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Por:
Bianca Farias Araújo dos Santos¹, Gideane Borges Gai¹, Luíza Clara Kohls¹, Sarah Larissa Bruch¹ e Tiago Souza dos Santos².
1. Acadêmicas do curso de Fisioterapia da Sociedade Educacional de Santa Catarina – UNISOCIESC, Jaraguá do Sul, SC.
2. Doutor em Neurociências; Professor e supervisor de estágio da Sociedade Educacional de Santa Catarina – UNISOCIESC, Jaraguá do Sul, SC.
RESUMO
Introdução: a pandemia que o mundo vem enfrentando trouxe junto com ela, diferentes desafios que temos que encarar praticamente todos os dias. Na área da saúde, além de todo o impacto no atendimento hospitalar, podemos estar criando uma demanda de casos que podem surgir como um efeito direto ou indireto do isolamento social, uma das medidas mais eficazes para conter o aumento da transmissão da Covid-19. Neste sentido, é muito importante atentarmos para os efeitos deletérios que o isolamento pode oferecer, principalmente, se tratando de saúde primária à parcela da população que é a mais afetada pela pandemia, a população idosa. Neste sentido, descrevemos neste estudo, um protocolo de atendimento online realizado por estagiários do curso de Fisioterapia, que permitiu manutenção dos atendimentos presenciais que estavam sendo feitos e o recrutamento de novos pacientes idosos que já estavam parados desde o início da pandemia, com o objetivo de diminuir os impactos negativos do isolamento sobre o bem estar, saúde geral e qualidade de vida da população idosa atendida. Métodos: os atendimentos aconteceram de forma online através do aplicativo WhatsApp vídeo e Zoom, com duração de 30 – 45 minutos e duas vezes por semana (segunda-feira e quarta-feira). No total, foram contactados 22 idosos (13 mulheres e 7 homens; idade média 61,3 +/- 13,3 anos), dos quais 15 aceitaram o convite, o que corresponde a 68,2% de aceitação. Os demais 5 pacientes, foram remanejados dos atendimentos presenciais que eram feitos na academia de saúde, antes da mesma ser fechada por decreto. Os exercícios eram realizados de forma ativa com instrumentos disponíveis nas residências dos idosos, como: cabos de vassoura, almofadas, pacotes de (1Kg) alimentos, cadeiras, bolas, garrafas d\’água, dentre outros. No primeiro atendimento foi realizado um questionário de saúde básico para saber como está a saudade dos mesmos durante o mês anterior. Todos os pacientes encontravam-se aptos para a realização do atendimento em relação a utilização do aplicativo WhatsApp. Resultados: como resultados mais significantes, observamos melhora na qualidade de vida, aumento da interação social, melhora da auto estima, prevenção do imobilismo, sem falar da inclusão digital que os atendimentos online propiciaram aos idosos. Tudo isso, em segurança, sem contato com o idoso atendido, o que propiciou, inclusive, atendimento desde as respectivas casas dos estagiários, sem que os mesmos ficassem em risco de contaminação ou sofressem em ter que se deslocar sem transporte público municipal. Outro ponto a considerar, dada a novidade de todo este cenário, é a experiência vivida pelos acadêmicos neste momento de muitas incertezas; a atividade online que eles realizaram, permitiu dar seguimento ao estágio, oferecendo aos mesmos, uma experiência que, apesar de não ser a mesma da forma presencial, serviu como uma oportunidade de aprendizado e desafio para a sua vida profissional. Conclusão: diante do cenário de isolamento que estamos enfrentando, sem previsão para terminar, cresce o risco de surgimento de patologias associadas ao sedentarismo e ao imobilismo. A Fisioterapia entra em ação para não só o tratamento quanto na prevenção, de modo a amenizar e favorecer a saúde física e mental desta população afetada. O atendimento online que realizamos, foi bem recebido pelos pacientes e surge como uma possibilidade de atuação dos estagiários de Fisioterapia em Saúde Pública que é fácil de aplicar, muito bem recebida pelos pacientes e rende bons resultados, minimizando os riscos de contaminação que o atendimento presencial levaria para a casa dos idosos.
Palavras chave: Fisioterapia, Atendimento online, COVID-19, Coronavírus, SARS-COV-2.
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os coronavírus são uma grande família de vírus que podem causar doenças em animais ou humanos. Em humanos, sabe-se que diferentes tipos de coronavírus causam infecções respiratórias que variam desde um resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), dependendo da integridade do sistema imune e da idade do indivíduo afetado (DAVIES et al., 2020), além de comorbidades e até mesmo, o sexo (para revisão ver: SAGHAZADEH e REZAEI, 2020).
A epidemia de COVID-19, o nome da patologia causada pelo SARS-Cov-2, teve início em dezembro de 2019 com o primeiro caso reportado na cidade de Wuhan, da província de Hubei, na China, que concentrou os primeiros milhares de casos de infectados e de mortes até o começo de março, quando começou a se espalhar para outros países da Europa, Ásia e Oriente Médio e nos dias seguintes para praticamente todos os países, o que levou a OMS a declarar que se tratava de uma pandemia mundial, dada a alta taxa de transmissão interpessoal.
Seguindo recomendação da OMS e diversos decretos governamentais em diferentes esferas, praticamente todos os países do mundo tiveram, em algum momento, que praticar o isolamento social (BEZERRA, 2020). Um grande risco do isolamento é que o cenário de confinamento, vivido, principalmente, por quem mora em apartamentos, pode limitar o acesso à áreas de atividade física e aumentar os índices de sedentarismo. Este pode surgir como uma grave consequência dos meios de prevenção à Covid-19 e atuar como agravante de diversos tipos de doenças, dentre elas, doenças neurodegenerativas comuns na população idosa, representando um agravo às morbidades e mortalidades destas doenças. Existem patologias associadas ao sedentarismo tais como, hipertensão, obesidade, diabetes mellitus, osteoporose, doenças cardiovasculares, neoplasias, bem como doenças de aspectos psicológicos, como: depressão, ansiedade, distúrbios do sono, estresse, transtorno bipolar, entre outros. (NAZARÉ et al, 2011). De nossa experiência, pessoas que frequentavam academias de saúde da rede pública, o deixam de fazer, seja por medo de se contaminar, por precaução, ou até mesmo, por decretos municipais que impedem o funcionamento das mesmas.
Na tentativa de prevenir este efeito \”colateral\” da pandemia, é importante o auxílio de uma equipe multidisciplinar. Dentre os profissionais que atuam na atenção primária à saúde, o Fisioterapeuta, seja ele funcionário público, ou os próprios estagiários durante o curso de Fisioterapia atuam sempre buscando a manutenção física do paciente, reabilitando a capacidade funcional e mental, incentivando a qualidade de vida, com vista à prevenção distúrbios cinesiofuncionais que podem prejudicar a sua independência (JÚNIOR, 2007).
O fisioterapeuta na atenção primária desenvolve atividades físicas preservando a dependência funcional do idoso, condicionamento físico e cardiorrespiratório. (SILVA, et al, 2005), atividades interdisciplinares com diretrizes de programas da família, proporcionar orientações aos cuidadores e aos próprios pacientes. Determinam também que o fisioterapeuta como membro da atenção básica tem a participação de tratar, promover e recuperar a saúde das pessoas, e em programas de saúde com o objetivo de aperfeiçoar ou adaptar o indivíduo a práticas terapêuticas e uma melhora na qualidade de vida. (COFFITO,1978).
O intuito deste artigo é mostrar a importância do atendimento fisioterapêutico mesmo em tempo de pandemia e isolamento social para prevenir e tratar problemas relacionados aos confinamentos durante a pandemia da SARS-COV-2. Como um dos principais objetivos dos atendimentos a distância está a oferecer atividades físicas a população idosa, diminuindo os impactos negativos sobre o bem-estar da população idosa atendida, realizando interações sociais e auxiliando na inclusão digital. Os objetivos dos exercícios propostos aos pacientes, está em fortalecer a musculatura global; aumentar a resistência cardiopulmonar; ganhar e manter a propriocepção, equilíbrio e coordenação motora fina e global.
METODOLOGIA
Os atendimentos aconteceram de forma online através do aplicativo WhatsApp vídeo e Zoom, com duração de 30 – 45 minutos e duas vezes por semana (segunda-feira e quarta-feira). O primeiro contato com cada idoso foi realizada através de ligação telefônica onde o supervisor de estágio explicava como seriam realizados os atendimentos e os convidava para participar do projeto. No total, foram contactados 22 idosos (13 mulheres e 7 homens; idade média 61,3 +/- 13,3 anos), dos quais 15 aceitaram o convite, o que corresponde a 68,2% de aceitação. Os demais 5 pacientes, foram remanejados dos atendimentos presenciais que eram feitos na academia de saúde, antes da mesma ser fechada (provisoriamente) por decreto. Os contatos seguintes eram realizados pelos estagiários que conduziam os agendamentos e os respectivos atendimentos. Alguns idosos eram atendidos individualmente enquanto outros eram atendidos em casal, no qual os mesmos eram realizados por dois estagiários. Os exercícios eram realizados de forma ativa com instrumentos disponíveis nas residências dos mesmos como: cabos de vassoura, almofadas, pacotes de alimentos (1kg de arroz, feijão, açúcar, sal, leite…), cadeiras, bolas, garrafas d\’água, dentre outros. No primeiro atendimento foi realizado um questionário de saúde básico para saber como está a saudade dos mesmos durante o mês anterior. Todos os pacientes encontravam-se aptos para a realização do atendimento em relação a utilização do aplicativo WhatsApp, porém dois pacientes tiveram que ser orientados, um quanto a utilização do WhatsApp e o outro precisou da ajuda da filha para utilizar o zoom, pois não disponibilizava de smartphone. No começo de cada atividade eram realizados alongamentos globais de membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII) para promover a mobilidade e bom funcionamento muscular, em seguida eram realizados exercícios para fortalecimento muscular global (MMSS e MMII) com peso e sem peso e em isometria, alinhamento postural, exercícios combinados de respiração e aeróbicos, exercícios de equilíbrio (unipodal e bipodal, com olhos abertos e fechados) e propriocepção, exercícios de dupla tarefa e exercícios cardiorrespiratórios, finalizando com alongamentos globais e exercícios de relaxamentos. Esses exercícios foram realizados de forma alternada em diferentes dias dentre os pacientes seguindo a lista de exercícios descrita a seguir:
Exercícios propostos aos pacientes
– Alongamentos
— Alongamento de MMSS – utilizando bastão e bola
— Alongamento de MMII
— Alongamento de tronco
– Exercícios de fortalecimento
— Exercícios de agachamento com isometria no final do movimento
— Exercícios de flexão apoiados na parede
— Fortalecimento de MMSS com peso (1kg de alimento) e utilização de bastão
— Fortalecimento isométrico de MMII
— Exercícios de relaxamento muscular global
– Exercícios de equilíbrio
— Treino de equilíbrio (apoio unipodal, olhos abertos e fechados)
— Exercícios de propriocepção
– Exercícios cardiorrespiratórios
— Polichinelo
— Marcha estacionária
— Corrida estacionária
— Exercícios respiratórios
– Exercícios cognitivos
— Exercícios cognitivos
— Exercícios de dupla tarefa
— Exercícios de coordenação motora fina e grossa
RESULTADOS
De maneira geral, os nossos resultados apresentam tanto dados qualitativos, como dados quantitativos. Os dados quantitativos, entretanto, não permitem uma análise da evolução dos sujeitos, uma vez que este é um trabalho em andamento, e não, um estudo pré e pós. De todos os modos, nossos pacientes tiveram 100% de adesão durante todos os atendimentos. Todos se mostravam bastante atentos aos exercícios e faziam todos os movimentos propostos, dentro de suas próprias limitações. Nos exercícios cardiorrespiratórios, sempre tomamos o cuidado de não prolongar muito a série de exercícios; por exemplo, nos exercícios de corrida estática, a duração máxima da série foi de 20 segundos, com intervalo de 10 segundos entre as séries. Todos os pacientes se mostravam sempre bem alegres e motivados para a prática de atividade física. Um detalhe que observamos, foi que pacientes masculinos, sempre participavam com as suas esposas, mas nas primeiras conversas, percebemos que o incentivo à prática das atividades partia das mulheres. Dentre os participantes, tinha apenas um homem que fazia sozinho, pelo fato dele ser separado e viver sozinho. Uma de nossas pacientes, que apresentava quadro inicial de demência, e que não conseguia usar o WhatsApp, por isso o uso do Zoom, com a ajuda da sua filha, teve uma queda durante o atendimento. A mesma estava sentada na cadeira; enquanto a fisioterapeuta estava conversando com a filha da paciente, ouviu um barulho e a filha relatou que a paciente havia tido uma queda para o lado. A queda não produziu nenhum ferimento, mas nos alertou para a condição de saúde mais crítica que a paciente estava apresentando. A partir deste dia da queda, os demais atendimentos ocorreram com a presença do marido, dando suporte aos movimentos da paciente e tentando prevenir possíveis quedas. Todos os atendimentos com esta paciente seguiram na posição sentada. O paciente masculino que fazia sozinho, relatou ter diagnóstico de depressão há 20 anos, inclusive com tentativas de suicídio neste tempo todo, e pensamentos suicidas o acompanham desde então. Este paciente, que pode ser visto neste vídeo (www.youtube.com/watch?v=1iqFDddg6Cc), se apresentou sempre bem motivado e feliz durante os atendimentos; relata que está gostando e sente que está fazendo parte de algo bom que está acontecendo em sua vida. Inclusive, nos surpreendeu com uma mensagem de felicitações pelo dia do amigo, no último dia 20 de julho. Outro caso interessante de atendimento, foi o de uma paciente com 58 anos que realizava os atendimentos juntamente com sua filha, de 25 anos, que possui Síndrome de Down. A filha, que também não está frequentando a APAE, está sentindo os efeitos do isolamento como qualquer outra pessoa. Elas se apresentavam sempre de bom humor e realizavam os exercícios sorrindo, sem medir esforços para aprender e reproduzir o que era proposto à ambas. Alguns exercícios que eram mais difíceis de serem reproduzidos, a mãe ajudava a filha, sempre dando certo no final.
Foi feito atendimento de um casal, no qual a esposa tem 52 anos e o marido 53, ambos apresentam mobilidade e amplitude de movimento normal nos MMSS e MMII, força muscular também normal em ambos os membros. A esposa tinha histórico de bursite na região do ombro direito, no qual só foi relatado no quarto atendimento via online, a mesma apresentou dor na última sessão após relatar esforço excessivo no trabalho doméstico. O casal no último atendimento mandou uma mensagem online de agradecimento: ‘’ Esse período com vc, nós aprendemos a se exercitar com mais frequência, Foi uns dias de bom aprendizado. Temos muito que agradecer a vc. Obrigado mesmo, que Deus abençoe sua vida e sua trajetória.”
Foi realizado atendimento em dupla por ser com casal, a esposa tem 59 anos, apresenta diminuição de mobilidade e amplitude de membro superior esquerdo. O marido tem 64 anos apresenta mobilidade e amplitude de movimento preservada em ambos os membros conforme observada pelo atendimento online. Segundo o relato da dona de casa, sua mãe de 88 anos e não possui atendimento, e de acordo com a mensagem enviada via aplicativo: “a minha mãe não teve chance de ter um acompanhamento como a gente está recebendo, por isso eu sempre digo que vocês são muito importantes pra nós, obrigada por estar duas vezes por semana nos ajudando a fazer esses exercícios obrigada”.
DISCUSSÃO
O cenário atual, uma pandemia mundial nunca antes vista, forçou todos os setores produtivos a se readaptar na tentativa de manter a funções econômicas e serviços de saúde funcionando em harmonia. Infelizmente, o que estamos enfrentando já há mais de 6 meses, não nos permite fazer previsões de quanto tudo voltará ao normal. Neste sentido, serviços de atendimento à saúde, que visam manutenção de bem-estar e prevenção de comorbidades, necessitam, urgentemente, se adequar e combater os desafios que surgem a cada dia.
O atendimento fisioterapêutico, que atua em todos os níveis de prevenção, falando especialmente da saúde pública, neste cenário pandêmico, ficou muito afetado, uma vez que os atendimentos nesta área envolviam visitas domiciliares e atividades em grupos dentro das UBS, centros de convivência, igrejas, e academias de saúde comunitárias.
Tendo em vista que o isolamento é a única forma de prevenção totalmente eficaz e necessária para diminuir a propagação do vírus SARS-COV-2, o mesmo acaba por acarretar em uma grave limitação cinético funcional da população em geral, especialmente os idosos, além de acarretar o agravamento de comorbidades pré-existentes e facilitar o surgimento de outras patologias decorrentes da inatividade física. Foi com objetivo de prevenir estes possíveis acometimentos, que propomos este estudo.
Como resultados mais significantes, observamos melhora na qualidade de vida, aumento da interação social, melhora da auto estima, prevenção do imobilismo, sem falar da inclusão digital que os atendimentos online propiciaram aos idosos. Tudo isso, em segurança, sem contato com o idoso atendido, o que propiciou, inclusive, atendimento desde as respectivas casas dos estagiários, sem que os mesmos ficassem em risco de contaminação ou sofressem em ter que se deslocar sem transporte público municipal.
Um dos pontos negativos foi a impossibilidade de orientar e auxiliar os pacientes quanto à execução dos exercícios de maneira correta, efetuar exercícios mais complexos e fazer uma avaliação mais completa de cada paciente avaliado. Nada substitui a interação entre o fisioterapeuta e o paciente no atendimento físico, mas como estamos com restrição de contato frente a pandemia, essa foi a solução encontrada, se mostrando eficiente durante o tratamento. Outro problema que enfrentamos, foi a dificuldade em realizar atendimentos em grupo via WhatsApp pois a internet dos pacientes desconectava ou travava, portanto não era possível fazer com que todos realizassem o mesmo exercício fazendo com que atrasasse o andamento do atendimento.
Outro ponto a considerar, dada a novidade de todo este cenário, é a experiência vivida pelos acadêmicos neste momento de muitas incertezas; a atividade online que eles realizaram, permitiu dar seguimento ao estágio, oferecendo aos mesmos, uma experiência que, apesar de não ser a mesma da forma presencial, serviu como uma oportunidade de aprendizado e desafio para a sua vida profissional.
CONCLUSÃO
Durante a pandemia mundial que estamos enfrentando, sem previsão para terminar, o aumento de pacientes em isolamento residencial para a prevenção vem crescendo e com isso, cresce também patologias associadas ao sedentarismo e ao imobilismo, podendo enfim agravar-se futuramente em complicações graves nos mesmos. A Fisioterapia entra em ação para não só o tratamento quanto na prevenção destas patologias, de modo a amenizar e fortalecer a saúde física e mental desta população afetada. Além de ser um tratamento eficaz, a fisioterapia traz consigo a socialização entre as partes envolvidas e o meio em que se encontram, além de disponibilizar de recursos simples em suas próprias residências.
O tratamento foi bem recebido pelos pacientes deste estudo e finalizou de maneira exemplar, com relatos dos mesmos que obtiveram uma melhora perceptível durante o tratamento imposto.
IMAGENS DOS ATENDIMENTOS ONLINE
Figura 1: A) o paciente está realizando alongamento, mas devido à pouca mobilidade em braço esquerdo não é possível realizar a amplitude total. B) a estagiária está realizando os primeiros contatos via internet com o paciente. C) está sendo feito atendimento em dupla pelo fato de ser um casal. D e G) paciente está realizando exercícios cardiorrespiratórios. E e H) mostra-se a estagiária realizando as atividades junto com o paciente. F e K) é possível observar como é realizado o atendimento via WhatsApp. I) o casal está realizando dissociação de cinturas juntamente com as estagiárias. J) o casal está fazendo fortalecimento com peso de 1kg (alimentos).
REFERÊNCIAS
BEZERRA ACV. et al. Fatores associados ao comportamento da população durante o isolamento social na pandemia de COVID-19. Ciências Saúde Coletiva, 25 (1): 2411-2421, 2020.
COFFITO 10 – Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Aprovação do Código de Ética Profissional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução COFFITO-10 de 3 de julho de 1978. Disponível em: http://www.coffito.org.br (Acessado em 21/07/2020)
COFFITO 8 – Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Complementação da COFFITO-8 e COFFITO- 37 e outras providências. Resolução COFFITO- 80 de 9 de maio de 1987. Disponível em: http://www.coffito.org.br (Acessado em 21/07/2020)
DAVIES et al., Age-dependent effects in the transmission and control of COVID-19 epidemics. 2020
JUNIOR JPB; Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais/ Instituto Multidisciplinar de Saúde, Universidade Federal da Bahia, Vitória da Conquista BA, 2007.
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SAGHAZADEAH A; REZAEI N. Immune-epidemiological parameters of the novel coronavirus – a perspective. Expert Review Of Clinical Immunology, 2020.
SILVA DW; TRELHA CS; ALMEIDA MJ. Reflexões sobre a atuação do fisioterapeuta na saúde da família. Revista Olho Mágico, Londrina-PR, 12 (1): 15-19, 2005.