A MUDANÇA DAS ORGANIZAÇÕES EM MEIO À CRISE DO COVID-19: O LÍDER  DO NOVO NORMAL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11177084


Luiz Antônio da Silva Gonçalves Junior1;
Orientador: MsC. Fernando Cabral de Melo Neto2


RESUMO 

A pandemia da COVID-19 vem causando grandes mudanças tanto no âmbito  sanitário, quanto no econômico e social. Muitas organizações, para respeitar as  medidas de prevenção estabelecidas, adotaram o distanciamento social, o trabalho  remoto, investiram nas redes sociais e na tecnologia em geral para conseguirem se  manter no mercado. Nesse cenário, este artigo teve como objetivo, por meio de uma  breve revisão bibliográfica, analisar a importância do papel do líder nas organizações  ao longo da pandemia da COVID-19. As competências essenciais de um bom líder são a inteligência emocional, a habilidade do autoconhecimento, de escutar o colaborador,  da autogestão, da empatia e da habilidade social. Além disso, o Home Office ganhou  destaque, para isso, o líder deve ser capaz de organizar, se comunicar, verificar todas  as demandas que os colaboradores estão precisando, como também, motivar a  equipe para que a produtividade se mantenha. Portanto, são mudanças que o líder precisa  saber lidar e ajudar o colaborador, com o objetivo de que a empresa se mantenha e  consiga superar a crise que a pandemia da COVID-19 está causando no mundo  inteiro. 

Palavras-chave: Adaptação; COVID-19; Liderança; Pandemia; Intercorrências  Cotidianas.  

ABSTRACT 

The COVID-19 pandemic has been causing major changes both in the health,  economic and social spheres. Many organizations, in order to respect the established  preventive measures, have adopted social distance, remote work, invested in social  networks and in technology in general to be able to stay in the market. In this scenario,  this article aimed, through a brief bibliographic review, to analyze the importance of the  role of the leader in organizations throughout the COVID-19 pandemic. The essential  skills of a good leader are emotional intelligence, the ability to self-knowledge, to listen  to the employee, self-management, empathy and social ability. In addition, the Home  Office has gained prominence, for this, the leader must be able to organize,  communicate, check all the demands that employees are needing, as well as motivate  the team so that productivity is maintained. Therefore, these are changes that the  leader needs to know how to deal with and help the employee, with the objective that  the company remains and manages to overcome the crisis that the pandemic of COVID-19 is causing worldwide. 

Keywords: Adaptation; COVID-19; Daily complications; Leadership; Pandemic. 

1 INTRODUÇÃO 

O processo de globalização, os avanços tecnológicos e as mudanças no setor  da economia, são fatores determinantes que obrigam as indústrias e as empresas a  se adaptarem para se manterem competitivas no mercado, uma vez que os clientes  se encontram mais exigentes em busca por produtos de qualidade (LENHART;  BONFADIN, 2017). 

Em todos os setores empresariais, industriais e comerciais, como também, no  setor público, essas organizações sentem com mais intensidade as exigências do  mercado altamente diverso e complexo, além da sociedade no que se refere aos  serviços públicos e privados. Sendo necessárias técnicas de gestão eficazes e um planejamento de suas ações futuras, fatores esses que tornam mais fácil a adaptação  e que possam alcançar resultados positivos (GOLEMAN, 2015). 

Contudo, mediante ao novo cenário os quais as organizações foram expostas  a partir de março do ano de 2020, devido à pandemia da COVID-19, houve mudanças  radicais em todos os processos produtivos, de venda, de atendimento ao cliente,  dentre outros (ASSUNÇÃO, 2020). Recorreu à utilização da tecnologia e das redes  de comunicação, as empresas adotaram novas formas de trabalho, tal como o Home  Office, vendas on-line, como também, o aumento considerável de serviços de  entregas ao cliente por Delivery (SANTOS et al., 2020). 

É necessário que as organizações apresentem uma boa gestão, bem como,  uma liderança eficiente e que sejam capazes de se adaptarem e reinventarem com o  “novo normal” durante e após a pandemia. Por isso, este artigo irá se basear na  seguinte problemática: “Qual é a importância do Líder nas organizações no novo  normal? ”. 

Uma gestão de qualidade sugere que as organizações estejam abertas a essas  mudanças no mundo empresarial, visto que as demandas aumentam tanto no âmbito  social quanto no político e econômico. Dessa forma, é necessário que se tenha  estratégias a fim de enfrentar essas exigências e demandas, além de proporcionar um  maior comprometimento com os resultados, rompendo incertezas, amenizando os  riscos, aumentando a criatividade e autonomia (SILVA; GIL, 2013). Isso faz com que o foco da empresa seja não apenas no produto, mas também nas pessoas as quais  participam desses resultados, como a equipe de trabalho, e ao consumidor, mesmo quando se tratando de uma situação como a vivenciada atualmente devido ao novo  Coronavírus (PAULISTA; LOSADA, 2020). 

Nesse contexto, o objetivo geral deste estudo é analisar a importância do papel  do líder nas organizações em meio às adversidades da crise no cenário atual. Como  objetivos específicos, pretende-se apontar as principais mudanças e desafios  enfrentados pelos líderes ao longo da pandemia da COVID-19; compreender como o  líder pode exercer a sua função, com eficiência, no trabalho remoto; e destacar quais  habilidades o líder precisou adquirir e aprimorar para resolução de problemas na  organização provocadas por fatores internos e externos e melhorar, manter e otimizar  o trabalho. 

Sabe-se que com a pandemia a vida de todos mudaram, gerou um quadro  altamente desafiador para todos os profissionais de todas as áreas, os quais  precisaram adotar medidas para se manterem no mercado e não entrarem em  falência. Para tal, a gestão comandada pelo líder da organização é um fator primordial  para que ocorram alternativas e estratégias, sejam de interações humanas entre  colaboradores ou entre clientes, presenciais ou virtuais, afim de manter a equipe  motivada, empenhada, segura e comprometida para que possa atender o consumidor  da melhor forma possível (KOFMAN, 2018). 

Dessa maneira, justifica-se a realização da pesquisa em virtude desse tema ser de suma importância, haja vista que, ainda estamos vivenciando a pandemia da  COVID-19 e não existe uma data para a normalização. Além disso, a crise do Novo  Coronavírus mudou a realidade a nível global, no qual as organizações e as pessoas  tiveram que parar ou readaptar suas atividades (trabalhar, estudar, etc.), no qual a  pandemia impôs o distanciamento social e medidas sanitárias rígidas como forma de  prevenção e proteção (ASSUNÇÃO, 2020). 

Todos, sem exceção, tiveram que se adequar a realidade do “novo normal”.  Sendo assim, no mundo organizacional, o líder ter um papel crucial na gestão de  crises na empresa, com a tomada de decisão, ações e diretrizes baseada na cultura  da empresa, para manter o controle nesses momentos, dano que essa crise provocou  nos negócios e no mercado é imprevisível, e as lideranças das organizações precisam  criar estratégias para minimizar os impactos nos negócios (SILVERSTEIN, 2013).  Como programa de férias e mudanças na escala de trabalho, medições e trabalho  remoto através de recursos tecnológicos, tais como tablets, smartphones, computadores,  plataformas e aplicativos diversos. 

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 A importância da Liderança Organizacional 

No campo empresarial, muitas pesquisas estão focando na liderança como  fator primordial para um bom funcionamento das organizações. É um conceito que  reúne características presentes em determinadas pessoas as quais, diferenciam-se  em seus estilos, valorizando aspectos situacionais, levando em consideração o  objetivo do grupo e ressaltando as qualidades dos que estão sendo liderados  (FREITAS; RODRIGUES, 2008). 

Conceitualmente, liderança significa o processo de influenciar alguma pessoa  ou grupo, em determinadas situações, com o objetivo de conseguir alguma meta  (HERSEY; BLANCHARD, 1976; DAFT, 2005). É válido ressaltar que para se rum bom  líder, é necessário possuir características de liderar, sendo estratégico e mantendo  um bom relacionamento com os liderados (DAFT, 2005). 

De acordo com Freitas e Rodrigues (2008), por definição, a liderança ocorre  por meio do autocontrole do indivíduo, sendo um processo muito difícil e que requer  pratica diária para ser alcançada aos poucos. Contudo, um líder eficiente é aquele que  se conhece, sabe os seus pontos fracos e suas qualidades, procurando sempre  ressaltar os pontos positivos e equilibrar os negativos. De acordo com os autores, ser  um líder é: 

“[…] um líder é aquele que exerce influência em um determinado  grupo de pessoas a fim de que elas façam o que ele deseja, porém  esta influência não deve ser rigorosa e por meio do poder de um  cargo, obrigando as pessoas a fazerem o que ele deseja, e sim,  deve-se usar da autoridade e respeito com elas, oferecendo um  meio de trabalho propício para que todas desenvolvam suas  atividades por vontade própria, e conduzir as pessoas e  organizações em direções que sozinhas não seguiriam”  (FREITAS;RODRIGUES, 2008, p. 08). 

Não somente, outros estudiosos da área também afirmam que a liderança é  essencial, mas deve ser realizada de maneira correta. Em 1999, Chiavenato definiu  liderança como sendo: 

“[…] um processo chave em todas as organizações. O administrador  deveria ser um líder para lidar com as pessoas que trabalham com  ele. Logo, a liderança não deve ser confundida com direção ou com gerência. Um bom administrador ou gerente pode ser um bom líder,  porém um líder nem sempre é um gerente ou administrador, mesmo  que seja de extrema necessidade empresarial a presença de um  líder […]” (CHIAVENATO, 1999, p. 45).

Dessa forma, a função do líder está diretamente relacionada com a motivação  do liderado. Em uma empresa, a liderança deve estar intimamente relacionada com  os demais colaboradores, visto que mantendo o contato, ouvindo, identificando e  analisando o perfil da equipe, torna-se mais possível atingir as metas. Por isso, para  ser um bom líder, é preciso conhecer e manter o grupo motivado (MAXIMIANO, 2007). 

Carvalho (2009), afirma que a motivação da equipe de trabalho influencia de  forma positiva a produtividade, haja vista que facilita as relações interpessoais, na  qual o líder pode, por meio de estratégias intencionais, modificar o comportamento do  indivíduo em prol de um relacionamento em grupo saudável e que reflita no sucesso  da empresa. O autor afirma que: 

“Uma líder motiva sim, deve motivar. […] É obrigação do líder, fazer  aflorar em seu colaborador os motivos que ele tem para agir, que  estão lá dentro dele, mas adormecidos. E isto não é no geral, é no  particular, é um a um. Pessoas não são iguais, têm motivos  diferentes. […] Manter um empregado motivado é uma missão  diária, do empresário ou do líder e o resultado de vários fatores.  Manter o empregado motivado, vestindo a camisa da empresa  requer conhecimentos de liderança do empresário (ou do líder), dar  o exemplo – fazer o que ele fala ser educado, gentil, cortês, cordial,  empático sem ser piegas ou falso” (CARVALHO, 2009, p. 5). 

É válido ressaltar que existe diferença em gerenciar e liderar. Uma pessoa  gerencia coisas, já a liderança é realizada sobre outras pessoas. A principal  característica da liderança é influenciar a fim de alcançarem um objetivo comum, já a  gerência não se faz com seres humanos, mas sim com recursos em geral (HUNTER,  2004). 

Dessa maneira, as transformações ocorridas no cenário empresarial, faz  necessário que a organização seja composta por líderes que possam orientar e  conduzir o corpo de colaboradores. Com a elevada competitividade do mercado, o  avanço das tecnologias e mudanças a todo momento, as empresas se veem  obrigadas a se adaptarem e apresentarem respostas rápidas a esse cenário e, para  isso, um bom líder é de fundamental importância para motivar, incentivar, treinar e  manter a equipe de trabalho (BORGES; BAYLÃO, 2009). 

Com isso, a chave para o sucesso organizacional perpassa pela gestão de  pessoas. O cenário de alta concorrência, torna necessário que os líderes  desenvolvam novas atitudes, com elevada habilidade de conduzir uma equipe. 

2.2 Organizações, liderança e Covid-19 

Sabe-se que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e  desafiador para as empresas, necessitando de investimentos, capacitação e  estratégias constantes e que acompanhem essas mudanças. Esse cenário exige que  as empresas apresentam o quadro de funcionários eficaz, competentes e habilidosos,  que sejam capazes de enfrentar os desafios e gerar resultados satisfatórios à empresa (CARNEGIE, 2015).  

A chave para o sucesso organizacional perpassa pela gestão de pessoas. O  cenário de alta concorrência, torna necessário que os líderes desenvolvam novas  atitudes, com elevada habilidade de conduzir uma equipe em um atendimento de  qualidade ao cliente na prestação de serviços. 

Diante dos novos desafios e contínuas mudanças que ocorrem no mercado  consumidor, é cada vez maior o número de organizações que dentro da complexidade  do cenário empresarial e de incertezas, explora meios para viabilizar e conquistar seus  clientes, através da diferenciação e customização na prestação de serviços. No  cenário competitivo e dinâmico que nos encontramos, as empresas buscam entregar  produtos e serviços com nível de qualidade percebida, pelo menos, satisfatória  (BONFADIN, 2017).  

O setor de serviços tem crescido substancialmente desde o século XX, contribuindo  de forma significativa no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O nível de participação  e necessidade do consumidor muda a cada dia, tendo mais rigorosidade na avaliação  da qualidade. Esse crescimento aponta a amplificação da sociedade contemporânea  por serviços tradicionais e diferenciados. Para tanto, a gestão pautada nas dimensões  da qualidade como: confiabilidade, segurança, empatia, tangibilidade e  responsividade, possibilitam manter clientes satisfeitos e fieis (IBGE, 2016;  ARBACHE, 2012; LENHART; BONFADIN, 2017).  

Nesse sentido, com as mudanças ocorridas nos últimos meses, as  organizações precisaram se reinventar, sempre buscando a qualidade dos serviços em meio à uma pandemia, possibilitando reflexões sobre a importância da qualidade  para as empresas, inseridas em ambientes competitivos, que não podem advir do luxo  de gerir clientes insatisfeitos sob a pena da perda de mercado e até mesmo  falecimento prematuro. Sabe-se que a instrumentalização da qualidade, a partir das dimensões tangibilidade, confiabilidade, responsividade, segurança e empatia,  permite decisões empresariais mais assertivas (COSTA; SANTANA; TRIGO, 2015). Entre muitos tipos de situações de crise, as pandemias têm a capacidade de  criar situações generalizadas e extremamente complexas para a economia e outros  setores de uma nação. Conceitualmente, uma pandemia é o surto global de uma  doença que se espalha simultaneamente por vários países (DOSHI, 2011). A  Organização Mundial da Saúde (OMS) define essas epidemias como aquelas que  causam surtos no nível da comunidade em pelo menos duas regiões do mundo, com  potencial para uma disseminação global mais ampla, independentemente da  gravidade clínica (FINEBERG, 2014). 

A pandemia da COVID-19 se enquadra nesta definição, embora essa situação em grande escala tenha afetado a vida de todos, consideravelmente, quando  comparada a outras pandemias no século passado, não é a primeira a se espalhar  globalmente, nem é o primeiro coronavírus a causar doença. De acordo com Fineberg  (2014), a síndrome respiratória aguda grave (SARS) anterior se espalhou para mais  de 20 países e causou milhares de casos e muitas mortes, embora não ao nível de  distribuição, incidência, morbidade e mortalidade da COVID-19. 

No que se refere ao atual cenário de vigilância em saúde no qual o mundo  inteiro está vivenciando, vem gerando grande preocupação em todos os âmbitos, seja  a nível de saúde pública, como também na área econômica, haja vista que causou e  ainda está causando impactos em todas as esferas sociais. Foi no final do mês de  dezembro de 2019 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi notificada sobre  um surto de pneumonia, na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China.  Posteriormente, foi identificado o agente etiológico, tratando-se de um novo  coronavírus, SARS-COV-2 (ZHU et al., 2019). 

O primeiro caso confirmado de covid-19 no Brasil ocorreu em 26 de fevereiro  de 2020, de um paciente do sexo masculino, retornando ao país depois de uma  viagem à Itália. Pouco tempo depois, novos casos foram notificados, até então apenas  casos importados. Contudo, por se tratar de um vírus cuja transmissão é,  prioritariamente, por vias respiratórias, logo o perfil de transmissão no Brasil passou a  ser comunitário (quando não é mais possível identificar a origem da infecção)  (BRASIL, 2020a). 

Com o objetivo de conter a transmissão do novo coronavírus, várias medidas  foram adotadas em todos os países, dentre elas: o fechamento de fronteiras, do comércio e outros estabelecimentos, restrições de viagens e triagem nos aeroportos,  a não aglomeração de pessoas e, o principal, o isolamento social (ZHOU, 2020).  Nesse sentido, a vida da população como um todo teve mudanças significativas,  modificando a rotina, a maneira de trabalhar, a maneira de se relacionar com outras  pessoas, implicando nos aspectos sociais, econômicos e psicológicos/emocionais de  cada cidadão. 

Em relação às organizações, principalmente as que estão relacionadas ao  comércio e serviços, tiveram que estabelecer estratégias de se manterem em meio à  uma situação problemática e sem solução, cada vez mais se agravando e impactando  todos os brasileiros, seja de micro, pequena, médias e grandes empresas (BOWERS  et al., 2017). O cenário exigiu medidas e soluções práticas que fossem sustentáveis  para alcançar resultados positivos e satisfatórios para o momento, até então  (SCHIVARDI; GUIDO, 2020). 

Sendo assim, recorreu-se ao aporte tecnológico, não apenas no Brasil, mas no  mundo inteiro. Pode-se afirmar que em todos os setores produtivos e de serviços foi  necessário o uso da tecnologia para se manter no mercado, haja vista que a principal  medida preventiva foi e, ainda é, o distanciamento social. Dessa maneira, as  organizações mudaram o seu paradigma e a forma de “trabalhar”, adotando o Home  Office, utilização mais intensa das redes sociais, plataformas de vídeo chamadas para  reuniões, aulas, palestras, uma “socialização virtual”, envolvendo mudanças rápidas  nunca vividas anteriormente, forçando os gestores a se adaptarem e se organizarem  a uma nova realidade com tantos desafios e obstáculos (LEIVA‐LEON; PEREZ QUIROS; ROTS, 2020). 

Com isso, mediante a todas essas mudanças, a figura do líder dentro das  organizações está sendo fundamental para conseguir lidar e saber conduzir a equipe  de maneira eficiente no “novo normal”. Afinal, o trabalho dos líderes organizacionais  durante a crise é ser capaz de se adaptar com rapidez e ousadia para tomar decisões  com eficácia e precisão, respondendo da forma mais rápida e eficaz possível  (BOWERS et al., 2017; NICHOLS et al., 2020). 

Embora complexa e desafiadora, a capacidade de reagir e executar com  eficácia em um estado de mudança descontínua pode ajudar uma organização a  superar circunstâncias exigentes e evoluir de forma intacta (ou com mínimos danos) de um ambiente desastroso (BIRKENSHAW et al., 2016). Assim, para que as  empresas estejam preparadas para responder a mudanças, tais como as que estão ocorrendo com o ambiente atual da pandemia da COVID-19, seus líderes devem ser  capazes de abraçar e aceitar o “desaprendizado”, desconforto, investigação contínua,  conflito e liderar a criação contínua de conhecimento em cenários complexos e  incertos (MILLER; KATZ, 2013). Ou seja, o líder deve apoiar, assim, a relação entre  estratégia, estrutura, cultura e processos, visto que a realidade aponta para a  necessidade de acelerar as capacidades e aperfeiçoamento dos líderes para com os  colaboradores (BIRKENSHAW et al., 2016). 

Portanto, o desenvolvimento da liderança e a preparação contínua são  essenciais para os líderes atuarem em momentos de crise, haja vista que a  necessidade de se readaptar, reinventar e gerir uma equipe mediante a um cenário  desastroso, como a realidade atual, é um grande desafio. 

3 METODOLOGIA 

3.1 Tipo de estudo  

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, de caráter qualitativo  descritivo, no qual abordou os aspectos relacionados à importância do líder nas  organizações frente às mudanças ocorridas em meio à crise na pandemia da COVID 19. 

A natureza do estudo desenvolvido segue os preceitos do estudo exploratório,  por meio de uma revisão de bibliografia, na qual, segundo Gilberto (2008), é  desenvolvida a partir de estudos e materiais já elaborados, tais como livros e artigos  científicos.  

No que se refere a revisão de bibliográfica, é um tipo de estudo que apresenta  um elevado potencial de construção do conhecimento, tendo como objetivo  proporcionar uma síntese das informações obtidas nos estudos pesquisados, havendo  uma melhor aplicabilidade dos mesmos, melhorando a compreensão do tema  (MENDES, 2008).  

3.2 Identificação do tema ou formulação da questão norteadora  

Para o presente estudo, criou-se a seguinte questão norteadora: “Qual é a  importância do Líder nas organizações no novo normal? ”. 

3.3 Busca na Literatura 

Foram utilizados trabalhos publicados no idioma inglês, português e espanhol  nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google  Acadêmico. 

A escolha dessas bases de dados foi devido ao número elevado de publicações  de artigos da área da temática relacionada ao tema. Houve combinação de diferentes  formas em relação aos descritores, a fim de ampliar a busca de estudos, considerando as variações terminológicas e seus respectivos sinônimos. 

Foram utilizados os seguintes descritores na busca: Liderança e organizações;  Pandemia e liderança; Covid-19 e liderança; Crise econômica e Liderança; Pandemia  e crise; Covid-19 e organizações; Covid-19 e economia; Pandemia e economia;  Pandemia e liderança; Covid-19 e novo normal; dentre outros. 

Para filtrar os artigos achados, ocorreu a realização da leitura dos respectivos  títulos e resumos e nestes deveriam constar/mencionar aspectos relacionados ao  tema. Estes estudos foram lidos, a fim de finalizar o processo de seleção baseado nos  objetivos deste estudo: analisar a importância do papel do líder nas organizações em  meio às adversidades da crise no cenário atual. 

Além disso, a coleta de dados seguiu os seguintes passos:  

  • Leitura exploratória: em todo o material selecionado foi feito uma leitura rápida  que tem como objetivo identificar se a obra consultada apresenta a temática do  trabalho;  
  • Leitura Seletiva: leitura mais aprofundada das partes que abordam a temática; 
  • Registro das informações: é referente às informações extraídas dos estudos,  fonte e instrumento específico (autores, ano, métodos, desenvolvimento e  conclusões).  

3.4 Critérios de inclusão e exclusão  

Como critério de inclusão, foram incluídos artigos do período de 2000 a 2021 que incluíssem em seus títulos e resumos assuntos referentes ao tema deste trabalho;  apenas foram aceitos os artigos/livros que antecedessem esse período, caso se  tratassem de material de grande relevância ao assunto. 

Como critério de exclusão, foram eliminados estudos que antecedessem o  período selecionado ou que não possuíssem conteúdo condizente com o tema  proposto para este trabalho.  

3.5 Análise e interpretação dos resultados  

Os artigos foram classificados e os resultados encontrados foram  posteriormente sintetizados, considerando a similaridade de conteúdo. Foram  realizadas análises dos estudos selecionados, obtendo como base a questão  norteadora da referida revisão bibliográfica. 

Buscou-se estabelecer ideias semelhantes e diferentes entre os estudos para  auxiliar na produção e desenvolvimento do trabalho. 

3.6 Aspectos Éticos 

Houve o comprometimento de citar os respectivos autores dos estudos  respeitando a Norma Brasileira Regulamentadora 6023, na qual dispõe sobre os  elementos a serem incluídos e orienta a compilação e produção de citações e  referências.  

Os dados coletados foram utilizados exclusivamente para finalidades  científicas. 

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 

Para a produção da referida revisão bibliográfica, foram utilizados 46 estudos  acerca da temática em questão, havendo 43,5% de artigos científicos, 28,3% de livros  e 28,2% de obras acadêmicas em geral. 

Em vista disso, sabe-se que o desenvolvimento da liderança é frequentemente  discutido no contexto de coaching e consultoria de liderança e é fundamental para o  planejamento de sucessão e para o sucesso organizacional, mas também é  fundamental para a preparação em momentos de crises (JAMES; WOOTEN, 2010).  Existem vários caminhos para desenvolver líderes, mas não existe uma “fórmula 

mágica” com métodos para a formação eficaz de líderes, especialmente, considerando líderes em diferentes organizações ou com diferentes necessidades (PETRO, 2020).

Governos, comunidades e organizações estão em crise e procuram orientação  de seus líderes. O desafio é que nossas visões de mundo da ordem das coisas, o que  pensávamos saber sobre a ordem dos sistemas, está se desintegrando e isso pode  levar a um colapso ou uma ruptura de nossas organizações, entidades e sistemas e  tudo depende de nossos líderes (JAMES; WOOTEN, 2010). De acordo com Williams  et al. (2017), a forma como os líderes respondem à crise pode mudar  permanentemente os fundamentos econômicos, sociais e de saúde de suas  comunidades. Alguns desses líderes enfrentarão o desafio, enquanto outros  desaparecerão. Este é o momento para líderes autênticos ajudarem sistemas e  indivíduos a superar limitações e medos e aumentar seu desempenho. 

Para Girboveanu e Pavel (2010), a liderança não pode ser exercida a partir de  um ponto de reação e esperar liderar efetivamente durante a crise. As ações que os  líderes tomam antes das crises podem ter implicações consideráveis e ser muito  influentes para permitir que trafeguem eficazmente pela organização em meio às  crises quando elas ocorrem.  

No que se refere ao cenário atual, a pandemia da COVID-19 mudou  completamente a vida de todos. Pois, para desacelerar a transmissão do vírus,  tentando “achatar a curva” e evitar colapsar o sistema de saúde, muitos países  adotaram uma abordagem abrangente, impondo limitações restritivas ao movimento  de pessoas. Todavia, ao fechar locais de trabalho e encerrar atividades de  manufatura, limitar a mobilidade em locais públicos, fechar lojas não essenciais,  fechar escolas, fechar fronteiras e limitar o tráfego (aéreo, rodoviário e marítimo), esta  política efetivamente encerrou a economia e as atividades sociais. Isso tem um alto custo  social e econômico, principalmente em países com capacidade inadequada para  absorver “bloqueios” nacionais sustentados, especialmente em economias  emergentes e em desenvolvimento (PETRO, 2020). 

Com isso, os líderes precisaram mais do que nunca aprimorar e aplicar as suas  características de liderança para melhorar e sustentar a nova forma de trabalho ao  longo da situação “normal”. Conforme afirma Goleman (2015), às competências  essenciais de um bom líder é a inteligência emocional, a habilidade do  autoconhecimento, de escutar o colaborador, da autogestão, da empatia e da  habilidade social. São características importantes para o cenário atual, principalmente,  por se tratar, muitas vezes, de pessoas que perderam pessoas próximas, que não tinham com quem deixar os filhos, devido às escolas estarem fechadas, por não  apresentarem tanta aptidão com o aporte tecnológico, dentre outros fatores. Nesse contexto, o Home Office, sem dúvida, ganha bastante destaque, pois  além de se apresentar como sendo um grande desafio ao líder, em conseguir  organizar, administrar, liderar a equipe de forma remota, também o é para os  colaboradores, tendo em vista as dificuldades enfrentadas no ambiente doméstico,  por exemplo (de Melo et al., 2020). Para Santos et al. (2020), a mudança no local de  trabalho retrata um dos cenários mais desafiadores para um profissional, visto que  não é apenas o ambiente, mas também as instalações, os equipamentos e a  tecnologia mudam de maneira abrupta, tudo para manter a produtividade, cumprindo  os protocolos de distanciamento estabelecidos. 

É fato que para um líder, o trabalho presencial é mais favorável, porque facilita  uma maior motivação, monitoramento, interação, engajamento, acompanhamento da  sua equipe. Por outro lado, nesse contexto de Home Office, os líderes precisarão  executar tais funções, verificar as necessidades dos colaboradores, oferecer suporte,  conseguir resolver os problemas, na maioria das vezes, à distância e de maneira  virtual (SANTOS; MIRANDA; MONTI-JUNIOR, 2020). 

Não somente, para Larson, Vroman e Makarius (2020), os autores afirmam que  outro desafio enfrentado pelos líderes no cenário atual é referente à comunicação. O  líder precisa detectar a melhor forma de se comunicar com os colaboradores, o melhor  horário, o melhor meio, as melhores informações, a forma como essas informações  serão passadas, como também, observar se está sendo claro, objetivo para que os  resultados sejam alcançados. Já que toda a relação está sendo à distância e, no  mundo virtual, a interpretação textual fica à cargo de quem está recebendo a  mensagem. 

É importante que os colaboradores recebam treinamento acerca do uso das  ferramentas das plataformas digitais para reuniões, conferências, dentre outros. O  líder deve estar disponível para identificar e sanar todas essas dúvidas, para que  nenhuma tarefa fique pendente e interfira nos resultados da empresa. Por isso, a  comunicação, mesmo que virtual, é muito importante, podendo ser em equipe ou  individualmente, regulares ou previsíveis, desde que os funcionários se sintam  confortáveis e saibam que podem consultar o seu gestor/líder para que suas  considerações e dúvidas sejam ouvidas (LARSON; VROMAN; MAKARIUS, 2020).

Para de Melo Filho (2018), o trabalho remoto exige que o líder mantenha os  colaboradores motivados, assim como no trabalho presencial, por isso, é necessário  a criação de métodos e estratégias diferentes das utilizadas tradicionalmente, para  que aumentar o desempenho, a confiança e, consequentemente, os resultados  positivos. Haja vista que, o ser humano sente a necessidade de se sentir importante  quando estão executando determinadas tarefas que lhes foram confiadas. Necessitam  que no ambiente de trabalho, seus superiores compreendam e reconheçam os  esforços gerados. Esse reconhecimento gera sentimento de motivações, coragem,  integridade e força de vontade entre a equipe (SILVERSTEIN, 2013). 

Quando uma equipe está motivada, quando ocorre o reconhecimento dos  esforços realizados, estes se sentem parte da organização, da equipe, sentem vontade  de participar constantemente das tarefas da empresa (CARNEGIE, 2015). 

Além disso, é importante que o líder compreenda que o ambiente de trabalho,  a carga horária, as condições pelas quais o colaborador está submetido não são as  mesmas. Muitas vezes estão trabalhando ainda mais, passando por dificuldades,  envolvendo questões pessoais com profissionais, já que estão no meio pessoal  (ambiente doméstico), o que demanda um cuidado maior. Como afirmam Larson,  Vroman e Makaius (2020), os autores destacam que com essa nova realidade, os  gestores precisam ouvir os colaboradores, apresentar mais empatia, entender as  dificuldades de cada um e traçar estratégias e alternativas para melhorar o trabalho. 

Dessa maneira, onde os líderes organizacionais em seu ambiente de rotina se  concentram em promover a inovação, impulsionar as receitas corporativas, manter  orçamentos e ganhar participações de mercado, o ambiente da COVID-19 de hoje  forçou transições de foco em questões de comportamentos, escassez de equipe,  desafios operacionais e manter a liquidez, exemplificando apenas o tipo de diferenças  de desafios de liderança que as crises trazem (NICHOLS et al., 2020). 

Para Naudé e Vinuesa (2020), embora a liderança em ambientes altamente  incertos, complexos e muitas vezes caóticos, ricos em situações e necessidades que  mudam rapidamente, como a experiência atual com a COVID-19, seja sem  precedentes para muitos executivos, gerentes e líderes organizacionais, isso não  significa não seja possível superar os obstáculos, capacitando os líderes e sua equipe, a estarem preparados e até proativos para uma efetiva reativação.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Este artigo discutiu aspectos relacionados ao papel do líder nas organizações  mediante às mudanças no cenário atual, devido a pandemia da COVID-19. Visto que,  foi um vírus que se espalhou rapidamente pelo mundo no final do ano de 2019 e que  gera uma crise não apenas na saúde, mas a nível econômico e social. 

Pode-se observar que o trabalho dos líderes organizacionais durante a  pandemia é ser capaz de se adaptar e reinventar diante de um cenário de crise,  caótico e que mudou de maneira brusca a vida de todos. Foi possível perceber que  na literatura, muito se abordou sobre motivação, organização, saber ouvir os  colaboradores, reuniões, comunicação e outros fatores importantes para uma boa  relação entre líder e trabalhador, a fim de que o processo de produção do serviço seja  realizado da melhor maneira possível e os resultados sejam satisfatórios. 

Além disso, a tecnologia está sendo a grande aliada, o “Era Virtual” está cada  vez mais presente, forçando o aperfeiçoamento, a utilização de plataformas digitais,  redes sociais, equipamentos tecnológicos, linguagem digital, modernização, dentre  outros. Mudanças essas que o líder/gestor precisa saber lidar e ajudar o colaborador  para qualquer demanda que surgir, com o objetivo de que a empresa se mantenha e  consiga superar a crise que a pandemia da COVID-19 está causando no mundo  inteiro.

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1 Psicólogo. Discente do curso de Pós-graduação em Liderança e Coaching da Estácio de Sá. E-mail:  L.luizantonio@hotmail.com;
2 Mestre. Docente e coordenador do curso de Pós-graduação em Liderança e Coaching na Estácio de  Sá.