A IMPORTÂNCIA DA INTRODUÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA PARA OS ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA DE MANAUS: UM ESTUDO DE CASO

THE IMPORTANCE OF INTRODUCING FINANCIAL MANAGEMENT FOR THIRD YEAR HIGH SCHOOL STUDENTS AT A SCHOOL IN MANAUS: A CASE STUDY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7794803


Elizângela Caetano de Barros
Felipe Mateus Bastos de Souza
Raquel Costa Amaro
José Carlos Alves Roberto


RESUMO

A importância da educação financeira na escola reside no fato de demonstrar aos jovens a sua importância no cotidiano e quais as melhores formas de se fazer tal situação, entretanto, é um desafio que precisa ser superado. Desta forma o objetivo deste estudo é identificar o nível de conhecimento de gestão financeira dos alunos do terceiro ano do ensino médio em uma escola de Manaus. Para isto, utilizou-se uma pesquisa qualitativa-quantitativa do tipo estudo de caso. O estudo demonstrou que a qualidade no entendimento de gestão financeira dos alunos do terceiro ano é muito baixa, ao mesmo vale ressaltar que as questões socioeconômicas interferem bastante nas questões financeiras, haja vista que, o jovem além de lhe dar com sua própria questão financeira precisa lidar inicialmente com questões familiares. Conclui-se então, que a gestão financeira é uma metodologia que precisa ser implementada no ambiente escolar, principalmente nos anos finais do ensino médio, haja vista que estes alunos, estão a um passo para começar a viver a vida em sociedade.

Palavras-chave: Gestão Financeira; Educação; Tomada de decisão.

ABSTRACT

The importance of financial education at school lies in the fact that it demonstrates to young people its importance in everyday life and what are the best ways to deal with this situation, however, it is a challenge that needs to be overcome. In this way, the objective of this study is to identify the level of knowledge of financial management of students in the third year of high school in a school in Manaus. For this, a qualitative-quantitative research of the case study type was used. The study showed that the quality of the third year students’ understanding of financial management is very low, at the same time it is worth noting that socioeconomic issues greatly interfere with financial issues, given that, in addition to dealing with their own financial issues, young people need to give you initially with family issues. It is concluded, then, that financial management is a methodology that needs to be implemented in the school environment, especially in the final years of high school, given that these students are one step away from starting to live life in society.

Keywords: Financial Management; Education; decision-making.

1. INTRODUÇÃO

A educação financeira é um dos aprendizados básicos que devemos ter desde a infância ou juventude, pois esse conhecimento determina práticas e hábitos como poupar, controlar gastos e endividamento na vida adulta (Rosa & Moraes, 2023).

A educação financeira é fundamental na vida de qualquer pessoa, pois permite conhecer as vantagens e os riscos do dinheiro em benefício de nossa saúde financeira e econômica, mas infelizmente ainda não é considerada uma questão prioritária no meio familiar e social (Araújo et al., 2021).

Os jovens são, ou serão em breve, usuários de serviços financeiros; papel que podem assumir com maior responsabilidade e confiança através da aquisição de conhecimentos financeiros. O Saber Más, Ser Más fala sobre as vantagens que a Educação Financeira traz para sua vida futura (Carraro & Merola, 2018).

A educação financeira permite aos jovens aprender como fazer um orçamento para alcançar a estabilidade econômica, como atingir o objetivo de poupar, as vantagens e riscos do setor financeiro e como se proteger de fraudes. Ou seja, ter uma melhor educação financeira significa que num futuro próximo poderemos ter mais poupança, saberemos usar o crédito estrategicamente, não ficaremos mais presos a dívidas e poderão não apenas sobreviver, mas ter uma vida melhor (Carvalho & Scholz, 2019).

Os consumidores financeiros devem enfrentar um ambiente financeiro exigente que, desde cedo, exige decisões importantes. Cometer erros nesta fase da vida, como empréstimos estudantis com condições desfavoráveis ou cartões de crédito usados mais para “desejos” do que para emergências, dificultam a capacidade dos jovens de realizar projetos ou poupar, adiando a prosperidade financeira (Ferrari et al., 2018).

De acordo com o National Financial Capability Study, realizado nos Estados Unidos pela Financial Industry Regulatory Authority, a geração dos Millennials, ou seja, os nascidos em 1974 e 1994, apresenta uma série de problemas alarmantes em seu comportamento financeiro, incluindo baixos níveis de educação financeira e alto endividamento, redução da poupança e aumento do uso de financiamentos por meio de mecanismos não regulamentados (Carraro & Merola, 2018).

Este fenómeno pode ser explicado do ponto de vista da   Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, segundo a qual as gerações mais jovens enfrentam uma complexidade crescente nos produtos, serviços e mercados financeiros, pelo que é presumível que corram mais riscos financeiros quando adultos do que seus pais (Carvalho & Scholz, 2019).

Vários fatores contribuem para melhorar esta situação, entre eles a educação financeira, através da qual os jovens adquirem as ferramentas necessárias para melhorar a sua compreensão dos produtos, conceitos e riscos financeiros, desenvolver competências para analisar os riscos e oportunidades financeiras e sobretudo realizar escolhas informadas e tomar medidas para melhorar seu bem-estar financeiro (Carraro & Merola, 2018).

É necessário destacar que a educação financeira não é o mesmo que “alfabetização financeira” e não pode ser simplesmente medida por indicadores como conhecimento demonstrado de termos ou conceitos específicos. A educação financeira abrange vários aspectos do comportamento relacionados a como as pessoas gerenciam seus recursos e como tomam decisões financeiras (incluindo os fatores que consideram e os conjuntos de habilidades que usam). É um conceito multidimensional que requer olhar para o comportamento individual de vários ângulos (Ferrari et al., 2018).

Adolescentes em período escolar e sociedade em geral, independentemente da idade, devem entender que a educação financeira é fundamental para administrar as finanças pessoais. Esse tipo de conhecimento é de grande valia para todos, pois assim toma-se decisões quando se está mais bem informado: como usar o cartão de crédito corretamente, quando uma dívida é boa ou ruim (Rosa & Moraes, 2023).

Oferecer educação financeira para crianças e jovens é um componente importante na transição da infância para a vida adulta e na formação de cidadãos financeiramente responsáveis (Silva et al., 2017).

Para as economias da América Latina, a educação financeira para jovens é uma prioridade, pois tem o potencial de gerar um efeito positivo na desigualdade e na pobreza, bem como no crescimento econômico. Geralmente, considera-se que um aumento de 10% no acesso a serviços financeiros leva a uma redução de 0,6 ponto no coeficiente de desigualdade de Gini, enquanto um aumento de 10% no crédito O setor privado reduz a pobreza em cerca de 3% (Lopes & Junior, 2021).

A familiarização adequada com conceitos econômicos básicos, desde os primórdios escolares, pode ajudar na idade adulta a escolher os produtos e serviços financeiros que melhor atendam às suas próprias necessidades. Em muitos países, tem se aprofundado a conscientização sobre a importância de os jovens em idade escolar passarem por processos de educação financeira, para que isto aconteça implementam programas, workshops, canais de comunicação com o objetivo de promover a cultura da poupança no país (Janisch & Jelinek, 2020).

Tal justificativa se dá devido nos últimos anos, vários organismos nacionais e internacionais têm alertado para a necessidade de melhorar a educação financeira das pessoas, em particular dos jovens, uma vez que as deficiências nesta área podem levar as pessoas a tomarem decisões erradas sobre as suas finanças pessoais, com o consequente risco de perdas patrimoniais, endividamento até a exclusão financeira.

Desta forma o presente estudo tem como objetivo identificar o nível de conhecimento de gestão financeira dos alunos do terceiro ano do ensino médio em uma escola de Manaus. Ao mesmo tempo como objetivos específicos: (1) entender como as características socioeconômicas podem interferir na educação financeira; (2) verificar o nível de entendimento dos alunos do terceiro ano do ensino médio sobre educação financeira; e por fim (3) analisar como os alunos veem a educação financeira aprendida na escola.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1  Educação Financeira

“O dinheiro tem na sua origem o desejo de organização, civilização, conveniência e sobrevivência. Associa-se a importância do dinheiro à aceitação em grupos sociais, ao respeito e ao sucesso” (Silva & Pelini, 2017, p. 242). É assim que  Correa (2018), conecta o consumo à felicidade, destacando o papel do dinheiro na posição social que permite a aquisição de bens materiais e serviços. No entanto, a saúde financeira dos consumidores está sendo impactada negativamente pela falta de controle nos orçamentos familiares devido a fatores como falta de informação e falta de planejamento financeiro.

Por isso, a dívida familiar tornou-se uma grande fonte de preocupação para a população mundial, governos, instituições financeiras e universidades reconhecem o valor da educação em alfabetização financeira (Torrano, 2022).

Correa (2018), define a educação financeira como “[…] conceitos e ferramentas relacionados à gestão […]”. O bem-estar financeiro de um indivíduo pode ser avaliado com esse conhecimento, fornecendo um ponto de partida para uma gestão mais eficaz do dinheiro (Correa, 2018).

Ainda assim, Santos (2017), defende que as organizações enfrentam um desafio na área da educação financeira quando se trata de sensibilizar os jovens. Isso porque os jovens desempenham um papel significativo na sociedade, disseminando tendências e influenciando novos comportamentos e consumos padrões. No entanto, é importante compreender como esse público lida com seu orçamento e como ele se relaciona com a gestão financeira pessoal. Ainda considerando esse ângulo, a pesquisa do CNDL (2018) constatou que apenas 3% dos jovens brasileiros não praticam nenhuma forma de controle financeiro sistemático. Para alcançar resultados ainda melhores, habilidades e atitudes fundamentais como

[…] (i) compreender como funcionam os mercados e como as taxas de juros afetam a vida financeira dos cidadãos (prós e contras); (ii) consumir de forma consciente e evitar o consumo compulsivo; (iii) saber lidar com os recursos disponíveis e as oportunidades de financiamento , usar o crédito com sabedoria e evitar o endividamento excessivo; (iv) entender a importância e as vantagens de planejar e monitorar os orçamentos pessoais e domésticos; (v) entender que a poupança é um bom evento de risco; e, finalmente, (vi) manter uma boa situação de gestão financeira pessoal  (Banco Central do Brasil, 2013)

2.2 Gestão de finanças pessoais

A gestão financeira pessoal sempre apresentou um desafio significativo para os seres humanos. No entanto, isso pode se tornar mais desafiador devido ao volume e variedade de tarefas que devem ser concluídas diariamente. O treinamento em alfabetização financeira é crucial para manter as finanças pessoais sob controle.

A alfabetização financeira é mais do que aprender a somar e subtrair; é também aprender a planejar o futuro, tomar medidas preventivas e alcançar objetivos pessoais e coletivos. O trabalho deve começar nos primeiros anos de escolarização porque é nesse cenário que lançamos as bases para o resto de nossas vidas (Educação, 2019).

No conjunto do grupo familiar, este procedimento representa garantia de qualidade de vida. As pessoas que administram suas finanças pessoais precisam compreender três pontos relevantes para se manter equilibrado: orçamento, poupança e crédito. Mas existe uma ilusão cognitiva que compele o sujeito a repetir erros sistemáticos. Por excesso de confiança, certezas, por aversão às perdas e por fantasiar suas habilidades e possibilidades, as pessoas abandonam o processo de decisão racional e abrem lugar na mente para “reinar” elementos característicos do ser humano: crenças no conhecimento; desacreditar no improvável; acreditar no certo e simplificar as escolhas. (Silva & Pelini, 2017, pag.248)

No entanto, administrar o orçamento pessoal ainda não é um hábito para muitos brasileiros. É de conhecimento geral que em um mundo perfeito, ao final de cada mês, deve-se cumprir todas as suas obrigações financeiras e, se possível, reservar algum dinheiro para investimento, pelo menos uma parcela dos lucros destinada a metas futuras (CNDL, 2018). No entanto, apenas 25% dos entrevistados brasileiros realmente o fazem, destacando a necessidade de maior alfabetização financeira.

2.3 A importância da gestão financeira na adolescência

Ninguém, de qualquer idade, pode se dar ao luxo de ignorar a importância de aprender sobre gerenciamento de dinheiro. No entanto, se este tema é difícil na idade adulta, torna-se ainda mais difícil para os jovens. Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil constatou que quase metade dos jovens adultos (18 a 25 anos) admitiu não ter qualquer tipo de disciplina financeira, 8,6 milhões de jovens estão desempregados no país. As razões para a má gestão financeira vão desde a indecisão (19%) à procrastinação (18%) à falta de hábitos ou disciplina (18%) à falta de rendimentos (16%) (Senac, 2021)

Legalmente, a educação financeira deve ser incluída na rede de educação básica, mas, na prática, essa disciplina não consta na grade curricular da grande maioria das escolas. Os jovens precisam ser ensinados, tanto em casa quanto na escola, a tomar decisões cuidadosas e responsáveis sobre seus hábitos de consumo e seu futuro. O objetivo da educação financeira é ajudar as pessoas a administrar seu dinheiro e planejar o futuro, além de conscientizar sobre fraudes e incentivar gastos responsáveis (Elos, 2021).

Segundo Torrano (2022), além de ajudar os jovens a cuidar melhor do dinheiro desde cedo, a educação financeira na juventude também os deixa mais preparados para passar esse conhecimento para a próxima geração, impactando o futuro das famílias como um todo. Alguns dos benefícios mais proeminentes da educação financeira dos jovens incluem melhor regulação emocional, disciplina, organização, planejamento, autoconsciência, habilidades de gerenciamento financeiro, responsabilidade social, autonomia e independência e pensamento analítico.

Matos (2019), afirma que aprender sobre Educação Financeira é benéfico para todos, independentemente da idade. Além disso, esse conhecimento ajudará as crianças a entender a relação entre esforço e recompensa desde cedo. Eles também aprenderão como controlar seus gastos e planejar com responsabilidade e disciplina. Além disso, é essencial que os jovens tenham as informações corretas para evitar dívidas e frustrações econômicas à medida que aumenta a porcentagem de trabalhadores autônomos, o banco móvel se torna mais popular e o mercado de serviços financeiros se expande.

2.4 Educação financeira nas escolas

O Ministério da Educação (MEC) determinou que a educação financeira seja ministrada nas escolas a partir de 2020. Desde então, as instituições de ensino devem seguir as recomendações atualizadas da Estrutura Curricular Nacional (BNCC). No entanto, a decisão do MEC não torna a alfabetização financeira uma disciplina obrigatória, mas sim um tema a ser desenvolvido dentro da área de matemática. A primeira vez que o vi, fiquei em estado de choque.

A BNCC acredita que a educação econômica e financeira deve fazer parte da educação básica de todos os alunos. Além disso, custo de vida, inflação, bolsa de valores, lucratividade, investimentos e impostos. Alunos do ensino médio aprendem temas mais complexos, como os sistemas monetários nacional e internacional (Júnior et al., 2021).

Um dos temas que tem sido bastante discutido é a necessidade de educação financeira nas escolas. A taxa de inadimplência do Brasil foi de 63,1% em 2021, segundo informações da Serasa. Como resultado, o número de pessoas em situação de rua aumentou durante a pandemia de Covid-19. Segundo levantamento também realizado pela Serasa, em colaboração com a Opinion Box, quase 40% dos cidadãos tiveram queda de renda durante a pandemia. A primeira vez que a vi, eu estava no hospital e em coma. Fiquei muito tempo em coma e muito tempo no hospital. (FERREIRA, 2022)

Ferreira (2022), ainda acredita que esse é mais um exemplo da falta geral de educação financeira do público brasileiro. Com isso, a educação financeira é fundamental como campo de estudo nas escolas, pois as pessoas carecem desse conhecimento, devido ao grande número de pessoas que não pagam suas contas no Brasil.

Alguns professores de escolas públicas de São Paulo acreditam que uma abordagem diferente e aprimoramento curricular são necessários. Somente quando as pessoas (aqueles que recebem educação) tiverem acesso a dados substanciais sobre seu próprio desenvolvimento financeiro e seu próprio envolvimento como cidadãos ativos, o país como um todo poderá se beneficiar; qualquer indivíduo pode ter um impacto significativo na economia de seu país, dependendo de quão bem ele esteja preparado para isso. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de milho, o segundo maior produtor de soja e o terceiro maior produtor de trigo (MOREIRA, 2019).

A ideia é que os professores do ensino fundamental e médio possam ter aulas online e utilizar esse conhecimento com seus alunos, isso promoveria a prática de planejamento, prevenção, poupança, investimento e consumo consciente. (OLIVEIRA, 2021)

Os alunos aprendem os fundamentos da gestão do dinheiro nas aulas de finanças, incluindo orçamento, poupança, empréstimos, juros, investimentos, impostos e muito mais. Essas informações fornecem uma base sobre a qual os alunos podem construir bons hábitos de gerenciamento de dinheiro e evitar muitas das armadilhas que podem enfrentar ao longo de suas vidas. Aspectos práticos das finanças pessoais, como gerenciamento de dívidas, estratégias eficazes de investimento e o valor da moeda ao longo das eras, também estão incluídos na educação financeira (Piaia & Bernardi, 2020). O bem-estar financeiro de uma pessoa pode sofrer se ela for incapaz de tomar decisões informadas devido à falta de alfabetização financeira. 

Ainda segundo Piaia & Bernardi (2020), as principais medidas também incluem iniciativas para aumentar a alfabetização financeira, como:

• Aprendendo a fazer um orçamento;

• A capacidade de manter os gastos sob controle;

• Estratégias para o pagamento da dívida são algo para aprender;

• Planejamento de aposentadoria eficaz

3. METODOLOGIA

3.1 Tipo de pesquisa:

Dentro da abordagem qualitativa-quantitativa, do tipo estudo de caso, está o desenvolvimento da pesquisa. Para isso, a aplicação da pesquisa foi realizada em uma escola estadual de Manaus, Amazonas. Também para efeitos de investigação, optou-se por considerar alunos e alunas com um nível de igualdade equivalente.

A pesquisa empírica centrou-se no nível de educação financeira de jovens do ensino médio que estão matriculados no terceiro ano, oferecidas em uma escola estadual em Manaus/AM.

3.2 População de Amostra:

A população de estudo trata de 120 alunos que estão no terceiro ano do ensino médio que estudam em turmas matutinas.

Tabela 1: Seleção dos alunos do ensino Médio 

Fonte 1: Dados extraídos da escola e elaborados pelo autor (2023).

 Seguindo um desenho probabilístico, uma amostra representativa foi definida. Os participantes da pesquisa foram escolhidos aleatoriamente considerando-os parte da amostra representativa, pois todos estão diretamente relacionados ao trabalho que está sendo realizado (informantes-chave, do ponto de vista metodológico).

A seguir apresentamos uma síntese que esperamos nos permita compreender o problema da educação financeira nesta população do ponto de vista dos alunos. Para obter bons resultados na pesquisa sobre este amplo assunto, optou-se por uma abordagem quantitativa, para obter resultados mensuráveis usando a técnica de amostragem não probabilística.

4. RESULTADOS

Foram inquiridos 120 estudantes do terceiro ano do ensino médio, cujos tiveram que responder perguntas relacionadas às questões de gestão financeira. Os resultados são os seguintes:

4.1 Características socioeconômicas dos alunos

• Dos 120 entrevistados, 53,8% são homens e 46,2% são mulheres.

• As idades estão distribuídas da seguinte forma: entre 17 anos (41%) e 18 anos (59%)

• Quanto à origem, 79,8% é de Manaus, 20,2% do interior.

• O estado civil dos inquiridos é o seguinte: casado (9%), solteiro (90,5%).

• Dos que têm filhos, 4,3% têm filhos e 95,7% não 

• Vivem na zona sul (16,5%), na zona norte (42%), na zona leste (11,8%), na zona oeste (16,5%) e na zona centro (13,3%).

• 77,5% vivem com os pais, 13,8% com familiares, 0,5% com amigos, apenas 5,5% e 2,8% com companheiro.

• 37,8% dos alunos inquiridos têm, para além dos estudos, uma ocupação complementar; por outro lado, 62,2% dos alunos indicam que além de estudar não exercem nenhuma ocupação.

• 82,5% têm apoio financeiro dos pais e 17,5% têm apoio financeiro dos familiares.

• A faixa em que se encontra sua renda mensal é a seguinte: mais de R$ 2.500 – (9,3%), entre R$ 2.000 e R$ 2.500 (5%), entre R$ 1.500 e R$ 2.000 (11,8%), entre R$ 1.000 e R$

1.500 (15,3%), entre R$ 500 e R$ 1.000.- (58,8%).

A população de alunos estudada pode claramente ser classificada como “classe média” ou domicílios pertencentes a segmentos populacionais de renda média. As questões socioeconômicas afetam consideravelmente as famílias de menor renda, principalmente os jovens homens. Piaia & Bernardi (2020), dizem que a má gestão do nosso dinheiro leva a uma vida cheia de renúncias, à criação e acumulação de dívidas essenciais para a grande maioria da população, sacrifícios a nível individual que levam a poucos resultados.

Lopes & Junior (2021), concordam que a educação financeira desde sua origem teve como objetivo a inclusão. Um dos principais objetivos do movimento de educação financeira é reduzir o hiato socioeconômico, o que, naturalmente, é voltado para a melhoria das condições financeiras dos pobres.

Carvalho & Scholz (2019), afirma que a educação financeira ajuda as pessoas a tomar melhores decisões financeiras. É claro que as melhores decisões financeiras beneficiam tanto quem tem muito dinheiro quanto quem tem pouco. A educação financeira beneficiará qualquer pessoa que lide com dinheiro em qualquer nível. Pode não ser a coisa mais importante para quem não consegue pagar as contas, pois não vê nenhum benefício nisso no momento.

Nascimento (2020), reforça que a área socioeconômica é uma área em que a educação financeira mais pode ajudar. A educação financeira pode não resolver todos os problemas dos mais vulneráveis, mas pode mostrar-lhes se estão fazendo o melhor que podem com o que têm e, caso contrário, onde podem ser feitas pequenas melhorias. Estresse e ansiedade não são amigos de boas decisões. Estresse e ansiedade levam ao pensamento de curto prazo e, consequentemente, a decisões baseadas em resultados de curto prazo.

4.2 Nível de educação financeira dos alunos

•  73,3% consideram que ter conhecimentos sobre finanças, no seu sentido lato, é muito necessário; 26,5% consideram que este conhecimento é “necessário” e apenas 0,2% considera que não é necessário.

•  31,5% consideram que o conhecimento da família sobre finanças é alto (31,5%), que o conhecimento da família sobre finanças é médio (64,3%) e baixo (4,3%).

•  4,3% consideram que o conhecimento dos seus amigos sobre finanças é “Alto”, 68,3% indicam que o conhecimento dos seus amigos neste tema é “Médio” e 27,5% indicam que este conhecimento da população indicada é “Baixo”.

•  9,8% dos inquiridos afirmam que o seu conhecimento pessoal sobre finanças é “Alto”, 78,2% indicam que o seu conhecimento pessoal sobre assuntos financeiros é “Médio” e 12,0% indicam que este conhecimento é “baixo”.

•  Se ter conhecimentos e habilidades financeiras pode proporcionar bem-estar, segurança e boa qualidade de vida: 71% dos inquiridos responderam que “Sim”, 27,3% responderam que “É provável”, 1,5% indicaram que “Não é certo”, enquanto 0,3% “Não”.

•  Em relação a saber se os alunos sabem com certeza quais instituições compõem o Sistema Financeiro Brasileiro, as respostas foram as seguintes: 32,5% responderam “Sim”, 67,5% responderam “Não”.

•  Quando perguntados, você sabe quais produtos e serviços financeiros os bancos oferecem atualmente, as respostas foram “Sim, totalmente” para 10,8%, “Sim, parcialmente” para 75,0% e “Não” para 14,3%.

•  Em relação à pergunta, você conhece as características de funcionamento? Obtiveram-se as seguintes respostas: 12,5% indicaram que “Sim, totalmente”, 49,5% indicaram que “Sim, parcialmente”, enquanto 38,0% indicaram “Não”.

•  Em relação à pergunta, você conhece as características da Lei de Previdência? Obtiveram se as seguintes respostas: 6,8% indicaram que “Sim, totalmente”, 45,8% indicaram “Sim, parcialmente”, enquanto 47,5% indicaram “Não “.

•  Quanto ao conhecimento do conceito de Crédito, 58,0% responderam “Sim, totalmente”, 36,5% responderam “Sim, parcialmente”, enquanto 5,5% declararam não saber.

•  Em relação ao conhecimento do conceito de Seguros, 3,5% responderam “Sim, totalmente”, 39,8% responderam “Sim, parcialmente”, enquanto 56,8% afirmaram não conhecer o conceito.

•  72,3% afirmaram conhecer o conceito de Dívida respondendo “Sim, totalmente”, 24,8% indicaram conhecer esse conceito indicando “Sim, parcialmente”, enquanto 3,0% afirmaram não conhecer o referido conceito.

•  Quanto ao conhecimento do conceito de Fluxo de Caixa, 24,3% responderam “Sim, totalmente”, 40,0% responderam “Sim, parcialmente”, enquanto 35,8% afirmaram não conhecer o conceito.

•  Quanto ao conhecimento sobre a atual orientação e atuação da Política Monetária no Brasil, as respostas foram as seguintes: “Sim, totalmente” 3,0%, “Sim, parcialmente” 37,3% e “Não” 59,8%.

•  Em relação à pergunta, qual você acha que seria a melhor forma de aumentar sua educação financeira? Obtiveram-se as seguintes respostas: “Ao ensino médio” (65,5%), a “universidade” (15,3%), alguma “instituição financeira bancária” (19,3%)

Como se pode observar, apesar de a própria percepção da população pesquisada ser de que seu conhecimento sobre questões financeiras é “mediano”, quando acessam respostas sobre conhecimentos específicos, observa-se que o conhecimento dessa população é definitivamente limitado e pode-se dizer que é baixo.

Rosa & Moraes (2023), explica que o déficit de educação financeira é considerado um dos fatores que tem agravado os efeitos da crise financeira internacional, embora não se possa dizer que tenha sido monopólio do cidadão comum. A isto acresce a crescente expansão e complexidade da oferta de produtos financeiros, que por vezes coloca o utilizador numa posição de vulnerabilidade, quando os jovens têm uma boa educação financeira tendem a poupar, a tomar melhores decisões, a baixar os níveis de endividamento e, consequentemente, a um padrão de vida melhor, por isso em sua formação educacional básica devem ter esse alicerce, pois mais tarde estarão em um mundo globalizado e eles têm que estar preparados para lidar com isso 

Carraro & Merola  (2018), afirma que os jovens serão mais tarde utilizadores de serviços financeiros, por isso têm que saber como estes funcionam, muitas vezes cometem-se erros que com os jovens são de pouca importância, mas, no entanto, trata-se do consumo de coisas sem importância que não permite ao jovem para pensar em salvar ou iniciar um projeto de negócios.

Vernizzi, Alves & Santana (2020), explicam que os jovens devem saber distinguir entre bens e obrigações, bem como os diferentes tipos de consequências pelo desconhecimento dessa informação, e cujo objetivo essencial é ser útil ao usuário em geral na tomada de decisões econômicas. 

Janisch & Jelinek (2020), afirma que quando os jovens começam a receber algum tipo de renda devem saber aproveitá-la e usá-la para o que precisam e poupar para necessidades posteriores, por isso precisam saber quais são as obrigações e se responsabilizar pela administração do dinheiro obtido e também saber gerir uma conta bancária e ser gente que depois produza e tenha as competências necessárias para trazer melhorias ao país.

4.3 Finanças Comportamentais

• Em relação à questão, considera que o seu sexo, estado civil, idade e nível de escolaridade afetam as suas decisões financeiras? as respostas obtidas são as seguintes: “Sim” 63,8% e “Não” 36,3%.

• Relativamente à questão, considera que as suas emoções influenciam as suas decisões financeiras? As respostas indicam que 69,0% indicam “Sim” e os restantes 31,0% indicam “Não”.

• 42,8% afirmam que a maioria das pessoas toma decisões financeiras de forma “racional”, enquanto 57,2% indica que a maioria das pessoas toma decisões financeiras de forma “irracional”.

• 66,3% quando perguntados, você considera que sua condição social e econômica afeta suas decisões financeiras? responderam “Sim”, enquanto 33,8% responderam “Não”.

• Em relação à pergunta: Os aspectos psicológicos de uma pessoa antes de tomar uma decisão financeira são algo…? “Muito importante” (33,8%), “Importante” (56,0%), “Pouco importante” (9,8%) e “Nada importante” (0,5%).

• Em relação à pergunta: Os aspectos sociais de uma pessoa antes de tomar uma decisão financeira são algo…? “Muito importante” (25,3%), “Importante” (53,3%), “Pouco importante” (19,3%) e “Nada importante” (2,3%).

Rosa & Moraes (2023), afirma que a educação financeira daria ao aluno uma combinação de conhecimentos, habilidades e comportamentos que podem ser transferidos e até contribuídos para outras disciplinas, como a matemática. Exercícios matemáticos com dinheiro e orçamentos podem, por exemplo, motivar mais os alunos porque eles veem uma aplicação real para suas vidas. Se fizesse parte do currículo escolar, crianças e jovens estariam desenvolvendo hábitos em uma fase que poderia significar mudanças comportamentais de longo prazo para toda a sociedade.

Lopes & Junior (2021), confirma que ensinar finanças na escola estimula os alunos a conversarem mais com os pais sobre as decisões financeiras domésticas e reduziria o percentual de gastos desnecessários, aumentando seu orçamento para poupança, contingências e outros itens que podem impactar positivamente suas vidas, como o investimento em educação, uma casa ou em um negócio.

Silva et al. (2017), afirma que ao longo prazo, ter um conhecimento básico de finanças também pode ser um fator influente na vida social, na cultura política e, claro, nas decisões econômicas. À medida que envelhecemos, nossos desafios financeiros aumentam, especialmente porque as finanças estão presentes na maioria das atividades de nossas vidas.

Carvalho & Scholz (2019) diz que o consumo é fundamental para a economia, pois gera uma dinâmica saudável de demanda que promove a atividade econômica, o que é bom para gerar riqueza e oportunidades de trabalho para todos. Mas também é verdade que para o país e para o setor financeiro é fundamental que os níveis de consumo sejam sempre sustentáveis, algo que se consegue quando há responsabilidade, consciência e competências comportamentais na tomada de decisão por parte dos consumidores. Uma população educada financeiramente é a base de uma economia saudável e resiliente, com equilíbrio adequado entre consumo, dívida sustentável e produtiva.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A principal conclusão que a pesquisa se relaciona com o primeiro objetivo específico é que ele indica que a educação financeira abrange um amplo contexto de questões que são importantes. Os temas que o aluno precisa conhecer estão diretamente relacionados ao contexto socioeconômico em que você interage e envolve aprender desde noções básicas de conceitos financeiros até o desenvolvimento de habilidades e atitudes que o guiarão na gestão eficiente de suas finanças pessoais. 

A incorporação do conhecimento financeiro no ensino escolar tem implicações importantes em praticamente todas as fases da vida. A exploração do nível de educação financeira, principalmente em populações jovens nas escolas denotam comportamentos financeiros inadequados, em muitos casos os alunos apresentarão esse nível o mais baixo possível

 Uma de suas principais conclusões de suas instituições é que o nível de conhecimento financeiro entre jovens do terceiro ano da escola ainda tem um longo caminho a percorrer. Felizmente, uma alta porcentagem de jovens afirmou estar interessada em aumentar seus conhecimentos financeiros. Desta forma, as instituições de ensino precisam considerar dotar com seus alunos metodologias e habilidades necessárias para ensinar os alunos a tomar decisões financeiras inteligentes no dia a dia. No entanto, a grande maioria entende que é fundamental contribuir para sua educação financeira e promover seu uso responsável.

Após a pesquisa dos 120 estudantes do terceiro ano do ensino médio, pode-se observar que o tema ainda é algo que não é tão presente no ambiente escolar e que precisa de mais incentivo.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Araújo, A.P. et al. (2021). Os Efeitos do Gênero, da Educação Financeira e da Interação Social nas Escolhas do Investidor Brasileiro. Revista de Administração da Unimep, v. 19, n. 3, p. 126.

Banco Central do Brasil. (2013). Caderno de Educação Financeira: Gestão de Finanças Pessoais (Conteúdo Básico). Brasília: cidadania financeira.

Carraro, W.b. & Merola, A. (2018). Percepções Adquiridas numa Capacitação em Educação Financeira para Adultos. Revista Gestão & Planejamento, v. 19, n. 1, p. 414-435.

Carvalho, L. A. & Scholz, R.H. (2019). “Se vê o básico do básico, quando a turma rende”: cenário da educação financeira no cotidiano escolar. Revista Brasileira de Gestão e Inovação, v. 6, n. 2, p. 102-125.

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