REGISTRO DOI: 7257924
Rodolfo Neves Rosa
Resumo
O presente texto descreve a relação do ambiente de aula com o contexto do bem-estar, esclarece que bem-estar é mais que um simples agradar o outro mas um estado mas momentos de felicidade que deve ser proporcionados pelo professor e outros profissionais de educação, para que este aluno, sinta-se acolhido, para que promova o ensino e aprendizagem e que evite transtornos e doenças psicológicas.
Introdução
Em um passado não tão distante encontrávamos um mundo da educação muito diferente do que se entende hoje, professores que entendiam que alunos deveriam sofrer para absorver o conteúdo são exemplos comuns. Pensava-se que a educação era transmitida pela força bruta, por vezes por gritos e até alguns castigos, esse professor do passado por vezes acreditava que intimidar o aluno, ou faze-lo chorar durante uma prova era um método aceitável. No entanto serão estes os melhores métodos que um professor pode escolher?
Sabemos que tais métodos podem prejudicar muitos fatores psicológicos dos alunos e até outros tipos de doenças causadas pelo ambiente que estamos inseridos.
Para este texto buscamos estudar o ambiente de sala de aula, entendendo como inovação e bem-estar poderiam participar deste contexto. E nos perguntamos se o processo acadêmico pode interferir no bem-estar dos alunos e professores.
Palavras Chaves: Bem-estar – Educação – Sala de Aula – Professor – Aluno – Ambiente de sala de aula.
O Modelo de aula e o papel do professor
Nosso texto começa por tratar como deve ser o ambiente de sala de aula, Segundo Piaget o comportamento é constituído por uma interação entre o meio e o indivíduo, desta forma entendemos que a construção da atmosfera da sala de aula é importantíssima para formar a competência e os comportamentos dos alunos, entendo por meio da fala do autor que o ambiente que se proporciona em sala de aula deve privilegiar o bem estar, vemos também o clima da sala de aula deve favorecer a interação como afirma ZITKOSKI 2008
“Direito de expressar-se expressando o mundo, de decidir, de optar e de criar e recriar o mundo no duplo sentido do binômio dialético. Fora dessa práxis, desta forma especial de dialética ação-reflexão, o conhecimento resulta idealista e o fazer torna-se meramente mecânico e irrefletido, porque “o ato de conhecer envolve um movimento dialético que vai da ação à reflexão sobre ela” e desta para uma nova ação.”
Na estrutura de sala o professor deve favorecer a interação, o papel do professor é extremamente importante para o processo ensino aprendizagem como afirma MORAN 2015 afirma que
“No modelo disciplinar, precisamos “dar menos aulas” e colocar o conteúdo fundamental na WEB, elaborar alguns roteiros de aula em que os alunos leiam antes os materiais básicos e realizem atividades mais ricas em sala de aula com a supervisão dos professores. Misturando vídeos e materiais nos ambientes virtuais com atividades de aprofundamento nos espaços físicos (salas) ampliamos o conceito de sala de aula: Invertemos a lógica tradicional de que o professor ensine antes na aula e o aluno tente aplicar depois em casa o que aprendeu em aula, para que, primeiro, o aluno caminhe sozinho (vídeos, leituras, atividades) e depois em sala de aula desenvolva os conhecimentos que ainda precisa no contato com colegas e com a orientação do professor ou professores mais experientes.”
No contexto da aula expositiva o professor deve conseguir fazer o que (AUSUBEL 2009) chama de prosa significativa que contempla um conversa com fatores que ajudem o estudante a ver significado no conteúdo seja por meio de uma boa história ou contexto onde ele seja o protagonista.
Bem-estar
Sabemos que o bem estar e a saúde estão diretamente ligados, como coloca VILELA E ELY 2011 “Experiências geradoras de emoções positivas tendem a favorecer o reequilíbrio orgânico de uma pessoa, pois uma emoção pode resgatar memórias ou estimular um estado de humor e assim afetar o sistema imunológico.”
Entendemos por bem-estar o que RIBEIRO e DA SILVA VEIGA 2022 afirmam como sendo o conjunto de momentos felizes e experiências positivas que podem definir até mesmo o comprometimento daquele individuo com o ambiente
Assim percebemos que o bem-estar é de grande valia para o conceito acadêmico, não somente para os alunos mas também para os professores como afirma CIRILO et. al. A Academia é fundamental para o convívio em sociedade, devendo os governantes cuidar da saúde e bem-estar de alunos, professores, coordenadores e etc.
Ainda afirmamos que segundo BINDA 2019 “A satisfação dos discentes de uma IES está ligada a experiência repetidas continuamente no ambiente em que está inserido” deixando claro a relação entre o bem-estar e a atmosfera de sala de aula.
Conclusão
Sabemos que o bem-estar e a saúde estão diretamente ligados, mais do que ensinar o professor tem o papel de inspirar seus alunos, o conceito trabalhado hoje pelos principais autores é a educação por amor, como vimos anteriormente e isso tem uma relação grande com o bem-estar do alunos e de todos os demais envolvidos no processo acadêmico.
Percebemos também que o termo bem-estar vai além de um simples agradar e tão pouco deve ser enxergado desta forma, ele é muito mais profundo que isso, é o estimular, criar um ambiente convidativo para que os alunos se sintam acolhidos e que assim sintam confiança para dialogar, discutir ou opinar sem medo de coação, risadas ou outras formas de secura.
Sendo assim acreditamos que o presente texto esclarece por meio dos autores citados que é extremamente relevante um ambiente de sala de aula que propague o bem-estar, assim estimulando os alunos a estudar e evitando até mesmo doenças e ou transtornos psicológicos.
Referências
AUSUBEL, David P. A facilitação da aprendizagem verbal significativa em sala de aula. Psicologia educacional, 2009 disponível em https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00461527709529171
CIRILO, Jaqueline Carvalho et al. Influência do trabalho de docência no bem-estar individual, qualidade de vida, e (in) atividade física de professoras do ensino fundamental. Research, Society and Development, v. 11, n. 1, p. e1511123919-e1511123919, 2022. Acesso em 01 de junho de 2022. Disponível em https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23919
MORAN, J. (2015). Educação Híbrida: Um conceito-chave para a educação, hoje. In: Bacich, L., Tanzi Neto, Adolfo, e Trevisani, F. de M. (org.). Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 27- 45.
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
RIBEIRO, Letícia de Aguiar Manso; DA SILVA VEIGA, Heila Magali. Bem-estar no trabalho: influência do clima organizacional entre trabalhadores hospitalares. Revista Psicologia e Saúde, p. 63-76, 2022. Acesso em 09 de junho de 2022. Disponível em: https://www.pssa.ucdb.br/pssa/article/view/1681/1363
VILELA, M. S., & ELY, V. H. M. B. (2022). Humanização na ambiência de Práticas Integrativas e Complementares: significado de bem-estar na perspectiva dos usuários. Ciência & Saúde Coletiva, 27, 2011-2022. Acesso em 10 de junho de 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/637gPDN54mZMLh8xTYhttBz/abstract/?lang=pt
ZITKOSKI, Jaime J.; STRECK, Danilo R.; REDIN, Euclides. Dicionário Paulo Freire. Grupo Autêntica, 2008. 9788582178089. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582178089/. Acesso em: 29 mai. 2022.