RELAÇÃO ENTRE VESTUÁRIO E IMAGEM CORPORATIVA FRENTE AOS DESAFIOS DO TRABALHO EM HOME OFFICE 

RELATIONSHIP BETWEEN CLOTHING AND CORPORATE IMAGE IN FRONT OF THE CHALLENGES OF HOME OFFICE WORK 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7829879


Henrique Gil Arnoni1
Flávia Heloisa Vizioli Libório2
Galdenoro Botura Júnior3
Ekaterina Emmanuil Inglesis Barcelos4


RESUMO 

O presente artigo verificou as preferências e demandas dos usuários quanto ao vestuário profissional utilizado para a modalidade de trabalho denominada home office. A pesquisa investigou aspectos acerca das percepções desses indivíduos ao longo das atividades remotas conexas ao meio corporativo ou institucional, realizadas on-line, relacionando a escolha de um traje específico com a percepção de produtividade e bem-estar. A observação se direcionou às características e estilo das roupas, à ergonomia e ao ambiente em home office, priorizando a relação de conforto que essas peças apresentaram nas vivências profissionais à distância. A investigação contou com 65 participantes, sendo estes profissionais de áreas diversas em cargos distintos. A análise trouxe diferentes pontos de vista em relação às escolhas e à composição da vestimenta corporativa nesse contexto, indicando que os desafios e o impacto emocional da pandemia associado à modalidade à distância modificaram a percepção sobre o código de vestimenta, bem como sobre a adequação e nível de conforto decorrente das escolhas para tal atividade. O resultado indicou que a opção por roupas mais confortáveis e as que evocam memórias afetivas do espaço familiar, influenciaram a produtividade dos indivíduos quando em home office

PALAVRAS-CHAVE: design; vestuário em home office; vestuário e percepção de conforto; trabalho em home office; produtividade em home office; ergonomia. 

ABSTRACT 

This article was developed to verify the characteristics and demands for clothing in the professional environment during the remote modality known as the home office and its challenges, pointing issues about clothing, work, ergonomics, and design through a data collection that resulted in a sample that included 65 participants, among them professionals and students from different areas in different positions, which brought different points of view about the same work modality concerning the choices of clothing composition for work activities. The research presents aspects of the perceptions regarding the activities in the corporate and online environment relating to productivity and the choice of specific clothing, prioritizing, mostly the affective and comfortable relationship with these pieces for professional experiences in remote mode, which translates into a sample that believes that more comfortable clothes influence their good productivity.

KEYWORDS: design; garment in home office; clothing and comfort perception; home office work; home office and productivity; ergonomics.  

1 INTRODUÇÃO 

A moda se reflete nas relações socioculturais de seu tempo e contexto, mesclando aspectos que hodiernamente englobam a diversidade e representatividade somada à sustentabilidade e ao foco no usuário/consumidor e em seu cotidiano. Também absorve a atual instabilidade global como característica, ora impactada pela hiper informação, ora assolada por cenários diversos e incomuns como os de uma pandemia. Assim, o vestuário traduz de forma cíclica e contínua as tendências comportamentais resultantes dos impactos que se sobrepõem ao Zeitgeist (do alemão – “espírito do tempo”) (KRAUSE, 2019), pautando necessidades sensíveis que sofrem uma escalada de complexidade para se adequar ao cenário inserido, de forma a retornar continuamente suas ondas de influência para a sociedade, comunicando não verbalmente sua história. 

 A pandemia de Covid-19 ocasionou diversas mudanças tanto na forma de se viver, criando reações de ordem emocional e inúmeros fatores de insegurança no âmbito da saúde, quanto no impacto social. Desse modo, fenômenos culturais em esquemas trans-históricos construíram padrões significativos e específicos nesse período, associando diferentes domínios da sociedade e se estendendo por muitos contextos geográficos (KRAUSE, 2019), inclusive no Brasil.

 Também transformou enormemente o consumo de forma global, que se tornou focado e convertido pela percepção e necessidade de conforto e segurança para a vivência do isolamento e da preocupação com a vida. Novas formas de se conviver, habitar e trabalhar foram impostas somando tendências e comportamentos a novos hábitos.

Devido à imposição do isolamento, parte da sociedade se viu reclusa para a realização do trabalho de forma remota, em suas casas, no denominado modo home office (palavra inglesa – junção dos termos “home” + “office”). 

A alternância de condutas sociais advindas e aceleradas pela pandemia modificou costumes e escolhas acerca do uso e função do vestuário, em especial no que concerne ao vestuário corporativo. A noção de adequação para a roupa do trabalho foi deslocada forçadamente de contexto e de cenário. Desde o princípio do isolamento, valer-se de roupas confortáveis tornou-se um hábito resultando em um requisito para a aquisição de novas peças, tanto para o dia a dia das atividades de trabalho, quanto para a convivência familiar ou atividades físicas. Assim, a moda focada e estruturada em suas propriedades e características, na sua utilidade e atuação dentro do contexto, escaneou esta nova demanda e se alinhou ao cenário pandêmico, atendendo e ofertando proposições de vestimenta compatíveis.

O comércio de moda, focado no novo consumidor desse momento, ofertou de forma ágil opções de roupas mais confortáveis, com boa apresentação e agregando a ideia de solução, no sentido de satisfazer as necessidades adaptadas desses indivíduos. 

“Baseando-se no conhecimento sobre o homem, suas capacidades e limitações e, ainda, com o auxílio de outras áreas de conhecimento, a ergonomia busca em suas ações adaptar o trabalho às condições humanas, proporcionando o bem-estar, segurança e condições adequadas para a execução de suas atividades […] A ergonomia não se aplica somente ao local onde são executadas as atividades profissionais, ela também envolve todas as atividades de caráter físico e intelectual que o homem possa desenvolver em seu relacionamento com o meio em que vive.” (CAMARGO, GOMES, 2018.p.2)

Vale destacar que ergonomicamente o trabalho é classificado de forma mais ampla, caracterizando-se pela relação entre o indivíduo e uma determinada atividade produtiva (IIDA; BUARQUE, 2021). Portanto, a ergonomia imposta à situação de trabalho remoto, em ambiente doméstico, influenciou a definição do vestuário para tal propósito. Dessa forma, abrange as competências e dinâmicas do traje adequado ao momento profissional realizado em casa.

Para esta finalidade este artigo conduziu uma análise junto aos usuários que utilizaram e ainda utilizam, por longos períodos, ambientes de home office para o trabalho remoto.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  

O homem busca vestir-se desde a pré-história, a princípio com materiais de origem animal, como o couro e pelos, entretanto possuíam alguns adornos que os diferenciavam, e conforme evolução de técnicas e ferramentas. O homem passou a usar fibras e transformá-las em tecidos, a vestir-se com ele, a exemplo o uso do linho formando saiotes (STEFANI, 2005). O vestir se deu por meio da necessidade de se proteger das variações térmicas decorrentes das estações do ano, bem como a busca incessante, pela percepção de conforto (PEZZOLO, 2021). Tais características estão presentes no homem contemporâneo, buscando suprir suas necessidades básicas priorizando a percepção de conforto em vista da sua sobrevivência. Há ainda mais duas características históricas que levaram o homem a vestir-se, sendo elas: o pudor e a necessidade de adornar-se (STEFANI, 2005).

O advento da moda aperfeiçoou as formas de comunicação do homem por meio da indumentária, identificando características e valores pessoais muito além das necessidades de proteção contra variações térmicas, da proteção da integridade física, do pudor e do desejo de adornar-se (STEFANI, 2005). Além de um meio de comunicação e adequação de um indivíduo a um grupo e à sociedade em geral, o vestuário pode ser considerado um receptáculo de suas memórias ao longo do tempo (STALLYBRASS, 2020), “usar o vestuário como um conector com essas pessoas é uma forma de conforto, de amenizar as saudades, de sentir-se próximo dos familiares, amigos, pessoas queridas a nós e nos aproximar do nosso círculo afetivo” (SILVEIRA; GALTÉRIO; GALTÉRIO, 2021). Ademais da construção de história e memórias, ocorre a reordenação de costumes dos grupos sociais e de suas questões comportamentais, que demanda novos produtos, para os quais o design atua como o agente que adequa e melhora produtos atendendo o homem em seu contexto com novas necessidades evolutivas.

Em sua longa trajetória de uso, a vestimenta passou a comunicar claramente atividades e posições sociais, níveis de respeitabilidade e importância, títulos, cargos e pertenças em determinados contextos sociais e econômicos além de categorizar grupos e suas semelhanças (MORRIS; GORHAM; COHEN; HUFFMAN, 1996).  

Tal característica encontra-se ainda presente no vestuário do homem contemporâneo e na adaptação evolutiva das sociedades e de seus costumes, “o vestuário adapta-se ao ambiente natural ou ao ambiente urbano; ao mesmo tempo, aponta as relações sociais presentes na sociedade em que é usado; por fim, tende a sinalizar os aspectos do indivíduo, inserindo-o no grupo social do qual faz parte”.” (NACIF, 2007, p. 9). 

Há inúmeros artigos científicos relatando a influência da vestimenta sobre as percepções e ações. Como exemplo, os que afirmam que o uso de roupas formais geralmente se traduz em um perfil de pessoa dotada de uma inteligência superior (MORRIS; GORHAM; COHEN; HUFFMAN, 1996). Entretanto, um mesmo traje adaptado a outro ambiente e contexto, se inadequado, pode ser interpretado como um traço de insegurança ou problema psicológico (DACY; BRODSKY, 1992). A literatura discorre sobre o fato de que trajes tipicamente masculinos usados por mulheres, em entrevistas profissionais, afirmando que têm peso e influência na percepção de profissionalismo, seriedade e competência (FORSYTHE, 1990), ao passo que roupas sensuais (sexy) numa entrevista profissional retratam menor capacidade ou apelo por atenção e oportunidade (GLICK; LAREN; JOHNSON; BRANSTITER, 2005). Portanto, a escolha de uma peça do vestuário em detrimento de outra traduz-se como um modo para comunicar-se de determinada forma, com um determinado meio e grupo, em certo contexto (ALVES, 2017).

Não obstante, a cognição do vestuário apresenta uma importância psicológica das roupas do indivíduo que as usa, bem como a simbologia de sua utilização (MOTTA; DE OLIVEIRA, 2021). A cognição envolvida, retrata a atuação organizacional do vestuário pessoal em seus processos mentais (STALLYBRASS, 2020). Vestir-se adequadamente, atende aos critérios da autoimagem resultando em maior segurança e sensação de confiança, criando a percepção de melhor produtividade decorrente (MOTTA; DE OLIVEIRA, 2021). Entre outros aspectos, a utilização de roupas adequadas no ambiente de trabalho, práticas e apresentáveis, que façam uma boa conexão entre os objetivos da empresa e o trabalhador auxilia na definição de um perfil de eficiência e profissionalismo.

No plano de identificação anterior ao evento da pandemia do covid-19 o código do vestuário se valia consideravelmente das composições do vestuário consideradas apropriadas para o ambiente de trabalho, em sua representatividade e identidade no ambiente corporativo (FORSYTHE, 1990). Contudo, fora da situação e do cotidiano conhecido, fez-se necessário compreender novos contextos e deslocamentos que incidiram sobre o vestuário, até como um identificador da compreensão da sociedade em sua adaptação do momento vivenciado da época pandêmica e de suas particularidades de consumo. 

O consumo, até então, seguia pela identificação de aspectos visuais que denotavam funções no status corporativo, por vezes comunicando maior ou menor responsabilidade em determinados cargos (MORRIS; GORHAM; COHEN; HUFFMAN, 1996). Com esse propósito, indivíduos podiam lançar mão de complementos que pudessem contribuir no sentido de agregar valor pessoal de capacidade e poder, com o uso de produtos ou marcas de qualidade ou simbologia, contribuindo para qualificá-los melhor visualmente, quiçá profissionalmente, algo que configura pertencimento (FABIEN, 2019). A pandemia modificou esses fundamentos em certos aspectos e o vestuário teve seu impacto corporativo formal e social desconfigurado, especificamente o que pretendeu-se investigar e apresentar nesse artigo. 

As visões dos indivíduos nas telas de reunião online tornaram-se padronizadas, restritas a simples exposição do rosto; cabeça, ombros e parte do tronco (braços e mãos, eventualmente) são a imagem física transmitida na comunicação por teleconferência (Figura 1). Essa configuração relativizou a importância do vestuário no meio corporativo, durante a pandemia, corroborando o entendimento de que o indivíduo tem a capacidade de adaptação e de que seus trajes seguem os requisitos dessa adaptação. 

Com base nesse entendimento, o artigo buscou apresentar uma análise sobre a escolha e composição desse vestuário, voltado às atividades de trabalho e reuniões online, em função do isolamento da pandemia, durante e após a experiência vivenciada de forma global.  Foi identificada incialmente uma transição nos trajes, aparentemente para formas de roupas mais confortáveis entendidas como roupas para “ficar em casa”, “mais à vontade”, atendendo a modalidade on-line que não exigia formalidades específicas. 

Tal perfil difere da escolha do vestuário na realidade presencial, que antecedia a experiência, quando se adotava um vestuário que não priorizava o conforto ou o aspecto emocional de sentir-se “vestido(a) à vontade”. Presencialmente, havia um nível de relevância na apresentação dos indivíduos para as atividades nos locais de trabalho, ou para eventos corporativos, seguindo um dress code[1] necessário para cada atividade, conforme a função corporativa exercida. 

Considerando-se, no caso da investigação para este artigo, as categorias de vestuário que poderiam ser relacionadas ao meio de trabalho, trazendo consigo uma série de requisitos, os quais devem ser atendidos no meio corporativo como uma espécie de etiqueta, que se modifica quando há a diferenciação de níveis hierárquicos. Todavia, é interessante acrescentar que há empresas que trazem certa inovação no que se refere às condutas comportamentais. Cite-se o exemplo de empresas e corporações que trabalham com entretenimento, criatividade, comunicação, mídias digitais, moda, artes e tecnologia, entre outras onde a etiqueta se traduz em trajes, cores e formas que diferem da etiqueta tradicional, considerada clássica e conservadora, adotando a modalidade das equipes menos hierárquicas, niveladas de forma mais horizontal e inclusiva. 

2.1. O Ambiente de Home office 

No Brasil, o trabalho na modalidade home office entrou em vigor com mais intensidade em meados de março de 2020, em decorrência do novo coronavírus, SARS-CoV-2 (OMS[2], 2021). Como medida de contenção, foram adotadas condutas como isolamento social, além de medidas preventivas de higiene e distanciamento, o que inclui a modificação na forma de se trabalhar, estudar e em atividades sociais (MEDEIROS, 2020).

Diante das dificuldades impostas pela modalidade remota de trabalho, a dinâmica de home office se fez necessária.  De uma forma abrupta tornou-se a estratégia de muitas empresas, utilizando o ambiente doméstico como forma de trabalhar à distância, fazendo uso da tecnologia como recurso básico e fundamental para o desenvolvimento das atividades necessárias, além de suprir necessidades básicas, individuais ou familiares.  Dentro deste

cenário, muitas outras regras e condutas comportamentais foram impostas como forma de vivenciar a realidade relativa à estrutura física e a organização tanto ao trabalho quanto à adaptação da realidade familiar e pessoal (DOS REIS, 2020).

Neste processo adaptativo, notou-se que para adequar o trabalho de forma a ser desenvolvido em casa, mudanças foram estabelecidas, a  infraestrutura que deveria ser mais apropriada, respeitando às normas técnicas que priorizam a ergonomia, favorecendo  a proteção aos usuários de distúrbios musculoesqueléticos, apontado como um dos malefícios causados pela má adequação de móveis e acessórios para o trabalho, impactando diretamente e causando  prejuízos, relativos a tratamentos e necessidade de  intervenções médicas (MARINHO; LIBÓRIO; PASCHOARELLI, 2021) Dentro de um contexto preventivo, para que haja uma melhor adaptação do usuário ao sistema, algumas empresas disponibilizaram monitoramento com   treinamentos, auxílio c mobiliário e equipamentos, garantindo assim níveis de produtividade aceitáveis e esperados, bem como uma segurança emocional para seus colaboradores

A implementação de alguns  hábitos que poderiam ser introduzidos, como a atenção a um cronograma, estabelecendo  limites entre trabalho e vida pessoal, controlando  distrações, além do gerenciamento  do tempo .A dedicação quanto à atenção de gestores, é de grande valia para adaptação dos usuários de home office, independentemente do nível hierárquico ocupado na empresa, sendo os princípios fundamentais, requalificar, motivar, inspirar, treinar, aperfeiçoar e capacitar buscando gerenciar novas tecnologias. (KAUSHIK; GULERIA, 2020).

Ao pensar em momentos de crise, pode-se citar o que se conhece como um dos períodos mais traumáticos para a sociedade global, a pandemia gerada pela doença intitulada Covid19 que por sua vez nos levou tomar medidas como a quarentena onde, seres sociais, foram privados de vivências em sociedade para aderir ao isolamento social. Ele trouxe à tona rotinas de trabalho em casa modificando o “Habitus” e o “Campus” e é claro afetando assim o vestuário, principalmente se ao considerar que o indivíduo agora veste-se confortavelmente para si e para aqueles que partilham de certa intimidade.

2.2 O Vestuário em Home office

Na atividade em home office a padronização de características do vestuário corporativo direcionou-se a outros atributos, menos considerados no passado, a exemplo da percepção de conforto (PEZZOLO, 2021). Atualmente, seu valor é relevante, assim como o aspecto identitário. Alinhada a essas mudanças, identifica-se na moda corporativa um deslocamento de sua forma tradicional e conservadora na interpretação e aceitação dos indivíduos. Em substituição, trajes mais informais, democráticos e inclusivos são priorizados e atuam de forma menos restritiva e classista, desde que alinhados com o contexto, bem como com as especificidades e exigências da profissão e de cada um desses ambientes.  

A análise das experiências dos usuários em home office se deu devido à insatisfação e a queixas em relação à ergonomia do espaço (PEDROTTI, 2021). Foram apontados aspectos como adequação do ambiente ao trabalho gerando desconforto, fatores emocionais e insatisfação geral, entre outros pontos negativos que influenciam o bem-estar e a produtividade. Um dos fatores mencionados como vantajoso foi a possibilidade de poder usar roupas confortáveis em trabalho remoto (BORTOLAN; DOS SANTOS; DOMENECH; FERREIRA, 2021).

Os meios de comunicação virtuais, durante o período de isolamento social, tornaramse a forma mais segura de se relacionar e conduzir as atividades de trabalho, aumentando a dependência de dispositivos móveis, computadores e tablets, resultando em aumento do estresse mental dos usuários (MAJUMDAR; BISWAS; SAHU, 2020).  O alto número de horas de exposição ao monitor ou tela agravados pela da falta de atividade física comprometem o estado de atenção e alerta, o que, consequentemente, diminui a qualidade do sono e relaxamento. A sonolência, o estresse mental e a ansiedade foram as queixas mais constantes na adaptação do sistema home office.

A importância psicológica das roupas para os indivíduos que as usam, bem como sua simbologia e utilização física retrata a atuação organizacional do vestuário pessoal em seus processos mentais (STALLYBRASS, 2020). O vestuário no ambiente de trabalho atua como um exemplo claro de produto que é submetido ao processo de design e que por sua vez impulsiona o homem a inovar, de forma incremental ou disruptiva. Baseado neste princípio, a empresa japonesa Whatever Inc, lançou a coleção intitulada, “Work from home Jammies”, as peças são compostas por duas peças, sendo a peça superior parte em modelagem social e parte modelagem casual em material têxtil diferente (Figura 1).  

Figura 1: Peças da coleção Work from home jammies

Fonte: https://whatever.co/work/wfh-jammies/ (2023)

A motivação para tal modelagem e escolha de materiais se dá pelas necessidades impostas pela modalidade home office, como por exemplo a exposição por meio de vídeo conferências em que o indivíduo expõe parte do tronco ao optar por apresentar-se com a câmera ligada projetando sua imagem para um determinado grupo ou indivíduo (Figura 2).

Figura 2:  Peça da coleção Work from home jammies

Fonte: https://whatever.co/work/wfh-jammies/ (2023)

Uma junção entre o passado do usuário, seus impactos atuais, confrontando o processo simbólico e a prática, nossas roupas interferem no julgamento de quem vê e de quem usa. O uso de determinadas vestimentas pode acentuar determinadas sensações que desencadeiam poder, submissão, autoestima e produtividade, mas são efeitos que podem cessar com a familiaridade à tais itens, fatos relevantes que comprovam a influência na forma como agimos, interpretamos e nos comportamos vinculada à forma como nos apresentamos (ADAM; GALINSKY, 2012).

 O uso de determinadas vestimentas pode acentuar determinadas sensações que desencadeiam poder, submissão, autoestima e produtividade, mas são efeitos que podem cessar com a familiaridade à tais itens, fatos relevantes que comprovam a influência na forma como agimos, interpretamos e nos comportamos vinculada à forma como nos apresentamos (ADAM; GALINSKY, 2012). Outro fator que sofreu a influência da pandemia foi a comercialização de vestuários e acessórios. 

A restrição na circulação das pessoas em centros comerciais, estimulou novas formas e conceitos de consumo. Vale ressaltar que a moda permeia o conceito, a personalidade, a percepção e a identidade. Em um contexto particular como o ocorrido, o consumo foi abrandado por fatores que contrapuseram a vontade individual, onde houve predomínio da proteção, e preservação da vida em meio a um futuro desconhecido. Por outro lado, roupas sofisticadas deixam espaço para roupas confortáveis e de fácil manutenção, a moda pode ser encarada como um dos fatores de inclusão a um determinado meio, descrevendo as características tanto física como emocional de um indivíduo (FERNANDES, 2022). 

Segundo VIDAL (2018) o modo como as pessoas se vestem quando estão cansadas e com indícios de depressão, demonstra o luto, um desinteresse em se vestir, delimitando o entendimento da utilização de uma forma para a inserção na sociedade, o que demonstra prejuízos num processo de trabalho virtual. 

O presente estudo aborda, considerando um determinado contexto, as escolhas de um determinado grupo em relação à composição do seu vestuário profissional. O contexto destacado nesta se refere ao imposto pela pandemia de COVID-19, destacando o vestuário no momento profissional on-line, seja ele síncrono ou assíncrono. 

3 DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento e construção do embasamento teórico, foi realizada uma revisão bibliográfica a fim de selecionar as melhores publicações acerca do tema, na intenção de associá-las, posteriormente, com as informações trazidas pelos participantes do formulário de pesquisa, possibilitando uma conclusão mais embasada em dados. A Revisão Bibliométrica contou com uma análise de artigos nas bases de dados a partir das palavras-chave: vestuário; moda; trabalho na pandemia; home office; conforto; percepção de conforto; produtividade; produtividade em home office

Baseado na percepção dos usuários que participaram da pesquisa por meio do questionário eletrônico (Microsoft e Google Forms), contendo questões sobre a ergonomia física, organizacional e cognitiva. O foco da investigação se ateve à percepção de conforto, bem-estar, inserção social e profissional dos indivíduos, assim como eles apontaram as características relacionadas com seu índice de produtividade. O formulário foi submetido a 2 etapas de processo de validação de modo a aferir a confiabilidade do instrumento de medida. A partir da 1ª validação as questões com baixo Índice de Validação de Conteúdo (ICV) foram reformuladas, segundo diretrizes dispostas por Alexandre (2011) (Figura 3).

Figura 3:  Relação de respondentes e Índice de validação de conteúdo 

Fonte: Elaborado pelos Autores

A etapa de validação foi adotada com o objetivo de garantir a confiança e a credibilidade do instrumento de medida de forma que o participante fosse capaz de avaliar corretamente cada questão, sendo sua caracterização não polarizada em relação a escala apresentada sob características positivas e negativas. Baseado na concordância dos especialistas entre outros profissionais relevantes na área do tema da pesquisa. Considerando as questões analisadas, as que apresentaram índices menores de 0,78, foram reformuladas e para questões acima desta pontuação foram mantidas. 

O processo de validação contou com a participação de 8 especialistas que atuam em diferentes áreas que versam com o universo do home office, sendo descartada apenas uma resposta, resultando em um IVC de 0,78 e que indicou a conservação de 8 das 19 questões e ajuste das demais mediante a avaliação da ferramenta de coleta. Os formulários usados como ferramentas para o estudo estão de acordo com a Norma ERGBR-10. As questões menos bem avaliadas encontram-se nas cores vermelho, laranja e salmão (Q4, Q5, Q9, Q17), sendo estas as que demandaram maior atenção à sua reformulação, por apresentar um IVC insatisfatório (0,57), as demais questões com notas superiores a 0,57 foram revisadas e ou substituídas com exceção das questões muito bem avaliadas atendendo ao IVC maior ou igual a 0.78, conforme Figura 4.

Figura 4: Valor do IVC de cada questão do formulário apresentado aos especialistas

Fonte: Elaborado pelos autores

Os Formulários já validados contaram com a participação dos respondentes de modo facultativo, podendo estes participarem ou não em ambas as fases das questões. Para isso, seguiram o aceite de um Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), que esclarece o objetivo de comunicar o uso das respostas exclusivamente para estudo e ciência, atendendo a resolução 510/16 CNS-MS.

O questionário principal, foi apresentado de forma on-line, exclusivamente e por meio da ferramenta Google Forms, entre os meses de agosto 22 e setembro de 2022. Somente os participantes que desenvolveram suas atividades laborais na modalidade home office tiveram acesso a todas as questões apresentadas, por poderem contribuir com informações advindas da vivência com o sistema e poderem efetivamente apresentar sua percepção sobre o assunto. A apresentação da percepção de cada participante foi fundamentada mediante critérios pessoais respeitando a disponibilidade e a acessibilidade individual. Seguindo a utilização de adjetivos bipolares, (OSGOOD, 1964), para a análise dos dados foi utilizado o software Excel (planilhas eletrônicas), bem como a construção de gráficos e tabelas para a análise rigorosa das respostas obtidas. 

4 AMOSTRAGEM

A amostragem contou com um total de 65 participantes, que embora não seja uma amostra pequena, entende-se que uma amostragem com um número maior de participantes, torna os dados mais significativos. Em se tratando de uma amostragem bastante heterogênea, no que se refere a gênero, idade e áreas de atuação, contou com um total 47 pessoas do gênero feminino e 18 do gênero masculino, ocupando cargos diversos, dentre eles: gestão, administração, técnico entre outros, conforme apresentado na figura 5.

Figura 5: Caracterização dos entrevistados da pesquisa

Fonte: Elaborado pelos Autores

Os participantes foram questionados a respeito de sua experiência na modalidade online durante o contexto da pandemia (isolamento social). A amostra corrobora a ideia de que houve um aumento significativo na busca e adesão da modalidade home office (Figura 6), tal constatação torna-se evidente ao comparar os números apresentados na cor azul (indicando o momento anterior ao isolamento) e vermelho para indicar o durante o período destacando que 58% dos entrevistados afirmaram adesão da modalidade remota para todos os dias.

Figura 6:  Relação de frequência do uso da modalidade home office (%)

Fonte: Elaborado pelos Autores

Ao considerar a vivência de trabalho destes profissionais on-line e durante o isolamento social, colocando o vestuário como objeto de estudo, foram dispostas aos entrevistados diversas possibilidades de composição do vestuário como por exemplo peças formais e informais. O uso de roupas pertencentes a códigos formais de vestimenta encontram-se, em sua maioria, destacando uso na modalidade presencial, o que difere das opções menos formais, a exemplo o uso de moletom e bermudas, sendo os mais votados, indicando seu uso frequente conforme exposto na figura 7 que contextualiza o uso do vestuário para a modalidade on-line, o que se traduz como uma busca consciente ou inconsciente pelo conforto e bem estar em ambientes relacionados à vida privada, mesmo quando adaptados para a realidade corporativa onde a expectativa com relação a imagem torna-se mais relevante

Figura 7:  Tipo de vestuário usado com maior frequência em atividades on-line (%)

Fonte: Elaborado pelos Autores

Pode-se afirmar que indivíduos pertencentes ao contexto home office concordam, em sua maioria, que o vestuário influencia em sua capacidade de maior produtividade (Figura 8).

A constatação se dá pela porcentagem de participantes que se posicionam de modo a concordar ou concordar plenamente sendo 26,2% aqueles que concordam e 21,5% aqueles que concordam plenamente com a afirmação de que o vestuário influencia na produtividade o que representa o valor de 47,7% da amostragem enquanto. 

Os demais entrevistados se dividem entre aqueles que se posicionam de forma neutra, nem concordando e nem discordando sendo 10,8% enquanto 12.3% discordam ou 16,9% discordam fortemente, o que aqui representa um número menor de discordância entre os entrevistados, o que reforça o entendimento de que a percepção de produtividade se relaciona como o vestuário para determinadas tarefas.

Vale reiterar que isso se aplica apenas para relações de trabalho. A relação do vestuário e a produtividade, pode estar ligada a percepção de conforto, segundo o cruzamento de dados apontados pela figura 9.

Figura 8: Concordância de influência do vestuário na produtividade (%)

Fonte: Elaborado pelos Autores

A percepção de conforto dos entrevistados em relação ao vestuário relacionando-a a uma autoavaliação e boa produtividade se dá principalmente quando se faz uso de roupas confortáveis com 50,8% obtendo maior avaliação dentre os entrevistados (Figura 9) seguido de roupas casuais e esportivas com 44,6% enquanto os tipos de vestuário menos bem avaliados.

Figura 9:  Avaliação da relação do tipo de roupa na comparação entre conforto e produtividade (%)

Fonte: Elaborado pelos Autores

Em contrapartida, os trajes sociais e uniformes apresentam a menor avaliação ao relacionar a boa produtividade a estes trajes, respectivamente 32,3% e 29,2%. Os mesmos entrevistados também forma questionados a respeito da preocupação com o vestuário, a amostragem revelou ter certa preocupação com ele, demonstrando maior preocupação, se posicionando por meio das expressões “preocupado” e “muito preocupado” que corresponde a 43,1% enquanto apenas 17% da amostra demonstrou não estar preocupado ou pouco preocupado. (Figura 10)

Figura 10:  Nível de preocupação com o vestuário no meio profissional em home office (%)

Fonte: Elaborado pelos Autores (2023)

Cabe uma colocar que 40% dos entrevistados se posicionaram de forma neutra, o que para a pesquisa torna se um dado que não contribui significativamente, sendo mais interessantes os apontamentos trazidos pelos voluntários que optaram pelos extremos “nada preocupado” e” muito preocupado”.

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 

Segundo a amostragem, a maior parte dos respondentes aderiu à adesão à modalidade home office durante o isolamento em relação ao momento anterior a ele, quando uma grande parcela do mercado de trabalho fazia uso baixo ou moderado da modalidade remota. 

Ao pesquisar tema sensíveis como o local e o vestuário da pandemia de Covid-19, a exemplo o home office e todas as mudanças comportamentais e cognitivas, deve-se ter muita atenção com a abordagem realizada para a coleta. 

Foi possível identificar a baixa adesão ao formulário por tratar-se de uma experiência virtual e desinteressante visto que os voluntários se encontravam cansados do contato remoto o que dificultou o alcance de um número grande de respondentes que se demonstraram em um primeiro contato, bastante desgastados com o tema. 

Por tratar de seres humanos, destaca-se a necessidade de validação do instrumento de coleta. Ao analisar as respostas, pôde-se constatar que houve um aumento na adesão da modalidade remota e que, esta causou modificações cognitivo-comportamentais em relação ao indivíduo e a sua percepção, seja ela imagética ou de conforto. Pode-se destacar que o uso de vestuário menos formal é uma prática comum para aqueles que trabalham e estudam na modalidade on-line, o que não significa que estes não tenham certa preocupação com a apresentação estético formal pessoal. Tal escolha resulta, segundo a maioria dos entrevistados em boa produtividade, podendo-se estabelecer a relação entre o vestuário e a produtividade no meio profissional, focando é claro, no meio remoto e em casa, onde entende-se, que há um encontro entre o bem-estar, conforto e acolhimento que com o a mudança advinda do isolamento resultou em mudanças comportamentais podendo relacionar a busca por conforto e produtividade. 

6 CONCLUSÃO

No contexto analisado a partir da pandemia, as respostas dos usuários contrariam o simbolismo estudado pelos autores Adam e Galinsky (2012), indicando que o indivíduo inserido no cenário de trabalho remoto não sentiu a necessidade de utilizar um vestuário que o empoderasse para sentir-se motivado a desempenhar suas funções. Não foram replicadas as normas e padrões da modalidade presencial na situação de trabalho remota. Ao contrário da busca por status, os usuários valeram-se da indumentária como um resgate da memória afetiva, geradora de segurança, complementada pela sensação de conforto para melhorar sua performance e produtividade. Além disso, a associação do conforto à praticidade prevaleceu, mesclando peças formais e informais, diferentemente da forma usada no modo presencial. A percepção dos usuários corrobora que há influência no vestuário específico para atividades de trabalho, algo que incide diretamente na produtividade. Mas, nessa situação, o código de vestimenta se apoiou na relação do indivíduo com o conforto como um benefício para a nova realidade e cotidiano, de modo inconsciente, fator que pode alterar a sensação de bem-estar, impactando o desempenho geral e a produtividade. Há necessidade de um novo olhar para o design de vestuário, no sentido de analisar os requisitos do produto a partir da tendência advinda das necessidades do cenário, tanto para atender a percepção de conforto, quanto para suprir a melhoria ergonômica dos trajes e propiciar uma melhor percepção do indivíduo sobre sua produtividade. Os dados resultantes dessa pesquisa abrem margem para investigações futuras, priorizando aspectos quantitativos e qualitativos que agreguem os conhecimentos dispostos nesta.  

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[1] Dress Code: “pode ser traduzido de forma literal para código de vestimenta, que inclui as roupas, os acessórios, a maquiagem, o perfume e higiene que o indivíduo tem em determinado local”. LIBRETTI, MOREIRA; AMORIM, p. 2-18, 2018.)

[2] OPAS/OMS Brasil-Folha informativa–COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus) | In: https://www.paho.org/pt/covid19. OPAS/OMS.JAN.2021.


1Mestrando, UNESP, Bauru, SP, Brasil, henrique.arnoni@unesp.br; ORCID 0000-0002-6539-7825
2Especialista em Modelagem Matemática, UNICAMP/UNIMEP Piracicaba, SP, Brasil. flaviaheloliborio@gmail.com ORCID: 0000-0002-2340-103 
3Livre Docente, Universidade Estadual Paulista, Unesp, Bauru, São Paulo, Brasil. galdenoro.botura@unesp.br; ORCID: 0000-0002-5680-6017.
4Ph.D. em Design, UNESP, Bauru, SP, Brasil, kettymoda@gmail.com; ORCID: 0000-0002.5320.3229