ARQUITETURA DA APRENDIZAGEM UNIVERSAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CAMINHOS À EQUIDADE ACADÊMICA PARA ESTUDANTES AUTISTAS

UNIVERSAL LEARNING ARCHITECTURE AND INCLUSIVE EDUCATION: PATHWAYS TO ACADEMIC EQUITY FOR AUTISTIC STUDENTS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202502282025


SAVIATO, Mário Junior1
GUIMARÃES JÚNIOR, José Carlos2
NUNES, Orivaldo Junior3


RESUMO

A inclusão de estudantes autistas no ensino superior é um processo que exige adaptações pedagógicas baseadas nos princípios da neurodiversidade e na compreensão das particularidades cognitivas e comportamentais desse grupo. A partir de uma perspectiva biopsicossocial, discute-se a importância do ambiente acadêmico como fator modulador do desenvolvimento socioemocional e da autorregulação desses estudantes. São analisadas estratégias fundamentadas na Arquitetura da Aprendizagem Universal, com enfoque na plasticidade neural e na teoria da cognição incorporada, para garantir metodologias acessíveis e flexíveis. Além disso, explora-se a aplicabilidade das políticas públicas e diretrizes institucionais na promoção da equidade educacional, destacando a necessidade de suporte psicopedagógico e mediação acadêmica para minimizar barreiras atencionais e sensoriais. Conclui-se que a construção de um ensino superior inclusivo deve integrar aspectos emocionais, cognitivos e ambientais, proporcionando experiências de aprendizagem que favoreçam a autonomia e o bem-estar psicológico dos estudantes autistas.

Palavras-chave: Neurodiversidade; Cognição incorporada; Plasticidade neural; Autorregulação emocional; Acessibilidade acadêmica.

ABSTRACT

The inclusion of autistic students in higher education is a process that requires pedagogical adaptations based on the principles of neurodiversity and an understanding of the cognitive and behavioral particularities of this group. From a biopsychosocial perspective, the article discusses the importance of the academic environment as a modulating factor in the socioemotional development and self-regulation of these students. Strategies based on the Architecture of Universal Learning are analyzed, with a focus on neural plasticity and the theory of embodied cognition, to ensure accessible and flexible methodologies. In addition, the article explores the applicability of public policies and institutional guidelines in promoting educational equity, highlighting the need for psych pedagogical support and academic mediation to minimize attentional and sensory barriers. It is concluded that the construction of an inclusive higher education must integrate emotional, cognitive and environmental aspects, providing learning experiences that favor the autonomy and psychological well-being of autistic students.

Keywords: Neurodiversity; Embodied cognition; Neural plasticity; Emotional self-regulation; Academic accessibility.

1. INTRODUÇÃO

A inclusão de estudantes autistas no ensino superior é um tema de crescente relevância na sociedade contemporânea, impulsionado tanto pelo avanço das pesquisas sobre neurodiversidade quanto pela necessidade de instituições educacionais adaptarem-se para oferecer um ambiente acessível e equitativo (SANCHES e FREITAS, 2022). E assim, o ingresso na universidade representa uma fase de transição significativa para qualquer estudante, mas, para aqueles no espectro autista, os desafios podem ser amplificados pela falta de adaptação dos espaços, métodos pedagógicos e suporte institucional adequado. A ausência de políticas estruturadas e a carência de práticas inclusivas comprometem não apenas o desempenho acadêmico desses estudantes, mas também sua permanência e bem-estar dentro da universidade (ALMEIDA, 2022).

Sendo possível abordar os principais aspectos que envolvem a inclusão universitária de estudantes autistas, organizados em três eixos fundamentais: (1) os fundamentos teóricos sobre inclusão e neurodiversidade, que contextualizam a importância de reconhecer e respeitar as diferenças cognitivas e sensoriais; (2) as metodologias educacionais baseadas na arquitetura da aprendizagem universal, destacando práticas pedagógicas que promovem acessibilidade e participação ativa; e (3) as políticas públicas e diretrizes institucionais, que regulamentam e incentivam a criação de um ambiente acadêmico mais inclusivo (ALMEIDA, 2025). Deste modo, busca não apenas apresentar um panorama das dificuldades enfrentadas pelos estudantes autistas, mas também apontar soluções viáveis para minimizar barreiras e maximizar oportunidades.

A discussão sobre inclusão vai além do aspecto legal e educacional, sendo também uma questão de direitos humanos e justiça social. As universidades devem atuar como agentes transformadores, promovendo a equidade e garantindo que todos os estudantes tenham acesso às mesmas oportunidades de aprendizado e crescimento profissional. Para isso, torna-se essencial a implementação de estratégias baseadas em evidências científicas e experiências exitosas, que possam ser replicadas e aprimoradas dentro do contexto acadêmico (FREITAS FALCÃO, 2023).

Dessa forma, pretende-se contribuir para o aprofundamento da compreensão sobre a inclusão de estudantes autistas na universidade, fornecendo subsídios teóricos e práticos para gestores, professores e demais profissionais envolvidos no processo educativo. Com uma abordagem clara e estruturada, esperamos que este material sirva como um recurso valioso para a construção de um ensino superior mais inclusivo e acessível a todos.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A inclusão de estudantes autistas no ensino superior baseia-se em um conjunto de teorias e conceitos que fundamentam práticas e políticas voltadas para a equidade educacional (SILVA CARVALHO e SHAW, 2021). Dentre as principais abordagens teóricas, destaca-se o conceito de neurodiversidade, que reconhece a variação natural do funcionamento cognitivo humano e rejeita a ideia de que determinadas características neurológicas sejam inerentemente deficientes ou disfuncionais. Essa perspectiva sustenta a necessidade de ambientes acadêmicos mais flexíveis e acessíveis, permitindo que estudantes autistas desenvolvam seu potencial sem barreiras desnecessárias (FIGUEIREDO BEZERRA e PANTONI, 2022) (Figura 1).

Figura 1 – A neurodiversidade refere-se à variação natural no funcionamento cognitivo, enfatizando a importância de ambientes educacionais que respeitem diferentes formas de aprendizagem (Fonte: Gerada por IA 2025).

A teoria da neurodiversidade se entrelaça com os princípios da educação inclusiva, que enfatizam a adaptação dos espaços e métodos pedagógicos para atender às necessidades individuais dos alunos. A Declaração de Salamanca (1994), um dos documentos mais importantes sobre inclusão educacional, reforça a importância de estratégias que garantam o direito de todos os estudantes à educação, independentemente de suas diferenças. Dentro desse contexto, surge a necessidade de abordagens pedagógicas que contemplem a diversidade cognitiva, sendo a Arquitetura da Aprendizagem Universal (AAU) um dos modelos mais amplamente reconhecidos (DISCAPACIDAD, 1994).

A AAU propõe três princípios fundamentais: (1) múltiplas formas de representação, que asseguram que os conteúdos sejam apresentados de maneiras variadas para atender diferentes estilos de aprendizado; (2) múltiplas formas de ação e expressão, permitindo que os estudantes demonstrem seu conhecimento de diferentes maneiras; e (3) múltiplas formas de engajamento, garantindo que o ensino seja motivador e acessível para todos. Esses princípios são essenciais para a inclusão de estudantes autistas, pois levam em consideração suas particularidades sensoriais, cognitivas e emocionais (WALBER e GELLER, 2022).

Outra abordagem relevante é a teoria do suporte educacional, que enfatiza a importância da mediação pedagógica e do acompanhamento especializado para garantir que estudantes autistas possam superar desafios acadêmicos. Modelos de suporte incluem a tutoria entre pares, a mediação pedagógica especializada e o uso de tecnologias assistivas, que auxiliam na comunicação e na organização das atividades acadêmicas. As universidades que adotam esses modelos observam um aumento significativo na permanência e no desempenho acadêmico de estudantes neurodivergentes (PINTO; GODOY; COSTA, 2022).

Além das abordagens educacionais, é essencial considerar os aspectos psicossociais que impactam a experiência universitária de estudantes autistas. A teoria do pertencimento acadêmico sugere que o senso de inclusão e aceitação dentro do ambiente universitário tem um impacto direto no bem-estar e no desempenho dos alunos. Estudantes autistas frequentemente enfrentam desafios relacionados à socialização e à comunicação, o que pode gerar sentimentos de isolamento. Programas de mentoria e grupos de apoio são estratégias eficazes para promover um ambiente mais acolhedor e reduzir barreiras à participação acadêmica (WOU e BRITO, 2023).

Neste sentido, a legislação também desempenha um papel crucial na inclusão de estudantes autistas. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU (2006) estabelece que a educação deve ser acessível e adaptada às necessidades de cada indivíduo (SHIBUTA; COSTA; SANTOS, 2021). No Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva reforçam a obrigação das instituições de ensino superior em oferecer suporte adequado para estudantes com deficiência, incluindo aqueles no espectro autista. Essas normativas garantem, por exemplo, a disponibilização de intérpretes de Libras, materiais em formatos acessíveis e adaptações no formato das avaliações acadêmicas (BRASIL, 2015).

Um aspecto importante a ser considerado é a adaptação curricular. A flexibilização curricular é uma estratégia que permite que estudantes autistas tenham um percurso acadêmico mais ajustado às suas necessidades (SILVA, 2024a). Isso pode incluir desde a possibilidade de prazos diferenciados para a realização de atividades até a escolha de metodologias avaliativas que considerem suas particularidades. A individualização do ensino não implica em redução de qualidade, mas sim na criação de condições equitativas para que todos possam atingir seu máximo potencial (NASCIMENTO; SILVA; TEIXEIRA, 2022).

A interseção entre a teoria do desenvolvimento humano e a educação inclusiva também é um ponto fundamental. Segundo Vygotsky, a aprendizagem ocorre em um contexto social, e a interação com o meio é essencial para o desenvolvimento cognitivo. Para estudantes autistas, isso reforça a importância de metodologias interativas e colaborativas que incentivem a participação ativa e a troca de conhecimentos dentro do ambiente universitário (ALMEIDA 2023a).

Outro conceito relevante é o de barreiras para a aprendizagem e a participação (BAP), desenvolvido por Booth e Ainscow, que propõe que as dificuldades enfrentadas pelos estudantes não são intrínsecas ao indivíduo, mas sim decorrentes de um ambiente que não foi projetado para atender à diversidade. Dessa forma, a responsabilidade pela inclusão recai sobre a estrutura educacional, que deve eliminar obstáculos e garantir que todos tenham condições de aprender e se desenvolver (ALMEIDA, 2023b).

Por fim, a literatura científica aponta que o sucesso da inclusão de estudantes autistas no ensino superior depende de uma abordagem holística, que combine adaptação pedagógica, suporte psicossocial e políticas institucionais robustas. A aplicação das teorias apresentadas neste referencial teórico não apenas beneficia os estudantes autistas, mas também contribui para a construção de uma universidade mais democrática, acessível e enriquecedora para toda a comunidade acadêmica (ALMEIDA, 2023c).

3. METODOLOGIAS EDUCACIONAIS BASEADAS NA ARQUITETURA DA APRENDIZAGEM UNIVERSAL

A Arquitetura da Aprendizagem Universal (AAU) propõe um modelo educacional flexível, fundamentado na neurociência e nas melhores práticas pedagógicas, visando garantir que todos os estudantes, independentemente de suas habilidades e desafios individuais, tenham acesso igualitário ao aprendizado (FERREIRA, 2024). Essa abordagem é particularmente relevante para estudantes autistas, pois oferece diretrizes claras para adaptar os métodos de ensino às suas necessidades cognitivas e sensoriais específicas (Figura 2).

Figura 2 – Ambientes sensoriais acessíveis contribuem para a concentração e o bem-estar de estudantes autistas, reduzindo sobrecarga sensorial e promovendo engajamento acadêmico (Fonte: Gerada por IA 2025).

A primeira diretriz da AAU envolve múltiplas formas de representação, reconhecendo que os estudantes processam informações de maneiras distintas. Para estudantes autistas, isso significa apresentar os conteúdos de forma multimodal, utilizando recursos visuais, auditivos e interativos para facilitar a compreensão. Materiais didáticos acessíveis, legendas em vídeos, textos acompanhados de imagens e infográficos são algumas das estratégias recomendadas para aumentar a acessibilidade do aprendizado (SILVA, 2024b).

Além disso, a AAU enfatiza a importância de oferecer múltiplas formas de ação e expressão, permitindo que os estudantes demonstrem seu conhecimento de maneiras diversas. Em um ambiente universitário inclusivo, isso pode se traduzir na adoção de avaliações diferenciadas, como trabalhos escritos, apresentações orais e projetos práticos. Essa flexibilidade reduz a sobrecarga cognitiva e possibilita que cada estudante escolha o formato que melhor se adapta às suas habilidades (AQUINO; DOMICIANO; CRUZ LANDIM, 2024).

Outro princípio fundamental da AAU é a promoção do engajamento por meio de múltiplas formas de motivação. Estudantes autistas podem se beneficiar de atividades que considerem seus interesses específicos, proporcionando maior envolvimento no processo de aprendizagem. Além disso, ambientes estruturados e previsíveis, com rotinas bem definidas e sinalizações claras, auxiliam na redução da ansiedade e promovem um ambiente mais acolhedor (BARBOZA; CATABRIGA; CURY, 2024) (Figura 3).

Figura 3 – A Arquitetura da Aprendizagem Universal propõe estratégias flexíveis que possibilitam a adaptação do ensino às necessidades individuais dos estudantes (Fonte: ANDRADE; MONTEIRO, 2019).

A aplicação da AAU no ensino superior também requer um planejamento curricular inclusivo, no qual os professores considerem diferentes ritmos de aprendizado e ofereçam apoio individualizado quando necessário. Ferramentas tecnológicas desempenham um papel crucial nesse contexto, possibilitando a adaptação de materiais e a personalização das experiências de ensino. Softwares de leitura de tela, sintetizadores de voz e plataformas digitais acessíveis são algumas das inovações que ampliam as oportunidades de aprendizado para estudantes neurodivergentes (OLIVEIRA, 2021) (Figura 4).

Figura 4 – Métodos de ensino adaptados permitem que estudantes autistas desenvolvam seu potencial acadêmico de maneira mais eficaz, respeitando suas particularidades cognitivas (Fonte: DRUMOND, 2013).

Outro aspecto importante a ser considerado é a formação docente para a inclusão. Professores e gestores universitários precisam estar preparados para aplicar os princípios da AAU em suas práticas pedagógicas. Cursos de capacitação e oficinas sobre acessibilidade educacional são fundamentais para garantir que os educadores compreendam as particularidades da aprendizagem autista e saibam como implementar estratégias eficazes para atender às necessidades desse público (RIBEIRO, 2023).

A criação de espaços de aprendizagem acessíveis também é um fator essencial dentro da AAU. Salas de aula adaptadas, com iluminação adequada, acústica controlada e mobiliário ergonômico, contribuem significativamente para o bem-estar dos estudantes autistas. Além disso, a existência de salas de descanso e ambientes tranquilos dentro do campus universitário proporciona um refúgio para aqueles que necessitam de momentos de regulação sensorial (ALMEIDA, 2022).

A colaboração entre professores, alunos e serviços de apoio acadêmico é outro pilar da AAU. O desenvolvimento de planos educacionais individualizados e o acompanhamento contínuo do progresso dos estudantes são medidas que garantem uma abordagem personalizada e eficaz. O suporte psicológico e pedagógico oferecido pelas universidades deve ser acessível e estruturado de maneira a atender às especificidades dos alunos autistas (ROBERTO STELLFELD e TEIXEIRA GÓES, 2024).

Por fim, a implementação bem-sucedida da Arquitetura da Aprendizagem Universal depende do compromisso institucional com a inclusão. Políticas educacionais que incentivam práticas pedagógicas adaptáveis e uma cultura universitária acolhedora são essenciais para garantir que todos os estudantes, independentemente de suas condições, tenham igualdade de oportunidades no ensino superior.

4. POLÍTICAS PÚBLICAS E DIRETRIZES INSTITUCIONAIS PARA A INCLUSÃO

As políticas públicas e diretrizes institucionais para a inclusão de estudantes autistas na universidade são fundamentais para garantir o acesso, a permanência e o sucesso acadêmico dessa população no ensino superior. A legislação educacional e os programas institucionais voltados para a acessibilidade desempenham um papel crucial na promoção da equidade e na eliminação de barreiras que dificultam o aprendizado (GONÇALVES et al., 2024) (Figura 5).

Figura 5 – Diferentes instituições adotam políticas inclusivas para garantir o acesso e a permanência de estudantes autistas no ensino superior (UNIBANCO, 2019).

A legislação brasileira conta com dispositivos específicos que asseguram os direitos das pessoas com deficiência, incluindo os autistas, à educação. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) estabelece diretrizes para que instituições de ensino ofereçam condições adequadas para estudantes com necessidades específicas. O Estatuto da Pessoa com Deficiência, por sua vez, reforça a obrigação das universidades em promover acessibilidade arquitetônica, pedagógica e comunicacional (BRASIL, 2015).

O Plano Nacional de Educação (PNE) também define metas para a inclusão educacional, prevendo a ampliação do acesso de estudantes com deficiência ao ensino superior. Além disso, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva orienta instituições de ensino a adotarem práticas pedagógicas que respeitem a diversidade e garantam apoio especializado para estudantes neurodivergentes (BRASIL, 2014) (Figura 6).

Figura 6 – Eliminar barreiras acadêmicas requer estratégias multidisciplinares que envolvam professores, gestores e estudantes (Fonte: FALCÃO, 2013).

Deste modo, nas universidades, a criação de Núcleos de Acessibilidade e Inclusão tem se mostrado uma estratégia eficaz na implementação de políticas públicas. Esses núcleos são responsáveis por oferecer suporte acadêmico e psicológico, adaptar materiais didáticos, capacitar docentes e mediar demandas específicas dos estudantes autistas. Além disso, a presença de intérpretes de Libras, softwares de acessibilidade e espaços de atendimento especializado fortalece a estrutura de apoio universitária (SANTOS et al., 2024).

A gestão inclusiva dentro das instituições de ensino exige um compromisso contínuo com a eliminação de barreiras institucionais e pedagógicas. A flexibilização curricular, por exemplo, permite que estudantes autistas possam adaptar sua carga horária, contar com prazos estendidos para avaliações e acessar metodologias alternativas de ensino. Essas práticas garantem que as diferenças individuais sejam respeitadas sem comprometer a qualidade do aprendizado (SANTOS; Bomfim; Fernandes, 2024).

Neste viés, o financiamento de políticas de inclusão também é um aspecto central para sua efetividade. Programas de bolsas acadêmicas para estudantes com deficiência, investimentos em tecnologia assistiva e capacitação docente são medidas que garantem a sustentabilidade das ações inclusivas. O Ministério da Educação, por meio de editais específicos, tem incentivado universidades a estruturarem políticas de acessibilidade e garantirem suporte contínuo para estudantes autistas (LIMA; DAVID; MENDES, 2024).

Onde a colaboração entre governo, instituições de ensino e organizações da sociedade civil é essencial para aprimorar as diretrizes institucionais voltadas à inclusão. Associações de pais, grupos de apoio e pesquisadores da área da educação especial desempenham um papel relevante na formulação de políticas mais eficazes. O diálogo constante entre esses setores contribui para que as medidas implementadas sejam baseadas em evidências científicas e na experiência prática dos próprios estudantes autistas (HAAS e CORREIA, 2024).

Outro ponto crucial é a conscientização da comunidade acadêmica sobre a inclusão. Campanhas educativas, formações periódicas para professores e eventos sobre neurodiversidade auxiliam na construção de um ambiente mais acolhedor e menos estigmatizante. O combate à discriminação e a valorização das potencialidades dos estudantes autistas são princípios que devem permear todas as ações institucionais (BOTELHO; COSTA, 2022).

Por fim, a avaliação e o monitoramento contínuos das políticas de inclusão são necessários para identificar desafios e aprimorar estratégias. Indicadores de desempenho acadêmico, satisfação dos estudantes e taxa de evasão podem fornecer dados relevantes sobre a efetividade das ações implementadas. A revisão periódica dessas diretrizes garante que as universidades estejam sempre alinhadas às melhores práticas em educação inclusiva (Figura 7).

Figura 7 – A adoção de práticas inclusivas melhora significativamente o desempenho acadêmico e o bem-estar dos estudantes autistas (Fonte: OLIVEIRA; SANTIAGO; TEIXEIRA, 2022).

Garantir o direito à educação para estudantes autistas no ensino superior é um compromisso que exige esforços conjuntos e políticas estruturadas. Com diretrizes claras, suporte adequado e um ambiente institucional acolhedor, é possível promover uma formação acadêmica de qualidade e contribuir para uma sociedade mais inclusiva e equitativa.

5. ESTUDO DE CASO

A inclusão de estudantes autistas no ensino superior representa um desafio que demanda adaptações institucionais e pedagógicas para garantir equidade acadêmica e bem-estar emocional (SILVA LEONEL et al., 2022).

Neste sentido, a trajetória de João, estudante autista do segundo ano de Medicina, exemplifica as barreiras enfrentadas por indivíduos neurodivergentes nesse contexto, destacando dificuldades na interação social, na modulação sensorial e na gestão do tempo. Do ponto de vista da psicologia clínica, tais desafios podem desencadear impactos significativos na saúde mental e na autoeficácia acadêmica, reforçando a necessidade de estratégias de suporte baseadas em evidências científicas e em práticas educacionais inclusivas.

E assim, a dificuldade de interação social entre estudantes autistas reflete comprometimentos na pragmática da comunicação, caracterizados por dificuldades na leitura de expressões faciais, no entendimento de nuances sociais e na iniciação de diálogos. Esses fatores afetam diretamente o pertencimento social, elemento essencial para o bem-estar psicológico segundo a teoria da autodeterminação. Estratégias como treinamento de habilidades sociais mediado por psicólogos e fonoaudiólogos e a aplicação de metodologias ativas de aprendizagem, alinhadas à Arquitetura da Aprendizagem Universal (AAU), são fundamentais para minimizar barreiras comunicacionais e favorecer o engajamento acadêmico.

Deste mesmo modo, a hipersensibilidade sensorial, característica comum no Transtorno do Espectro Autista (TEA), pode comprometer significativamente a regulação emocional e a capacidade de concentração em ambientes universitários. Do ponto de vista neuropsicológico, a exposição prolongada a estímulos intensos pode levar à exaustão cognitiva, um fenômeno explicado pela teoria da carga alostática. A adoção de medidas como a criação de espaços sensoriais adaptados, o uso de abafadores de ruído e ajustes na iluminação constitui uma abordagem essencial para minimizar a sobrecarga sensorial e favorecer a homeostase emocional, permitindo um melhor desempenho acadêmico.

Que por outro lado, a dificuldade na organização do tempo e na gestão de demandas acadêmicas está associada a déficits nas funções executivas, responsáveis pelo planejamento e monitoramento de tarefas. Indivíduos autistas frequentemente apresentam dificuldades na priorização de atividades e na adaptação a mudanças, o que pode resultar em sobrecarga acadêmica e estresse emocional. Nesse sentido, a implementação de ferramentas compensatórias, como agendas estruturadas, lembretes automáticos e acompanhamento psicopedagógico, auxilia na autorregulação e na autonomia acadêmica, reduzindo os impactos da desorganização na trajetória universitária.

Portanto, a adoção de políticas institucionais voltadas à inclusão de estudantes autistas no ensino superior deve transcender a mera adaptação curricular, promovendo um ambiente que favoreça o desenvolvimento acadêmico e psicológico desses indivíduos. A literatura em psicologia clínica evidencia que o suporte emocional e pedagógico adequado potencializa a autoeficácia acadêmica e contribui para a redução da vulnerabilidade emocional. Dessa forma, a criação de um ensino superior verdadeiramente inclusivo exige um compromisso institucional baseado na acessibilidade, na diversidade e na equidade, garantindo que todos os estudantes possam desenvolver plenamente suas capacidades em um ambiente acadêmico adaptado às suas singularidades.

6. CONSIDERAÇÕES

A inclusão de estudantes autistas no ensino superior não é apenas uma necessidade social, mas um compromisso legal e ético das instituições educacionais. A partir da análise apresentada neste capítulo, fica evidente que a acessibilidade e a gestão inclusiva são elementos fundamentais para garantir que esses estudantes tenham oportunidades equitativas de aprendizagem e desenvolvimento acadêmico. Contudo, a efetividade dessas políticas depende da implementação concreta de diretrizes institucionais bem estruturadas e da constante adaptação das metodologias educacionais às necessidades específicas dos alunos neurodivergentes.

As abordagens discutidas ao longo deste capítulo demonstram que a inclusão educacional deve ser compreendida como um processo dinâmico e contínuo. A arquitetura da aprendizagem universal, por exemplo, oferece uma base sólida para práticas pedagógicas flexíveis e acessíveis, permitindo que estudantes autistas desenvolvam seu potencial sem enfrentar barreiras desnecessárias. No entanto, para que essas estratégias sejam eficazes, é essencial que professores e gestores estejam capacitados e dispostos a reformular suas abordagens didáticas, promovendo um ambiente mais acolhedor e estimulante.

A legislação vigente no Brasil, como a Lei Brasileira de Inclusão e as diretrizes do Plano Nacional de Educação, estabelecem marcos importantes para a inclusão, mas ainda há desafios significativos na sua implementação prática. Muitas universidades ainda carecem de infraestrutura adequada, políticas institucionais bem definidas e suporte especializado para atender às necessidades dos estudantes autistas. Dessa forma, a promoção de uma cultura universitária verdadeiramente inclusiva requer investimentos contínuos em acessibilidade, tecnologia assistiva e formação docente.

Além disso, a colaboração entre governo, instituições de ensino e sociedade civil desempenha um papel crucial na consolidação de políticas públicas eficazes. É fundamental que as universidades dialoguem com associações de apoio a pessoas autistas e promovam espaços de escuta ativa para os próprios estudantes, garantindo que suas vozes sejam consideradas na formulação de medidas inclusivas. Somente dessa maneira será possível construir ambientes acadêmicos que respeitem a diversidade e promovam a equidade no acesso ao conhecimento.

Diante do exposto, conclui-se que a inclusão de estudantes autistas na universidade deve ir além do cumprimento de normativas legais e se tornar uma prioridade institucional baseada em princípios de justiça social e democratização do ensino. O compromisso com a acessibilidade, a gestão inclusiva e a valorização das diferenças não beneficiam apenas os estudantes autistas, mas fortalece toda a comunidade acadêmica, enriquecendo o ambiente universitário com novas perspectivas e formas de aprendizagem. Assim, cabe às universidades assumirem um papel ativo na construção de um ensino superior mais acessível, inovador e comprometido com a diversidade, garantindo que cada estudante tenha a oportunidade de alcançar seu pleno potencial acadêmico e profissional.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Guilherme de. Inclusão universitária e o dever constitucional negligenciado. Consultor Jurídico, 23 jan. 2025. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2025-jan-23/inclusao-universitaria-e-o-dever-constitucional-negligenciado/. Acesso em: 6 fev. 2025.

ALMEIDA, Marina da Silveira Rodrigues. Estudantes autistas na universidade: orientações práticas para transição para universidade – parte 3. INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL. 2023c. Disponível em: https://institutoinclusaobrasil.com.br/estudantes-autistas-na-universidade-orientacoes-praticas-para-transicao-para-universidade-parte-3/. Acesso em: 6 fev. 2025.

ALMEIDA, Marina da Silveira Rodrigues. Estudantes autistas na universidade: boas práticas de acessibilidade na universidade – parte 2. INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL. 2023b. Disponível em: https://institutoinclusaobrasil.com.br/estudantes-autistas-na-universidade-boas-praticas-de-acessibilidade-na-universidade-parte-2/. Acesso em: 6 fev. 2025.

ALMEIDA, Marina da Silveira Rodrigues. Estudantes autistas na universidade: direitos legais, desafios e acessibilidade – parte 1. INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL. 2023a. Disponível em: https://institutoinclusaobrasil.com.br/estudantes-autistas-na-universidade-direitos-legais-desafios-e-acessibilidade-parte-1/. Acesso em: 6 fev. 2025.

ALMEIDA, Marina da Silveira Rodrigues. Quem sou: psicóloga Marina da Silveira Rodrigues Almeida. 2022. INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL. Disponível em: https://institutoinclusaobrasil.com.br/quem-sou-psicologa-marina-da-silveira-rodrigues-almeida/. Acesso em: 6 fev. 2025.

ANDRADE, Andrea Faria; MONTEIRO, Caroline de Castro. Um estudo sobre a utilização de Símbolos Pictóricos Táteis em Mapas Temáticos para o Ensino de Geografia no âmbito do Desenho Universal. Revista cartográfica, n. 99, p. 71-94, 2019.

AQUINO, Ana Carolina Generoso; DOMICIANO, Cássia Letícia Carrara; CRUZ LANDIM, Paula. Design e Educação: relações interdisciplinares. Centro de Estudios en Diseño y Comunicación (2025/2026). pp 159-173. 2024.

BARBOZA, Delma AS; CATABRIGA, Lucia; CURY, Davidson. TEA HelpBot –Avaliação de um Assistente Pedagógico Conversacional no Ensino de Matemática para Estudantes Autistas das Series Finais do Ensino Fundamental. RENOTE, v. 22, n. 3, p. 197-208, 2024.

BOTELHO, Ben Hur Figueiredo; COSTA, Marli Marlene Morais. Políticas Públicas de proteção integral à pessoa com autismo no ordenamento jurídico brasileiro e a inclusão no mercado de trabalho. Editora Dialética, 2022. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=7YmdEAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT6&dq=gest%C3%A3o+N%C3%BAcleos+de+Acessibilidade+e+Inclus%C3%A3o++Pol%C3%ADticas+P%C3%BAblicas+e+Diretrizes+Institucionais+para+a+Inclus%C3%A3o+autista&ots=NzqqPWTjNS&sig=k_ebwdEkD_BZFsb_VeiVyAZx28o. Acessado em: 06 de fevereiro de 2025.

BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 25 jun. 2014. Seção 1, p. 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm. Acesso em: 6 fev. 2025.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 6 jul. 2015. Seção 1, p. 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em: 6 fev. 2025.

DISCAPACIDAD, Situación. UNESCO (1994) Declaração de Salamanca: Princípios, Políticas e Prática em Educação Especial M J Corde . 10 años tejiendo la red interuniversitaria latinoamericana y del caribe sobre discapacidad y derechos humanos, p. 97.

DRUMOND, Simone Helen. Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos. 2013. Disponível em: https://pt.slideshare.net/SimoneHelenDrumond/incluso-escolar-prticas-e-compromissos-para-com-os-educandos. Acesso em: 6 fev. 2025.

FALCÃO, Sônia. Programa REALLIZA: AUTISMO ENCANTA. Atenção à sobrecarga sensorial. 24 fev. 2013. Disponível em: https://autismoencanta.wordpress.com/2013/02/24/atencao-a-sobrecarga-sensorial/. Acesso em: 6 fev. 2025.

FERREIRA, Rallyson dos Santos. Uma abordagem inclusiva para design com crianças com autismo. 2024.

FIGUEIREDO BEZERRA, Marli; PANTONI, Rodrigo Palucci. Formação docente para inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista no Ensino Médio Integrado. Educitec-Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico, v. 8, p. e182622-e182622, 2022.

FREITAS FALCÃO, Francisca Thanísia. A formação de professores na perspectiva da inclusão de estudantes autistas: uma revisão narrativa. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 4, n. 7, p. e473564-e473564, 2023.

GONÇALVES, Luciana Marinho Soares; MOURA, Cleberson Cordeiro; BOECHAT, Gisela Paula Faitanin; ROCHA, Kaiqui Rezende; SILVA, Márcio Rosário; LESSA, Maysara Maracy Côgo; COSTA, Nilande Mendes Barbosa; ALMEIDA, Renata Bellotti Vargas. A formação de professores para a inclusão de alunos com autismo: desafios e oportunidades. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 10, n. 10, p. 4484-4500, 2024.

HAAS, Clarissa; CORREIA, Gilvane Belem. Configurações da Educação Especial e do atendimento educacional especializado no Ensino Superior: micropolíticas institucionais nas cinco regiões brasileiras. Revista Educação Especial, p. e40/1-33, 2024.

LIMA, Nadia Alves; DAVID, Priscila Barros; MENDES, Débora Lucia Lima Leite. Políticas públicas voltadas a inclusão educacional de alunos com autismo. Revista Educar Mais, v. 8, p. 52-68, 2024.

NASCIMENTO, Sarah Maria Cabral; SILVA, Caio Livio Kador; TEIXEIRA, Camila Silveira Silva. Formação em ensino superior e inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista: uma revisão narrativa da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n. 10, p. e11176-e11176, 2022.

OLIVEIRA, Ana Flávia Teodoro de Mendonça; SANTIAGO, Cinthia Brenda Siqueira; TEIXEIRA, Ricardo Antonio Gonçalves. Educação inclusiva na universidade: perspectivas de formação de um estudante com transtorno do espectro autista. Educação e Pesquisa, v. 48, p. e238947, 2022.

OLIVEIRA, Yanne Karinny Milhomem de. Centro de ensino e desenvolvimento para crianças autistas em Palmas–TO: arquitetura sensorial. 2021.

PINTO, Rosana Zela; GODOY, Miriam Adalgisa Bedim; COSTA, Ailton Barcelos da. Suporte educacional à inclusão de estudante com transtorno do espectro autista: atendimento educacional especializado na visão dos docentes. Educação: Teoria e Prática, v. 32, n. 65, 2022.

RIBEIRO, Renato. O uso do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) na aprendizagem cartográfica e noções espaciais: um relato de experiência a partir da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Metodologias e Aprendizado, v. 6, p. 278-292, 2023.

ROBERTO STELLFELD, Janaina Zanon; TEIXEIRA GÓES, Anderson Roges. Desenho Universal para Aprendizagem na Educação Matemática Inclusiva: Análise das Pesquisas Brasileiras. Revista latinoamericana de educación inclusiva, v. 18, n. 1, p. 143-160, 2024.

SANCHES, Poliana Fernandes Mesquita; FREITAS, Maria Clara. Inclusão de estudantes autistas no Ensino Superior: Uma revisão sistemática de literatura. Educere et Educare, v. 17, n. 43, p. 147-171, 2022.

SANTOS, Carliane Teixeira; BOMFIM, Telma Jaíne da Silva Cardoso Teixeira; FERNANDES, Marinalva Nunes. A política de inclusão do estudante com deficiência na Universidade do Estado da Bahia: Perspectivas e desafios. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, v. 1, p. 821-836, 2024.

SANTOS, João Marcos Oliveira; TAKAOKA, Regiane Lopes; JANOÁRIO, Pryscilla Hellen de Carvalho; REIS, Isabela Galvão; NASCIMENTO, Ianca Brenda Pereira. Inclusão de alunos com transtorno do espectro autista no curso de medicina: Relato de experiência. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 5, n. 10, p. e5105869-e5105869, 2024.

SHIBUTA, Vallery; DA COSTA, Igor Favaro; SANTOS, Fernanda Pimentel. Inclusão do autista no ensino superior público. Psicologia e Saúde em debate, v. 7, n. 2, p. 1-11, 2021.

SILVA CARVALHO, Samara; SHAW, Gisele Soares Lemos. Relação entre família, escola e especialistas no processo de inclusão escolar de crianças autistas no município de campo Formoso/BA. Cenas educacionais, v. 4, p. e11868-e11868, 2021.

SILVA LEONEL, Ana Paula; GOULART, Letícia Nunes; PIRES, Michaelli Maria; TEIXEIRA, Kellen Ananda; SILVA, Érika Gabrielly. Atendimento Educacional Especializado e transtorno do espectro autista no Ensino Superior: Estudos de caso em Universidade Pública no Paraná. Educere et Educare, v. 17, n. 43, p. 372-392, 2022.

SILVA, Mayra Pereira. Práticas inclusivas para alunos com e sem Transtorno do Espectro Autista na perspectiva do Desenho Universal para Aprendizagem. 2024b.

SILVA, Tarcia Emanuella Oliveira. Narrativa sobre práticas de ensino de ciências e matemática para um aluno com diagnóstico de TEA no ensino superior. 2024a.

UNIBANCO. Educação inclusiva e a valorização das diferenças. 2019. Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/conteudo-multimidia/detalhe/educa- cao-inclusiva-e-a-valorizacao-das-diferencas. Acesso em: 6 fev. 2025.

WALBER, Carlos Diego; GELLER, Marlise. Desenho Universal para Aprendizagem: recurso pedagógico para o ensino de Química. Anais dos Encontros de Debates sobre o Ensino de Química-ISSN 2318-8316, n. 41, 2022.

WUO, Andrea Soares; BRITO, André Luiz Corrêa de. Autismo e o paradigma da neurodiversidade na pesquisa educacional. Linhas Críticas, v. 29, 2023.


1UISOCIESC – Universidade SOCIESC, Jaraguá do Sul/SC; UNIFAP -Universidade Federal do Amapá/AP, Brasil

2UEA – Universidade Estadual do Amazonas, Manaus/Brasil; UML – Martin Lutero University, Florida/USA

3UNIASSELVI – Centro Universitário Leonardo da Vinci, Indaial/SC, Brasil; UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis/SC, Brasil.