ECOTOXICIDADE DE ANTIBIÓTICOS E ANESTÉSICOS DE AMPLO USO FRENTE AO BIOINDICADOR Daphnia magna

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7991973


Silvia Mara Haluch1,
Flávia Caroline Haluch2,
Johnatan Duarte Lemes3,
Sandro José Froehner4.


RESUMO

Os lançamentos de fármacos no ecossistema aquático ocorrem há longos anos e a expectativa que ainda sejam utilizados em alta escala global. O destino final para esses componentes são normalmente os ambientes aquáticos. Além do lançamento em esgotos sanitários, muitos medicamentos são destinados para aterros sanitários e os resíduos das indústrias farmacêuticas para aterros industriais. Quaisquer que sejam a destinação final, os fármacos podem chegar aos compartimentos ambientais e aumentar ou reduzir a toxicidade para os níveis tróficos. O objetivo deste trabalho foi de identificar o potencial ecotóxico de fármacos frente ao bioindicador Daphnia magna. Quando os fármacos estão em misturas, de outros medicamentos, pelos testes realizados, a grande maioria age de forma sinérgica, ou seja, causa maior efeito deletério para a comunidade aquática em comparado quando isolados. Foram encontrados valores de CE50 com 95% de confiança, em bioensaio com Daphnia magna para paracetamol de 10,31 mg.L-1; para diclofenaco sódico de 17,8 mg.L-1; para dipirona de 4,65 mg.L-1; para azitromicina de 1,3 mg.L-1; para amoxicilina de 10,3 mg.L-1 e para cefalexina de 0,38 mg.L-1. Quando expostos em misturas, apenas paracetamol com dipirona foram antagonistas, induzindo menor efeito deletério agudo quando comparado com os efeitos causados pelos compostos isolados. Já os demais fármacos estudados, todos apresentaram efeitos sinérgicos, ou seja, em menores quantidades e misturados, induziram mais toxicidade frente ao bioindicador estudado.

Palavras-chave: Ecotoxicidade, sinergismo, antagonismo, Bioensaio, medicamentos.

ABSTRACT

Drug releases in the aquatic ecosystem have been taking place for many years and it is expected that will continue to increase. Usually, water bodies are the final destination of such compounds. In addition, most of residues from pharmaceutical industries are sent to sanitary landfills. Independently which is the final destination, pharmaceutical compounds can reach environmental compartments and cause toxicity effects on organisms and microorganisms. The aim of this work was to determine the toxicological effect on Daphnia Magna (bioindicator). According to the ecotoxicological tests, mixtures of compounds presented synergic effect, being more toxic in comparison to isolated compounds. The bioassay with Daphnia magna with 95% of confidence, showed 10.31 mg/L as EC50 for paracetamol; 17.8 mg/L for sodium diclofenac; 4.65 mg/L for dipyrone; 1.3 for azithromycin;  10.3 and 0.38 mg/L for amoxicillin and cephalexin, respectively. When mixtures of compounds were tested, only paracetamol and dipyrone mixture presented antagonists effect, inducing less acute deleterious effect in comparison to the effects by isolated compounds. The other compounds, however, all presented synergic effects, that is, even in low concentration. 

Keywords: Ecotoxicity, synergism, antagonism, Bioassay, drugs

1. INTRODUÇÃO

Devido ao crescente aumento populacional a presença de poluentes emergentes e fármacos em corpos hídricos tornaram-se inevitável. Dos vários grupos de compostos estão os antibióticos, analgésicos, antissépticos, fragrâncias, plastificantes, tensoativos, medicamentos em geral e retardantes de chama (Siegrist et al., 2003; Joss et al., 2006; Vettorello et al., 2017). As águas são geralmente o destino final de grande parte dos rejeitos produzidos pela população (Bittencourt, 2016; Ferguson, 2017). Muito destes contaminantes ainda não se conhece os efeitos e a dinâmica em diversos organismos (Filho, 2007).

Os fármacos, aos poucos, estão despontando devido ao crescente uso em tratamentos antibioticoterapia e anti-inflamatórios, sendo, em geral, imprescindíveis para o tratamento de determinadas enfermidades e buscam o reestabelecimento da saúde e melhoria da qualidade de vida (Giannakis et al., 2017;Koes, 2001; Epstein et al., 2003; Brasil, 2010).

Apesar de sua função no restabelecimento da saúde dos pacientes, os fármacos podem, no entanto, ser ministrados em doses e prescrição incorretas, sem controle médico, descartados de formas inadequadas e por consequência serem prejudiciais aos seres humanos e outros animais (Gavrilescu et al., 2015;Zeilhofer, 2007; Nikolaou, 2007; Pal et al., 2012). Neste contexto, a contaminação do meio ambiente com produtos farmacêuticos pode a partir de lixiviados de aterros sanitários (Santos et al., 2010; Ruiz, 2011; Monteiro, 2009).

Para um estudo aprofundado sobre impactos de poluentes em um ecossistema, os testes de toxicidade realizados em laboratório são ferramentas importantes para se estimar as concentrações nas quais um determinado produto desencadeia efeitos deletérios em uma dada população de organismos selecionados (Martin et al., 2012; Kasim et al., 2004; Lambert, 2005; Kumar, 2005; Birch, 2015). O intuito dos testes ecotoxicológicos é entender a dinâmica da toxicidade da combinação de fármacos no ecossistema aquático (Zeilhofer, 2007; W.C., 2008; Silva et al.,2013; Batt et al., 2007; Fent et al., 2006; Radjenovic et al., 2007; Verlicchi et al., 2010).

Entre os bioindicadores mais utilizados, encontram-se peixes como Danio rerio e Pimephales promelas e o microcrustáceo Daphnia magna, compondo métodos considerados como padrão, que mensuram as concentrações mínimas que causam estresse, incapacidade natatória e/ou mortalidade dos organismos-teste, ou mesmo a concentração em que a substância provoca efeito deletério em 50% dos indivíduos observados (Ratte et al., 2003; Galus et al., 2013; Ruppert; Barnes, 1996).

A Daphnia magna STRAUS, 1820 (Cladocera, Crustacea), é vulgarmente conhecida como pulga d`água sendo classificada taxonomicamente no filo Artropoda, subfilo Crustacea, classe Branchiopoda, ordem Diplostraca, subordem Cladocera (Knie e Lopes, 2004). Os testes foram normalizados e padronizados internacionalmente pela OECD (Organization for Economic Co-operation and Development) e pela ISO (International Organization for Standardization) (US EPA, 2000; Aragão, Araújo, 2008; ABNT, 2016).

CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL POR FÁRMACOS

Em função da contaminação do ambiente, os fármacos se enquadram no grupo de substâncias conhecidas como micropoluentes emergentes, que podem ser encontrados em todas as matrizes ambientais e biológicas (Xiujuan, 2017; Silva, 2011). Dentro do grupo, observa-se que as classes de medicamentos mais consumidas correspondem aos analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (Lonappan et al., 2016; ANVISA, 2001).

Os fármacos são fabricados com o propósito de causar efeito biológico e terapêutico em enfermidades, mas, são prejudiciais ao ambiente, devido à estabilidade e persistência por longos períodos inclusive retornando aos seres humanos e animais pelo consumo de água (Santos et al., 2010; Bush, 2010, Giske, 2011; Halfeld, 1992).

Um dos principais focos atualmente das comunidades cientificas são um grupo de contaminantes denominados de emergentes. Segundo a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), poluentes que, atualmente, não são incluídos em programas de monitoramento e que podem se tornar candidatos para legislações futuras, dependendo de pesquisas sobre a toxicidade, efeitos sobre a saúde, percepção pelo público e dados sobre sua ocorrência em vários ambientes (Benotti et al., 2009; Kolpin et al., 2002; USEPA, 2001).Nos anos de 2006 e 2007, a mesma agência pesquisou em lodo de esgoto de 74 estações de tratamento de efluentes (ETE) detectando 145 substâncias, dentre elas 72 fármacos e 15 hormônios. Os fármacos triclocarban, ciprofloxacina e difenidramina foram encontrados em 100 % das amostras. As concentrações variaram de 36 μg.kg-1 para eritromicina e até 39.000 μg.kg-1 para triclocarban. Na Tabela 1 são mostrados os resultados de alguns fármacos encontrados no lodo de esgoto doméstico (USEPA, 2009).

Tabela 1 – Exemplos de fármacos encontrados no lodo de esgotos doméstico dos EUA.

SubstânciaFrequência encontradaConcentração (µg.kg-1)
MínimaMáxima
Triclocarban100% das amostras187441.000
Triclosan92% das amostras334133.000
Ciprofloxacina100% das amostras7540.800
Tetracliclina99% das amostras388.330
Cimetidina90% das amostras45.270
Miconazol96% das amostras79.210
Azitromicina96% das amostras85.205
Fluoxetina96 % das amostras103.130
Eritromicina93 % das amostras2180
Fonte: USEPA, 2009.

Tendo em vista que o mecanismos de ação dos fármacos efeitos biológicos (Sim; Lee; Oh, 2010, F.B., 2002) e que ainda não há regulamentação que abrange as concentrações no meio ambiente (Garza-Campos et al., 2016), esses compostos têm despertado interesse na compreensão da dinâmica no ecossistema, assim como resposta dos microorganismos à exposição a tais compostos (Yao et al., 2017).

Embora a presença de alguns compostos farmacêuticos esteja abaixo de concentrações que podem desencadear um efeito negativo em microorganismos, a liberação constante pode ocasionar a bioconcentração e bioacumulação (Almeida, 2015). A presença de paracetamol já foi identificada no Brasil, como por exemplo no Ribeirão Anhumas, com concentrações entre 0,28 e 13,44 μg.L-1 (Raimundo, 2007). Já em águas superficiais em rios da França a concentração variou de 1,2 a 1,9 ng.L-1 (Vulliet et al., 2009). Segundo Kasprzyk-Hordern et al. (2008), amostras de diferentes pontos do Rio Taff, no Reino Unido, que recebe efluente de ETE, estavam contaminadas pelo composto em concentrações de 62 a 388 ng.L-1. No Brasil, o paracetamol já identificado com concentração de 48,78 μg.L-1 em afluentes, já em efluentes o ibuprofeno foi de 0,995 μg.L-1.

Os efluentes hospitalares apresentam diversos fármacos, por exemplo: paracetamol e tetraciclina (Lin e Tsai, 2009); enapril (Verlicchi et al., 2012)Outros estudos identificaram Paracetamol em diversos locais como no mar Báltico – Alemanha com 48 ng.L-1, em Veneza – Itália com 99 ng, L-1, na Baía de São Francisco – EUA apresenta 11 ng.L-1, no Mar Mediterrâneo – Israel, contém 12 ng.L-1 (Nödler et al., 2014). Na Polônia, Zgola et al. (2010) estudaram diclofenato, Ibuprofeno, Naproxeno e encontraram todos na média entre 0,5 a 3,5 µg.L-1 em águas superficiais e tratadas. Pailler et al. (2009) em Luxemburgo encontrou diclofenaco em concentrações de 4 a 10 e Ibuprofeno entre 5 a 10 µg.L-1 em águas superficiais e tratadas.

MATERIAL E MÉTODOS

Fármacos

Os fármacos testados são Materiais de referência certificados – MRC, todos acreditados segundo a NBR ISO 17025, 17034 e Guia 31. O Paracetamol código DRE-C15846000, lote G141570 marca LGC – DR-EHRENSTORFER®, Azitromicina código Y0000306 marca EDQM – European Pharmacopoeia, amoxicilina DRE-C10242500, lote G1012320 marca LGC – DR-EHRENSTORFER®, Cefalexina monohidratada lote G984299 marca LGC – DR-EHRENSTORFER®, metamizol sódico (dipirona) DRE-C14942000 lote G164585 marca LGC – DR-EHRENSTORFER® e diclofenaco sódico DRE-C12537500 lote G290008 marca LGC – DR-EHRENSTORFER®.

Testes de toxicidade

Para os ensaios de toxicidade aguda foram realizadas soluções diluídas dos MRC e aqueles fármacos que não apresentaram uma boa solubilidade em água, no caso antibiótico, foram acrescentados 100 µL de metanol absoluto na maior concentração, para que soluções diluídas não sofressem toxicidade pelo álcool aplicado. Todos os testes foram realizados em duplicata, inclusive provas em branco e solução controle de dicromato de potássio. Testes preliminares foram realizados afim de identificar o efeito significativo na espécie utilizada, já os testes definitivos foram realizados nas concentrações mais próximas ao valor inicial identificado, visando resultados de CE50 com menores desvios. Os resultados foram expressos em concentração efetiva que causa efeito em 50% dos organismos (CE50) representa a concentração nominal da amostra que causa efeito agudo a 50 % dos organismos durante o tempo de exposição através da incapacidade natatória (ABNT, 2016). O método estatístico utilizado para o cálculo do CE50 foi o TSK Trimmed Spearman-Karber, o qualé um método que alinha os cálculos para 95% de confiança (USEPA, 2002). Para comparação estatística foi utilizado o programa Statistic para a plotagem de cluster, visando buscar semelhanças entre grupos testados.

Foram realizadas provas em branco e testes de sensibilidade com a substância de referência cromato de potássio, segundo critérios de carta-controle do Standard Methods (APHA,2017), trazendo confiabilidade em todos os resultados obtidos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para aferir e garantir a qualidade dos espécimes utilizados em laboratórios, foram realizados testes com cromato de potássio e em média, tivemos os resultados de CE50 de 0,5 mg.L-1 , conforme a figura a seguir.

Figura 1: Carta controle dos testes de sensibilidade com dicromato de potássio.(autores)

O metanol foi utilizado como substância para eluir os fármacos e, pelos testes realizados, a toxicidade do mesmo, tem uma concentração efetiva 50% de 1,8% de metanol, portanto a eluição de todos os fármacos foi de 0,001%, não impacta a qualidade dos resultados.

Dessa forma, podemos apresentar com garantia analítica, todos os resultados realizados dos fármacos isolados e misturados, na Tabela 2 a seguir:

Tabela 2. Resultados das misturas entre fármacos (antitérmicos e analgésicos) e CE50 dos compostos isolados.

A dipirona mostrou ser o composto mais tóxico para a Daphnia magna em relação ao paracetamol e diclofenaco. Dos antibióticos, a cefalexina apresentou a maior toxicidade em seguida da azitromicina e por último a amoxicilina. A Figura 2 mostra a curva dose-resposta para todos os compostos estudados para um ensaio de 48 h.

Figura 2. Curva dose x resposta para os fármacos testados (autores).

A cefalexina e dipirona possuem uma faixa linear mais próxima à curva dose x resposta de um efeito crônico em vez de agudo. Os analgésicos paracetamol e diclofenaco possuem uma resposta muito semelhante, com morte de 100% dos espécimes testadas, ambos próximos de 20 mg.L-1, mesmo que o CE50% quase o dobro um do outro, 10,31 e 17,8 mg.L-1, respectivamente. Já a dipirona possui CE50% de 4,65 mg.L-1, e para morte de 100% dos organismos, foi próximo de 8 mg.L-1. A concentração de efeito observado em paracetamol foi de 7,5 mg.L-1, dipirona de 2 mg.L-1 e diclofenaco de 15 mg.L-1, ou seja, nessas concentrações já atuam de forma a induzir toxicidade em Daphnia magna porém, não em 50% da população testada.

Dentre os antibióticos, a azitromicina provocou a morte de 100% dos organismos em 2,5 mg.L-1, o dobro aproximadamente do seu CE50%. A amoxicilina obteve morte de 100% dos organismos em 15 mg.L-1, sendo 1,5x do CE50%, enquanto a cefalelina apresentou morte de em 100% dos organismos testados em 1 mg.L-1, muito abaixo do CE50%. A concentração de efeito observado em amoxicilina foi de 7,5 mg.L-1, azitromicina de 1 mg.L-1 e cefalexina de 0,05 mg.L-1. A cefalexina tem efeito deletério muito mais potente em relação aos demais antibióticos testados.

Com a introdução de amoxicilina em forma sólida, não dissolvida, ou seja, na forma comercialmente vendida, foi observado o efeito sobre membranas, antenas, abdômen e tubo digestivo sobre lâmina microscópica a fim de observar possível acumulação na Daphnia magna de acordo com a figura 3. Ao introduzir o fármaco, em poucos minutos, foi observado acumulação interna na carapaça com a mudança de coloração das membranas e alteração de comportamento natatório imediato, observado pela mudança brusca de trajetória e aumento da velocidade instantânea.

Segundo Almeida (1974) pesticidas podem acumular em organismos aquáticos. A acumulação em células também já foi observada (Alexander, 1999; Neff, 2002). Compostos insolúveis são convertidos a compostos hidrofílicos por enzimas para favorecer o transporte entre membranas (Cajaraville et al., 2003). Em outro composto triclosan, além de matrizes ambientais tem sido encontrado também em organismos aquáticos (Adolfsson- Erici et al., 2002).

A B

Figura 3. Foto demosntrando a bioacumulação de amoxicilina sólida. A: Daphnia magna in natura em meio isento de fármaco (40x); B: Daphnia magna em meio contendo amoxicilina sólida (40x). (autores)

A Tabela 3 traz alguns dados de estudos já relacionados aos fármacos isolados e similares para fins de comparação.

Tabela 3. Estudos de fármacos encontrados por alguns autores.

AutoresBioindicadorReporte de resultadoValor encontrado
Machado et al., (2016)C. silvestriiCL50(48h) AgudoParacetamol:25 g.mL-1 Diclofenaco de sódio: 41,88 g.mL-1.
Kim et al.,(2012)Daphnia magnaCE50 (48h) AgudoParacetamol:11,85 mg.L-1
Kühn et al.,(2015)Daphnia magnaCE50 (48h) AgudoParacetamol:9,2 mg.L-1
Almeida (2015)Molusco bivalve (mexilhão) Perna perna.CL50 (48h) CrônicoParacetamol:20,58 mg.L-1 Efeito genotóxico: 3,0 μg.L-1
Haap;Triebskorn;Kohler (2008)Daphnia magnaCE50 (48h) AgudoDiclofenaco: concentrações da ordem de 22,0 mg L-1 e 39,9 mg L-1
Mehinto; Hill; Tyler (2010)Trutas arco-íris (Oncorhynchus mykiss)Efeito observadoNecrose tubular no rim, hiperplasia, fusão das vilosidades no intestino a 1 μg L-1 e alterações nos genes de controle do metabolismo
Lonappan et al,. (2016)Daphnia magnaCL50(48h) AgudoDiclofenaco: concentrações inferiores a 100 ng L-1
Vannini et al., (2011)Algas verdesEfeito observadoIbuprofeno: 92 e 920 ng L-1; Carbamazepina: 150 mg L-1 Alteração nos cloroplastos de algas, interferindo na fotossíntese
Batt et al., (2007)Daphnia magnaCL50(48h) AgudoDiltiazem:8,2 mg L-1
Carballeira et al., (2012)Diatomácea marinha Phaeodactylum tricornutum.CL50(48h)
Paracetamol: 265,8 mg.L-1
Calleja et al., (1994)Streptocephalus proboscideusCL50(48h)Paracetamol: 9,2 mg.L-1
Sung et al., (2014)Diatomácea marinha Phaeodactylum tricornutum.CL50(48h)
Ibuprofeno: 6,07 mg.L-1
Pomati et al. (2006)Inibição do crescimento de células dos rins de embriões humanosEfeito observadoMistura de atenolol, bezafibrato, carbamazepina, ciclofosfamida, ciprofloxacina, furosemida, hidroclorotiazida, ibuprofeno, lincomicina, ofloxacina, ranitidina, salbutamol e sulfametoxazol: (10-1.000 ng L-1) 30% de diminuição na proliferação comparado aos controles.
Santos et al. (2010)Ceriodaphnia dúbiaCE50 (48h)Diclofenaco: 22,7 mg L-1
Daphnia magnaCE50 (48h)Diclofenaco: 22,4 mg L-1
Danio rerioLOEC (10 d)Diclofenaco: 8000 µg L-1
Desmodesmus subspicatusCE50 (48h)Diclofenaco: 71,9 mg L-1
Corcoran et al. (2010)O. mykissLOECDiclofenaco: 5 µg L-1 Alteração histológica e brânquias.
Pino et al. (2015)Eisenia foetidaLC50Diclofenaco: 90,49 mg.kg-1 Mortalidade.
Santos et al. (2010)Daphnia magnaCE50 (48h)Paracetamol: 30,1 mg.L-1
Pino et al. (2015)Eisenia foetidaLC50Paracetamol: 693,5 mg.kg-1 Mortalidade.
González et al. (2013)AnabaenaCE50 (72h)Amoxicilina: 56,3 mg.L-1 Inibição do crescimento
Santos et al. (2010)Microcystis aerugionsaCE50 (72h)Amoxicilina: 3,7 µg.L-1 Inibição do crescimento
González et al. (2013)P. subcapitataCE50 (72h)Eritromicina: 350 µg.L-1 Inibição do crescimento
AnabaenaCE50 (72h)Eritromicina: 22 µg.L-1 Inibição do crescimento
Santos et al. (2010)Daphnia magnaCE50 (24h)Eritromicina: 22,5 mg.L-1
Ferrari et al. (2003)C. dubiaCE50 (48h)Diclofenaco: 0,02 mg.L-1; Eritromicina 10,23 mg.L-1
Ferrari et al. (2003)Daphnia magnaCE50 (24h)Diclofenaco: 0,22 mg.L-1
Isidori et al. (2005)Daphnia magnaCE50 (48h)Eritromicina 22 mg.L-1
Rozas et al. (2016)Daphnia magnaCE50 (48h)Diclofenaco: 18,8 mg.L-1
Nieto et al. (2016)Atyaephyra desmarestiiCE50 96 hDiclofenaco: 6,4 mg.L-1

Para o paracetamol o resultado de CE50 obtido foi de 10,31 mg.L-1, valor muito próximo ao obtido por Kim et al. (2012) de 11,85 mg.L-1; Kühn et al. (2015) de 9,2 mg.L-1 e Calleja et al. (1994) de 9,2 mg.L-1 nas mesma condições experimentais. O diclorofenaco apresentou CE50 foi de 17,8 mg.L-1, valor similar aos estudos de Haap et al. (2008) e Santos et al. (2010) cujo valor foi de 22,4 mg L-1 para o mesmo bioindicador testado.

Para dipirona o valor encontrado de CE50 4,65 mg L-1 contribui para os primeiros dados de toxicidade, visto que a dipirona é usada em poucos países e não foram encontrados nenhum estudo sobre esse fármaco.

Em relação aos antibióticos testados, amoxicilina apresentou valor de CE50 de 10,3 mg L-1; azitromicina de 1,3 mg.L-1 e cefalexina de 0,38 mg.L-1. Isidori et al (2005) encontraram valor de CE50 para a eritromicina de 10,23 mg L-1, no entanto o organismos teste foi a C. dubia.

O triclosan, agente antimicrobiano encontrado em todas as amostras de lodo estudado pela USEPA, apresentou maior grau de toxicidade aquática. Apresentou CENO de 0,5 μg.L-1 para Desmodesmus subspicatus (Orvos et al., 2002). Esse mesmo fármaco tem demonstrado ser capaz de produzir aumento de resistência a microrganismos frente a outros antimicrobianos e a antibióticos (Carson et al., 2008).

Em se tratando dos resultados das misturas de fármacos, foram evidenciados tanto efeito sinérgico como antagônico nos organismos. Com efeito, sinérgico, a toxicidade pode ser potencializada. Uma avaliação estatística, figura 4, mostra que a toxicidade foi diminuída de paracetamol com dipirona em relação à toxicidade dos mesmos isolados e para os demais compostos, quando em mistura, o efeito tóxico é muito mais intensificado.

Figura 4. Gráfico estatístico dos resultados por cluster.

Estatisticamente comparando grupos por cluster, P10 + DP5 é semelhante a todos que não apresentaram toxicidade e diferente de P e DP, o que demonstra antagonismo entre as substâncias Paracetamol e Dipirona. São semelhantes P 5 + DC 20, DP1 + DC10, DP2+ DC1 + P1, AZ 0,05 + CF 0,1, AM 5 + CF 0,05, AZ 0,01 + CF 0,05 + AM 0,01, que diferem de P, DP, DC, AM, AZ e CF, mostrando sinergismo entre as substâncias.

Dipirona é muito mais tóxico que o Paracetamol, porém juntos, ambos induzem baixa toxicidade ao mesmo organismo em relação aos mesmos componentes misturados. O mesmo fato não ocorre em outras misturas contendo paracetamol com diclofenaco, dipirona com diclofenaco ou paracetamol com diclofenaco e dipirona.

Os testes com paracetamol com diclofenaco, paracetamol com diclofenaco e com dipirona, dipirona com diclofenaco, tornaram-se mais tóxicos para Daphnia magna em relação aos mesmos compostos isolados, o que demostra sinergismo entre as substâncias estudadas, trazendo potencial deletério muito maior quando dispostos juntos no ambiente aquático real.

Os antibióticos foram testados em misturas e comparados com os resultados dos mesmos isolados, sendo que azitromicina apresentou o CE50 de 1,3 mg.L-1; amoxicilina 10,3 mg.L-1 e cefalexina 0,38 mg.L-1. Com os valores das misturas e comparando com o valor dos CE50 isolados, todos os antibióticos testados, apresentam sinergismo, trazendo maior risco deletério nas comunidades aquáticas quando dispostos em misturas e em concentrações bem menores em relação aos comportamentos dos mesmos de forma isolada.

Os autores Langdon, Warne e Kookanaz (2010) em estudo com 45 compostos farmacêuticos analisados em lodo de esgoto, concluíram que dez dos compostos (tonalide, galaxolide, 17β-estradiol, 17α-etinilestradiol, ciprofloxacina, doxiciclina, norfloxacina, ofloxacina, triclosan e triclocarban) representavam um risco elevado para os ecossistemas aquáticos (quociente de risco >1,0) quando misturados.

Pomati et al., (2006) observou a Inibição do crescimento de células dos rins de embriões humanos pelo efeito observado da mistura de atenolol, bezafibrato, carbamazepina, ciclofosfamida, ciprofloxacina, furosemida, hidroclorotiazida, ibuprofeno, lincomicina, ofloxacina, ranitidina, salbutamol e sulfametoxazol: (10-1.000 ng L-1) 30% de diminuição na proliferação comparado aos controles. Segundo González et al., (2013) o bioensaio em Anabaena mostrou um CE50 (72 horas) de 56,3 mg. L-1 de amoxicilina inibe o crescimento do organismo testado. O antibiótico ciprofloxacina testado em Microcystis aeruginosa causa efeito adverso em 50% dos indivíduos observados – CE 50 (Halling; Sorensen et al., 2000).

Santos et al., (2010) em estudos de inibição o crescimento com Microcystis aeruginosa encontrou CE50 (72 horas) de 3,7 µg. L-1 e em Synechococcus leopoliensis encontrou CE50 de 2,22 µg. L-1 com a amoxicilina.

Pouco se conhece sobre a dinâmica de misturas de fármacos nos ecossistemas aquáticos, porém o aumento do uso de medicamentos aumenta todos os anos, principalmente em períodos pandêmicos, levantam a necessidade de mais estudos relacionados aos efeitos de diversos medicamentos. Entre outros efeitos além da toxicidade ambiental causada por esses poluentes, existem riscos associados ao desenvolvimento do fenômeno da resistência de bactérias a antibióticos e seleção de bactérias multirresistentes (Subedi et al., 2017; Giannakis et al., 2017).

CONCLUSÕES

A dinâmica dos fármacos nos ecossistemas ainda é um mecanismo complexo, porém foram evidenciados nos testes realizados, que podem ocorrer tanto antagonismo como sinergismo frente aos organismos aquáticos. Com sinergismos entre as diversas substâncias, o impacto ambiental do lançamento de fármacos no ambiente é intensificado. A dipirona e cefalexina foram os compostos que apresentaram maior toxicidade para o organismo testado.

Muitas legislações ambientais de todos os países ainda não trazem os ensaios ecotoxicológicos com parâmetros de monitoramento da qualidade da água ou solo. Porém, é visível a contribuição do mesmo, principalmente em estudos e caracterização de passivos ambientais de áreas potencialmente degradadas e pela bioacumulação observada sobre o biondicador testado.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Empresa Latam Laboratórios pelo financiamento da publicação deste artigo, contribuindo para o avanço da Ciência no país. Agradecemos a Goldlab Ciência e Tecnologia por incentivar a pesquisa e tecnologia e criar meios para ensaios mais simples e robustos, em prol da introdução de ensaios técnicos em diversos ambientes que se fazem necessários.

REFERÊNCIAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.713: Ecotoxicologia aquática – Toxicidade aguda – Método de ensaio com Daphnia spp (Crustacea, Cladocera), 2016.

ADOLFSSON-ERICI, M.; PETTERSSON, M.; PARKKONEN, J.; STURVE, J. (2002) Triclosan, a commonly used bactericide found in human milk and in the aquatic environment in Sweden. Chemosphere, v. 46, n. 9-10, p. 1485-1489.2002.

ALEXANDER, M. Biodegradation and bioremediation, 2o ed San Diego: Academic Press, 1999.

ALMEIDA, W.F. Acúmulo de Inseticidas no homem e sua significação epidemiológica– O Biológico, v. 40 (6), p.171-173, 1974.

ALMEIDA, M. W.Avaliação do risco ambiental do fármaco paracetamol na baía de Santos, SP. Universidade Santa Cecília, Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos, Santos – SP. 2015.

ANVISA. Painel Internacional de Avaliação da Segurança da Dipirona, Brasília, 24 jul. 2001. Acesso em: 04/05/2021. 2001.

APHA, AWWA, WEF in: L.S. Clesceri, A. E.; Greenberg, A. D. Eaton (Eds.), Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23th ed., American Public Health Association, American Water Works Association, Water Environment Federation, Washington, DC, USA, 2017.

ARAGÃO, M. A.; ARAÚJO, R. P.A. Métodos de Ensaios de Toxicidade com Organismos Aquáticos. Cap. 6, p. 117 – 152. In: ZAGATO, P.A. e BERTOLETTI, E. Ecotoxicologia aquática – princípios e aplicações. ZAGATTO e BERTOLETTI (org.) São Carlos: Rima, 2008.

BATT, Angela L.; KIM Sungpyo; AGA Diana S. Comparison of the occureence of antibiotics in four full-scale wastewater treatment plants with varyngs designs and operations. Chemosphere, ELSEVIER, v. 68, p. 428-435, fev. 2007.

BENOTTI et al. BENOTTI, M.J.; TRENHOLM, R.A.; VANDERFORD, B.J.; HOLADY, J.C.; STANFORD, B.D.; SNYDER, S.A. Pharmaceuticals and endocrine disrupting compounds in U.S. drinking water. Environmental Science & Technology, v. 43, n. 3, p. 597-603. https:// doi.org/10.1021/es801845a. 2009.

BIRCH, G.F.; DRAGE, D.S.; THOMPSON, K.; EAGLESHAM, G.; MUELLER, J.F. Emerging contaminants (pharmaceuticals, personal care products, a food additive and pesticides) in waters of Sydney estuary, Australia. Marine Pollution Bulletin, v. 97, n. 1-2, p. 56-66. https://doi.org/10.1016/j – marpolbul.2015.06.038. 2015.

BITTENCOURT. S., AISSE. M.M., SERRAT. B.M., AZEVEDO. J.C.R. Sorção de poluentes orgânicos emergentes em lodo de esgoto. Eng Sanit Ambient. v.21 n.1. jan/mar.| 43-53. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: RENAME 2010. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010

BUSH K, Jacoby GA. Updated functional classification of β-lactamases. Antimicrob Agents Chemother. 2010

CAJARAVILLE, M. P.; BEBIANNO, M. J.; BLASCO, J.; PORTE, C.; SARASQUETE, C.; A. The use biomarkers to asses the impact of pollution in coastal environments of the Iberian Península: a practical approach. Sci. Total Environm. v. 247, p. 295 -311. 2000.

CALLEJA, M. C.; PERSOONE, G.; GELADI, P. Comparative acute toxicity of the first 50 multicentre evaluation of in vitro cytotoxicity chemicals to aquatic non-vertebrates.Arch Environ Contam.Toxicol. v. 26, p. 69–78, 1994.

CARBALLEIRA, C.; RAMOS-GÓMEZ, J.; MARTIN-DIAZ, L. DELVALLS, T. Identification of specific malformations of sea urchin larvae for toxicity assessment: Application to marine psiculture effluents.Marine Environmental Research. v. 77, p. 12-20. 2012

CARSON, R.T.; LARSON, E.; LEVY, S.B.; MARSHALL, B.M.; AIELLO, A.E. Use of antibacterial consumer products containing quaternary ammonium compounds and drug resistance in the community. Journal of Antimicrobial Chemotherapy,v. 62, n. 5, p. 1160- 1161. 2008.

CORCORAN, J., Winter, M. J & Tyler, C. R. Pharmaceuticals in the aquatic environment: A critical review of the evidence for health effects in fish. Crit. Rev. Toxicol. 40, 287-304. 2010

DEF. Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 29 eds. Rio de Janeiro: Publicações Científicas. 2004.

DIPOI, C.; COSTIL, K.; BOUCHART, V.; HALM-LEMEILLE, M. Toxicity assessment of five emerging pollutants, alone and in binary or ternary mixtures, towards three aquatic organisms.  doi: 10.1007. Environ Sci Pollut Res Int. 2018.

EPSTEIN S, Cryer B, Ragi S, Zanchetta JR, Walliser J, Chow J, Johnson MA, Leyes AE. Disintegration/ dissolution profiles of copies of Fosamax (alendronate). Curr Med Res and Opin. 2003.

FB. Farmacopéia Brasileira. Dipirona. In: Farmacopeia brasileira. 4ª ed. Parte 3. São Paulo: Atheneu; 2002.

FERGUSON, D. C. Principles of Pharmacodynamics and Toxicodynamics, Fundamentals of Toxicologic Pathology: Third Edition. Elsevier Inc. doi: 10.1016/B978-0-12-809841-7.00004-6. 2017.

FENT, Karl; WESTON, Anna A.; CAMINADA, Daniel. Ecotoxicology of human pharmaceuticals. Aquatic Toxicololy, ELSEVIER, Muttenz, Switzerland, v. 76, p. 122-159, set. 2006.

FERRARI, B.; PAXÉUS, N.; LO GIUDICE, R.; POLLIO, A.; GARRIC, J. Ecotoxicological impact of pharmaceuticals found in treated wastewaters: study of carbamazepine, clofibric acid, and diclofenac. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 55, n. 3, p. 359-370. https://doi.org/10.1016/s0147-6513 (02)00082-9. 2003.

FILHO. R. W., SANTOS. L., VIEIRA, E.M. Poluentes Emergentes como Desreguladores Endócrinos. J. Braz. Soc. Ecotoxicol., v. 2, n. 3, 283-288. 2007.

FORTUNATO, A.I.C. Ocorrência de Diclofenac, Ibuprofeno e Paracetamol em águas residuais em Portugal. Dissertação de Mestrado em Segurança Alimentar – Universidade de Coimbra.2014.

GALUS, M. et al. Chronic, low concentration exposure to pharmaceuticals impacts multiple organ systems in zebrafish. Aquatic Toxicology, v. 132-133, p. 200-211, 2013.

GARCIPÉREZ, et al. Vargas FJ, Mendoza J, Sánchez-Calderón P, et al. Shock cardiogénico secundario a síndrome de Kounis tipo II inducido por metamizol. Rev Esp Cardiol. 2012.

GARZA-CAMPOS, B. et al. Salicylic acid degradation by advanced oxidation processes. Coupling of solar photoelectro-Fenton and solar heterogeneous photocatalysis. Journal of Hazardous Materials, v. 319, p. 34-42, 2016.

GARCIA, O; GARCIA, E.P; MATA, I.R. The potential ecotoxicological impact of pharmaceutical and personal care products on humans and freshwater, based on USEtox characterization factors. A Spanish case study of toxicity impact scores. doi: 10.1016. Elsevier. 2017.

GAVRILESCU, M. et al. Emerging pollutants in the environment:present and future challenges in biomonitoring, ecological risks and bioremediation. New Biotechnology, v. 32, n. 1, p. 147-156, 2015.

GIANNAKIS, S. et al. Solar photo-Fenton and UV/H2O2 processes against the antidepressant Venlafaxine in urban wastewaters and human urine. Intermediates formation and biodegradability assessment.Chemical Engineering Journal, v. 308, p. 492-504, 2017.

GISKE, C. G.; GEZELIUS, L.; SAMUELSEN, W. M.; SUNDSFJORD, A.; WOODFORD, N. A sensitive and specific phenotypic assay for detection of metallo-βlactamases and KPC in Klebsiella pneumoniae with the use of meropenem disks supplemented with aminophenylboronic acid, dipicolinic acid and cloxacillin. Clin Microbiol Infect. 2011.

GÓMEZ, M. J.; MARTÍNEZ-BUENO, M. J.; LACORTE, S.; FERNÁNDEZ-ALBA, A. R.; AGÜERA, A. Pilot survey monitoring pharmaceuticals and related compounds in a sewage treatment plant located on the Mediterranean coast. Chemosphere.v. 66, p. 993-1002. 2007.

GONZÁLEZ- Pleiter, M., Gonzalo, S., Rodea- Palomares, I., Leganés, F., Rosal, R., Boltes, K., Marco, E. & Fernandez-Piñas, F. Toxicity of five antibiotics and their mixtures towards photosynthetic aquatic organisms: Implications for environmental risk assessment. Water Res. 47, 2050-2064.2013

HAAP, T.; TRIEBSKORN, R.; KÖHLER, H. R. Acute effects of diclofenac and DMSO to Daphnia magna: immobilisation and hsp70‑induction. Chemosphere, v. 73, n. 3, p. 353‑359, 2008.

GARTISER et al. GARTISER, S.; HAFNER, C.; KRONENBERGER-SCHÄFER, K.; HAPPEL, O.; TRAUTWEIN, C.; KÜMMERER. Approach for detecting mutagenicity of biodegraded and ozonated pharmaceuticals, metabolites and transformation products from a drinking water perspective. Environmental Science and Pollution Research International, v. 19, n. 8, p. 3597-3609. https://doi.org/10.1007/s11356-012-0925. 2012.

GRAHAM GG, Scott KF. Mechanisms of action of paracetamol and related analgesics. Inflammopharmacology. 2003

GRIFFIN, M.R., YARED, W.A. Ray, Nonsteroidal anti-inflammatory drugs and acute renal failure in elderly persons, Am. J. Epidemiol., 151, 490. 2000.

HALFELD G. Uma análise crítica sobre benefícios e riscos da dipirona. Rev Paul Odontol 1992.

HALLING-SORENSEN, B.; LUTZHOFT, H.; ANDERSEN, H.R.; INGERSLEV, F. Environmental risk assessment of antibiotics: comparison of mecillinam, trimethoprim and ciprofloxacin. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v. 46, suppl. A, p. 53-58. 2000.

ISIDORI, M.; LAVORGNA, M.; NARDELLI, A.; PASCARELLA, L.; PARRELLA, A. Toxic and genotoxic evaluation of six antibiotics on non-target organisms. The Science of the Total Environment, v. 346, n. 1-3, p. 87-98. https://doi.org/10.1016/j scitotenv.2004.11.017. 2005.

JOSS, A.; ZABCZYNSKI, S.; GOBEL, A.; HOFFMANN, B.; LOFFLER, D.; MCARDELL, C.S.; TERNES, T.A.; THOMSEN, A.; SIEGRIST, H. Biological degradation of pharmaceuticals in municipal wastewater treatment: proposing a classification scheme.Water Research, v. 40, n. 8, p. 1686-1696. 2006.

KAISIM, A.N.; WHITEHOUSE, M.; RAMACHANDRAN, C,; BERMEJO, M.; LENNERNÄS, H.; HUSSAIN, A.S.; JUNGINGER, H.E.; STAVCHANSKY, S.A.; MIDHA, K.K.; SHAH, V.P.; AMIDON, G.L. Molecular properties of WHO essential drugs and provisional biopharmaceutical classification. Mol. Pharm., v.1, n.1, p.85-96, 2004.

KASPRZYK-HORDERN, B.; DINSDALE, R. M.; GUWY, A. J. Multiresidue methods for the analysis of pharmaceuticals, personal care products and illicit drugs in surface water and wastewater by solid-phase extraction and ultra performance liquid chromatographyelectrospray tandem mass spectrometry. Analytical and Bioanalytical Chemistry, Heidelberg, v. 391, n. 4, p. 1295-1306, 2008.

KIM, Y. et al. Aquatic toxicity of acetaminophen, carbamazepine, cimetidine,diltiazem and six major sulfonamides, and their potential ecological risks in Korea. Environment International, v. 33, p. 375, 2007.

Knie, J. L. W.; Lopes, E. W. B. Testes Ecotoxicológicos: Métodos, técnicas e aplicações. Florianópolis-SC: FATMA/ GTZ. 2004.

KOES, BW, van Tulder MW, Ostelo R, et al. Clinical guidelines for the management of low back pain in primary care: an international comparison. Spine. 2001.

KUMAR, A.; Schweizer, H. P.; Adv. Drug Delivery Rev. 2005.

KOLPIN et al. KOLPIN, D.W.; FURLONG, E.T.; MEYER, M.T.; THURMAN, E.M.; ZAUGG, S.D.; BARBER, L.B.; BUXTON, H.T. Pharmaceuticals, hormones, and other organic wastewater contaminants in U.S. streams, 1999-2000: a national reconnaissance. Environmental Science & Technology, v. 36, n. 6, p. 1202-1211. https://doi.org/10.1021/es011055j. 2002.

KüHN S., Bravo Rebolledo EL, van Franeker JA. Deleterious Effects of Litter on Marine Life. Em: Bergmann M., Gutow L., Klages M. (eds) Marine Anthropogenic Litter. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-319-16510-3_4. 2015.

LAMBERT, P. A.; Adv. Drug Delivery Rev. , 57, 1471, 2005.    

LAQUAZ, M.; DAGOT, C.; BAZIN, C.; BASTIDE, T.; GASCHET, M.; PLOY, M., PERRODIN, Y. Ecotoxicity and antibiotic resistance of a mixture of hospital and urban sewage in a wastewater treatment plant. Apr;25. doi: 10.1007. Environ Sci Pollut Res Int.  2018.

LANGDON, K.A.; WARNE, M.S.; KOOKANAZ, R.S. Aquatic hazard assessment for pharmaceuticals, personal care products, and endocrinedisrupting compounds from biosolids-amended land. Integrated Environmental Assessment and Management, v. 6, n. 4, p. 663-676. 2010.

LIN, A.Y.-C.; TSAI, Y.-T.; Occurrence of pharmaceuticals in Taiwan’s surface waters: impact of waste streams from hospitals and pharmaceutical production facilities. Science of the Total Environment, v.407, p. 3793-3802, 2009.

LONAPPAN, L. et al. Diclofenac in municipal wastewater treatment atmospheric pressure chemical ionization mass spectrometry approach in comparison with an established liquid chromatography mass spectrometry method. Journal of Chromatography A, v. 1433, p. 106-113, 2016.

MACHADO, K.C.; GRASSI, M.T.; VIDAL, C.; PESCARA, I.C.; JARDIM, W.F.; FERNANDES, A.N.; SODRÉ, F.F.; ALMEIDA, F.V.; SANTANA, J.S.; CANELA, M.C.; NUNES, C.R.O.; BICHINHO, K.M.; SEVERO, F.J.R. A preliminary nationwide survey of the presence of emerging contaminants in drinking and source waters in Brazil. Science of the Total Environment, v. 572, p. 138-146. https://doi.org/10.1016/j. scitotenv.2016.07.210. 2016.

MARTÍN, J. et al. Occurrence of pharmaceutical compounds in wastewater and sludge from wastewater treatment plants: removal and ecotoxicological impact of wastewater discharges and sludge disposal. Journal of Hazardous Materials, v. 47, 2012.

MEHINTO, A. C.; HILL, E. M.; TYLER, C. R. Uptake and biological effects of environmentally relevant concentrations of the nonsteroidal anti-inflammatory pharmaceutical diclofenac in rainbow Trout (Oncorhynchus mykiss). Environmental Science & Technology, v. 44, p. 2176, 2010.

MONTEIRO, S. C. & Boxall, A. B. A. Factors affecting the degradation of pharmaceuticals in agricultural soils. Environ. Toxicol. Chem. 28, 2546-2554. 2009.

NEBOT, C.; GIBB, S. W; BOYD, K. G. Quantification of human pharmaceuticals in water samples by high performance liquid chromatography-tandem mass spectromatry. Analytica Chimica Acta, v. 598, p. 88-93, 2007.

NEFF, J. M. Bioacumulação em organismos marinhos. Editora: Elsevier Science. 460 p. 2002.

NIETO, E.; HAMPEL, M.; GONZÁLEZ-ORTEGÓN, E.; DRAKE, P.; BLASCO, J. Influence of temperature on toxicity of single pharmaceuticals and mixtures, in the crustacean A. desmarestii. Journal of Hazardous Materials, v. 313, p. 159-169. https://doi.org/10.1016/j.jhazmat.2016.03.061. 2016.

NIKOLAOU, A., MERIC, S. & FATTA. Ocurrence patterns of pharmaceuticals in water and wastewater environments. Anal. Bioanal. Chem. 387, 1225-1234. 2007. 2007.

NÖDLER, K.; VOUTSA, D.; LICHA, T. Polar organic micropollutants in the coastal environment of different marine systems.Marine Pollution Bulletin. v. 85, p. 50-59. 2014.

ORVOS, D.R.; VERSTEEG, D.J.; INAUEN, J.; CAPDEVIELLE, M.; ROTHENSTEIN, A.; CUNNINGHAM, V. Aquatic toxicity of triclosan. Environmental Toxicology and Chemistry, v. 21, n. 7, p. 1338-1349. 2002.

PAILLER, J.; PFISTER, L.; HOFFMANN, C.; GUIGNARD. Solid phase extraction coupled to liquid chromatography-tandem mass spectrometry analysis of sulfonamides, tetracyclines, analgesics and hormones in surface water and wasterwater in Luxembourg. Science of the Total Environment, v. 407, p. 4736-4742, 2009.

PAL et al. P, A., Yew-Hoong Gin, K., Yu-Chen Lin, A. & Reinhard, M. Impacts of emerging organic contaminants on freshwater resources. Review of recent occurrences, sources, fate and effects. Sci. Total Environ. 408, 6062-6069. 2010.

PINO, M. R., Val, J., Mainar, A. M., Zuriaga, E., Español, C & Langa, E. Acute toxicological effects on the earthworm Eisenia foetida of 18 common pharmaceuticals in artificial soil. Sci. Total Environ. 518-519, 225-337.2015.

PLAA, G. L. Present status: toxic substances in the environment. Canadian Journal of Physiology Pharmacology, v. 60, p. 1010-1016, 1982.

POMATI F. et al. Effects of a complex mixture of therapeutic drugs at environmental levels on human embryonic cells. Environmental Science Technology, v. 40, p. 2447, 2006.

POTT. H.A. Histórico ambiental: desastres ambientais e o despertar de um novo pensamento CRISLA MACIEL POTT e CARINA COSTA ESTRELA – ESTUDOS AVANÇADOS, 2017.

RAIMUNDO, C. C. C. Ocorrência de interferentes endócrinos e produtos farmacêuticos nas águas superficiais da bacia do rio Atibaia. 2007. 108f. Dissertação (Mestrado em Química) – Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.

RADJENOVIC, J.; PETROVIC, M.; BARCELO, D. Analysis of pharmaceuticals in wastewater and removal using a membrane bioreactor. Analytical and bioanalytical chemistry, Barcelona, Espanha, v. 387, p. 1365-1377, 2007.

RATTE, H. T., HAMMERS M., WIRTZ C., CLEUVERS, R. Ecotoxicity testing. Chapter 7.p.221-274. In B.A. Markert, A.M. Breure, H.G. Zechmeister (eds.) Bioindicators and biomonitors, 9 ed. Elsevier Science. New York, 2003.

ROCHA.B.A., JUNIOR. F.B., Bisfenol A e análogos. Edição Vol. 2, N. 1, 2014.

ROZAS, O.; VIDAL, C.; BAEZA, C.; JARDIM, W.F.; ROSSNER, A.; MANSILLA, H.D. Organic micropollutants (OMPs) in natural waters: Oxidation by UV/H2O2 treatment and toxicity assessment. Water Research, v. 98, p. 109-118. https://doi.org/10.1016/j.watres.2016.03.069. 2016.

RUIZ, M. J & Font, G. Ecotoxicological Effects of Pharmaceuticals in the Environment. En: Ecotoxicology around the globe. Visser, JE (ed): Nova Science Publishers, Inc., pp 227-246. 2011.

RUPERT, E. E; BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados, 6º edição, São Paulo: Roca. 1996.

SANTOS, L. H. et al. Ecotoxicological aspects related to the presence of pharmaceuticals in the aquatic environment. Journal of Hazardous Materials, v. 175, n. 1-3, p. 45-95, 2010.

SIEGRIST, H.; JOSS, A.; ALDER, A.; MCARDELL-BURGISSER, C.; GOBEL, A.; KELLER, E.; TERNES, T.A. Micropolluants: le traitement des eaux usees face a un nouveau defi. EAWAG News 57, p. 7-10. 2003.

SILVA et al. A.L. Gomes, J.P.S. Oliveira, Y.A. Sasaki, B.T.B. Maia, B.M. Abreu, Prevalência de automedicação e os fatores associados entre os usuários de um Centro de Saúde Universitário, Rev. Bras. Clín. Méd. 2013.

SILVA, C. G. A. Applications of High Performance Liquid Chromatography For The Study of Emerging Organic Pollutants. Química Nova, v. 34, n. 4, p. 660-75, 2011.

SIM, W. J.; LEE, J. W.; OH, J. E. Occurrence and fate of pharmaceuticals in wastewater treatment plants and rivers in Korea. Environmental Pollution, v. 158, n. 5, p. 1938-1947, 2010.

SUBEDI, B. et al. Mass loading and removal of pharmaceuticals and personal care products including psychoactives, antihypertensives, and antibiotics in two sewage treatment plants in southern India. Chemosphere, v. 167, p. 430, 2017.

SUNG, H. H.; CHIU, Y. W.; WANG, S. Y.; CHEN, C. M.; HUANG, D. J. Acute toxicity of mixture of acetaminophen and ibuprofen to Green Neon Shrimp, Neocaridina denticulate. Environmental Toxicology and Pharmacology. 2014

TAUXE – WUERSCH,A.; ALENCASTRO, L.F.; GRANDJEAN,D,; TARRADELLAS,J. Occurrence of several acidic drugs in sewage treatment plants in Switzerland and risk assessment. Water Research, v. 39, p. 1761 a 1770, 2005.

TRENHOLM, R. A.; VANDERFORD, B. J.; HOLADY, J. C.; REXING, D. J.; SNYDER, S. A. Broad range analysis of endocrine disruptors and pharmaceuticals using gas chromatography and liquid chromatography tandem mass spectrometry. Chemosphere, v. 65, p. 1990-1997, 2006.

USEPA. U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY (USEPA). Removal of Endocrine Disruptor Chemicals Using Drinking Water Treatment Processes. Washington, D.C.: USEPA. 2001.

US EPA – Environmental Protection Agency. EPA-821-R-02-012. Short-term methods for estimating the acute toxicity of effluents and receiving waters to freshwater and marine organisms. 5 th Ed. U.S. Environmental Protection Agency. Office of Water, Washington, DC. 2002.

US EPA – Environmental Protection Agency. EPA-822-R-08-014. Targeted National Sewage Sludge Survey: Overview Report. Washington: Office of Water (4301T). 2009.

US EPA – Environmental Protection Agency. EPA 821 – B-00-004. Method guidance and recommendations for whole effluents toxicity (WET) testing (40 CFR Part 136), 2000.

VANNINI, C. et al. Effects of a complex mixture of therapeutic drugs on unicellular algae Pseudokirchneriella subcapitata. Aquatic Toxicology, v. 101, p. 460-465, 2011

VERLICCHI, P.; AUKIDY, M.A.; GALLETTI, A.; PETROVIC, M.; BARCELÓ, D.; Hospital effluent: Investigation of the concentrations and distribution of pharmaceuticals and environmental risk assessment. Science of the Total Environment, v. 430, p. 109-118, 2012.

VERLICCHI et al. Hospital effluents as a source of emerging pollutants: An overview of micropollutants and sustainable treatment options. Journal of Hidrology. ELSEVIER, Ferrara, Italia, v. 389, p. 416-428. 2010.

VETTORELLO. G., BRANDT. V., DALLAZEN. M.C., KUNH. D., PRETTO.H. SPELLMEYER. J.G., CARLESSO. W.M., HOEHNE.L.. Micropoluentes em água – o novo desafio emergente. Revista Caderno Pedagógico, Lajeado, v. 14, n. 1, 2017.

VULLIET, E.; CREN-OLIVE, C.; GRENIER-LOUSTALOT, M. F. Occurrence of pharmaceuticals and hormones in drinking treated from surface waters. Environmental Chemistry Letters, Berlim, v. 7, n. 1, p. 1-12, 2009.

YAO, L. et al. Occurrence and risk assessment of antibiotics in surface water and groundwater from different depths of aquifers: A case study at Jianghan Plain, central China. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 135, p. 236-242, 2017.

ZEILHOFER, HU. Prostanoids in nociception and pain. Biochem Pharmacol 2007;

ZGOLA; GRZES; KOWIAK, A. Application of DLLME to isolation and Concentration of Non-Steroidal Anti-inflammatory Drugs in Environmental Water Samples. Chromatographia, v. 72, p. 675-678, 2010.

XIUJUAN, M, Sidi L, Juping D, Xun H, Pengcheng Z, Xinrui X, et al. Risk factors and medical costs for healthcare-associated carbapenem-resistant Escherichia coli infection among hospitalized patients in a Chinese teaching hospital. BMC Infect Dis. 2017


1 Mestre em Ciências, Biomédica, Química e Biotecnologia. Pesquisadora e Proponente do PPGEO/UFPR. haluchsil@hotmail.com

2 Estudante de Biomedicina da Universidade Pequeno Príncipe – FPP/PR Bolsista dos Programas desenvolvidos pela Goldlab Ciência e Tecnologia Ltda em parceira com Latam Laboratórios de Análises Toxicológicas e Ambientais Ltda. goldlablaboratorios@gmail.com

3 Biomédico Especialista em Microbiologia com ênfase em Resistência microbiana, Toxicologia e Química Analítica. Diretor da Latam Laboratórios de Análises Toxicológicas e Ambientais Ltda. johnatan@lablatam.com.br

4 PhD em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Paraná – UFPR. froehner@ufpr.br