AS LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVO

1 -INTRODUÇÃO
As Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) tornaram-se a mais nova epidemia dos últimos anos, já que a partir da década de 80 passaram a ser a mais freqüente causa de afastamento do trabalho no mundo.
Os termos LER/DORT são usados para determinar as afecções que podem lesar tendões, sinóvias, músculos, nervos, fáscias, ligamentos, de forma isolada ou associada, com ou sem degeneração dos tecidos, atingindo principalmente membros superiores, região escapular e pescoço. Decorrente de uma origem ocupacional ela pode ser ocasionada de forma combinada ou não do uso repetido e forçado de grupos musculares e da manutenção de postura inadequada. 1
A fadiga muscular é a precursora das lesões por esforço repetitivo. Não é a causa direta, mas os músculos fadigados do trabalho constante em uma sequência repetida estão mais predispostos a ser usada de uma forma nada saudável. Por exemplo, a digitação por um tempo prolongado causará uma sensação generalizada de fadiga nas mãos, punho e antebraços, o que encoraja o digitador a largar o braço sobre a mesa. Isso pode aliviar a fadiga, mas força o trabalhador a flexionar os punhos aproximadamente em um ângulo agudo para alcançar as teclas. E é esta flexão que leva á pressão e á compressão do nervo mediano. Sendo a síndrome do túnel do carpo muito comum em usuário de computador.2
A síndrome do túnel do carpo (STC), descrita pela primeira vez por Sir James Paget em 1854.3 É uma neuropatia causada pela compressão do nervo mediano ao nivel do carpo.4Dentre as lesões que podem atingir o membro superior a síndrome do túnel do carpo (STC) é a neuropatia de maior incidência.5,6,7
Os sintomas típicos são a parestesia nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos,8 parestesia e/ou dor nas mãos e/ou punhos são queixas comuns entre pacientes encaminhados para exame eletrofisiológico e com frequência fazem parte de um conjunto de sinais e sintomas, conhecido com síndrome do túnel do carpo (STC) Esses sintomas ocorrem ou pioram durante a noite, fazendo com que as pessoas tenham que levantar pelo incômodo proporcionado. Algumas vezes pode surgir dor em todo membro superior. O quadro pode prolongar-se por meses ou até anos, e tende a ser progressivo. Nos casos mais avançados pode haver perda de força para segurar objetos. O diagnóstico da Síndrome do Túnel do Carpo é baseado nos sintomas característicos e na comprovação da compressão do nervo por um exame chamado eletroneuromiografia, o qual constata um atraso na condução de estímulo elétrico pelo nervo mediano ao nível do punho.9
A Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários a concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto e eficácia.10
É uma especialidade da fisioterapia que atua na prevenção, resgate e manutenção da saúde do trabalhador; tem o propósito de melhorar a qualidade de vida do trabalhador, evitando a manifestação de queixas músculo-esqueléticas de origem ou não, com conseqüente aumento do bem- estar, desempenho e produtividade.
Inicialmente, pode-se orientar o uso de splints como forma de imobilização na região do punho com uso de tala facilmente colocadas ou retiradas com velcro. Caso os sintomas persistam, o tratamento fisioterapêutico será essencial. A diminuição do edema gerada pela inflamação das estruturas vizinhas ao nervo mediano deverá ser o objetivo do tratamento fisioterapêutico por isso, deve-se utilizar ultrasom de 1(UM) MHz11que possui princípios analgésicos e anti-inflamatórios acompanhados por manipulações na região acometida. A orientação quanto a atividades da vida diária (AVDS) preconiza a biomecânica funcional do membro. Exercícios de alongamento dos flexores dos dedos e do punho sob orientação do profissional são benéficos para melhorar a função e aumentar a formação de líquido dos tendões, bainhas e fascias adjacentes.
O objetivo do trabalho é propor a articulação de ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde dos trabalhadores independentemente de ser ocasionada pelos exercícios nas atividades específicas. Tendo como justificativa adquirir mais informações e aprendizados visando a adaptação das condições de trabalho de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
2 – SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
2.1 – DEFINIÇÃO
É uma condição caracterizada por um aumento do volume dentro do túnel do carpo que provoca uma neuropatia periférica compressiva que afeta o nervo mediano.12
O túnel do carpo se limita por ossos do punho e ligamento transverso do carpo (retináculo dos flexores), os ligamentos vão do punho até a palma da mão. No interior da palma da mão contém o nervo mediano e mais nove tendões (4 tendões flexores superficiais e tendões flexores profundo e 1 tendão flexor do polegar), que são as estruturas maiores que passam pelo túnel do carpo. Com os movimentos repetitivos prolongado da mão e flexão do punho ocorre uma rigidez no canal do carpo aumentando o volume do tecido da estrutura. O fluido contido em seu limite não consegue expandir as paredes, acarretando um aumento e comprimindo o nervo mediano, diminuindo a circulação capilar deixando o nervo mediano isquêmico, causando a perda da sensibilidade e motricidade da mão. Conseqüentemente ocorrerá dor, hipostesia, fraqueza muscular, atrofia do nervo mediano, sensação de peso na mão, atrofia muscular, com perda da sensação e do controle motor fino e parestesia no polegar, indicador, médio e metade do dedo anular. Esses sintomas podem aumentar no período da noite durante o sono, despertando o paciente. Para aliviar o incômodo ele sacode a mão e movimenta os dedos agravando mais os problemas.13
Nos casos graves podem ocorrer queixa de dor em todo membro superior. O quadro pode se prolongar por meses assumindo um caráter progressivo. O sintoma noturno pode ser causado por uma distribuição da água extracelular durante o período em que o corpo fica na posição deitado sobre uma plataforma horizontal relaxado. Com o aumento da intensidade da isquemia poderá ocorre uma grande instabilidade deixando impossibilitado de segurar objeto dificultando o desempenho da atividade manual da vida diária.14
A STC foi descrita pela 1º vez em 1954 pelo medico Britânico Sir James Paget em seu trabalho, constitui a neuropatia compressiva mais comum. Que inclui sinais e sintomas causados pela compressão do nervo mediano ao nível do canal do carpo. O desequilíbrio na passagem do canal do carpo é restabelecido pelo tratamento conservador e cirúrgico.15
A pesquisa realizada e publicada pelo National Institute for Occupational Safety and Healthdemonstrou que os movimentos repetitivos por tempo prolongado e inadequado por mais de oito repetições por min. impede que o punho produza a lubrificação articular adequada, podendo ocorrer um atrito nos seguimentos provocando inflamação e edema. Conseqüentemente ocorrerá uma pressão devido ao edema na região do nervo mediano provocando atrofia do nervo mediano e dos primeiros dedos inervados (polegar, indicador, médio e metade do dedo anular) perdendo parte das suas funções por tempo prolongado.16
2.2 – ETIOLOGIA
As pesquisas realizadas estabeleceram que várias causas provoquem a STC. E a fadiga muscular é a precursora das lesões por esforço repetitivo ela não é a causa direta, mas o músculo fadigado do trabalho constante em uma sequência repetitiva está mais predisposto a ser usada de uma forma nada saudável. A maior incidência ocorre no sexo feminino em aproximadamente 2/3 dos casos existem em ambas as mãos,em outros casos estão relacionados à obesidade, índice de massa corporal (IMC) alto, trabalho manual com movimentos excessivos, inadequados e repetidos, exercícios físicos repetidos, queda com a mão aberta e fraturas do punho, nos esportes manuais os mais citados são: ciclismo, escalada, tênis e basebol são mais acometidos e nas metabólicas alteração hormonais como menopausa e gravidez (geralmente desaparece no final da gravidez). E outras doenças associadas como diabete mellitus, artrite reumatóide, e causas idiopáticas.14
Com o aumento da tecnologia e a globalização a incidência vem aumentando cada vez mais com o uso do computador de mesa e portátil (notebook). Com o trabalho por longos períodos, usando o membro superior em postura inadequada, podendo produzir dores nos punhos, cotovelos e ombros. Quando o punho fica muito tempo, flexionado pode haver uma compressão nervosa, resultando em dores e sensações de parestesia no membro superior que pode ocorrer quando se trabalha por muito tempo com os braços levantados e sem apoio.17
Segundo Kouyomdjian podem ocorrer freqüentemente sensações de choque em determinadas posições da mão, como segurar um objeto com força, cortar um objeto duro ou descascar frutas e legumes. Muitas vezes a STC Pode ocorrer em decorrência de lesões agudas e crônicas no sistema muscular. A lesão aguda pode ser traumática ou por instalação de fadiga muscular, que ocorre quando o nível de força aplicada é baixo, mas considerando acima da capacidade adaptativa do sistema muscular. As lesões crônicas são consequência de sobrecargas muscular por período prolongado. Com a compressão do nervo mediano, no reflexo das fibras nervosas periféricas ocorre uma redução da velocidade das fibras causando um bloqueio na passagem, impedindo a conexão.18,14
A sobrecarga nas empresas são consequência do aumento das necessidades particulares de serviços competitivos. Estabelecendo metas deprodutividade no mercado de trabalho. Com o aumento da concorrência no mercado empresarial ocorre um grande aumento de sobrecarga sobre os funcionários. Com o corte de gasto e custos das empresas. As empresas submeteram que os funcionários sejam homem – máquina. Muitas empresas apresentam menos pessoas e mais produção, gerando um ritmo extremamente acelerado na atividade do trabalho,com mobiliário e equipamento desconfortável sobrecarregando as pessoas que permanecem empregadas visando apenas o lucro da empresa. Consequentemente proporcionando maior estresse, maiores esforços físicos e psicossociais e maior desgaste mental. Com a concorrência em todos os segmentos de mercado e com o aumento do ritmo extremamente acelerado e o desrespeito com o funcionário nas empresas os números de casos de doenças ocupacionais, tendem a crescer e se proliferar a cada ano.19,20.21
2.3 – FATORES RELACIONADOS ÀS CAUSAS DA STC
Na diabete o músculo fica tencionado podendo diminuir a percepção sensorial e aumentar a pressão sanguínea. É um dos problemas que ocorre em portadores de DM e tendência a restringir sua própria circulação que resulta em falta de oxigênio e nutriente essenciais. Que pode originar produto de resíduo tóxico que se acumula na célula. Ocorrendo processo de fadiga, dores-tendinosas e articulares.22
Nas alterações hormonais que ocorrem na menopausa como a diminuição do hormônio estrogênio e progesterona causam um aumento da quantidade de liquido no corpo, levando a um inchaço dos tendões no interior do túnel ocorrendo uma alteração no tecido mole (inflamação da bainha sinovial que comprime o nervo medial).
No estado metabólico que ocorre na gravidez uma alteração no equilíbrio hídrico acomete as mulheres no 3º trimestre de gravidez, conseqüência da alteração hormonal e retenção de líquido ocorrendo edema próprio da gravidez que desaparece após o parto ocorrendo uma diminuição da função nervosa sensorial e motora na mão devido à compressão do nervo mediano no nível do canal do carpo. Os sintomas tendem desaparecer no final da gravidez.22.
Nas doenças inflamatórias que pode ser por trauma, as fraturas do punho que engloba a lesão óssea do radio e da ulna e fratura de qualquer um dos oito ossos do carpo ex. (fratura de colles). O mecanismo de lesão mais comum é uma carga compressiva aplicada ao punho deixando-o hiperestendido. Outro mecanismo menos comum e a fratura dos ossos do carpo, esse mecanismo inclui a hiperflexão e a aplicação de uma carga rotacional contra um objeto ou uma superfície fixa. A fratura do carpo ocorre quando a cargaé transmitida sobre o punho hiperstendido. Com o punho nessa posição, as forças compressivas são transmitidas através dos ossos do carpo para o complexo radioulnar distal. De maneira previsível, certos ossos do carpo são mais propensos a sofrer uma lesão que os outros. As influências absorvidas, diretamente sobre as forças aplicadas no punho tendem a desenvolver lesões.12
Anatomicamente pode ocorrer diminuição de espaço no canal com o aumento das estruturas. Com a diminuição do canal ocorre alteração na parede, ex: edema, sinovite, acúmulo de substancia amilóide, tumores, alteração morfológicas do osso de carpo, ocorre aumento do volume devido a inflamação do tecido sinovial dos tendões ex: tenossinovite. A STC é a neuropatia compressiva mais freqüente e comum encontrada.23
As causas da STC podem ser hormonais, traumática, inflamatória, metabólica pelo distúrbio hídricos e idiopática. Os sintomas dependem do estágio, podendo variar desde uma sensação de parestesia no membro afetado, ou até mesmo uma dificuldade de pegar um objeto ou descascar uma fruta, ex: laranja.
3 – TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
3.1 – AVALIAÇÃO
Para que ocorra um tratamento eficaz para pacientes que adquiriram a Síndrome do Túnel do Carpo se faz necessário uma avaliação com os seguintes itens: identificação, história da doença atual, relato subjetivo da dor, inspeção, perimetria, sensibilidade, força muscular, testes especiais, amplitude de movimento (ADM), avaliação para mobilização neural.24,25,26,27,28
3.1.1 – HDA
Deve-se realizar um relato da história do paciente. Além dos dados convencionais, aqueles que indicam a profissão do paciente, situação do sintoma no momento atual, medicamentos em uso, em casos de cirurgia tipo e data e etc.
3.1.2 – RELATO DA DOR
O relato subjetivo da dor foi graduado numa escala de zero a dez, sendo que dez é dada a maior grau que o paciente obteve desde o início dos sintomas e o zero sem nenhuma dor.29
3.1.3 – INSPEÇÃO
Na inspeção se é analisado, a eminência tênar, hipotênar, presença de hipotrofia tênar e uni ou bilateral, edema, hiperemia. Nos casos onde o paciente apresenta edema ou hipotrofia e realizado perimetria dando por ponto de origem o punho, dois e quatro centímetros abaixo e acima.
3.1.4 – ADM
Faz-se necessário a avaliação qualitativa dos movimentos de flexão e extensão de punho, oponência do polegar, flexão e extensão dos dedos, e quando observado alterações, é ultilizada a goniometria.
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3.1.5 – FORÇA MUSCULAR:

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3.1.6 – SENSIBILIDADE:
 
A sensibilidade tátil, dolorosa e térmica foi testada com pincel, agulha e gelona face dorsal do 2, 3 e 4° quirodactilos, face ventral, metade lateral da palma da mão e 1 , 2 e 3° metade longitudinal do 4° quirodactilo. (Figuras: 5, 6 e 7).
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3.1.7 – TESTES ESPECIAIS
 
Sinal  de Tinel:
O  examinador percute a face anterior do punho do paciente em caso positivo, o paciente refere-se “choque” na região da palma da mão.
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Teste de compressão Carpal:
O  examinador comprime firmemente, com a extremidade de seu polegar a face anterior do punho do paciente, por cerca de 30 segundos (foto 9)
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Teste de Phalen:
cotovelo flexionados, flexão máxima dos punhos durante 60 segundos, quando positivo, provocasensação de “dormência”( parestesia) (foto 10).
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Os testes de tensão neural propostos para membros superiores (Testes de Tensão para Membros Superiores – ULTT) foram recentemente desenvolvidos em relação aos membros inferiores e tronco, são usados exclusivamente por fisioterapeutas. Será necessário mais tempo e estudos para serem aceitos no exame neuro-ortopédico por outros profissionais. Os quatro testes de tensão superior (nervo mediano dominante ultilizando abdução externa de ombro), ULTT 2 ( nervo mediano dominante ultizando depressão de cintura escapular + rotação externa de ombro), ULTT 2ª (nervo ulnar dominante ultilizando depressão de cintura escapular + rotação interna de ombro) e ULTT 3( nervo ulnar ultilizando abdução de ombro e flexão do cotovelo)26
O sistema nervoso não pode deixar de ser mobilizado quando alguma força é aplicada gerando um movimento relacionado a alguma forma de tratamento. Atualmente a maioria dos fisioterapeutas mobiliza o sistema nervoso inadvertidamente; ao alongar um músculo e ao mesmo tempo é movimentado e tensionado o nervo, seus ramos e parte de seu neuro eixo meninges.
Butler enfatizou que a avaliação analítica é pedra fundamental para a mobilização do sistema nervoso. Ao executar uma técnica é necessário que haja destreza manual, comunicação com o paciente, conhecimento de biomecânica e capacidade de reavaliação.26
Após exame do paciente, o terapeuta escolhe o componente tensorial relacionado à desordem do paciente, então, existem três movimentos: mobilização direta do sistema nervoso; tratamento através de interfaces e tecidos relacionados; incorporação através de tratamento indireto tal como orientações posturais e “design” ergonômico.26
3.2 – Conduta terapêutica
São partes importantes do programa de reabilitação, a orientação, a estabilidade, fortalecimento, mecanoterapia, treinamento da postura e o posicionamento durante a realização das atividades. O paciente é orientado a evitar os movimentos que provocam a flexão forçada do punho, movimentos repetitivos de flexão de punho e posições que mantenham a preensão com o punho e dedos flexionados por um período prolongado. Em casos especiais, pode-se considerar também a possibilidade da utilização de ferramentas ergonomicamente apropriadas (ex. suporte de punho (Splint) e cadeira ajustável para computador, luvas antivibratórias, etc)27
Para controle da analgésia , os autores sugerem antes do exercício, uso de calor úmido, Estimulação Transcutânea (TENS).Na redução do edema local e diminuição da dor é utilizado, a Fonoforese (ultrasom pulsátil) usando um transdutor de 3 MHZ sobre as eminências tênar e hipotênar, a intensidade é de 0,3 a 0,5 w/cm² por 5 minutos. A Crioterapia administrada depois do exercício durante 20 minutos pode ser útil para tratar o edema e a dor.Porém, deverá se tomar cuidado com a hiperemia da pele.pois, o gelo faz uma vasoconstricção. 24
Para mobilizar o nervo mediano pode ser utilizada a técnica de auto mobilização, executada da seguinte forma: punho em neutro, cotovelo com leve flexão; com progressão do paciente faz-se a extensão de cotovelo, extensão de punho e dedos apoiados na parede e realiza a extensão externa de ombro, e esta é considerada ponto de partida outras possíveis variações de posições e de componentes utilizados para a mobilização.26
Após, o controle da dor e a diminuição do edema se dá início aos exercícios de fortalecimento e mobilidade articular. O de fortalecimento poderá ser realizado com halters de 1,0 kg. Onde o paciente, realiza movimentos de flexão, extensão, desvio ulnar e desvio radial de punho o qual o músculo e capaz de vencer uma força resistiva. Através de uma contração isotônica. Também, se é realizado mobilizações passivas. Para que ocorra a amplitude de movimento. Fisioterapeuta, realiza movimentos artrocinemáticos: com deslizamento distal radio/ulnar; deslizamento Antero posterior e latero lateral de metacarpos e falangens. Assim, desenvolvendo uma maior estabildade articular e maior ganho de amplitude.
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4 – CONCLUSÃO.
A sindrome do túnel do carpo tem se mostrado hoje como um grande limitador das atividades laborais de trabalhadores que ultilizam computadores com muita frequência. Muitos trabalhadores apesar de ter conhecimento do problema, não tomam uma atitude preventiva e na maioria das vezes nem curativa, o que implica diretamente no afastamento do trabalho, perda de promoção, podendo até gerar um quadro de invalidez e existe além disso, o medo de um procedimento cirúrgico, onde progressivamente vai se agravando todo o quadro.
Os pacientes com STC podem contar com algumas maneiras de sanar seu quadro clínico. Existe o tratamento cirúrgico e os tratamentos conservadores para a STC, cada um com a sua devida indicação, porém o que se mostra menos atuante é a prevenção da STC. Hoje uma grande parte das empresas não pregam uma politica de prevenção, algumas não tem conhecimento do problema e outras tem o conhecimento mas o negligênciam.
A fisioterapia atuando no pós-cirúrgico e nos tratamentos conservadores como: alongamentos, mobilização neural, eletrotermofototerapia e outras práticas fisioterapêuticas e da prevenção através da ergonomia, tem uma grande importância na saúde corporal desses indivíduos, muitas vezes evitando até uma intervenção cirúrgica e consequentemente o afastamento do trabalho.
REFERÊNCIAS
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7. Akalin, E; El, O; Peker, O; Senocak, O; Tamci, S; Gülbahar, S; Çakmur, R. Treatment of carpal tunnel syndrome withnerve and tendon gliding exercises. Am J Phys Med Rehabil, 2002.
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12. Wheting; Zernick biomecânica da lesão músculo esquelética. Editora. Guanabara Koogan. S.A 2001.
13. Weinstein,S.L; Buckwalter,J.A ortopedia de turek: princípios e sua aplicação. 5º Ed.Barueli-SP: Editora manole,2000.
14. Karolczak, A. P. M, ET AL. Revista Brasileira de fisioterapia. Síndrome do túnel do carpo.Vol.9, nº 2, 2005.
15. Pereira, Edgard S, ET AL. Síndrome do túnel do Carpo: análise comparativa entre tratamento conservador e cirúrgico,Revista brasileira de fisioterapia. Vol. 9, N°. 2 . 2005.
16. Rev. bras. epidemiol.vol.8 no.2 São Paulo June 2005. .
17. Dul,J; Weerdmeester,B. Ergonomia Prática . 2ª Edição. Revista e Ampliadaeditora Edgard Blucher. 2004
18. Sande, L.P; Coury, J.C.G; Oishi, J; Kumar, S. Effect ofmusculoskeletal disorders on prehension strength.Appl Erg 2001.
19. Couto, Hudson A. ergonomia aplicada ao trabalho: o manual técnico da maquina humana 1º Ed. Belo Horizonte-Mg:Ergo Editora, 1995.vol.II.
20. BRASIL. INSS.Instrução Normativa INSS/DC, nº 98 de 5 de dezembro de 2003.
21. BRASIL: Ministério da Saúde, Secretaria de políticas de saúde. Protocolo de investigação, diagnóstico, tratamento e prevenção de Lesão por Esforço Repetitivo: distúrbios osteomusculares relacionados ao Trabalho. Brasília, 2000.
22. Alter, Michael J. Ciência da flexibilidade.1ª ED – ARTTMED – 2001.
23.Viana, Naira S; Almeida, Raquel M. Abordagem Fisioterapia na Síndrome do Túnel do Carpo,2003.
24. MAXEY, LISA; MAGNUSSON, Jim. Reabilitação pós-cirúrgica para o paciente ortopédico. 1°ed. RIO DE JANEIRO: Guanabara koogan, 2003
25. TATAGIBA, Marcos; MAZZER, Nilton; AGUIAR, Paulo, H. P; PEREIRA, Carlos U. Nervos Periféricos. 1ª ed. RIO DE JANEIRO: Revinter, 2003
26. BUTLER, David. Mobilização do Sistema Nervoso. 1ª ed. SÃO PAULO:Editora manole, 2003.
27. FREITAS, Paula, P. Reabilitação da Mão. 1ª ed. SÃO PAULO: Atheneu; 2005.
28. MAGEE, David. J. Avaliação Musculoesquelética. 4ª ed. SÃO PAULO: Manole, 2005.
29. BORG, Gunnar; Escala de Borg para a dor e o esforço percebido. 1ªed. SÃO PAULO: Manole, 2003.
32. HOPPENFELD, Staley; Propedêutica: Coluna e extremidades. SÃO PAULO: Atheneu, 2005.
ANEXOS
Anexo A – FICHA DE AVALIAÇÃO
FICHA DE AVALIAÇÃO
1 – Identificação
Nome………………………………………………………………………………..
Endereço…………………………………………………………………………..
Telefone…………………………………………………………………………….
Data de nascimento……../……../…….. Idade…………………………….
2 – HDA
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
3 – Relato da dor
Mão direita Mão esquerda
………………………………. ………………………………..
4- Inspeção
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
5- ADM
MOVIMENTO DIREITO ESQUERDO
Flexão de punho…………………………………………………………………
Extensão de punho……………………………………………………………..
Oponencia do polegar…………………………………………………………
Flexão metacarpofalangeana……………………………………………….
Extensão metacarpofalangeana……………………………………………
6- Goniometria
MOVIMENTO DIREITO ESQUERDO
Flexão de punho…………………………………………………………………
Extensão de punho……………………………………………………………..
Oponencia do polegar…………………………………………………………
Abdutor breve do polegar…………………………………………………….
Testes Especiais
Sinal de Tinel ( ) Positivo ( ) Negativo
Teste de Phalen ( ) Positivo ( ) Negativo
Teste de Compressão Carpal ( ) Positivo ( ) Negativo
9 – Destreza dos dedos
Mão direita ( ) Mão Esquerda ( )
10 – avaliação de Mobilização Neural
10.1 – Teste de movimento ativa (Abdução do Ombro com extensão do punho).
Dor ( ) Não ( ) Sim
10.2 – Teste provocativos do tecido neural para o nervo mediano.
Proximal para distal (flexãolateral de cervical com o braço posicionado em abdução lateral mais rotação interna do ombro, extensão de cotovelo com pequena extensão de punho, extensão de dedos e depressão da cintura escapular).
Dor ( ) não ( ) sim
10.3 – Palpação do nervo mediano
Dor ( ) não ( ) sim

1 comentário em “AS LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVO”

  1. Israel Lucio de Souza

    Trabalho interessante.O título faz você pensar como isso ocorreria. E pensando ante mesmo de ler o trabalho…Imaginei que que essa ligação osteomuscular e ligamentar, entre os MMSS e MMII, seria feita através do grande dorsal. Parabéns!

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