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA) pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V). De acordo com o (DSM-V):
O transtorno do espectro autista é um novo transtorno que engloba o transtorno autista (autismo), o transtorno de Asperger, o transtorno desintegrativo da infância, o transtorno de Rett e o transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação do DSM-IV. Ele é caracterizado por déficits em dois domínios centrais: 1) déficits na comunicação social e interação social e 2) padrões repetitivos e restritos de comportamento, interesses e atividades (APA, 2014, p.809 apud. SILVA; OLIVEIRA, 2018, p. 130).
Aproveitamos e apresentaremos de acordo com o (DSM V), pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo apresentam as seguintes características:
A – Deficiências persistentes na comunicação e interação social: 1. Limitação na reciprocidade social e emocional; 2. Limitação nos comportamentos de comunicação não verbais utilizadas para interação social; 3. Limitação em iniciar, manter e entender relacionamentos, variando de dificuldades com adaptação de comportamento para se ajustar as diversas situações sociais.
B – Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, manifestadas pelo menos por dois dos seguintes aspectos observados ou pela história clínica: 1. Movimentos repetitivos e estereotipados no uso de objetos ou fala; 2. Insistência nas mesmas coisas, aderência inflexível às rotinas ou padrões ritualísticos de comportamentos verbais e não verbais; 3. Interesses restritos que são anormais na intensidade e foco; 4. Hiper ou hiporreativo a estímulos sensoriais do ambiente.
C – Os sintomas devem estar presentes nas 13 primeiras etapas do desenvolvimento. Eles podem não estar totalmente manifestos até que a demanda social exceder suas capacidades ou podem ficar mascarados por algumas estratégias de aprendizado ao longo da vida.
D – Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo nas áreas sociais, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento atual do paciente. E esses distúrbios não são melhores explicados por deficiência cognitiva ou a atraso global do desenvolvimento (APA, 2013, apud. BRITO, 2017, p. 12 e13).
Alfabetização e Letramento
Embora seja um tema muito discutido, a alfabetização não é um processo que se inicia apenas no contexto escolar, dentro de uma sala de aula. Assim como o Alfabetização, o Letramento se inicia ao longo da vida, desde o primeiro momento de vida, seja cantando cantigas, ou nos primeiros contatos com a linguagem escrita como folheando livros, observando as imagens, ouvindo músicas ou histórias, envolvendo toda a forma que a criança vê o mundo. A cada fase da infância, a criança vai se interessando por diferentes tipos de livros, sejam livros de ilustração, contos de datas, gibis, entre outros. A alfabetização é um processo que, ainda que se inicie formalmente na escola, começa de fato, antes de a criança chegar à escola, através das diversas leituras que vai fazendo do mundo que a cerca. (PEREZ,2002, p66).
O indivíduo alfabetizado é aquele que consegue transcrever o que foi falado oralmente para a forma escrita, é quem domina o código alfabético, está desenvolvida a habilidade de codificar e decodificar códigos.
A criança alfabetizada, não é necessariamente uma criança letrada, são processos que, embora caminhem juntos, se desenvolvem separadamente em alguns casos. A alfabetização e o letramento são processos que se mesclam e coexistem na experiência de leitura e escrita nas práticas sociais, apesar de serem conceitos distintos” (RIOS E LIB NEO, 2009).
É necessário entender que o processo de alfabetização de uma criança autista é uma preocupação, de todas as pessoas envolvidas, família, escola e a equipe de apoio.
O processo de aprendizagem é singular para qualquer criança, pois cada uma tem o seu despertar para o aprendizado de uma forma natural.
Hoje a ciência nos afirma que qualquer criança consegue aprender, mas um dos principais problemas enfrentados pelas crianças autistas, é a dificuldade de estabelecer uma relação socializada com os outros, ponto importante para a alfabetização.
O professor precisa ser pesquisador, para entender o funcionamento do cérebro da criança com TEA. Através das pesquisas será possível o professor fazer escolhas específicas para cada aluno, podendo alcançar o processo de ensino aprendizagem com sucesso. Menezes(2012), reflete que a escolarização da criança com TEA exigirá do professor uma reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem, bem como um olhar diferente. Levando em conta um estudante que não está em posição de curiosidade, sendo que aprende de maneira específica e pouco convencional.
Fernandes, Neves e Scaraficci (2011), citam que os métodos TEACCH, ABA, PECS são os tipos mais usuais de intervenção, ressaltando que:
Com o método TEACCH, pode ser desenvolvida a reabilitação e alfabetização da criança autista com prejuízo na comunicação e no comportamento. Estruturando uma rotina e organização do ambiente, através de estímulos visuais. Em sala de aula podem ser utilizadas como tema as imagens, cores, tamanhos, formas etc. Podendo assim, favorecer também o aprendizado de rotinas diárias.
O ABA – Análise aplicada do comportamento, é um método que analisa o comportamento da criança, ensinando-a habilidades que ela ainda não tem. Essas habilidades são ensinadas individualmente associadas a uma indicação ou instrução. Sempre que necessário é oferecido apoio, mas deixando a criança fazer a atividade mais sozinha para criar uma independência. As rotinas de aprendizagem são repetidas diariamente, até a criança demonstrar as habilidades em diferentes ambientes. No método ABA, o professor atua como mediador do conhecimento. Esse método pode ser utilizado em todos os momentos da criança, ajudando a família lidar com os momentos difíceis da mesma. É fundamental para o desenvolvimento do ensino intenso e individual das habilidades necessárias para a independência e qualidade de vida da criança com TEA.
O PECS – Sistema de comunicação por troca de figuras, é um método que tem como objetivo desenvolver habilidades de comunicação através de figuras. Onde são utilizados com indivíduos que não se comunicam ou se comunicam pouco. Possibilitando as crianças aprenderem a expressar verbalmente necessidades como sede, fome, entre outros. O método PECS, é fundamental nas rotinas diárias, pois através dele a criança conseguirá expressar as suas necessidades. Assim, ela será estimulada a novos níveis de aprendizagem e o desejo por fazê-la. Essas estratégias e metodologias apresentadas trazem um ponto em comum, o uso da percepção visual para o desenvolvimento das demais necessidades existentes em função do autismo. Com isso, faz se necessário o trabalho em conjunto da equipe educacional com psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta, neuropediatra, psicopedagogo e família. Para que assim, esses métodos possam ser aplicados em todos os momentos em diferentes ambientes.
A alfabetização para o autista é garantida por lei, é sempre bom lembrar que toda pessoa no espectro autista tem direito a ir a escola. Esse é um direito garantido pela Lei Berenice Piana, de 2012, que criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA.
O Letramento é considerado um ato social, é a habilidade desenvolvida de ler e conseguir compreender totalmente o que foi lido, podemos afirmar que se baseia na habilidade de interpretar um texto. Esse processo é um pouco mais complexo que a alfabetização, por ser algo um pouco mais interno, durante esse processo é abordado a maneira como o educando vê o mundo, a sua interpretação e análise sobre as coisas.
Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar e aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. (…) Já alfabetizado nomeia aquele que apenas aprendeu a ler e escrever, não aquele que adquiriu o estado ou a condição de quem se apropriou da escrita, incorporando as práticas sociais que as demandam (SOARES, 2006, p. 18).
Soares (2003) defende as principais diferenças entre ambos os processos
(…) um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele indivíduo que saber ler e escrever, já o indivíduo letrado, indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita. (SOARES, 2003, P.39,40).
O indivíduo que concluiu a alfabetização e não concluiu o processo de letramento, é considerado um “analfabeto funcional”, ou seja, ele domina a habilidade de codificação e descodificação de códigos, mas não compreende o que foi lido de forma plena.
Segundo Maciel e Lúcio (2008), é necessário algumas posturas e adaptações para que esse processo seja construído em conjunto.
[…] para alfabetizar letrando, é preciso que o professor assuma certas posturas, de modo que a prática pedagógica seja conduzida no sentido de viabilizar a formação de um sujeito que não apenas decodifica/codifica o código escrito, mas que exerça a escrita nas diversas situações sociais que lhe são demandadas. Assim cabe ao professor realizar o trabalho de aquisição da tecnologia da escrita, somado à interação de diferentes textos escritos, bem como criar situações de aprendizagem que se aproximem do uso real da escrita fora da escola (MACIEL; LÚCIO, 2008, p. 32).
Proposta de Ensino – Tecnologia e TIC’s
Metodologias de ensino como o método tradicional não surtem tanto efeito em crianças com TEA, existem melhores opções, como o método fônico, ele é um dos mais indicados para a alfabetização de crianças com TEA, e é considerada a mais adequada, tem um maior índice aprovação e efetividade entre essas crianças, pois ela respeita o desenvolvimento cognitivo da criança, afirmando que conforme o desenvolvimento do cérebro, o conteúdo é melhor assimilado por ele. Partindo então, do conceito do nome e dos sons das letras (fonema), começando pelas vogais e dificultando gradativamente, até chegar nas consoantes e junções silábicas (grafema).
Outra proposta que ganha destaque e é extremamente interessante, são as desenvolvidas quando o ato de alfabetizar é feito através da ludicidade. O lúdico, principalmente na educação infantil, é relacionado aos jogos e brincadeiras em que podemos utilizar a criatividade e a imaginação da criança, fazendo com que o processo de ensino e aprendizagem seja prazeroso e divertido.
[…] entre os múltiplos aspectos para implantação de uma escola inclusiva, um se refere a metodologias de ensino. Este trabalho focaliza jogos (atividades lúdicas) como uma proposta metodológica de ensino de conceitos relevantes para a vida cotidiana, e mostra uma experiência de pesquisa realizada por a Aguiar (2002) que usou essa metodologia na prática educacional de um espaço escolar (AGUIAR, 2004, p. 18).
Com o avanço da tecnologia e entrada dos TICs como auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, podemos utilizar isso a nosso favor na alfabetização de crianças autistas. Atualmente estão à nossa disposição diversos jogos ou aplicativos como o ABC AUTISMO, OTO, BRAINY MOUSE, disponíveis para sistemas operacionais como android, windows ou IOS.
ABC AUTISMO – elaborado em cima da metodologia TEACCH, que tem como base criar um ambiente no qual a criança tenha mais foco, deixando em evidência o objetivo realmente importante. No nível I e II, são trabalhadas atividades que desenvolvam habilidade de como de transposição e discriminação. No nível III, demanda um maior raciocínio e concentração da criança. No nível IV, estão disponibilizadas atividades como reconhecimento das vogais, repartição e junção silábicas e formação de palavras.
OTO – O jogo se baseia na associação de sons e imagens, ou seja, consiste em imagens que representam cada letra do alfabeto. De início as letras são disponibilizadas, e, ao tocar em cima delas, é desbloqueada alguma imagem, animal ou objeto referente a letra, e por fim, sua pronúncia, para que assim ocorra a associação. Estimulando também a fala da criança.
BRAINY MOUSE – O objetivo do jogo é que a criança colete as sílabas que estão escondidas pelo restaurante, sempre da esquerda para a direita, formando então palavras que estão no menu principal, tudo isso acontece enquanto Brainy, o ratinho, está fugindo do chefe de cozinha. Conforme a criança atingir o objetivo, o ratinho ganha uma recompensa, um valor em “cheese coins”, que são as moedas da trama, para enfim poder gastar na lojinha virtual, comprando roupas e utensílios para o personagem principal do jogo.
Os aplicativos tem muito sucesso com os autistas e pessoas com transtornos globais ou intelectuais, atualmente estão disponíveis diversos sistemas operacionais (Android ou IOS). Aplicativos que podem ser usados para a alfabetização e letramento de crianças autistas. A junção das sensações, a forma lúdica, concreta e estímulos vem trazendo muitos benefícios aos pequenos educandos.
DELINEAMENTO TEÓRICO
Esta pesquisa teve como orientação estudos realizados os estudos de Queiroz e Ferreira (2018), Brito (2017), Belizário Filho e Cunha (2010), Conceição (2019), Santos e Araújo (2018), Silva (2018) e Nascimento (2016).
Para alcançar os objetivos almejados, a opção foi por uma pesquisa de caráter qualitativo e foi desenvolvida a partir da realização de revisão bibliográfica. O trabalho utilizou como instrumentos de coleta de dados: o uso de livros, dissertações, teses e leitura de artigos científicos publicados em repositórios acadêmicos.
DISCUSSÃO DE DADOS
Podemos estabelecer que Silva e Cunha (2015) se alinham ao mesmo pensamento sobre as características do autismo. Para eles, esse transtorno afeta as áreas da socialização, comunicação e do comportamento, áreas essas que são de extrema importância para o desenvolvimento humano. Cunha relata também sobre as atividades repetitivas que os autistas têm, sejam movimentos como estereotipias, ecolalias, ou apenas por costume.
Brito (2017) declara que quanto antes o autismo for identificado na criança, melhor para ela é, pois os pais já podem sair em busca de acompanhamento e dar o autista o todo o auxílio e intervenção necessário, com base nisso, estudos apontam que a maioria das crianças autistas são diagnosticadas quando entram no contexto escolar, principalmente na fase de alfabetização, onde suas dificuldades e limitações ficam mais evidentes, e o olhar de terceiros, como os professores, podem buscar novas metodologias com a ajuda da tecnologia para o ensino e aprendizagem dessas crianças, como Farias, Silva e Cunha (2015) com o aplicativo ABC AUTISMO, elaboraram alguns aplicativos e jogos pedagógicos para que os autistas tivessem um oportunidades de encontrar mais um auxílio para tal processo. juntando o útil, que seria a aprendizagem ao agradável, relacionado a aprender brincando.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de ensino e aprendizagem não é, nunca foi e nunca será algo considerado fácil, são diversos fatores que influenciam seu andamento como a condição da criança, se há ou não algum transtorno, distúrbio ou deficiência física ou cognitiva, que possam dificultar ainda mais esse processo, também deve ser avaliado a condição social e financeira em que vive, sua família, o método de ensino utilizado e até mesmo seus educadores.
Concebendo que os anos iniciais da escolarização, a alfabetização e o letramento são processos pelos quais todos os alunos fazem parte do processo, essa aprendizagem é pré-requisito para as demais habilidades educacionais que os alunos devem adquirir. Quanto à convivência e respeito à uma sala de aula plural, onde cada criança aprende da sua maneira e no seu tempo, legitima-se pensar em como crianças com o Transtorno do Espectro Autistas perpassam por esse processo de aquisição da língua escrita. Para isso, este trabalho teve como intuito mapear e analisar pesquisas que abordam esta temática, de forma a contribuir para a formação inicial e continuada de professores do ensino básico, ao passo que foram discorridos e identificados os diversos aspectos que interferem na aprendizagem e no alcance da alfabetização de crianças autistas.
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*Docentes do curso de Pedagogia da FATEF;
**Graduada em Pedagogia da FATEF.