OS DESAFIOS DE ALGUNS PROFESSORES DE ÁREAS DE CONHECIMENTO DIFERENTES NA IMPLEMENTAÇÃO DO ENSINO REMOTO E DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO MUNICÍPIO DE BUÍQUE-PE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7318377


 Mônica Pereira do Nascimento1


RESUMO: A sociedade humana é marcada por uma série de transformações em várias áreas do conhecimento, as quais evoluem de acordo com os acontecimentos sócio-históricos. Devido ao aumento da pandemia da COVID-19, o isolamento social e nova configuração das aulas, a formação continuada para os professores passou a ser fundamental. Neste trabalho foi realizado uma entrevista aberta com uma parcela de 02 professoras da rede pública de ensino sobre as dificuldades do ensino remoto e das novas tecnologias. Os resultados evidenciaram a a necessidade de possibilitar um aperfeiçoamento mais qualificado para o professor, no intuito de que esse possa realizar sua função com mais segurança e eficiência, considerando que muitas plataformas digitais podem representar um grande desafio, o qual não foi trabalhado dentro das grades curriculares dos próprios docentes.

Palavras chave: Ensino Remoto; Professores; Tecnologia.

ABSTRACT: Society is marked by a series of human changes according to various areas of knowledge, which evolve according to socio-horical events. Due to the increase in the COVID-19 pandemic, social isolation and the new configuration of classes, continuing education for teachers has become fundamental. In this work, an interview was carried out with a portion of 02 teachers from the public education network about the difficulties of remote teaching and new technologies. The results that allow a more qualified improvement for the teacher, not that this challenge can perform its function more safely and efficiently, can represent a great efficiency, which was not worked within the curriculum notes of the teachers themselves. 

Keywords: Remote Teaching; Teachers; Technology.

1. INTRODUÇÃO

A sociedade humana é marcada por uma série de transformações em várias áreas do conhecimento, as quais evoluem de acordo com os acontecimentos sócio-históricos. Um dos principais campos que vem evoluindo com muita ênfase na sociedade é o tecnológico, com ênfase nos de cunho virtual. As modificações nessa área contribuíram na reestruturação de práticas humanas como a comunicação, a sociabilidade, assim como, na questão da transmissão educacional.

Com o desenvolvimento da pandemia da Covid-19 a necessidade dos meios tecnológicos crescerem exponencialmente, tendo em vista que um dos meios para tentar conter a pandemia foi o encerramento temporário dos negócios, ou substituição desses para os meios digitais. Infelizmente, o que era temporário começou a perdurar por meses a fio, sem que houvesse um consenso sobre quando deveria voltar. Uma das instituições mais afetadas pelas medidas foi a escolar, uma vez que, precisou redefinir seu modelo de atuação utilizando de plataformas virtuais para continuar seus trabalhos, antes presenciais.

Essa mudança na atuação escolar pegou de surpresa muitas pessoas que esperavam poder contar, de forma presencial, com essa instituição. O ensino remoto foi então instituído como uma alternativa viável para que o processo de transmissão de conhecimentos não fosse interrompido, contudo, tendo em vista as dificuldades já enfrentadas pela educação brasileira no cotidiano, essa alternativa acabou se tornando mais uma das dificuldades enfrentadas por professores e alunos.

Entende-se que o advento da Pandemia contribuiu bem mais negativamente no processo educacional, tendo em vista que a implementação foi realizada de forma célere, não levando em consideração o nível de conhecimento dos meios digitais que os professores detinham, ao passo que os órgãos responsáveis não desenvolveram um muito eficaz, que conseguisse atender todo o corpo docente. Ademais, também foi constatado a dificuldade dos alunos em realizar as atividades remotas, uma vez que muitos deles não possuíam sequer uma internet e muitos deles residiam em áreas rurais, o que dificultou ainda mais o processo de educação.

Um dos principais problemas identificados na implementação foi, justamente, os professores nunca terem sido ensinados a utilizar, com certa profundidade, as ferramentas tecnológicas para ministrar suas aulas, contribuindo para dificultar o exercício regular de sua função. Além desse, destaca-se um outro problema que é mais arraigado, não só no Brasil, mas no mundo, a desigualdade social. Muitos alunos não conseguiam assistir as aulas por não terem, uma internet adequada, ou nenhum mesmo, em conjunto com a necessidade de um aparelho próprio para estudo, considerando que muitas famílias só possuíam um único aparelho, que ainda por cima era dividido entre os membros das famílias.

Diante dos aspectos apresentados, se faz importante discutir sobre as barreiras enfrentadas por alguns professores, na cidade de Buíque-PE, a respeito do ensino remoto e das novas tecnologias, para tanto, o objetivo geral do artigo é analisar os principais desafios e dificuldades que os professores encontraram em relação a educação remota e a inclusão da tecnologia no seu cotidiano profissional durante o período da Pandemia. Os objetivos específicos são: Verificar como foi a experiência vivida por parte de alguns professores ao aliar as tecnologias ao seu cotidiano educacional durante as aulas remotas; Investigar sobre as principais dificuldades que o professor teve em inserir as tecnologias na sua prática educacional no dia-a-dia com os alunos.

A metodologia utilizada para alcançar os objetivos foi uma pesquisa de cunho qualitativa, realizada através de um questionário com perguntas abertas, para saber mais a respeito da opinião dos profissionais selecionados.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Há cada dia que se passa percebemos que com os avanços tecnológicos acabamos mudando a forma de nos comunicar, relacionar, produzir, consumir e nos informar. Percebemos tudo isso no nosso dia-a-dia, ao pedir um alimento, ao utilizar um transporte, fazer compras online ou uma transferência bancária.

  No ambiente escolar essa realidade não tem sido diferente. Cada vez mais se faz necessário do professor, além de ser um facilitador no processo de ensino e aprendizagem, ir além e intensificar o acesso às novas tecnologias aliada a esse processo educacional. Sabemos que as tecnologias vêm sendo utilizadas, tanto pelo professor como pelos alunos, mas, durante a Pandemia, realmente os professores tiveram que utilizar as tecnologias com mais intensidade, precisando se reinventarem. Em muitas escolas há dificuldades na infraestrutura, impedindo e dificultando o desenvolvimento de aulas, tendo em vista que muitas escolas ainda não contam com uma internet adequada para o trabalho do professor (CARVALHO et al, 2020; LOPES, 2020).

Diante disso, a escola precisa avaliar o desempenho intelectual e social dos educandos, preparando-os para entrar em uma sociedade repleta de informações e exigências, onde os modelos comportamentais são frutos de uma “nova civilização que traz consigo novos estilos de família: maneiras diferentes de trabalhar, amar e viver; uma nova economia; novos conflitos políticos; e acima de tudo uma consciência modificada” (TOFFLER, 2003, p.142). No final de 2019 o mundo conheceu o novo Coronavírus, que se tornou assunto principal em todas as redes de televisão, jornais, revistas e portais de notícias. A doença, chamada de Sars-COV-2, chegaria ao Brasil cerca de 4 meses depois do primeiro diagnóstico, na China em Wuhan. Após os primeiros casos surgirem no Brasil, o MEC publicou a portaria N° 343 de 17 de março de 2020, que dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por meios online enquanto durar a pandemia do novo Coronavírus, ou seja, em caráter excepcional foi autorizado o ensino online em todas as modalidades de ensino, exceto o curso superior de Medicina e suas práticas profissionais. A portaria também deu liberdade para as escolas adotarem medidas de suspensão das aulas e/ou antecipação das férias escolares desde que cumpram os dias letivos e hora-aulas estabelecidos na legislação em vigor (FELIX, 2020).

Através da necessidade de novos protocolos de distanciamento, o processo de ensinar e aprender exigiram novas configurações tanto do ponto de vista físico quanto metodológico. Para Dellagnelo (2020) 

A transição do ensino presencial para o ensino online requer planejamento e investimentos que não serão possíveis em curtíssimo prazo. Mas que esta situação emergencial sirva de alerta para a necessidade de criarmos no Brasil escolas conectadas capazes de oferecer experiências híbridas de aprendizagem, isto é, que consigam integrar ensino presencial e online (p.01).

Nessa nova constituição da educação, infelizmente, há uma parcela das famílias que não conseguiram se adequar a essa nova realidade, mesmo por que existiam famílias de classe média/baixa que não tinham condições de ter uma internet de qualidade, ou mesmo ter equipamentos suficientes em casa, tendo em vista que muitos pais dividiam o celular com vários filhos em turnos diferentes, e, muitos celulares não possuíam as configurações adequadas para suportar tantos trabalhos enviados. Além desses fatores, muitos deles moravam longe da cidade e os pais tinham que se deslocar até a escola para pegar as atividades impressas mensalmente. Em suma, as dificuldades enfrentadas não foram só dos pais, alunos e responsáveis, mas também dos professores pois a maioria não estava apta a dar aulas online (OLIVEIRA, 2020).

Esse fato pode ser corroborado através da fala de Marcelo Veras (Vice-presidente do Instituto Brasileiro de Formação de Educadores) em um evento, realizado em 2019, organizado pela Folha de São Paulo, no qual ele dissertou sobre a problemática da tecnologia, apontado que esse elemento seria adotado “por bem ou por mal”. Não é preciso dizer que ele foi adotado de uma forma negativa, onde os professores tiverem que se adequar sem o auxílio necessário, além do mais, eles precisaram abdicar de sua privacidade, ao utilizarem de seus telefones para ministrar suas aulas, acarretando ligações em horários inconvenientes, muitas vezes de madrugada, o que dificulta para o professor realizar seu trabalho de forma eficaz (OLIVEIRA, 2020).

  O professor passou a se dedicar seu tempo quase de forma integral na aprendizagem dos alunos, passando horas preparando as aulas, vídeos, atividades remotas e impressas a serem entregues aos alunos que não tinha acesso à internet. Além disso, como se não bastasse todo o trabalho dos professores, também tinham as cobranças por parte do gestor e da equipe de coordenação que ainda exigiam dos professores planilhas semanais das informações, além do portifólio construído semanalmente anexando as atividades enviadas aos alunos e todo o planejamento, muitas vezes fazendo duas vezes o mesmo trabalho, pois em muitos locais a caderneta já era virtual. 

A escola não pode ser um lugar onde as aulas são improvisadas, o professor deveria estar preparado para conseguir adaptar suas aulas a qualquer situação e contexto, mesmo porque o planejamento das aulas deve ser flexível de acordo com a realidade de cada turma. E para que isso aconteça, o professor deve ter o apoio da equipe gestora da escola, para que haja um diálogo, de forma cautelosa e cuidadosa, no qual o professore possa ser escutado, onde as suas dúvidas possam ser sanadas, e, não ser cobrado em excesso sobre como administrar suas aulas usando vários recursos e plataformas que até então desconheciam. Por parte do aluno, este deveria estar disposto a aprender com calma, paciência e dedicação, pois só assim todos poderiam caminhar juntos e atender o objetivo fundamental que é a aquisição de novos conhecimentos por parte de todos os envolvidos (LOPES, 2020).

Devido ao aumento da pandemia da COVID-19, o isolamento social e nova configuração das aulas, a formação continuada para os professores passou a ser fundamental, pois eles precisaram adquirir conhecimentos tecnológicos para integrarem na sua prática relacionada as aulas virtuais, por isso a importância da formação continuada para os professores. Conforme corrobora Felix (2020).

A transição digital, por meio dos mais diversos dispositivos, irá acontecer de forma mais rápida e teremos uma mudança da escola. Será preciso criar novos ambientes de sala de aula e devemos nos reinventar enquanto educadores no pós-crise. Não há futuro para essa sociedade sem que os professores saibam estar no momento certo nesse lugar de coragem chamado agora. Precisamos discutir e compartilhar uns com os outros e reconstruir nossas aprendizagens (FELIX, 2020, p.03)

A formação continuada dos professores oferece benefícios para todas as esferas da comunidade escolar. Quando o professor se desenvolve, as práticas em sala de aula são aprimoradas e os alunos aprendem ainda mais. Além disso, as práticas passam a ser permanentemente revisadas para estarem alinhadas com o projeto pedagógico da instituição. Em um contexto de pandemia, a formação continuada tem o grande benefício de possibilitar que os professores aprimorem suas práticas para o ensino à distância. 

É necessário que as escolas auxiliem o professor a desenvolver a capacidade de formação crítico-reflexiva podendo refletir sobre sua prática educacional de modo que ele trabalhe de forma construtivista, onde possa despertar no aluno o censo de organizar suas ideias, seus próprios pensamentos de forma coerente, sendo assim um sujeito mais ativo e engajado em sua função. Como corroborado por Paulo Freire (1997, p. 28), se faz importante que o docente consiga realizar o processo de capacitação de forma contínua, visando 

Ensinar ensina o ensinante a ensinar certo conteúdo que não deve significar, de modo algum, que o ensinante se aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. Não o autoriza a ensinar o que não sabe. A responsabilidade, ética, política e profissional do ensinante lhe colocam o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua prática.

Outra questão a se pensar nessas formações é a implementação do Novo Ensino Médio, considerando que essa modalidade emergente vem para proporcionar um novo modelo de ensino, cujo objetivo é a satisfação dos desejos e anseios dos jovens, o que se manifesta nos indicadores de atraso escolar dos estudantes que abandonaram a escola não só nos anos anteriores, mas no período de pandemia (Disponível em: https://porvir.org/5-perguntas-sobre-o-novo-ensino-medio/).

O Novo Ensino Médio, então, tem como objetivo colocar o aluno como protagonista. Cada escola fica responsável por definir os itinerários oferecidos, considerando suas particularidades, e, principalmente, o desejo dos estudantes. Além de aulas tradicionais, as unidades curriculares que compõem o itinerário formativo podem surgir no formato de projetos, oficinas, atividades e práticas contextualizadas, sempre pensando no protagonismo e engajamento dos estudantes, surge também a disciplina de Projeto de Vida, pois é importante prestar atenção como os alunos estão fazendo essa escolha, sendo necessário explicar como essa escolha acontece e como ele deve montar seu projeto de vida. Esse processo deve ser algo estruturado para que o aluno tenha consciência de suas escolhas mesmo que ele mude de ideia (Disponível em: https://porvir.org/5-perguntas-sobre-o-novo-ensino-medio/).

Diante do exposto, compreende-se a necessidade de possibilitar um aperfeiçoamento mais qualificado para o professor, no intuito de que esse possa realizar sua função com mais segurança e eficiência, considerando que muitas plataformas digitais podem representar um grande desafio, o qual não foi trabalhado dentro das grades curriculares dos próprios docentes. Dessa forma, entende-se a importância da formação continuada no desenvolvimento profissional do professor, e, considerando a modalidade do Novo Ensino Médio, é de suma importância que ele possa se aperfeiçoar, visando abarcar uma nova realidade educacional, mais complexa e cheia de desafios.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

O questionário descrito na metodologia foi aplicado com uma parcela de 02 professoras da rede estadual, com diferentes áreas do conhecimento, a saber: Biologia e Letras. A que ensina na área de Biologia atua como professora há 23 anos, abarcando o ensino Fundamental e Médio e possuindo um Mestrado na área. Já a segunda professora atua há 5 anos, abarcando o ensino Médio, possuindo 03 pós-graduação e mais 01 graduação em Pedagogia. 

Com relação as perguntas mais específicas do questionário, em relação a questão do processo de ensino/aprendizagem, uma das entrevistadas observa que ainda tem uma certa resistência por parte dos alunos em atuar como parte ativa desse processo; Já a outra relata que sempre procura melhorar o ensino. A respeito de já terem passado por alguma formação sobre as tecnologias, apenas uma delas conseguiu passar pela experiência, em contrapartida, a disse que nunca passou por uma experiência de formação continuada envolvendo as tecnologias educacionais.

Esse parágrafo é bem interessante, pois, demonstra algumas das dificuldades encontradas pelos professores durante esse período, como a atenção dos alunos e alguma formação disponibilizada, questões essas que tendem a contribuir para dificultar a atuação eficaz desse profissional tão importante.

Sobre a próxima questão que retrata sobre a aproximação das tecnologias com os alunos, ambas as professoras afirmam que as tecnologias aproximam os alunos e que atualmente já fazem parte da vida deles. Além disso, afirmam que nesse momento as oportunidades e os desafios que a educação vem enfrentando são as diferentes formas de ensinar utilizando as tecnologias, onde os professores conseguiram desenvolver novas habilidades que eram desconhecidas para esses.

Como já disse Marcelo Veras, a tecnologia será utilizada de um jeito outro de outro, então, não tem como privar os estudantes e os professores de terem um acesso as ferramentas digitais, mas sim, é preciso auxiliá-los a desenvolver uma visão mais completa de como utilizar as novas tecnologias digitais, visando um maior aprofundamento dos seus conhecimentos, no intuito de que possam se aliar com mais facilidade aos meios digitais, possibilitando que esse cenário seja encarado como um período de novas oportunidades a serem alcançadas por ambos.

Uma das professoras entrevistada citou que a maior dificuldade que encontrou em lidar com a tecnologia foi a falta de acesso ao celular, computador e internet por parte do educando; Já a outra professora entrevistada achou que foi aprender a lidar com a distância e adquirir novas posturas.

Voltando um pouco para o desenvolvimento, vislumbra-se a necessidade da formação continuada como um elemento central para sanar as principais dificuldades dos professores de uma maneira eficaz, além disso, seria interessante a disponibilização de um serviço psicológico focado nos professores e em como eles estão se sentindo diante dessa realidade abrupta que se inseriu em suas rotinas.

Por fim, a respeito da última pergunta sobre as possibilidades futuras que as tecnologias podem trazer, ambas as professoras confessam que após esse período as características tecnológicas desse tipo de educação não poderão ser deixadas de lado, seja de forma a considerar um novo tipo de educação voltado para os meios digitais, de forma EAD, assim como, um possível complemento da área educacional. Além disso, destacam algumas soluções que poderiam ajudar tanto os estudantes como os professores, a saber, uma maior oferta de Cursos de Aperfeiçoamento Tecnológico nas Escolas para ambos, como também, que todos tivessem acesso as Ferramentas e Equipamentos necessários para o fazer educacional como uma internet de qualidade. Só assim o professor poderia tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas, deixando de ser um mero transmissor de informações e passando a ser um mediador da informação, contribuindo para tornar o aluno um protagonista de sua própria história. 

4. CONCLUSÃO

Dessa forma, através das falas das participantes, nota-se quais foram as visões delas sobre as concepções da pandemia e suas consequências na área educacional, considerando a modalidade do ensino remoto e da utilização das tecnologias emergentes, destacando as dificuldades e possibilidades que, querendo ou não, esse período vem a possibilitar. Um dos pontos principais diz respeito a necessidade de um processo de aperfeiçoamento mais eficaz que possa dar conta das demandas desses profissionais e fornecer o suporte adequado para que esses possam realizar suas funções com mais eficiência.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Floraci Mariano de; FARIAS, André Leite de; BRITO, Renato de Oliveira. Formação continuada em tempos de pandemia da Covid-19: desafios e perspectivas de professores para o ensino pós-pandemia. Research, Society and Development, v. 10, n. 6, e15510615218, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15218.

DELLAGLENO, Lucia. Escolas conectadas: aprendizagem em tempos de coronavírus. Disponível em: Escolas conectadas: aprendizagem em tempos de coronavírus – Hugo Diego Rezende (wordpress.com). Acesso em: 18/02/2022.

FELIX, Célia Neves. FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19: DESAFIOS E INCERTEZAS. 2020.

FREIRE, P. Professora sim, tia não. São Paulo: Olho d’água, 1997.

LOPES, Darcilene Ramos. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DESAFIO DO DOCENTE EM TEMPO DA PANDEMIA COVID-19. Congresso Internacional de Educação e Tecnologias (CIET). 2020.

OLIVEIRA, Jéssica Midori Matsuda de. AS DIFICULDADES DOCENTES EM TEMPOS DE PANDEMIA. SÃO PAULO/SP, NOVEMBRO/2020.

TOFFLER, Alvin. Criando uma nova civilização: A política da terceira onda. Rio de Janeiro: Record, 2003.

—-. 5 perguntas sobre o Novo Ensino Médio. Disponível em: https://porvir.org/5-perguntas-sobre-o-novo-ensino-medio/. Acesso em: 18/02/2022.

ANEXO 01: Questionário aplicado.

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇAO

DISCIPLINA: AVANÇO TECNOLÓGICO E EDUCAÇÃO: IMPACTO E TRANSFORMAÇÕES

Professora DRª MARIA PRICILA MIRANDA DOS SANTOS

Aluna: MÔNICA PEREIRA DO NASCIMENTO

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS EDUCADORES

1. Qual é a sua área de formação? Em qual instituição você se formou? Há quanto tempo?

2. Após a graduação houve algum outro tipo de investimento na sua formação?

3. Há quanto tempo atua como docente?

4.Em qual modalidade de ensino você atua?

5. Como você observa o processo de ensino/aprendizagem com os educandos?

6. Você já passou por algum tipo de formação continuada com relação à inserção das tecnologias na educação?

7. Você acha que a tecnologia aproxima os alunos?

8. Quais as oportunidades e desafios que este momento está “ensinando” para a educação?

9. Quais foram as suas maiores dificuldades em lidar com a tecnologia?

10. Após esse período quais as características desse tipo de educação tecnológica você acha que teremos que adotar?


1Aluna do Programa de Mestrado em Ciências da Educação da Veni Creator University.
Trabalho apresentado ao Programa de Mestrado em Ciências da Educação da Veni Creator University, como parte dos requisitos para obtenção de nota da disciplina Avanço Tecnológico e Educação: Impactos e Transformações, sob a orientação da professora Drª.  Maria Priscila Miranda dos Santos.