AS TICS NA EDUCAÇÃO: O GOOGLE CLASSROOM COMO FERRAMENTA DE APOIO PEDAGÓGICO NO ENSINO REMOTO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10018572


Elaine Nunes Amorim
Orientadora: Profª Drª Silvia Teixeira de Pinho


RESUMO

Por conta da pandemia da SARS-COV 2, as aulas presenciais foram suspensas e o ensino precisou adaptar-se de forma remota através das tecnologias da comunicação e informação. Assim, esse trabalho tem como objetivo caracterizar o uso do Google Classroom como ferramenta de apoio durante o processo de ensino remoto pelos professores no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica qualitativa de natureza descritiva exploratória, através de livros e artigos científicos buscados na plataforma Scientific Electronic Library Online (SciELO), trabalhos de conclusão de cursos e dissertações com o propósito de apresentar a modalidade remota aplicada em salas de aulas públicas no Brasil. Como resultado foi possível observar que a plataforma Classroom oferece como ferramenta de apoio em educação, em época de pandemia, a substituição da sala de aula presencial na quarentena, por uma sala online e remota. Conclui-se, que  o Google Classroom é utilizado pelos professores e se mostrou um excelente material didático para enfrentar o problema da pandemia nas escolas.

Palavras-chaves: TIC. Ensino Remoto. Classroom.

ABSTRACT

Due to the SARS-COV 2 pandemic, in-person classes were suspended and teaching had to adapt remotely through communication and information technologies. Thus, this work aims to characterize the use of Google Classroom as a support tool during the remote teaching process by teachers in Brazil. This is a qualitative bibliographic review research of an exploratory descriptive nature, through books and scientific articles searched on the Scientific Electronic Library Online (SciELO) platform, course completion works and dissertations with the purpose of presenting the remote modality applied in classrooms of public classes in Brazil. As a result, it was possible to observe that the Classroom platform offers as a support tool in education, during a pandemic, the replacement of the in-person classroom during quarantine, with an online and remote classroom. It is concluded that, given the results of this research, the importance of training for teachers and students stands out for the possibility of using the remote system as an aggregator of knowledge.

Keywords: ICT. Remote Teaching. Classroom.

1.  INTRODUÇÃO 

O Século XXI, permeado pelos efeitos da globalização, é marcado por fatos significativos, como descobertas científicas, avanço tecnológico e diversas revoluções que impactaram em grandes transformações nas mais variadas áreas como política, econômica, social ou religiosa. Dentre os marcos históricos deste século, destaca-se, no entanto, a pandemia do novo coronavírus que assolou a sociedade mundial e provocou mudanças radicais na vida das pessoas, inclusive, causando danos irreversíveis, como a morte em massa.  

Atualmente, as pessoas vivenciam uma realidade inédita em diversas esferas da sociedade civil, por conta da epidemia do coronavírus que provocou mudanças no estilo de vida da população a nível mundial. Isso desencadeou o fechamento de parte do comércio, variações na economia, estreitamento do lazer, perda de empregos e fechamento de diversas instituições. Diante disso, surgiu a necessidade de novas posturas de comportamentos que calhasse em um sistema educacional acessível diante de uma pandemia, o procedimento adotado foi à inclusão do sistema digital para aplicação de conteúdos escolares.  

Por conta da pandemia da SARS-COV 2, as aulas presenciais foram suspensas e o ensino precisou adaptar-se de forma remota através das tecnologias da comunicação e informação. O setor educacional não estava devidamente preparado para ofertar o ensino remotamente e a Plataforma Google Classroom possibilitou o desenvolvimento de aulas síncronas e assíncronas entre corpo docente e corpo discente. Tanto educadores quanto estudantes tiveram de optar por aulas virtuais ou online para que o processo de ensino não fosse interrompido.

Portanto, as Tecnologias da Informação e Comunicação estão sendo utilizadas como instrumentos pedagógicos, atreladas às suas diversas ferramentas, recursos ou mídias digitais, tendo como um dos pilares principais o Google Workspace for Education. As Tecnologias de Informação, também incluem os equipamentos eletrônicos como Computadores, Tablets e Smartphones, as Redes Sociais, Plataformas e Aplicativos como, Google Classroom, Moodle, WhatsApp, YouTube, E-mails, Facebook, Blogs. Esses tornaram-se a principal alternativa no processo de ensino remoto.

Perante a situação atípica vivenciada na área da educação em que escolas foram fechadas e aulas passaram a ser a distância, considerando questões como, falta de acesso à internet, bem como falta de equipamentos eletrônicos, houve a necessidade de buscar respostas de como os professores  utilizam o Google Classroom como ferramenta de apoio pedagógico no ensino remoto e como o processo de ensino é desenvolvido.

Assim, pensou-se nas seguintes etapas para entender a problemática e encontrar algumas sugestões possíveis: Quais referências teóricas apoiam a utilização do Google Classroom como ferramenta de apoio no ensino remoto? Quais as formas de aplicações do Google Classroom pelos professores? Quais as dificuldades no uso do Google Classroom pelos professores e alunos? Assim, na pesquisa realizada foi possível identificar a diversidade de técnicas acerca do papel que o professor e orientador educacional podem assumir ao auxiliar seus alunos e essas são as atividades práticas que envolvem conscientização sobre alimentação, o corpo físico e a mente, técnicas de relaxamento e respiração. 

No sentido de fornecer subsídios relacionados ao cuidado com o aluno e sua educação, tornou-se imprescindível o conhecimento da estrutura familiar, sua composição, papéis e como os membros se organizam e interagem na comunidade. Wright, Leahey (2002) afirmam que o significado que a família atribui à educação dos seus membros, bem como sua influência sobre saúde e a vida escolar, obriga os profissionais a considerarem o cuidado centrado na dinâmica familiar como parte integrante de sua prática.

Além disso, o apoio social foi definido como a dimensão pessoal, a qual consiste nos recursos fornecidos por membros da rede que geram benefícios físicos, emocionais e comportamentais. Sendo assim, as redes de apoio social tornam-se importantes para orientar os sentimentos e condutas adotadas pelos familiares em relação à educação remota. Os apoios sociais apresentam funcionalidades distintas, tais como: apoio material, afetivo, emocional, de informação e interações sociais positivas.

Similarmente, as relações sociais são definidas como um conjunto de sistemas e de pessoas significativas que compõem os elos de relacionamento percebidos por um indivíduo (Siqueira, Betts; Dell’aglio, 2006). Sua natureza complexa envolve características interpessoais e intrapessoais. Em termos interpessoais, essas redes são constituídas por grupos de pessoas com as quais mantêm contato e que podem ou não oferecer ajuda, abrangendo apoios com funções distintas. As relações sociais tornaram-se muito importantes em relação ao estudo remoto na pandemia da Covid-19.

Entretanto, o suporte social também se dá por meio de instituições religiosas, pela fé/espiritualidade e buscam-se formas de enfrentamento menos dolorosas e consolação. Também, os familiares que têm fé sentem-se mais seguros e capazes de vivenciar essa situação. Além de auxiliar na aceitação, adaptação e consolo da família em relação à deficiência (Geertz, 1989).

De fato, quanto aos tipos de relações, aquelas constituídas por parentes se mostram como as mais acessadas (Silva Júnior et al., 2010). Esse acesso das redes torna-se mais evidente em situações em que se faz presente a necessidade por ajuda e proteção, como no caso da deficiência de um filho (Gallagher; Whiteley, 2012; Thurston et al., 2011). É no seio familiar que os membros buscam o conforto e esperam acolhimento nos momentos de maior necessidade.

Desta forma, o objetivo geral deste trabalho é caracterizar o uso do Google Classroom como ferramenta de apoio durante o processo de ensino remoto pelos professores no Brasil. Pretende-se mostrar como os docentes e discentes utilizam a plataforma Classroom para o desenvolvimento de aulas síncronas e assíncronas e quais as dificuldades encontradas por ambas as partes em atividades não presenciais.

2. Fundamentação Teórica 

2.1 Fundamentos teóricos das tecnologias da informação e comunicação como apoio pedagógico no ensino remoto

As chamadas Novas Tecnologias ou Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), estão configurando mudanças abruptas na sociedade, em todos os contextos da estrutura social, política, econômica, jurídica e do trabalho, contribuindo, assim, para uma nova relação entre seus usuários e a sociedade. As TIC fazem parte do dia a dia das pessoas e os relacionamentos humanos se revolucionam a cada instante através de diversas redes sociais onde esses interagem e compartilham interesses.

As mídias sociais como Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, Tik Tok e Kwai, são muito comuns na vida diária e domiciliar das pessoas, tanto para fins de interação e lazer, quanto para o âmbito profissional e demais atividades necessárias à praticidade cotidiana. Ademais, essas ferramentas de comunicação podem ser integradas entre si, bem como, a outras plataformas digitais, com fins diversos ou utilizadas para serviços educacionais, para o intercâmbio de conteúdos. 

A inserção das tecnologias e dispositivos digitais no processo educacional era um fenômeno em crescimento gradativo de aceitação por muitos educadores, por ampliar o acesso à educação de qualidade, no entanto, com a suspensão das aulas presenciais e necessidade de dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem, essas ferramentas tornaram-se realidade na prática de ensino de modo geral, embora nem todos os alunos conseguem ter acesso a esses recursos.  

Para Moreira e Schlemmer 

[…] a suspensão das atividades presenciais físicas […] gerou a obrigatoriedade dos professores e estudantes migrarem para a realidade online, transferindo e transpondo metodologias e práticas pedagógicas típicas dos territórios físicos de aprendizagem, naquilo que se tem apelidado de ensino remoto de emergência (2020, p. 07).

O avanço tecnológico atrelado à necessidade de ensino remoto, em função da suspensão de aulas presenciais, devido à pandemia do novo coronavírus, a internet e outras tecnologias de informação e comunicação (TICs) chegaram ao ambiente escolar, configurando uma ferramenta fundamental no processo de ensino e aprendizagem, tornando as aulas mais dinâmicas e interativas, dependendo da forma que o docente utiliza esses recursos tecnológicos.  

No entanto, Vilaça & Araújo (2016) ressaltam que o fato de inserir as tecnologias no processo de ensino, não significa que haverá uma educação de qualidade, mas o uso de tais recursos, pode ser fundamental, demonstrando que as tecnologias além de serem utilizadas no aspecto social e mercado de trabalho, também podem ser aplicadas no âmbito escolar. Os projetos digitais inseridos na educação formalizam o processo de ensino, tornando o mesmo quase igualitário para todas as séries.

De acordo com Silva (2019), os recursos tecnológicos estão se expandindo e trazem vários benefícios para a sociedade, visto que, por meio dessas novas tecnologias, há diversas formas das pessoas se interagirem, além de tornar o processo de ensino e aprendizagem, mais significativo, devido à diversidade de ferramentas digitais. As tecnologias também têm como benefício a diversidade de conteúdo e a expansão de materiais idealizados pelos alunos e professores.

A necessidade de distanciamento e isolamento, conforme Santana (2020) provocou o surgimento de formatos de ensino não presencial emergentes e urgentes para lidar com a pandemia, como a Educação a Distância – EaD, que antes era adotada no Ensino Superior, O Ensino Híbrido, a educação on-line e o ensino remoto, todos fazendo uso das Tecnologias da Informação e Comunicação. Embora compartilhem características semelhantes, Santana (2020) ressalta a importância de diferenciar essas terminologias, demarcando conceitos e características das mesmas.   

 Quando se fazia referência ao formato de ensino não presencial pensava-se logo na EaD, que se caracteriza como uma das modalidades de ensino previstas na LDB e possui ampla regulamentação para o seu desenvolvimento. Esta modalidade diferencia-se das demais, sendo contemplada especialmente no artigo 80 da LDB, a EaD tem hoje um Decreto nº 9.057/2017, que a define em seu art. 1º como  

Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos (Brasil, 2017, p. 1).

Há outros aspectos que orientam o desenvolvimento da Educação a distância, estabelecendo os formatos e critérios para a sua oferta pelos sistemas de ensino e os respectivos órgãos reguladores. Os autores, Christensen, Horn e Staker (2013. p. 35) definem ensino híbrido como “[…] um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online. O estudante tem algum controle sobre pelo menos um dos seguintes elementos: tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo”. 

Além da adequação do currículo e das atividades curriculares, outros aspectos devem ser considerados na implantação do ensino híbrido, como a dinâmica de sala de aula e a formação do professor, conforme Christensen, Horn e Staker (2013). Os referidos autores determinam que as propostas de ensino híbrido podem organizar-se na categoria de modelos sustentados, que mantêm certa proximidade com o modelo vigente de educação e modelos disruptivos, que rompem com a sala de aula tradicional, seguindo diferentes trajetórias. Portanto, esses são menos adotados devido à necessidade de mudar radicalmente o modelo vigente.

De acordo com Santana e Sales (2020) o ensino híbrido também já dispõe de um suporte legal relevante, que se origina a partir da autorização para a oferta semipresencial em cursos de graduação desde o ano de 2004 com a Portaria nº 4.059/2004.

[…] incluir métodos e práticas de ensino-aprendizagem que incorporem o uso integrado de tecnologias de informação e comunicação – TIC para a realização dos objetivos pedagógicos, material didático específico, bem como a mediação de tutores e profissionais da educação com formação na área do curso e qualificados em nível compatível ao previsto no projeto pedagógico do curso – PPC e no plano de ensino da disciplina, que deverão descrever as atividades realizadas a distância, juntamente com a carga horária definida para cada uma, explicitando a forma de integralização da carga horária destinada às atividades on-line. (Brasil, 2017, p 2.).

Já em relação à educação on-line, Santos (2019,) a define como um conceito amplo e multifacetado e sem regulamentação no Brasil. Devido ao seu espectro complexo, talvez não caiba conceituá-lo em estruturas rígidas, as quais tornam inviáveis suas múltiplas potencialidades. Ainda, segundo Santos (2019, citado por Mognon, 2020, p.11) a educação on-line como um complexo conjunto de ações voltadas para o ensino e aprendizagem intermediados por tecnologias digitais que fortalecem práticas interativas e hipertextuais. 

Apesar de utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação, Mognon (2020) não vê a educação remota como sinônimo de Educação a Distância. Completando seu pensamento, Mognon (2020, p.7 cita Santos 2019) concebe a Educação On-line como uma perspectiva pedagógica passível de potencializar situações de aprendizagem tanto através de encontros presenciais, como à distância ou em processos híbridos. 

Em consequência da pandemia da Covid-19 o ensino remoto emergencial ganha repercussão e visibilidade no contexto educacional, da educação básica ao ensino superior, embora não seja contemplado pela legislação vigente, como tipologia ou modalidade de ensino, segundo Santos (2019, citado por Mognon, 2020, p.12). O termo se difundiu na mídia, nas redes sociais digitais e entre gestores públicos, na tentativa de nomear as ações pedagógicas criadas para atender às exigências das regulamentações emergenciais requeridas pelos órgãos públicos no contexto educacional em tempos de pandemia.

Mesmo a não sendo contemplado como modalidade de ensino pela legislação vigente, como já mencionado anteriormente, as portarias nº 376, de 3 de abril de 2020 e nº 544, de 16 de junho de 2020, do Ministério da Educação, tratam da substituição das aulas presenciais por aulas através de meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus COVID-19, em nível nacional. Essas portarias autorizam a suspensão ou substituição das disciplinas presenciais, em cursos regularmente autorizados, por atividades    que utilizem recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais para a continuidade do processo de ensino aprendizagem. (Brasil, 2020b, p.1).

Nóvoa (2020) entende que, além de proporcionar a continuidade do ensino em tempos que exigem o distanciamento e isolamento social, a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação,  como ferramenta no processo de ensino, também proporciona a gestores, professores, alunos, pais e funcionários tornarem  a escola um lugar democrático e promotor de ações educativas que ultrapassa os limites da sala de aula, levando o estudante a enxergar o mundo além dos muros da escola, respeitando os pensamentos e princípios do outro. Nesse aspecto, cabe ao professor reconhecer as diferentes maneiras de pensar e as curiosidades do aluno sem que haja a imposição do seu ponto de vista.

Conforme Araújo 

O ensino remoto diz respeito a todos os recursos tecnológicos que podem ser utilizados como auxiliares da educação presencial. Na impossibilidade da educação presencial, os sistemas públicos e privados da educação no Brasil estão migrando para a educação remota como se esta substituísse totalmente a educação presencial. E a gente sabe que não substitui (2020, p. 232).

 Neste contexto é importante ressaltar também a importância de respeitar as realidades, que de acordo com Vilaça e Araújo (2016), não obstante as novas tecnologias apresentem vários benefícios para a sociedade, proporcionando uma maior interação entre as pessoas e já fazerem parte da realidade de muitos cidadãos, infelizmente nem todos têm acesso a esses recursos tecnológicos e ficam à margem das vantagens que os mesmos oferecem.   

Para Kenski (2012, p. 23), as Tecnologias de Informação e Comunicação são mais que suportes. “Elas interferem em nosso modo de pensar, sentir, agir, de nos relacionarmos socialmente e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova cultura e um novo modelo de sociedade”. Além disso, as tecnologias possibilitam diferentes dinâmicas e metodologias de ensino, principalmente nos cursos de graduação, onde a maioria, senão todos os professores, utilizam as TICs, mídias digitais e aparelhos eletrônicos em suas aulas ou indiretamente pelo planejamento, organização, estruturação dos conteúdos de ensino e de sua prática pedagógica.

As tecnologias hoje não são apenas ferramentas e conteúdos extracurriculares que servem de suporte para outras questões. Para Alarcão (2011), as tecnologias são ferramentas e conhecimentos pedagógicos necessários no currículo atual. Não utilizar esses recursos com o aluno, no processo de ensino aprendizagem, significa negar-lhe oportunidades dignas de participação, transformação e inclusão em um ambiente social de informações e interações rápidas, como a cibercultura. 

 Furlan e Nicodem (2017) entendem que é necessário que a sociedade esteja pronta para aprender, ensinar e se adaptar ao novo. Dessa forma, as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação se tornam um reforço de grande relevância na educação atual, pois têm dentre várias contribuições, a instruir os alunos, colaborar com a metodologia dos docentes e enriquecer o trabalho dos gestores.

 Costa et al. (2015, p. 604) citam   “(…)   as novas tecnologias e tecnologias digitais, indistintamente, referindo-se ao uso computador, tablet, celular, smartphone e qualquer outro dispositivo que permita a navegação na internet”. As mesmas estão sendo bastante utilizadas no ensino remoto emergencial devido à quantidade de ferramentas e facilidades oferecidas, uma vez que os docentes, mesmo distantes, podem interagir com os educandos, esclarecer dúvidas, além de serem de grande relevância no processo de ensino e aprendizagem.

Marchiori et al., (2011) consideram que o desempenho dos alunos depende fundamentalmente, da atenção que estes dedicam aos estudos. As referidas autoras consideram, ainda, que essa atenção pode ser considerada um dos principais fatores para o sucesso na aprendizagem, o que evidencia que a tecnologia pode ser uma ferramenta muito útil no processo de ensino aprendizagem, utilizando projetos bem elaborados e mudanças nos currículos.

As TICs, são vistas com perspectiva transformadora e determinante para melhorar a educação, mas deve-se considerar que há muitos problemas ainda associados à sua inserção nas escolas. É um desafio para os professores mudarem sua forma de conceber e pôr em prática o ensino, através de uma nova ferramenta.

 Imbérnom (2010, p.36) afirma que:

Para que o uso das TIC signifique uma transformação educativa que se transforme em melhorar, muitas coisas terão que mudar. Muitas estão nas mãos dos próprios professores, que terão que redesenhar seu papel e sua responsabilidade na escola atual. Mas outras tantas escapam de seu controle e se inscrevem na esfera da direção da escola, da administração e da própria sociedade (2010, p.36).

A afirmação de Imbérnom (2010) evidencia que as escolas devem fazer uso das TICs como recursos de aprendizagem em todos os aspectos do currículo.  As TICs eram utilizadas apenas em trabalhos extracurriculares ou em disciplinas como complemento didático.  No atual contexto educacional tornaram-se relevantes, pois as mesmas proporcionam e possibilitam o ensino remoto, que segundo Garcia et al., (2020, p. 05) “permite o uso de plataformas já disponíveis e abertas para outros fins, que não sejam estritamente os educacionais, assim como a inserção de ferramentas auxiliares e a introdução de práticas inovadoras”.

Ademais, em tempos atípicos como esse que a humanidade está vivenciando, o ensino remoto evita o contato físico para que não haja o contágio da COVID-19 e, através das TICs, os alunos podem continuar aprendendo em suas casas. Entretanto, este modo de ensino requer disciplina por parte do aluno para a realização das atividades escolares. Neste prisma, a motivação do estudante, atrelada ao Serviço de Orientação Educacional e ao acompanhamento familiar é primordial para a organização disciplinar.

Assim como outros aplicativos a plataforma Classroom tornou-se um sistema de apoio pedagógico, pois não se pode fazer uso da mesma como totalidade de ensino, devido o sistema remoto ser algo novo no mercado educacional e os professores e alunos não estar totalmente adaptados a essa modalidade de ensino, mas pode-se usá-la diariamente para direcionar fundamentos educacionais. Devido o sistema remoto ter sido incluído em pouco tempo na educação brasileira, os seus instrumentos servem apenas de apoio pedagógico e não como como ferramenta única de aprendizagem.

Como agente de apoio pedagógico, a mesma permite ao professor mediar o conteúdo do sistema ao aluno e essa mediação se faz necessária para sanar dúvidas e até mesmo aplicar avaliações aos discentes. Ainda como ferramenta de apoio às demais tecnologias oferecem tutoriais de como acessar os aplicativos de aulas, vídeos de apoio ao professor em home office, oficinas para o professor, descoberta de talentos e até mesmo incentivo para o docente encontrar um hobby.

As tecnologias não podem por si só fazer o aluno entender os conteúdos, pois não consegue relacionar em todos os casos a teoria com a prática, e não inclui em si todos os preceitos do humanismo. Mas como apoio pedagógico fomenta a discussão, interage com os acadêmicos por meio de jogos e robôs virtuais e até mesmo escala tarefas para o aprendiz. Contudo, é importante salientar que toda forma de aprendizagem virtual pode acarretar a predisposição a vícios na internet.

As TIC ‘s, como ferramenta de apoio engloba: os notebooks; laptops; desktops; fones de ouvido; robôs; Android; iPhone; tablets; internet; sites, entre outros. Além de poder ser utilizada para facilitar a passagem de conteúdo entre professor e aluno, também pode ser utilizada em benefício do tutor de sala. As tecnologias de informação e comunicação disponibilizam diários eletrônicos, painéis de dicas, slides, calculadoras, mapas, e-book, aplicativos para personalização de fotos, vídeos e sons.

Dentre todas as funções de apoio pedagógico as ferramentas digitais se destacam pela rapidez que as tarefas são difundidas, não obstante da localização do aluno, pela linguagem facilitada e pela oportunidade de uma parte da população poder acessar conteúdos educacionais mesmo tendo barreiras sanitárias. Assim, as TIC tornaram-se a ferramenta necessária para o aluno continuar seus estudos independente de qualquer pandemia mundial, naturalizando o movimento tecnológico.

Independentemente da raça, credo ou ideologia do aluno, a oportunidade de acessar revistas, artigos científicos, boletins, jornais, notícias, repositórios de universidades internacionais, e-mails, pesquisas em andamentos, testes em laboratórios e consultas a órgãos governamentais, eleva o ensino e possibilita o acesso ao conhecimento. Condições geográficas e questões socioeconômicas precárias, no entanto, limitam esse acesso por parte de grupos privados de mesmas oportunidades, que não dispõem de equipamentos eletrônicos e internet.

2.2 As práticas pedagógicas apoiadas pelo Google Classroom

Atualmente as escolas, como um todo, dispõe de uma variedade de plataformas para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem dos alunos e disponibilizar um ambiente de aprendizagem colaborativo entre os mesmos. De acordo com Scuisato (2016, p.20) “a inserção de novas tecnologias nas escolas está fazendo surgir novas formas de ensino e aprendizagem; estamos todos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e a aprender, a integrar o humano e o tecnológico”.

Ivo (2014) em suas literaturas menciona os Sistemas de Gestão de Aprendizagem, também conhecidos como Learning Management System (LMS), como plataformas que disponibiliza funcionalidades para auxílio no aprendizado online, independente de ser na modalidade à distância ou como apoio ao ensino presencial, gerenciando, controlando e acompanhando o processo de aprendizagem dos alunos.  

  As plataformas LMS, segundo Ivo (2014) têm como principais características permitir uma maior interação entre professores e alunos; enviar mensagens, e-mails e bate-papo; envio e recepção de materiais produzidos pelo professor e pelos alunos; criação e produção de conteúdos e materiais on-line e flexibilidade de acesso ao conteúdo online, podendo ser acessado pelo computador, smartphone e tablets.

Daudt (2015) aponta o Google Classroom como uma plataforma LMS gratuita e livre de anúncios que tem como objetivo apoiar professores em sala de aula, melhorando a qualidade do ensino e aprendizagem. Ainda, segundo Dauldt (2015) o Google Classroom possibilita ao professor o desenvolvimento de uma série de ações como, postar atualizações da aula e tarefas de casa, adicionar e remover alunos e ainda fornecer um feedback das atividades realizadas pelos alunos. O serviço é integrado ao Google Drive, fazendo parte da rede de aplicativos do Google Apps for Education e aplicativos de produtividade como o Google Docs e Slide. 

Daudt (2015) faz referência, também, a algumas funcionalidades do Google Classroom como: criação de salas virtuais; lançamento de comunicados; criação e aplicação de avaliações; receber os trabalhos dos alunos; organização de todo material de maneira facilitada e otimização da comunicação entre professor e aluno.

Outra vantagem da plataforma Google Classroom, segundo Vilaça & Araújo (2016), é que a mesma não necessita de instalação local e um servidor dedicado. A plataforma já se encontra online e hospedada, facilitando a entrada (login) na plataforma e a integração de diversas ferramentas online disponibilizadas pelo Google como: Gmail, Google Drive, Hangouts, Google Docs, Google Forms e Google Meet. 

De acordo com Araújo (2016) a funcionalidade de criar e manter turmas no ambiente digital, professores e estudantes podem usar os recursos para tornar o ensino mais produtivo. Possuindo integração com ferramentas da própria plataforma, como o Gmail, Drive, Google Agenda, entre outros, acaba tornando a curva de aprendizagem do aluno longa e bem significativa, pois a interatividade que ele terá com o conteúdo, as tarefas e professores serão de forma muito intuitiva. Facilita também a aplicação do chamado Ensino Híbrido, que é a junção do aprendizado em sala de aula com a educação a distância através das tecnologias.  

Outra possibilidade de promover interação é através do aplicativo Google Meet, apresentada por Araújo (2016), cujo aplicativo propicia a realização de videoconferência com participação de até 250 pessoas, mediante compartilhamento do link gerado automaticamente pelo programa, ou ainda o   agendamento da aula, do evento e/ou da reunião, através de videochamada exclusiva que poderá ser gravada e, posteriormente, compartilhada. 

Segundo Araújo (2016), além dos recursos de vídeo, o professor, criador da sala virtual, pode compartilhar a tela do seu computador, exibindo o material da aula como slides, vídeos, imagens e outros. Em salas virtuais com vários alunos pode ocorrer barulhos externos e conversas paralelas que dificultam e/ou atrapalham a comunicação e o diálogo sobre os conteúdos expostos na aula. A fim de evitar esses contratempos, os próprios estudantes podem desabilitar seus microfones e, caso esqueçam, o professor poderá silenciar alguns participantes da videochamada. 

Esse recurso facilita os encontros pedagógicos (reunião de pais e/ou responsáveis e mestres, planejamentos por área de conhecimento, reuniões de alinhamento entre componentes da comunidade escolar) fortalecendo os vínculos escolares, substituindo os encontros presenciais em tempos que estes devem ser suspensos. A velocidade da conexão da internet e as condições dos equipamentos eletrônicos contribuem para a qualidade de uma webconferência, mas o sucesso da mesma depende muito da colaboração dos envolvidos.

Em relação às práticas pedagógicas apoiadas pela plataforma Classroom, observa-se que embora seja uma ferramenta recente, lançada em 2014 pela Google, alguns estudos já abordam o potencial do Google Sala de Aula como ferramenta de apoio à aprendizagem. É sabido que algumas experiências com esse aplicativo foram desenvolvidas em atividades extracurriculares (tarefas de casa), agilizando o processo de ensino-aprendizagem na modalidade presencial.

Souza & Souza (2016) descrevem uma experiência vivida mediante a utilização do Google Classroom em uma turma do ensino médio, como plataforma educacional de apoio às atividades de ensino aprendizagem na disciplina de matemática. Ao final do estudo, os autores constataram que a inclusão da plataforma digital “classroom” em atividades de aprendizagem no ensino médio, tende a despertar o interesse dos alunos, bem como propiciar trabalhos que promovam maior interação e colaboração entre estes dentro das salas de aula, contribuindo assim para o processo de ensino aprendizagem, configurando os principais pontos positivos aos quais estão relacionados à utilização do ambiente “Classroom”, (Souza, 2020).

São várias práticas utilizadas pelo tutor de aula, variando em milhares de acordos com a abordagem de ensinamento seguida pelo mestre em sala e algumas práticas pedagógicas se tornaram obsoletas, mas infelizmente ainda são utilizadas. O caso da aula expositiva que ainda era comum em sala de aulas antes da pandemia, conseguiu ser alterada para aulas híbridas onde o aluno também pode comunicar-se, tornando a comunicação mútua nas aulas remotas. Nesse caso, a prática pedagógica apoiada pelo Google Sala de Aula é o formato de aula com comunicação recíproca.

Como o sistema oferece criatividade, a plataforma incentiva a criação de novos modelos de aula que incluam a pesquisa de satisfação, a escrita de teorias científicas e a leitura de livros literários e clássicos. As práticas pedagógicas apoiadas devem ter como base a ética, a moral, a neutralidade e a participação de toda comunidade, assim como a oportunidade de relacionar a teoria com as vivências pessoais do aluno.

2.3 Utilização do Google Classroom pelos professores da escola e as dificuldades apresentadas

Rosa (2020) profere em seus estudos que a proposta de educação ofertada por meios tecnológicos sempre trouxe alguns obstáculos, principalmente pela falta de preparo/capacitação dos professores no manuseio de suportes tecnológicos. Existe também o fato de o ensino presencial no Brasil até em 2020 seguir uma abordagem clássica, onde as interações via mídia digital são raras ou escassas. Isso fez com que a inclusão dos meios de comunicação em massa acontecesse de forma brusca em todo o sistema educacional do país.

Dessa forma, Goldbach e Macedo (2007) consideram que é fundamental que os cursos de atualização dos docentes proporcionem várias estratégias de ensino modernas, como o uso de equipamentos de informática, para aperfeiçoar o modo de ensino. Inesperadamente, por conta da epidemia do coronavírus, os docentes passaram a ajustar os planos de aula, focalizar em novas estratégias e adaptaram os espaços nas suas casas tentando, assim, adequar o ensino presencial à realidade do ensino desenvolvido a distância (Deslandes; Coutinho, 2020).

As dificuldades apresentadas no Google Sala de Aula foram o travamento do aplicativo em determinadas situações, a não aceitação de alguns tipos de documentos, e o espaço ocupado para armazenar o mesmo em celulares ou computadores. Porém, a maioria das dificuldades estão relacionadas a falta de acesso a internet ou rede de internet com sinal fraco e a inacessibilidade a aparelhos tecnológicos tanto pelo professor quanto pelo aluno.

Para o professor o ensino remoto demandou mais tempo de preparação de aula do que o acordado em seu plano de trabalho, além de a grande maioria das comunidades estudantis não disponibilizar acesso ou ferramentas digitais para as aulas. O professor também teve que deslocar-se de sua residência para deixar materiais a alunos que não conseguiram acessar remotamente a sala de aula. Devido a isso, é importante permitir que a sociedade em torno da escola obtenha apoio e formação sobre como proporcionar ajuda para todos os alunos na sua formação online. 

Silva (2021, p. 2) afirma o seguinte:

                       Os sistemas educacionais foram um dos serviços que tiveram seu funcionamento interrompido por tempo indeterminado. Dessa forma, universidades, faculdades, institutos e escolas públicas e privadas, tiveram que paralisar suas atividades em meados de março de 2020, o que afeta 90% dos estudantes em todo o mundo, segundo a Organização das Nações Unidas. 

Além de não ter um local adequado para apresentar suas aulas, a grande maioria dos professores não obteve formação continuada ou cursos sobre a aplicação de aulas remotas. Como os professores não obtiveram auxílio no quesito formação houve grandes dificuldades de acessibilidade nas plataformas de ensino remoto, as postagens de conteúdos educativos e comunicação recíproca. Contundentemente, Almeida & Dalben (2020, p. 3) reafirmam que:

A despeito de ser a única opção plausível, dadas as incertezas sobre a duração das medidas de Isolamento, a implementação do ensino remoto se mostra via de mão dupla: por um lado, permite que o afastamento seja físico, mas não completo, com manutenção de contato social em meio virtual; por outro, traz, de maneira subjacente, o aumento das desigualdades educacionais já demasiadamente expressivas no sistema educacional brasileiro. Diante desse dilema, em contraponto a nada fazer, coube aos profissionais buscar formas de se reinventar para manter seu exercício docente.

Destaca-se, que o home office não permite ao professor desligar-se totalmente da sala de aula e assim passa muito mais tempo planejando e tirando dúvidas de alunos. Como recursos paliativos as escolas que usaram do profissional de psicologia para auxiliar o professor em suas aulas e na sua saúde mental obtiveram maiores saldos acadêmicos. As comunidades educativas que abarcavam a participação de orientadores permitiram um contato mais humano entre o discente e o docente (Oliveira, 2020).

Para que as dificuldades sejam minimizadas, precisa-se levar em conta um espaço apropriado para o professor apresentar suas aulas, cedido pelas escolas, bem como materiais alinhados com as tecnologias, aparelhos atualizados de informação, cursos e conscientização sobre o ensino remoto e acesso contínuo à internet. Para o aluno é preciso auxiliá-lo com equipamentos adequados. A participação cotidiana do orientador para com os alunos também aumenta o aproveitamento das aulas e contribui para a diminuição das dificuldades relacionadas aos acessos e resolução das aulas remotas.

2.4 Aulas em época de pandemia

Devido a pandemia do Coronavírus, em março de 2020 as escolas públicas e particulares começaram a fazer uso em larga escala da tecnologia para oferecer o ensino. As aulas realizadas no contexto da pandemia são vinculadas e mediadas pela tecnologia, porém conduzidas pelos princípios das aulas presenciais. As aulas remotas têm como objetivo evitar evasão escolar e o atraso da vida acadêmica e, através das mesmas, o professor consegue oferecer suporte e material necessário com conteúdo atuais e que fomentam a participação do aluno (Vieira; Silva, 2020).

A mudança principal das aulas remotas para aulas presenciais, deu-se devido a impossibilidade de contato físico, mas as provas, os exercícios e apresentações de trabalhos e as discussões ainda são mantidas. O ensino remoto não é ensino a distância (EAD) e para esclarecer, o ensino EAD é totalmente planejado com antecedência para determinada instituição, é projetado para um ano letivo completo e não leva em consideração a população da classe e a cultura, ou melhor, não é adaptável e flexível (Sebarroja, 2017). 

Na modalidade EAD as aulas são gravadas e o aluno possui apenas um tutor para tirar as suas dúvidas, dispõem de um cronograma padronizado e a interação virtual acontece geralmente uma vez ao mês e, dependendo da metodologia, pode não ocorrer. Já em aulas remotas os alunos têm a atenção do professor ao mesmo instante que faz as atividades e os conteúdos dessas aulas podem ser adaptados seguindo a evolução de cada sala e é visível que o professor ao vivo, oferece maior qualidade e eficiência de ensino.

Embora o ensino remoto tenha sido projetado para dar prosseguimento ao processo de ensino-aprendizagem, visando a continuidade das aulas e a consequente não interrupção das mesmas, esse não contemplou com a mesma forma e teor, todo o público alvo. Outrossim, evidenciou o contraste entre grupos humanos distintos, fazendo-se perceber que de um lado está o grupo com características predominantes de boas condições socioeconômicas e noutro patamar encontra- se aquele grupo que se encaixa no conceito de vulnerabilidade social. 

O ensino remoto segue amparado pelo discurso de garantir a continuidade das aulas, bem como manter o vínculo do aluno com a escola, porém se manifesta em realidades diferentes. Por um lado, evidenciou um cenário provido de boas condições para estudos, como iluminação, espaço arejado, móveis adequados, equipamentos eletrônicos, acesso à internet, material didático e acompanhamento docente – mesmo que virtualmente e, por outro lado revelou o oposto com mínimas condições para desenvolvimento das atividades escolares (Xavier, 2020).

A primeira perspectiva, concede ao estudante a possibilidade de interagir com seu meio, buscar auxílio para sanar dúvidas e acessar outras fontes de pesquisas, a qual contribui para sua motivação e aprendizagem. Já na segunda conjuntura, o contato entre docente e discente é longínquo, de modo que o aluno não dispõe de auxílio durante a prática de leitura e realização dos exercícios, bem como, de outras fontes de pesquisas senão àquelas limitadas aos livros ou apostilas. Assim, o estudante permanece à margem dos benefícios idealizados pelo ensino remoto e sua aprendizagem é comprometida.

3 METODOLOGIA

No que se refere à pesquisa bibliográfica, esta se vale de dados existentes, aproveitando-se de conhecimentos que já receberam tratamento analítico, ou seja, é fundamentada em materiais já publicados. “A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos” (Fonseca, 2002, p. 32). 

Por outro lado, a finalidade de um trabalho científico é transmitir ideias e descobertas realizadas por pesquisadores de distintas áreas de estudo, apresentando seus resultados que são adquiridos diante de suas próprias observações e pesquisas (Andrade, 2009). A pesquisa se apropriou do método descritivo exploratório, esta abordagem tem por finalidade descrever determinados fenômenos de maneira a fornecer informações para uma investigação mais precisa (Marconi; Lakatos, 2008).

A pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa que envolve diversas formas de conhecimento bem como de coleta de dados e tem a intenção de coletar e analisar dados para o avanço da ciência, (MARCONI; LAKATOS, 2017). Será um trabalho científico de cunho original, por ser científico visa ser racional e o objetivo, abrangendo conhecer um assunto pré-delimitado, se aplica métodos racionais, levantando-se assim dados, uma articulação imprescindível entre teoria e prática. Seguindo o conceito de Ruiz (2006, p. 48), “[…] pesquisa científica é esclarecer conceitos fundamentais, abrir horizontes e apresentar diretrizes básicas, que podem, pela sua generalidade, ser aplicadas à elaboração de qualquer espécie de trabalho científico […]”.

Quanto aos objetivos descritivos, de acordo com Marconi e Lakatos (2017, p. 298, grifo do autor), “As pesquisas descritivas, por sua vez, objetivam descrever as características de uma população, ou identificar relações entre variáveis. Nesse caso, são comuns as pesquisas que investigam características de um grupo […]”.

De acordo com Ruiz (2006, p. 48), “Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagrada pela ciência”. O autor ainda assegura que este (2006, p. 48), “É o método de abordagem de um problema em estudo que caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa”.De acordo com Marconi e Lakatos (2017, p. 24), “O conhecimento científico é sistemático”, porque: “É constituído por um sistema de ideias, logicamente correlacionadas. Todo sistema de ideias, caracterizado por um conjunto básico de hipóteses particulares comprovadas, ou princípios fundamentais, que procuram adequar-se a uma classe de fatos”. 

Os critérios para elaboração serão artigos científicos, livros e teses científicas que são expostas em rede eletrônica. A amostra desta pesquisa consiste na acessibilidade dos sujeitos em questão, em que o pesquisador pesquisa e escolhe os instrumentos que tem acesso para assim representar a população de maneira geral, representando uma pesquisa de campo. Segundo, Andrade (2006, p. 127) “A pesquisa de campo assim é denominada porque a coleta de dados é efetuada “em campo”, onde ocorrem espontaneamente os fenômenos, uma vez que não há interferência do pesquisador sobre eles”. 

4. Resultados e Discussões

4.1 Recomendações de uso da plataforma Google Classroom aos professores para maior engajamento dos alunos do ensino médio

A utilização de práticas pedagógicas apoiadas em tecnologias digitais se tornou algo indispensável devido ao cenário de caos da saúde pública pelo qual o mundo está passando (período de pandemia da Covid-19). A aplicação e o aprimoramento de metodologias inovadoras contribuem para que o processo de ensino aprendizagem ocorra sem que haja grandes perdas para o estudante.

Segundo Martins (2015) é imprescindível que qualquer tecnologia aplicada à educação esteja estruturada, fundamentada em práticas construtivistas e viabilize experiências com o objetivo de proporcionar uma aprendizagem de excelência.  Nesse mesmo contexto, é necessário que o professor domine o(s) recurso(s) tecnológico(s) que será (ão) utilizado(s) em suas práticas pedagógicas, visto que, geralmente, os estudantes, possuem conhecimentos avançados em relação aos meios digitais, antes mesmo do professor, haja vista que a tecnologia já faz parte do cotidiano dos próprios educandos.

Garcia et al., (2020, citado por Santana e Sales, 2020, p. 80) ressaltam que são requisitadas competências e habilidades do professor também na adesão e aplicação de práticas inovadoras e metodologias ativas que ressaltem o significado dos conceitos técnico-científicos, estimulem a aquisição dos objetivos de aprendizagem e das competências esperadas nas matrizes curriculares, que melhor articule as hard skills e as soft skills e assim levem ao melhor desempenho na vida profissional.

Em 2019, algumas instituições da China começaram a fazer uso de tecnologias para se comunicar com os alunos, pois a pandemia conhecida como Coronavírus já tinha virado epidemia em algumas de suas cidades. Devido a não validação da ciência, alguns países mesmo tendo ciência que a epidemia podia se alastrar, não se prepararam para continuar as aulas no período da pandemia e o Brasil infelizmente estava entre esses países que teve que optar por férias para poder preparar seus professores e alunos para o modelo de aula padrão em temos de pandemia.

No Brasil algumas plataformas foram recomendadas. Inclusive, as plataformas recomendadas deveriam ter como quesitos: a facilidade de acesso; design sem nenhuma convicção política ou ideológica; a oportunidade de comunicação entre estudante e mediador; e funcionalidades gerais educativas. Entre as plataformas, no ensino público brasileiro o Google Classroom foi a plataforma que obteve mais acesso por parte de professor e aluno, sendo um dos aplicativos mais baixados por docentes, e também a plataforma mais recomendada por diretores e secretarias de Educação (Santos; Carvalho, 2020).

Para maior engajamento de alunos na plataforma, as recomendações segundo estudos de campo variam, conforme o objetivo que pretendia a escola alcançar com seus discentes. Uma forma de engajamento foi a utilização da plataforma para revisar matérias do ENEM, por meio de atividades, perguntas e vídeos, isso fez com que alunos de ensino médio interessados em conquistar bolsas por programas federais como o SISU, PROUNI E FIES participassem diariamente. O pesquisador Rocatelli (2020, p. 766) afirma que:

A todo momento é importante questionarmo-nos sobre o propósito do Ensino, sobre para que estamos formando os alunos e o que eles precisam aprender agora para aplicarem futuramente. Para que a aprendizagem realmente ocorra, os alunos precisam se envolver e participar de práticas significativas para eles, tendo a oportunidade de criar, negociar, interagir, desenvolver, investigar e mostrar.

Outra forma de engajamento foi utilizar a plataforma para obtenção de bônus escolar, ou seja, o aluno ao fazer login na página, concorria a prêmios pela sua escola, esse estímulo moldava o comportamento do discente e após um período o mesmo participava das aulas sem ser recompensado por prêmios físicos. Aos professores era pedido que diversificasse o conteúdo para a aula não ser monótona e o docente podia fazer uso de perguntas orais, criação de teatros e apresentações de stand up.

Portanto, os estudantes do ensino médio do século XXI, não conseguem ficar por muito tempo em algo e os aplicativos não são mais utilizados se não estiverem em constante mudança ou trazerem algo inovador e criativo. Coube ao professor na pandemia, incentivar o aluno a participar das aulas, porquanto o aplicativo por ser educativo não trazia muitas funções para não fazer apologia a qualquer tema. Assim, o engajamento foi obtido quando as aulas além de criativas eram breves e lúdicas.

4.2 Sobre o Google Classroom

O Google Classroom é uma plataforma que permite o contato virtual entre escola, aluno e professor. Uma forma de distribuir, avaliar e permitir a interação entre seres humanos. O Google Classroom também é conhecido como Google Sala de Aula, sendo uma plataforma disponibilizada de forma on-line e gratuita. A ferramenta foi viabilizada para acesso em 12 de agosto de 2014, mas destacou-se em 2020 e 2021 devido a pandemia da COVID-19 (SARS-COV-2), por conta de sua praticidade e simplicidade para utilização.

O Classroom possui como cerne a inovação da comunicação em massa, pois o mesmo possibilita que seu sistema seja baixado em smartphones, tablets e computadores, possibilitando o acesso aos usuários, independentemente do local onde se encontram. Assim, o sistema possibilita que em tempo remoto o professor auxilie seu aluno, lance matérias e notas das atividades propostas. Além disso, o discente pode comunicar e tirar dúvidas com seus colegas de classe na aba mural, onde todos podem ver os assuntos compartilhados.

Para utilizar o Classroom o docente precisa cadastrar seu perfil por meio de um e-mail e uma senha, criando assim uma turma no aplicativo Sala de Aula. Esse, possibilita ao professor colocar até o número da turma. Após determinar o assunto a ser tratado no dia da aula, o ministro da sala pode disponibilizar um e-mail de convite para os alunos terem acesso à turma remota. Deste modo, em cada sala de aula remota o discente tem acesso a um mural virtual, onde pode interagir com colegas, destacar assuntos importantes e comunicar-se com o professor.

 No Classroom, existem 03 abas, sendo a primeira a aba de mural; a segunda de atividades e a terceira de pessoas. Em outros termos, a aba de mural é onde as atividades ficam disponibilizadas. A aba de atividades serve para o professor incluir matérias, definir uma data de entrega, pontuação e instruções de realização. Portanto, as atividades podem ser completamente diferentes devido o Classroom permitir a utilização de imagens, arquivos em PDF (Formato de Documento Portátil) e links.

No Google Classroom também é possível observar as abas do aplicativo, as atividades entregues e os conteúdos postados, ao mesmo tempo que se visualiza as próximas atividades da agenda do professor e aluno. Assim, as atividades disponibilizadas no sistema podem ser acessadas de forma grupal ou individual. A terceira aba identificada como pessoas permite visualizar os colegas que estão em acesso simultâneos com os demais alunos. O Google Classroom é acessível nas plataformas Android, IOS e Windows, teve como desenvolvedor o Google, possui idioma multilíngue, destaca-se como gênero educativo para todas as idades (Saraiva; Traversini; Lockmann, 2020).

O aplicativo ainda utiliza armazenamento em nuvem com acessibilidade simultânea ao Google Drive e aceita compartilhar arquivos de outros aplicativos. É um aplicativo gratuito para escolas, organizações sem fins lucrativos e usuários com conta no Google. O sistema do Classroom gerencia conteúdos educativos de modo simplificado e prático e é importante destacar que o Google Sala de Aula é um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). O Google em aplicativos de smartphones é acessado pelo nome de Google Classroom Mobile, na plataforma as atividades podem ser divididas em assíncronas e síncronas. 

As assíncronas são atividades que podem ser realizadas sem necessariamente o professor estar online, pois essas são flexíveis para o acesso a qualquer dia ou horário de acordo com a disponibilidade do aluno, claro que de acordo com o planejado. Entre essas atividades incluem-se o acesso a videoaulas gravadas, a leitura de livros e e-books, conteúdos de sites, fóruns, e-mail, resolução de atividades lançadas, exercícios e avaliações, em que os alunos podem ver e rever conforme sua necessidade e entregar as tarefas respeitando os prazos estabelecidos.

As atividades síncronas são o oposto das assíncronas e estas já exigem uma interação simultânea, como ligação de voz, videoconferências e chats ao vivo. Essas atividades aproximam o professor do aluno e tornam as aulas mais produtivas, criativas e dinâmicas. Para o desenvolvimento deste tipo de atividade o docente pode iniciar uma reunião e optar por apresentar a tela, janelas ou guias para compartilhar aulas expositivas, vídeos, textos, jogos e atividades interativas vinculadas ao Jamboard, Kahot, Mentimeter, entre outros e realização de frequência.

Tanto para as atividades síncronas, quanto para as assíncronas, o professor pode acompanhar o desenvolvimento dos alunos, através da plataforma Classroom, incrementando as orientações e instruções sobre as tarefas. Pode-se utilizar o plantão tira dúvidas, acordado entre as partes o momento de realização, como também disponibilizar na plataforma, gravações de áudio e vídeos, tutoriais explicativos, indicações de leituras e estudos para que essas atividades sejam de qualidade e em contrapartida os estudantes alcancem o êxito na realização.

4.3 O uso do Google Classroom como ferramenta de apoio em sala de aulas

O Google Classroom tornou-se um mediador entre o professor, a disciplina lecionada e seus alunos. O sistema de interface do Google Sala de Aula estimula a comunicação, a interação no chat, a criação de conteúdos e a gestão de tarefas. Destaca-se, que a interação online permite ao aluno e o professor a lidar com diferentes situações e passar por diversas experiências e é importante salientar que para tanto, o docente e discente precisam ser preparados e orientados com antecedência para lidarem com os aspectos positivos e negativos que aparecem no ensino de aprendizagem em ambiente virtual (Diniz, et al., 2018). 

Outrossim, existe uma variedade de ferramentas tecnológicas que permite o acesso a uma gama de informações em tempo real e estão presentes no dia a dia do estudante e do educador e, quando usada de forma correta pode beneficiar a aprendizagem. O sistema Google Sala de Aula ambiciona um ambiente virtual com método de aprendizagem colaborativa e para que esse se efetive, o mediador do processo deve utilizar os recursos adequados que promovam o trabalho colaborativo.

 Contudo, as ferramentas tecnológicas não garantem educação por si só, elas apenas auxiliam a forma de organizar o processo de aprendizagem, destacando-se que, se utilizada de forma inadequada provoca o vício em aplicativos digitais e até o baixo rendimento escolar. O professor que utiliza o Google Classroom precisa saber manusear a ferramenta e lançar por meio dessa, aplicativos e conteúdos que despertem a interação dos seus alunos. 

Assim, o Google Sala de Aula pode ser classificado como uma Tecnologia da Informação e Educação (TIC), pois o mesmo consegue disseminar conteúdos educacionais. Como ferramenta de apoio em sala de aula o mesmo pode fomentar a curiosidade e permitir formas diferentes de aprendizagem, pois cada aluno tem a facilidade de aprender por um sistema sensorial e o Classroom adota o sistema de vídeos, o sistema de som, o sistema de animação, o sistema de imagens e o sistema de textos.

Lembrando que a TIC é fundamental para a comunicação do século XXI e é considerada uma tendência global, graças a internet. Usar o Classroom como uma ferramenta de comunicação e informação desenvolve a capacidade do aluno de acompanhar o setor de informação digital, desafia o estudante a permanecer engajado, estabelece alternativas inovadoras para lecionar e permite a comunicação em longa distância (Bates, 2016).

Compreende-se que a aprendizagem é facilitada quando o aluno trabalha de forma lúdica. Consentir o uso de filmes, músicas, podcasts, jogos, memes, figurinhas e twitter`s permite uma aprendizagem dinâmica e, de acordo com a realidade do estudante que já faz uso de redes sociais no cotidiano, cria-se assim, afinidades entre o conteúdo e o seu meio cultural. Quando a história individual é visualizada nas atividades de classe o material educacional não corre o risco de ser esquecido, pelo o motivo de já ter sido assimilado com a experiência diária (Schiehl; Gasparini, 2016).

Como ferramenta de apoio o Google Sala de Aula permite ao aluno criar uma agenda e esta pode ser útil já que desperta a melhoria na gestão do tempo, a aprendizagem da administração geral, a fixação de hábitos e rotinas, a organização e o comprometimento escolar. A agenda escolar pode ser incluída em todas séries, além de ser também um canal de comunicação, essa facilita o empenho escolar. Além disso, a plataforma tem vantagens como o seu formato de fácil acesso e entendimento após uma breve introdução de modo de uso e o fato de poder centralizar todo o conteúdo para todos os usuários. 

Dessa forma, a ferramenta de apoio que mais destaca-se no Classroom é a conectividade, ou seja, o sistema permite aos seus usuários ficar on-line e em contato simultâneo o que é importante para a geração atual, pois essa está adaptada a aprender e a interagir ao mesmo tempo e como é uma ferramenta moderna as aulas não podem ser vinculadas ao formato tradicional, onde o material da aula era apenas na forma expositiva. As aulas devem ser dinâmicas e utilizadas com apoio dos recursos interacionistas disponíveis, bem como, compartilhadas e informativas  (Bacich; Tanzi; Trevisani, 2015).

No Classroom o professor passa de um expositor para um mediador e se o docente trazer o formato de aula antiga para o Google Sala de Aula o conteúdo a despertar interesse pode vir a fracassar. Como ferramenta de sala de aula a mesma contribui para um ambiente informatizado onde o discente consegue estabelecer um diálogo. A plataforma Classroom oferece como ferramenta de apoio em educação, em época de pandemia, a substituição da sala de aula presencial na quarentena, por uma sala online e remota.

5. Considerações Finais

        A realidade digital quebrou alguns paradigmas e tornou-se o centro da relação professor-aluno. Porém, utilizada de maneira errada pode prejudicar todo o ensino educacional. Diante disso, esse tópico vem de um modo breve concluir que a ferramenta Classroom é importante para incentivar e engajar os tutores de sala e  acadêmicos do ensino médio.

A plataforma Classroom é recomendada para a filtragem de informação educacional, para diversificação de conteúdos e para metodologias assertivas. Contudo, mais do que filtrar informações, essa plataforma tem a capacidade de ordenar e organizar o conteúdo, auxiliando o professor a passar o processo de gestão manual para a gestão tecnológica.

Conclui-se, que cabe ao professor incentivar o seu aluno a inverter o papel de sujeito passivo para personagem ativo, recorrendo a um sistema híbrido de aulas. É aconselhável aos professores que os mesmos utilizem apenas uma plataforma como base, que, nesse caso seria o Google Classroom. O professor da sala precisa ter em mente que a plataforma é um local para os discentes terem acesso ao conteúdo, mas que os mesmos não podem fazer dessa rede sua ferramenta principal, exceto em casos excepcionais como a dificuldade para ter acesso a matérias físico.

De fato, o aluno precisa ser motivado a utilizar objetos físicos para seus estudos no dia a dia, como caderno, lápis, caneta e afins. As suas atividades devem ser voltadas para a manutenção do contato físico. Assim o professor pode lançar na plataforma um vídeo de um experimento químico e incentivar e monitorar o aluno para que o mesmo reproduza em seu ambiente físico.

A plataforma Google Sala de Aula consiste em criar novos espaços de aprendizagem e não eliminar a metodologia das aulas clássicas. Recomenda-se, que o docente empregue o Classroom para engajar seus discípulos a entender os recursos digitais, a contribuir para os sistemas de informação e a perceber o processo do ciberespaço.

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