A TECNOLOGIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7421726


Andreia Aparecida dos Santos1
Diana Bertolino da Silva2
Orientador: Robinson Brancalhão3


Resumo

O presente artigo discorre sobre a importância do uso das tecnologias na educação e sobre seus impactos na transformação da educação em EaD. Desta forma buscou-se estudar e refletir sobre os conceitos que permeiam a sua evolução e suas implicações para o processo de desenvolvimento da aprendizagem significativa no sistema de ensino superior. A metodologia de pesquisa empregada na produção deste artigo se deu através de uma abordagem qualitativa, por meio de pesquisas e dados de diversos autores, bem como leituras de leis que regulamentam a educação no Brasil. A produção textual foi elaborada pelos autores de maneira colaborativa dentro do aplicativo de edição word. Como resultado pode-se notar que a tecnologia no decorrer do tempo contribui para o crescimento e evolução das aprendizagens e expansão de cursos o que proporcionou um mérito conhecimento aos educandos que buscam o ensino superior.

Palavras-chave: Tecnologias; Educação; Aprendizagem significativa; Ensino EaD;

1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais a tecnologia no sistema de ensino é uma ferramenta cada vez mais importante para garantir informações atualizadas, recursos metodológicos inovadores e qualidade no ensino, porém nem todos tem acesso a esses recursos que a tecnologia oferece, se dá aí a importância das políticas educacionais que garantem o acesso a todos os níveis de ensino, sendo instrumento de ação que asseguram a execução das diretrizes no âmbito de educação do país.

A tecnologia promoveu a revolução na era moderna mudou a forma como trocamos informações no dia a dia. Os recursos on-line fazem parte de quase todos os aspectos da vida cotidiana atual. Transformou o meio social em que vivemos, sendo uma ferramenta necessária potencialmente em salas de aulas, o avanço contribuiu para novos métodos de ensino, novas políticas educacionais com vista a contribuir para a qualidade educacional. 

A educação à distância (EAD) é uma modalidade de ensino mediada por meios tecnológicos, internet ou via-satélite em que alunos e discentes estão separados, fisicamente em espaços diferentes, ou seja, distante um do outro. Mas estão presentes em um ambiente presencial de ensino-aprendizagem à distância. (MORAN, 2009). Ainda de acordo com o decreto de nº 5.622 de dezembro de 2005 frisa no Art.: 1º

Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.

Tendo em vista os avanços tecnológicos na educação é indispensável o seu uso, também e visíveis os seus benefícios frente aos campos de ensino no país, os novos métodos de ensino tendo a tecnologia como recurso é fator fundamental para a vasta escala de acadêmicos cada vez mais antenados a informação e com conhecimento instantâneo a palma da mão, o que contribui para um estado de desenvolvimento contínuo com vista a cidadãos cada vez mais críticos, com opiniões formadas e aptos a inovação e aos novos processos de revolução que a tecnologia trouxe ao meio social em que se está inserido. E ainda de acordo com o MEC:

Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior.

Como resposta provisória o artigo colocou em questão, a necessidade de acesso à internet de qualidade as diversas redes de ensino com metodologias de ensino inovadoras e ao colocá-las em prática, extrair o que os estudantes têm de melhor. Valendo destacar também que, a obtenção das informações e conceitos vinculados neste artigo é o resultado que se torna por base de um estudo de pesquisa e revisões bibliográficas referentes aos assuntos que foram elencados.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

A HISTÓRIA DO EAD NO BRASIL

Conforme Litto e Formiga (2009), o Brasil possui uma trajetória de sucesso, tendo destacando-se mundialmente no desenvolvimento do Ensino a Distância até a década de 1970, quando a ausência de políticas públicas que apoiassem o método fez com que houvesse uma certa estagnação. ‘‘Somente no final do milênio é que as ações positivas voltaram a acontecer e pudemos observar novo crescimento, gerando nova fase de prosperidade e desenvolvimento’’ (LITTO & FORMIGA, 2009, p. 9).

Os primeiros registros de cursos a distância no Brasil são de pouco antes de 1900, quando anúncios em jornais do Rio de Janeiro ofereciam cursos profissionalizantes pelo correio, ministrados por professores particulares. Em 1904 foi aberta a primeira filial de uma instituição formal de ensino a distância, cuja sede localizava-se nos Estados Unidos (LITTO & FORMIGA, 2009).

O ano de 1904 é considerado o marco inicial do ensino por correspondência no Brasil, época em que os materiais impressos eram enviados por ferrovia. Até a década de 1980, ainda eram muito comuns os cursos da Internacional School e Oxford School, entre outras. O Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro, ambos de São Paulo, iniciaram seus trabalhos na década de 1950 com os cursos profissionalizantes por correspondência. Essas instituições atualizaram-se em relação à metodologia de ensino e à integração de novos suportes tecnológicos, tendo, ainda hoje, milhares de alunos espalhados pelo território brasileiro. Porém, esses cursos eram vistos como de segunda categoria, pois se direcionavam a pessoas de menor renda ou àquelas que não haviam ingressado na educação superior. (CORTELAZZO, 2013, p. 46,47)

A Universidade de Brasília foi pioneira no uso da EaD no ensino superior, com o Programa de Ensino a Distância (PED), que ofereceu um curso de extensão universitária em 1979. Outros cursos foram produzidos e oferecidos inclusive por jornal, até 1985, além de terem sido traduzidos cursos da Open University. (MAIA, 2007, p.28)

Presentemente, a principal ferramenta para a modalidade a distância no Brasil é a internet. Em janeiro de 2008 havia 85 instituições credenciadas pelo governo federal para a oferta de cursos de graduação e pós-graduação lato sensu em modalidade EaD. Há ainda um número significativo de cursos livres e programas ministrados por empresas e escolas (LITTO & FORMIGA, 2009).

A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

A educação a distância surgiu oficialmente no Brasil pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996), sendo normatizada pela Decreto n. 2.494 de 10 de fevereiro de 1998, pelo Decreto n. 2.561 de 27 de abril de 1998 e pela Portaria Ministerial n. 301 de 7 de abril de 1998.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases: 

Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.           

§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União

§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância.

§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.     

§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:

I – custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam explorados mediante autorização, concessão ou permissão do poder público;           

II – concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;

III – reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais. (BRASIL, 1996)

Assim, conforme Litto e Formiga (2009), foi com a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, ou Lei Darcy Ribeiro, que o EaD saiu da clandestinidade e passou a ser reconhecido em lei. O artigo 80 prevê, entre outros, a necessidade de credenciamento pela União e tratamento diferenciado, incluindo custos reduzidos no rádio e na televisão.

Contudo, foi apenas com o decreto n. 2494, de 10 de fevereiro de 1998, que a lei efetivamente conceituou o ensino EaD: 

Art. 1º Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. (BRASIL, 1998)

Em 2005 o Decreto n. 5.622/2005 teve como ênfase a mediação didático-pedagógica dos cursos EaD, regulamentando o credenciamento das instituições de ensino superior para oferta de cursos de graduação e pós-graduação na modalidade a distância. Esse decreto também define que o currículo deve ser estabelecido seguindo as diretrizes nacionais de curso, anteriormente definidas para a educação presencial (CORTELAZZ0, 2013).

O EAD NA ATUALIDADE

De acordo com os avanços tecnológicos, vem sendo oferecido para os usuários das mídias em geral, várias ferramentas de comunicação e gerenciamento da informação. A maioria dessas ferramentas pode ser encontrada na Internet. Em alguns sistemas hospedados, na rede, encontram-se ferramentas reunidas e organizadas em um único espaço virtual, visando oferecer ambiente interativo e adequado à transmissão da informação, desenvolvimento e compartilhamento do conhecimento. No geral, esses recursos tecnológicos são agrupados de acordo com a sua funcionalidade: comunicação e gerenciamento de informação.

A conformidade, a praticidade e facilidade, da educação a distância tornou-se uma opção para quem tem pouco tempo livre e dificuldades para conciliar a agenda de atividades com um curso presencial, o “ambiente virtual de aprendizagem (AVA), presente em quase todos dos cursos à distância, é uma ferramenta essencial para a promoção da inclusão” (ABED, 2019, p. 18), oportunizando uma rotina de estudos no período mais acessível aos discentes na produção do conhecimento. Segundo Carrijo et al. (2016), a educação a distância é o ensino que ocorre quando professor e aluno estão separados (no tempo ou no espaço).

Inovação, criatividade, ousadia e desafios são palavras que representam as demandas da sociedade atual e que os sistemas educativos tentam, de alguma maneira, incorporar tanto nas orientações pedagógicas como nas práticas em sala de aula (PRATES; MATOS, 2020, p. 532).

Ao tratar do aluno no método EaD, é imprescindível compreender que, no ensino a distância é essencial que o aluno tenha autonomia, visto aqui como ‘‘capacidade para tomar as decisões adequadas para sua aprendizagem, desenvolvendo um plano de estudo e buscando os recursos necessários, e mesmo avaliando sua aprendizagem’’ (CORTELAZZO, 2013, p.151).

A própria prática pedagógica e o material didático auxiliam o desenvolvimento da autonomia do educando, na medida em que não apresentam o conhecimento pronto e definitivo para o aluno, ao contrário, o instiga a pesquisar e reelaborar o conhecimento na prática profissional (CORTELAZZO, 2013).

O ensino a distância exige, portanto, um aprendiz autônomo e independente, mais responsável pelo processo de aprendizagem e disposto à autoaprendizagem. Com a alteração da cultura do ensino para a cultura da aprendizagem, o estudo passou a ser auto administrado e auto monitorado por um aprendiz autônomo. (MAIA, 2007, p. 85).

Assim, entende-se que no ensino a distância não é o professor o responsável por gerenciar o processo de ensino e aprendizagem, e sim o aluno. ‘‘A organização e a escolha de ferramentas e da sequência do material a ser explorado deixaram de ser uma atribuição do professor, e são agora de responsabilidade do aprendiz’’. (MAIA, 2007, p. 86).

Na EaD, as ferramentas de comunicação são adotadas com o objetivo de facilitar o processo de ensino-aprendizagem e estimular a colaboração e interação entre os participantes de um curso, habilitando-os para enfrentar a concorrência do mercado de trabalho. As ferramentas de gerenciamento não são menos importantes; sobretudo porque a participação e progresso do aluno são informações que precisam ser recuperadas, para que o tutor/professor possa apoiar e motivar o aprendiz durante o processo de construção e difusão do conhecimento.

 Conforme Maia (2007), o professor do método EaD deve desenvolver novas habilidades, por exemplo: dominar recursos multimídia, saber elaborar e organizar conteúdos e planejar material adequado para o aluno a distância. Litto e Formiga (2012) citam ainda que nesse método, o professor fica mais distante da transmissão de conteúdo, e se aproxima do papel de arquiteto do conhecimento, sendo responsável pela criação de situações de aprendizagem. Para Belloni (2012), no EaD a função do professor ou tutor é de mediatizar, ou seja, criar um caminho que o estudante possa percorrer autonomamente em direção ao conhecimento.

Portanto Compreende-se que os novos perfis, de professor e aluno no EaD, conduzem a um novo contexto, com uma educação mais aberta e flexível, porém mais desafiadora. Tanto o professor quanto o aluno adquirem novos papéis, o aluno passa a ser o responsável pela sua aprendizagem enquanto o professor passa a ser um indicador de caminhos, não um transmissor de conhecimentos acabados.

METODOLOGIA

O presente trabalho compõe-se em uma pesquisa qualitativa, com a finalidade de alcançar o objetivo proposto, o método de pesquisa utilizado para este artigo foi a conceitual (bibliográfica), através da leitura seletiva, utilizando materiais já publicados, incluindo livros físicos, revistas e também consultadas as legislações brasileiras pertinentes.

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).

Por seu lado, a pesquisa qualitativa caracteriza-se por não focar na representatividade numérica, mas sim, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados. Conforme Minayo: 

A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. (MINAYO, 2011, p. 22).

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

Esta seção apresenta os resultados oriundos desta pesquisa, que buscou descrever os desafios enfrentados pelos alunos e professores no ensino a distância, e quais métodos utilizar para vencer estes desafios, a apresentação dos resultados foi através de dois subtítulos.

AS ADVERSIDADES NA EDUCAÇÃO EAD 

É fato que a desigualdade do ensino à distância e o acesso a internet são problemas que fazem parte da realidade de muitos cidadãos do país, Um dos principais desafios do EAD é que os estudantes e professores tenham aparelhos que possibilitem acesso à internet, uma realidade ainda não muito satisfatória no Brasil, visto que o acesso, qualidade e velocidade das conexões de internet no país ainda deixam a desejar e podem dificultar o acompanhamento das aulas online, pois conforme Freitas (2013), existem cidades desprovidas até de sinal de internet, ou que possuem uma conexão muito lenta, tendo que dessa forma, o aluno deslocar-se para municípios mais próximos para a possível utilização da internet.

Para além da repercussão nas questões orçamentárias e sociais institucionais, a evasão repercute significativamente na vida do estudante e, também, no desenvolvimento do país (COSTA; SANTOS, 2017).

Além de outras adversidades que pode ser prejudicial como acredita que o desafio está em escolher corretamente um ambiente virtual que contribua não somente a exposição de conteúdo, mas a colaboração e a interação coletivas no processo de ensino-aprendizagem. Segundo Capeletti (2014), uma grande dificuldade encontrada pelos alunos é a autonomia e a disciplina para realizar os estudos. Muitos acham que o ensino a distância serve apenas para cumprir tarefas e datas e que o aprendizado não é válido.

MELHORIA PARA METODO EAD 

O acesso universal à Internet é um direito fundamental que deve ser assegurado a todos, a fim de garantir a conectividade, acesso equitativo, e de qualidade. Caracteriza-se como um importante instrumento para a efetivação de inúmeras oportunidades e outros direitos, principalmente no desenvolvimento econômico, cultural e social, como no direito à educação acessível e inclusiva, perante esse fato de dificuldade de alguns com acesso a rede de dados, as administrações publica com suas autoridades educacionais, poderiam dispor de pontes de acesso a rede para facilitar e Valer-se de diversas ferramentas, desde a correspondência até as modernas tecnologias de informação, o EaD contribuiu, nos últimos anos, com a formação de milhares de pessoas, em todo o planeta.

É possível até mesmo afirmar que, nos últimos anos, foi o método EaD que produziu o impacto mais profundo na educação. Consequentemente, cada vez mais pessoas querem fazer parte desse movimento, como tutores ou estudantes, mais Para Amarilla (2011), o ensino a distância requer do professor a obtenção de novos conhecimentos, novas habilidades e novos métodos de ensino, através de um processo intenso de capacitação, fundado na pesquisa, motivação e cooperação, sendo de suma importância para o exercício de ensinar.

O professor no ensino a distância precisa facilitar, motivar, moderar, responder prontamente os questionamentos, fornece feedbacks e promover a participação de todos os alunos. É imprescindível a contínua capacitação desses profissionais para que sejam capazes de aperfeiçoar as atividades do ambiente virtual. (SALUME et al., 2012).

Para Freitas (2013), para despertar a atenção do aluno as plataformas carecem de recursos audiovisuais, proporcionando um ambiente produtivo para a autoaprendizagem, utilizando elementos como figuras, gráficos, filmagens, sons, videoconferências e chats. Segundo Capeletti (2014), o aluno precisa ser disciplinado em seus estudos e que ele mesmo busque em outras fontes a complementação para o seu entendimento.

Para expor dificuldades enfrentadas por professores e alunos há perdas advindas da evasão configuram prejuízos acadêmicos, sociais, culturais, econômicos e, logicamente, subjetivos (COSTA; SANTOS, 2017, p. 244). 

Para apresentar melhorias para este método de ensino os estudos internacionais sobre engajamento, apontam a existência de correlação positiva com sucesso acadêmico, notas mais altas, conclusão do curso, satisfação, motivação, melhores resultados de aprendizagem e desenvolvimento pessoal do estudante (MARTINS; RIBEIRO, 2019, p. 12). As alterações que ocorrerão não podem visar apenas a economia ou a otimização de processos, mas devem ser pensadas de forma a tornar a educação superior com qualidade ampliada, seja na modalidade de educação presencial ou a distância (OLIVEIRA; PICONEZ, 2017, p. 2017).

4. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo teve como propósito destacar os desafios encontrados por alunos e professores no ensino a distância e quais seriam as melhorias para esse método de ensino. Através da metodologia utilizada e dos autores pesquisados, este artigo mostrou que o EAD traz facilidade de acesso, seja na residência, no local de trabalho, a qualquer hora, a modalidade EaD é o maior avanço das últimas décadas para a democratização do ensino. Graças a ela, centenas de milhares de pessoas no mundo tiveram e tem acesso à educação de qualidade, vencendo barreiras como a distância até instituições de ensino, falta de disponibilidade de tempo nos horários de aula e dificuldades financeiras.

A modalidade a distância surgiu para atender as necessidades da sociedade moderna, sendo um avanço irreversível. E para que os alunos possam dominar as ferramentas do ambiente virtual sem dificuldades, a utilização das tecnologias e comunicação precisam ser acessíveis a eles, para que se sintam motivados e obtenha rendimento nas disciplinas a serem estudadas. 

O EAD traz consigo vantagens tais como: flexibilidade de horário, reconhecimento no mercado de trabalho, o estudante e o protagonista no seu desenvolvimento da aprendizagem, onde o mesmo pode escolher de acordo com o seu tempo desenvolver as atividades propostas visto que os conteúdos ficam disponíveis no AVA, podendo assim encaixar o estudo com a rotina. Contam também com o apoio e suporte dos tutores a distância que orienta o processo de ensino aprendizagem. 

A concretização do presente artigo propiciou uma aquisição de conhecimento pautados na importância da tecnologia na educação para construção da aprendizagem com o uso dos recursos de mídias, com o intuito de observação sobre os aspectos fundamentais para o uso dos recursos tecnológicos como ferramenta da disseminação do conhecimento, como também para a construção do desenvolvimento individual, cultural e social.

Enfim, é imprescindível ressaltar que a tecnologia transformou e vem potencialmente inovando a maneira como adquirir novas habilidades, sendo fundamental para o processo de disseminação da informação e consequentemente contribuir para os avanços na qualidade de educação em todos os níveis de ensino.

REFERÊNCIAS

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______. Lei nº 9,394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

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1, 2Autoras

3Orientação do professor