A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DOCENTE:COMO É VISTO A FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10979275


Geovana Késsia da Silva1
Renata Laís dos Santos Silva2
Suelen Cassia Santos de Menezes3
Taís Carneiro da Rocha Silva4


RESUMO: O presente ensaio aborda a relevância da filosofia no contexto da formação docente, examinando a percepção e abordagem filosófica durante o processo de capacitação de professores. Este trabalho propõe uma análise crítica mediante discussões filosóficas que exploram diversas perspectivas, delineando o papel intrínseco da filosofia na formação do corpo docente. Destaca-se a importância de aprofundar a compreensão dos processos educacionais por meio da reflexão filosófica, visando incitar os educadores a refletirem sobre suas práticas e metodologias.

Palavraschave: Importância, filosofia, perspectivas, formação docente.

ABSTRACT: This essay addresses the relevance of philosophy in the context of teacher training, examining the perception and philosophical approach during the teacher training process. This work proposes a critical analysis through philosophical discussions that explore different perspectives, outlining the intrinsic role of philosophy in the training of teaching staff. The importance of deepening the understanding of educational processes through philosophical reflection is highlighted, aiming to encourage educators to reflect on their practices and methodologies.

Keywords: Importance, philosophy, perspectives, teacher training.

1. INTRODUÇÃO

A emergência da filosofia no século VI a.C., na Grécia, está intimamente ligada à necessidade de proporcionar uma explicação racional para o mundo, fenômenos e eventos. Este marco inaugural é atribuído a Tales de Mileto, considerado o patrono inaugural da filosofia. A designação do título “A Importância da Filosofia na Formação Docente: Uma Análise da Perspectiva Filosófica na Educação de Professores” destaca a relevância que se atribui à sua teorização sobre os processos que permeiam a existência humana e, por extensão, os processos profissionais dos educadores.

A centralidade desta investigação reside na indagação sobre como a filosofia é percebida na formação docente. Os filósofos gregos desenvolveram visões filosóficas acerca da educação, incorporando-as em suas teorias mais abrangentes e conceituais. Sócrates, por exemplo, postulou a necessidade de uma educação que estimulasse o pensamento crítico e discernisse as justificativas subjacentes a crenças, julgamentos e ações humanas. Esse preceito instaurou a ideia de que a educação, por meio da razão, promoveria uma busca explicativa universal.

A disciplina de Filosofia da Educação almeja, portanto, promover reflexões e estreitar a relação do professor com diversas perspectivas em sua prática profissional. Isso envolve explorar os processos inerentes à sua disciplina, identificando as dificuldades enfrentadas e delineando as experiências narradas pelos alunos. Além disso, busca-se compreender de que maneira a filosofia contribui para a formação docente desses indivíduos.

A reflexão filosófica na formação docente não se restringe apenas à transmissão de conhecimentos teóricos sobre filosofia. Ela vai além, buscando instigar nos educadores uma postura crítica diante dos desafios contemporâneos da educação. Ao introduzir conceitos filosóficos como autonomia, ética, justiça e igualdade, os professores são estimulados a repensar suas práticas pedagógicas, considerando não apenas o conteúdo a ser ensinado, mas também o impacto que esse conhecimento pode ter na formação integral dos alunos.

A filosofia na formação docente é um convite à reflexão constante sobre o papel do educador na sociedade. Ela questiona as concepções tradicionais de ensino e aprendizagem, incentivando os professores a buscar novas abordagens que promovam o desenvolvimento integral dos alunos. Além disso, a filosofia oferece um espaço para o diálogo e o debate de ideias, permitindo que os educadores compartilhem experiências e busquem soluções conjuntas para os desafios enfrentados na prática educacional.

Portanto, este estudo se propõe a explorar não apenas a importância da filosofia na formação docente, mas também as formas como ela pode ser incorporada de maneira eficaz no processo de capacitação de professores. Ao analisar a percepção e abordagem filosófica na educação de professores, esperamos contribuir para o aprimoramento das práticas educacionais, capacitando os professores a promover uma educação mais reflexiva, crítica e humanizadora.

Nesse sentido, o ato de filosofar incita uma reflexão sobre o cotidiano humano. Em concordância com o argumento apresentado, Luckesi (1990, p. 22) enfatiza que, por meio da filosofia, os indivíduos tornam-se aptos a questionar, expressar ideias e transmitir conhecimento a outros membros da sociedade.

2. OBJETIVOS

O escopo deste artigo é fornecer uma análise detalhada sobre a relevância da filosofia na formação docente, com especial destaque para as contribuições específicas que a filosofia pode oferecer a esse processo formativo. Além disso, busca-se abordar o desenvolvimento do pensamento filosófico ao longo dessa jornada educacional. A estrutura subsequente deste trabalho visa apresentar de maneira minuciosa os pontos delineados anteriormente.

O propósito central deste estudo é demonstrar de forma sistemática a importância da filosofia no aprimoramento da formação docente, ressaltando suas contribuições tangíveis para o campo educacional. Especificamente, almeja-se uma compreensão aprofundada das maneiras pelas quais a filosofia pode influenciar o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo durante o processo de formação docente. Considera-se crucial explorar a percepção contemporânea dos professores em relação à filosofia, situando-a nos desafios e perspectivas atuais do cenário educacional.

Neste contexto, a filosofia não é apenas uma disciplina acadêmica entre tantas outras, mas sim um pilar fundamental na construção de uma prática educacional sólida e significativa. Ela proporciona aos educadores ferramentas intelectuais e conceituais para enfrentar os desafios complexos do ambiente escolar, incentivando a reflexão crítica sobre questões éticas, morais e epistemológicas.

Ao compreender e internalizar os princípios e métodos da filosofia, os professores são capacitados a promover uma educação mais profunda e abrangente, que vai além da mera transmissão de conteúdos. Eles são capazes de cultivar o pensamento crítico e autônomo em seus alunos, incentivando-os a questionar, analisar e interpretar o mundo ao seu redor de maneira mais reflexiva e informada.

Portanto, este estudo busca não apenas destacar a importância da filosofia na formação docente, mas também oferecer insights e reflexões que possam subsidiar práticas educacionais mais eficazes e significativas que norteia o ato de educar, esclarecendo, simplificando conceitos que sustentam as bases que estão alicerçada em promover o sentido real do que é ser educador e o ato de ser educado. Ao reconhecer o papel central da filosofia na educação, esperamos contribuir para o desenvolvimento de professores mais capacitados e conscientes, capazes de promover uma educação transformadora e verdadeiramente emancipatória.

3. METODOLOGIA

A condução deste estudo adotou como base metodológica uma pesquisa bibliográfica, que se configura como uma abordagem teórico-metodológica amplamente reconhecida na produção científica. A escolha por essa metodologia se justifica pela necessidade de embasar o estudo em fundamentos teóricos consolidados, proporcionando uma base sólida para a compreensão e interpretação dos aspectos relacionados à importância da filosofia na formação docente.

A pesquisa bibliográfica permite a análise e síntese de uma ampla gama de fontes secundárias, como livros, artigos acadêmicos, teses e dissertações, que abordam diretamente ou tangencialmente o tema em questão. Essa abordagem possibilita uma investigação aprofundada das diversas perspectivas teóricas e práticas relacionadas à filosofia na formação de professores, permitindo uma compreensão abrangente e multifacetada do assunto.

Além disso, a revisão bibliográfica contribui para o estabelecimento de um arcabouço teórico robusto, fornecendo os fundamentos necessários para a fundamentação e consistência das análises apresentadas neste trabalho. Ao examinar criticamente as obras relevantes sobre o tema, é possível identificar lacunas no conhecimento existente, levantar questões de pesquisa pertinentes e propor novas abordagens para o estudo da relação entre filosofia e formação docente.

Por meio da análise cuidadosa e sistemática da literatura especializada, busca-se não apenas compreender o estado atual do conhecimento sobre o assunto, mas também contribuir para o avanço do campo, oferecendo insights e reflexões que possam subsidiar futuras investigações. Dessa forma, a pesquisa bibliográfica desempenha um papel fundamental no processo de produção de conhecimento científico, fornecendo uma base sólida e confiável para a análise e interpretação dos resultados obtidos.

4. RESULTADOS DAS DISCUSSÕES.  

O ato de filosofar está focado na reflexão, é uma adaptação natural de certos conceitos  que as pessoas fazem de si mesmo, do próximo e do mundo na tentativa de compreender os problemas, levantar hipóteses, oferecendo sempre uma oportunidade de se pensar em cima do que já foi pensado . Conforme Chauí (2010, p.21), “a primeira resposta para a pergunta ‘O que é filosofia?’ poderia ser: a decisão de não aceitar como naturais, óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido”.

Deste modo, o grande papel da filosofia na educação, é em primeiro lugar, promover e ao mesmo tempo estimular os alunos ao aprendizado. Para Paulo Freire, existem saberes necessários à prática educativa, para se alcançar  sucesso no ato de ensinar, os quais exibiremos a seguir:

1- Ensinar exige rigorosidade metódica: significa dar condições ao educando em aprender criticamente, que sejam criadores, investigadores, inquietos, curiosos, humildes e persistentes; desse modo, não devemos estar certos de nossas certezas;

2- Ensinar exige pesquisa: significa que todo professor é pesquisador; pois o que faz um bom professor ou uma boa professora é a constante atualização, seu aprimoramento; visto que somos seres históricos e que fazemos história constantemente num mundo onde o conhecimento também tem sua historicidade. (FREIRE, 2003, p. 13 e 14)

Nas citações acima, Freire aponta as primeiras características para esse processo, levando o professor ao ato de pensar sobre suas práticas educativa, questionando-se a todo tempo sobre como conduzir o aluno a aprendizagem, Nessa mesma lógica, Pimenta (2006) destaca: O professor pode produzir conhecimento a partir da prática, desde que na investigação reflita intencionalmente sobre ela, problematizando os resultados obtidos com o suporte da teoria. E, portanto, como pesquisador de sua própria prática” (PIMENTA, 2006, p. 43).

Ao se engajar nesse processo reflexivo, o professor se torna um pesquisador de sua própria prática, capaz de gerar novos conhecimentos e aprimorar suas habilidades pedagógicas. Esse enfoque valoriza a experiência do professor e sua capacidade de contribuir para o avanço da educação.

O grande papel da filosofia na educação, é em primeiro lugar, promover e ao ao mesmo tempo estimular os alunos ao aprendizado. Segundo Freire, a todo momento esclareceu por meio de suas falas, várias declarações que falavam sobre o dever da educação que é ser libertadora, de modo a inspirar os discentes a se tornarem indivíduos independentes para aprender, instruir e ao mesmo tempo obterem criticidade que é essencial nos dias atuais.

Nesse sentido, a filosofia, então, tenta integrar esses conhecimentos específicos em uma visão mais abrangente e reflexiva sobre a realidade, permitindo uma compreensão mais profunda e holística do mundo e das questões humanas.  A filosofia reúne o pensamento fragmentado pelas ciências e demais formas de conhecimento, buscando compreender o mundo da técnica dilacerada em tantas especializações. (ARANHA,2006).

Estamos inseridos na complexidade de uma sociedade se escolhe viver, dentro da Modernidade, sob o primado desta prática a formação do professor não pode ficar refém de uma teoria e menos ainda do lado da simples prática, o que seria uma forma de tensionar o problema sem oferecer-lhe uma solução para este contexto.

O conhecimento da filosofia é de extrema importância na vida de um ser humano, é um instrumento para aprendizagem e desenvolvimento na vida do docente.

[…] o pensamento teórico pode chegar à complexidade de manifestação do todo, reproduzir o processo de desenvolvimento e formação do sistema que integra o objeto do pensamento, expressar encadeamentos, leis e necessidades das coisas singulares em relação com o universal. Considerando a unidade na diversidade, capta essencialmente a transição de um fenômeno a outro (MARTINS; ABRANTES, 2006, p. 11

Ao considerar a unidade na diversidade, o pensamento teórico consegue captar a transição de um fenômeno para outro, revelando as conexões e interdependências entre eles, desta maneira,  enfatiza a capacidade da teoria de oferecer uma visão abrangente e profunda da realidade.

Segundo Piaget, o conhecimento é construído por meio da interação ativa com o ambiente, onde a ação e a reflexão se complementam no processo de aprendizagem.

Os conhecimentos derivam da ação, não no sentido de meras respostas associativas, mas no sentido muito mais profundo da associação do real com as coordenações necessárias e gerais da ação. Conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, apreendendo os mecanismos dessa transformação vinculados com as ações transformadoras. (PIAGET, 1970, p. 30).

Assim, conhecer um objeto envolve não apenas compreendê-lo, mas também agir sobre ele e transformá-lo. Essa transformação está vinculada às ações realizadas e ao entendimento dos mecanismos que possibilitam essa transformação.

Nas palavras de Prestes (1996, p. 15): “a filosofia da educação é um tipo de saber globalizante compreensivo e crítico de processo educacional, que envolve a explicação dos pressupostos que justificam a ação pedagógica”. Nesse sentido , ela destaca a importância da  filosofia da educação como um tipo de conhecimento que busca compreender de forma abrangente e crítica o processo educacional, isso significa que a filosofia  não se limita a aspectos práticos da educação, mas procura explicar os pressupostos que fundamentam a ação pedagógica, pois, busca não apenas descrever como a educação acontece, mas também questionar e refletir sobre os fundamentos, valores e propósitos que orientam a prática educativa.

Para o filósofo grego Aristóteles, qualquer conhecimento que pretenda ser um conhecimento verdadeiro e universal deveria respeitar alguns princípios, os princípios lógicos. Ele desenvolveu três princípios básicos que orientam a lógica clássica: “o de identidade, da não-contradição e do terceiro excluído, ou terceiro exclusivo”. (MENEZES, 2020).

A filosofia é vista como uma disciplina que contribui para o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico, reflexão e análise, que são fundamentais não apenas para uma formação acadêmica sólida, mas também para uma atuação cidadã consciente e responsável na sociedade.

De acordo com Severino, a Filosofia na formação dos jovens universitários é “uma exigência do processo formativo em geral e não de uma formação específica, em particular”. (SEVERINO, 2006, p 1). Isso significa que a filosofia desempenha um papel essencial na formação integral dos estudantes, independentemente da área de conhecimento que estão estudando. Em relação ao que foi dito, é fundamental que se tenha uma visão crítica do que é a construção do ser humano em geral, que venha estar comprometido por diferentes práticas na formação técnica- profissionalizante.

De acordo Duarte (2008), para estudar as relações entre a formação e o fazer do docente, são abordadas as idéias de Lukács e Vigotski, objetivando salientar suas contribuições sobre o papel da arte na formação do ser humano. O autor sugere a possibilidade de reflexão sobre as mediações a serem consideradas no processo de seleção dos conhecimentos que devem compor o currículo escolar.

 A modernidade, enquanto ícone de uma modalidade do pensar, pode ser interpretada de forma dialética,que nos deixa supor um movimento de construção do pensamento, ou seja, nos fazer perceber os limites e as possibilidades da razão.

Ensinar na atualidade representa um desafio significativo. Como educadores, não podemos simplesmente impor regras, pois muitas vezes somos percebidos como detentores absolutos da verdade e do comportamento correto. Além disso, estamos constantemente confrontados com diversas realidades sociais, algumas das quais não estão muito distantes de uma perspectiva que exclui os atuais métodos educacionais.Em nenhuma circunstância devemos negligenciar os métodos convencionais de ensino de filosofia nos dias de hoje, como o uso de livros didáticos e textos.

No entanto, é crucial conectar esse conhecimento a um contexto histórico, trazendo os debates e nuances dos primórdios da filosofia para a contemporaneidade. Não devemos menosprezar qualquer fundamento que possa contribuir para uma compreensão aprimorada dos aspectos filosóficos atuais. Nesse cenário, é essencial instilar nos estudantes dos cursos de licenciatura no ensino superior a importância da consciência e da visão filosófica.

Segundo Bezerra (2015), é evidente que a prática da filosofia está cada vez mais integrada às abordagens educacionais contemporâneas. A reflexão e o questionamento são reconhecidos como meios fundamentais para adquirir conhecimento, seja por meio de abstrações ou experiências empíricas.

No entanto, ao contemplarmos a interseção entre educação e filosofia, é inevitável considerar o atual modelo educacional e a prática filosófica, que, em parte, estão comprometidos com a ênfase dada pelos jovens ao mercado de trabalho, transformando-os em aspectos de um estilo de vida mecanicista.

A sociedade atual ainda experimenta uma fase de transição devido às ideias antiquadas que persistem, destacando a importância da filosofia para uma compreensão mais profunda desse cenário educacional em evolução.

O desenvolvimento de um pensamento filosófico permite ampliar a compreensão de que se faz necessário a constante transformação das relações humanas e que nelas baseiam-se concepções de liberdade, direitos e deveres que são a meu ver, os principais pilares para a conquista real da cidadania. O pensamento filosófico pode basear-se em diversas questões, dentre elas o cidadão, as relações sociais e a dinâmica da sociedade que são elementos constituintes e norteadores para construção da cidadania.

4.1 O papel da filosofia na promoção da ética e dos valores morais na educação

A filosofia desempenha um papel fundamental na promoção da ética e dos valores morais na educação, fornecendo um espaço para reflexão crítica sobre questões éticas e morais que permeiam a sociedade. Por meio da filosofia, os professores são capacitados a discutir e analisar dilemas éticos com seus alunos, incentivando-os a desenvolver um senso de responsabilidade moral e consciência ética.

Por meio da filosofia, os professores são capacitados a discutir e analisar dilemas éticos com seus alunos, incentivando-os a desenvolver um senso de responsabilidade moral e consciência ética. Ao explorar teorias éticas e morais, como o utilitarismo, o deontologismo e a ética da virtude, os estudantes são desafiados a pensar criticamente sobre o que é certo e errado em diversas situações. Isso não apenas os ajuda a tomar decisões mais éticas em suas vidas pessoais, mas também a se tornarem cidadãos mais responsáveis e engajados em suas comunidades.

Através da exploração de conceitos filosóficos como justiça, igualdade, liberdade e responsabilidade, os alunos são incentivados a refletir sobre suas próprias crenças e valores, bem como a considerar diferentes perspectivas éticas em situações complexas. Além disso, a filosofia oferece um espaço para o debate aberto e respeitoso, no qual os alunos podem expressar seus pontos de vista e aprender a dialogar de forma construtiva sobre questões éticas.

Esse tipo de ambiente encoraja a tolerância e o respeito pela diversidade de opiniões, fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Ao promover o pensamento crítico e a reflexão ética, a filosofia desempenha um papel crucial na formação de cidadãos responsáveis e conscientes de seu papel na promoção do bem comum e da justiça social.

Ao integrar a filosofia na educação, os professores podem ajudar os alunos a desenvolver habilidades importantes, como pensamento crítico, análise ética e tomada de decisões responsáveis. Essas habilidades não apenas beneficiam os alunos em suas vidas pessoais e profissionais, mas também contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, compassiva e ética.

Ao aprender a pensar criticamente e a considerar as consequências éticas de suas ações, os alunos estão mais bem preparados para enfrentar os desafios complexos do mundo moderno e para se envolver ativamente na promoção do bem-estar de todos os membros da sociedade. Assim, a filosofia na educação não é apenas um campo de estudo acadêmico, mas uma ferramenta poderosa para o empoderamento e a transformação pessoal e social.

4.2 As contribuições da filosofia para a promoção da diversidade e inclusão nas escolas

A filosofia desempenha um papel essencial na promoção da diversidade e inclusão nas escolas, proporcionando um espaço para explorar e celebrar a pluralidade de perspectivas culturais, sociais e filosóficas.

Por meio da filosofia, os professores podem criar um ambiente de aprendizagem inclusivo, no qual todas as vozes são ouvidas e valorizadas. Com isso, ao introduzir a filosofia na sala, pelo professor os alunos são incentivados a considerar diferentes pontos de vista e a entender as experiências e perspectivas dos outros. Isso leva a uma maior empatia e tolerância em relação às diferenças.

A educação não deve se limitar a transmitir conhecimentos, mas deve também promover a transformação do indivíduo e da sociedade, levando em consideração as dimensões ambientais e sociais. Como afirma Pereira (2003), “ação projetada, refletida, consciente, transformadora do natural do homem e do social”.

Ao explorar diferentes tradições filosóficas e culturais, os alunos são expostos a uma variedade de pontos de vista e experiências, o que ajuda a promover a compreensão mútua e o respeito pela diversidade. Além disso, a filosofia oferece um espaço para questionar preconceitos e estereótipos, incentivando os alunos a pensar criticamente sobre questões de justiça, igualdade e direitos humanos.

Ao examinar conceitos como liberdade, responsabilidade e moralidade, os estudantes são desafiados a considerar as implicações de suas próprias crenças e a respeitar as visões de mundo diferentes das suas. Esse processo de reflexão e diálogo pode ser fundamental para superar a intolerância e construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

Ao integrar a filosofia na educação, os professores podem criar oportunidades para o diálogo intercultural e a troca de ideias entre alunos de diferentes origens e experiências. Isso não apenas enriquece a experiência de aprendizagem dos alunos, mas também contribui para a construção de uma comunidade escolar mais inclusiva e tolerante.

Sendo assim,  a filosofia  promove o conceito de  que a diversidade de ideias, culturas e modos de vida enriquece a sociedade e deve ser valorizada e respeitada, a partir disso, os alunos podem desenvolver uma maior tolerância e respeito pela diversidade de pensamento e modos de vida.

4.3 O uso de metodologias filosóficas, como o diálogo socrático, na prática educacional

O uso de metodologias filosóficas, como o diálogo socrático, desempenha um papel crucial na prática educacional, pois proporciona um meio eficaz de promover o pensamento crítico, a reflexão e o questionamento ativo. O diálogo socrático, em particular, é uma técnica de ensino que se baseia na investigação conjunta de questões filosóficas por meio de um processo de questionamento e resposta.

Ao adotar o diálogo socrático em sala de aula, os professores podem criar um ambiente de aprendizagem colaborativo, no qual os alunos são incentivados a explorar e debater ideias complexas. O processo de questionamento socrático ajuda os alunos a desenvolver habilidades de pensamento crítico, argumentação e análise, enquanto também promove a autodisciplina e a responsabilidade intelectual.

Além disso, o diálogo socrático oferece uma oportunidade para os alunos praticarem habilidades de comunicação eficazes, como ouvir atentamente, formular perguntas pertinentes e articular suas próprias ideias de forma clara e persuasiva. Essas habilidades são inestimáveis não apenas no contexto educacional, mas também na vida pessoal e profissional dos alunos.

4.4 O impacto da formação filosófica na capacidade dos professores de lidar com questões controversas e dilemas éticos em sala de aula

A formação filosófica exerce um impacto significativo na capacidade dos professores de lidar com questões controversas e dilemas éticos em sala de aula. A filosofia proporciona um conjunto de ferramentas intelectuais que ajudam os educadores a refletir criticamente sobre temas complexos, a compreender diferentes pontos de vista e a tomar decisões fundamentadas.

Além disso, a formação filosófica desempenha um papel fundamental na capacidade dos professores de lidar com questões controversas e dilemas éticos em sala de aula, proporcionando-lhes as ferramentas e habilidades necessárias para abordar essas questões de forma sensível e construtiva.

Ao estudar filosofia, os professores desenvolvem uma compreensão mais profunda dos fundamentos éticos e morais que informam sua prática profissional. A formação filosófica também estimula a reflexão ética. Os professores são desafiados a pensar sobre o que é certo e o que é errado em situações complexas, muitas vezes sem respostas claras. Isso os prepara para lidar com dilemas éticos que possam surgir no contexto escolar, como casos de plágio, bullying ou desonestidade acadêmica, de maneira ética e responsável.

 Em suma, a formação filosófica é uma ferramenta valiosa para os professores que desejam enfrentar questões controversas e dilemas éticos em sala de aula. Ela os capacita a pensar de forma crítica, a respeitar a diversidade de opiniões e a tomar decisões éticas fundamentadas, contribuindo para o desenvolvimento de um ambiente educacional mais justo, inclusivo e enriquecedor.

4.5 O papel da filosofia na promoção da criatividade e inovação na educação

A filosofia também desempenha um papel importante na promoção da criatividade e inovação na educação. Ao incentivar os alunos a questionar suposições e pensar fora da caixa, a filosofia estimula a mente a explorar novas ideias e abordagens para resolver problemas complexos. Essa abordagem criativa e inovadora é essencial para preparar os alunos para os desafios do século XXI, onde a capacidade de adaptar e encontrar soluções originais é cada vez mais valorizada.

Ao integrar a filosofia na educação, os professores podem criar um ambiente de aprendizagem que encoraje a experimentação e o pensamento criativo. Isso pode ser feito através de atividades como debates filosóficos, projetos de pesquisa independentes e exercícios de pensamento crítico. Essas atividades desafiam os alunos a explorar conceitos complexos de maneiras novas e inovadoras, ajudando a desenvolver sua capacidade de pensamento crítico e criativo.

Além disso, a filosofia oferece uma oportunidade para os alunos explorarem questões interdisciplinares e aplicarem conceitos filosóficos a diferentes áreas do conhecimento. Isso pode ajudar a promover uma abordagem mais holística e integrada à educação, onde os alunos são incentivados a fazer conexões entre diferentes disciplinas e a desenvolver uma compreensão mais profunda e ampla do mundo ao seu redor.

Como já dizia Paulo Freire,”Quanto criticamente se exerça a capacidade de aprender, tanto mais se constrói e desenvolve a ” curiosidade epistemológica” pela qual alcançamos o conhecimento cabal do objeto “. (FREIRE, 1999:25-28).

Deste modo ele argumenta que, quanto mais exercitamos nossa capacidade de aprender de forma crítica, mais desenvolvemos uma “curiosidade epistemológica”. Essa curiosidade epistemológica se refere à busca constante por compreender profundamente o objeto de estudo, o que nos leva a alcançar um conhecimento mais completo e significativo sobre ele.

4.6 A importância da filosofia na formação da identidade e senso de pertencimento dos alunos

Outro aspecto importante da filosofia na educação é sua capacidade de promover a formação da identidade e o senso de pertencimento dos alunos. Ao explorar questões filosóficas relacionadas à natureza da existência humana, os alunos são incentivados a refletir sobre sua própria identidade e lugar no mundo.

Por meio da filosofia, os alunos têm a oportunidade de explorar questões fundamentais sobre quem são, o que valorizam e qual é o seu propósito na vida. Isso pode ajudá-los a desenvolver um senso mais profundo de autoconsciência e autoaceitação, bem como a cultivar um maior respeito e compreensão pelas experiências e perspectivas dos outros.

Além disso, a filosofia oferece uma plataforma para os alunos explorarem questões de identidade cultural, étnica e social, ajudando-os a desenvolver um senso mais amplo de pertencimento e solidariedade comunitária. Ao se engajarem em discussões filosóficas sobre justiça, igualdade e diversidade, os alunos são incentivados a reconhecer e valorizar a riqueza da diversidade humana e a contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e equitativa.

4.7 O potencial da filosofia na promoção da autonomia e empoderamento dos alunos

A filosofia possui um potencial significativo na promoção da autonomia e empoderamento dos alunos. Ao estimular o pensamento crítico, a reflexão ética e o questionamento das próprias crenças, a disciplina filosófica capacita os estudantes a desenvolverem uma visão de mundo mais ampla e a tomarem decisões de forma mais consciente e autônoma. Em primeiro lugar, a filosofia incentiva os alunos a questionarem as normas e valores sociais, estimulando o pensamento crítico e a capacidade de análise.

 Ao se depararem com diferentes correntes de pensamento, os estudantes aprendem a considerar diferentes perspectivas e a avaliar criticamente as informações que recebem, o que os torna menos suscetíveis a influências externas e mais aptos a formarem suas próprias opiniões de forma independente.

Além disso, a filosofia promove a reflexão ética, ajudando os alunos a refletirem sobre o que é certo e o que é errado em diferentes contextos. Isso os capacita a tomar decisões éticas fundamentadas, baseadas em princípios universais e não apenas em convenções sociais, aumentando sua autonomia moral.

A disciplina filosófica também estimula o autoconhecimento e o desenvolvimento da identidade individual dos alunos. Ao refletirem sobre questões existenciais e sobre seus próprios valores e crenças, os estudantes são incentivados a se conhecerem melhor e a se tornarem mais seguros de si mesmos, o que contribui para o seu empoderamento pessoal. Por fim, a filosofia tem um grande potencial na promoção da autonomia e empoderamento dos alunos. Ao desafiar os alunos a pensar criticamente e questionar pressupostos, a filosofia capacita os alunos a assumir um papel ativo em sua própria aprendizagem e desenvolvimento.

Ao integrar a filosofia na educação, os professores podem criar um ambiente de aprendizagem que valoriza a independência e a autodireção dos alunos. Isso pode ser feito através de práticas pedagógicas como o ensino centrado no aluno, projetos de pesquisa independentes e atividades de aprendizagem baseadas em problemas. Essas abordagens incentivam os alunos a assumir a responsabilidade por sua própria aprendizagem, desenvolvendo habilidades de pensamento crítico, resolução de problemas e tomada de decisões.

Em suma, o estudo da filosofia tem um potencial transformador na vida dos alunos, promovendo sua autonomia e empoderamento ao estimular o pensamento crítico, a reflexão ética e o autoconhecimento. Ao proporcionar-lhes ferramentas para pensarem por si mesmos e agirem de acordo com seus próprios valores, a filosofia contribui para formar cidadãos mais conscientes, responsáveis e atuantes em sua comunidade.

4.8 O papel da filosofia na promoção da empatia e habilidades sociais dos alunos

A filosofia desempenha um papel crucial na formação e desenvolvimento dos docentes, não apenas no que diz respeito ao domínio dos conteúdos acadêmicos, mas também na promoção de competências essenciais relacionadas à empatia e habilidades sociais. Neste contexto, a empatia – a capacidade de compreender e se identificar com as emoções e perspectivas dos outros – e as habilidades sociais são aspectos fundamentais para o sucesso do professor em sua prática pedagógica e na interação com os alunos.

Em primeiro lugar, a filosofia proporciona aos docentes uma compreensão mais profunda da natureza humana e das relações sociais. Ao explorar questões filosóficas relacionadas à ética, moralidade e justiça, os educadores são desafiados a refletir sobre as complexidades das interações humanas e a considerar as diferentes perspectivas envolvidas em situações sociais.

Além disso, a filosofia oferece um espaço para o autoconhecimento e a autorreflexão dos docentes. Ao investigar suas próprias crenças, valores e preconceitos, os professores podem desenvolver uma maior consciência de si mesmos e de como suas atitudes e comportamentos podem afetar seus alunos e o ambiente de aprendizagem como um todo.

O diálogo filosófico, especialmente o diálogo socrático, emerge como uma ferramenta poderosa na promoção da empatia e das habilidades sociais dos docentes. Por meio do questionamento cuidadoso e da escuta atenta, os professores podem aprender a se colocar no lugar dos alunos, compreendendo melhor suas preocupações, dificuldades e perspectivas individuais. Isso contribui para criar um ambiente de sala de aula mais acolhedor e inclusivo, onde os alunos se sentem valorizados e compreendidos.

A filosofia também incentiva os docentes a adotar uma abordagem mais colaborativa e participativa em sua prática pedagógica. Ao invés de simplesmente transmitir conhecimento de forma unilateral, os educadores são encorajados a envolver os alunos em discussões filosóficas, debates e atividades de resolução de problemas. Isso não apenas fortalece as habilidades sociais dos alunos, como também permite que os docentes desenvolvam uma compreensão mais profunda das necessidades e interesses individuais de cada aluno.

Em resumo, o papel da filosofia na promoção da empatia e habilidades sociais dos docentes é fundamental para a criação de um ambiente educacional mais humano, compassivo e eficaz. Ao cultivar uma maior compreensão das complexidades da natureza humana, fomentar a autorreflexão e promover o diálogo colaborativo, a filosofia capacita os educadores a se tornarem modelos de empatia e habilidades sociais para seus alunos, preparando-os para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo com compaixão e compreensão.

4.9 A contribuição da filosofia para a formação de cidadãos críticos e engajados

A filosofia desempenha um papel fundamental na formação de cidadãos críticos e engajados, capacitando os indivíduos a compreenderem e analisarem de forma profunda as questões sociais, políticas e éticas que permeiam a sociedade. Por meio do estudo da filosofia, os cidadãos são incentivados a questionar as estruturas de poder, a examinar as normas e valores predominantes e a participar ativamente do debate público em busca de uma sociedade mais justa e equitativa.

Em primeiro lugar, a filosofia proporciona aos cidadãos as ferramentas intelectuais necessárias para analisar criticamente o mundo ao seu redor. Ao estudar diferentes correntes de pensamento filosófico, os indivíduos aprendem a pensar de forma independente, a questionar pressupostos e a avaliar argumentos de maneira fundamentada. Isso os capacita a resistir à manipulação e ao pensamento acrítico, tornando-se mais conscientes e responsáveis em suas escolhas e ações.

Além disso, a filosofia estimula os cidadãos a desenvolverem uma consciência ética e moral sólida. Ao explorar questões relacionadas à justiça, igualdade, liberdade e direitos humanos, os indivíduos são desafiados a refletir sobre o que é certo e errado em diferentes contextos sociais e políticos. Isso os prepara para agir de acordo com seus valores éticos, mesmo diante de pressões externas ou convenções sociais, e a defender os direitos e interesses daqueles que são marginalizados ou oprimidos.

A filosofia também desempenha um papel importante na promoção do engajamento cívico e político dos cidadãos. Ao fornecer uma compreensão mais profunda das estruturas políticas e sociais, bem como dos mecanismos de poder e influência, a filosofia capacita os indivíduos a participarem ativamente do processo democrático e a contribuírem para a tomada de decisões coletivas. Isso pode envolver desde a votação em eleições até o envolvimento em movimentos sociais e atividades de advocacia em prol de causas específicas.

Além disso, a filosofia promove o respeito pela diversidade de opiniões e perspectivas, incentivando o diálogo aberto e respeitoso entre os cidadãos. Ao considerar diferentes pontos de vista e buscar o consenso através do debate racional, os indivíduos aprendem a colaborar de forma construtiva para encontrar soluções para os desafios enfrentados pela comunidade. Isso fortalece os laços sociais e promove uma cultura de respeito mútuo e cooperação, fundamentais para o funcionamento saudável de uma sociedade democrática.

Em suma, a contribuição da filosofia para a formação de cidadãos críticos e engajados é inestimável. Ao cultivar o pensamento crítico, a consciência ética e o engajamento cívico, a filosofia capacita os indivíduos a se tornarem agentes de mudança positiva em suas comunidades e a contribuírem para a construção de um mundo mais justo, equitativo e humano.

4.10 O papel da filosofia na formação de líderes éticos e visionários

A filosofia desempenha um papel crucial na formação de líderes éticos e visionários, capacitando-os a assumirem papéis de liderança com integridade, responsabilidade e uma visão de futuro inspiradora. Por meio do estudo da filosofia, os líderes são expostos a uma variedade de ideias e conceitos que os desafiam a refletir sobre o significado da liderança, a natureza da ética e o propósito de suas ações.

Em primeiro lugar, a filosofia fornece uma base sólida para o desenvolvimento de um código ético pessoal. Ao examinar diferentes teorias éticas e morais, os líderes são incentivados a refletir sobre seus próprios valores e princípios, e a considerar as implicações éticas de suas decisões e ações. Isso os capacita a agir de forma ética e responsável em todas as áreas de suas vidas, incluindo sua atuação como líderes.

Além disso, a filosofia estimula os líderes a adotarem uma perspectiva ampla e abrangente em relação aos problemas e desafios que enfrentam. Ao explorar questões filosóficas relacionadas à natureza da realidade, ao propósito da existência humana e à relação entre o indivíduo e a sociedade, os líderes são encorajados a pensar de forma criativa e visionária sobre o futuro. Isso os capacita a desenvolver uma visão de longo prazo para suas organizações e comunidades, e a inspirar outros a seguirem essa visão.

A filosofia também promove o pensamento crítico e a capacidade de análise dos líderes. Ao estudar diferentes correntes de pensamento filosófico, os líderes aprendem a questionar pressupostos, a avaliar argumentos e a tomar decisões fundamentadas com base em evidências e raciocínio lógico. Isso os torna mais aptos a enfrentar os desafios complexos e imprevisíveis do mundo contemporâneo, e a encontrar soluções inovadoras para os problemas enfrentados por suas organizações e comunidades.

Além disso, a filosofia promove o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal dos líderes. Ao refletirem sobre questões existenciais e sobre seus próprios valores e crenças, os líderes são capazes de compreender melhor suas próprias motivações e aspirações, e a alinhar suas ações com seus propósitos mais profundos. Isso os torna mais autênticos e genuínos em sua liderança, e mais capazes de inspirar e motivar outros a alcançarem seu pleno potencial.

Em suma, o papel da filosofia na formação de líderes éticos e visionários é fundamental para o desenvolvimento de uma liderança verdadeiramente transformadora e inspiradora. Ao fornecer uma base sólida de valores éticos, estimular o pensamento crítico e promover o autoconhecimento, a filosofia capacita os líderes a enfrentarem os desafios do mundo contemporâneo com integridade, visão e humanidade.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste estudo, foi possível destacar a relevância da filosofia na formação dos professores, ressaltando a necessidade premente de promover indivíduos críticos e reflexivos em uma sociedade contemporânea onde a capacidade de pensar criticamente tende a ser negligenciada. Os educadores que desenvolvem o pensamento crítico não apenas contribuem para a formação integral dos alunos, mas também desempenham um papel fundamental na construção de uma sociedade mais humana, justa e culturalmente rica.

A filosofia desperta no educador o interesse pela busca de novos horizontes, estimulando-o a ir além em suas reflexões. Ao refletir sobre a educação, é possível ultrapassar as fronteiras do conhecimento estabelecido e buscar metodologias e didáticas mais eficazes para a prática educativa.

Nesse sentido, a filosofia da educação assume um papel crucial, proporcionando uma base sólida para o exercício responsável da profissão docente. Fazer com que o docente em formação compreenda esses conceitos, fundamenta ainda mais o objetivo de fazer a Educação como ela tem que ser, comprometendo ao educador a responsabilidade de estar em busca de novos conceitos e trazer uma prática fundamentada na construção de seres capazes de refletir sobre o seu mundo e o seu papel a ser cumprido.

Entretanto, compreendemos que a filosofia é o meio pelo qual o ser humano se torna crítico, iniciando um processo de pensar, refletir e analisar os conceitos fundamentais da sociedade. Portanto, é imperativo reconhecer a importância da filosofia na formação dos professores, no intuito de facilitar a conduta dos profissionais que se utilizam da educação é seus  meios para lapidar seres capazes de exercer a cidadania, transformando momentos de educar em algo singular, incentivando-os a questionar, buscar e ir além do conhecimento imposto.

Por fim, inserir práticas filosóficas no meio educacional é um desafio, especialmente em um contexto onde os direitos dos educadores são constantemente contestados. No entanto, é essencial que a educação ofereça uma base sólida, incluindo uma grade curricular filosófica ao longo da formação acadêmica, para capacitar os professores a enfrentar os desafios e dilemas éticos da sala de aula com responsabilidade e consciência crítica.

REFERÊNCIAS

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