REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7365123
GABRIELLY PIRES LIAL1
RONALDO JUNIOR CARVALHO DA SILVA2
GISELI PASSADOR3
RESUMO
Esta pesquisa apresenta um levantamento do crescimento do mercado de e-commerce no Brasil, tendo como objetivo analisar os impactos da pandemia de COVID-19 no aumento da demanda de compras e vendas online durante o isolamento social de março de 2020 a março de 2022. Para a análise de dados, foram realizados coletas através de notícias sites e jornais sobre o tema em discussão e pelo site da OMC (Organização Mundial do Comércio). Além disso, foram coletados dados quantitativos por meio de formulários afim de tirar conclusões convincentes sobre os questionamentos levantados durante o desenvolvimento do artigo. Realizamos uma comparação com os indicadores estatísticos que o mercado de e-commerce apresentou antes da pandemia e após a pandemia, tendo principal foco o impacto, o crescimento e o seu desenvolvimento indústrial. Após esta análise, identificamos um aumento na busca por compras online, cuja principal vantagem é a facilidade de encontrar produtos que se encontrariam em vitrines, como em lojas. Essas vantagens não atingem somente os clientes, mas também os empresários por trás de seus investimentos.
Ressalta-se que em um momento de grande impacto na economia brasileira e muitos impasses devido ao isolamento social, o aumento da compra e venda de produtos por meios virtuais foi um grande alicerce para a economia, pois, o comércio eletrônico rompeu as barreiras geográficas, permitindo que produtos e serviços sejam comercializados para um público-alvo específico em qualquer região desejada.
Palavras-chave. Economia, E-commerce, Investimento, Produto, Vendas.
Abstract.
This research presents a survey of the growth of the e-commerce market in Brazil, with views to analyzing the impacts of the COVID-19 pandemic on the increase in the demand for on-line purchases and sales during the social isolation from March 2020 to March 2022. For the data analysis, collections were made through news sites and newspapers about the theme under discussion and through the WTO (World Trade Organization) website. In addition, quantitative data was collected by means of forms in order to draw convincing conclusions about the questions raised during the development of the article. We made a comparison with the statistical indicators that the e-commerce market presented before the pandemic and after the pandemic, focusing mainly on the impact, the growth and its industrial development. After this analysis, we identified an increase in the search for online purchases, whose main advantage is the ease of finding products that would be found in store windows, as in stores. These advantages not only reach the customers, but also the entrepreneurs behind their investments. It is noteworthy that in a moment of great impact on the Brazilian economy and many impasses due to social isolation, the increase in buying and selling products by virtual means was a great foundation for the economy, because e-commerce broke the geographical barriers, allowing products and services to be marketed to a specific target audience in any desired region.
Keywords. Economy, E-commerce, Investment, Product, Sales.
1. introdução
Em 11 de março de 2020, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a COVID-19 como uma pandemia mundial, pedindo isolamento e distanciamento social. Originalmente o período de isolamento foi chamado de quarentena. A palavra tem origem italiana, e surgiu na Europa no século XIV, quando a peste negra, atingiu o continente. A doença destruiu cidades e regiões inteiras com a alta mortalidade e dizimando um terço da população da Europa. Durante a pandemia de peste bubônica, as autoridades decidiram que os navios deveriam ficar ancorados no mar por 30 dias antes de atracar no porto e desembarcar os passageiros. Cerca de um século depois, o senado veneziano mudou o número de 30 dias para “quaranta giorni” (quarenta dias em italiano).
A quarentena pode ser definida como um conjunto de medidas e práticas destinadas a prevenir a propagação de doenças contagiosas e infecciosas em uma população ou área específica. Desta forma, pessoas saudáveis, assintomáticas, mas suspeitas, são isoladas durante o período de incubação da doença.
No Brasil o canário não foi diferente, pois, com a chegada do vírus no país o governo decidiu adotar a medida preventiva para que a doença não se disseminasse.
Isso confundiu a maioria dos brasileiros que tiveram que fechar seus estabelecimentos, acreditando que seria uma medida temporária o que levou por fim a dois anos de pandemia e restrições, afetado diretamente toda a população. Isso acarretou empresas adotarem modelos de trabalhos diferentes dos atuais e se reajustando ao mercado de trabalho e com inovação e tecnologias. Mas apesar de medidas serem tomadas, muitos brasileiros foram obrigados a fechar as portas de sua empresa e demitirem funcionários.
A adaptação foi a salvação para muitos comércios que passaram a utilizar tendências como o comércio eletrônico ou e-commerce para continuar operando e manter seus objetivos.
O objetivo deste artigo é compreender os principais fatores que beneficiam a entrada neste setor, trazendo o entendimento da transformação digital para os negócios e as oportunidades e desafios associados encontrados no caminho, já que com o crescimento das feiras virtuais, é fundamental que as empresas invistam em uma forma mais sofisticada e moderna para atingir seu público, tornando a experiência de compra e venda a um clique de distância. Mas como se manter forte e crescer em tempos de crise?
2. Fundamentação teórica
A internet é uma das maiores se não a maior tecnologia da atualidade. Surgiu em meio ao ambiente da guerra fria (1945-1991), com o intuito de facilitar a troca de informações, devido ao temor de ataques dos soviéticos. o Departamento de Defesa dos Estados Unidos ARPA (Advanced Research Projects Agency) criou um sistema de compartilhamento de informações entre pessoas distantes geograficamente, a fim de facilitar as estratégias de guerra (Daniela, 2017). Hortinha, 2002, diz que a Internet foi criada para fins acadêmicos e militares. Porém, a partir de 1993, quando foi utilizada para fins comerciais, passou a ser uma rede global de redes interligadas, incluindo redes privadas, de governos, de empresas e outras organizações. Ou seja, em virtude do alcance desta tecnologia foi se entendendo possibilidades de não só gerar interligação entre pessoas de diversas partes do mundo, desenvolver pesquisas acadêmicas, mas também gerar capital unindo o comércio internacional a uma nova tecnologia que já era grande e importante, mas estava em desenvolvimento constante. Ferramenta essa que viria a se tornar revolucionária por possibilitar muitos benefícios por ser de fácil acesso e de um alcance extraordinário.
Segundo Fagundes (2009) o e-commerce, ou comércio eletrônico, refere-se aos negócios que estruturam o processo de compra e venda na internet. Assim, todas as transações comerciais são feitas por meio de ferramentas online.
O conceito do envolve muito mais do que a criação de um site, trata-se de um tipo de empreendimento que se diferencia pela sua estrutura de funcionamento altamente relacionada ao digital, ele também abre portas para outras automações, como marketing, controle de finanças e estoques. Dessa maneira, ele facilita e agiliza o trabalho de gestão em muitas frentes. Por outro lado, também tem como efeito o maior peso estratégico da questão logística. De acordo com Fernando Di Giorgi (2016, p.43), “a composição do capital mercantil do comércio eletrônico difere dos demais canais por não ter um ponto de venda físico. Ele é composto de ativo fixo: plataforma tecnológica virtual, depósitos de mercadorias, estruturas de armazenagem e equipamentos de movimentação de materiais. É composto, também, por ativos circulantes: mercadorias em estoque e capital intelectual: funcionários administrativos, engenheiros de computação, trabalhadores na logística interna e operadoras de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)”.
2.1 O nascimento do E-commerce
O e-commerce no mundo sempre esteve relacionado a novas tecnologias. O desenvolvimento do Electronic Data Interchange (EDI) na década de 1960 abriu o caminho para o comércio eletrônico (FRANCIELE, 2021). Esta ferramenta surgiu como um substituto do envio de documentos por meio de correio e fax, permitindo a transferência de dados digitais de um computador para outro. Em 1979, o empresário Michael Aldrich, teve a grande ideia de iniciar um método de compras online. Tudo começou quando Aldrich caminhava com sua esposa, e percebeu que estava frequentemente indo ao mercado, e aí pensou: “não seria mais fácil se pudéssemos pedir o que precisamos pela TV?” Em seguida, inventou um sistema que anunciava produtos e serviços na televisão, sendo chamado de televenda. Enfim, o e-commerce nasceu e a televenda pavimentou o caminho para as lojas online que conhecemos hoje (FRANCIELE, 2021). De acordo com o livro “Gerente de E-commerce”, organizado por (SALVADOR, 2013), o e-commerce como conhecemos surgiu nos Estados Unidos e se popularizou nos anos 1990, devido ao fácil acesso à internet que a população americana passou a ter nesta década. Além disso, nos Estados Unidos já era um costume a realização de compras à distância, que surgiu em meados da década de 40, e se popularizou com os famosos “catálogos sears”.
No Brasil no início dos anos 1990 ainda era muito complicado o acesso a produtos eletrônicos, costumam ser muito caros e normalmente o principal acesso a computadores por exemplo era feito em lan-houses. Mesmo que não haja muitos registros, podemos considerar a booknet a primeira loja on-line no Brasil, entrou no ar no ano de 1995 e foi fundada por Jack London (OLIVEIRA, Francilene,2022). Se tratava de uma loja virtual de livros e devido ao sucesso, em 1999 foi comprada e teve seu nome alterado para Submarino, posteriormente se uniu a Americanas. Desde então, a internet sofreu diversas mudanças e melhorias ao longo dos anos, redes sociais surgiram, novos meios de conexão foram criados como os smartphones, conexões 4G e redes de wi-fi, gerando um mundo de possibilidades. Segundo Albert, 2002, para o Brasil e para o mundo o comércio eletrônico já é uma realidade nos diversos setores da economia.
2.2 E-business e sua área de atuação
O termo e-business ou Electronic-business, é usado em processos que se realizam por meio eletrônico e significa “negócio eletrônico” e serve para identificar empresas que são totalmente digitais ou que migraram do mundo físico para o digital.
E-business são todas as transações de negócios feitas entre empresas pela internet. Engloba a realização de toda a cadeia de valor, em um ambiente eletrônico, não se restringindo às transações comerciais de compra e venda. (LIMEIRA, 2007, p. 335)
O conceito foi registrado em 1955, mas só em 1977 passou a se expandir pelo mundo, vindo à tona quando a agência de publicidade britânica Ogilvy e Mather criaram uma campanha para a IBM (International Business Machines Corporation), associando o termo às novas oportunidades em negócios conectados.
As duas grandes áreas do e-business são: o e-service que atua na prestação de serviços online, como por exemplo, home banking, agência de informação online e sites de busca e a mais explorada, o e-commerce, que será abordada no decorrer deste artigo.
Podemos ver e destacar que o e-business não é restringido a apenas uma área específica, mas engloba todas as atividades de uma empresa auxiliando na tomada de decisões.
2.2 E-commerce antes da pandemia
De acordo com Moreira (2020), embora o crescimento do Brasil esteja lento, o setor de comércio eletrônico continua sendo uma exceção em um oceano de setores. Antes da pandemia (COVID- 19) a economia do Brasil estava passando por um grande processo de desaceleração, principalmente se comparado com o ano anterior (2018), ainda que fosse o 3° ano seguido do PIB (Produto Interno Bruto) positivo. Mesmo que o Brasil estivesse andando a passos curtos com relação a economia, alguns setores em específico tiveram uma evolução considerável, levando em conta uma situação que não era muito favorável para crescimento naquele momento. Entre eles estão: a construção civil, que teve um aumento de (1,6%), mesmo após cinco anos consecutivos de queda, Indústria (0,5%), atividades imobiliárias (2,3%), informação e comunicação (4,1%) e os segmentos da agropecuária tendo um aumento significativo, principalmente no ramo de produtos fortes na exportação brasileira como milho, algodão, laranja e feijão. Mesmo em meio a um crescimento considerável, os números ainda eram baixos.
Figura 1 – EVOLUÇÃO DO PIB NO BRASIL
De acordo com os dados analisados, a expectativa para o PIB no ano de 2020 levando em conta a trajetória do Brasil nos últimos meses era de alta performance. A projeção do Ministério da Economia para o PIB de 2020 chegou a ser +2,4% — informação presente no Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica.
Segundo (MOREIRA, 2020) ao analisar o mercado de comércio eletrônico brasileiro nos últimos cinco anos, é possível notar uma tendência de crescimento muito superior ao próprio PIB do país e que de acordo com os Relatórios WebShoppers (Ebit/Nielsen) o faturamento (+16,3%) tende a crescer mais, como mostra a o gráfico abaixo:
Figura 2 – CRESCIMENTO DO PIB (R$)
Fonte : Adaptada de/ WebShoppers (Ebit/Nielsen) 2022
O valor não considera as vendas no mercado de mercadorias novas e usadas, viagens e passagens aéreas. Isso, mesmo antes de ser uma ferramenta de muito uso para o comércio como um todo. A busca por alternativas e facilidades na hora de compra e venda tem sido intensa, e o e-commerce veio para preencher esse vazio. O crescimento anual é expressivo e, mesmo com a capacidade de realizar transações presenciais, a vitrine de e-commerce deu seus primeiros passos e impactou o setor.
2.3 Impactos da pandemia e a importância do e-commerce para a economia nacional
Com base nos fatos analisados, é fácil determinar o impacto econômico da pandemia de COVID-19, há falta de preparação para um vírus tão poderoso e devastador deixou populações vulneráveis e a falta de informações desencadeou eventos irreversíveis. A economia ficou mais instável e as pessoas tiveram que reaprender a se inventar.
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional (OPAS- Organização Pan-americano da saúde, 2020, [S.l.]).
A ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata (OPAS- Organização Pan-americano da saúde, 2020, [S.l.]).
Diante da gravidade do que se apresentou foi necessário demandar um esforço global para tentar lidar com a situação e tentar controlá-la. Mesmo após as recomendações do ministério da saúde e o medo da população, o que restou foram questionamentos de como seriam os próximos passos. Desta forma, para continuar tendo uma renda foi optado pelas empresas a dispensa de boa parte de seus funcionários, consequentemente boa parte da população entrou no índice de desemprego em meio a uma pandemia e sem previsões de vacinas por conta da falta de conhecimento do vírus. Segundo Silveira (2020), em 2020 o país encerrou o mês de outubro com 13,5 milhões de desempregados, cerca de 3,4 milhões a mais que em maio, o que representa uma alta de 33,1%. A taxa de desemprego ficou em 14%. Cerca de 522,7 mil empresas de 1,3 milhões encerraram as atividades na primeira quinzena de junho de 2020. O setor mais atingido foi o de serviços, dividido em 49,5% (258,5 mil) no referido setor; 36,7% (192 mil) do comércio; 7,4% (38,4 mil) da construção e 6,4% (33,7 mil) da indústria (IBGE, 2020).
Sob tal cenário, o comércio foi duramente afetado pela impossibilidade de abertura, bem como a escassez de clientes em espaço físico, o que tornou a venda pela internet ou e-commerce como uma das principais alternativas para o setor de vendas. Houve um crescimento nas vendas online de 68% em comparação com 2019, elevando de 5% para mais de 10% a participação do e-commerce no faturamento total do varejo (ABCOMM, 2020). Durante o período de quarentena e isolamento social o brasileiro precisou renovar e contornar as circunstâncias da pandemia, muitos começaram a empreender vender lanches, roupas, entre outros produtos de forma online e foi justamente nessa onda que já estava em crescimento. Em 2020, um estudo realizado pelo Mobile Time e Opinion Box, elencou categorias que mais se destacaram no e-commerce, conforme tabela abaixo:
Tabela 1 – CATEGORIAS QUE SE DESTACAM NO E-COMMERCE 2020
Posição | Produtos | Porcentagem % |
1 | Refeições | 49% |
2 | Roupas | 43% |
3 | Alimentos | 42% |
4 | Eletrônicos | 33% |
Fonte: MOBILE TIME E OPINION BOX (2020)
De acordo com o estudo, realizado pela NZN Intelligence, 71% dos brasileiros aumentaram o volume de compras online depois da covid-19. A busca pelo mercado de compra e venda online se dá pela facilidade, a disponibilidade de exercer o poder de compra 24 horas por dia em lojas, restaurantes, farmácias e mercados que recebem pedidos fora do horário comercial, aplicam cupons de desconto e ainda possibilitam de certa forma a privacidade do cliente, algo novo no mercado que agrada a muitos e justifica a sua importância no contexto atual em que vivemos. Um mercado online deve ser tão rico, complexo e completo como um mercado tradicional e deve criar um valor extra para os seus utilizadores Kambil e Van Heck (2002).
O forte crescimento das vendas online em 2021 revela um novo hábito do consumo, com migração de compras para a internet. No ano passado, não tivemos períodos críticos de confinamento e quarentena como em 2020, e, mesmo assim, os consumidores adotaram em maior proporção às compras remotas. Em novembro de 2021, o e-commerce representou 17,9% das vendas varejistas, um recorde no histórico observado desde janeiro de 2018, quando a penetração era de apenas 4,7% (MATTOS, 2022, [S.l.]).
Por consequência do aumento das compras online, a economia continuou girando e acabou virando um hábito comprar tudo o que fosse necessário pela Internet. O crescimento contínuo da prática de vendas online representa uma grande mudança no perfil do consumidor e nas novas demandas que os varejistas devem atender.
Há tempos em que o uso das tecnologias de acesso à internet está enraizado no cotidiano das pessoas, o que influencia profundamente os hábitos dos consumidores, sempre em busca de mais comodidade, que quando procuram por produtos on-line são redirecionados para sites de e-commerce. Devido à pandemia, as pessoas estão mais acostumadas a comprar online, portanto é um nicho que está em crescimento. Segundo o site Technet.com o faturamento superior a R $53 bilhões somente no primeiro semestre de 2021. Segundo a Neurotrust o comércio eletrônico teve um rápido crescimento em 2020, atingindo níveis que o mundo nunca viu antes, à medida que varejistas e consumidores recorrem ao comércio eletrônico como resultado das medidas de pandemia impostas para conter a disseminação do vírus.
De acordo com pesquisa da eMarketer, as vendas por meio de comércio eletrônico nos países da Europa Central e Oriental aumentaram 48,6% em 2020. Nos países da Europa Ocidental, houve um aumento de 29,4%.
Ainda de acordo com a pesquisa da eMarketer, as vendas online na América do Norte cresceram 34,6% em 2020. Por outro lado, o ranking foi liderado pela América Latina, que registrou um aumento impressionante de 63,3% nas vendas do varejo online. Entre os países da América Latina, o Brasil se destacou, com crescimento interno de 50,1% e faturamento de 87 bilhões de reais. Atualmente, no ano de 2022, de acordo com um levantamento feito pela SmartHint, o faturamento dos cinco primeiros meses do ano foi 785% maior do que o mesmo período antes da pandemia.
3. Materiais e métodos
O presente estudo se trata de pesquisa descritiva de caráter qualitativo. Segundo Gil (2017) pesquisas são o que buscam levantar a opinião, atitudes e crenças de uma população. Essas pesquisas, normalmente de caráter quantitativo, buscam a identificação e descrição de características de grupos de pessoas ou de fenômenos.
O procedimento da pesquisa utilizado é através do bibliográfico e as informações obtidas com são com base em materiais já elaborados como sites, livros, artigos e pesquisa anteriores.
4. resultados e discussão
Após a junção de um conjunto de dados, chegamos através de uma análise a conclusão de que a importância do e-commerce para a economia durante a pandemia de COVID-19, na compra e venda de produtos online, esteve presente ao longo dos últimos anos, mas apenas na última década podemos observar o poder e a capacidade desse mercado. Atingindo a verdadeira compreensão da grandeza desse setor, permitiu-se identificar um objetivo específico: a evolução do mercado no Brasil ao longo dos anos e os impactos que o e-commerce sofreu durante e após a pandemia.
Observou-se que o setor carrega consigo um grande potencial desde o seu início em meados da década de 60, e o seu crescimento em território nacional. Levando em conta os avanços da tecnologia, sua contribuição para a economia nacional foi fundamental durante os tempos de crises e pandemias, pois através dele e do espaço na internet possibilitou a venda para variados produtos (Lanches, vestuário, Brinquedos, eletrônicos, remédios etc.) De fato, seu potencial gigante traz rentabilidade palpável para o país. De acordo com os dados arrecadados através de uma pesquisa quantitativa realizada pelo Forms com a contribuição de 61 pessoas sobre o e-commerce conseguimos verificar o crescimento e colocá-los em gráficos, chegando aos seguintes resultados.
Figura 3 – COMPRAS ONLINE ANTES DA PANDEMIA
Fonte: ELABORADA AUTOR(S) (2022)
Figura 4 – COMPRAS ONLINE DURANTE A PANDEMIA
Fonte: ELABORADA AUTOR(S) (2022)
Figura 5 – COMPRAS ONLINE DEPOIS DA PANDEMIA
Fonte: ELABORADA AUTOR(S) (2022)
Em resumo, podemos ver que o e-commerce pode facilmente ter um papel importante no Brasil, permitindo que muitas pessoas assumam ou exerçam seu poder de compra de forma simples, tendo um crescimento notável a cada ano e aumentando o volume do comércio econômico, conectando diferentes tipos de mercados ao redor do mundo.
5. Conclusão
Este artigo se propôs a estudar e analisar como o e-commerce foi fundamental para a economia do Brasil durante a pandemia de COVID-19 e os impasses causados por todas as suas restrições. Com isso, pôde-se perceber a grandeza do mercado e toda a sua significância para a economia nacional.
Observou-se que durante a pandemia o e-commerce teve uma hipervalorização e a demanda para este tipo de mercado continua sendo fundamental para que grandes e pequenos empreendedores continuem atuando sem precisar de ponto fixo fazendo seus produtos chegarem a cada vez as mais pessoas, possibilitando muitos benefícios ao cliente e impulsionando o giro de capital econômico.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus por ter nos dado força e saúde para superar as dificuldades, a universidade e seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbramos oportunidades e a confiança e ética de todos.
Agradecemos a nossa orientadora professora Giseli Passador e co-orientadora Professora Juliana Vales, pelo suporte e incentivo.
Agradecemos também a nossa família e amigos que com seu incentivo nos fizeram chegar à conclusão do nosso curso e começo de uma nova carreira. E por fim, a nós mesmos pela nossa força, dedicação, e foco para alcançarmos o melhor resultado possível no artigo.
Referências
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1(FATEC ZONA LESTE), gabrielly.lial@fatec.sp.gov.br
2(FATEC ZONA LESTE), ronaldo.silva72@fatec.sp.gov.br
3(FATEC ZONA LESTE), giseli.passador@fatec.sp.gov.br