REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8060049
Jhon Wender Ferreira de Souza, Jessica Aline Cardim Pinto, Wiris Pantoja da Cruz, Dicéia Lobato Nahum, Inailda Costa Mathias, Alessandra Costa Machado, Tatiane Martins Fonseca, Risângela Maria de Jesus Cavalcante Dias.
RESUMO
A ansiedade é um estado de alerta normal do corpo e do estado psicológico, porém quando aumentada e fora do controle do sujeito pode ter efeitos devastadores. A preocupação que o presente artigo levanta é: Quando a ansiedade pode atingir e prejudicar os estudantes do ensino médio em seu desempenho escolar e como isso consequentemente pode afetar a sua vida?
PALAVRAS-CHAVE: Ansiedade, alunos, ensino médio, provas.
ABSTRACT
Anxiety is a normal alertness of the body and the psychological state, but when increased and beyond the subject’s control can have devastating effects. The concern that this article raises is: When can anxiety affect and hurt high school students in their school performance and how can it consequently affect their lives being a disturbing question?
KEYWORDS: Anxiety, students, high school, evaluations.
RESUMEN
La ansiedad es un estado de alerta normal del cuerpo y de estado psicológico, sin embargo cuando aumentado y fuera del control del sujeto puede tener efectos desvastadores. La preocupación que el presente artigo levanta es: Cuando la ansiedad puede alcanzar y herir los estudiantes de escuela secundaria en su rendimiento de escolaridad y como esto en consecuencia puede afectar la vida siendo así una cuestión molesta?
PALABRAS CLAVE: Ansiedad, alumnos, escuela secundaria, exámenes.
INTRODUÇÃO
O presente artigo se desenvolve a partir de uma inquietação observada no estágio de formação complementar de professores de psicologia I em uma turma do terceiro ano do ensino médio na escola Enedina Sampaio de Melo (Trav. Coronel Garcia S/N, Perpétuo Socorro, Igarapé-Miri-PA) cuja abordagem da psicologia educacional e psicopedagógica se voltou para todas as expectativas, sonhos e frustações dessa etapa dos jovens que estão se preparando para prestar a prova do Enem.
Foi observado que a ansiedade era consequência do conflito entre prestar o ENEM para ingressar ao ensino superior e/ou concluir o ensino médio para ingressar ao mercado de trabalho.
A ansiedade ou angústia é uma condição afetiva universal que está presente em todos os seres humanos, ou seja, é inerente a existência humana (HETEM e GRAEFF, 2013, p.3) fato este que produz uma afetação emocional que provocam estados que podem se configurar quantitativamente positivos ou negativos.
De acordo com o relatório “Bem-Estar dos Estudantes: Resultados do Pisa 2015″os estudantes brasileiros estão entre os mais ansiosos comparando aos países entrevistados, com uma média de 80,8%. Sendo assim, faz-se necessário um olhar voltado pra questão da ansiedade com o desempenho escolar dos estudantes, visto que este último tem ligação com várias variáveis que influenciam a vida do aluno dentro e fora da escola.
O presente artigo tem como objetivo compreender como a ansiedade afeta o desempenho escolar dos alunos. A metodologia utilizada foi revisão de literatura, com pesquisas em livros e artigos voltados para os temas de ansiedade e educação.
O tema atual é uma questão cada vez mais frequente na sociedade. A importância de discutir este tema dentro da academia de maneira científica é fundamental, pois, é um espaço onde as informações concernentes ao tema da pesquisa são de extrema confiabilidade e fidedignidade para a sociedade onde cada vez mais se ouve falar em sofrimento mental na contemporaneidade em vista desse tipo de adoecimento. É importante que as pessoas de todas as idades percebam que a ansiedade afeta os estudantes na vida escolar e em período avaliativo, sobremaneira, em tempos onde a modernidade valoriza e endossa um currículo que suporte as demandas da sociedade em tempos tão urgentes. Para a elaboração deste artigo a metodologia utilizada foi a pesquisa de revisão de literatura de trabalhos, artigos e livros já publicados com relevância conquistada. Segundo Gil (2017) uma pesquisa bibliográfica é: “A pesquisa bibliográfica é elaborada com base no material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, testes dissertações e anais de evento científicos.”
A presente pesquisa foi realizada durante os meses de agosto a novembro de 2019.
1. O que é Ansiedade?
A ansiedade ou angústia é uma condição afetiva universal que está presente em todos os seres humanos, ou seja, é inerente a existência humana (HETEM e GRAEFF, 2013, p.3) fato este que produz uma afetação emocional que provocam estados que podem se configurar quantitativamente positivos ou negativos.
Já nascemos preparados para ter respostas emocionais diante de certos estímulos presentes no ambiente. São respostas inatas, comportamentos aprendidos que foram sendo transmitidos ao longo da evolução por terem um caráter de sobrevivência (MOREIRA, 2007, p.26).
Voltando ao conceito de ansiedade, o termo é derivado do grego anshein que significa estrangular, sufocar, oprimir (GRAEFF, 2014, p.132). De acordo com essa explicação, a futura ameaça pode ser real ou imaginada, interna ou externa de maneira a também produzir outros sintomas psicológicos e físicos, tais como: taquicardia, sudorese ou até mesmo por um sentimento de desrealização temporária podem ser concebidos como sintomas que desestruturam o sujeito frente a situações ansiogênicas (APA, 2010, p.79).
Corroborado nesse sentindo, Perls, Hefferline e Goodman (1997, p.214) contribuem dizendo que a ansiedade é a interrupção de um excitamento que leva a um hábito de conter a respiração. Não se consegue respirar espontaneamente. Assim, “a ansiedade, o excitamento que foi de modo repentino represado muscularmente, continua a vibrar por muito tempo, até que possamos respirar livremente de novo” (PERLS, HEFFERLINE, GOODMAN, P 214, 1997).
Foi com Freud, por volta de 1915, que o estudo da ansiedade ganhou notoriedade, passando a ter um corpo teórico que a sustentasse, conforme os ensinamentos de Graeff, citado abaixo:
A ansiedade adquiriu proeminência com Freud que estudou pacientes em ambulatórios, contrariando a tradição psiquiatra clássica focada em pacientes internados em hospitais e asilos. (…) Quanto à etiologia, Freud acreditava que ansiedade crônica assim como as fobias tinha causa psicológica, sendo redutíveis pela análise (…) (GRAEFF, 2014, p.132).
Os estados ansiosos produzem afetações no estado psicológico, que podem, sobremaneira, acarretar em acometimentos psíquicos grandes
Para Perls (et al 1997), uma emoção é uma reação desencadeada a partir da relação da pessoa com seu meio e é por meio dela que se pode conhecer o ambiente e se apropriar dele e complementam dizendo que as emoções “são a maneira pela qual nos tornamos conscientes da adequação de nossas preocupações; a maneira como o mundo é para nós” (PERLS et al, 1997, p. 213).
Dessa forma, pensamos a ansiedade como sendo uma resposta natural em um ambiente novo. Ainda usando os ensinamentos de Perls, o mesmo salienta que, “se uma pessoa tem emoções grosseiras, é porque sua experiência como um todo é grosseira” (Perls et al, 1997, p. 213). Entende-se por emoções grosseiras, sentimentos intensos e desagradáveis, que podem ou não causar prejuízos à pessoa, sendo considerados “anormais”, por exemplo: ansiedade em altos níveis
Segundo Carvalho (1981), o significado da ansiedade nos dias atuais está muito ligado às influencias sofridas pelas teorias como o racionalismo e o positivismo. Assim, optamos por uma abordagem que considera o homem em sua totalidade, sem isolá-lo.
Sendo assim, pensamos na ansiedade e nos comportamentos provenientes dela como formas de se relacionar com o mundo em dado momento.
2. A ansiedade e o desempenho dos alunos do ensino médio.
Para entender como a ansiedade influencia o desempenho dos alunos, se faz necessário compreendermos o que seria então o Ensino Médio e então aprofundar em pesquisas, evidências, dados, estatísticas, conclusões e estudos mais focais e elaborados no contexto escolar ao qual a ansiedade esteja diretamente relacionada.
O Ensino Médio é a última etapa da Educação Básica. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96), os Estados são responsáveis por, progressivamente tornar o Ensino Médio obrigatório, sendo que para isso devem aumentar o número de vagas disponíveis, de forma a atender a todos os concluintes do Ensino Fundamental, conforme estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE).
Dados de 2005 da Pesquisa Nacional por amostragem de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e de Estatística – PNAD/IBGE indicam que do total da população na faixa etária entre 15 e 19 anos [18 milhões], cerca de 25% [4 milhões de jovens] encontravam-se matriculados neste nível de ensino. Em 2006, 2 milhões de alunos concluíram o Ensino Médio. Cerca de 400 mil jovens ingressaram nas universidades e700 mil concluíram ensino técnico. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018).
Com a LDB após a Lei nº13.415, de 2017 reforma do Ensino Médio, houveram muitos ajustes e/ou até mesmo mudanças em determinados artigos, porém é necessário trazer apenas alguns para ter uma visão mais clara sobre tais pontos, como por exemplo:
Art. 35-A § 7o Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção 26 Lei de diretrizes e bases da educação nacional de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais.
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, ensino, a saber:
I – Linguagens e suas tecnologias;
II – Matemática e suas tecnologias;
III – Ciências da natureza e suas tecnologias;
IV – Ciências humanas e sociais aplicadas;
V – Formação técnica e profissional.
O Artigo 35-A inciso sétimo vem abarcar de forma voltada com um olhar mais subjetivo sobre o sujeito, e não somente a uma unilateral alternativa de escolha, o que faz ou o possibilita optar a partir da sua vontade, necessidade, desejo ou até mesmo vocação.
No Artigo 36, por sua vez é a divisão do ensino por áreas das ciências e suas tecnologias (obrigatoriamente a todas as instituições de ensino básico, como a função e objetivo principal a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem. Mas também, para a capacitação de ensino técnico profissionalizante e a mão de obra qualificada). Sabendo isso, começamos a contextualizar a adolescência neste perfil ao qual a LDB nos direciona.
Fonseca & Perrin (2011) trazem a visão fenomenológica constituída pela adolescência como uma etapa do desenvolvimento humano marcada por inúmeras transformações. A adolescência é compreendida como um período de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizado por diversas transformações biológicas, psicológicas, sociais e familiares. Trata-se de uma fase do desenvolvimento na qual os sujeitos deparam-se com dúvidas e desafios diante das mudanças que experimentam, predispondo-os a alterações psicoafetivas.
A conclusão do ensino médio, a escolha profissional e a entrada no mundo adulto configuram-se como eventos significativos da adolescência, marcando o processo final dessa etapa. Trata-se de uma fase associada a uma alta reatividade emocional, comprovando a relevância do estudo da saúde mental em adolescentes. (GONZAGA, SILVA & ENUMO, 2016).
A ansiedade é um fenômeno que está associado a diferentes fatores biológicos, sociais ou psicológicos, podendo afetar cada indivíduo de diferentes maneiras. Deste modo, é comum encontrar diferenças nos sintomas de acordo com o gênero ou a faixa etária (FONSECA & PERRIN, 2011).
O problema da ansiedade diante das avaliações escolares tem despertado interesse no meio educacional por haver uma prevalência de 30% a 33% dos estudantes com algum tipo de ansiedade severa, uma condição caracterizada no contexto acadêmico como “ansiedade de provas” (Methia, 2004). Muitas decisões importantes acabam relacionadas ao desempenho em provas escolares, acadêmicas e seletivas no campo da escola, universidade e trabalho, por exemplo.
Gonzaga, Silva & Enumo (2016) trazem a reflexão e a utilização das provas de maneira ampla nos campos da educação, organização, governo e setores militares para auxiliar na tomada de decisão sobre as pessoas em relação à sua realização, étnicas, carreira acadêmica e habilidades. Evidencia-se a “cultura da prova”, na qual o futuro do indivíduo é, em parte, influenciado e determinado pelo seu desempenho e rendimento no mesmo.
Dessa maneira, quando se consideram os vários usos das provas em nossa cultura, e as maneiras pelas quais elas podem determinar a vida das pessoas, não é surpresa que a situação de prova possa evocar reações de ansiedade em muitos indivíduos de todas as idades. Precocemente, muitas crianças tornam-se orientadas às provas e ficam ansiosas por causa delas. (GONZAGA, SILVA & ENUMO; 2016)
Ansiedade de provas compreende reações psicológicas, fisiológicas e comportamentais que ocorrem em associação com a preocupação com os resultados negativos resultantes do fracasso ou mau desempenho em situações de avaliação antes (fase antecipatória), durante (fase de confrontação) e depois de um período de exames (fase de espera) (ZEIDNER, 1998).
Então, percebemos que a ansiedade interfere de forma muito específica e direta quando generalizada, e isso acaba reverberando ou até mesmo sendo evidenciada dentro de certos contextos, como o ambiente escolar e suas derivações e seus processos. É importante ter soluções ou técnicas que viabilizem encarar tais problemáticas ou um auxílio técnico-profissional qualificado próximo desses profissionais dentro desses contextos escolares.
3. Como a psicologia pode contribuir com os alunos do ensino médio para minimizar o quadro de ansiedade?
Nesse contexto, corroborando com as discussões feitas até aqui sobre ansiedade, ensino médio e dessa interrelação no âmbito educacional, serão abordados as formas e possibilidades de atuação do psicólogo a fim de evidenciar suas contribuições para minimizar os quadros de ansiedades no ensino médio. Ademais a representatividade do psicólogo escolar nessa perspectiva será de “agente de mudança”, propiciando um trabalho contínuo e conjunto a professores, alunos, equipe técnica e familiares para ambos lidarem e caminharem lado a lado junto a esses enfrentamentos e desafios.
Uma outra abordagem seria a da ação preventiva da Psicologia Escolar. Prevenir significa “antecipar-se a”, “evitar”, “livrar-se de”, “impedir que algo suceda”. No contexto da escola o que se pretenderia evitar ou impedir? A existência de problemas, de dificuldades ou fracassos? (Andaló, 1984, p.24)
Pois segundo o relato de Carmem Silvia Andaló, professora da área de psicologia da universidade federal de Santa Catarina, “a conotação por vezes encontrada, entretanto, parece ser a de evitar desajustes ou desadaptações do aluno. Maria Helena Novaes, ao defender a importância da formação adequada do psicólogo escolar e sua responsabilidade profissional, afirma que “dado o caráter sobretudo preventivo da atuação do psicólogo escolar, essa orientação (psicológica) merece tanto ou mais cuidado do que qualquer outra, pois tem como meta principal o ajustamento do indivíduo” (pg.24). Caberia aqui discutir e esclarecer a natureza de tal ajustamento.”
Uma vez que com esse caráter “preventivo” da atuação do psicólogo escolar, se faz de fundamental importância para a redução de ansiedade em alunos do ensino, uma vez que essa se evidencia como o auge do sintoma de um encadeamento de conflitos e cobranças vivenciados por eles nesse período, e corroborando com os conceitos trazidos por Fritz Perls sobre ansiedade, e melhor forma de se lidar e prevenir ansiedade é falando sobre ela em suas dimensões e se fazendo os devidos encaminhamentos para compreender sua causa e o próprio indivíduo sendo seu “agente” de mudança, com esse suporte do profissional psicólogo no âmbito educacional.
“A tendência geral da escola é centrar as causas de tais dificuldades nos alunos. As medidas que vêm sendo utilizadas para tentar resolvê-las ou contorná-las resumem-se basicamente em:
“Encaminhar os “casos-problema” ao serviço de orientação educacional ou ao serviço de psicologia, como se os profissionais destas áreas tivessem soluções mágicas e prontas para tais casos;” (Andaló 1984)
“Criar mecanismos de controle cada vez mais rígidos e repressivos sobre o comportamento dos educandos através de inspetores de aluno, comunicações aos pais, reduções nas notas, multiplicação das avaliações etc.” (Andaló 1984).
“Com relação aos serviços de orientação educacional, com exceções evidentemente, temos observado alguns aspectos: não conseguem dar vazão ao crescente número de casos difíceis encaminhados;” (Andaló 1984).
Buscam contatos com os pais, numa tentativa, na maioria das vezes infrutífera, de transferir a resolução dos problemas para o âmbito familiar;
Desenvolvem trabalhos junto ao corpo discente através de aulas tradicionais onde são desenvolvidos temas, com uma conotação quase sempre de caráter moral, discorrendo sobre a necessidade de “comportar-se bem, ser bom aluno, bom filho” etc., numa tentativa de fazer com que os educandos venham a preencher as expectativas que a instituição, especialmente os professores, têm deles.” (Andaló 1984)
Dessa maneira, corroborando ao presente trabalho o artigo “Jovens em contextos sociais desfavoráveis e sucesso escolar no ensino médio.” Refere-se a princípio ao desvencilhar da proposta de que somente contextos desfavoráveis promovam o insucesso e fracasso escolar no terceiro ano do ensino médio e como consequência a ansiedade no processo avaliativo contribuindo nesse processo, uma vez que cada aluno internaliza e ressignifica a experiência dessa etapa de maneira subjetiva conforme as percepções que lhe são apresentadas, e os sociológicos, sociais e familiares meios em que estão inseridos, uma vez que pesquisa feita a partir de micro dados da edição 2011 do sistema de avaliação da educação básica, revelou que em uma estimativa de jovens nessa faixa etária cursando o ensino 3 ano do ensino médio, mesmo dentro de desafios e lutas diárias batalhadas, em busca de concluir esse ciclo para continuar a estudar, se qualificar e especificar-se em um mercado de trabalho não houveram índice de reprovação ou abandono a escola em sua trajetória escolar, visando ainda investigar que embora referenciais teóricos e realidade mostrem o contrário, podem haver contextos desfavoráveis, falta de estrutura escolar e desafios diários como o apoio ou não familiar a esse indivíduo podem interferir, mas não determinar o sucesso e realizações escolar desses alunos.
Nesse sentido, reafirmando o que Andaló (1984), traz em seu relato quando diz que é de fundamental importância o caráter preventivo do profissional psicólogo escolar no âmbito educacional, para justamente dimensionar a subjetividade de cada realidade dos alunos que aquele âmbito compõe, para assim não tornar a ansiedade, cobranças e angústia desse período fatores desfavoráveis a sua aprovação ou não no vestibular e ingressão ao nível superior, superando cada desafio sem desistir juntamente com o apoio da equipe técnica da escola e seus familiares.
Considerações Finais
Em suma, afirma-se que o objetivo do presente trabalho foi abordar a importância do olhar subjetivo aos alunos do terceiro ano do ensino médio, sobretudo quando o assunto é ansiedades, cobranças e anseios no período dessa reta final da terceira etapa da vida estudantil que é o ensino médio, que por sua vez quase não é vivenciado devido a esses percalços de forma integral e gradativa, tendo que já ter muitas escolhas a fazer, tarefas a cumprir, um vestibular para conseguir aprovação e ingressar no nível superior, mas o grande questionamento é: Qual a funcionalidade desse ciclo? E para onde irá levar esses alunos com essas metas? Essas foram inquietações que esse artigo se propôs a lançar evidenciando que muitos estudos e pesquisas ainda estão para se iniciar com esse propósito, logo esse trabalho é só mais uma contribuição para tudo que está por vir, não se findando, porém, aqui, mas apenas um iniciando esses questionamentos.
Referências Bibliográficas
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FONSECA, A. C., & PERRIN, S. A fenomenologia clínica e classificação da ansiedade infantil e adolescente, 2011.
GRAEFF, G. F. & ALBERTO, B. L. Transtorno de ansiedade – São Paulo: Editora Atheneu – 2.ed. 2012.
GONZAGA, L.R.V, SILVA, M. B & ENUMO, S. R. F. Ansiedade de provas em estudantes do Ensino Médio, 2016.
LDB Lei de diretrizes e bases da educação nacional.
LDB após a Lei nº13.415, de 2017 Reforma do Ensino Médio.
METHIA, D. Ajude seu filho a superar a ansiedade do teste e a obter notas mais altas, 2004.
NOVAES, M. H. – Psicologia escolar. Petrópolis. Vozes Ed. 1980.
PATTO, H. S. – Introdução à Psicologia escolar. São Paulo. Queiroz Ed. 1981.
ZEIDNER, M. Teste de ansiedade: o estado da arte, 1998.