REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch102025005080547
Liduina da Silva Freitas
Orientadora: Profª. Drª. Jaqueline Mendes Bastos
RESUMO
O presente artigo concerne sobre um estudo bibliográfico realizado em pesquisas acadêmicas científicas, que tratam sobre a educação ambiental e formação continuada de professores de escola pública, ressaltando a importância de trabalhar a educação ambiental na escola, bem como a formação continuada de professores. O estudo aponta como objetivo, identificar a formação de professores da rede pública de ensino fundamental e as contribuições da formação continuada para elaboração e aplicação das práticas pedagógicas inovadoras voltadas à educação ambiental. Como metodologia realiza-se pesquisas que abordam o tema, em seguida foi feita uma análise discursiva. Os resultados entendem que a formação continuada deve ser pensada como parte integrante da carreira do docente, articulando teoria e prática e respeitando a especificidades dos contextos escolares dos estudantes.
Palavras- chaves: Educação Ambiental; Formação continuada; Escola pública
1 INTRODUÇÃO
A educação ambiental é um dos pilares essenciais para a construção de uma sociedade mais sustentável. No contexto escolar, ela deve ser trabalhada de forma interdisciplinar, incentivando práticas pedagógicas que sensibilizem os alunos sobre a importância da preservação do meio ambiente. A formação continuada de professores desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo a atualização e o aprimoramento das práticas educativas voltadas à sustentabilidade.
No entanto, a Formação continuada possibilita que os docentes ampliem seus conhecimentos sobre educação ambiental, garantindo uma abordagem mais efetiva e integrada ao currículo escolar. Além disso, contribui para a implementação de projetos e ações que promovam a consciência ecológica e o protagonismo estudantil na busca por soluções para problemas ambientais locais e globais.
A formação continuada de professores é necessária para que eles possam desenvolver a educação ambiental de forma contínua e permanente. Quando bem estruturada, essa formação permite que a escola pública se torne um espaço de transformação, capacitando os alunos para serem cidadãos críticos e atuantes na construção de um futuro sustentável.
Nesse sentido, o estudo faz uma abordagem a respeito da importância de se trabalhar as questões ambientais na escola, com relevância nas atividades pedagógicas do professor, tendo como base a formação que este professor recebe com relação aos assuntos que abordam essa temática.
O constante avanço da degradação ambiental e os desafios estão relacionados às mudanças climáticas as ações irresponsáveis praticadas pela ação antrópica na sociedade. No contexto da escola pública, a educação ambiental deve ser trabalhada de forma contínua, permanente e interdisciplinar, permitindo aos alunos desenvolverem consciência crítica e participativa sobre suas ações de preservação do meio ambiente.
Portanto, há necessidade que a educação ambiental esteja integrada ao currículo das escolas, sendo necessário que aja investimento em formação de professores. Existem muitos professores que precisam de qualificação específica na área da educação ambiental, desse modo encontram dificuldades em desenvolver práticas relacionadas à sustentabilidade no currículo escolar. Dessa forma, a formação continuada de professores, surge como um instrumento de grande relevância para capacitá-los, proporcionando subsídios que venham ajudar em recursos teóricos e metodológicos para a elaboração de práticas pedagógicas inovadoras para que seja trabalhada os princípios da educação ambiental na escola.
Sabe-se também, que a escola pública tem um papel fundamental na democratização do conhecimento e na promoção da cidadania. Ao inserir a educação ambiental e a sustentabilidade no currículo escolar, como temas estruturantes no ensino, onde as práticas pedagógicas dos docentes, tende muito a contribuir para a formação de indivíduos mais conscientes, capazes de atuar na transformação da realidade socioambiental de suas comunidades.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A FORMAÇÃO CONTINUADA
Para que o professor possa ministrar aula em qualquer nível de ensino, é necessário que seja habilitado e autorizado, entretanto, qualquer que seja a disciplina a formação inicial é fundamental para que o profissional esteja habilitado a trabalhar em sala de aula. Porém, a continuidade da formação do professor é essencial para que o mesmo possa se adaptar à realidade de diversos alunos em variadas escolas. A formação continuada é essencial para que os professores se mantenham atualizados e aprimorem suas práticas pedagógicas.
A formação continuada, contribui para a redução da defasagem entre teoria e prática, promovendo uma educação mais significativa. Professores bem preparados conseguem lidar melhor com os desafios da sala de aula, utilizar novas tecnologias educacionais e aplicar estratégias de ensino diversificadas para atender à diversidade dos estudantes (KELLEN 2020).
A construção de uma identidade profissional mais sólida, fortalecendo a autonomia docente e estimulando a troca de experiências entre os professores. Esse processo colaborativo possibilita a criação de novas práticas pedagógicas e a adaptação às mudanças educacionais, tornando o ensino mais dinâmico e eficaz. Dessa forma, investir na formação dos educadores é essencial para garantir uma educação de qualidade e alinhada às necessidades da sociedade contemporânea (KELLEN 2020).
Sendo assim, a formação continuada possibilita que os docentes reflitam sobre suas práticas, compartilhem experiências e adotem novas metodologias para tornar o ensino mais dinâmico e eficaz. Ela também contribui para a valorização da profissão, pois incentiva a busca constante por conhecimento e inovação.
A formação de professores deve ser vista como um processo contínuo, em que teoria e prática se complementam de maneira dialógica. A prática docente não pode ser reduzida a uma simples aplicação de teorias preexistentes, mas deve ser um espaço de construção ativa do conhecimento, onde o professor reflete sobre sua atuação e ajusta suas estratégias pedagógicas conforme a realidade dos alunos.
A formação continuada deve proporcionar ao professor a oportunidade de refletir criticamente sobre sua prática, promovendo a inovação e a adaptação às necessidades específicas de cada contexto escolar. Esse processo permite que o docente desenvolva autonomia, busque soluções criativas para os desafios da sala de aula e compreenda a educação como um fenômeno dinâmico, que exige constante atualização. Dessa forma, a integração entre teoria e prática não só aprimora o ensino, mas também valoriza o papel do professor como mediador do conhecimento e agente de transformação social (VEIGA, 2009).
Essa relação entre teoria e prática fortalece a autonomia do docente, permitindo que ele desenvolva um olhar crítico sobre sua profissão e busque constantemente inovações educacionais.
Veiga (2009) também deixa claro que a integração entre teoria e prática na formação docente possibilita uma aprendizagem significativa, em que o professor não apenas compreende os conceitos pedagógicos, mas também os aplica de forma reflexiva e contextualizada.
Esse processo favorece a construção de um ensino mais dinâmico, voltado para a realidade dos alunos e suas necessidades específicas. Além disso, a formação continuada contribui para o desenvolvimento de competências essenciais, como a capacidade de inovar, solucionar problemas e adaptar-se às mudanças educacionais. Dessa forma, a prática pedagógica se torna mais eficaz, promovendo uma educação de qualidade e alinhada às demandas sociais contemporâneas.
A prática pedagógica exige fundamentação, embasamento teórico, teoria e prática. É trabalhada com base nos conhecimentos da realidade sendo ela o ponto de partida e chegada. Sem reciclagem se torna muito difícil fazer uso da prática se ela é quem nos exige embasamentos e como sabemos a cada dia estamos vivenciando mudanças bruscas no campo da alfabetização, os educadores necessitam dessa reciclagem para que a sua prática não destoe da teoria que está sendo utilizada (KELLEN 2020 p. 04).
A prática pedagógica não pode ser desvinculada da teoria, pois é a partir desse embasamento que o professor elabora suas estratégias de ensino. Diante das constantes mudanças no campo da alfabetização e da educação como um todo, a reciclagem profissional se torna indispensável para que os docentes acompanhem as novas abordagens metodológicas e atendam às necessidades dos alunos de forma eficiente. Dessa maneira, a formação continuada garante que a prática pedagógica esteja sempre alinhada com os avanços teóricos, possibilitando um ensino mais qualificado e coerente com a realidade educacional.
A formação continuada permite que os professores desenvolvam uma postura reflexiva e crítica sobre sua própria prática, identificando desafios e buscando soluções embasadas em teorias atualizadas. Essa constante renovação do conhecimento possibilita uma adaptação mais eficaz às novas demandas educacionais, garantindo que o processo de ensino-aprendizagem seja mais dinâmico e significativo. Sem essa atualização, corre-se o risco de manter métodos ultrapassados, que podem não atender às necessidades dos alunos. Portanto, a reciclagem profissional não apenas aprimora a prática pedagógica, mas também fortalece a confiança e a autonomia do educador na sua atuação
Esse cenário favorece o ensino de diversos saberes e o aprimoramento de conhecimento antes desconhecidos pelos alunos, que também buscam a entrada de metodologias diversificadas. Sendo assim, os conceitos e valorização sobre o meio ambiente pode ser uma ferramenta que se precise de um aprimoramento especializado, onde o professor possa repassar para seus alunos o melhor conteúdo.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUA PERSPECTIVA EDUCACIONAL
A educação ambiental é um processo essencial para a conscientização e transformação da relação entre os seres humanos e o meio ambiente. Seu objetivo principal é promover o entendimento crítico sobre os problemas ambientais e incentivar a participação ativa na construção de um futuro sustentável (TEXEIRA 2014).
A educação ambiental deve ser integrada ao cotidiano escolar e à comunidade, incentivando práticas sustentáveis e a adoção de atitudes responsáveis em relação ao meio ambiente. Esse processo educativo não se limita ao conhecimento teórico, mas envolve a vivência e a experiência, possibilitando que os indivíduos compreendam seu papel na preservação dos recursos naturais. Dessa forma, a educação ambiental contribui para a formação de cidadãos conscientes e engajados na construção de um mundo mais equilibrado e sustentável
O autor deixa claro que educação ambiental busca sensibilizar as pessoas sobre a importância da preservação dos recursos naturais, do consumo consciente e do desenvolvimento sustentável. Ela pode ocorrer em diversos espaços, como escolas, comunidades e até mesmo no ambiente corporativo, promovendo mudanças de comportamento individuais e coletivas.
As políticas públicas desempenham um papel fundamental ao direcionar e incentivar a implementação da educação ambiental, mas sua efetivação depende também do engajamento de diversos atores, como professores, gestores escolares, pesquisadores e a própria comunidade.
A educação ambiental vai além do espaço formal das escolas e universidades, sendo impulsionada por iniciativas da sociedade civil, organizações não governamentais, empresas e até movimentos comunitários. A interdisciplinaridade e a contextualização dos conteúdos são essenciais para tornar a educação ambiental significativa e transformadora, promovendo uma consciência crítica e a adoção de práticas sustentáveis.
A formação do educador ambiental vai além da simples aquisição de conhecimentos teóricos sobre meio ambiente; trata-se de um processo contínuo que envolve reflexões sobre valores, posturas e práticas cotidianas. O professor precisa ser um agente transformador, alguém que inspira seus alunos e a comunidade escolar a adotarem atitudes sustentáveis, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Pois esta exige uma postura crítica e proativa, que transcende o ensino de conceitos relacionados ao meio ambiente.
O educador deve ser capaz de sensibilizar seus alunos para as questões ambientais, estimulando a reflexão sobre suas ações e seu impacto no mundo ao redor. Além disso, ele deve ser um exemplo de atitudes sustentáveis, praticando o que ensina e mostrando que a transformação começa com pequenas mudanças no cotidiano.
Dessa forma, a educação ambiental torna-se um processo de conscientização que não apenas ensina, mas também mobiliza para a ação, envolvendo toda a comunidade escolar na busca por soluções para os desafios ambientais (MORTELLA 2020).
A educação ambiental não se restringe ao espaço da sala de aula, mas se estende à comunidade, criando um ambiente de aprendizado colaborativo. Quando o educador envolve alunos, pais e outros membros da comunidade escolar, cria-se um círculo de influência que pode resultar em mudanças significativas na forma como as pessoas interagem com o meio ambiente. Esse engajamento é fundamental para que os desafios ambientais sejam enfrentados de forma coletiva, com cada indivíduo compreendendo a importância de suas ações e contribuindo para a preservação e sustentabilidade do planeta. A conscientização, quando acompanhada de ação prática, tem o poder de gerar transformações reais e duradouras MORTELLA 2020).
Para isso, é essencial que a formação docente inclua momentos de vivências práticas, discussões interdisciplinares e conexões com a realidade local. Além disso, políticas institucionais que apoiem essa formação, como programas de capacitação continuada e produção de materiais didáticos adequados, são fundamentais para fortalecer a atuação dos professores nesse campo.
RESULTADO
A partir da análise do tema e das teorias que foram abordadas, percebe-se que a formação continuada desempenha um papel essencial no desenvolvimento profissional dos docentes. O estudo evidenciou que a educação não é estática, mas sim um processo dinâmico, que exige constante atualização dos professores para atender às demandas educacionais contemporâneas.
Conforme apontado por Kellen (2020), a formação continuada contribui para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas, permitindo que o professor avance em suas dificuldades e melhore o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, favorece a reflexão sobre a prática docente e a adoção de novas metodologias, tornando o ensino mais eficiente e alinhado às necessidades dos alunos.
Os achados também reforçam a visão de Veiga (2009), que destaca a relação indissociável entre teoria e prática. A formação docente não deve ser vista apenas como a aplicação de conhecimentos teóricos, mas como um processo dialógico, no qual a prática pedagógica é constantemente ajustada e aprimorada com base nas experiências dos professores e nas mudanças educacionais.
Outro ponto relevante é a necessidade de adaptação às transformações no campo da alfabetização e do ensino em geral. A pesquisa demonstrou que a falta de atualização pode resultar no uso de metodologias ultrapassadas, comprometendo a qualidade do ensino. Dessa forma, a formação profissional se mostra indispensável para garantir uma prática pedagógica fundamentada e eficaz.
Nessa direção que a formação continuada fortalece a autonomia e a valorização docente, promovendo a inovação e a busca constante por melhorias no processo educativo. Essa atualização permanente não apenas beneficia os professores, mas também impacta positivamente o aprendizado dos alunos, contribuindo para uma educação mais significativa e de qualidade.
A discussão sobre a educação ambiental ocorre em diversos espaços, desde escolas até comunidades e ambientes corporativos, sendo fundamental para mudanças de comportamento individuais e coletivas. O papel das políticas públicas é apontado como essencial para estabelecer diretrizes e impulsionar projetos que fomentem a educação ambiental. No entanto, a implementação efetiva dessas políticas depende do engajamento de professores, gestores, pesquisadores e da comunidade em geral.
Os autores também enfatizam que a educação ambiental não se restringe às instituições formais de ensino, sendo também promovida por organizações não governamentais, movimentos comunitários e empresas. A interdisciplinaridade e a contextualização dos conteúdos são fundamentais para tornar a educação ambiental significativa e transformadora, gerando uma consciência crítica e incentivando práticas sustentáveis.
Outro ponto importante abordado é a formação do educador ambiental. O texto salienta que essa formação vai além da aquisição de conhecimentos teóricos, envolvendo também reflexões sobre valores e práticas cotidianas. O professor deve atuar como um agente transformador, promovendo atitudes sustentáveis e incentivando o envolvimento da comunidade escolar. Dessa forma, é essencial que a formação docente inclua experiências práticas, discussões interdisciplinares e conexão com a realidade local. Ademais, o suporte institucional através de programas de capacitação continuada e materiais didáticos adequados é crucial para fortalecer a atuação dos professores nessa área.
Em suma, o texto destaca que a educação ambiental é uma ferramenta essencial para a construção de uma sociedade mais consciente e comprometida com a sustentabilidade. Para que ela seja eficaz, é necessário um esforço conjunto entre diferentes atores sociais, além de investimentos contínuos na formação dos educadores e na implementação de políticas públicas adequadas.
A eficácia dessa educação depende de um esforço colaborativo entre diversos grupos sociais, e também de investimentos constantes na capacitação dos educadores e na implementação de políticas públicas que promovam práticas sustentáveis. Isso aponta para a necessidade de um compromisso coletivo e estruturado para atingir resultados duradouros.
A integração da educação ambiental nas escolas e na comunidade é fundamental para despertar uma consciência crítica nas novas gerações sobre os desafios ambientais. Além disso, é importante que essa educação não se restrinja apenas ao conteúdo teórico, mas que também incentive a prática de ações concretas, como a reciclagem, o consumo responsável e a preservação dos recursos naturais. Assim, ao promover um aprendizado que envolva tanto a teoria quanto a prática, a educação ambiental pode formar cidadãos mais responsáveis e engajados com o futuro do planeta.
CONCLUSÃO
Este estudo oportunizou profundas reflexões sobre o tema que relaciona a educação ambiental: formação continuada de professores e a escola pública, a articulação e presença metodológica da ludicidade dentro do contexto educacional de uma escola ribeirinha.
Percebe-se que as práticas pedagógicas metodológicas dos professores precisam ser cada vez mais aprimoradas, uma vez que, a realidade que os alunos estão inseridos pode ser adversas dos professores, nesse sentido, é fundamental que este profissional tenha acesso a cursos que vão aprimorar seus conhecimentos.
A formação continuada deve integrar teoria e prática sempre considerar as especificidades dos contextos onde professores e alunos estão inseridos.
Para que isso aconteça é fundamental que as metodologias sejam trabalhadas de forma diferenciadas pelos professores, a pesquisa conseguiu alcançar os objetivos, tornando possível o desenvolvimento de mais estudos acerca do tema proposto.
Portanto, a conclusão do tema, permitiu alguns apontamentos que ressaltam o fortalecimento do estudo e a importância de pesquisar.
REFERÊNCIAS
MORTELLA, Rosilaine Terezinha Durigan. Formação continuada em educação ambiental: reflexões sobre uma experiência de trabalhar com a temática saneamento básico. CURITIBA-PR 2020.
TEIXEIRA, Cristina; TORALES, Marília Andrade. A questão ambiental e a formação de professores para a educação básica: um olhar sobre as licenciaturas. Educar em Revista. Edição Especial n.3, p.127-144, 2014.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político – pedagógico e a gestão democrática. Novos marcos para a educação de qualidade. Revista Retratos da Escola, Brasília, Vol. 3, 2009.