THE CONTRIBUTION OF THE EDUCATIONAL MANAGEMENT ADVISOR AS PART OF THE TECHNICAL TEAM IN THE SCHOOL CONTEXT
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10436998
Naire Paes da Silva1
Resumo
Este artigo alude uma relevante temática para o contexto educacional na sociedade atual, no qual abordamos com muita propriedade a atuação do assessor no âmbito escolar. Partindo desse princípio, destacamos que a função de um assessor é fundamental, principalmente para a escola que deseja proporcionar um ensino de qualidade. Esta função consiste em uma prática e tem como objetivo melhorar e aperfeiçoar os processos de ensino de uma escola, contribuindo de forma significativa e indispensável para os seus diagnósticos como um todo. Como parte da equipe técnica, um dos seus maiores desafios é encontrar soluções para os mais diferentes contratempos que surgem durante o processo. Isso servirá de base para a compreensão a partir de um novo olhar, levando em consideração que o trabalho do assessor em suma, é fazer com que a escola atue de acordo com seus objetivos e cumpra com as metas propostas, pois o assessor realiza periodicamente o acompanhamento durante todo o ano letivo, auxilia de forma sistemática a equipe gestora para que as atividades aconteçam de forma alinhada em constante incentivo a atuação do coletivo, auxilia no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e oferece melhorias para os gestores, professores e demais profissionais. Desse modo, quando uma instituição de ensino é acompanhada por um assessor de gestão educacional, fica mais simples encontrar e entender as falhas que afetam os resultados internos.
Palavras-chave: assessor de gestão. escola. Contribuições.
Abstract
This article alludes to a relevant theme for the educational context in today’s society, in which we very appropriately address the role of the advisor in the school environment. Based on this principle, we highlight that the role of an advisor is fundamental, especially for schools that want to provide quality education. This function consists of a practice and aims to improve and perfect a school’s teaching processes, contributing in a significant and indispensable way to its diagnoses as a whole. As part of the technical team, one of your biggest challenges is finding solutions to the most different setbacks that arise during the process. This will serve as a basis for understanding from a new perspective, taking into account that the advisor’s job, in short, is to make the school act in accordance with its objectives and meet the proposed goals, as the advisor periodically carries out the monitoring throughout the academic year, systematically assists the management team so that activities take place in an aligned manner, constantly encouraging collective action, assists in the teaching and learning process of students and offers improvements for managers, teachers and other professionals . Therefore, when an educational institution is accompanied by an educational management advisor, it becomes simpler to find and understand the flaws that affect internal results.
Keywords: management assessor. school. contributions.
Resumen
Este artículo alude a un tema relevante para el contexto educativo de la sociedad actual, en el que abordamos muy acertadamente el papel del orientador en el ámbito escolar. Con base en este principio, destacamos que el papel del asesor es fundamental, especialmente para escuelas que quieran brindar educación de calidad. Esta función consiste en una práctica y tiene como objetivo mejorar y perfeccionar los procesos de enseñanza de una escuela, contribuyendo de manera significativa e indispensable a sus diagnósticos en su conjunto. Como parte del equipo técnico, uno de tus mayores desafíos es encontrar soluciones a los más diversos contratiempos que se presentan durante el proceso. Esto servirá de base para entenderlo desde una nueva perspectiva, teniendo en cuenta que la labor del asesor, en definitiva, es hacer que el colegio actúe de acuerdo con sus objetivos y cumpla con las metas propuestas, ya que periódicamente el asesor realiza el seguimiento a lo largo de todo el proceso. durante el año académico, asiste sistemáticamente al equipo directivo para que las actividades se desarrollen de manera alineada, fomentando constantemente la acción colectiva, ayuda en el proceso de enseñanza y aprendizaje de los estudiantes y ofrece mejoras para directivos, docentes y otros profesionales. Por lo tanto, cuando una institución educativa cuenta con un asesor de gestión educativa, se vuelve más sencillo encontrar y comprender las fallas que afectan los resultados internos.
Palabras clave: asesor de gestión. escuela. contribuciones.
INTRODUÇÃO
O Núcleo de Inteligência em Gestão foi implantado pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto SEDUC/AM quase no início do ano de 2021, instituída pela Portaria Nº 140, de 01 de março de 2021, como estratégia para subsidiar as escolas na parte técnica da gestão educacional, atuando como Assessores de gestão educacional, afim de assessorar, orientar, planejar e coordenar a implementação das políticas educacionais de fortalecimento da gestão escolar no estado do Amazonas, distribuídos entre coordenadorias da capital e do interior.
Tomando como base a Coordenadoria Distrital de Educação 07, ela é composta por 08 assessores que assessoram as 39 escolas da zona norte da qual essas escolas estão sob a jurisdição da CDE07, porém os assessores respondem ao Núcleo e não a coordenadoria, com demandas advindas da Secretaria Adjunta Pedagógica SEAP.
Cada assessor acompanha 3 ou 4 escolas, com carga horária de 40hs e em algumas demandas, principalmente nas apresentações de Painel Gerencial nas escolas chegamos a trabalhar 60hs sendo compensadas essas horas do 3º turno em dias de folgas posteriormente.
Em cada coordenadoria tem 01 coordenador responsável pelos assessores, este é quem nos orienta diariamente, com quem tiramos as dúvidas, mas raramente é presencial e a maioria das vezes é através de ligações telefônicas, WhatsApp e reuniões de alinhamento via Meet.
Os assessores foram selecionados através de um processo seletivo simplificado, pessoas que já faziam parte do quadro efetivo, servidores da rede estadual como professores e pedagogos, com perfil de liderança, compromisso, eficiência, criatividade, profissionalismo e noção intermediária de informática, sendo o primeiro Processo Seletivo Simplificado(PSS) para escolha de assessores de gestão educacional.
A partir do assessoramento foi possível detectar que tanto o Núcleo como todos os departamentos vinculado a SEDUC/AM estão em consonância para obter melhorias na qualidade da educação do Estado, independentemente das diferentes funções apresentadas no cenário educacional e nas escolas sempre haverá necessidades de mais profissionais qualificados para somar com experiências, estratégias e conhecimentos.
Esta pesquisa foi realizada pela pesquisadora dispondo dos próprios recursos e os métodos e técnicas escolhidos para a obtenção dos resultados são necessários para o estudo proposto. A mesma visa contribuir com o trabalho de gestores, professores, pedagogos e futuros assessores de gestão, com recomendações para modificarem a realidade de hoje para conquistar o sucesso de amanhã.
REFERENCIAL TEÓRICO
O assessor de gestão
Quem dirige uma escola sabe que ela é uma instituição complexa. E é preciso que o gestor esteja apto a lhe dar com vários cenários, em diferentes momentos como alunos, corpo docente, administrativo, pais/responsáveis dos alunos, ou seja, com a comunidade escolar em geral. Vale ressaltar que, não se faz escola somente com o gestor escolar, mas é a ele que compete a liderança maior e, por mais que existam vária lideranças, entretanto não se pode negar que para o bom desenvolvimento e eficácia de uma escola, boa parte depende de quem está exercendo a direção e a coordenação pedagógica (LIBANEO, 2008).
Diante dessa realidade destacamos que dentro dessa liderança educacional o assessor é de fundamental importância e presta um serviço que tende a somar com a equipe gestora de acompanhar as atividades educacionais e propor soluções para problemas ou desafios que a escola esteja enfrentando, visando melhorar os processos de ensino e, assim, aumentar os resultados positivos de bom para melhor, e de melhor para excelente.
Como afirma Lourenço Filho (2007), a escola é composta por atividades complexas que envolvem muitos agentes. Por isso, impõe a necessidade de distribuir tarefas envolvendo a divisão do trabalho, levando assim a noção metódica de organização e administração.
Segundo o Dicionário Aurélio assessor é aquele que auxilia, exercendo atividades ou cargos com o intuito de ajudar alguém em suas tarefas ou funções, ou substituindo esta pessoa quando ela estiver impedida de exercer seu ofício. É aquele que, sendo especialista em determinado assunto, ajuda uma pessoa, baseando-se na área de seu conhecimento.
Com base nessas definições, o assessor realiza um trabalho de acompanhamento e monitoramento das escolas durante todo o processo educacional de forma participativa e colaborativa com as coordenadorias distrital de educação da capital e com as coordenadorias regionais de educação do interior, em busca de melhorar o processo de ensino aprendizagem dos estudantes.
Neste sentido, podemos destacar algumas das suas demandas para uma melhor compreensão da sua contribuição, sendo elas: No início do ano letivo acompanha nas escolas as jornadas pedagógicas; realiza apresentações de paineis gerenciais quatro vezes por ano, sendo uma em cada bimestre; auxilia e orienta a elaboração do plano de ação pedagógico e ambiental da escola; faz o acompanhamento dos status das tarefas do plano de ação também conhecido como R3G; realiza acompanhamento dos lançamentos de notas no diário digital; planejamentos bimestrais; visita os ambientes da escola observando limpeza e organização nos mesmos; em cada visita técnica realizada na escola o assessor descreve no relatório de rotina pedagógico tudo que foi tratado e orientado a equipe gestora; realiza coleta de dados através do google forms relatórios, entrevistas, diário digital, Sigeam e no drive em pasta compartilhada. Em seguida é feita a análise dos dados para posterior ser elaborada a árvore de indicadores de cada escola.
Como é possível notar, em meio ao cotidiano escolar, o assessor contribui para o trabalho dos gestores fazendo com que suas tarefas alcancem um bom desempenho, consegue atuar em várias demandas auxiliando a equipe gestora da escola sendo capaz de mapear problemas e necessidades que estejam prejudicando os rumos da escola.
Mas é crucial que haja uma equipe unida, onde todos os sujeitos se envolvam num processo de reflexão nas tomadas de decisões se dispondo a dialogar e refletir nos planejamentos das ações presentes e futuras.
Desta maneira, Francisco Imbernón, (2010, p.84) afirma:
Um elemento básico dessa formação é a necessidade de redefinir as funções, os papéis e a finalidade da escola: entende-se como criação dos “horizontes escolares” e serve como marco para estabelecer e esclarecer, por meio do diálogo e da reflexão conjunta, o significado, a finalidade e a razão das metas escolares, bem como decidir e planejar a ação como um trabalho educativo conjunto para se atingir um objetivo; a criação de uma série de planos de ação para atingi-las e o estabelecimento de uma ação-reflexão conjunta para o desenvolvimento e a melhora. (IMBERNÓM, 2010, p. 84)
Por muitas vezes, o assessor é procurado apenas para dar um suporte técnico relativo a elaboração de planos, opiniões, relatar como estão os dados da escola e demandas de gestão que não o compete. Na realidade, é que existem de fato uma pluralidade de tarefas para todos que trabalham na escola e para o assessor não é diferente, apenas não é compreendido, e por estar ainda em aprimoramento esta nova função tem sido conceituada por alguns docentes, principalmente como fiscal, supervisor, cobrador de notas e planejamentos, puxa saco da gestão entre outros. E de fato não há um conceito concreto, pois na medida que surgem novas situações, surgem novos desafios e conhecimento para tal, e isto requer que o mesmo seja proativo em quaisquer situações que demandarem no cenário educacional. É o que a própria autora afirma: se tratar de um “papel em construção” (NEPOMNESCHI, 2004, p. 81).
Neste contexto, temos de acrescentar a precariedade dos espaços físicos, as incertezas na nomeação dos seus assentamentos, o afastamento particular de sua localização, relações distantes com as autoridades e, finalmente, um acúmulo de situações envolvendo parâmetros de exigência variados e, acima de tudo, uma auto exigência que pode inviabilizar as tarefas se não for bem compreendido (NEPOMNESCHI, 2004, p. 81).
Com base no edital de inscrição da Secretaria de Estado de Educação e Desporto – SEDUC/AM, 15/03/2021, a descrição sumária da função de assessor de gestão educacional possui como atribuições:
– Assessora, orienta, planeja e coordena a implementação das políticas educacionais de fortalecimento da Gestão Escolar, envolvendo as equipes escolares no desenvolvimento de metodologias e auxiliando nas tomadas de decisão das linhas de atuação de acordo com os objetivos, perfis e necessidades da escola para a correção de desvios, redução das dificuldades da aprendizagem, identificados por meio da Avaliação de Verificação da Aprendizagem do Amazonas – AVAM, viabilizando o alcance de metas educacionais, tais como as médias nacionais para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB e para o Índice de Desenvolvimento da Educação do Amazonas – IDEAM.
– Assessora, orienta, planeja, acompanha, estimula e avalia, de forma articulada, sistemática e integrada, no âmbito das unidades escolares, os programas e projetos pedagógicos, a gestão financeira, a implantação e implementação dos Órgãos Colegiados e de apoio à Gestão Escolar, a elaboração e atualização do Projeto Político-Pedagógico, a execução do Referencial Curricular do Amazonas (RCA) para o Ensino Fundamental, a implementação das diretrizes do Novo Ensino Médio – NEM, a efetivação das diretrizes da Gestão por resultados, viabilizando a melhoria do fluxo escolar e da qualidade da educação ofertada aos alunos da Rede Estadual de Ensino do Amazonas.
– Assessora, orienta, planeja, acompanha, avalia e intermedeia, de forma integrada e articulada, os processos relacionados à dimensão administrativa da gestão escolar como infraestrutura, ambiental, suprimento e demais atividades correlatas.
Assim, o assessor de gestão mesmo com suas diferentes atribuições, porém não mais e nem menos importante do que os demais da equipe, tem em comum os mesmos objetivos de desenvolver ações preventiva, de realinhar a escola com seus propósitos educacionais, de contribuir para que a gestão escolar se torne sistemática e estratégica, definir novas metas, analisar os cenários baseados em dados e, claro, com o estabelecimento de uma comunicação sólida sendo um combustível de modo a impulsionar a equipe a atingir os resultados positivos para a escola em sua totalidade.
METODOLOGIA
O presente estudo objetivou-se a discussão de um tema que é um dos pilares junto a equipe técnica da escola que se envolvem em um complexo contexto educacional e aplicabilidade prática, e para tal utilizou-se de uma pesquisa extensa sobre o assunto discorrido e metodologia clara e objetiva. Em termos de metodologia aplicada, esta desempenha duas importantes funções: Permitir a replicabilidade do trabalho e tirar dúvidas sobre os resultados encontrados (LAKATOS E MARCONI, 2010).
O desenho da pesquisa pode ser classificado como desenho de triangulação concomitante. Para Zappellini; Feuerschutte (2015) a triangulação, como mecanismo de investigação, permite que o fenômeno investigado seja observado de diferentes formas e isso garante maior validade e confiabilidade no resultado da pesquisa.
Creswell (2007) por sua vez esclarece que nessa linha de pesquisa, os dados quantitativos e qualitativos são coletados simultaneamente e isso resulta em um período mais curto de coleta. É importante para compensar os pontos fracos inerentes a um método com os pontos fortes de outro.
Segundo Andrade, (2010) o procedimento adotado na pesquisa pode influenciar seus resultados. Partindo desse pressuposto, a escolha do tipo de pesquisa e abordagem a ser utilizada foi realizada de forma cautelosa, levando em consideração os métodos que trouxessem a apresentação do estudo de forma clara para atingir os resultados desejados e respostas para as interrogações.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pelo fato de acontecer anualmente um rodízio de assessores entre as 39 escolas da CDE 07, consideramos pouco tempo em cada escola. E com base nesse aspecto os participantes da pesquisa necessitaram de orientações e esclarecimentos para que os mesmos analisassem literalmente a contribuição do assessor de gestão educacional e respondessem o questionário de forma autêntica e coerente diante da realidade educacional.
Assim, os resultados aqui demonstrados foram obtidos através de questionário fechado, no qual contamos com a efetiva participação de 3 gestoras, 5 pedagogas e 15 professores que estivessem em HTP (horas de trabalho pedagógico) de forma anônima garantindo confidencialidades nas respostas, sendo respeitadas relativamente aos respondentes e por conseguinte, foram estruturados estes resultados em gráficos para melhor compreensão e argumentados os questionamentos e as contribuições trazidas pelos participantes.
Como mostra a Figura 1.
Tabela 1 – Sujeitos, População e amostra
Sujeitos | Amostra | Porcentagem da Amostra |
Professores | 15 | 65% |
Pedagogas | 5 | 22% |
Gestoras | 3 | 13% |
De acordo com os dados apresentados na Tabela 1, percebe-se que o maior número de participantes são professores totalizando em 15 participantes (65%) distribuídos entre professores dos sexos masculino e feminino. Há um destaque também para as pedagogas 5 participantes (22%) que não hesitaram em contribuir, pois reconhecem de forma significativa o trabalho que vem sido desenvolvido. No que se refere as gestoras 3 participantes (13%) sendo uma gestora de cada escola, tendo em vista que na rede estadual não temos vice gestora.
Considerou-se relevante conhecer os anos de atuação dos participantes da pesquisa. O gráfico 1, a seguir mostra os dados referente ao tempo de atuação dos participantes na escola pesquisada.
Fonte: A própria autora, 2023
No que se refere ao tempo de atuação dos participantes na escola, é nítida que 74% estão atuando mais de cinco anos, no que diz respeito à participação na pesquisa ora apresentada.
Vale ressaltar que, os professores como parte da comunidade escolar são os que estão em número maior, perdendo somente para os discentes. Além disso, existem indicadores que os resultados dependem exclusivamente deles, e levando isso em consideração é que se fez necessário a participação dos mesmos na pesquisa.
Considerou-se relevante conhecer qual a contribuição do assessor de gestão educacional dos participantes da pesquisa. A Tabela 2, mostra os dados referentes a essa contribuição.
Fonte: A própria autora, 2023
Com relação a contribuição do assessor na escola, verificou-se que os participantes, das 23 pessoas envolvidas 13 (57%) definem a função como suporte à gestão com um percentual bem significativo. Em consonância destacamos que 10 (43%) definem como essencial e por último com 0% não houve por parte dos participantes quem definisse como inútil.
Neste sentido, este profissional contribui para o fortalecimento da gestão escolar, o alinhamento das estratégias pedagógicas aos objetivos específicos de cada unidade educacional.
Os dados obtidos referentes a contribuição do assessor nos resultados da escola como integrante da equipe técnica, são apresentados no Gráfico 3, a seguir.
Fonte: A própria autora, 2023
De acordo com as informações apresentadas no Gráfico 3, observa-se que todos os participantes optaram por algum resultado. Destes, 4 (17%) disseram que houve aumento no índice de aprovação; 5 (22%) afirmam que a implementação do Plano de Intervenção foi mais intensificada aos professores; 6 (26%) consideram um avanço nas aulas exitosas como nova metodologia de ensino; Com o mesmo quantitativo dos participantes que consideram as aulas exitosas 6 (26%) observaram que a qualidade do ambiente escolar foi olhado de uma outra forma nos ambientes internos e externos da escola e apenas 2 (9%) disseram que houve resultado para os alunos das turmas dos 2º anos alfabetizados na idade adequada.
Foi perguntado ainda aos participantes quais os desafios do assessor de gestão educacional na escola, os dados obtidos encontram-se na Tabela 2.
Tabela 2 – Desafios do Assessor de Gestão Educacional
Desafios | Frequência | Percentual |
Aceitação no trabalho de monitoramento por parte dos docentes | 3 | 13% |
Falta de suporte em tempo hábil dos setores responsáveis da SEDUC | 3 | 13% |
Falta de cumprimento dos lançamentos de notas dentro do prazo | 3 | 13% |
Flexibilidade e mentalidade de inovação | 2 | 9% |
Organização na distribuição de tarefas para a equipe técnica da escola | 2 | 9% |
Problemas de infraestrutura | 6 | 26% |
Falta de interesse no alcance de metas da escola por parte dos docente | 3 | 13% |
Não respondeu | 1 | 4% |
Conforme demonstrado na tabela 2, os participantes em sua maioria reconhecem que o assessor de gestão encontra vários desafios, e que estes e outros desafios são recorrentes não só nas instituições pesquisadas, mas em toda a rede estadual de ensino do Amazonas. Foi mencionado ainda durante a entrevista que é fundamental que esses desafios sejam rompidos para o desenvolvimento e aprimoramento do trabalho de assessoramento.
Para Libâneo (2001) cabe àqueles que fazem parte da comunidade escolar o papel de discutir os caminhos que a escola tem de percorrer, resguardando o princípio da participação, sendo necessário considerar que a escola tem funções sociais explícitas, objetivos próprios, projetos pedagógicos e estrutura de gestão, formulada de forma coletiva e pública, dentro do critério de respeito aos papeis e competências.
Na concepção de Martins (2009) a gestão se constitui como um processo mais abrangente que a administração, pois caracteriza-se pelo reconhecimento da participação consciente e esclarecida das pessoas nas decisões sobre a orientação e execução do seu trabalho. Neste sentido, o gestor escolar precisa manter o equilíbrio entre a parte administrativa e pedagógica da escola para não deixar a desejar nenhuma das partes que tangem o bom andamento do processo educacional.
É o que ressalto ainda Ferreira (2010) um trabalho com ação participativa em que todos os integrantes tem um alvo comum e indubitavelmente satisfatório e positivo.
Na sequência foi perguntado aos participantes da pesquisa, na sua opinião como você avalia a equipe técnica da sua escola, apesar das 5 pedagogas e 3 gestoras fazerem parte da equipe técnica, elas também participaram dessa questão permanecendo com os mesmos percentuais, como forma delas se autoavaliarem. Assim, os dados foram agrupados na tabela 3 abaixo.
Tabela 3 – Avaliação da equipe técnica da escola.
Avaliação | Excepcional | Razoável | Precisa Melhorar |
Exerce boa comunicação? | 14 61% | 2 9% | 7 30% |
Exerce uma gestão democrática? | 11 48% | 5 22% | 7 30% |
Exerce liderança | 8 35% | 10 43% | 5 22% |
Exerce ética profissional? | 14 61% | 4 17% | 5 22% |
Providencia Recursos Necessários? | 15 65% | 6 26% | 2 9% |
Acha soluções realistas? | 8 35% | 5 22% | 10 43% |
Sabe planejar de forma estratégica? | 5 22% | 10 43% | 8 35% |
Incentiva alunos e professores a participarem das atividades escolares | 13 57% | 6 26% | 4 17% |
Total | 88 48% | 48 26% | 48 26% |
Conforme a Tabela 3, 48% dos entrevistados declararam que a equipe técnica em partes desenvolve um excepcional trabalho, mas fica evidente que não atingiu nem 50% das respostas por parte dos participantes. Porém, os dados revelam que a equipe precisa melhorar em vários aspectos relacionados ao pedagógico. Dessa forma, quando se trata de aspectos relacionados aos docentes, que são o caráter formativo e somativo, o tipo de relação que ele estabelece ao grupo, passa ser a essência do desenvolvimento de seu trabalho. (MAIO, SILVA E LOUREIRO,2010).
De acordo com o que se supõe, não podemos fechar os olhos para a realidade que cabe tão somente à gestão que é de coordenar a equipe técnica da escola, onde cada integrante, ou seja, cada profissional trabalhe respeitando a hierarquia escolar para exercerem suas atribuições sem sobrecarregá-los de tarefas que competem a outrem.
Nesta abordagem “O diretor apresenta-se, (…), como o responsável máximo no âmbito da unidade escolar e seu papel poderia ser definido genericamente nos seguintes termos: garantir o bom funcionamento da escola”. (Saviani, 1996, p. 207).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entre os profissionais da educação que se responsabilizam pelo fazer pedagógico e o processo educativo em sua totalidade, está o assessor de gestão educacional. E este cenário indica que a equipe técnica faz total diferença e faz o acontecer, especificamente em relação ao assessor que tem como função trabalhar em prol dos objetivos das instituições e auxilia de forma estratégica quanto as necessidades da coordenação escolar.
Evidenciou-se após a contextualização deste artigo o quanto o assessor pode contribuir em uma escola que objetiva qualidade na aprendizagem de seus alunos, no Ambiente Escolar e aprimoração nos Resultados Finalísticos da escola.
Ademais, com relação a esta contribuição do assessor, vale ressaltar que é um desafio e um caminho a ser percorrido, ou seja, um trabalho a ser conquistado através da confiança dia após dia por todos os envolvidos no processo. Implica ainda em oportunidades e espaço para atuar com todas as suas especificidades de maneira que envolva a escola, avaliando de fato o que interfere nos resultados, os pontos fortes e fracos, as particularidades de cada uma, o contexto da realidade em que estão inseridas e rompendo as dificuldades para garantir o sucesso escolar.
Assim, este estudo surgiu de inúmeras inquietações e questionamentos e por isso não se pretende neste momento considerar este estudo encerrado de forma definitiva, ele é apenas um esquisso que poderá contribuir para outras pesquisas relacionadas a contribuição do assessor de gestão educacional como parte da equipe técnica no contexto escolar.
Referências
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CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. Revista e ampliada. Goiânia: MF livros, 2008.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da Escola: teoria e prática. 4.ed. Goiânia: Alternativa, 2001.
LOURENÇO FILHO, M. B. Organização e Administração Escolar: curso básico. 8ª edição. Brasília: INEP/MEC, 2007.
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SAVIANI, Dermeval. 1996. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 12ª. Edição. Campinas: Autores Associados.
ZAPPELLINI, M. B.; FEUERSCHÜTTE, S. G. O Uso da Triangulação na Pesquisa Científica Brasileira em Administração. Administração: Ensino e Pesquisa, v. 16, n. 2, p. 241-273, 2015.
1Doutorado em Ciências da Educação pela Universidad Del Sol – UNADES
Mestrado em Ciências da Educação pela Universidad Del Sol – UNADES
Especialista em Psicopedagogia – Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ensino Superior: Graduação em Pedagogia – Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ensino Médio: Magistério- Escola Estadual Waldemarina Ferreira – Fonte Boa/AM
Atualmente, Assessora de Gestão Educacional no Núcleo de Inteligência em Gestão da Secretaria de Estado da Educação – AM. Experiência na área docente, como Pedagoga no Ensino Fundamental I, II e Ensino Médio.