INTERVENÇÕES DE HIDROTERAPIA EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)

HYDROTHERAPY INTERVENTIONS IN PATIENTS WITH STROKE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202505211143


  Alexandre da Silva Nogueira
Orientadora: Andreza Regina de Oliveira Santos


RESUMO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade neurológica, afetando significativamente a mobilidade, o equilíbrio e a autonomia dos indivíduos acometidos. Nesse contexto, a hidroterapia tem sido amplamente utilizada como uma estratégia eficaz na reabilitação de pacientes pós-AVC, proporcionando benefícios tanto na recuperação motora quanto na qualidade de vida. A imersão em meio aquático reduz a sobrecarga articular, favorece o fortalecimento muscular e contribui para o relaxamento neuromuscular, tornando a fisioterapia aquática uma abordagem terapêutica promissora. O objetivo geral deste estudo foi analisar os efeitos das intervenções de hidroterapia na reabilitação de pacientes acometidos por AVC, considerando os aspectos motores, funcionais e de qualidade de vida. A pesquisa buscou consolidar evidências científicas sobre os impactos da hidroterapia na recuperação desses indivíduos, enfatizando sua aplicação na melhora da marcha, do equilíbrio e da autonomia funcional. A metodologia adotada consistiu em uma revisão bibliográfica, com busca de artigos científicos publicados nos últimos cinco anos nas bases LILACS, PubMed e Google Acadêmico. Foram selecionados estudos que abordassem especificamente a hidroterapia no contexto da reabilitação neurológica, utilizando descritores padronizados do DeCS, como “hidroterapia”, “acidente vascular cerebral” e “reabilitação funcional”, com aplicação do operador booleano AND para refinar a busca. Os resultados analisados demonstraram que a hidroterapia favorece a recuperação da força muscular e a redução da espasticidade em indivíduos pós-AVC, permitindo melhor controle motor e autonomia funcional. Além disso, os estudos indicaram que essa abordagem terapêutica contribui para a melhora da qualidade de vida, promovendo relaxamento, alívio do estresse e fortalecimento da autoestima dos pacientes. A socialização proporcionada pelas sessões de hidroterapia também foi identificada como um fator relevante para a motivação dos indivíduos em reabilitação. A conclusão da pesquisa evidencia que a hidroterapia é uma ferramenta eficaz na reabilitação de pacientes pós-AVC, com impacto positivo na funcionalidade, na mobilidade e no bem-estar psicológico. No entanto, devido à natureza bibliográfica deste estudo, sugere-se a realização de pesquisas experimentais para validar os achados e aprofundar o conhecimento sobre os melhores protocolos de hidroterapia aplicados a essa população.

Palavras-chave: hidroterapia; fisioterapia neurológica; reabilitação pós-AVC

ABSTRACT

Stroke is one of the leading causes of neurological disability, significantly affecting mobility, balance, and autonomy in affected individuals. In this context, hydrotherapy has been widely used as an effective strategy for post-stroke rehabilitation, providing benefits for both motor recovery and quality of life. Immersion in an aquatic environment reduces joint overload, enhances muscle strengthening, and contributes to neuromuscular relaxation, making aquatic physiotherapy a promising therapeutic approach. The general objective of this study was to analyze the effects of hydrotherapy interventions on the rehabilitation of patients affected by stroke, considering motor, functional, and quality-of-life aspects. The research aimed to consolidate scientific evidence on the impacts of hydrotherapy on these individuals’ recovery, emphasizing its application in improving gait, balance, and functional autonomy. The methodology consisted of a bibliographic review, searching for scientific articles published in the last five years in the LILACS, PubMed, and Google Scholar databases. Studies specifically addressing hydrotherapy in the context of neurological rehabilitation were selected using standardized DeCS descriptors, such as “hydrotherapy,” “stroke,” and “functional rehabilitation,” with the AND Boolean operator applied to refine the search. The inclusion criteria considered articles available in Portuguese and English, systematic reviews, and experimental studies, while the exclusion criteria ruled out research that did not directly involve post-stroke patients or lacked a clear methodology. The results analyzed showed that hydrotherapy favors muscle strength recovery and reduces spasticity in post-stroke individuals, enabling better motor control and functional autonomy. Additionally, studies indicated that this therapeutic approach contributes to improved quality of life, promoting relaxation, stress relief, and enhanced patient self-esteem. The social interaction provided by hydrotherapy sessions was also identified as a relevant factor in the motivation of individuals undergoing rehabilitation. The conclusion of the research highlights that hydrotherapy is an effective tool in post-stroke rehabilitation, positively impacting functionality, mobility, and psychological well-being. However, due to the bibliographic nature of this study, experimental research is suggested to validate the findings and further explore the best hydrotherapy protocols for this population.

Keywords: hydrotherapy; neurological physiotherapy; post-stroke rehabilitation

1. INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, representando um desafio significativo para os sistemas de saúde e para os profissionais envolvidos na reabilitação dos pacientes acometidos. O AVC pode resultar em diversas sequelas motoras, sensoriais e cognitivas, que comprometem a autonomia e a qualidade de vida dos pacientes (Freitas; Alves; Cunha, 2024). Diante desse cenário, abordagens terapêuticas eficazes são essenciais para a recuperação funcional desses indivíduos. Entre as intervenções fisioterapêuticas, a hidroterapia tem se destacado como um recurso benéfico na reabilitação pós-AVC, proporcionando um ambiente favorável para a recuperação neuromuscular e motora (Silva; Dei Tos; Fabiano, 2022).

A hidroterapia, também conhecida como fisioterapia aquática, utiliza as propriedades físicas da água para promover ganhos terapêuticos, favorecendo a mobilidade, o equilíbrio e a força muscular, além de proporcionar relaxamento e redução da espasticidade, que são aspectos fundamentais na reabilitação de pacientes com sequelas de AVC. A flutuabilidade da água reduz o impacto das articulações, facilitando a realização de movimentos que seriam dificultados em ambiente terrestre. Além disso, a pressão hidrostática auxilia na melhora da circulação sanguínea, o que contribui para a recuperação muscular e para o condicionamento cardiovascular (Oliveira; Livramento, 2023).

Estudos apontam que a fisioterapia aquática pode promover avanços significativos na marcha e no equilíbrio dos pacientes pós-AVC, fatores essenciais para a independência funcional e para a prevenção de quedas (Silva; Dei Tos; Fabiano, 2022). No entanto, apesar dos evidentes benefícios, ainda existem desafios quanto à implementação da hidroterapia como estratégia terapêutica acessível a todos os pacientes, devido às exigências estruturais e financeiras para sua realização. Dessa forma, torna-se necessário investigar e reunir evidências sobre sua eficácia e viabilidade, contribuindo para a ampliação de seu uso na reabilitação pós-AVC (Oliveira; Livramento, 2023).

A relevância deste estudo está na necessidade de aprofundamento sobre as intervenções de hidroterapia em pacientes acometidos por AVC, considerando que as sequelas motoras impactam diretamente a autonomia e a qualidade de vida desses indivíduos. Apesar dos avanços na reabilitação fisioterapêutica, ainda há lacunas na literatura sobre a aplicação sistemática da hidroterapia e seus impactos a longo prazo. O estudo se justifica pela necessidade de ampliar o conhecimento sobre os benefícios e desafios dessa abordagem, contribuindo para embasar a prática clínica e incentivar sua utilização de maneira mais estruturada e acessível (Silva; Dei Tos; Fabiano, 2022). Diante da relevância da reabilitação de pacientes acometidos por AVC e dos potenciais benefícios da hidroterapia, este estudo busca investigar os efeitos das intervenções de hidroterapia na recuperação motora, no equilíbrio e na qualidade de vida de pacientes pós-AVC (Oliveira; Livramento, 2023).

O presente estudo será conduzido por meio de uma revisão integrativa da literatura, que visa sintetizar e analisar criticamente as publicações científicas sobre a temática (Gil, 2017). A busca por artigos será realizada em bases de dados reconhecidas, utilizando descritores relacionados à hidroterapia e reabilitação pós-AVC. Serão considerados estudos publicados nos últimos cinco anos, escritos em português ou inglês, que abordem os efeitos da fisioterapia aquática na recuperação de pacientes pós-AVC. Os dados serão analisados de forma qualitativa, enfatizando os resultados obtidos e as lacunas existentes na literatura.

É objetivo geral da pesquisa, analisar os efeitos das intervenções de hidroterapia na reabilitação de pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC), considerando os aspectos motores, funcionais e de qualidade de vida.

2. METODOLOGIA

Esta pesquisa tem caráter bibliográfico e busca revisar estudos sobre intervenções de hidroterapia em pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), considerando sua eficácia na reabilitação funcional e na melhoria da qualidade de vida. A hidroterapia, também conhecida como fisioterapia aquática, tem sido amplamente utilizada em processos de recuperação neurológica devido aos efeitos benéficos da imersão na água, que proporciona redução da carga gravitacional, aumento da mobilidade articular e estímulo ao fortalecimento muscular sem impacto excessivo. Assim, a investigação dos achados científicos sobre essa abordagem terapêutica contribui para um melhor entendimento de sua aplicação prática no contexto da reabilitação pós-AVC. Segundo Gil (2017), a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado, como livros, artigos científicos, teses e dissertações, sendo utilizada para fornecer fundamentação teórica ao estudo e identificar o estágio atual do conhecimento sobre determinado tema. Esse tipo de pesquisa permite ao pesquisador analisar conceitos, teorias e metodologias previamente desenvolvidas, contribuindo para a construção de um referencial sólido e para a formulação de novas hipóteses e interpretações. Além disso, a pesquisa bibliográfica possibilita a comparação entre diferentes abordagens e perspectivas, enriquecendo a análise e ampliando a compreensão sobre o objeto de estudo.

Para a seleção dos estudos, foram utilizadas bases de dados reconhecidas na área da saúde, incluindo PUBMED, LILACS e Google Acadêmico, garantindo a obtenção de referências científicas atualizadas e de alta relevância. A estratégia de busca adotou descritores padronizados pelo DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), permitindo a identificação de artigos específicos sobre o tema. Os descritores utilizados foram “Hidroterapia”, “Acidente Vascular Cerebral” e “Reabilitação”, e a busca foi refinada com o uso do operador booleano AND, possibilitando a obtenção de estudos que abordam simultaneamente essas três áreas.

Os critérios de inclusão estabelecidos para esta revisão consideraram artigos publicados nos últimos cinco anos, assegurando que as informações analisadas fossem recentes e condizentes com as práticas contemporâneas de reabilitação. Além disso, foram incluídos apenas artigos nos idiomas português e inglês, permitindo uma visão mais ampla das pesquisas realizadas sobre hidroterapia no contexto do AVC. Os critérios de exclusão envolveram a remoção de estudos que não tratassem diretamente das intervenções de hidroterapia na reabilitação de pacientes com AVC, artigos que não apresentassem metodologia clara e pesquisas que fossem revisões sistemáticas secundárias sem novos achados experimentais.

Figura 1: Fluxograma

Fonte: Autor (2025)

Inicialmente, a busca resultou na identificação de 40 artigos relacionados ao tema. No entanto, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, apenas 10 estudos foram selecionados para compor a análise desta pesquisa. Esses artigos serão examinados de maneira detalhada quanto à metodologia utilizada, população estudada, tipo de intervenção aplicada, resultados obtidos e conclusões apresentadas. A análise seguirá uma abordagem qualitativa, buscando identificar padrões nos achados e sintetizar as evidências sobre os impactos da hidroterapia na recuperação funcional de pacientes pós-AVC.

Para garantir uma avaliação aprofundada, os artigos selecionados serão categorizados segundo aspectos como objetivos do estudo, população envolvida, protocolos terapêuticos empregados e impactos observados. Dessa forma, será possível compreender melhor as recomendações para a utilização da hidroterapia como parte do tratamento multidisciplinar de indivíduos que sofreram AVC, identificando seus benefícios e possíveis limitações. A partir dessa revisão, espera-se contribuir para a ampliação do conhecimento sobre o tema e oferecer subsídios para a implementação de práticas terapêuticas mais eficazes na reabilitação neurológica.

Os 10 (dez) artigos selecionados estão na tabela abaixo.

Tabela 1: Artigos selecionados

Fonte: Autor (2025)

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 OS IMPACTOS DAS INTERVENÇÕES DE HIDROTERAPIA NA RECUPERAÇÃO MOTORA DE PACIENTES PÓS-AVC

As intervenções de hidroterapia vêm ganhando destaque na reabilitação motora de pacientes pós-AVC, sendo amplamente reconhecidas por seus benefícios na restauração da mobilidade, na melhora do equilíbrio e na redução da espasticidade. O AVC é uma das principais causas de incapacidade neurológica, afetando a independência funcional dos indivíduos e comprometendo sua qualidade de vida. Nesse contexto, a hidroterapia oferece um ambiente terapêutico diferenciado, no qual a redução da ação gravitacional facilita a realização de movimentos, permitindo que pacientes com déficits motores realizem exercícios com maior segurança e menor impacto nas articulações. Além disso, a água proporciona uma resistência natural que estimula o fortalecimento muscular, contribuindo para a recuperação progressiva das funções motoras.

Cruz et al. (2024) destacam que uma das principais complicações enfrentadas por pacientes pós-AVC é a perda do equilíbrio, o que aumenta significativamente o risco de quedas e lesões secundárias. Como alternativa terapêutica, a hidroterapia tem sido utilizada para melhorar o controle postural, pois permite ao paciente realizar ajustes de equilíbrio em um ambiente seguro. Os efeitos da água reduzem a necessidade de sustentação corporal, tornando os exercícios mais acessíveis para indivíduos que apresentam comprometimento motor. Estudos indicam que a terapia aquática melhora a propriocepção, ou seja, a capacidade do paciente de perceber a posição do próprio corpo no espaço, favorecendo a recuperação do equilíbrio dinâmico e estático.

Freitas, Alves e Cunha (2024) analisaram os benefícios da hidroterapia na reabilitação de pacientes pós-AVC e evidenciaram que, além da melhora do equilíbrio, essa abordagem terapêutica contribui para o fortalecimento muscular e para a retomada da mobilidade. Os autores ressaltam que a hidroterapia é especialmente indicada para pacientes que apresentam dificuldades na realização de exercícios em solo devido à fraqueza muscular ou ao comprometimento neurológico. No meio aquático, os movimentos tornam-se mais fáceis de executar, proporcionando um ambiente menos intimidador para indivíduos que estão no processo de readaptação funcional.

Outro aspecto fundamental da hidroterapia na recuperação motora de pacientes pós-AVC está relacionado à redução da espasticidade, que se caracteriza pelo aumento involuntário da rigidez muscular e pela dificuldade na realização de movimentos voluntários. Gomes et al. (2024) apontam que a espasticidade é um dos principais desafios enfrentados por fisioterapeutas na reabilitação neurológica, pois compromete a mobilidade e pode causar dor crônica. Nesse sentido, a terapia aquática tem mostrado resultados promissores, já que a temperatura da água e a resistência hidrodinâmica promovem relaxamento muscular e favorecem a execução dos exercícios de forma mais fluida.

Rosa e Grave (2021) avaliaram a influência do método Watsu na espasticidade e na força respiratória de pacientes pós-AVC e observaram que essa abordagem terapêutica pode ser altamente benéfica na redução da tensão muscular e na melhora da capacidade respiratória. O método Watsu combina princípios da hidroterapia com movimentos passivos e alongamento, proporcionando relaxamento profundo e redução da rigidez muscular. Os achados do estudo indicam que essa técnica pode ser incorporada aos programas de fisioterapia aquática para otimizar a recuperação funcional dos pacientes.

Além dos benefícios motores, a hidroterapia tem impactos positivos na qualidade de vida dos indivíduos em reabilitação. Mello e Lima (2024) ressaltam que a prática de exercícios aquáticos melhora não apenas a mobilidade e a força muscular, mas também o estado emocional dos pacientes, contribuindo para a redução da ansiedade e para a motivação no processo de recuperação. Muitos indivíduos acometidos por AVC enfrentam dificuldades psicológicas decorrentes da perda de autonomia e das limitações funcionais, tornando essencial a inclusão de atividades que promovam bem-estar e resiliência emocional.

Santos et al. (2022) reforçam que a atuação do fisioterapeuta na aplicação da hidroterapia é um fator determinante para o sucesso da reabilitação motora. O profissional deve adaptar os exercícios às necessidades individuais dos pacientes, considerando aspectos como grau de comprometimento neurológico, amplitude de movimento e resistência muscular. A hidroterapia, quando bem estruturada, pode contribuir para a reintegração dos pacientes às atividades do cotidiano, favorecendo a retomada da independência e a socialização.

Diante dos achados científicos apresentados, fica evidente que as intervenções de hidroterapia desempenham um papel central na recuperação motora de pacientes pós-AVC, atuando na melhora da mobilidade, do equilíbrio e na redução da espasticidade. Além disso, os benefícios emocionais e funcionais proporcionados por essa abordagem reforçam sua importância como parte dos protocolos de reabilitação neurológica. A implementação da hidroterapia em programas de fisioterapia pode garantir uma recuperação mais segura e eficaz, promovendo qualidade de vida e independência aos pacientes. 

3.2 OS EFEITOS DA HIDROTERAPIA NA FUNCIONALIDADE DOS PACIENTES ACOMETIDOS POR AVC

A hidroterapia tem sido amplamente utilizada na reabilitação funcional de pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC), promovendo benefícios expressivos na mobilidade, no equilíbrio e na independência para a realização de atividades diárias. Para Freitas, Alves e Cunha (2024), o AVC é uma das principais causas de incapacidade neurológica, afetando diretamente a funcionalidade dos indivíduos e limitando sua capacidade de locomoção e controle motor. Nesse contexto, a água cria um ambiente terapêutico favorável, proporcionando redução da ação gravitacional, resistência controlada para o fortalecimento muscular e suporte para ajustes posturais e motores, fundamentais para a recuperação desses pacientes.

Cruz et al. (2024) destacam que uma das principais dificuldades enfrentadas por indivíduos pós-AVC é a perda do equilíbrio, o que aumenta o risco de quedas e limita sua capacidade de realizar tarefas cotidianas. A hidroterapia surge como uma alternativa eficaz ao permitir que os pacientes realizem exercícios de controle postural com maior segurança. Os autores apontam que técnicas aquáticas auxiliam na restauração da propriocepção, ou seja, na capacidade do corpo de perceber sua posição no espaço, favorecendo ajustes motores que reduzem a instabilidade postural.

Freitas, Alves e Cunha (2024) evidenciam que a hidroterapia contribui significativamente para a mobilidade dos pacientes, melhorando a força muscular e permitindo maior amplitude de movimento sem sobrecarga articular. Os autores destacam que essa forma de intervenção permite que indivíduos com déficits motores avancem gradativamente na recuperação, favorecendo a retomada da funcionalidade perdida após o AVC. Além disso, a resistência natural da água atua na ativação muscular, promovendo ganhos progressivos de força e coordenação.

O impacto da hidroterapia na funcionalidade de pacientes com espasticidade pós-AVC também tem sido amplamente investigado. Gomes et al. (2024) ressaltam que a espasticidade, caracterizada pelo aumento involuntário da rigidez muscular, compromete gravemente a independência dos indivíduos. A imersão em água aquecida favorece o relaxamento muscular e reduz a resistência involuntária ao movimento, permitindo que os pacientes realizem exercícios com maior amplitude e conforto. Rosa e Grave (2021) complementam essa análise ao avaliar os efeitos do método Watsu, que utiliza princípios de hidroterapia combinados com técnicas de mobilização passiva para promover alívio da tensão muscular, melhoria da capacidade respiratória e aumento da flexibilidade dos membros acometidos.

Outro aspecto relevante da hidroterapia na reabilitação funcional de pacientes pós-AVC está relacionado à independência nas atividades diárias. Oliveira e Livramento (2023) demonstram que a fisioterapia aquática melhora significativamente a capacidade de marcha e deslocamento dos pacientes, permitindo que retomem funções como caminhar sem auxílio ou realizar atividades domésticas. Silva, Dei Tos e Fabiano (2022) reforçam que, além da melhoria na qualidade da marcha, a hidroterapia promove ajustes na coordenação e no equilíbrio estático e dinâmico, fatores essenciais para a reintegração social dos indivíduos.

A reabilitação físico-funcional mediada pela hidroterapia também é apontada por Ramos e Prado Junior (2025) como um recurso de grande potencial na recuperação da autonomia dos pacientes. A adaptação progressiva dos exercícios aquáticos possibilita que os indivíduos desenvolvam habilidades motoras fundamentais para sua independência, reduzindo a necessidade de suporte externo e aumentando sua autoconfiança. Santos et al. (2022) enfatizam a importância do fisioterapeuta na condução das sessões de hidroterapia, garantindo que os exercícios sejam adequadamente estruturados para atender às necessidades individuais de cada paciente.

Mello e Lima (2024) analisam os impactos da hidroterapia na mobilidade de pacientes idosos, evidenciando que a prática regular desse tipo de terapia melhora não apenas aspectos físicos, como força e equilíbrio, mas também a qualidade emocional dos indivíduos. Muitos pacientes pós-AVC relatam dificuldades psicológicas decorrentes da perda de independência, e o ambiente aquático se mostra um espaço seguro para a retomada da funcionalidade, promovendo bem-estar e engajamento no processo de reabilitação.

Diante das evidências apresentadas, fica claro que a hidroterapia desempenha um papel essencial na funcionalidade de pacientes acometidos por AVC, impactando diretamente sua mobilidade, equilíbrio e independência nas atividades diárias. Sua aplicação estruturada nos protocolos de fisioterapia permite uma recuperação gradual e segura, promovendo qualidade de vida e autonomia aos indivíduos que buscam restabelecer suas capacidades motoras. 

3.3 A RELAÇÃO ENTRE HIDROTERAPIA E A QUALIDADE DE VIDA DOS INDIVÍDUOS EM PROCESSO DE REABILITAÇÃO PÓS-AVC

    A qualidade de vida dos indivíduos em reabilitação pós-AVC é um aspecto essencial a ser considerado nos protocolos de tratamento fisioterapêutico, visto que as sequelas motoras e neurológicas podem comprometer significativamente a autonomia e o bem-estar emocional dos pacientes. O AVC é uma condição que frequentemente resulta em dificuldades de mobilidade, instabilidade postural, espasticidade muscular e redução da capacidade funcional, tornando a recuperação um processo desafiador e multidimensional. Nesse contexto, a hidroterapia tem se mostrado uma alternativa terapêutica promissora, promovendo benefícios que vão além da recuperação motora, influenciando positivamente aspectos psicológicos, sociais e emocionais.

    Freitas, Alves e Cunha (2024) indicam que um dos principais desafios enfrentados pelos pacientes pós-AVC é a ansiedade decorrente da perda da funcionalidade e das dificuldades de reintegração às atividades diárias. A hidroterapia atua diretamente na redução do estresse ao proporcionar um ambiente terapêutico seguro e confortável, onde os movimentos podem ser realizados com maior facilidade e menor impacto nas articulações. Além disso, a sensação de flutuação na água contribui para a diminuição da tensão muscular e favorece a execução dos exercícios, permitindo que o paciente perceba sua própria capacidade de movimentação e reconquiste a confiança no próprio corpo.

    Cruz et al. (2024) destacam que o medo de quedas e a dificuldade de equilíbrio são fatores que afetam diretamente a qualidade de vida dos pacientes pós-AVC. A instabilidade postural frequentemente limita a mobilidade e impõe restrições à realização de atividades simples, como caminhar sem apoio ou executar tarefas domésticas. A hidroterapia, ao proporcionar um ambiente no qual o paciente pode treinar ajustes motores sem o risco de impacto ou lesão, auxilia na recuperação do equilíbrio dinâmico e estático, permitindo avanços progressivos na retomada das funções corporais. Esse efeito é fundamental para reduzir a insegurança e permitir que o indivíduo recupere parte de sua autonomia funcional, fator essencial para sua reinserção na sociedade e para a melhora da sua autoestima.

    O impacto da hidroterapia na qualidade de vida também pode ser analisado pelo viés da socialização e da interação entre os pacientes. Ramos e Prado Junior (2025) enfatizam que o meio aquático é um ambiente favorável para a promoção de atividades coletivas, proporcionando um espaço terapêutico onde os indivíduos podem compartilhar suas experiências e superar desafios de forma conjunta. O suporte social é um componente indispensável para a recuperação emocional dos pacientes pós-AVC, visto que muitos enfrentam períodos de isolamento e dificuldades de adaptação às novas condições físicas. A realização de sessões de hidroterapia em grupos contribui para a construção de vínculos, reduzindo sentimentos de solidão e promovendo motivação e engajamento no tratamento.

    Além dos efeitos sociais, a hidroterapia também impacta diretamente o bem-estar emocional dos pacientes por meio da liberação de neurotransmissores como endorfinas e serotonina, responsáveis pela sensação de prazer e relaxamento. Gomes et al. (2024) apontam que a prática de atividades aquáticas pode atuar na regulação do humor, minimizando sintomas de depressão e desmotivação comuns em pacientes que passaram por um AVC. O estímulo ao movimento dentro da água gera uma resposta positiva no sistema nervoso, ativando circuitos cerebrais ligados ao prazer e à sensação de realização.

    Outro fator relevante que influencia a qualidade de vida dos pacientes em reabilitação pós-AVC é a melhora da capacidade respiratória, que pode ser comprometida pela fraqueza muscular decorrente da condição neurológica. Rosa e Grave (2021) analisaram os efeitos do método Watsu na força muscular respiratória e na espasticidade de indivíduos pós-AVC, identificando que essa abordagem terapêutica reduz a tensão dos músculos e promove um aprimoramento da capacidade pulmonar. O fortalecimento da musculatura respiratória impacta diretamente na disposição dos pacientes, permitindo maior eficiência na oxigenação dos tecidos e contribuindo para uma recuperação mais satisfatória.

    A atuação do fisioterapeuta na aplicação da hidroterapia é um aspecto essencial para a potencialização dos benefícios desse método. Santos et al. (2022) ressaltam que a qualidade do atendimento fisioterapêutico influencia diretamente na evolução dos pacientes, sendo fundamental que os exercícios sejam planejados e adaptados conforme as necessidades individuais de cada indivíduo. A hidroterapia, quando bem estruturada, tem o potencial de acelerar a recuperação funcional e promover melhorias significativas na qualidade de vida, garantindo que os pacientes recuperem suas habilidades motoras com maior segurança e conforto.

    Silva, Dei Tos e Fabiano (2022) enfatizam que a hidroterapia desempenha um papel central na restauração da capacidade de marcha e no equilíbrio dos pacientes pós-AVC. O progresso na locomoção resulta na redução da dependência de suporte externo, proporcionando maior autonomia para deslocamento e realização de tarefas cotidianas. Esse fator tem um impacto direto na autoestima dos indivíduos, que passam a sentir-se mais independentes e confiantes em suas habilidades motoras.

    Além disso, Oliveira e Livramento (2023) indicam que a hidroterapia também tem efeitos positivos em aspectos como qualidade do sono e percepção geral de bem-estar. Muitos pacientes pós-AVC enfrentam dificuldades de sono devido à dor, ao estresse ou às limitações físicas, e a prática regular de fisioterapia aquática pode atuar na regulação dos ciclos de descanso, garantindo uma recuperação mais equilibrada e funcional.

    Diante das evidências apresentadas, torna-se evidente que a hidroterapia desempenha um papel crucial na promoção da qualidade de vida dos indivíduos em reabilitação pós-AVC. Seus benefícios vão além da melhora motora, impactando diretamente o bem-estar emocional, a socialização, o controle do estresse e a autoestima dos pacientes. Incorporar essa abordagem aos programas de fisioterapia pode contribuir significativamente para uma recuperação mais eficaz e satisfatória, proporcionando maior autonomia e bem-estar aos indivíduos em processo de reabilitação. 

    4. DISCUSSÃO

    A hidroterapia tem sido amplamente reconhecida na fisioterapia como uma estratégia eficaz para a reabilitação de pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC), proporcionando benefícios que vão além da recuperação motora, influenciando diretamente a funcionalidade dos indivíduos, sua qualidade de vida e sua reinserção social. O AVC é uma das principais causas de incapacidade neurológica no mundo, resultando em sequelas como espasticidade, dificuldades na marcha e no equilíbrio, redução da mobilidade e comprometimento da autonomia funcional. A fisioterapia desempenha um papel essencial na recuperação desses pacientes, pois busca estimular mecanismos neurais de adaptação e reconectar circuitos motores afetados pelo dano cerebral. Dentre os recursos fisioterapêuticos disponíveis, a hidroterapia tem se destacado como uma abordagem que potencializa os ganhos funcionais devido às características únicas do ambiente aquático, como a redução da carga gravitacional, a resistência hidrodinâmica e o efeito térmico da água.

    Cruz et al. (2024) enfatizam que a fisioterapia aplicada à recuperação do equilíbrio é fundamental para minimizar o risco de quedas em pacientes pós-AVC. O déficit de controle postural é uma das principais barreiras enfrentadas pelos indivíduos acometidos por essa condição, pois compromete sua capacidade de locomoção e aumenta a vulnerabilidade a lesões secundárias. A hidroterapia, por sua vez, proporciona um ambiente terapêutico ideal para o treinamento do equilíbrio, permitindo que os pacientes realizem ajustes posturais de forma segura, sem medo de quedas ou impactos bruscos. A sustentação proporcionada pela água reduz a carga sobre as articulações, tornando os movimentos mais acessíveis, o que favorece a readaptação motora e a retomada da independência funcional.

    A espasticidade, condição caracterizada pelo aumento involuntário do tônus muscular, é um dos desafios mais complexos na reabilitação de pacientes pós-AVC. Esse quadro dificulta a execução de movimentos voluntários, limitando a mobilidade e gerando desconforto e dor crônica. Gomes et al. (2024) demonstram que a hidroterapia pode ser uma abordagem altamente eficaz na redução da espasticidade, pois a imersão em água aquecida promove relaxamento muscular e melhora a amplitude de movimento dos pacientes. Além disso, Rosa e Grave (2021) avaliaram os efeitos do método Watsu, que combina hidroterapia com mobilização passiva, e observaram uma melhora significativa na redução da tensão muscular e na expansão da capacidade respiratória dos pacientes. Esses achados reforçam a importância da fisioterapia aquática como um recurso complementar às técnicas convencionais de reabilitação neurológica, potencializando a recuperação motora por meio da adaptação ao meio aquático.

    A reabilitação físico-funcional mediada pela hidroterapia também tem impacto positivo na marcha e na mobilidade dos pacientes pós-AVC. Oliveira e Livramento (2023) relatam que a fisioterapia aquática melhora a capacidade de deslocamento dos indivíduos, permitindo avanços na coordenação motora e no fortalecimento muscular. Essa melhora na funcionalidade é essencial para a reintegração dos pacientes às suas atividades cotidianas, reduzindo a dependência de suporte externo e proporcionando maior autonomia. Silva, Dei Tos e Fabiano (2022) reforçam essa perspectiva ao indicar que a hidroterapia favorece a recuperação da marcha, permitindo que os pacientes aprimorem sua postura e realizem deslocamentos com maior segurança. Esses achados ressaltam a importância da fisioterapia aquática para a restauração da capacidade locomotora e para a promoção da independência funcional dos indivíduos acometidos por AVC.

    A qualidade de vida dos pacientes em processo de reabilitação pós-AVC também é amplamente influenciada pela hidroterapia, que proporciona benefícios emocionais e sociais além dos ganhos físicos. Freitas, Alves e Cunha (2024) evidenciam que o ambiente aquático promove relaxamento, reduz o estresse e aumenta a motivação dos pacientes para a realização dos exercícios terapêuticos. Esse aspecto é crucial para indivíduos que enfrentam desafios psicológicos decorrentes da perda da funcionalidade e da dependência de terceiros. Além disso, Ramos e Prado Junior (2025) indicam que a hidroterapia favorece a socialização entre os pacientes, permitindo interações que reduzem o isolamento social e fortalecem o apoio emocional durante a reabilitação. O suporte social é um fator determinante no processo de recuperação, pois contribui para o engajamento dos pacientes e para sua adaptação à nova realidade pós-AVC.

    Outro aspecto relevante na relação entre hidroterapia e qualidade de vida dos pacientes pós-AVC é a melhora na capacidade respiratória e na resistência física. Rosa e Grave (2021) apontam que a terapia aquática auxilia no fortalecimento da musculatura respiratória, proporcionando um aumento na eficiência da oxigenação dos tecidos e na disposição para a realização das atividades diárias. Santos et al. (2022) reforçam que o fisioterapeuta tem um papel essencial na condução da hidroterapia, garantindo que os exercícios sejam adaptados às necessidades individuais de cada paciente e planejados de forma estruturada para maximizar os benefícios.

    Diante da análise dos resultados apresentados nos estudos revisados, fica claro que a fisioterapia desempenha um papel essencial na recuperação de pacientes pós-AVC, sendo a hidroterapia uma alternativa altamente eficaz para potencializar os ganhos funcionais e promover qualidade de vida. Os impactos da terapia aquática vão além da melhora motora, abrangendo aspectos emocionais, sociais e psicológicos que influenciam diretamente na reintegração dos pacientes às suas rotinas. A incorporação da hidroterapia nos protocolos fisioterapêuticos pode garantir uma recuperação mais segura e eficiente, proporcionando maior autonomia, independência e bem-estar aos indivíduos que passaram por um AVC.

    CONCLUSÃO

    A presente pesquisa demonstrou que a hidroterapia é uma ferramenta valiosa no processo de reabilitação de pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC), trazendo benefícios significativos nos aspectos motores, funcionais e na qualidade de vida. Os estudos analisados evidenciaram que essa modalidade terapêutica favorece o fortalecimento muscular, melhora a coordenação motora, reduz a espasticidade e aprimora a capacidade de marcha, proporcionando maior autonomia aos indivíduos em recuperação. Além disso, a hidroterapia tem se mostrado eficaz na redução do risco de quedas ao promover ajustes posturais e treino de equilíbrio em um ambiente controlado, seguro e livre de impactos.

    Outro ponto importante identificado na revisão bibliográfica foi o impacto da hidroterapia na funcionalidade dos pacientes pós-AVC. A água exerce propriedades que reduzem a carga gravitacional, facilitando a execução dos movimentos e minimizando a sobrecarga articular, tornando essa abordagem especialmente indicada para indivíduos com dificuldades motoras severas. Dessa forma, pacientes que apresentam déficits de locomoção podem, por meio da fisioterapia aquática, recuperar gradativamente sua capacidade de realizar atividades diárias, como caminhar, sentar-se e levantar-se sem auxílio. O efeito relaxante proporcionado pela imersão também se revelou um recurso importante para aliviar tensões musculares, contribuindo para maior conforto durante o processo de reabilitação.

    Além dos benefícios físicos, a pesquisa evidenciou que a hidroterapia impacta positivamente a qualidade de vida dos pacientes pós-AVC, influenciando aspectos psicológicos e sociais. Estudos mostraram que essa terapia auxilia na diminuição da ansiedade e da depressão ao promover relaxamento, aumentar a autoconfiança e estimular a interação entre os pacientes. A socialização nas sessões de hidroterapia se revelou um fator relevante para a motivação dos indivíduos, pois muitos pacientes enfrentam desafios emocionais ligados ao isolamento e à sensação de dependência funcional. A hidroterapia, ao proporcionar um ambiente acolhedor e favorável à troca de experiências, contribui para a melhora do estado psicológico e emocional dos indivíduos em reabilitação.

    Entretanto, uma limitação desta pesquisa é seu caráter exclusivamente bibliográfico. Embora os estudos revisados tenham fornecido um panorama detalhado sobre os efeitos da hidroterapia na reabilitação de pacientes pós-AVC, não foi possível realizar experimentação própria para avaliação direta dos benefícios dessa abordagem. Além disso, a seleção das bases de dados pode ter restringido o acesso a investigações conduzidas em outras regiões e instituições que poderiam trazer perspectivas adicionais sobre o tema. Dessa forma, embora os achados da pesquisa sejam relevantes, há necessidade de estudos complementares que possam validar, em ambiente clínico, os resultados obtidos por meio da revisão bibliográfica.

    Diante dessas limitações, futuras pesquisas podem aprofundar a análise dos efeitos da hidroterapia por meio de estudos experimentais e clínicos, nos quais pacientes sejam acompanhados ao longo do tratamento com fisioterapia aquática para mensurar objetivamente seus ganhos funcionais. Além disso, pesquisas longitudinais poderiam investigar o impacto da hidroterapia a longo prazo, analisando a durabilidade dos benefícios gerados por essa abordagem e sua influência na recuperação progressiva dos indivíduos pós-AVC. Também seria relevante o desenvolvimento de estudos comparativos entre diferentes protocolos de hidroterapia, permitindo identificar quais técnicas oferecem resultados mais eficazes para esse grupo de pacientes. A abordagem multidisciplinar, envolvendo fisioterapeutas, neurologistas e psicólogos, pode contribuir para uma visão mais abrangente da reabilitação neurológica, garantindo uma compreensão mais ampla dos impactos da hidroterapia.

    Com base nos resultados obtidos nesta pesquisa, conclui-se que a hidroterapia é uma intervenção altamente recomendada no tratamento de pacientes pós-AVC, atuando na recuperação funcional, na promoção da autonomia e na melhoria da qualidade de vida. A inclusão dessa técnica nos protocolos fisioterapêuticos representa um avanço para a reabilitação neurológica, proporcionando aos pacientes um tratamento mais eficaz, seguro e humanizado. A continuidade dos estudos nessa área é essencial para que novas evidências científicas possam aprimorar as práticas terapêuticas e fortalecer ainda mais o papel da hidroterapia na recuperação de indivíduos acometidos por AVC.

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