A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES NA EDUCAÇÃO BÁSICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410151557


Luiz Carlos de Souza; Ingraça Ferreira de Sousa; Vilma das Graças Britts de Souza; Fernanda Louzada Lence; Vaneska Maria de Melo Silva; Leidiane Aparecida dos Santos; Alex Abade Ferreira de Araujo; Ueudison Alves Guimarães.


RESUMO

O presente estudo aborda a formação continuada de professores, destacada como um processo essencial de aprimoramento de conhecimentos. A formação continuada de professores é atualmente vista como um processo de aperfeiçoamento de conhecimentos, envolvendo ações direcionadas a profissionais que educam, ensinam, aprendem, pesquisam e avaliam. Este estudo teve como objetivo discutir a formação continuada de professores dentro das políticas educacionais no Brasil, enfatizando sua importância e analisando o atual contexto educacional brasileiro. A metodologia baseou-se em pesquisa bibliográfica, utilizando o Google Acadêmico como principal fonte. Os resultados deixam claro que este artigo de revisão pode intensificar a reflexão sobre a importância da formação continuada no Brasil, expondo sua relevância para uma compreensão mais profunda da realidade educacional e do processo de ensino-aprendizagem. A formação continuada aparece como uma ferramenta decisiva, auxiliando o trabalho dos professores e impulsionando a evolução do ensino e da aprendizagem. É sabido que o docente não é um produto acabado, mas um sujeito em constante transformação, necessitando de um aperfeiçoamento contínuo para enfrentar os desafios da educação moderna. Assim sendo, cada professor deve ser um eterno aprendiz, rompendo com as tradições estagnadas e abraçando uma jornada de inovação contínua, pois somente assim poderemos transformar o cenário educacional brasileiro, impulsionando-o para novas esferas de excelência e relevância.

Palavras-Chave: Ensino. Educação Básica. Formação Docente.

ABSTRACT

This study addresses continuing education for teachers, which is highlighted as an essential process for improving knowledge. Continuing education for teachers is currently seen as a process for improving knowledge, involving actions directed at professionals who educate, teach, learn, research, and evaluate. This study aimed to discuss continuing education for teachers within educational policies in Brazil, emphasizing its importance and analyzing the current Brazilian educational context. The methodology was based on bibliographic research, using Google Scholar as the main source. The results make it clear that this review article can intensify the reflection on the importance of continuing education in Brazil, exposing its relevance for a deeper understanding of the educational reality and the teaching-learning process. Continuing education appears as a decisive tool, supporting the work of teachers and driving the evolution of teaching and learning. It is known that the teacher is not a finished product, but a subject in constant transformation, requiring continuous improvement to face the challenges of modern education. Therefore, each teacher must be an eternal learner, breaking with stagnant traditions and embracing a journey of continuous innovation, as only in this way will we be able to transform the Brazilian educational scenario, propelling it towards new spheres of excellence and relevance.

Keywords: Teaching. Basic Education. Teacher Training.

1 INTRODUÇÃO

O processo de formação continuada impulsiona os educadores para uma expansão vertiginosa de conhecimentos, dotando-os de novas habilidades e revolucionando suas práticas pedagógicas para se adequarem às demandas em constante mutação da sociedade contemporânea. Além disso, a formação continuada não apenas instiga uma reflexão incessante, mas também aprimora continuamente o trabalho dos professores, elevando a qualidade da educação básica a novos patamares de excelência.

É através desse processo de aprendizagem sem fim que os educadores podem se manter na vanguarda das tecnologias emergentes, metodologias inovadoras e abordagens pedagógicas disruptivas, proporcionando aos estudantes uma educação de qualidade inquestionável, perfeitamente ajustada aos desafios e necessidades do século XXI. Cada etapa da formação continuada é uma explosão de inovação, empurrando os limites do que é possível na educação e transformando radicalmente a experiência de aprendizado para alunos e professores.  

De acordo com Freitas e Pacífico (2020, p. 143), a formação continuada não é uma invenção recente, mas permanece uma estrutura frágil nos dias de hoje. Dentro das novas perspectivas, essa formação busca não apenas o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos na formação inicial, mas também a construção de uma identidade robusta para o professor. No Brasil, a formação inicial dos docentes frequentemente se revela insuficiente para atender às demandas avassaladoras encontradas em sala de aula.

Nesse contexto, torna-se urgente que essa formação continuada rompa com as amarras tradicionais, oferecendo aos professores não só o reforço de habilidades previamente adquiridas, mas também a inovação radical necessária para enfrentar os desafios educativos contemporâneos. A fragilidade da formação continuada atual é um chamado para uma revolução educacional, onde cada professor é capaz de melhorar e se transformar, forjando uma identidade que resiste e se adapta às adversidades das exigências modernas.

No cenário educacional brasileiro, essa necessidade de transformação é ainda mais evidente, dada a insuficiência crônica da formação inicial. Portanto, a formação continuada deve emergir como um processo vital e dinâmico, capaz de munir os professores com as ferramentas e a confiança necessárias para navegar e dominar a complexa realidade da sala de aula.

Os educadores estão imersos em um turbilhão de desafios implacáveis, desde a necessidade urgente de caminhar pela diversidade cultural em sala de aula, até a adoção e a maximização eficaz das tecnologias educacionais de ponta. A cada instante, o conhecimento se transforma em uma torrente avassaladora, e os currículos escolares se renovam com uma velocidade alucinante, exigindo que os professores se mantenham em um estado contínuo de atualização frenética para garantir uma educação de qualidade excepcional aos seus alunos.

Diante desse cenário complexo e exigente, a formação continuada emerge como um imperativo inescapável, proporcionando aos educadores um ambiente ativo de aprendizagem e reflexão contínua. Monteiro et al. (2021) destaca que a formação de professores é um elemento fundamental para potencializar a transformação docente, não se limitando à mera aquisição de conhecimentos necessários para o ofício, mas, sobretudo, promovendo uma reflexão crítica incisiva sobre as práticas pedagógicas.

Por meio dessa imersão contínua, os professores têm a chance de adquirir novas competências e habilidades e de mergulhar profundamente no vasto oceano das melhores práticas educacionais. A formação continuada é um intenso de aprimoramento pedagógico, um fluxo que arrasta os educadores para cursos, workshops e programas de desenvolvimento profissional onde são equipados com estratégias de ensino revolucionárias, recursos didáticos inovadores e métodos de avaliação incrivelmente eficazes.

Neste vórtice de aprendizado, os educadores se transformam em mestres das práticas pedagógicas avançadas, trilhando um caminho repleto de inovação e eficácia. A cada curso, a cada workshop, eles surgem mais fortes, armados com novas técnicas e abordagens que rompem as barreiras tradicionais da sala de aula. A formação continuada é o campo de batalha onde os professores se preparam para enfrentar os desafios educacionais com fervor renovado, prontos para implementar mudanças impactantes que elevam a educação a novos patamares de excelência.

Sob essa ótica, Lopes e Guedes (2021) desvendam que o processo de formação continuada não somente concede aos educadores novos saberes diretamente atrelados à prática profissional, mas também incendeia uma revolução na compreensão do saber fazer, na dinâmica pedagógica e no contexto educacional. Esse repertório de conhecimento também transforma suas aulas em experiências dinâmicas, capacitando-os a atenderem com precisão cirúrgica as necessidades individuais de cada aluno, criando um ambiente de aprendizado inclusivo e participativo.

A formação continuada advém como um propulsor poderoso, rompendo velhos paradigmas e forjando novas realidades educacionais. Cada nova habilidade adquirida, cada nova estratégia assimilada, é uma arma no arsenal pedagógico dos professores, prontas para serem usadas na batalha diária da sala de aula. Este processo dinâmico e transformador reconfigura a relação pedagógica, tornando-a uma força implacável que impulsiona os alunos para um futuro de possibilidades ilimitadas.

2 METODOLOGIA

Como metodologia, este estudo adotou uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conforme delineado por Severino (2007, p. 122), que define tal pesquisa como aquela realizada a partir de registros disponíveis em documentos impressos oriundos de investigações anteriores. Trata-se, portanto, de um levantamento minucioso sobre o tema específico, extraído de bases de dados nacionais e internacionais, abrangendo a leitura criteriosa de livros, artigos científicos, teses, revistas e outros formatos documentais que abordam o objeto de estudo. Esse método permite uma análise aprofundada e multidimensional, garantindo a robustez teórica necessária para sustentar as conclusões e implicações do estudo.

Para a condução deste estudo, foi realizada uma leitura exploratória de textos que apresentam relevantes investigações sobre a temática abordada. Essas leituras foram cruciais para a análise aprofundada e a reflexão crítica sobre o assunto pesquisado. Por meio dessas fontes, foi possível desenvolver uma compreensão robusta e multifacetada do tema, permitindo a elaboração de uma análise crítica e rigorosa. Cada texto explorado contribuiu significativamente para o embasamento teórico e para o desenvolvimento de uma perspectiva analítica que enriqueceu o estudo e ampliou a compreensão dos diversos aspectos envolvidos na temática.

3 EDUCAÇÃO BÁSICA

A formação acadêmica dos professores da educação básica é um caminho incandescente e imperativo para a aquisição de habilidades pedagógicas de ponta, métodos de ensino revolucionários e uma compreensão profunda e incisiva das necessidades de aprendizado dos alunos.

Sobre a formação de professores para a educação básica, o Brasil (2015, p. 4) proclama no Art. 3º, § 3º que a formação docente inicial e continuada para a educação básica constitui um processo dinâmico e complexo, direcionado à melhoria incessante da qualidade social da educação e à valorização profissional. Este processo deve ser uma missão colaborativa entre os entes federados nos respectivos sistemas de ensino, e desenvolvido pelas instituições de educação credenciadas.

O processo de formação docente é uma oportunidade de transformação, onde os educadores são moldados e temperados para enfrentar os desafios da educação moderna com fervor e destreza. Cada etapa deste caminho é marcada pela absorção de novas competências, a internalização de estratégias de ensino inovadoras e a capacidade de adaptar-se às necessidades em constante evolução dos alunos.

Nesse sentido, compreende-se que a colaboração entre os sistemas de ensino e as instituições credenciadas é a chave que desbloqueia a porta para uma educação de excelência, onde a qualidade social e a valorização profissional caminham lado a lado, impulsionando os educadores a novas alturas de eficácia e impacto.

Ao reconhecer a formação inicial e continuada como parte integrante da formação de professores, instiga-se aqueles que a promovem — municípios, estados e união — a considerá-la enquanto política pública robusta e não mais de maneira isolada.

A formação de profissionais do magistério da educação básica também abrange a vivência de estágios e práticas pedagógicas, onde os futuros docentes têm a oportunidade de testar os conhecimentos teóricos adquiridos em situações de ensino reais, confrontando teoria e prática em uma área dinâmica e desafiadora.

Segundo Lima, Andrade e Costa (2020), o estágio para o futuro educador é uma etapa catalizadora, integrando e consolidando a maior parte dos contextos de formação. Essa fase permite ao educador explorar e integrar o que aprendeu, construindo uma ponte robusta entre a teoria e a prática, ou entre o conhecimento declarativo e o conhecimento processual.

Figura 1 – Educação Básica x Formação

Fonte: Canal do Ensino (2024)

Dentro dessa perspectiva, percebe-se que essa vivência prática é essencial para o desenvolvimento de habilidades categóricas como comunicação, liderança, resolução de problemas e adaptação às diversas realidades e necessidades dos alunos, imergindo o futuro docente em um turbilhão de experiências que testam e fortalecem suas capacidades em um ambiente educativo real e desafiador.

Ao ingressarem como professores da educação básica, esses profissionais estarão aptos a encarar uma infinidade de desafios em sala de aula, como a diversidade de perfis de alunos, a necessidade constante de adaptar conteúdos e metodologias de ensino, e a criação de um ambiente de aprendizado inclusivo e dinâmico.

Nessa perspectiva, “Em nosso país, a escola tem como principal função transformar as atitudes da sociedade, moldar opiniões no campo teórico, ético e filosófico, considerando o contexto em que o ser humano está inserido. Esse fato eleva as expectativas e as exigências impostas aos educadores”. (Almeida; Santos; Goulart; 2021 p.298).

Nesse sentido, os educadores exercem papel relevante no desenvolvimento holístico de crianças e jovens, moldando suas habilidades cognitivas, sociais e emocionais. Portanto, torna-se imprescindível valorizar e promover continuamente a formação acadêmica e o aperfeiçoamento desses educadores, visando a proporcionar um ensino de excelência e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Após a conclusão do curso de licenciatura, esses profissionais altamente qualificados são fortemente incentivados a buscarem incessantemente a continuidade de sua formação, seja através de cursos de extensão que expandam seus horizontes, especializações que os aprofundem ainda mais em suas áreas de interesse, ou até mesmo a obtenção de títulos avançados como mestrado e doutorado, conferindo-lhes uma expertise ainda mais robusta em suas respectivas áreas de atuação.

Esses cursos possibilitam uma constante atualização, um aprofundamento teórico e uma reflexão intensa sobre a prática educativa. A formação continuada é essencial para manter-se alinhado com as mudanças incessantes na sociedade, na tecnologia e nas demandas educacionais.

A formação continuada se apresenta como um dos pilares fundamentais para o aperfeiçoamento profissional. Trata-se de um dos mais importantes caminhos para que os professores adquiram novos conhecimentos teóricos e práticos, aprimorando suas práticas pedagógicas e elevando a qualidade do processo de ensino e aprendizagem a um novo patamar (Santos; Sá; 2021).

Essa formação contínua capacita os professores a cumprirem suas funções de maneira extraordinariamente eficaz. Ressalta-se que, além da formação acadêmica, a formação dos profissionais do magistério envolve estágios supervisionados e a aquisição de experiências práticas em escolas. São essas experiências que proporcionam ao futuro educador a chance de aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula, testar diversas metodologias de ensino, enfrentar desafios reais e desenvolver habilidades cruciais de gestão, comunicação e relacionamento interpessoal.

4 FORMAÇÃO DOCENTE

Ao mergulharmos na história da formação continuada no Brasil, percebemos que esse processo de capacitação e atualização dos educadores sempre foi uma necessidade gritante. No entanto, enfrentou desafios e obstáculos monumentais que precisavam ser superados para alcançar seu potencial verdadeiramente revolucionário na transformação da qualidade de ensino em todo o país.

Somente no alvorecer do século XX, e mais especificamente no Brasil, começou a emergir com força avassaladora a importância da formação continuada – um processo incessante de aprimoramento constante dos conhecimentos e habilidades dos profissionais da educação.

Nesse ímpeto, surgiram os pioneiros cursos de especialização, cujo objetivo transcendeu a mera formação de especialistas em áreas específicas, focando também no refinamento das práticas pedagógicas dos professores. Estes cursos desbravaram novas fronteiras educacionais e estabeleceram paradigmas revolucionários de ensino, redefinindo o cenário educacional de forma profunda e impactante.

Com o decorrer do tempo, esses cursos não apenas se solidificaram, mas também se expandiram de maneira exponencial, tornando-se acessíveis a um número crescente de educadores. Dessa forma, essa proliferação propiciou que um contingente cada vez maior de profissionais da educação tivesse acesso a oportunidades de aprendizado contínuo, permitindo-lhes refinar suas competências e atualizar seus conhecimentos com um fervor renovado.

A abrangência dessa expansão, ao escalar novas alturas, revolucionou a capacidade dos educadores de se manterem à vanguarda das práticas pedagógicas mais avançadas e inovadoras.

Na década de 1990, a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) instaurou a formação continuada como um imperativo inescapável para todos os professores no Brasil. Essa legislação, que alicerça o sistema educacional brasileiro, exaltou a crucialidade da incessante capacitação dos educadores como um pilar indispensável para a construção de uma educação de qualidade.

A LDB nasceu não apenas como um marco regulatório, mas como um propulsor revolucionário, sublinhando a necessidade vital de aperfeiçoamento constante dos profissionais da educação para enfrentar os desafios e transformar radicalmente o panorama educacional do país.

A implementação dessa medida impulsionou de maneira significativa o fortalecimento e a expansão dos programas de formação continuada em todo o país. Assim, educadores tanto da rede pública quanto da rede privada foram inseridos em um processo de atualização e qualificação profissional sem precedentes.

Esses programas de formação continuada não apenas proporcionam aos professores a chance de desenvolverem habilidades, adquirirem novos conhecimentos e compartilharem experiências, mas também de revolucionarem metodologias de ensino. Eles transformam o cenário educacional, impulsionando uma evolução constante e dinâmicas inovadoras, capacitando os educadores a enfrentarem os desafios de um mundo em perpétua transformação.

As Diretrizes Curriculares para os cursos de Formação Docente, instituídas pela resolução CNE/CP nº 1/2002, estabeleceram um marco revolucionário para a formação em nível superior. Este documento sublinha que a formação continuada deve ser um veículo de atualização e aprofundamento das temáticas educacionais, fundamentada numa reflexão incisiva sobre a prática educativa, promovendo um incessante processo de autoavaliação que orienta a construção contínua de competências profissionais.

Contudo, um processo genuíno de reflexão exige uma predisposição para um questionamento crítico da intervenção educativa, uma análise profunda da prática sob a ótica de seus pressupostos, implicando que a formação continuada deve abranger capacidades e atitudes, problematizando valores e concepções de cada professor e da equipe como um todo. Este processo não é meramente técnico, mas sim um desafio paradigmático que exige uma reformulação das práticas educativas e uma constante reinvenção do papel do educador (Brasil, 2002, p. 70).

Desta forma, evidencia-se que a mobilização deve os professores e todos os profissionais que compõem a equipe escolar, ressaltando a importância do estudo contínuo e da atualização permanente.

Atualmente, no Brasil, a formação continuada abarca uma variedade de modalidades e oportunidades de aprimoramento profissional. Além dos tradicionais cursos de especialização e pós-graduação, os professores têm acesso a uma enorme quantidade de capacitações oferecidas por secretarias de educação, bem como por instituições públicas e privadas dedicadas ao desenvolvimento profissional docente.

Esses programas são considerados pilares essenciais para a constante evolução do ambiente educacional, permitindo que os educadores se adaptem às rápidas transformações tecnológicas e metodológicas, assegurando uma educação de qualidade que atenda às demandas complexas do século XXI.  

Segundo Santos e Sá (2021), as infinitas possibilidades trazidas pela Internet revolucionam a comunicação entre alunos dispersos geograficamente, derrubando barreiras espaciais de maneira inédita. A flexibilização temporal, proporcionada pelas facilidades das aulas assíncronas, possibilita interações em diferentes momentos, liberando os participantes dos rígidos horários convencionais e eliminando a necessidade de deslocamento para locais específicos para a realização das aulas.

Não obstante, ressalta-se que ao enfrentar os desafios da formação continuada, não só promovemos uma educação de excelência, mas também valorizamos e capacitamos os professores. Por conta disso, eles são vistos como as engrenagens essenciais na edificação de uma sociedade mais justa e desenvolvida, apta a prosperar em um mundo em constante metamorfose.

Ademais, para promover a qualidade da educação no país, faz-se necessário um investimento robusto em infraestrutura e recursos tecnológicos nas escolas, pois essa medida se mostra altamente relevante para que se possa munir os professores com ferramentas educacionais de ponta, preparando-os para enfrentar os desafios e capitalizar nas oportunidades oferecidas pela era digital. Só assim, poderemos verdadeiramente transformar o cenário educacional, capacitando os docentes a surfarem nas ondas das inovações tecnológicas e impulsionar a aprendizagem para novas alturas.

5 DISCUSSÕES

A educação é a espinha dorsal do desenvolvimento de qualquer nação, servindo como a base sólida sobre a qual se constroem cidadãos conscientes e preparados para enfrentar os inúmeros desafios da vida em sociedade. “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo” (Freire 1979, p.84).

Contudo, a complexa realidade social brasileira carrega uma infinidade de desafios que moldam e impactam diretamente a dinâmica do ambiente escolar. A escola, enquanto instituição, é um reflexo vibrante da realidade social que a envolve, sendo simultaneamente influenciada e influenciadora nesse contexto diversificado.

Segundo Freitas, Freitas e Cavalcante (2021), é inegável que a escola exerce o papel decisivo de moldar cidadãos capazes de viver de maneira positiva, contribuindo de forma significativa e ativa para a sociedade. À medida que esses indivíduos assimilam novos conhecimentos e saberes, tornam-se agentes de transformação tanto de si mesmos quanto do meio em que estão inseridos. No entanto, a realidade social brasileira apresenta desafios socioemocionais intensos, que afetam diretamente as interações entre os alunos, adicionando camadas de complexidade ao já intricado processo educacional.

Reconhecer a complexidade e a importância das questões socioeducacionais no Brasil é de extrema importância. Bastos (2017) aponta que há uma carência de forte engajamento para criar uma escola que satisfaça as necessidades básicas dos educandos, conforme previsto na LDB, além de um esforço cultural necessário para a construção consolidada da verdadeira cidadania.

Somente por meio de uma reflexão contínua, trabalho conjunto e a implementação de políticas públicas efetivas, é possível forjar uma educação mais inclusiva, justa e transformadora, rompendo com paradigmas obsoletos e catapultando o sistema educacional rumo a uma nova era de possibilidades.

Inúmeras escolas brasileiras deparam com graves problemas de infraestrutura: salas de aula superlotadas, carência de materiais didáticos e ausência de tecnologias educacionais. Essa precariedade de recursos desencadeia uma limitação severa no desenvolvimento dos alunos, impactando diretamente a qualidade do ensino oferecido.

De acordo com Lopes e Guedes (2021), a escassez financeira e material nas instituições de ensino sufoca a implementação de iniciativas e projetos educacionais inovadores que poderiam, de fato, transformar e enriquecer profundamente a experiência estudantil, aprisionando o potencial dos alunos em uma realidade de estagnação e mediocridade.

Além disso, a ausência de investimentos na formação e capacitação dos professores é uma consequência direta dessa escassez de recursos, impactando negativamente suas habilidades de ensino e, consequentemente, comprometendo todo o processo educacional.

É evidente que a precariedade de recursos e condições de vida exerce um impacto profundo e devastador no ambiente escolar. Essas adversidades não apenas dificultam o processo de ensino-aprendizagem, mas também prejudicam severamente o desenvolvimento dos alunos, deteriorando a qualidade do ensino oferecido e perpetuando um ciclo de deficiências educacionais. 

Segundo Almeida (2012), para superar esses desafios, demanda-se a implementação de políticas públicas robustas e investimentos substanciais nas áreas de educação, saúde e assistência social, visando criar um ambiente que realmente favoreça o crescimento e desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.

Dessa forma, é evidente que a formação continuada se estabelece como um pilar essencial para o aprimoramento da educação, uma vez que essa prática valoriza os professores e impulsiona o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária.

No entanto, ressalta-se que a formação continuada deve ser inserida em um contexto que verdadeiramente valorize a participação ativa dos professores, levando em consideração suas necessidades e demandas específicas. Não basta oferecer cursos e capacitações padronizadas; é essencial que os educadores sejam ouvidos e envolvidos diretamente no processo de planejamento e construção da formação continuada.

Desse modo, a importância da formação continuada dos professores da educação básica no Brasil é inegável. Afinal, ela não resume única e exclusivamente ao oferecimento de uma oportunidade de desenvolvimento profissional e atualização de conhecimentos, mas também aprimora as práticas pedagógicas. Por isso, investir na capacitação dos educadores é, sem dúvida, investir na qualidade da educação e no futuro das novas gerações.

6 CONCLUSÃO

Ao longo da pesquisa destinada a desenvolver o tema “A Importância da Formação Continuada para Professores na Educação Básica”, evidencia-se a capital necessidade de inovação contínua do docente para sua formação profissional e para atender às exigências emergentes da realidade contemporânea.

Fica claro que é imprescindível capacitar-se não somente para comunicar, mas também para criar modelos práticos que reflitam a realidade do contexto social, foco central de sua atividade profissional. Além disso, destaca-se a urgência na implantação e expansão de Programas de Formação Continuada pelo Sistema Educacional, como pilares essenciais para a evolução e adaptação dos educadores frente aos desafios do século XXI.

Não se pode imaginar que um profissional da Educação esteja jamais completo; a constante inovação é essencial para que ele desempenhe seu papel de protagonista na arena educacional. Assim sendo, evidencia-se que a especialização e a inovação são imprescindíveis, especialmente no contexto do ensino nas escolas públicas brasileiras.

Constatou-se que o Sistema Educacional do Século XXI demanda transformações urgentes nas práticas pedagógicas, exigindo adaptação rápida às novas circunstâncias e desafios impostos pela pandemia da COVID-19. Essa situação forçou educadores de todas as esferas a revolucionarem suas metodologias de ensino, enquanto estudantes precisaram reformular suas abordagens de aprendizagem.

A Formação Continuada dos educadores deve ser encarada como um processo incessante e integralmente incorporado às suas práticas pedagógicas diárias em sala de aula e na escola como um todo. Desse modo, mostra-se evidente que os professores necessitam dominar a arte de ensinar dentro de uma abordagem interdisciplinar, sendo essa fase crucial para a construção de uma base sólida de aprendizagem e conhecimento.

Compreender a educação na perspectiva da interdisciplinaridade implica ressignificar o trabalho pedagógico, adotando novas metodologias, reformulando e adequando os currículos escolares, e reorganizando os ambientes educacionais. A Formação Continuada dos educadores surge como um meio de revolucionar suas práticas pedagógicas, fornecendo ferramentas inovadoras para o ensino e incentivando uma constante reflexão e renovação das metodologias utilizadas.

Essa formação deve provocar uma reflexão crítica, exigindo que os educadores repensem continuamente o processo no qual estão envolvidos no cotidiano escolar. Além disso, exige-se que eles avaliem suas práticas para garantir uma aprendizagem de qualidade para os estudantes. Todavia, cabe destacar a relevância de analisar a realidade na qual o docente atua, suas necessidades, ansiedades, deficiências e dificuldades no trabalho.

Nesse contexto, elucida-se que para inovar com as novas tecnologias, é preciso saber utilizá-las de forma consistente e estratégica, elevando os padrões de inovação no ensino e na educação, pois somente dessa forma será possível alcançar uma educação de excelência, capaz de preparar os alunos para os desafios do século XXI e além.

Assim, o processo de formação continuada para educadores deve ser disruptivo, partindo do conhecimento prévio dos educadores e dos desafios da prática escolar, pois a prática pedagógica é um ciclo incessante de construção do saber, configurando uma postura de vida profissional contínua. Para tanto, há a necessidade de uma reinterpretação radical da função do educador em sala de aula e em suas interações com os estudantes, bem como uma reformulação de sua postura profissional.

No contexto brasileiro, torna-se imprescindível uma valorização substancial do profissional docente, com melhor remuneração, condições adequadas de trabalho e um robusto plano de carreira, visto que os educadores dedicam suas vidas à qualificação contínua para garantir uma educação de excelência aos estudantes, preparando-os para ingressar no mercado de trabalho com uma sólida formação experiencial.

É inegável que todas as profissões existentes foram moldadas pelo trabalho pedagógico dos educadores. Nesse contexto, sublinha-se que um país que investe seriamente em educação diferencia-se significativamente, promovendo uma sociedade mais justa, capacitada e inovadora.

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