FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

RISK FACTORS FOR BURNOUT SYNDROME IN NURSING PROFESSIONALS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7484382


Fernando Luiz Quintanilha Corrêa1
Ingrid Costa de Melo Lima1
Rebeca Figueiredo Geraldo1
Viviane de Melo Souza2


RESUMO

Objetivo: Verificar através das publicações atuais a relação entre os fatores de risco para Síndrome de Burnout na categoria de enfermagem e suas influências na qualidade prestada por tais profissionais. Método: Realizado análise de estudo de revisão integrativa nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, medical Literature Analysisand Retrieval Sistem on-line, Base de dados em Enfermagem e Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências, publicados nos últimos 5 anos, utilizando critérios de inclusão e exclusão, que discorressem sobre a temática fatores de risco para Síndrome de Burnout em profissionais de Enfermagem, computando total de 15 artigos. Resultados: entre os dados obtidos por meio da literatura, percebeu-se uma prevalência no sexo feminino e alguns setores específicos tais como terapia intensiva e emergência. Conclusão: Percebeu-se uma incidência relevante de Síndrome de Burnout na saúde do profissional de enfermagem, com seus principais estressores que corroboram para SB, estão relacionados à sobrecarga de trabalho, à pressão psicoemocional, reconhecimento profissional e ao relacionamento interpessoal. Comprometendo a qualidade e assistência prestada por esse profissional.

Palavras-Chaves: Síndrome de Burnout, Enfermagem e Transtornos Mentais.

ABSTRACT

Objective: To verify through current publications the relationship between the risk factors for Burnout Syndrome in the nursing category and its influences on the quality provided by such professionals. Method: An integrative review study analysis was carried out in the databases of Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences, Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem online, Nursing Database and Spanish Bibliographic Index in Sciences, published in the last 5 years, using inclusionand exclusion criteria, to discuss the risk factors for Burnout Syndrome in Nursing professionals, totaling 15 articles. Results: among the data obtained through the literature, a prevalence was noticed in females and some specific sectors such as intensive care and emergency.Conclusion: A relevant incidence of Burnout Syndrome was noticed in the health of the nursing, professional with its main stressors that corroborate BS, are related to work overload, psycho-emotional pressure, professional recognition and interpersonal relationships. Compromising the quality and assistance provided by this professional.

Keywords: Burnout Syndrome, Nursingand Mental Disorders

1 INTRODUÇÃO

Apolitica Nacional de Segurança e Saúde no trabalho (PNSST), criada em 2011, tem por objetivo promoção da saúde e promover melhoria da qualidade de vida do trabalhador com a prevenção de acidentes e danos à saúde do individuo que estão relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por redução e eliminação de riscos no ambiente de trabaho.

Segundo a Legislação da Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho (C.L.T), asegurança do trabalho é definida pelaLEI N° 8.213, de 24 de julho de 1991 – portaria GM n° 3.214 do Ministério do Trabalho como um conjunto de políticas, normas, procedimentos, atividades e práticas preventivas, que devem ser adotadas como o objetivo de melhorar o ambiente laboral e prevenir acidentes do trabalho e doenças ocupacionais (BRASIL, 1991).

De acordo com o caderno de atenção básica do Ministério da Saúde, 2018 n°41 – A saúde dos trabalhadores depende de um conjunto de fatores que determinam a qualidade de vida, entre eles: condições adequadas de alimentação, moradia; educação, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais que contribuem para a saúde. A garantia de trabalho saudável que não gere adoecimento ou morte é também direito básico dos trabalhadores (BRASIL, 2001).

A diferença é que a segurança tem por objetivo garantir a integridade física do trabalhador, e a saúde do trabalho promover a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores (MARCONDES, 2016).

A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é entendida e caracterizada ela busca do equilíbrio entre o indivíduo e a organização, prezando o colaborador como ser humano e sua colocação na organização institucional, propondo a ele valorização em seu âmbito de trabalho. O objetivo da QVT é manter um ambiente estruturado, para satisfazer as necessidades individuais do empregado, tornando a instituição atraente por possuir local desejável de trabalhar (SILVA, 2019).

A Política que abrange a saúde do trabalho e saúde do trabalhador foi decretada na constituição pela portaria n° 1.823, de 23 de agosto de 2012, onde fica instituída a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (BRASIL, 2012).

Art. 2o A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução dá morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos.

Art. 3o Todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado são sujeitos desta Política.

Parágrafo único. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora alinha-se com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações de saúde do trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-doença.

Pensando na saúde do trabalhador da Enfermagem, a Síndrome de Burnout foi oficializada recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma síndrome crônica. Enquanto um “fenômeno ligado ao trabalho”, a OMS incluiu o Burnout na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que entrará em vigor no dia 1o de janeiro de 2022 (OMS, 2019).E, em 1979, a Síndrome de Burnout foi registrada entre professores através de um estudo descritivo envolvendo este grupo de profissionais (JBEILI, 2008).
Os primeiros estudos relacionados à Burnout ou também denominada Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP), de acordo com Portaria 1339/GM de 18 de novembro de 1999, iniciaram a partir da década de 70 (BRASIL, 1999). O precursor foi o médico e psicanalista americano Freudenberger, o qual em suas experiências profissionais sofreu pelas suas frustrações e dificuldades, o levando a exaustão física e mental. O estudioso a descreveu como um sentimento crônico de desânimo (HERBERT J. FREUDENBERGER,1980).
Fatores como sobrecarga de trabalho, condições de trabalho inadequadas, relação interpessoal conflituosa, falta de expectativa profissional, falta de autonomia, ambiguidade de funções e insatisfação salarial influenciam diretamente nas dimensões da burnout, ou seja, são ocasionadas no surgimento da despersonalização, exaustão emocional e baixa realização profissional (SILVA et al, 2015).

Para esta síndrome somam-se ainda aspectos laborais, como sobrecarga de trabalho relacionado a dimensionamento inadequado da equipe de enfermagem frente às demandas de atendimento diários ao paciente, jornadas de trabalho longas e exaustivas, ambiente desfavorável ao desenvolvimento da assistência de enfermagem, corroborando com esses aspectos Dutra et al (2018) que cita que a exposição a diferentes fatores de risco à própria saúde, tais como: riscos biológicos, ergonômico físico, dentre outros.
Uma pessoa com Síndrome de Burnout não necessariamente deva vir a denotar todos os sintomas em só período de tempo, grau, tipo e numero de manifestações dependerá da configuração dos fatores individuais (como predisposição genética, experiências) (Filho, Bragalga, 2020).

Os sintomas da síndrome são classificados em Sintomas Psíquicos, quando a falta de atenção, de concentração, alterações de memória, lentificação do pensamento, sentimento de alienação, sentimento de solidão, impaciência, sentimento de insuficiência, baixa autoestima, labilidade emocional, dificuldade de autocitação, astenia desânimo, desconfiança e depressão. Sintomas Físicos; quando há fadiga constante e progressiva, distúrbios do sono, dores musculares, cefaleias, enxaquecas, perturbações gastrointestinais, distúrbios do sistema respiratório alterações menstruais nas mulheres e disfunções sexuais; Sintomas Comportamentais; como irritabilidade, negligência ou excesso de escrúpulos, incapacidade para relaxar, dificuldade na aceitação de mudanças, perda de iniciativa, aumento do consumo de substâncias, comportamentos de alto risco e suicídio e Sintomas Defensivos; como tendência ao isolamento, sentimento de onipotência, perda do interesse pelo trabalho (ou até pelo lazer), ironia e cinismo (Filho, Bragalga, 2020).

A avaliação da Burnout é essencial, visto que, a partir do momento em que um trabalhador tem seu desempenho afetado em consequência da doença seus colegas de trabalho poderão vivenciar uma carga de trabalho mais elevada devido ao baixo rendimento do colaborador afetado.

Dutra et al (2018) afirma que cargas mais elevadas de trabalho são associadas a risco aumentado de Burnout, podendo implicar em consequências mais amplas às equipes e organizações se não for dada a devida importância na compreensão na avaliação da Burnout como um fenômeno individual e coletivo pois ambos aspectos exercem influência mútua e contínua em si.

O meio mais utilizado para mensurar Burnout, Segundo Filho, (2020), seria a Maslscb Burnot Iventory (MBI), desenvolvida por Maslach e Jackson em 1981. Construída num modelo de três fatores que incluem dimensões para avaliar a exaustão emocional a despersonalização e a realização pessoal. Este método apresenta algumas versões: a original para serviços humanos (MBI-HS); uma para trabalhadores ligados à área de educação (MBI-ES); outra para estudantes (MBI-SS) e uma versão desenvolvida, em 1996, para abranger todas as profissões (MBI-GS).

No caso dos profissionais da saúde é utilizado o MBI-HS, que é um questionário de autor relato de 22 itens que consiste nas três dimensões pontuadas na síndrome. Pode-se dizer então que a Síndrome de Burnout é uma mistura de um estado individual (Exaustão Emocional), de uma estratégia de enfrentamento Despersonalização) e de uma consequência (Realização Pessoal diminuída), que podem ser estudadas conjuntamente ou separadamente (Schaufeli & Taris, 2005).

Na Exaustão Emocional, o trabalhador se sente esgotado, com forças diminuídas e exaurido de recursos físicos e emocionais, com dificuldades para enfrentar mais um dia de trabalho e queixando-se frequentemente de estar sobrecarregado e assoberbado. A Exaustão Emocional é considerada a qualidade central da SB e a manifestação mais óbvia dessa complexa síndrome, pois, se uma pessoa se descreve experimentando a SB, ela estará, frequentemente, referindo-se à experiência de exaustão (Maslach, Schaufeli, & Leiter, 2001).
A exaustão, geralmente, pode ser descrita como oriunda da sobrecarga de trabalho e do conflito pessoal no trabalho (Maslach, 2005; Wright & Bonett, 1997).

A Despersonalização é uma tentativa de colocar distância entre si e as pessoas com quem se relaciona no trabalho, como os clientes e os colegas. Nessa situação, o distanciamento é uma reação imediata à exaustão, havendo uma forte relação com esse fator (Maslach et al,2001). Já a Realização Profissional diminuída parece surgir de forma mais clara a partir da falta de recursos relevantes, enquanto a Exaustão Emocional e a Despersonalização derivam da sobrecarga de trabalho e dos conflitos sociais (Maslach et al.,2001).
No Brasil, costuma ser mais incidente em profissionais da área de saúde (médico e equipe de enfermagem), embora possa atingir qualquer profissional, os mais vulneráveis são os encarregados de cuidar, ou seja, pessoas que trabalham em contato direto com outras (EINSTEIN, 2013; JBEILI, 2008).
Apesar de atingir em média 4% da população economicamente ativa em todo o mundo, ainda é pouco conhecida. Observa-se maior incidência em mulheres com 40 anos de idade. A dupla jornada feminina, trabalho e afazeres domésticos, contribuem diretamente para a percepção maior da síndrome no sexo feminino, demonstrando que ainda hoje as mulheres são mais pressionadas por questões biológicas e sociais (EINSTEIN, 2013).

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrativa que é a análise de pesquisas relevantes que dão suporte para tomada de decisão e a melhoria da prática clínica, possibilitando a síntese do estado de conhecimento de determinado assunto, além de apontar lacunas de conhecimento que precisam ser preenchidas com realização de novos estudos (MENDES, SILVEIRAGALVÃO, 2008). Com busca realizada nas bases de dados (BVS) Biblioteca virtual de Saúde, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE), Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências (IBECS). Para proceder à busca utilizaram-se como descritores: “Síndrome de Burnout,” Enfermagem” e “Transtornos mentais”.

Os critérios de inclusão foram artigos originais publicados entre os anos de 2015 a 2020, realizados em âmbito nacional estando disponíveis na integra, no idioma português, que avaliassem e se referisse a temática. Os artigos foram analisados e discutidos para confirmar a coerência, concordância ou discordância entre os autores acerca da temática supracitada.

A pesquisa deste estudo foi utilizada por meio de duas etapas analíticas, 1 processo de pesquisa e 2 processos de filtração: filtragem por ano, por título e por resumo.

Foram encontrados no total de 534 artigos com os descritores (Enfermagem/Síndrome de Burnout), 416 com descritores (Enfermagem/transtornos mentais) em seguida após a seleção por ano 2015-2020 foram retiradas todas as pesquisas que não se encaixavam no período determinado e na temática da nossa busca, resultando em 254 artigos. Após a leitura dos títulos, foram excluídos todos os outros artigos que não se adequavam ao objetivo traçado neste estudo, resultando em 21 produções respectivamente supracitadas.

Após a seleção dos21 artigos, os mesmos foram separados em uma pasta para leitura dos resumos. Após a leitura dos resumos, foi feita uma leitura na íntegra de cada artigo, sendo excluídos 6 trabalhos após aplicabilidade dos critérios de exclusão colocados nessa pesquisa, resultando assim em 15 artigos para este estudo.

A seguir o fluxograma foi realizado para melhor compreensão da busca dos artigos selecionados para esta pesquisa.

Fluxograma 1- Seleção de artigos por grupo de base de dados e totais inclusos para pesquisa. Elaborado pelos
autores, 2020.

3 RESULTADOS

Após perpassar por todo esse processo de análise, para melhor compreensão da discussão, foi elaborado um quadro informativo dos 15 artigos selecionados que se adequaram ao objetivo proposto neste estudo, que consta no APÊNDICE 1. Foram selecionados a partir da temática e características presentes no estudo, como: nome do autor, título do artigo, ano, objetivos que mais se assimilassem ao proposto por essa pesquisa, método empregado, resultados, revista de publicação e conclusão que retificasse as informações encontradas sobre o tema.

Estes artigos selecionados foram importantes para a interpretação e análise de dados coletados. Através deles, pudemos ter uma visão ampla e mais próxima da realidade dos profissionais de enfermagem dentro de nossa pesquisa.

Após a leitura de todos os artigos entre 2015 a 2020 na íntegra, o Estado do Rio de Janeiro e o Estado de Pernambuco, destacaram-se por mais artigos publicados sobre o tema abordado com autores Enfermeiros, Doutores em Enfermagem e Enfermeiros residentes. Os estudos que prevaleceram nesta pesquisa foram: o transversal que é uma pesquisa observacional, que analisa os dados coletados ao longo do período. (BORDADO, ALÍPIO, AUGUSTO, 2006) e quantitativo que é uma classificação do método científico que utiliza diferentes técnicas estatísticas para quantificar opiniões e informações para um determinado estudo. (GUNTHER, HARTMUT, 2006)

Nota-se que os artigos selecionados têm sua prevalência nos anos de publicações entre 2017, 2018 e 2019 mostrando que um assunto ainda pouco conhecido relativamente novo está ganhando novo campus de pesquisas tornando-se relevante para os profissionais de enfermagem. A Revista de Enfermagem UFPE on-line foi a mais utilizada nos artigos, ela foi fundada em dezembro de 2006 é editada desde 2012 pelo programa (REUOL)de Pós-Graduação em Enfermagem do centro de ciências da Saúde, da Universidade Federal de Pernambuco.

A REUOL tem como missão promover a excelência da divulgação de pesquisas científicas, com alcance global, fornecendo informações que englobem a perspectiva holística em saúde e no cuidado. Seus manuscritos têm como foco no cuidado, a promoção da saúde, a prevenção da doença e dos agravos à saúde e a educação do paciente/cliente/ família e comunidade. Seu objetivo é publicar resultados de pesquisas relacionadas com as ciências Médicas, da Saúde e áreas afins, com especial ênfase para a Enfermagem. Fornecendo assim importantes contribuições para a formação de profissionais e exercício da enfermagem.

4 DISCUSSÃO

O presente estudo transcreve uma incidência relevante para saúde do trabalhador da área de enfermagem. Conforme os autores Cruz e Padilha (2019) citam dois setores dentro da pesquisa tendo mais prevalência, sendo eles a Emergência e Terapia Intensiva; sendo locais atrativos para incidência de SB. Corroborando com essa idéia Oliveira et al (2018) afirma que onde há pacientes mais graves e a demanda de trabalho acentuada como setor de oncologia apontando sobrecarga de trabalho evidentes nesses setores tornando os mesmos fatores de risco relacionados à Síndrome de Burnout. Influenciando assim de forma negativa na qualidade de vida e no trabalho do profissional Enfermeiro.

Burnout significa queimar, out significa exterior, esgotamento do profissional.

Burnout indica que o esgotamento do profissional já extrapolou os limites admissíveis. De forma geral, traduz algo que se queimou completamente, deixando de funcionar por absoluta falta de energia. Luz et al (2017), afirma que todo profissional em contato direto com a clientela estar suscetível ao estresse no trabalho. Há, portanto, imperiosa necessidade de que os profissionais de saúde tenham o conhecimento suficiente para poderem distinguir e lidar com as doenças relacionadas ao trabalho como Burnout. Entre as situações estressoras, Antoniolli et al (2017) destaca que o sofrimento da equipe de enfermagem ao desempenhar determinadas atividades relacionadas, principalmente, com o sofrimento do outro, sobretudo quando a possibilidade de proporcionar alívio é limitada.

Foi descrito por Oliveira et al (2017), que o estresse é denominado como um estado de tensão que causa ruptura no equilíbrio interno do organismo. Junqueira et al (2018) refere em seu estudo evidências que os fatores de risco para o uso abusivo de substâncias psicoativas entre os profissionais da equipe de enfermagem, entre eles estão os psiquiátricos, que incluem a presença de depressão e os fatores demográficos, principalmente a questão de gênero.

Sousa et al (2019) em suas pesquisas evidenciou que os sintomas que são relatados com mais frequência são: angústia, cefaleia, ansiedade e depressão, todos voltados para sintomas psicológicos e diretamente ligados à saúde mental. A predominância é no sexo feminino, mostrando que as mulheres têm uma carga de trabalho maior em relação aos homens.

Dupla jornada exercida por elas, além do trabalho formal é acrescido também as tarefas domésticas e o cuidado da família que se implica para um desgaste maior físico e mental gerando uma insatisfação em seus papéis trazendo isso como um fator potente para o adoecimento pela SB.

A enfermagem tem hora para assumir o plantão, porém, dificilmente tem hora para sair. Dentro de uma emergência e da Terapia Intensiva o mundo externo não existe, Padilha e tal (2017) se refere à Unidade de Terapia Intensiva como a unidade onde mais ocorrem incidentes, visto que muitos dos pacientes que necessitam de cuidados intensivos requer um maior número de intervenções terapêuticas complexas. É uma atmosfera que deixa todos os sentidos em alerta, o pensamento rápido, a organização do trabalho é de extrema importância caso tenha uma intercorrência. Os profissionais de enfermagem prestam assistência em um ambiente que envolve forte carga emocional, tanto pela carga de trabalho como pela especificidade das atribuições, no qual a vida e a morte se misturam, Sena et al (2015) menciona em seu estudo o estresse causado devido a rotina exaustiva de cuidados, somando aos problemas administrativos e gerenciais, como dimensionamento de pessoal inadequado, longa jornada de trabalho.

No contexto profissional Costa et al (2017) corrobora que a qualidade de vida (QV) entra como um dos assuntos mais abordados, a área de saúde tem tido destaque, pois os profissionais ocupam uma das profissões campeãs do estresse e da baixa qualidade de vida.

Em todos os estudos selecionados foi mencionado que é importante ter mais pesquisas relacionadas sobre o adoecimento da saúde dos profissionais. Importante fator que interfere na

QVRS (Qualidade de Vida Relacionada à Saúde) dos profissionais de enfermagem é o trabalho noturno, além de gerar desequilíbrios orgânicos já que as funções orgânicas estão em menor intensidade, interface significativa para desenvolver níveis de QV prejudicados e consequências importantes à saúde dos trabalhadores, uma vez que isto provoca um desgaste psicofisiológico mais intenso que aquele trabalho executado durante o dia. O esgotamento emocional, considerado médio neste estudo mensurado, é fator relevante no que diz respeito à qualidade de vida.

Verifica-se que níveis elevados no componente esgotamento emocional, fator central do esgotamento profissional, levam a uma deterioração da qualidade de saúde e de vida, ao desgaste emocional e à sensação de falta de energia, mostrando associação inversa com desempenho no trabalho. Segundo Ueno et al (2017) o estresse laboral é percebido pelo individuo como uma ameaça, com repercussões em sua vida profissional e pessoal.

A Síndrome de Burnout é um problema em crescimento, e se apresenta como média na maioria dos resultados Silva et al (2017) em seu estudo traz a mensuração pela escala de Maslach Burnout Inventory (MBI) e define que a Síndrome de Burnout mostra-se como um processo progressivo, com período de sensibilização de 10 anos de trabalho e a possibilidade de aumento de suscetibilidade após esse tempo. Esta síndrome tem consequências físicas e mentais à saúde dos trabalhadores cardiovasculares, fadiga crônica, cefaleias, enxaqueca, úlcera péptica, insônia, dores musculares ou articulares, ansiedade, depressão, irritabilidade, entre outras. Também pode interferir na vida pessoal, como nas relações familiares, ressentindo-se da falta de tempo para o cuidado com os filhos e o lazer. O contexto do trabalho é afetado pelo absenteísmo, pela rotatividade de emprego, pelo aumento de condutas violentas e pela diminuição da qualidade do trabalho, com a possibilidade de aumento a suscetibilidade após esse tempo. O trabalhador pode se distanciar-se de si mesmo psicologicamente, tornando-se frio e cínico, de modo a tratar os clientes e colegas como objetos e merecedores dos problemas que possuem. Por fim, ocorre o afastamento psicológico, como estratégia defensiva de enfrentamento, desenvolvida para lidar com o esgotamento emocional.

A equipe de enfermagem é mais suscetível a passar pela experiência da síndrome, quando comparada a outras profissões, em decorrência da grande responsabilidade pela vida e da proximidade com os pacientes, para quem o sofrimento é quase inevitável. Rodrigues et al (2017) apresentou um estudo onde a enfermagem ocupa a quarta posição entre as mais estressantes.

A Síndrome de Burnout se apresenta como média na maioria das pesquisas, e somente com a conclusão dos estudos os profissionais obtiveram conhecimento sobre a SB, pois a maioria desconhecia tal característica sobre a problemática. Oliveira et al (2018) evidenciou em sua pesquisa feita com 29 enfermeiros mesmo com toda a estafa psicológica traçada em seu dia a dia os mesmos não faziam uso de medicações psicoativas e que os participantes entrevistados optaram por trabalhar nessa área. Corroborando com essa ideia conforme os autores Ramos (2019) e Lopez et al(2019) relata em suas pesquisas que a maioria dos enfermeiros estudados afirmaram estar satisfeitos com a profissão demonstrando que o real motivo de adoecimento não é a profissão em si, mas está relacionado com a organização do trabalho e campo de atuação em si. Ou seja, trata-se de um campo de atuação em que é comum a frustração profissional em virtude dos resultados, por vezes, fora da realidade e sem prognóstico preciso em contexto no qual são feitas altas exigências cognitivas, salientando ao risco para o adoecimento do trabalhador. E mesmo o profissional tendo papel diferente dentro da sua equipe, estes também apresentam o mesmo risco para o adoecimento.

Numa pesquisa realizada sobre adoecimento e afastamento do âmbito hospitalar Baptista et al (2018) concluiu que a maioria dos profissionais afastados no período estudado pertencia ao sexo feminino e trabalhavam na instituição como técnico de enfermagem. Sendo, portanto, a maior força de trabalho da enfermagem, o que facilmente explicaria a maior incidência desses afastamentos entre essa categoria. Tais profissionais desempenham maior esforço físico e elevado desgaste emocional situações que levam o adoecimento psicofísico, além de estarem mais vulneráveis aos riscos ocupacionais e aos acidentes de trabalho.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo permitiu conhecer, de forma mais ampla, os estressores laborais, bem como os fatores que mais os desencadeiam relatados por profissionais de equipe de Enfermagem, atingindo o objetivo proposto deste trabalho. Os principais estressores que corroboram com a literatura científica citada foram os relacionados às demandas de trabalho, à pressão emocional, ao reconhecimento profissional e ao relacionamento interpessoal. Para amenizar a sobrecarga de trabalho. Entende-se que o aumento salarial, a contratação de novos trabalhadores, medidas na atuação da gestão hospitalar podem contribuir como intervenção em questões que melhorem o padrão de qualidade de vida dos profissionais de enfermagem.

Gerenciar corretamente os investimentos adequados no ambiente de trabalho e utilizar os recursos humanos e materiais disponíveis em prol da assistência de qualidade ao paciente representa alternativas de ação que, possivelmente, combateriam a baixa qualidade profissional e pessoal da população investigada.

Muito se fala sobre a prevalência dos fatores de risco, porém, dificilmente pode-se mudar a natureza do trabalho de enfermagem, refletindo que é inegável a importância de redução de sobrecarga de trabalho e descarga horária destes profissionais, afim de futuramente diminuir uma das principais causas de afastamento de trabalho no ambiente intra-hospitalar. Sugerem-se com esta pesquisa novos estudos que proponham protocolos de acolhimento e minimização de riscos para esses profissionais, tão importantes e essenciais para a sociedade.

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APÊNDICE
Incluíram-se estudos em que a metodologia utilizada foi do tipo corte transversal, totalizando
15 estudos.


1Acadêmico em Enfermagem pelo Centro Universitário Hermínio da Silveira/IBMR
Campus Catete, RJ Brasil.
E-mail: n_andoquintanilha@hotmail.com

2Mestre em Enfermagem pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro/ UERJ e Docente do curso de graduação
em saúde Centro Universitário Hermínio da Silveira/IBMR – E-mail: enfvivianemelo@gmail.com